MODELO de Petição para Acelerar Tramitação de Processo
MODELO de Petição para Acelerar Tramitação de Processo
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CÍVEL DA CIDADE
ADITAMENTO À INICIAL
razão qual traz à colação argumentos complementares, acostar novos
documentos probatórios e, por fim, confirmar seu pedido de tutela final,
anteriormente pleiteada.
ii - Do direito
A recusa da Ré é alicerçada no que expressa a cláusula
VII.1 do contrato em referência, que assim reza (doc. 03):
"O código exige que a redação das cláusulas contratuais seja feita de modo a
facilitar sua compreensão pelo consumidor para que a obrigação por ele
assumida para com o fornecedor possa ser exigível.
O cuidado que se deve ter na redação das cláusulas contratuais, especialmente
das cláusulas contratuais gerais que precedem futuro contrato de adesão,
compreende a necessidade de desenvolver-se a redação na linguagem direta,
cuja lógica facilita sobremodo sua compreensão. De outra parte, deve-se evitar,
tanto quanto possível, a utilização de termos linguísticos muito elevados,
expressões técnicas não usuais e palavras em outros idiomas. (...)
"É preciso também que o sentido das cláusulas seja claro e de fácil compreensão.
Do contrário, não haverá exigibilidade do comando emergente dessa cláusula,
desonerando-se da obrigação o consumidor." ...
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,
proteção e recuperação.
APELAÇÃO.
Plano de Saúde. Ação de Ressarcimento de Despesas Médico Hospitalar C.C.
Indenização por Danos Morais. Implantação de endoprótese necessária ao
procedimento cirúrgico. Stent. Sentença que julgou a ação extinta em relação ao
autor WALTER, por ilegitimidade ativa, e procedente em relação a autora ROSE
MARY. Inconformismo das partes. Dos autores, insistindo na legitimidade ativa
e indenização por danos morais. Da ré, sustentado que não houve negativa de
cobertura, pugnando pela improcedência da ação ou que o reembolso seja
limitado aos valores praticados pelo plano caso o procedimento fosse realizado
pela rede credenciada. Ainda que o plano de saúde coletivo tenha sido celebrado
anteriormente a vigência da Lei nº 9.656/98, é certo que dada sua natureza de
trato sucessivo, está sob a égide do CDC, posto que de ordem pública com normas
de aplicação imediata, de forma que não poderia a ré negar o custeio do
procedimento para colocação de stent prescrito pelo médico na autora, com
quadro de aneurismo celebral, posto que indispensável para o sucesso da cirurgia,
sendo abusiva a cláusula contratual de exclusão. Reembolso que deve ser integral,
ante a ausência de comprovação da forma a ser reembolsada. Legitimidade do
beneficiário para exigir o cumprimento da obrigação contratada. Inteligência do
artigo 436 do CC. Danos Morais configurados e fixados em R$ 10.000,00.
Precedentes desta Câmara. Recurso dos autores provido, desprovido o da ré [ ... ]
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESTITUIÇÃO C/C INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS. PLANO DE SAÚDE. PROCEDIMENTO CIRÚRGICO.
CLAÚSULA QUE IMPEDE O FORNECIMENTO DE PRÓTESE
(STENT). NULIDADE. DANO MORAL. CONFIGURADO. REPETIÇÃO
EM DOBRO DO INDÉBITO. MÁ-FÉ DO CREDOR. NÃO
COMPROVAÇÃO.
As cláusulas restritivas de direito, como a que delimita os procedimentos cobertos
pelos planos de saúde, mesmo aqueles celebrados anteriormente à Lei nº
9.656/98, deverão ser interpretadas à luz do disposto no art. 51, do Código de
Defesa do Consumidor, de modo que não redundem em abusividade. Desta
forma, nula de pleno direito é a cláusula que impede o fornecimento de prótese
(stent) expressamente recomendada por médico especialista e imprescindível ao
êxito do procedimento cirúrgico coberto pelo plano de saúde. Caracteriza ato
ilícito a injusta negativa de fornecimento de stents necessários à realização de
cirurgia cardíaca de urgência, devidamente autorizada pelo plano de saúde. Logo,
a repercussão do dano moral nessa espécie de acontecimento é in re ipsa, ou seja,
presumida, já que é inegável o abalo sofrido. A repetição em dobro do indébito,
sanção prevista no art. 42, parágrafo único, do CDC, pressupõe tanto a existência
de pagamento indevido quanto a má-fé do credor [ ... ]
De outra banda, devemos sopesar que não é razoável admitir que a Ré, ao
disponibilizar um procedimento cirúrgico coberto pelo plano de saúde, possa
restringi-lo, de forma a colocar em risco o êxito do procedimento adotado e
determinado pelo médico.