A Santa Sé E O Estado Da Cidade Do Vaticano - Salmo Caetano de Souza
A Santa Sé E O Estado Da Cidade Do Vaticano - Salmo Caetano de Souza
A Santa Sé E O Estado Da Cidade Do Vaticano - Salmo Caetano de Souza
complementaridade
Resurno:
O presence artigo quer explicar como o papa ou a Santa SP que, al ias, sfio
c•xpressñes sinñnimas e mani fcstam a mesma real idade — sc apresenta e, por
conseguinte, atua, diplomaticamente. no contexto da Comunidade das Na9oes
Unidas (ON LI). Em outras palavras, este artigo procura mostrar a rcla9ao que ex iste
entre a Santa Sé e a sua .A9ño Diplomatica no seio dos Estados-membros clue
compñem o refcrido Organismo I ntemacional.
Palavras-cleave: Direito Canfinico. Santa Sé. Estado da L“idade do Vaticano.
Tratado de I.at rao.
Abstract:
This paper delineates how the pope and the Holy See- synonymous entit ies and as
such expressing the one and the same reality function u ithin the international
community. This explanation is elicited especial1y from their diplomatic action
is’ithin the Community of Countries at the United Nations (UN). The action of the
pope and the Holy See through the diplomatic act ivity in the countries wit h in
community serves as a backdrop for this elucidation.
Keywords: Canon Law. Hole Sec. City of Vatican State. Treaty o I I .atran.
1ntrodu§âo
Doutor ein Direito lntemacional Publ ico pet a Faculdade d<• Direiio da Unis'ersidade dc S*ao Paulo (IJ SP).
Sacerdote da A rquidiocese de Sao Paulo, c4ouIor em Direito Canfinico pela Ponti ficia Un iversidade Sao
Toir3s de Aquino, de Roma.
Rev ista da i'auuldadc de Dircitu da UnivcrsidaJc Ie Sdn Pa‹ilo v. 100 p. 2S 7-31 jan.'dcz. 2005
4
Sthnio Coetoito ‹fr 'fiyti.“o
O conteudo desse item se encontra lariamente desenvol vido no Segundo Capiiulo da nossa tese dc
doutorado a prcsen iada ao Oc•pari amen to de l9 ircito I nternacional da I’ac ul dadc dc Dir ciio da £J nivers idade
de Sao Paul o. e m 25/ 10/2004, in I iiu:ada “A Medial ao da Santa Sc nu Media9io do t"anal de l3eagle”
L.‘ODlGO ‹:I‹ Dr ‘cite €’oi outro (CIS.). ‘I’radu9 to em 1 ingua portuguesa da Con feréncia Nacional do Bras it,
Sao Paulo: Loyola, I '7S3.
U5n. 36.1 , C I C 1983.
Note-set. porém, q tic a Su preira A utoridade da 1 greja t’atol ica tern como destinal ‹a rios. a lém do papa, o
Colégio dos 13 ispos. Trata-se, pt›rtanto, dc dois suje itos inadequadamen te distintos. q tie atuam errs dois
niodos: urn pessoal (o Papa) e o out ro colegial (C’olcg io dos Bispos) (C’3non 33b. C I C).
289
A Igreja Catolica, por sua vez, sob o aspecto juridico, surge como sendo
utria comrinidade de fé autfinoma, socialmcnte organizada e fundada por Deus através de
Cristo c, porianto, independente dc qualquer poder humano, quer di zer. soberana, cujo
exercicio da soberania é uma soberania espiritual papa. corresponde ao Note-se.
portanto, que a Igreja e o papa sao fenomenos que riascerarn simultaneamente e
inseparavel mente, mas com papéis distintos, se bem que complementares. por vontade de
seu fcndador, Jesus Cristo. O papa foi pos to pelo Cristo como Cabeqa da 1 greja. como
a firma Rafael Llano Ci fucntcs:
Em primeiro lugar. Jesus escol hen doze honiens c•ntre ecus
discipuJos com o intuito dc prepara-los para una especial
min istéi io apostolico de dire9ño.' E é a eles que Cristo diz:
“Quem voz recebe. a mini recebe, quem me recebe, rccebe a
quem me enviou” C risto. porém, nño se I imita a escol he-
los. con ferc- I hes urna autoridade. uin poder de govemar:
“Em verdarle vos digo. que ludo o que vos ligardes na terra
sera ligado no Cum e tudo o que desligardes na terra scra
desligado no Cen” Servindo-se dc-sta meta fora tao comum
na linguagem rabinica, “ligar e desk igar” que significa
pt oil›ir ou yet iriifir, Cristo enteridia dai a scans discipulos
uma . negavc•l oiitoriñode goverriativa e um J›oder supremo
de jm-isdiqâo, que aharca a possibi lidade de condenar c de
cxcluir da 1greja qualq ucr dos seus membros.
LI ANO Cl FU S:ITES, It. Cllr» ‹ie /J//'c//u I ”o›7d/›ic‹›. Sâo l’aulo: Saraiva. I fi7 I . p. 2.
i'vlc., 16. I (^, init. I fi, I k-20: LLAMO CIFU I:NTES. It.. op. cit.. p. 25.
Alt. I . 2-9: Me. 3. I 3- I '1. Lc., 6. I 3- I G. Jo.. 10. 2-4: LLANO Cl FLT ENTER, It., np. c if.. p. 2 .
MI. 18, I g. LL.'\hO cm rN Ls. It., op. cit,. p. 25.
Mt. I h. I d: LLANO Cl F U ENTFS, ft.. op. cit., p. ?S.
ko°visia da Faculdadc dc Dircilo da UnivcrsiJad°. du- Sâo Paulo . 100 p. 257-3 1 jan.ldcs. 2005
4
domin io dunia cidade ou duly reino tern o podcr supremo da Igreja, reino be De us na
terra.
Ma is a inda, acrescenta ri irencinnodo yutor Cristo, como q tie rjue rendo por
em relevo o carater sects/ c 11ierarqtiico la Igreja, no ambience dc solenidade de que
esta a revestida a sua despedi da. antes da Ascensño aOS Céus, disse aos Apostolos:
f’oi me dado todo o poder no céu e na terra: ide. pois, e
ensioa i a tod as as gentcs, batixando-as em nome do Pai, do
Filho e do Espirito Santo. ensinando-as a observar tod as as
coisas que \‘os tcnha mandado atc a consut›Japño dos
Iu
it. 28. I 8-2ff: LI ANO Al F”l ENT ES", It.. op. cit.. [›. 25.
Jo. I 9.20: LI.ANO Cl FL! ENTk S, k., cp. cit.. p. 25.
LL.A fi(J Al FL! kNTE . It.. of. cii., p. 2 S-25.
'' Dessc tcma I ratarcmos no item 2: ueni é o Lstado da I idade do Vat ica nu”
29
A Santa Sé e a Igreja Catfil ica sño pcssoas morais, no semi do em que elas
nao recebem sua personalidade e sua existéncia juridica de algum ordenamento temporal e
territorial, mas, sim, diretairente de seu fundador, Jesus Cristo: a mbos sao pessoas
chamadas de pré-juridicas, porque é pessoa de natureza espiritual, religiosa e humanitaria,
isto e, cmana de um Direito inerente a sua prdpria natureza, ou seja, que mo procede dos
meios institucionais caracteristicos do regilre democratico." A Santa Sé e a Igreja
Catñl ica constituem uma realidade de naturexa espiritual, porque postas de pé pelo proprio
Cristo. seu fuiidador e promulgador, através do Ministério Petrino. A sucessño legitima
direta e ininterrupta desse ministério que Cristo con fiou a Pedro atravessa a histñria
através dos séculos. chegando ate nos na pessoa do atual Pontifice. Bento XVI. que é o
265° papa na linha da sucessño legitima. A Santa Se, assim. é uma realidade dinñmica na
historia, porque eta sc faz presente em cada momento da mesma, através de seu legitiino
titular.
Assim, os direitos e prerrogativas da Santa Sé on da Supreme A utoridade da
Igreja Catol ica sño inercntes a sua prdpria missño espiritual no mundo e, elaquanto ta1, foi
reconhecida pelo ordenamento positivo intemacional."
Tal reconhecimento internacional da especificidade da Santa Se data de 380
d.C., quando o lmperador Romano Teodosio promulgou o Edito de Tessalfinica Cuncfos
Pofwlos, através do qual estabelecia que a religiño crista era oficialmente reconhecida
como a religiño do Estado. A pan ii‘ de entño. a Santa Sé participa ativanaentc da vida da
Comunidade Intemacional.
Assim, a especificidade da natureza e da missño espiritual da Santa Sé, bem
como a sua qualidadc dc Pessoa Juridica de Direito lnternacional Publ ico, vem
acontecendo atravcs de url costume e praxe intcriiacional antiqiiissimos, ou seja, desde
380 d.C. Dessa forma, pode-se d:zer que a experiéncia intcrnacional da Santa Sé antecede
aquela dos Estados em quase quinze séculos, considerando o nascimento dos mesmos a
partir de 1645. com o Tratado de Vestfalia.
C.IC 1953.
Vale dizer, do Direito Divino.
" No sentido da Conven9io de Monievidéu sobre os dire itos c deveres dos Eslados, aprovada en 26 de
dexcmbru de 1933. na Sétima Confe-Lucia I nternacional A mericana. quc dcclara o sc•_uinte: Artigo 6—“ “O
rcconhccinaento dc tina Estado apcnas sign i lica que aquele 9ue o reconhece aceita a personal idade do outro,
coin todos os direitos e devcres deterrninados pelo dii ei io intemacional. Trata-se de tins reconhecimento no
sent ido declaralñrio, ou seja. simplesmente constata I preex isténcia do 1\stado ora rcconhccido”
Rev isia da Faculdado de Diru•iic› da Lini versidadc dc Sao Paulo v. 100 p, *87-? jan./dcz. 200a
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Assim. desde o seculo I V, a Santa Sé nunca dci xou de ser um membro ativo
da Comunidade internacional.
Hr›je em dia, a par I icipapño da santa Sé nos organ ismos intcmacionais se dd
por cinco maneiras: O6seio•aJdr Permanence; Observador errs Base Inforiiial ; Membro;
Flospede de Honra: Delegado Especial.
Assim. é a Santa Sé que participa de con feréncias e subscreve ou adere a
con •énios internacionais. exercendo os mesmos direitos que os outros Estados-membros,
em pcrfeita paridade com todos eles. depcndendo do status da sua participa9ño. I nclusive,
conforms o Protocolo de Aquisgrana e a Convenqño de Viena de 1961 ' sobre Rela9oes
Diplomñticas, na qualidade de membro e de obscrvador pcrmanente, reconhece-se aos
seus reprcsentantes a prccedéncia coino Decano do Corpo Diploinatico.'
Desta forma, foram sendo subscritos os documentos intemacionais, tanto
en nome da Santa Sé quando em none do Fstado do Vaticano. Porém, a partir de 1957, é
a Sanui Sé que assume e clii.siv'ainetile a dupla reprcsenta9ao, tanto do Estado da Cidade
do Vaticano quanto da Igreja Catolica. E o que se entende a pariir da seguinte
comrinicagño da Secretaria de Estado da Santa Sé ao Secretario Geral das Napñes Unidas,
cm 1957:
(...) para dissipar algumas incericzas que vinlaain se
manifiestando a rcspcito do tema das relagñes entre a
Secretaria de Estado c a Secretaria das Napiies Unidas, esta,
0
a tra ’es dc Lima comunica gao' ao Sucrctario Coral Dag
Hammersk.iold,'' pela dual a Secretaria de Estado dcc Sua
Santidade quis precisar que as rela9fies que est a rnantéin com
a Secretaria das N a9iies Uti idas se entendam estabelccidas
entre a Santa Sé e as Napñes Unida:s. e que as delega9ñcs que
a Secretaria de Estado possa vir a ac-reditar perante a
Organiza9ao das Napñes I nidas sao dclcga9ñes da Santa Sé
e devem ser designadas de agora em diante como tais.
'' A ssinada em 1 S de abri 1 dc 1 ^96 1. Entrada em vigor end 24 de abril de 1964. Aprox'ada pelo Dccreto 1.eg
is lai ivo n. I .003, dc 1964. Ratilicada em 2.3 de fevereiro de 1'7fi5. Dcposito de instrinnc•nto de ratifica9ao pelo
Decreto n. 5t›.435 de 8 de junho de 1965 ( D.O.U, dc 1 1 dc }unho do rnesino ano).
SALVA DOit. C.€’.; EMB IL, J.M.U. Dti‹ ionrii’io J‹• Direito Cuztñi/rco. S.o Paulo: Loyola, 1'783. p.
G77. "’ 1.eg. 34- 1, dc 29/ 10/ 195'J.
' ‘ NOt‹a n. 6.7.52/57. de 1 6/ I ') ’1957.
°' SALVADOR, t’.C.; EM BI L.J.M. U., op. cit., p. fi77
especial com a Federa9ño RusSa e com a Organi xmpño para a Libertapño da Palestina
(OLP).
Participa, tan béin, de di fcrentes organi za9ñes e organisimos
intergovernamentais internacionais.
O ñrgño ou dicastério propriamente encarregado de auxiliar o papa na sua
rela9ño com os Estados é a Secretaria de Estado. O papa Joño Paulo 11. em 25 de junlao de
1985, promulgou a Constituipño Apostolica “Pastor Bonus”. pela qual, reforniando a
Curia Romana, dividiu a Secretaria de Estado em duas Sec9ñes: a Sec9ao dos Assuntos
Gerais, ou Primeira Sec9ño, e a Secpño das Relay0es com os Estados, ou Segunda Sec9ño,
na qual confluiu o Consellio dos Assuntos Publicos da Igreja e que e. propriairente
falando, encarregada das rela9ñes diplomaticas da Santa Sé com os Estados, incluindo a
estipulapao de concordatas ou acordos semelhantcs, represcnta9ño da Santa Sé junto a
Organismos e das Conferencias lnternacionais, além da provisño de Bispos para as Igrejas
Particulares e de tratados internacionais com a Santa Sé.2"
Para aprofundamento. consulie nossa reuse doutora 1, op. cit., p. 1 24- 1 29.
" Z I MMERklAñ'N, M. Organisation internal ionale (Fin du 4loyen Age). decider/ Ie.› Coun:s, v. 2. p. 327,
1933.
" Para aprofundamento, consul te: B RL! NO, J.L. 4lerlioc ioites poy‹i/‹•.s en la Jiisfr›riri. Montcvideo: fvl
inisterio de Rclaciones Extcriores. 1981, p. 4fi-64, tambérn a nossa iesc doutoral, op. cit,. p. 132- 136.
" CONC I LIO VA TICANO I I, Parte 1, Cap. V, n. S9: “(...1 ri /grejri de ve e for al›.solulomriitc prescribe na
comiinidade dos povos, pora %niyiiIni- c desperlor o coo.Tier a('ño eiiti-e us homens. e isl‹o Ionio pot sii‹as
in.sliIiiiq.âes pt.iblicos, coino oincla peln plrna e siitcer‹i cnIohorci9âo de todos os crisiño›. iris pirod i soacute
pelo de.sefo dr f›rc•stor sei‘vi os a toc'os ”
" Ac] uela que decorre por causas natu ra is. biolfig icas c internal ou cxtcmas, por violéncia acidental (um dcsastre
dc carro. por exeinplo). excluindo assim qualquer possibil i‹lade de antecipa9ao intencional da nioric pela
inlerven;ao do homem. conao, por exemplo, a erltanâs ia. just ificando-a pretensarnenie cc'm razoes de na
iscricordia.
kev isia da F nculdadc dv Direito da L!ni vcrsidade de fi o Paulo v. l0U p. 287-3 14 jan. 'dcz. 2005
sublinhar o Nato de que o dii eito d Vida e o fundamento de todos os outros direitos
que I he estño a peito: o direito a I i bei’dade, de consciéncia c de rel igiño, a
educapño, ao trabo1 ho, ao desen ol v i inento humano, etc. Os d i reitos fundaiventa is
nño deri vam dos Estados, nem dc qualqilei outra autoridade humana, mas da
propria pessoa (...) c. por isso, sño universais, inviolñveis e inalicnaveis.
l . I ) L iberdade de consciéncia e dc rel igiao: nño apenas corno 1 iberdade de cillto, mas
também como possibilidadc para os crentes participarena ma vida social e politica do
pa is de que sño cidadaos. mas semprc como membros de Lima comunidade de lc (...).
Quando a liberdadc• de red igiño é supriinida, na realidade passam a ser anaeapadas
todas as outras liberdades fundamentais.
km sintese, pode-se a firmar que a Santa Sé se opñe a quaml c r visao unidirnensional
do homem e propoe outra, que e aberta aos seris com Jaonentes individuais. sociais e
transccndcntes.
2) Promo9ao e sal vaguarda da paz: a Santa Sé rejcita a gucrra como meio de solu9ño
nao-pacitico para as controvérsias entre os povos. Por ocasiao da recente crise
iraquiana. o papa Joño Paulo 11 e os seus colaboradores recordai‘am que cada um dos
Estados tern o dever dc protegei‘ a sua pi’opria ex isténcia c I iberdade, con meios
proporcionais, conlra urn irijusto agressor. Para além do caso da leg itima defesa, que
jtlstifica o rectlrso as armas, para resol ver as contendas devem preferir-se sempre os
instrumentos do dialogo e da mediapao, como a arbitragem de ter ceiros, c]ue sejam
imparciais, ou de uma autori‹Jade intcrnacional munida de su ficientes po‹leres. Com
efcito, a experiéncia tern rnostrado que a violéncia g•era wais violéncia. Deve-se
recol dar a exclamapño do papa durante a primeira Gueri a do Gol fo: “.d gtiei ra ñ
unia a veniiii -a sem rcloriio” Ou, ainda, ha poucos meses: “ 4 guei-i a é .seniyrc runa
derrola para a luitnanidade '
Poi‘ conseguinte, a Santa Se sein pi‘c cncorajou os es torsos reali zados com vista a
alcangar min desarmamcnto efctivo. que va além da dissuasño, fundainentado no
equil ibrio do terror. Para apoiar moi‘almelste ra coin proinisso nessc scntido, en 197.1
cla nao hcsitou cm assinar o Tratado dc Nño-Proli Rei acao Nuclcar: cm 1093, adcriu
ao Tratado Contra a Produ9ao. o Desenvt›1vimcnto e o I lso das A rmas Quimicas: e
em 19°)7. aderiu ao Tratado que proibe as rn in as anti-homens. E tudo isso ;›ara
encorajar uma auténlica cultura da pax.
3) N3o Isa paz sem justipa: a paz c lruito ma is do que a atlséncia de con fJ itos. Ela
fundamelita-sc nrlma ordem social e intelxiacional. assenta sobre o direito e a justipa.
C'ada pa is lem o dever se assegurar aos seus cidad3os a satis fapao de al*um as
necessidades l“undaincntais, homo, por exemplo, a alilnenta9ño. a saude. o traball o. a
pelo
imporlaiile c iiece.‹sârio ju. lificar ciiidodo. aineiii‹°. eiii iei iiios /egoi.‹. .suas iniciwaiighe.s n.r›mn seiido
, t¿gpi;t•J p ruin-infervei;Qcio” I bidein, p, 255: “ molastanfe r› /c•rdéricin iitlei’vc•iicioiiista, n iiiiidnii;a be
cr»i/e.r/o p rontc•iido do.s i-el‹sqñrs irilri iincionais c• os otaqu‹•s no sisl‹•wa ‹k• Estado e snhc•i’oiiici dniniius
ntes. o iiormo In trio-inlern'e ii5ño ‹' riiii‹/a lorgomeiile oc‹•it‹ e firatiradii” Para aprofiliidamcnto,
consume: DA V I LLA, A. N«mazi i/ai’irni hire'.'edition iii public lit/eriin/iriiiri/ /riit'. Geneva: Inst itut I?
niversita ire de IN autes kiudes 1 ntemat ionalcs, Dr pl, N. 9fi, 1967; REIS Al AN, Al . & McDOt!GAL. M. H
umanitarian intervene ion to protect the I Nos. ln: LI LI HH, R.N. (ed.). !liiiiionitriri in iiiirin’eiition oiirl
the k!iiitrd S atian. . Chorlottes villc: NJ nis'ersity Press of V ir* inia, 1973. p. I 67- 1 '95.
Iti. i'ista da I- iiculdadc dc Direito da L!niversidadc• dc Sao Paulo v. 100 p. 257-3 1 4 jaw., dez. 2tJ05
297
"' JOAO PA I LO 11, em sua ultiira visiia, em 1995. por ocasiâo do 50° ani vcrsario da filrida9âo da ON L.
' ' JCJAU PAL* LU II. Discui so ao I .orpil IJiplomatico acreditado junto a Sama Sé. dc I ?0S.
Rev isia da Faculdadc dc Direito da I ni p Mrs idade dc Duo Paulo v. l0U p. 2¥ 7-3 14 jan Uuz. 2003
A Sarah Sé e o Estado âa C.'Jade etc Vaiir‹wo disliiu,:to e coinplem‹•iiloi iâti‹h' 299
'" ACC I OLY. H. Ha vintc c• cinco anos... a personal idade intcrnaciona 1 dc papa. Scparada da: A €1i âeiii, Re-z..
1930. p. 63-72.
Revista da Faculdadc de Direito da \ nlvcrsidade dc Sâo Paulo v 100 p. 2ii / -314 jan, dev. 2005
2.2. Lei das fiarantias I g70- 1029)
1 930. p. é›4-65.
’ } bid.. p. h4 -65.
“ 1 bill.. p. (›fi -6f›.
F acrcscentava:
O Papado goza, tradicional e log icamente. para dcfender os
interesses internacionais que encarna. de cerias preri ogativas
peiaencentes aos sujeitos do direito internacional e,
pi‘incipal mente. do direito dc legapao passivo e ativo.
coirplen4cnto indispensavel da competéncia, on, se
prcfcrem, da soberania, necessaria a execu9ao dos fi ns da
sua at ividade especial.
SSH ELES, G. Pei'iie €jénéi ile be Droit Intei’nutioriul Piihli‹ . t. 24, p. 23G.
191 7. "SC’ll EL ES, G. op. cit., p. 251 .
" /\CDI OLY, IN. op. cit.. p,
66. "' O grifo é nosso.
O gri fo é
nosso. " O gri fo é
nosso. " O grilo é
nosso. " O gri fo é
nosso. “ O gri fo é
nosso. “ O gri fo é
nos so.
" A€'t I OLY, l4. op. cii.. p. 67.
Na boa companhia desses autores, Accioly a fi rma na obra citadd QUO “(...) a
aiiséncia do poder temporal tito iinplirava, absoliitameiile, ria ausincia da soberania” '
Em respaldo a essa conclusao, Accioly, na obra citada, cita novamente
Louis Le Fur, que, pol‘ sua vez, a finra:
A sobei‘‹inia c um direito de decisao end ultiina a had a, um
direito de man do. que se exerce sobre pessoas c nño sobre
tcri itorios. O territorio pcder scr apenas, cm relapâo a
soberania. um clcmento material sobre o qual esta, de
alguina sorte. sc apoia. I:ie servira para fixar os line itcs atc
onde se podera cxercci a .sobc-i’ania. pois que a soberania
icirporal, divisivel no espapo. ‹i repari ida entre os diversos
€J gri fo nosso.
“ DC LA BR I OR E, Y. La c]uest ion remains ci lc traité de Lal ran. fler irr i/e Dr cii liiterti‹itio›iol, t. 3, 1.929.
p.
24.
"" LE FLl R, 1.. he Sainl Siége e ie droit intern at ional. P‹'i'i« r/e Di‘r›it liiiei‘iiatioiuil, t. 3, | . 1.57, 1929.
(“onsultc, iamb‹im: Ll: 1 U R, 1.. 1.c Saint Sicgc et ie droit des g•ens. Paris. I '73O; tiOY A£J, C. L’Eglicsc
cathol ique c•t Ie droii dcs gens. decider/ rJ‹. Cr›/iz.s, p. 1.23 ss., 1925.
” 0 gri to é nosso.
" LE F U R, L. op. cit., p. fi7-56.
” ACTR Apostol icae Sedis. N/ciciit’ñ‹› de Pro ñ"l, 30 iraio 1.920. p. 30.
*' Cf. A UC I OLY, H.; S I LVA, G. E. 4/riJiirr›/ roe rfirr ifo iii/ernric'/raiiri/ piz/›/two, S3o Paulo: Saraii’a, 2002. p.
173- l 7S: .3TORIA dello Cliieso. I catiol ici Incl iron do contcmporaneo ( I 922- 1 925). M ilano: Ed. Paol inc.
199.1 . v. 23, p. SB-C3. Para aprol\indanJcnl‹› Ju lu‘ina: A K ZI LOTTI. U. I .a cond izionc girir idica
inlcmazionale clclla Santa fierlc° in sñjzuilo ayI i accordi dcl I.at erano. bit'/.\/n di Dii iiin h//c› ir‹i /oHc//c°. ›
. 4. fasc. 2, p. I 6S ss.. 1929., D’A VAL'K. A. P. La q\iaIi ldc a giuridic a della Santa Sedc i cllc
stipula zion i dcl trartato latcrancnsc. Ri i.''a zY/ Oil ///G’ //r/c/ nozio/›o/c. p. fi^ ss. c p. 2.17 ss.,. I 9.IN:
Cil fSTOSO l UDEU. L. Ln iii‹le.peiideiiciu zYc l‹i Sfimlu .\e‹7e \' el Ti ‹il‹J‹lo fJ‹’ Leii ‹iii, "vl urcia: [s. n.]. 1‘J3U.
A.A.V.V. Chiusa. air.ions catlolica fascisino iicl I” ltal ia sellcntrinr\aIu dlJranrc i I ponti fi«:mo i Pio
X I ( I ‘J22- I ^Mfi), Vita u f’ciJ icro, 193 I , Avc. Roma, I ‘JB.J. I3l .k S f\ I .LI. A. Doc iimcnt i su I Ie trattativc
pcr la soluzionc clcl la q\icslicne roi1\aria incl I S(› I . Eli c///\'r› mm /co //n/io//n. it. 1.1.1. p. 71- 1.00. I ‘J.ñ S: A
ATA A postcl icae Sadie... v. 2.1 . p. 200-2‘J4 : o Tratado dc Lalrâo. quaimo a partc concordalar ia. scre
modi ti«adn a tra vés da a ssinaI\era du Acordo dc 18 dc Icverciro dc I ‘J84 cntrc a llalia c a Sama SP.
Para api ofundamci\lo: Concordato I 0g4: premissc c prospctt ivc: QHo// ovc›f//. flrbino. I ‘J?ñ:
ñUL‘l-I AUX, H. Le Papc e I’ ltalie. les Accords du I .att an. Paris: B aticl\csnc, 1920; BA I.DASSA
IU. A. // Ti riliril‹› rI‹°I 1.‹iiei nno. hari: [s. n.]. I ‘J30. Brochurc dc 4.1 p.: I3A LlDllLLA ftT, M. cl al.
he‹ .Ie ‹ ‹» r/› c/// he// aH. f’aris: Spcs, I ‘J10; DI-.LUS, J. T., p. 4 2-4 7b: TOSTA IN. L. 1‹ iraii‹'
poliiiqiie r/// No// all› e/ ie /›c/:sorH7n/i/c' ‹°›/ di nil piiI›Iic. Paris: S[1cs. I V3t1.
regido pela dinastia dos Savñia e nos liinites territoriais cx istentcs. U ma troca dos
respectivos diplomatas deveria sancionar tais acordos.“
Para que nao haja duvidas sobre o sontiJo dessas disposigdes, o art. 4“ do
Tratado dc Latrao csclarccc: “A soberania r a jurisrliqâo exe:Iusivu Inc’ a liâlia reconl1ecc
h Sai1Ia Sé. sobre› a C'idade do kuiicano, imfiioi la quo, sohre a mesma, nâo cube
‹qualquer iiiyeréncia da pal Ie do Covei no Ilalinno e que ali nâo exis'Ie ouli a aumi idade
‹jug aquc’Ia da Sama Sé 7*
Artigo 5°
Para a cxeciipño do quanto esta estabelecido no art i3o
precedence, antes da cntrada cm vigor do presente Tratado, o
ierriiorio que const itui a U idade do Vaticano clevera ser, aos
cuidados do €ioverno Italiano, liberado de qualquer
empecilho c de cventuais ocupantes (...).’'
Artigo 6‘:
A I ta lia garantira o fornecimento (...) a Cidade do \*aticano
de: 1...) adequada quantidade de a•ua; (...) coinunic’a;0o
feri‘oviaria com a i ede feri’oviaria da Italia: (...) servipos
tclegra ficos, serv itos publ icos: I...) sistemas de acesso ao
Vaticano."
Artigo 7°
No t.rritorio que cii cunda a Cidadc do \*aticano. o Govcmo
italiano sc empcnha a i âo |›ern1itii nov as conslrupocs. que
constituent introspecpao, bem coiro deniolii parcialrnentc•.
Artigo 23:
Para a cxecupao na I ta lia das sentenpas ernanadas pelos
tribunais da U idade do Vaticano, aplicar-se-ao as noma as do
clireito interi acional.”*
Isto posto, Accioly concluiu que nño pode mais haver dñvida alguma quanto
a personalidade juridica internacional da Santa Sé ou do seu chefe, o papa.'7
A partir desses elementos. algumas conclusñes sño necessñrias:
I . O Estado da Cidade do Vaticano, ainda que- minu ecu I o. possui logos os
caracteres forma is de um k.“slado soberano e sohre o qua! o papa
exc•rce p/eifa soberania.
>. Nño pode haver ma is duvida quanto a persoi1alida‹lr juridica Ja Santa
Sé on do seii cliefe, o paf›a.
3. Foi so a necessidade de se dar base material â soberania espirifna/ do
yaf›a, de › e lhe concedcr tin’ia garanlia de direiio j›ñhlico inlernar.tonal
capaz ‹:1e llie assegnrar a completa indepc•ntlencia, que determinou a
criaqio da soberania territorial da Santa Se, ainda Que sobre uma area
mm restrita."‘
4. A Santa Sé e o Estado da Cidade do Vaticano sfic› dois distintos ujeitos
internacionais. Embora possiuitn também mmci inmum re/aqâo de “uuiña
pessoa/ ”, ha varias teorias sobre isso na doutrina, coiro se vera a
seguir, dado ser o Sunlo Ponli ficc o Pod‹•r Supremo daqueles dois
siJeitos internacionais.
5. N faersonalidade juridica iiilertiocional conij›eie ex clusi»ameiilc ‹r Sanlo
Sé, seja no plano interno o proprio or‹Jenamento canñnico, seja no
plano intcrnaciona—l os Tratados, Concordatas.
kcvista da I'aculdadc de Dirc‘ito da Univcrsidacc dc Sae l’a ilo v. 100 p. 2S7-.i jan..'dex. 20()3
1.4
6. Como discemiu o ex-presidents das Na9oes Unidas, Dag Hairincrskjold.
em Ciencbra, no verño dc 1957: “Quando en s olicilo mna audiéncia no
Valic’anu. iiâo von visilai- o rei Fla L’idade cln Vatir.and›, ma.s o hr./r.
na Igreja Calolica ’0
Assim, ele distingue de fato ambos os conceitos. ou seja, o da Santa Sé e o
do Lstado da Cidade do Vaticano, a lcm de evidcnciar, tambem, a relapao de “uniño
pessoal” que liga os dois entcs internacionais."
Em sintese, sobre a identidade do Estado da Cidade do Vaticano, poder-sc-
ia d izer o seguinte: c fruto do Tratado dc Latrao de 1929. entre a Santa Sc e o Reino da
ltalia; por isso a sua origem é dc Direito Positivo I nternacional. Sua linalidadc é a de
'’assegurar â Santa Sé, dc modo e.s lâ vel. tana condi;âo de fato e de dii eito que lhr
garunlo inJe|aeiicléncia ahsolula yara o c umpriitienlo da siia allo missño no mundo” "‘
“ass equi it a Santa Sé indeyendéncia indisculivel laml›ém no raniyo iiilernacional,’
vislumbi on-se o nece.ssidaJe be conslituir, com modalidades f›articularc•s, a €.’idade Jo
Vaticano, recoril1ec’endo sobrc a mes’ina a pt opriedade, o f›odcr tolal, ex6-ltu;ivo,
uhsolulo, hem conio a Jiiriscli ’âo soberano da Sanla Sé” "° Portanto, a finalidade do
Estado da lidade do Vaticano c de constituir-se em base ter ritorial ou material para abrigar
a Santa Sc, que é, essencialmente, uma soberania espiritual, cujo titular c o Papa; a finn dc
que ele possa gozar dc independéncia pol itica absolute interno c. sobret udo, nO Cfim O
internacional, necessaria para a real iza9ao dc sua irissño de evangeliza9ño no mundo.
Portanto, a ex istencia do Estado da Cidade do Vaticano tern corno unica finalidade
assegurar a soberania da Santa Sé em relapño aos demais Estados (é um instrumento de
soberania da Santa Sc). sem, contudo, se identificar com aqueles. E Pessoa Juridica de
Direito I ntei nacional Pñblico, pois é plenamente um Estado. isto é. possui todas os
caractei’es forma is de um Estado soberano sobre o qual o papa cxerce plena sobc•rania. A
existéncia, contudo, do Estado da Cidade do Vaticano é mcdiante ñquela da Santa Sé, ou
seja, corn “fins cspcciais” ou, cm ouli as palavras, do ponto dc vista politico-territorial, a
missao espi ritua I da Igreja Catñlica. De modo que é sempre a Santa Sé, com a sua
mcncionada Pc•rsona1idade Juridica lntemacional, a quem compete representar.
exclusivamente, tanto a I gre.i• Catolica quanto o Estado da C idade do Vaticano, no
plano nacional e intemacional. O papa e, assim, a Suprema A utoridade desses dois u ltimos
e a relapño que se estabelece cntre a Santa Sé e o Estatlo da Cidade do Vaticano e chamado
de
her//c/riJe Pe.s’.sraa/ ou L/iii fi‹› Pe.‹.soa/, vale dizer. o papel ‹ie “chefe” comum da Santa
SP e
da Cidade do Vaticano é exercido pela mesma pessoa, a saber, o papa. O papa é. cnt3o. a
instancia suprenaa da Santa Sc e do Estado da Cidade do Vaticano.
rel igiosa e humanitaria, isto é, emana de um Direito inerente a sua propria naturexa, ou
seja, que nño Procede dos meios institucionais caracteristicos do regime democratico. Em
outras pa lavras, procede do Direito Di v ino.
A Santa S›é, poHanto, é pessoa espiritual, dotada de Personalidade Juridica
de Direito I nternacional Pñblico, cujo seu titular é o papa.
O Estado da Cidade do Vaticano, poi’ sua vez, é fruto do Tratado dc Latrao
de 1929, entre a Santa Sé e a It‹alia, e, por isso, fi Pessoa de Direito Positivo I ntemacional.
Os agcntes diplomaticos que representam o Sumo Pontifice, no exterior,
representam somente a Santa S›é, a nño sei‘ que, por delegapño especial, 1 he seja dado
também representam o Fs1ado do Vaticano.”
O Niincio Apostolico. que possui status de embaixador, representa a Santa
Sé. e nño o Estado da Cidade do Vaticano perante os Estados com os quais mantém
relaqoes diplomñticas e perante as Igrejas presentes no territñrio dc cada napño. A sua
fungño esta i cgulamelatada no Codigo de Direito Canonico, Can. 362-367."
Apfis o Tratado de Latrño, os docurnentos intenaacionais eram subscritos
tanto em nome da Santa Sé como em nome do Estado da Cidade do Vaticano. kssa praxis
sñ mudou a panir de 1957, quando a Santa Sé, unicamente, assumiu a dupla
representapño.
A di ferenta, portanto, de sujeito intemacional entre a Santa Sé e o Estado
da Cidade do Vaticano devera ser deduzida da finalidade da representa9ño concreta
assumida em cada caso.
A pesar da dupla natureza de representa9ño intcrnacional, esta nao é ipual
nem em impoHñncia, nem cm atividade: a primordial e a corrcspondente a Santa Sé
enquanto ñrgño supremo da Igreja Cdtolica U niversal.
Somente a Santa Sé mantém representantes perante os Organismos
I nternacionais.
O Estado da Cidade do Vaticano, na mente do Ti’atado de Lan‘ño, foi criad‹a
com um fi m mediato ao da Santa Se, com “fins especiais”, vale dizer, viabilizar, do ponto
dc vista politico-territorial, a missño espiritual da lgreja Catolica.”
E a Santa Sé quem celebra acordos (concoi datas, rnediaqoes) com os
Estados signatarios.
”‘ A N I LOTTI. D. La condiz ionc gi»ridica interwa:r.ionaI0 della Santa Sede i n scguito a*l i accordi del
Laterano. Rio'/‹i‹i di Dii If to lriIE'rItuzioiinIe. x . 4, lasc. 2. p. 165 ss., I ‘J29.
SAL.VA DOR. C.C.. EM I3I J., J.J. op. cii.. p. S
13. ”° A NZ I LOTTI. D. op. cit., p. 2 17.
zl Santa SP e o Estodo dv Cidade ‹lo Voticoiio. disiiii;ño e conipleuieiiloricluâr 3
CORC) USOO
Referéncias
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Docuiucntos
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209.