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Princípios do Direito Administrativo

O documento trata sobre o poder de polícia e sua delegação para empresas públicas e sociedades de economia mista. O STF recentemente decidiu que é constitucional a delegação do poder de polícia a essas entidades, incluindo atos de ordem de polícia, alterando entendimento anterior. Isso permite que essas entidades exerçam todas as funções do poder de polícia relacionadas aos serviços públicos exclusivos que prestam.
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Princípios do Direito Administrativo

O documento trata sobre o poder de polícia e sua delegação para empresas públicas e sociedades de economia mista. O STF recentemente decidiu que é constitucional a delegação do poder de polícia a essas entidades, incluindo atos de ordem de polícia, alterando entendimento anterior. Isso permite que essas entidades exerçam todas as funções do poder de polícia relacionadas aos serviços públicos exclusivos que prestam.
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Aluno: Milton Lobão Rodrigues Junior

Professor: Roque Hudson

Trabalho de Direito Administrativo

01 – No que consiste o interesse público? Quais as duas categorias existentes? São baseadas
em qual princípio? Este princípio está expresso em nosso ordenamento jurídico?

O interesse público consiste na ideia conjunta de vontades e necessidades, direito que


pertence a uma coletividade, e que para serem atendidos, necessitam que os três poderes
atuem, sendo um deles o executivo que atua por meio da administração pública.

Existem duas categorias sendo primaria e secundaria, estes estão regidos pelo principio da
supremacia do interesse publico sobre o particular (privado). Este princípio encontrasse
implícito dentro de nosso ordenamento considerado como pedra de toque para o direito
administrativo.

02 - Quais os princípios pedra de toque do Direito Administrativo? Para o que servem? Qual o
seu papel para a Administração Pública?

Os princípios que norteia a pedra de toque, são os princípios da supremacia do interesse


publico sobre o privado e o principio da indisponibilidade do interesse público. Estes
princípios servem como norte para os atos administrativos públicos em uma eventual
decisão diante de um conflito entre o interesse coletivo e o particular. Seu papel é de
extrema importância para a administração pública, pois garante que este atue sempre
levando em consideração o interesse coletivo.

03 – Onde, quando e porque surgiu o Direito Administrativo? Inicialmente, qual foi sua
principal fonte? E no Brasil, quando este surge?

O direito administrativo surgiu na França no século XVIII, surgiu pela necessidade de garantir
uma segurança jurídica, que veio através da revolução francesa com o objetivo de limitar o
poder do estado. Sua principal fonte baseava-se no principio da legalidade. Surgiu no Brasil no
século XIX, após nossa independência, quando foi instaurada nossa primeira constituição

04 – Quais os princípios que são norteadores da Administração Pública? Onde estão previstos?

Os princípios que norteia a administração pública são os princípios: da impessoalidade,


moralidade, legalidade, eficiência e publicidade. Estes princípios estão previstos no artigo 37
de nossa constituição.
05 – O que expressa A Súmula Vinculante n. º 13? Está ligada a qual princípio?

De acordo com a sumula vinculante nº 13, é vetado o chamado nepotismo cruzado, que seria
uma roca de favores entre gestores para nomear parentes em cargos de confiança em sua
gestão. Esta sumula encontrasse vinculada ao principio da impessoalidade, onde pode haver
um tratamento diferenciado aos parentes.

06 – Qual a definição de direito administrativo?

O direito administrativo é o ramo do direito que busca nortear as relações entre o estado e o
particular, sempre buscando garantir o interesse da coletividade.

7. Uma das características dos poderes é o exercício obrigatório. Este exercício do poder não representa
uma simples faculdade para o administrador. Uma vez caracterizado o interesse público, ele terá o dever
de agir. A Administração, apesar das prerrogativas inerentes à supremacia do interesse público, não tem a
mesma autonomia e liberdade que os particulares quando exercitam os seus direitos, em razão da função
pública que exerce. Portanto, quem os titulariza, maneja, na verdade, poderes-deveres no interesse alheio.
Responda se a questão é certa ou errada justificando e fundamentando sua reposta.

A questão esta errada, uma vez que a administração publica deve garantir o interesse coletivo,
possuindo total liberdade para aplicar tais poderes, havendo apenas que observar os limites legais.

8. O poder disciplinar é conferido à Administração Pública lhe permite punir e apenar a prática de
infrações funcionais dos servidores e de todos que estiverem sujeitos à disciplina dos órgãos e serviços da
Administração, como é o caso daqueles que com ela contratam, que estão na sua intimidade. Decorre do
Poder Hierárquico. Para a doutrina tradicional, como Hely Lopes Meirelles, trata-se de um poder
discricionário, mas para a maioria da doutrina e a jurisprudência entende que a Administração não tem
liberdade de escolha entre punir ou não. Uma vez tendo conhecimento da infração, tem a obrigação de
instaurar o processo administrativo disciplinar. Trata-se, portanto, de ato vinculado, sob pena de praticar
crime de condescendência criminosa (art. 320 do CP) e improbidade administrativa (art. 11, II, da Lei
no 8.429/92) pela conduta omissiva do Administrador. A discricionariedade existe limitadamente em
alguns aspectos da aplicação das sanções. Diante do que foi explanado, o que deve um chefe de setor
fazer ao saber da ocorrência de uma conduta ilícita por parte de um agente público? Caso não tome essa
medida, poderá incorrer em que condutas ilícitas?

Resposta: Deve proceder instaurando um procedimento administrativo disciplinar, com o objetivo


de apurar se houve conduta ilícita por parte do servidor, uma vez provado que a ocorrência da
conduta ilícita, o chefe de setor não pode abster-se de aplicar uma punição ao servidor infrator, sob
pena de cometer o crime de condescendência criminosa, improbidade administrativa e se por acaso
for constatado interesse pessoal nessa conduta omissiva, será o crime de prevaricação.
9. Questão Q1131573 - Ano: 2020 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2020 - OAB - Exame de
Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase.

Considerando o contexto descrito, assinale a afirmativa correta.

a) Não se concederá Mandado de Segurança para invalidar a penalidade de multa aplicada a Soneca S/A,
submetida a recurso administrativo provido de efeito suspensivo.

b) O ajuizamento de qualquer medida judicial por Soneca S/A depende do esgotamento da via
administrativa.

c) Não há mora da autoridade superior hierárquica, que, por determinação legal, dispõe do prazo de
noventa dias para decidir.

d) A omissão da autoridade competente em relação ao seu dever de decidir, ainda que se prolongue por
período mais extenso, não enseja a concessão de Mandado de Segurança.

10 - ENADE - O Supremo Tribunal Federal concluiu recentemente o julgamento do Recurso


Extraordinário nº 633.782/MG, pela relatoria do Ministro Luiz Fux, no qual foi dado provimento ao
recurso interposto pela empresa BHTrans, sociedade de economia mista responsável pela gestão da
mobilidade urbana na capital mineira, devolvendo a esta a prerrogativa de realizar a atividade de
policiamento de trânsito.
Na oportunidade, o plenário apreciou o tema de repercussão geral nº 532, fixando a tese jurídica no
sentido de que “é constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de
direito privado, de capital social majoritariamente público, integrantes da Administração Pública
indireta, que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não
concorrencial”.
Desse modo, a decisão do Supremo constitui importante alteração do entendimento consolidado até então
pelos Tribunais Superiores.
O poder de polícia pode ser conceituado como a atividade estatal que atribui limitações à liberdade e
propriedade dos particulares em benefício do interesse público, realizada com base na lei e na supremacia
geral e por meio de atos normativos ou concretos.
Assim, para além das teorias que envolvem a descentralização administrativa, o entendimento que
prevalecia até o momento na doutrina administrativa e no Superior Tribunal de Justiça, assentava que
somente os atos de poder de polícia relativos à fiscalização e consentimento são passíveis de delegação
aos particulares, sendo indelegáveis, portanto, os atos de ordem de polícia (imposição de restrições) e atos
de caráter sancionatório.
O entendimento era compartilhado também pelo próprio STF, conforme ADI nº 1.717, de relatoria do
Ministro Sydney Sanches. Na decisão, a Suprema Corte concluiu pela indelegabilidade de atividade típica
de Estado a uma entendida privada, englobando o poder de polícia, de tributar e de punir relativo ao
exercício de atividades profissionais regulamentadas.
Portanto, a decisão proferida pelo STF no âmbito do RE nº 633.782/MG constitui importante passo para a
quebra de paradigma e revisão de entendimento adotado anteriormente, permitindo a delegação do poder
de polícia para as empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviço público em
regime exclusivo (não concorrencial) em todos os seus ciclos, inclusive referente aos atos de “ordem de
polícia”.
Veja-se que o foco da decisão é justamente privilegiar o interesse público envolvido nos serviços
prestados por estas entidades da Administração Pública indireta. Não se trata, portanto, de situação em
que ocorre a exploração de atividade econômica, mas sim, da prestação de atividade típica do Estado, que
merece salvaguarda.

Administração pública é todo o aparelhamento do Estado para a prestação dos serviços públicos,
para a gestão dos bens públicos e dos interesses da comunidade. Considerando os poderes
administrativos, a atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando direitos,
interesses ou liberdades individuais, regula a prática do ato ou abstenção de fato, em razão do
interesse público decorre do:

a) Poder hierárquico
b) Poder de polícia
c) Poder disciplinar
d) Fato do príncipe

11 – ENADE – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 2.975 DISTRITO FEDERAL V O


T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de ação direta de
inconstitucionalidade proposta pelo Procurador-Geral da República, em face do parágrafo único do artigo
137 da Lei 8.112/1990. Eis o teor do dispositivo impugnado: “Art. 137. A demissão ou a destituição de
cargo em comissão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova
investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. Parágrafo único. Não poderá retornar
ao serviço público federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por
infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. ” A controvérsia em questão consiste na dúvida se o
conteúdo da lei impugnada viola o artigo 5º, XLVII, "b", da Constituição da República, ao supostamente
impor pena de caráter perpétuo aos servidores públicos federais ocupantes de cargo em comissão que
forem demitidos ou destituídos do cargo pela prática de crimes contra a administração pública (art. 132,
I), atos de improbidade (art. 132, IV), aplicação irregular de recursos públicos (art. 132, VIII), lesão aos
cofres públicos (art. 132, X) ou corrupção (art. 132, XI).

Os poderes constituem o instrumento que é utilizado pela administração pública para cumprir as
suas finalidades. Os principais poderes administrativos são:
I- Poder vinculado. II- Poder discricionário. III- Poder hierárquico. IV- Poder regulamentar. V-
Poder disciplinar.
Estão CORRETOS os itens:

a) II, III e IV, apenas.


b) I, IV e V, apenas.
c) II e V, apenas.
d) I, II, III, IV e V.

12 – ENADE - Para o reconhecimento do Direito Administrativo como disciplina autônoma, esses


princípios não podem ser escolhidos de forma aleatória e também não podem ser considerados de forma
isolada; é necessária a fixação de um conjunto sistematizado de princípios e normas que lhe dê
identidade, tornando possível diferenciá-lo das demais ramificações do Direito. Os princípios escolhidos
para compor esse conjunto devem ser peculiares aos seus objetivos e devem especialmente guardar entre
si uma correlação lógica, uma relação de coerência e unidade, um ponto de coincidência, compondo um
sistema ou regime: o regime jurídico administrativo.
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA CAUTELAR. LEI
8.736/2009 DO ESTADO DA PARAÍBA QUE INSTITUI PROGRAMA DE INCENTIVO AOS
PILOTOS DE AUTOMOBILISMO. VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE. MEDIDA
CAUTELAR DEFERIDA. I - A Lei estadual 8.736/2009 singulariza de tal modo os beneficiários que
apenas uma única pessoa se beneficiaria com mais de 75% dos valores destinados ao programa de
incentivo fiscal, o que afronta, em tese, o princípio da impessoalidade. II - Medida cautelar concedida
para suspender, com efeito, ex nunc, até o julgamento final da ação a Lei 8.736, de 24 de março de 2009,
do Estado da Paraíba. (ADI 4259 MC, Relator (a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno,
julgado em 23/06/2010, DJ 20.08.2010)

Os princípios do Direito Administrativo são mandamentos de otimização. Portanto, da sua


aplicação decorrerem consequências para os administrados. É possível que haja uma colisão de
princípios e interesses, quando se tem de lado um interesse de um membro da sociedade e os
interesses coletivos. Em situações desta natureza, observando as questões de mérito administrativo,
como deve agir o agente público? Fundamente e justifique sua resposta.
Deve o agente publico agir de acordo com o interesse da coletividade, pois deve imperar os
princípios do interesse publico sobre o privado, e da indisponibilidade do interesse público,
devendo o gestor em um conflito de interesse favorecer sempre o interesse coletivo.

13 – ENADE - A Administração Pública possui um conjunto de prerrogativas ou de competências de


direito público, que tem o objetivo de permitir a aplicação da supremacia do interesse público e a
realização do bem comum.
Tem como principais características, o exercício obrigatório, que é o exercício do poder obrigatório, não
se trata de uma simples faculdade para o administrador. Uma vez caracterizado o interesse público, ele
terá o dever de agir. Além de serem irrenunciáveis, em razão do princípio da indisponibilidade do
interesse público. Condicionado aos limites legais, relembrando o princípio da legalidade, o administrador
só pode fazer o que a lei autoriza e determina. Sobre os poderes da Administração, analise os itens.

I - É aquele em que o administrador não tem liberdade de escolha; não há espaço para a realização de um
juízo de valor, e, por conseguinte, não há análise de conveniência e oportunidade. Preenchidos os
requisitos legais, o administrador é obrigado a praticar o ato.
II - O administrador também está subordinado à lei, diferenciando-se do Vinculado, porque o agente tem
liberdade para atuar de acordo com um juízo de conveniência e oportunidade, de tal forma que, havendo
duas alternativas, o administrador poderá optar por uma delas, escolhendo a que, em seu entendimento,
preserve melhor o interesse público.
III – denominado de independente, tem o poder de inovar a ordem jurídica, estabelecendo normas sobre
matérias não disciplinadas em lei.
IV - complementa a lei, contendo normas para sua fiel execução;
V - É um instrumento conferido ao administrador que lhe permite condicionar, restringir, frenar o
exercício de atividade dos servidores, seu uso e gozo de bens.

Trata-se de:

I - Poder vinculado;
II - Poder discricionário;
III – Decreto regulamentar executivo;
IV – Decreto regulamentar autônomo;
V – Poder disciplinar
Associe as duas colunas e marque o item correto:

a) apenas I está correto;


b) I e II estão corretos;
c) I, II e III estão corretos;
d) I, II e IV estão corretos;
e) I e V estão corretos.

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