Urbanização, Meio Ambiente e Vulnerabilidade Social

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Urbanização, Meio Ambiente e Vulnerabilidade Social

Neste artigo é apresentada a nós leitores a relação entre meio ambiente


e urbanização, e também sobre a degradação ambiental associado à
degradação social, gerando situações de risco para a sociedade residente de
áreas vulneráveis. Por outro lado, se o ambiente urbano aumenta o risco de
desastres ambientais que afetam com mais gravidade os pobres, também
criam oportunidades que melhoram a possibilidade de resposta de indivíduos e
grupos sociais a estes riscos. Risco e oportunidade, portanto, andam juntos
nas grandes cidades, definindo graus diferenciados de vulnerabilidade
socioambiental em áreas urbanas.
Os acontecimentos em relação a desastres ambientais em áreas
urbanas por causas naturais têm aumentado em paralelo com a própria
urbanização desses centros urbanos. Terremotos, tsunamis, furacões, chuvas
intensas, invernos rigorosos e secas prolongadas parecem cada vez mais
presentes e graves conforme a população cresce e se adensam mais, muitas
vezes em área impróprias, de péssima qualidade para se habitar e contando
com a falta de serviços básicos de saúde, por exemplo. Tais fenômenos estão
diretamente ligados às mudanças climáticas e a urbanização crescente.
A vulnerabilidade pode decorrer das condições ambientais e sociais.
Situações onde existe a possibilidade de ocorrência de manifestações
perigosas à população como desabamentos, inundações, poluição atmosférica,
poluição dos solos, contaminação por resíduos ou produtos perigosos, e
desastres naturais, como terremotos, furacões, maremotos, entre outros, são
exemplos de risco por condições ambientais. A carência de infraestrutura que
dê condições básicas de habitabilidade nestas áreas, como redes de
esgotamento sanitário e de abastecimento de água, tratamento de efluentes,
coleta de lixo, obras de contenção de encostas e drenagem de águas pluviais,
aliada às precárias condições de habitação, agravam esta exposição a risco.
Se a elas forem associadas às carências sociais, como pobreza, desemprego e
baixa escolaridade, por exemplo, e unidas às carências de serviços públicos de
saúde, segurança, lazer e educação, maior se torna a exposição a risco dos
indivíduos ou grupos sociais submetidos a estas condições socioambientais.
Baseado nas definições selecionadas por Cutter (1996 apud HOGAN;
MARANDOLA, 2006) e nas análises dos autores consultados (CUNHA, 2004;
HOGAN; MARANDOLA, 2006; KAZTMAN; FILGUEIRA, 2006), pode-se dizer
que três fatores estão mais presentes nas definições sobre vulnerabilidade: i) a
exposição a risco, que está relacionado a pessoas ou a grupos sociais e não a
lugares; ii) a estrutura de oportunidades que as pessoas ou os grupos sociais
dispõem para enfrentar estes riscos; e iii) a capacidade de resposta aos riscos.
A exposição a risco pode decorrer de situações inadequadas para se
habitar, possibilitando a exposição a desabamentos, inundações, poluição
hídrica, atmosférica e dos solos, contaminação por resíduos ou produtos
perigosos, e a desastres naturais, como terremotos, furacões, maremotos,
entre outros.
Segundo Hogan e Marrandola (2006), notadamente em grandes centros
urbanos, as áreas de degradação ambiental coincidem com as áreas de
degradação social. Isto é, pessoas ou grupos sociais expostos a riscos
ambientais, na maior parte dos casos também são vulneráveis do ponto de
vista social.
As estruturas de oportunidades são referentes ao acesso aos bens, aos
serviços básicos e atividades de bem-estar, a renovação de bens mais
facilmente para que os possibilitem de se integrarem a sociedade. Assim, o
acesso a determinadas estruturas de oportunidades abrem as portas para
outras estruturas de oportunidades, um exemplo simples e prático é o acesso à
educação possibilitar um emprego melhor que gera uma renda melhor, uma
saúde melhor etc.
Já a capacidade de resposta, vai necessitar dos tipos de ativos
existentes e como estes são mobilizados para se ter ingresso às estruturas de
oportunidades proporcionadas pelo mercado, pelo Estado e pela sociedade
(CUNHA, 2004). A capacidade de resposta é essencial para a definição do
grau de vulnerabilidade de indivíduos, famílias ou grupos sociais.

Gabriel Stinghen Pereira 00185853

Jefferson Santana Kraemer 00190323

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