Apostila Stellarium - Comandos Básicos
Apostila Stellarium - Comandos Básicos
Apostila Stellarium - Comandos Básicos
Comandos básicos
Sumário
1. Apresentação do software ....................................................................................................... 5
1.1. Exemplos do que se pode fazer ........................................................................................ 5
1.2. Instalação ......................................................................................................................... 6
1.2.1. Versões anteriores..................................................................................................... 6
1.2.2. Sequência de instalação da última versão para Windows .......................................... 7
1.2.3. Se você não quiser instalar ou não tiver permissão para instalar o programa. ......... 10
2. Explicação dos comandos básicos ..................................................................................... 11
2.1. Janela de Localização (atalho: F6) .............................................................................. 11
2.2. Janela de data e hora (atalho: F5) ............................................................................... 12
2.3. Janela de Visualização (atalho: F4) ............................................................................. 13
2.4. Janela de pesquisa (atalho: F3) .................................................................................. 29
2.5. Janela de Configuração (atalho: F2) ........................................................................... 31
2.6. Janela de Cálculos Astronômicos (atalho: F10) ........................................................... 36
2.7. Janela Ajuda (atalho: F1) ............................................................................................ 36
3. Referência .......................................................................................................................... 37
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Apostila Stellarium: comandos básicos
1. Apresentação do software
O Stellarium é um software livre, ou seja, gratuito, que simula a esfera celeste, de qualquer lugar da
Terra, seja em tempo real ou em qualquer data que se queira, no passado ou no futuro. Essa
simulação permite ao usuário visualizar o céu, por meio da tela de computador, tal como veria a
olho nu, com binóculos ou telescópio. Além disso, existem muitos recursos que podem ser
facilmente acessados para se obter diversas informações.
Este roteiro serve basicamente para o(a) professor(a) se ambientar com a interface do Stellarium,
com o qual poderá revisar importantes conceitos relacionados à astronomia observacional.
Vamos mostrar alguns exemplos, em vídeo, do que se pode simular com este poderoso software:
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1.2. Instalação
Na parte de cima da página, vemos que a versão mais recente é a 0.20.41 e que existem várias
instalações para sistemas operacionais diferentes: Linux, Mac OS X, Windows 32 bit e 64 bit. No
caso do Windows será preciso saber se o sistema operacional trabalha com 32 bit ou com 64 bit,
para escolher a instalação mais apropriada. Esta informação pode ser encontrada no seu
computador em “Configurações/Especificações do dispositivo/tipo de sistema”.
Obs.: na dúvida, faça o download do arquivo de instalação 32 bit, que irá funcionar em
computadores com sistema 64 bit.
Se o computador onde será instalado o Stellarium for mais “antigo” ou tiver pouca memória, talvez
o software não rode de maneira conveniente. Nestes casos, o melhor é procurar por versões mais
antigas do Stellarium, que irão demandar menos processamento computacional.
Importante: as demonstrações e atividades não serão prejudicadas por não se usar a versão mais
recente do software.
As versões anteriores do Stellarium podem ser baixadas deste endereço:
https://github.com/Stellarium/stellarium/releases (site em inglês).
Procure pela versão mais compatível com o sistema operacional. Se a primeira tentativa não der
certo, desinstale a versão instalada e instale uma versão mais antiga, ainda.
1
Antes que esta apostila acabasse de ser escrita, foi lançada a versão 0.21.0, o que não invalida nenhuma
informação aqui contida.
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h) Clique em “Instalar”.
j) Programa instalado!
Vídeo da instalação:
https://drive.google.com/file/d/1O0nr2a7RP741-I1XsW03Q8AZYmZlkbgU/view?usp=sharing
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1.2.3. Se você não quiser instalar ou não tiver permissão para instalar o
programa.
Neste caso, existe a opção do Stellarium Web, que pode ser acessado neste endereço:
https://stellarium-web.org/
O site é em inglês e o número de recursos é bem menor do que o programa instalado, mas ainda é
possível fazer várias demonstrações.
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Na primeira vez que se “roda” o Stellarium, a localização inicial é em Paris, França (seta 1). Pode-
se localizar o Stellarium em qualquer lugar na Terra.
A seta 2 indica onde se pode escrever o nome da localização desejada.
O banco de dados com o nome das cidades é extenso, mas não contém todas as cidades do mundo.
No caso da sua cidade não estar na lista, tente primeiro “Redefinir a lista de localizações” e procurá-
la novamente, se ela ainda não tiver aparecido, pode-se proceder de duas maneiras:
1. Localizar a cidade grande mais próxima da sua cidade (não vai haver uma diferença
significativa no céu que será mostrado pelo Stellarium).
2. Selecionar o País (Brasil), o Planeta (Terra). Escreva o nome da sua cidade (seta 3). Entre
com as coordenadas geográficas da sua cidade (seta 4).
a. Clique em “Adicionar à lista” (seta 5).
b. Por fim, marque a caixa “Usar a localização atual como padrão” (seta 6).
A partir daí, sempre que você iniciar o Stellarium ele começará mostrando o céu desta cidade.
A data e hora que aparece inicialmente será a data e hora do sistema do seu computador, mas se
pode colocar qualquer data e qualquer hora, do passado ou do futuro.
Em astronomia a Data Juliana ou Dia Juliano (JD, Julian Day em inglês) é um método de contar os
dias sequencialmente, começando em uma data arbitrária no passado. Ele foi proposto por Joseph
Justus Scaliger no ano de 1583.
Os dias são contados de forma contínua, sem a separação em semanas, meses ou anos. Cada dia
se inicia ao meio-dia e vai até o meio-dia seguinte. Uma vantagem óbvia é que o DJ apresenta o
turno da noite, que é justamente o período de observação astronômica, em um mesmo dia do
calendário, facilitando a forma de indicação do período de observação. Outro ponto positivo é a
facilidade em determinar o intervalo entre dois eventos, bastando apenas subtrair as duas Datas
Julianas em questão.
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MJD significa, em inglês, Modified Julian Day (MJD), e é a JD subtraindo-se 2.400.000,5 dias, para
se trabalhar com um número menor.
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Alterações possíveis:
- Desativar a visualização da faixa da Via Láctea e alterar sua luminosidade e saturação.
- Desativar a visualização da luz zodiacal2 e alterar sua luminosidade.
- Ativar a ‘Adaptação dinâmica do olho’. Quando ativado, este recurso reduz o brilho de
objetos mais tênues quando um objeto brilhante está no campo de visão. Isso simula como
o olho pode ser ofuscado por um objeto como a Lua, tornando mais difícil ver estrelas e
galáxias fracas.
- Desativar a ‘Visualização da Atmosfera’ (não se preocupe com a Configuração de refração
e extinção, que é muito técnica). Deixe esta opção marcada, pois isso poderá ser controlado
nas opções de alternância, na barra horizontal.
- Alterar a ‘Poluição luminosa’ é interessante para mostrar a diferença de como é observar o
céu de lugares com mais e menos poluição luminosa, na cidade e no campo, por exemplo.
Marque a caixa ao lado do valor para obter o valor da poluição luminosa da sua
cidade/região.
- A última alteração possível é a taxa de ‘Estrelas cadentes’ (meteoros). A taxa mínima torna
a visualização do céu mais realista, pois os meteoros acontecem em todo o céu, de forma
aleatória. Diferente das Chuvas de meteoros, que acontecem em datas e regiões do céu
definidas. Aumentar a taxa vai exagerar a visualização do fenômeno, mas o tornará mais
evidente numa apresentação.
Observação: As opções que já vem marcadas e seus valores já são um bom início para a
visualização do céu. Não há necessidade de se mexer nelas para fazer demonstrações básicas.
2
A luz zodiacal é um feixe de luz fraca, visto no céu noturno e que se estende ao longo do plano da eclíptica.
É causada pela dispersão da luz solar nas partículas de poeira que são encontradas em todo o Sistema Solar.
No Stellarium ela é melhor percebida à Leste, algumas horas antes do Sol nascer e à Oeste, algumas horas
depois do Sol se pôr.
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Em ‘Estrelas’ pode-se alterar as escalas. ‘Escala absoluta’ controla o número de estrelas a ser
exibido na tela. A ‘Escala relativa’ altera a relação entre o brilho das estrelas que já aparecem na
tela: se reduzir o valor, verá uma infinidade de estrelas igualmente brilhantes e será impossível
distinguir as mais brilhantes das mais fracas, se aumentar o valor, destacará muito as estrelas mais
brilhantes.
Mude o valor da ‘Cintilação’ para fazer as estrelas “piscarem” mais ou “piscarem” menos, lembrando
que este é um efeito da atmosfera da Terra e não uma propriedade das estrelas. O Stellarium
automaticamente já reduz a cintilação das estrelas conforme a altura da estrela se aproxima do
zênite (ponto mais alto do céu).
O ‘Limite de magnitude’ altera a magnitude máxima3 necessária para uma estrela ser visível no céu
do Stellarium.
Marcar ‘Estrelas pontiagudas’ fará com que apareçam pontas nas estrelas, fazendo-as ficarem
semelhantes às estrelas das fotos obtidas por telescópios. Este efeito é apenas estético, pois as
estrelas não têm pontas.
'Rótulos e marcadores’ permite que se aumente o número de estrelas que aparecem com seus
nomes, para um determinado zoom. Desmarcar esta opção é deixar a visualização do céu mais
real.
Algumas estrelas possuem nomes próprios e muitas têm nomes diferentes, dependendo da cultura
que as nomeou. ‘Usar nomes adicionais de estrelas’ faz com que os diversos nomes de uma estrela
fiquem visíveis quando esta estrela é selecionada.
Veja o exemplo a seguir:
A estrela Hadar, da Constelação do Centauro, também é chamada de Agena. Abaixo dos nomes,
vemos as denominações desta estrela em diversos catálogos estelares.
Em geral, a estrela mais brilhante de uma constelação é chamada de Alfa, seguindo-se, em ordem
decrescente de brilho, Beta, Gama, Delta, Épsilon etc., com o genitivo da constelação sendo
utilizado junto à letra grega.
3
A escala de magnitude é uma escala invertida. Quanto maior o valor, mais fraco é o brilho da estrela. O
limite de observação do olho nu, plenamente adaptado à escuridão, está entre magnitude 6,0 e 7,0. Portanto,
magnitude 6,5 está na média do limite.
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Em ‘Projeção’ é possível alterar a forma como a imagem é projetada na tela e como serão as
distorções com o zoom in e o zoom out.
Há uma explicação sobre cada tipo de projeção. ‘Em perspectiva’ e 'Estereográfica' são as mais
comuns para apresentações.
Alterar o valor da ‘Compensação de janela de exibição vertical’ irá deslocar a imagem para cima ou
para baixo, o que pode ser útil para se ajustar verticalmente a projeção de uma apresentação.
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- ‘Exibir órbitas’ dos objetos do Sistema Solar (da Lua, de todos os planetas e suas luas).
Marque a caixa ‘permanente’ se quiser exibir a órbita mesmo se o objeto estiver fora da tela.
Detalhe: pode-se configurar as cores das linhas das órbitas e sua espessura.
Se a caixa ‘Apenas órbitas de planetas maiores’ estiver marcada, o programa não irá mostrar
as órbitas das luas de um planeta se este não tiver selecionado.
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Para mostrar apenas uma órbita por vez marque a caixa ‘Apenas a órbita do objeto selecionado’.
- Marque a caixa ‘Exibir rastros’ para traçar o caminho aparente dos Objetos do Sistema Solar
entre as estrelas, vistos da Terra ou de outro planeta.
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Movimento retrógrado é o movimento aparente de um planeta em uma direção oposta à de outros corpos
dentro de seu sistema, como observado a partir de um ponto de vista específico. Ora os planetas se movem
na mesma direção do Sol e da Lua (movimento direto), ora se movem na direção oposta (movimento
retrógrado).
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- ‘Exibir nomenclatura planetária’ mostra dicas e rótulos para recursos planetários. Este é um
comando avançado e não há necessidade, neste momento, de ativá-lo.
- ‘Simular a velocidade da luz’ dará posições (coordenadas astronômicas) mais precisas para
corpos planetários que se movem rapidamente contra estrelas de fundo (por exemplo, as
luas de Júpiter).
- ‘Exibir os marcadores dos planetas’ fará aparecer um círculo em torno dos planetas
- ‘Utilize as configurações personalizadas do GRS’ (Grande Mancha Vermelha, de Júpiter, em
inglês) é um comando avançado e não há necessidade, neste momento, de desativá-lo.
- ‘Limite de magnitude’ irá limitar o brilho aparente mínimo para que um objeto do Sistema
Solar possa ser mostrado na tela. Não há necessidade de ser ativado no momento.
- ‘Escala da Lua’ aumentará o tamanho aparente da Lua no céu, o que pode ser interessante
para imagens com campo de visão amplo.
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- ‘Exibir halo na Lua’ deixará a imagem da Lua mais parecida com o que vemos quando
olhamos para ela.
- ‘Escala de corpos menores’ aumentará o tamanho aparente dos corpos menores: planetas
satélites, todos os tipos de asteroides e cometas. Para alguns desses modelos 3D estão
disponíveis, que serão melhor discerníveis se forem ampliados.
- Em ‘Rótulos e marcadores’ pode-se alterar, independentemente, a quantidade de rótulos
exibidos para objetos do sistema solar. Quanto mais à direita os controles deslizantes
estiverem definidos, mais rótulos aparecerão. Observe que mais rótulos também aparecerão
conforme você aumenta o zoom.
- Por último nesta aba, ‘Algoritimo de magitude dos planetas’ é um comando avançado e não
há necessidade de se alterar sua configuração.
A guia DSO permite que você especifique em quais catálogos ou tipos de objetos você está
interessado.
Objetos do céu profundo ou DSO são objetos extensos que são externos ao Sistema Solar e não
são fontes pontuais como as estrelas. DSO inclui galáxias, nebulosas planetárias e aglomerados de
estrelas. Esses objetos podem ou não ter imagens associadas a eles. O Stellarium vem com um
catálogo de mais de 90.000 objetos extensos contendo os dados combinados de muitos catálogos,
com mais de 500 imagens.
Estes são comandos avançados e não há necessidade de se alterar suas configurações neste
momento.
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Nesta aba é possível traçar várias grades, linhas e pontos específicos na esfera celeste, como os
polos celestes, o zênite etc. As cores das grades, linhas e pontos podem ser ajustadas clicando no
quadrado colorido correspondente. A coluna central comanda linhas como equador, eclíptica,
meridiano etc., onde cada uma pode ser opcionalmente ajustada para mostrar marcas de partição
e rótulos. As configurações de cor são armazenadas imediatamente, todos os outros sinalizadores
precisam de um salvamento explícito das configurações (falaremos disso mais adiante).
A caixa ‘Altura’ pode ser útil para demonstrações, pois exibe uma linha vertical (com marcações de
altura opcional) sempre no centro da tela.
Observação: a caixa ‘Marcações da bússola' não faz sentido ser ativada, pois este recurso não leva
em consideração a declinação magnética do lugar (diferença entre as posições do Polo Geográfico
e do Polo Magnético).
Segue um exemplo onde aparecem o Polo Sul Celeste (PSC), o círculo circumpolar local (dentro do
qual as estrelas giram ao redor do Polo sempre acima do horizonte) e o círculo de precessão
(mostrando a posição do PSC entre as estrelas, ao longo dos milênios).
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Nesta aba é possível controlar as imagens da paisagem (o horizonte que o cerca). Para alterar as
imagens da paisagem, selecione uma paisagem da lista à esquerda da aba. Uma descrição da
paisagem será mostrada à direita.
Observe que, embora uma paisagem possa incluir informações sobre onde as imagens da
paisagem foram tiradas (planeta, longitude, latitude e altitude), este local não precisa ser o mesmo
que o local selecionado na Janela de localização, embora você possa configurar o Stellarium como
essa seleção de uma nova paisagem irá alterar o local para você.
A opção ‘Oceano’ é uma das melhores, pois é a que bloqueia menos o céu, além de ter uma boa
marcação da linha do horizonte. Entretanto, a imagem padrão, ‘Guereins’, também não atrapalha
muito.
Os controles na parte inferior direita da janela funcionam da seguinte forma:
- ‘Usar esta paisagem como padrão'. Selecionar esta opção salvará a paisagem no programa
arquivo de configuração para que a paisagem atual seja aquela usada quando o Stellarium
iniciar. Esta opção só será desmarcada quando se escolhe outra paisagem.
- ‘Exibir a superfície’ liga e desliga a renderização de paisagem (igual ao botão na barra
horizontal de ferramentas principais).
- 'Exibir a névoa' ativa e desativa a renderização de uma faixa de névoa/neblina ao longo do
horizonte, quando disponível nesta paisagem.
- 'Brilho mínimo'. Algumas paisagens em noites sem Lua podem parecer muito escuras na
tela. Pode-se querer configurar algum brilho mínimo ativando esta caixa.
- 'Exibir os rótulos das paisagens'. As paisagens podem ser configuradas para mostrarem
pontos de interesse geográfico como, por exemplo, picos de montanhas, que podem ser
exibidos com esta opção.
- ‘Exibir iluminação' simula uma certa poluição luminosa como, por exemplo, postes de luz,
janelas brilhantes ou o brilho no céu de uma cidade próxima. As luzes se acenderão quando
a paisagem estiver escura o suficiente.
- 'Position from landscape'. Quando ativado, a seleção de uma nova paisagem atualizará
automaticamente a localização do observador. Use isto se a paisagem não for apenas
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decoração, mas uma representação verdadeira de um determinado local que você deseja
visitar nas simulações disponíveis.
Atenção: é muito importante ativar esta caixa se a simulação do céu for de outro lugar que
não seja a Terra (Lua, Marte, Júpiter etc.) para que o céu seja atualizado para o local
escolhido. Só assim será possível ver a dupla Terra-Lua de outro planeta ou simular, por
exemplo, o que se vê da Lua durante um eclipse lunar visto da Terra, como na imagem a
seguir, do dia 30 de novembro de 2020:
- 'Desenhar apenas polígono'. Este comando só irá desenhar uma linha caso uma paisagem
com horizonte poligonal for escolhida.
- 'Adicionar/remover paisagens'. É possível instalar novas paisagens a partir de arquivos ZIP
que podem ser baixados do site do Stellarium5 ou criar paisagens personalizadas. Este é
um comando avançado e não será tratado nesta apostila.
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https://stellarium.org/landscapes.html
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Nessa aba pode-se alterar as constelações do céu, e descobrir como diversas culturas viram e
nomearam as estrelas do céu. Selecione uma Cultura estelar da lista à esquerda da aba. Uma
descrição da Cultura será mostrada à direita.
Algumas culturas têm arte de constelação (por exemplo, Ocidental e Inuíte), e o resto não. As
opções configuráveis incluem:
- ‘Usar esta cultura celeste como padrão’. Ative esta opção para carregar a Cultura estelar
escolhida quando o Stellarium iniciar.
- ‘Exibir os rótulos’. Ative a exibição de rótulos das constelações. O mesmo botão é
encontrado na barra horizontal de ferramentas principais (tecla de atalho: v). Pode-se ainda
selecionar se se deseja exibir nomes abreviados, nativos ou traduzidos.
- ‘Exibir linhas da constelação’. Ativa a exibição das linhas das constelações. O mesmo botão
é encontrado na barra horizontal de ferramentas principais (tecla de atalho: c). É possível
configurar a espessura da linha da constelação.
Temos 4 opções para mostrar o céu da Cultura Estelar do Ocidente, mais familiar para nós.
Cada uma destas opções (Ocidental, H. A. Rey, O. Hlad e Sky & Telescope) mostrará as
linhas das constelações de modo diferente.
- ‘Exibir linhas do asterismo’. Ativa a exibição de figuras de asterismo (tecla de atalho Alt+a).
É possível configurar a espessura da linha do asterismo.
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À esquerda temos o asterismo Triângulo de Verão (Summer Triangle) como mostrado na Cultura
Estelar Ocidental e à direita como mostrado na Cultura Estelar Ocidental H. A Ray. Podemos ver
outros asterismos na visualização Ocidental.
- ‘Exibir auxiliares de raio’. Ativa a exibição de linhas de navegação especiais que conectam
estrelas frequentemente de diferentes constelações (tecla de atalho Alt+r). É possível
configurar a espessura das linhas auxiliares.
- ‘Usar nomes nativos dos planetas’. Se existir, esta opção mostra os nomes dos planetas
como são conhecidos na Cultura Estelar escolhida. Também mostra o nome moderno do
planeta para referência).
- ‘Exibir imagem com brilho’. Ativa a exibição da arte da constelação (se disponível), O mesmo
botão é encontrado na barra horizontal de ferramentas principais (tecla de atalho: r). É
possível configurar o brilho das artes.
- ‘Exibir os rótulos dos asterismos’. Ativa os nomes dos asterismos. Estes nomes variam de
acordo com a Cultura Estelar.
- ‘Exibir fronteiras’. Ativa a exibição dos limites das constelações6 (tecla de atalho: b). Os
limites só estão definidos para as Culturas Estelares ocidentais. É possível configurar a
espessura das linhas de fronteira.
6
Na astronomia científica contemporânea, uma constelação é uma área da esfera celeste conforme definida
em convenção pela União Astronômica Internacional (UAI) em 1922, delimitada uma das outras por arcos de
ascensão reta e declinações. Na mesma convenção em que o conceito de constelação foi firmado, foram
padronizadas também 88 constelações reconhecidas pela União Astronômica Internacional para fins
astronômicos e científicos.
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As opções para Céu profundo é um comando avançado e não será tratado nesta apostila.
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A ‘Janela de pesquisa’ fornece uma maneira rápida e prática de localizar objetos no céu.
7
SIMBAD é um banco de dados dinâmico, atualizado todos os dias úteis. Ele fornece a bibliografia, bem como
informações básicas disponíveis, como: a natureza do objeto, suas coordenadas, magnitudes, movimentos
próprios e paralaxe, velocidade/redshift, tamanho, tipo espectral ou morfológico e os nomes do objeto
(identificadores) encontrados na literatura.
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- ‘Usar SIMBAD’: quando o nome de um objeto a ser encontrado é digitado na aba 'Objeto',
se houver conexão com à Internet, o Stellarium irá pesquisar nos bancos de dados online
do SIMBAD por suas coordenadas e outras informações do objeto. O servidor SIMBAD em
uso pode ser selecionado na janela de rolagem.
- ‘Opções de pesquisa’: O grupo Opções de pesquisa permite mudanças no comportamento
do resultado da pesquisa. Suas opções são:
• ‘Usar o autopreenchimento a partir do começo de palavras’ quando marcado, irá
pesquisar por nomes de objetos que começam com as mesmas letras de sua
entrada.
• ‘Posição de bloqueio quando as coordenadas são usadas’ (aparentemente não tem
nenhum efeito na pesquisa se estiver marcado ou não).
• ‘Exibir marcador central do CDV8 quando pesquisar a posição’.
- ‘Pesquisas Recentes’: permite a modificação de seus dados de pesquisa recentes. Qualquer
alteração aqui irá atualizar automaticamente os resultados da pesquisa exibidos na aba
Objeto.
• ‘Número máximo de itens a serem exibidos’ controla a quantidade de pesquisas
recentes que podem aparecer no botão de resultado da pesquisa. O ícone da lixeira
exclui o histórico de pesquisas recentes.
Esta janela contém configurações gerais do programa e muitas outras configurações que não dizem
respeito a opções de exibição específica.
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Campo De Visão
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Deixe marcado apenas as caixas relevantes para a sua apresentação. As informações são exibidas
em várias cores, dependendo do tipo e nível dos dados armazenados.
Quando ‘Flip button’ é habilitado, dois botões serão adicionados à barra de ferramentas principal
(horizontal), permitindo que a visualização principal seja espelhada nas direções vertical e
horizontal. Isso é útil ao se observar através de telescópios que podem fazer com que a imagem
seja espelhada.
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- Data e hora do sistema’: o Stellarium iniciará com o tempo de simulação igual ao relógio do
sistema operacional.
- ‘Data do sistema em’: o Stellarium começará com a mesma data do relógio do sistema
operacional, mas a hora será fixada no valor especificado. Esta é uma configuração útil para
aquelas pessoas que usam o Stellarium durante o dia para planejar sessões de observação
para a noite que se aproxima.
- ‘Outra’: qualquer tempo fixo pode ser escolhido, o qual será usado toda vez que o Stellarium
for iniciado.
- ‘JD’: o Stellarium exibirá a Data Juliana.
- ‘Data’ e ‘tempo’: o Stellarium exibirá a data e a hora no formato selecionado.
- ‘Correção de tempo’: O padrão é “Espenak and Meeus (2006)”. Não há necessidade de se
alterar isso.
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Apostila Stellarium: comandos básicos
Quando um script é selecionado, uma explicação sobre ele aparecerá à direita. Ele pode ser
executado pressionando o botão de seta e interrompido com o botão Parar. Em alguns scripts, o
botão parar é inibido até que a apresentação seja concluída.
Scripts que usam som ou vídeos incorporados precisarão de uma versão do Stellarium com suporte
multimídia habilitado. Deve-se ressaltar que os codecs de som ou vídeo disponíveis dependem dos
recursos de som e vídeo da plataforma do computador em uso e podem não funcionar.
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A lista de complementos está à esquerda e uma explicação sobre o complemento marcado, à direita
(algumas estão em inglês). Marque a opção “Carregar ao iniciar” e reinicie o Stellarium. Quando
carregados, muitos complementos permitem configurações adicionais que estão disponíveis
pressionando-se o botão “Configurar” nesta aba.
Não entraremos nos detalhes destas configurações nesta apostila.
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Esta janela oferece funcionalidades avançadas, algumas das quais ainda em fase experimental.
Esta janela traz seis abas com funcionalidades diferentes.
Não trataremos das opções desta janela e abas nesta Apostila.
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Esta janela serve para se obter ajuda sobre o programa, com informações sobre os atalhos, sobre
o software e o sistema.
2.7.1. Aba ‘Ajuda’
Lista todas as teclas de atalho usadas pelo Stellarium. Alguns recursos estão disponíveis apenas
como de teclas de atalho (sem botões), por isso é uma boa ideia navegar pelas informações desta
janela.
2.7.2. Aba ‘Sobre’
Mostra a versão e as informações da licença, e uma lista de pessoas que ajudaram a produzir o
programa. Desde a versão 0.18.3, esta aba possui uma ferramenta para verificar se há atualizações
do Stellarium.
2.7.3. Aba ‘Registro’
Mostra mensagens como as confirmações de carregamentos realizados quando Stellarium é
iniciado. Pode-se localizar os arquivos que o Stellarium grava no seu computador. As mesmas
informações são gravadas no arquivo log.txt que você encontrará no diretório de dados do usuário.
2.7.4. Botão ‘Editar os atalhos do teclado…’
Pode-se editar as teclas de atalho aqui. Cada função disponível pode ser configurada com até duas
combinações de teclas. Você pode querer reconfigurar as teclas, por exemplo, se tiver um layout
de teclado diferente do inglês e algumas teclas não funcionarem ou parecerem não intuitivas para
você, ou se estiver familiarizado com outro software e quiser usar as mesmas teclas de atalho para
semelhantes funções.
Simplesmente selecione a função e clique com o mouse no campo de edição, a seguir pressione a
tecla de sua escolha. Se a tecla já estiver sendo usada, uma mensagem informará sobre isso.
3. Referência
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