Imprimir Normas Sci

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 153

Ficha informativa

DECRETO Nº 63.911, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2018

Institui o Regulamento de Segurança Contra Incêndios das edificações e áreas de risco no


Estado de São Paulo e dá providências correlatas

MÁRCIO FRANÇA, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,
Decreta:

CAPÍTULO I
Das Disposições Preliminares

Artigo 1º - Fica instituído, nos termos deste decreto, o Regulamento de Segurança Contra
Incêndios das edificações e áreas de risco no Estado de São Paulo, nos termos da Lei
Complementar nº 1.257, de 6 de janeiro de 2015.
Artigo 2º - São objetivos deste Regulamento:
I - proteger, prioritariamente, a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em caso
de incêndios e emergências;
II - restringir o surgimento e dificultar a propagação de incêndios, estimulando a utilização de
materiais de baixa inflamabilidade e reduzindo a potencialidade de danos ao meio ambiente e
ao patrimônio;
III - proporcionar, nas edificações e áreas de risco, os meios mínimos necessários ao controle
e extinção de incêndios;
IV - evitar o início e conter a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio ambiente e
ao patrimônio;
V - viabilizar as operações de atendimento de emergências;
VI - proporcionar a continuidade dos serviços nas edificações ou áreas de risco;
VII - distribuir competências para o fiel cumprimento das medidas de segurança contra
incêndios;
VIII - fomentar o desenvolvimento de uma cultura prevencionista de segurança contra
incêndios.

CAPÍTULO II
Das Definições

Artigo 3º - Para os fins deste Regulamento são adotadas as seguintes definições:


I - altura da edificação:
a) para fins de exigências das medidas de segurança contra incêndio: é a medida, em
metros, do piso mais baixo ocupado ao piso do último pavimento;
b) para fins de saída de emergência: é a medida, em metros, entre o ponto que caracteriza a
saída do nível de descarga ao piso do último pavimento, podendo ser ascendente ou
descendente;
II - agente fiscalizador: é o integrante do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de
São Paulo - CBPMESP que exerce atividade de fiscalização das edificações e áreas de risco;
III - agentes limpos: agentes extintores na forma de gás que não afetam a camada de ozônio
e não colaboram com o aquecimento global, permanecendo o tempo mínimo possível na
atmosfera, sendo inodoros, incolores, maus condutores de eletricidade e não corrosivos, e
quando utilizado na sua concentração de extinção, permite a respiração humana com
segurança.
IV - ampliação: é o aumento da área construída da edificação;
V - análise de projeto: é o procedimento de verificação da documentação e das plantas das
medidas de segurança contra incêndios das edificações e áreas de risco, quanto ao
atendimento das exigências deste Regulamento;
VI - andar: é o volume compreendido entre dois pavimentos consecutivos, ou entre o
pavimento e o nível superior à sua cobertura;
VII - Área de Interesse de Serviços de Bombeiro - AISB: área, local ou edificação que
necessite, prioritariamente, de ações prevencionistas ou fiscalizadoras;
VIII - área de risco: é o ambiente externo à edificação que apresenta risco específico de
ocorrência de incêndio ou emergência, tais como: armazenamento de produtos inflamáveis
ou combustíveis, subestações elétricas, explosivos, produtos perigosos e similares;
IX - área total da edificação: é o somatório, em metros quadrados, da área a construir e da
área construída de uma edificação;
X - ático: é a parte do volume superior de uma edificação, destinada a abrigar máquinas, piso
técnico de elevadores, caixas de água e circulação vertical;
XI - Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros - AVCB: é o documento emitido pelo CBPMESP
certificando que, no ato da vistoria técnica, a edificação ou área de risco atende às exigências
quanto às medidas de segurança contra incêndio, nos termos deste Regulamento;
XII - carga de incêndio: soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela
combustão completa de todos os materiais combustíveis contidos em um espaço, inclusive o
revestimento das paredes, divisórias, pisos e tetos;
XIII - Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros - CLCB: é o documento emitido pelo
CBPMESP, após apresentação dos documentos comprobatórios, certificando que a
edificação ou área de risco atende às exigências quanto às medidas de segurança contra
incêndio, nos termos deste Regulamento;
XIV - Comissão Especial de Avaliação (CEA): é um grupo de pessoas qualificadas no campo
da segurança contra incêndio, com o objetivo de propor alterações ao presente Regulamento;
XV - Comissão Técnica: é o grupo de estudo, composto por Oficiais do CBPMESP
devidamente nomeados, com o objetivo de analisar e emitir pareceres relativos aos casos
que necessitem de soluções técnicas complexas ou apresentem dúvidas quanto às
exigências previstas neste Regulamento;
XVI - compartimentação: é a medida de proteção incorporada ao sistema construtivo,
constituída de elementos de construção resistentes ao fogo, destinada a evitar ou minimizar a
propagação do fogo, calor e gases, interna ou externamente ao edifício, no mesmo pavimento
ou a pavimentos elevados consecutivos;
XVII - Consulta técnica: é o documento emitido por qualquer cidadão solicitando a
interpretação de assuntos específicos da regulamentação de segurança contra incêndios e
emergências e respondida pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São
Paulo;
XVIII - edificação: é a área construída destinada a abrigar atividade humana ou qualquer
instalação, equipamento ou material;
XIX - edificação existente: é a área construída ou regularizada, com documentação
comprobatória, anteriormente à edição deste decreto, desde que não contrarie dispositivos do
Serviço de Segurança contra Incêndio e observe os objetivos do presente Regulamento;
XX - edificação térrea: é a construção constituída de apenas um pavimento, podendo possuir
mezanino;
XXI - emergência: é a situação crítica que representa perigo iminente à vida, ao meio
ambiente ou ao patrimônio, decorrente de atividade humana ou fenômeno da natureza e que
obriga à rápida intervenção operacional;
XXII - fiscalização: ato administrativo pelo qual o militar do CBPMESP verifica, a qualquer
momento, se as medidas de segurança contra incêndio estão sendo atendidas;
XXIII - infrator: pessoa física ou jurídica proprietária, responsável pelo uso, responsável pela
obra ou responsável técnico, da edificação e áreas de risco, que descumpre as normas
previstas na legislação de Segurança Contra Incêndios e Emergências;
XXIV - instalações temporárias: instalações que abrigam uma ocupação temporária, com
duração de até 6 (seis) meses, prorrogável uma vez, por igual período, podendo ou não estar
localizadas no interior de uma edificação permanente, tais como circos, parques de
diversões, feiras de exposições, feiras agropecuárias, rodeios, shows artísticos, dentre
outros;
XXV - Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros - IT: documento técnico elaborado pelo
CBPMESP que normatiza procedimentos administrativos, bem como medidas de segurança
contra incêndio nas edificações e áreas de risco;
XXVI - Junta Técnica: órgão colegiado responsável pelo julgamento dos recursos de
processos infracionais, composto por 3 (três) integrantes do CBPMESP e/ou componentes da
sociedade com notório saber, nomeados pelo Comandante da Unidade Operacional, quando
o recurso for interposto em 1ª instância, e pelo Comandante do Corpo de Bombeiros, quando
o recurso for interposto em 2ª instância;
XXVII - licença do Corpo de Bombeiros: ato administrativo do CBPMESP que reconhece o
cumprimento das medidas de segurança contra incêndio exigidas para a edificação ou área
de risco, abrangendo:
a) Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros - AVCB;
b) Termo de Autorização para Adequação do Corpo de Bombeiros - TAACB;
c) Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros - CLCB;
XXVIII - medidas de segurança contra incêndio: conjunto de dispositivos, sistemas ou
procedimentos a serem adotados nas edificações e áreas de risco, necessários a evitar o
surgimento de um incêndio, limitar sua propagação, possibilitar sua extinção, bem como
propiciar a proteção à vida, meio ambiente
e patrimônio;
XXIX - mezanino: pavimento (s) que subdivide (m) parcialmente um andar e cuja somatória
não ultrapasse 1/3 (um terço) da área do pavimento do andar subdividido;
XXX - mudança de ocupação: alteração de atividade ou uso que resulte na mudança de
classificação (Grupo ou Divisão) da edificação ou área de risco, constante da tabela de
classificação das ocupações previstas neste Regulamento;
XXXI - nível de descarga: nível de piso no qual uma porta ou abertura permite a condução
dos ocupantes a um local seguro no exterior da edificação ou área de risco;
XXXII - notificação: meio de comunicação formal entre o CBPMESP e o proprietário ou
responsável pela edificação ou área de risco, para fins de correção de irregularidades ou
adoção de providências diversas;
XXXIII - ocupação: atividade ou uso de uma edificação;
XXXIV - ocupação mista: edificação ou área de risco onde se verifica mais de um tipo de
ocupação;
XXXV - ocupação predominante: atividade ou uso principal exercido na edificação ou área de
risco;
XXXVI - ocupação subsidiária: atividade ou uso de apoio ou suporte, vinculada à atividade ou
uso principal, em edificação ou área de risco;
XXXVII - operação sazonal: conjunto de ações realizadas pelo CBPMESP em determinados
períodos, atendendo a situações de risco específicas;
XXXVIII - ordem de fiscalização: documento expedido pelo Serviço de Segurança Contra
Incêndio determinando a fiscalização a ser realizada pelos órgãos ou agentes subordinados
funcionalmente, podendo abranger área de risco ou edificação;
XXXIX - Parecer Técnico: avaliação ou relatório opinativo emitido pelo CBPMESP em
decorrência de questionamentos ou assuntos específicos da Regulamentação de Segurança
contra Incêndio;
XL - pavimento: plano de piso do andar de uma edificação ou área de risco;
XLI - pesquisa de incêndio: apuração dos fatores determinantes e contribuintes,
desenvolvimento e consequências dos incêndios atendidos pelo CBPMESP, mediante exame
técnico das edificações, materiais e equipamentos, no local ou em laboratório especializado,
visando o aprimoramento técnico da
segurança contra incêndio e da atividade operacional;
XLII - processo de segurança contra incêndio: processo de regularização das edificações e
áreas de risco para emissão da licença do CBPMESP, compreendendo a análise de projeto e
vistoria técnica de regularização das edificações e áreas de risco;
XLIII - processo infracional: processo de fiscalização do CBPMESP que resulta na autuação
do infrator, sendo-lhe assegurado o exercício do contraditório e da ampla defesa;
XLIV - projeto de segurança contra incêndio: documentação que contém os elementos
formais exigidos pelo CBPMESP na apresentação das medidas de segurança contra incêndio
de uma edificação e áreas de risco, que deve ser submetida à avaliação do Serviço de
Segurança contra Incêndio;
XLV - reforma: alterações nas edificações e áreas de risco sem aumento de área construída
e sem alteração da ocupação;
XLVI - responsável pela obra: pessoa física ou jurídica responsável pela instalação das
medidas de segurança contra incêndio, na construção ou reforma de uma edificação ou área
de risco;
XLVII - responsável pelo uso: pessoa física ou jurídica responsável pelo uso ou ocupação da
edificação ou área de risco;
XLVIII - responsável técnico: profissional habilitado a elaborar projetos e executar atividades
relacionadas à segurança contra incêndio;
XLIX - risco específico: situação que proporciona uma probabilidade maior de perigo à
edificação, tais como: caldeira, casa de máquinas, incinerador, central de gás combustível,
transformador, fonte de ignição e outros;
L - segurança contra incêndio: conjunto de ações, medidas de proteção ativa e passiva, além
dos recursos internos e externos à edificação e áreas de risco, que permitem controlar a
situação de incêndio, a evacuação segura de pessoas e garantem o acesso das equipes de
salvamento e socorro;
LI - subsolo: é o pavimento situado abaixo do perfil do terreno, não sendo considerado
subsolo o pavimento que possuir ventilação natural para o exterior, com área total superior a
0,006m² para cada metro cúbico de ar do compartimento e tiver sua laje de cobertura acima
de 1,20m do perfil do terreno;
LII - Termo de Autorização para Adequação do Corpo de Bombeiros - TAACB: documento
emitido pelo CBPMESP certificando que, após aprovação de cronograma físico para
ajustamento das medidas de segurança contra incêndio, a edificação ou área de risco pode
manter as atividades por atender nível mínimo de segurança de acordo com as exigências
deste Regulamento;
LIII - vistoria técnica de fiscalização: vistoria pela qual o CBPMESP verifica, a qualquer
momento, se as medidas de segurança contra incêndio estão sendo atendidas, por meio de
processo específico;
LIV - vistoria técnica de regularização: vistoria pela qual o CBPMESP verifica, mediante
solicitação do proprietário, responsável pelo uso ou responsável técnico, se as medidas de
segurança contra incêndio e emergências foram atendidas.
Parágrafo único - As atividades dos integrantes do colegiado de que trata o inciso XXVI
deste artigo não serão remuneradas, cabendo ao Corpo de Bombeiros suprir suas
necessidades de infraestrutura.

CAPÍTULO III
Da Aplicação

Artigo 4º - As medidas de segurança contra incêndio previstas neste Regulamento se


aplicam às edificações e áreas de risco no Estado de São Paulo, devendo ser observadas,
em especial, por ocasião da:
I - construção de uma edificação ou área de risco;
II - reforma de uma edificação que implique alteração de leiaute;
III - mudança de ocupação ou uso;
IV - ampliação de área construída;
V - aumento na altura da edificação;
VI - regularização das edificações ou áreas de risco.
§ 1º - Estão excluídas das exigências deste Regulamento:
1. edificações de uso residencial exclusivamente unifamiliares;
2. residência exclusivamente unifamiliar, localizada no pavimento superior de ocupação
mista, com até dois pavimentos, que possua acesso independente para a via pública e não
possua interligação entre as ocupações.
§ 2º - Havendo isolamento de risco entre as edificações, as medidas de segurança contra
incêndio podem ser definidas em razão de cada uma delas.
§ 3º - Para a determinação das medidas de segurança contra incêndio definidas nas tabelas
deste Regulamento, a serem aplicadas nas edificações em que se verifique ocupação mista,
devem ser observadas as seguintes condições:
1. adota-se o conjunto das medidas de segurança contra incêndio de maior rigor para o
edifício como um todo, avaliando-se os respectivos usos, as áreas e as alturas, sendo que o
dimensionamento das medidas de segurança contra incêndio poderá ser determinado em
razão de cada ocupação, conforme as instruções técnicas;
2. nas edificações térreas, havendo compartimentação entre as ocupações, as medidas de
segurança contra incêndio do tipo: chuveiros automáticos, controle de fumaça e
compartimentação horizontal poderão ser determinadas em função de cada ocupação;
3. nas edificações com mais de um pavimento, quando houver compartimentação entre as
ocupações, as medidas de segurança contra incêndio do tipo: controle de fumaça e
compartimentação horizontal poderão ser determinadas em função de cada ocupação e,
nestes casos, as áreas destinadas exclusivamente para uso residencial estão isentas dos
sistemas de chuveiros automáticos e de detecção de incêndio.
§ 4º - Não se caracteriza como ocupação mista a edificação onde haja uma ocupação
predominante, juntamente com subsidiárias, desde que a área destas não ultrapasse o limite
de 750m² ou 10% da área total da edificação, aplicando-se, neste caso, as exigências da
ocupação predominante.

CAPÍTULO IV
Do Serviço de Segurança Contra Incêndio
Artigo 5º - O Serviço de Segurança contra Incêndio - SSCI é constituído pelo conjunto de
Unidades do CBPMESP que têm por finalidade desenvolver as atividades relacionadas à
prevenção e proteção contra incêndio nas edificações e áreas de risco, observando-se o
cumprimento das exigências estabelecidas neste Regulamento.
Artigo 6º - Compete aos órgãos do SSCI:
I - realizar pesquisas em casos de incêndios e explosões, especialmente quando ocorrerem
vítimas, respeitadas as atribuições e competências de outros órgãos;
II - estabelecer normas complementares, regulamentando as medidas de segurança contra
incêndio, para a efetiva execução dos objetivos previstos neste Regulamento;
III - credenciar os oficiais e praças que atuam no Serviço de Segurança contra Incêndio;
IV - planejar, coordenar e executar as atividades de análise de projetos, vistoria de
regularização e fiscalização das edificações e áreas de risco concernentes ao SSCI;
V - expedir, anular ou cassar licenças do CBPMESP;
VI - notificar orientativamente o proprietário ou responsável pelo uso da edificação e áreas de
risco para correção de irregularidades ou adoção de providências correlatas;
VII - advertir, autuar e sancionar o proprietário ou responsável pelo uso da edificação e área
de risco em caso de não cumprimento das medidas de segurança contra incêndio, depois de
esgotadas todas as alternativas apresentadas como orientação prévia;
VIII - comunicar o setor de fiscalização das prefeituras municipais a respeito das obras,
serviços, habitações e locais de uso público ou privado que não ofereçam condições de
segurança às pessoas e ao patrimônio;
IX - emitir Instruções como resposta de Consultas Técnicas;
X - emitir Pareceres Técnicos;
XI - credenciar as escolas e empresas de formação de bombeiros civis, respeitada a
legislação federal;
XII - credenciar bombeiros civis, respeitada a legislação federal;
XIII - cadastrar os responsáveis técnicos que atuam nos processos de regularização das
edificações e áreas de risco junto ao CBPMESP;
XIV - fiscalizar as edificações e áreas de risco com o objetivo de verificar o cumprimento das
medidas de segurança contra incêndio e emergências previstas neste Regulamento.

CAPÍTULO V
Do Processo de Segurança Contra Incêndio

Artigo 7º - O processo de segurança contra incêndio, para regularização de uma edificação


ou área de risco, devidamente instruído, inicia-se com o protocolo junto ao Serviço de
Segurança contra Incêndio - SSCI.
§ 1º - O pedido será aprovado quando constatado o atendimento das exigências contidas
neste Regulamento e nas Instruções Técnicas.
§ 2º - O pedido será reprovado quando constatada a inobservância das exigências contidas
neste Regulamento e nas Instruções Técnicas, devendo o ato ser motivado.
§ 3º - As medidas de segurança contra incêndio deverão ser projetadas e executadas por
profissionais legalmente habilitados pelos respectivos Conselhos de Classe (Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia - CREA ou Conselho de Arquitetura e Urbanismo -
CAU) e cadastrados junto ao CBPMESP, exceto quando houver dispensa de apresentação
de Anotações ou Registros de Responsabilidade Técnica.
§ 4º - O resultado de análise ou de vistoria técnica de regularização ficará à disposição do
interessado no SSCI.
Artigo 8º - A licença do CBPMESP será emitida, em conformidade com as Instruções
Técnicas pertinentes, para as edificações e as áreas de risco que estiverem com suas
medidas de segurança contra incêndio executadas de acordo com o processo aprovado e
com a legislação pertinente.
§ 1º - A licença do Corpo de Bombeiros para edificações de baixo potencial de risco à vida,
patrimônio e meio ambiente poderá ser emitida sem a necessidade de vistoria prévia,
mediante a apresentação de documentação do responsável técnico ou do responsável pelo
uso, conforme Instruções Técnicas do CBPMESP.
§ 2º - A licença do Corpo de Bombeiros terá prazo de validade pré-determinado, de acordo
com regras estabelecidas em Instrução Técnica do CBPMESP.
§ 3º - Se, após a emissão da licença do CBPMESP, forem constatadas irregularidades, o
SSCI iniciará, de ofício, processo administrativo para sua cassação, que ocorrerá somente
depois de esgotadas todas as alternativas de atendimento aos recursos previstos neste
Regulamento ou quando ficar caracterizado o risco iminente ou potencial à vida ou à
integridade física das pessoas.
Artigo 9º - O Termo de Autorização para Adequação do Corpo de Bombeiros poderá ser
emitido, excepcionalmente, para edificações ou áreas de risco que necessitem de prazo para
ajustamento das medidas de segurança contra incêndio, mediante apresentação de
cronograma físico da respectiva adequação, conforme Instruções Técnicas do CBPMESP.
Artigo 10 - O proprietário, o responsável pelo uso, o responsável técnico ou, ainda, o
procurador constituído, poderão solicitar informações sobre o processo de segurança contra
incêndio e interpor recursos.
Artigo 11 - A apresentação de norma técnica ou literatura estrangeira, deverá ser
acompanhada de tradução juramentada ou tradução pela entidade de origem da norma, a fim
de ser verificada sua aplicabilidade e a sua compatibilidade com os objetivos deste
Regulamento.
Artigo 12 - Os casos que necessitem de soluções técnicas diversas daquelas previstas neste
Regulamento serão objeto de análise por uma Comissão Técnica.

CAPÍTULO VI
Das Responsabilidades

Artigo 13 - Compete ao CBPMESP, nas vistorias técnicas de regularização ou de


fiscalização, por meio de seus militares, a verificação, de forma visual e por amostragem, das
medidas de segurança contra incêndio previstas para as edificações e áreas de risco, não se
responsabilizando pela instalação, comissionamento, inspeção, teste, manutenção ou
utilização indevida.
Artigo 14 - Compete ao responsável técnico e ao responsável pela obra adotar, dimensionar
e instalar corretamente as medidas de segurança contra incêndio, conforme o disposto neste
Regulamento e nas normas técnicas afins.
Artigo 15 - Nas edificações e áreas de risco, é de inteira responsabilidade do proprietário ou
usuário, a qualquer título:
I - utilizar a edificação de acordo com o uso para o qual foi projetada, nos termos da licença
outorgada pelo CBPMESP;
II - realizar manutenção e testes periódicos das medidas de segurança contra incêndio
existentes no local, atendendo às disposições das normas técnicas específicas tomadas
como referência nas instruções técnicas, estabelecidas no regulamento, com a devida
emissão de relatórios comprobatórios;
III - efetuar, periodicamente, treinamento com os ocupantes do local, bem como manter
atualizada a equipe de brigadistas e os planos de emergência;
IV - providenciar a adequação da edificação e das áreas de risco às exigências
estabelecidas, nas condições do artigo 4º deste Regulamento.

CAPÍTULO VII
Da Altura e Área das Edificações

Artigo 16 - Para fins de aplicação deste Regulamento, na medição da altura da edificação,


não serão considerados:
I - os subsolos destinados a estacionamento de veículos, vestiários, instalações sanitárias e
áreas técnicas sem aproveitamento para quaisquer atividades ou permanência de pessoas;
II - pavimentos superiores destinados, exclusivamente, a áticos, casas de máquinas,
barriletes, reservatórios de água e assemelhados;
III - mezaninos cuja área não ultrapasse 1/3 (um terço) da área do pavimento onde se situa;
IV - o pavimento superior da unidade dúplex do último piso de edificação de uso residencial
multifamiliar.
Artigo 17 - Para implementação das medidas de segurança contra incêndio, a altura a ser
considerada é a definida na alínea “a” do inciso I do artigo 3º, combinada com o artigo 16,
ambos deste Regulamento.
Parágrafo único - Para o dimensionamento das saídas de emergência, as alturas serão
consideradas de forma independente, conforme a alínea “b” do inciso I do artigo 3º,
combinada com o artigo 16, ambos deste Regulamento.
Artigo 18 - Para fins de aplicação deste Regulamento, no cálculo da área a ser protegida
com as medidas de segurança contra incêndio, não serão computados:
I - telheiros, com laterais abertas, destinados à proteção de utensílios, caixas d’água, tanques
e outras instalações, desde que não tenham área superior a 10m²;
II - projeção de coberturas e beirais de telhado com até 3m de projeção;
III - passagens cobertas, com largura máxima de 3m, com laterais abertas, destinadas
apenas à circulação de pessoas ou mercadorias;
IV - coberturas de bombas de combustível e de praças de pedágio, desde que não sejam
utilizadas para outros fins e sejam abertas lateralmente em pelo menos 50% (cinquenta por
cento) do perímetro;
V - reservatórios de água e piscinas;
VI - banheiros, vestiários e assemelhados, no tocante a sistemas hidráulicos, alarme de
incêndio e compartimentação;
VII - escadas enclausuradas, incluindo as antecâmaras;
VIII - dutos de ventilação das saídas de emergência.

CAPÍTULO VIII
Das Medidas de Segurança Contra Incêndio

Artigo 19 - Para efeito de determinação das medidas de segurança contra incêndio em


edificações e áreas de risco, deverão ser levados em consideração:
I - a ocupação ou uso;
II - a altura;
III - a carga de incêndio;
IV - a área construída;
V - a capacidade de lotação;
VI - os riscos especiais.
Artigo 20 - Constituem medidas de segurança contra incêndio das edificações e áreas de
risco:
I - acesso de viatura às edificações e áreas de risco;
II - separação entre edificações (isolamento de risco);
III - segurança estrutural contra incêndio (resistência ao fogo dos elementos de construção);
IV - compartimentação;
V - controle de materiais de acabamento e de revestimento;
VI - saídas de emergência;
VII - elevador de emergência;
VIII - controle de fumaça;
IX - gerenciamento de risco de incêndio, incluindo o plano de emergência;
X - brigada de incêndio;
XI - bombeiro civil;
XII - iluminação de emergência;
XIII - detecção automática de incêndio;
XIV - alarme de incêndio;
XV - sinalização de emergência;
XVI - extintores;
XVII - hidrantes e mangotinhos;
XVIII - chuveiros automáticos;
XIX - sistema de resfriamento;
XX - sistema de espuma;
XXI - sistema fixo de agentes limpos e dióxido de carbono (CO2);
XXII - Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA);
XXIII - controle de fontes de ignição (sistema elétrico, soldas, chamas, aquecedores etc.).
§ 1º - Para a execução e implantação das medidas de segurança contra incêndio deverão ser
atendidas as respectivas Instruções Técnicas.
§ 2º - As medidas de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco deverão ser
projetadas e executadas visando atender aos objetivos deste Regulamento.
§ 3º - Poderão ser adotadas outras medidas de segurança contra incêndio não classificadas
no presente artigo, desde que devidamente reconhecidas pelo CBPMESP.
§ 4º - O CBPMESP, no uso de suas atribuições, poderá solicitar testes, ou exigir documentos,
relativos aos materiais, serviços e equipamentos voltados à segurança contra incêndio das
edificações e áreas de risco.
Artigo 21 - O CBPMESP exigirá a certificação, ou outro mecanismo de avaliação da
conformidade, dos produtos voltados à segurança contra incêndio das edificações e áreas de
risco, por meio de organismos de certificação acreditados pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, comprovando o atendimento às normas
técnicas nacionais.
§ 1º - A exigência de certificação de produtos de segurança contra incêndio ocorrerá de forma
gradativa, de acordo com ato normativo a ser expedido pelo CBPMESP, respeitando o
desenvolvimento técnico do setor e a existência de organismos de certificação e laboratórios
de ensaio nacionais acreditados pelo INMETRO.
§ 2º - Poderão ser aceitos produtos certificados com base em normas técnicas tomadas com
referência nas instruções técnicas estabelecidas neste regulamento e organismos de
avaliação da conformidade internacionalmente reconhecidos.

CAPÍTULO IX
Do Cumprimento das Medidas de Segurança Contra Incêndios
Artigo 22 - Na implementação das medidas de segurança contra incêndio, as edificações e
áreas de risco deverão atender às exigências contidas neste capítulo e na “Classificação das
edificações e tabelas de exigências” - Anexo A deste Regulamento.
§ 1º - Consideram-se obrigatórias as medidas de segurança assinaladas com X nas tabelas
de exigências, de acordo com a classificação das edificações e das áreas de risco, devendo
ser observadas as ressalvas, em notas transcritas logo abaixo das referidas tabelas.
§ 2º - Cada medida de segurança contra incêndio, constante das tabelas do Anexo A, deverá
obedecer aos parâmetros estabelecidos na Instrução Técnica respectiva.
§ 3º - Os riscos específicos não abrangidos pelas exigências contidas nas tabelas deste
Regulamento deverão atender às respectivas Instruções Técnicas.
§ 4º - As ocupações não constantes na tabela de classificação e as que não possuam
exigências em tabelas específicas deverão ser analisadas individualmente pelo Serviço de
Segurança contra Incêndio.
§ 5º - Quaisquer medidas de segurança contra incêndios que venham ser adotadas não
poderão adicionar riscos às edificações ou áreas de risco.
Artigo 23 - Os pavimentos de edificações e áreas de risco ocupados deverão possuir
aberturas para o exterior, como janelas ou painéis de vidro, ou controle de fumaça,
dimensionados conforme o disposto na Instrução Técnica nº 15 - Controle de Fumaça.
Artigo 24 - Os subsolos das edificações que possuírem ocupações distintas de
estacionamento de veículos deverão atender também ao contido na Tabela 7 da
“Classificação das edificações e tabelas de exigências” - Anexo A deste Regulamento.
Artigo 25 - As edificações e áreas de risco deverão ter suas instalações elétricas e Sistema
de Proteção contra Descargas Atmosféricas - SPDA executados de acordo com as
prescrições das normas brasileiras oficiais e das normas das concessionárias dos serviços
locais de energia elétrica.
Artigo 26 - As áreas descobertas destinadas ao armazenamento de materiais sólidos
combustíveis, independente do uso da edificação, são consideradas áreas de risco, devendo
tais materiais ser fracionados em lotes, mantidos afastados dos limites da propriedade,
possuir corredores internos que proporcionem o fracionamento do risco, de forma a dificultar
a propagação do fogo e facilitar as operações de combate a incêndio, conforme exigências
deste Regulamento.

CAPÍTULO X
Das Instalações Temporárias

Artigo 27 - As instalações temporárias, com área delimitada e controle de acesso de público,


deverão ser regularizadas junto ao CBPMESP antes do início do evento.
Parágrafo único - As instalações temporárias situadas no interior de edificação permanente
deverão possuir controle próprio de acesso de público, sendo obrigatória, ainda, a
regularização prévia da edificação permanente.
Artigo 28 - Os pedidos de análise de projeto das instalações temporárias deverão ser
protocolados no CBPMESP com antecedência mínima de 7 (sete) dias da data de início do
evento.
Artigo 29 - Os pedidos de vistoria de regularização das instalações temporárias deverão ser
protocolados no CBPMESP com antecedência mínima de 2 (dois) dias úteis da data de início
do evento.
CAPÍTULO XI
Da Regularização Empresarial

Artigo 30 - Para fins de regularização das atividades empresariais, o CBPMESP integra-se


ao sistema estadual de licenciamento, composto pelos demais órgãos licenciadores do
Estado de São Paulo.
Artigo 31 - Se o estabelecimento empresarial for classificado como de baixo risco, sua
licença de funcionamento será concedida previamente à vistoria do CBPMESP, através de
plataforma disponibilizada no sítio eletrônico do Corpo de Bombeiros.
§ 1º - A definição de baixo risco, para fins de regularização dos estabelecimentos
empresariais, deverá ser regulada por instrução técnica.
§ 2º - Para a regularização o interessado deverá apresentar, através da plataforma de que
trata o “caput”
deste artigo, informações e declarações que comprovem o cumprimento das exigências de
segurança contra incêndio da edificação.
§ 3º - A regularização obtida no sistema estadual de licenciamento tem imediata eficácia
perante os demais órgãos.
Artigo 32 - A concessão da licença do estabelecimento empresarial não exime o proprietário
do imóvel, o responsável pelo uso ou o representante legal do estabelecimento, da
necessidade de regularização da edificação em sua totalidade, de acordo com este
Regulamento.
Artigo 33 - O CBPMESP pode, a qualquer tempo, verificar as informações e as declarações
prestadas, inclusive por meio de vistorias e de solicitação de documentos.
§ 1º - As edificações e áreas de risco que possuam estabelecimentos empresariais
regularizadas junto ao sistema estadual de licenciamento estão sujeitas à fiscalização nos
termos deste Regulamento.
§ 2º - As licenças dos estabelecimentos empresariais poderão ser cassadas pelo CBPMESP
se for constatado, na fiscalização, que as edificações ou áreas de risco não cumprem as
exigências de segurança contra incêndio.

CAPÍTULO XII
Da Fiscalização

Artigo 34 - A fiscalização das edificações e áreas de risco, por meio de vistorias técnicas
com o objetivo de verificar o cumprimento das medidas de segurança contra incêndios e
emergências, poderá ser realizada mediante:
I - solicitação do proprietário, responsável pelo uso, responsável pela obra ou responsável
técnico;
II - requisição de autoridade competente;
III - planejamento periódico e contínuo do CBPMESP, ou para atender a operações sazonais
e áreas de interesse, ou, ainda, em razão de denúncia fundamentada.
Parágrafo único - Para a execução da fiscalização indicada no “caput” deste artigo, os
militares do CBPMESP deverão estar devidamente capacitados e munidos de ordem de
fiscalização.
Artigo 35 - No exercício da fiscalização, na prerrogativa de adentrar ao local, obter relatórios
ou informações verbais sobre a edificação, estrutura, processos, equipamentos, materiais e
sobre o gerenciamento da segurança contra incêndio e emergências, os militares do
CBPMESP deverão exibir sua identidade funcional, bem como a ordem de fiscalização
expedida.
§ 1º - A fiscalização não poderá interromper as atividades inerentes ao estabelecimento, não
sendo considerada interrupção a verificação das medidas de segurança contra incêndio
durante o horário normal de seu funcionamento.
§ 2º - Em caso de necessidade de testes em equipamento que exija a interrupção das
atividades do estabelecimento, o CBPMESP deverá programar nova fiscalização em data
oportuna, cientificando o proprietário ou responsável pelo estabelecimento.
Artigo 36 - A atividade de fiscalização do CBPMESP estará sujeita a controle interno,
visando a sua transparência e eficiência, e controle externo estabelecido na forma da lei.

CAPÍTULO XIII
Das Infrações e Penalidades

Artigo 37 - A inobservância à Lei Complementar nº 1.257, de 6 de janeiro de 2015, a este


Regulamento e às suas respectivas Instruções Técnicas constitui infração, desde que
enquadráveis nas “Infrações à Legislação de Segurança Contra Incêndio” - Anexo B deste
Regulamento.
Parágrafo único - Para enquadramento no Anexo B deste Regulamento deverá ser
elaborado Relatório Técnico de Fiscalização, com a indicação das irregularidades
constatadas.
Artigo 38 - As infrações serão objeto de autuação pelo agente fiscalizador do CBPMESP,
levando-se em conta o grau de risco à vida, ao patrimônio e à operacionalidade das medidas
de segurança contra incêndios e emergências.
Artigo 39 - O CBPMESP, no exercício da fiscalização que lhe compete, pode aplicar as
seguintes penalidades ao proprietário ou ao responsável pelo uso da edificação ou área de
risco:
I - advertência escrita;
II - multa;
III - cassação da licença do Corpo de Bombeiros.
Parágrafo único - As penalidades previstas nos incisos I e II deste artigo serão aplicadas
sem prejuízo da eventual cassação da licença do Corpo de Bombeiros, a qualquer tempo.
Artigo 40 - Como medida cautelar de segurança, quando a situação justificar, pelo risco
iminente ou potencial à vida ou à integridade física de pessoas, o militar do CBPMESP
poderá interditar temporariamente o local e de imediato comunicar o setor de fiscalização das
prefeituras municipais, para fins de embargo definitivo da obra ou interdição da edificação,
estabelecimento ou atividade, sem prejuízo da adoção das providências e aplicação das
penalidades cabíveis, nos termos do artigo 15 da Lei Complementar nº 1.257, de 6 de janeiro
de 2015.

SEÇÃO I
Da Advertência Escrita

Artigo 41 - A advertência escrita deverá ser aplicada quando o agente fiscalizador constatar,
na primeira vistoria, o descumprimento da Lei Complementar nº 1.257, de 6 de janeiro de
2015, ou deste Regulamento e respectivas Instruções Técnicas, conforme infrações
enquadradas no Anexo B, devendo o responsável corrigir as irregularidades no prazo
concedido de até 180 (cento e oitenta) dias.
§ 1º - O prazo previsto no “caput” deste artigo poderá ser prorrogado por igual período,
mediante requerimento dirigido ao Chefe do Serviço de Segurança contra Incêndio da
respectiva área operacional, fundamentado tecnicamente, de acordo com a complexidade da
execução das medidas, e acompanhado de cronograma físico.
§ 2º - A solicitação do Termo de Autorização para Adequação do Corpo de Bombeiros -
TAACB interrompe a contagem do prazo para aplicação da sanção.
§ 3º - A correção das irregularidades deverá ser imediata nos casos de risco iminente ou
potencial à vida ou à integridade física das pessoas, sem prejuízo da interdição temporária do
local, nos termos do artigo 40 deste Regulamento.
§ 4º - O prazo previsto no “caput” deste artigo não se aplica às instalações temporárias, cujas
correções deverão ser realizadas antes do início do evento, observados os procedimentos
previstos nos artigos 27, 28 e 29 deste Regulamento.

SEÇÃO II
Da Multa

Artigo 42 - A multa, nos valores de 10 (dez) a 10.000 (dez mil) Unidades Fiscais do Estado
de São Paulo - UFESP, será aplicada de acordo com a gravidade da infração, nos termos do
artigo 38, bem como quando persistir a infração após decurso do prazo de regularização de
que trata o artigo 41, ambos deste Regulamento.
Parágrafo único - O cálculo da multa deverá considerar os critérios de aplicação constantes
do “método de cálculo de multas geradas por infrações à legislação de segurança contra
incêndio” - Anexo C deste Regulamento.
Artigo 43 - Decorrido o prazo de até 180 (cento e oitenta) dias após a aplicação da multa e
persistindo a infração, configura-se a reincidência, devendo ser aplicada a multa em dobro, a
partir deste momento, considerando-se as irregularidades remanescentes.
Artigo 44 - Decorrido o prazo de até 180 (cento e oitenta) dias da configuração da
reincidência e persistindo a infração, deverá ser comunicado o setor de fiscalização das
prefeituras municipais para fins de embargo da obra ou interdição da edificação ou área de
risco.
Artigo 45 - O pagamento da multa não exime o infrator da obrigação de corrigir as
irregularidades apontadas.
Artigo 46 - As multas arrecadadas deverão ser recolhidas ao Fundo Estadual de Segurança
contra Incêndios e Emergências - FESIE.
Artigo 47 - As multas aplicadas, quando não recolhidas pelo responsável no prazo
estabelecido, serão inscritas na Dívida Ativa.

SEÇÃO III
Da Cassação da Licença do Corpo de Bombeiros

Artigo 48 - A licença do CBPMESP poderá ser cassada quando for constatada irregularidade
no cumprimento das medidas de segurança contra incêndio nas edificações ou áreas de
risco, nos casos dos artigos 40 e 44 deste Regulamento.
Parágrafo único - A cassação da licença do Corpo de Bombeiros deverá ser comunicada à
prefeitura municipal da localidade da edificação.
CAPÍTULO XIV
Do Processo Infracional e dos Recursos

Artigo 49 - Constatadas irregularidades, o agente fiscalizador deverá efetuar a autuação por


uma das seguintes formas:
I - pessoalmente;
II - carta com aviso de recebimento;
III - publicação no Diário Oficial do Estado.
§ 1º - A publicação no Diário Oficial ocorrerá somente na impossibilidade de a autuação ser
realizada nas formas indicadas nos incisos I e II deste artigo.
§ 2º - O auto de infração deverá conter a identificação do proprietário ou responsável, a
localização da edificação ou área de risco, o motivo da sua lavratura, as irregularidades
identificadas, as penalidades cabíveis, o valor da multa e memorial de cálculo, no caso de
pena pecuniária, e o prazo para correção das irregularidades ou apresentação de defesa.
§ 3º - Caso haja recusa no recebimento do auto de infração, o agente fiscalizador deverá
certificar essa ocorrência no próprio documento.
Artigo 50 - Da advertência escrita cabem defesa e pedido de prorrogação de prazo para
regularização da edificação, no prazo de 30 (trinta) dias, dirigidos ao Chefe do Serviço de
Segurança contra Incêndio da respectiva área operacional e julgados por Junta Técnica, por
ele nomeada.
Parágrafo único - Da decisão da Junta Técnica de que trata o “caput” deste artigo cabe
recurso ao Comandante do CBPMESP, no prazo de 15 (quinze) dias, que decidirá após
elaborado parecer de Junta Técnica, por ele nomeada.
Artigo 51 - Da multa e da cassação da licença do Corpo de Bombeiros cabe defesa, no prazo
de 30 (trinta) dias, dirigida ao Comandante da Unidade Operacional e julgada por Junta
Técnica, por ele nomeada.
Parágrafo único - Da decisão da Junta Técnica de que trata o “caput” deste artigo cabe
recurso ao Comandante do CBPMESP, no prazo de 15 (quinze) dias, que decidirá após
elaborado parecer de Junta Técnica, por ele nomeada.
Artigo 52 - Contam-se os prazos, em dias úteis:
I - de defesa: da ciência, pelo interessado, da autuação;
II - de recurso: da publicação da decisão de 1ª instância no Diário Oficial do Estado.
Parágrafo único - A apresentação de defesa, pedido de prorrogação de prazo e recurso
possuem efeito suspensivo.
Artigo 53 - O processo infracional será instaurado com a primeira autuação e encerrado
depois de sanadas as irregularidades ou esgotados os recursos administrativos cabíveis.

CAPÍTULO XV
Do Credenciamento e do Cadastro

Artigo 54 - Somente poderão atuar como Bombeiros Civis em edificações, áreas de risco ou
eventos temporários os profissionais credenciados junto ao CBPMESP.
Artigo 55 - Somente poderão atuar nos processos de segurança contra incêndio, como
responsáveis técnicos, os profissionais cadastrados junto ao CBPMESP.
Artigo 56 - O processo de credenciamento e de cadastro que dispõem os incisos XI, XII e XIII
do artigo 6º deste Regulamento, serão disciplinados em ato do Comandante do CBPMESP.
Artigo 57 - O descredenciamento e o cancelamento do cadastro das pessoas jurídicas ou
físicas, assegurado o direito à ampla defesa, deverão ocorrer:
I - por inobservância das disposições estabelecidas em portarias regulamentadoras;
II - por solicitação do interessado;
III - por condenação judicial que declare a incompatibilidade com a atividade a ser exercida.
Parágrafo único - O credenciamento e o cadastro somente poderão ser solicitados
novamente após 90 (noventa) dias e desde que cessados os efeitos que deram causa ao
descredenciamento ou ao cancelamento do cadastro.

CAPÍTULO XVI
Da Comissão Especial de Avaliação

Artigo 58 - Será composta uma Comissão Especial de Avaliação - CEA, sempre que
necessário, com o objetivo de:
I - avaliar a execução das exigências previstas neste Regulamento e os eventuais problemas
ocorridos em sua aplicação, respeitando-se os padrões adotados no Estado;
II - apresentar propostas de alteração do Regulamento e das Instruções Técnicas.
Artigo 59 - A CEA será presidida pelo Comandante do CBPMESP, que poderá delegar essa
função a oficial superior do CBPMESP.
§ 1º - A CEA será composta por 10 (dez) membros, sendo metade integrante do CBPMESP
com experiência nas atividades de segurança contra incêndio, e os demais, a convite do
presidente, representantes de entidades públicas ou privadas, com notório conhecimento em
segurança contra incêndio.
§ 2º - Caberá ao presidente, no prazo de 120 (cento e vinte) dias após a publicação do
presente regulamento, a publicação do Regimento Interno da CEA.
§ 3º - Após sua constituição, a CEA reunir-se-á trimestralmente.
§ 4º - As atividades da CEA não gerarão remuneração a seus componentes, cabendo ao
Corpo de Bombeiros suprir suas necessidades de infraestrutura.

CAPÍTULO XVII
Das Disposições Finais

Artigo 60 - Os procedimentos administrativos complementares para o processo de


regularização, o exercício da fiscalização, o processo infracional e para o funcionamento da
Comissão Especial de Avaliação - CEA deverão ser regulamentados por meio de ato
normativo expedido pelo Comandante do CBPMESP.
Artigo 61 - Cabe ao CBPMESP, por meio do Serviço de Segurança Contra Incêndios - SSCI,
estudar, analisar, planejar e estabelecer normas complementares para a efetiva execução da
segurança contra incêndio e a fiscalização do seu cumprimento, bem como quaisquer outras
disposições em sentido contrário.
Artigo 62 - Este decreto e sua disposição transitória entram em vigor 120 (cento e vinte) dias
após a data de sua publicação, ficando revogado o Decreto nº 56.819, de 10 de março de
2011.

DISPOSIÇÃO TRANSITÓRIA

Artigo Único - As edificações e áreas de risco existentes na data da publicação deste


Regulamento deverão ser adaptadas conforme exigências previstas na Tabela 4 da
“classificação das edificações e tabelas de exigências” - Anexo A deste Regulamento e em
Instrução Técnica específica.
Palácio dos Bandeirantes, 10 de dezembro de 2018
MÁRCIO FRANÇA
Vinicius Almeida Camarinha
Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação
Maurício Juvenal
Secretário de Planejamento e Gestão
Aldo Rebelo
Secretário-Chefe da Casa Civil
Saulo de Castro Abreu Filho
Secretário de Governo
Publicado na Secretaria de Governo, aos 10 de dezembro de 2018.

ANEXO “A”

a que se refere o Decreto nº 63.911, de 10 de dezembro de 2018

CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E TABELAS DE EXIGÊNCIAS

TABELA 1: CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO À


OCUPAÇÃO
TABELA 2: CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES QUANTO À ALTURA

TABELA 3: CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO QUANTO À


CARGA DE INCÊNDIO

TABELA 4: EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES EXISTENTES

TABELA 5

EDIFICAÇÕES COM ÁREA MENOR OU IGUAL A 750 m2 E ALTURA INFERIOR OU


IGUAL A 12,00 m
TABELA 6A

EDIFICAÇÕES DO GRUPO A COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA SUPERIOR


A 12,00 m
TABELA 6B

EDIFICAÇÕES DO GRUPO B COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA SUPERIOR


A 12,00 m

TABELA 6C

EDIFICAÇÕES DO GRUPO C COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA SUPERIOR


A 12,00 m
TABELA 6D
EDIFICAÇÕES DO GRUPO D COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA SUPERIOR
A 12,00 m
TABELA 6E
EDIFICAÇÕES DO GRUPO E COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA SUPERIOR
A 12,00 m

TABELA 6F.1

EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO F-1 e F-2 COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA


SUPERIOR A 12,00 m
TABELA 6F.2

EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO F-3, F-9 E F-4 COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA
SUPERIOR A 12,00 m
TABELA 6F.3
EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO F-5, F-6 E F-8 COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA
SUPERIOR A 12,00 m

TABELA 6F.4
EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO F-7 E F-10 COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA
SUPERIOR A 12,00 m
TABELA 6F.5

EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO F-11 COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA


SUPERIOR A 12,00 m
TABELA 6G.1

EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO G-1 E G-2 COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA


SUPERIOR A 12,00 m

TABELA 6G.2
EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO G-3 E G-4 COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA
SUPERIOR A 12,00 m
TABELA 6G.3
EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO G-5 COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA
SUPERIOR A 12,00 m
TABELA 6H.1
EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO H-1 E H-2 COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA
SUPERIOR A 12,00 m

TABELA 6H.2
EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO H-3 E H-4 COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA
SUPERIOR A 12,00 m
TABELA 6H.3
EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO H-5 E H-6 COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA
SUPERIOR A 12 m
TABELA 6I.1
EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO I-1 E I-2 COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA
SUPERIOR A 12,00 m

TABELA 6I.2
EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO I-3 COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA
SUPERIOR A 12,00 m
TABELA 6J.1
EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO J-1 E J-2 COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA
SUPERIOR A 12,00 m
TABELA 6J.2
EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO J-3 E J-4 COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2 OU ALTURA
SUPERIOR A 12,00 m

TABELA 6K

ÁREAS DE RISCO DE DIVISÃO K (QUALQUER ÁREA E ALTURA)


TABELA 6L
ÁREAS DE RISCO DE DIVISÃO L1 COM ÁREA SUPERIOR A 100 M2, L2 E L3,
INDEPENDENTE DA ALTURA

TABELA 6M.1
ÁREAS DE RISCO DE DIVISÃO M-1 (QUALQUER ÁREA E ALTURA)
TABELA 6M.2
EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO DE DIVISÃO M-2 (QUALQUER ÁREA E ALTURA)

TABELA 6M.3
EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO DE DIVISÃO M-3 COM ÁREA SUPERIOR A 750 m2
OU ALTURA SUPERIOR A 12,00 m
TABELA 6M.4

EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO DE DIVISÃO M-4 E M-7

TABELA 6M.5
EDIFICAÇÕES DE DIVISÃO M-5 (QUALQUER ÁREA E ALTURA)
TABELA 7
EXIGÊNCIAS ADICIONAIS PARA OCUPAÇÕES EM SUBSOLOS
DIFERENTES DE ESTACIONAMENTO
ANEXO “B”

a que se refere o Decreto nº 63.911, de 10 de dezembro de 2018


INFRAÇÕES À LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

O não cumprimento do Regulamento de Segurança contra Incêndio deve ser enquadrado nas
infrações abaixo descritas, considerando:
a) Deficiente: o sistema ou medida de segurança contra incêndio que está instalado no todo
ou em parte na edificação, e que pode ser utilizado, porém não atende totalmente as
especificações das Instruções Técnicas e normas afins.
b) Inoperante: o sistema ou medida de segurança contra incêndio que está instalado na
edificação, porém não funciona.
c) Inexistente: o sistema ou medida de segurança contra incêndio que não está instalado na
edificação.
d) Para a definição da infração deve ser considerada a tipificação mais específica para a
irregularidade.
ANEXO "C"

que se refere o
Decreto nº 63.911, de 10 de dezembro de 2018
MÉTODO DE CÁLCULO DE MULTAS GERADAS POR INFRAÇÕES À LEGISLAÇÃO DE
SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

O valor da multa deve ser calculado por meio da relação entre o número de infrações, que
estão agrupadas no Anexo B, a classificação do risco previsto na Tabela 1 e a classificação
da área total da edificação ou área de risco, prevista na Tabela 2, deste Anexo. Essa relação
é expressa através da fórmula:

Multa (R$) = [(2,5 x I) +(3,5 x II) +(5 x III)+(7 x IV)] x R x K x UFESP

Onde:
- I, II, III, IV: são as quantidades de infrações em cada grupo constante no Anexo B;
- R: fator de risco, conforme Tabela 1 deste Anexo;
- K: fator de área, conforme Tabela 2 deste Anexo; e
- UFESP: Unidade Fiscal do Estado de São Paulo.

Para a aplicação dos grupos constantes no Anexo B, é necessário anotar o número de


infrações observadas, levando-se em consideração que os grupos I, II e III comportam no
máximo 04 (quatro) infrações e o grupo IV comporta no máximo 02 (duas) infrações, que
devem ser inseridas na fórmula. Portanto, os valores dos grupos I, II e III variam de 0 a 4 e o
valor do grupo IV varia de 0 a 2.
Devem ser inseridos na fórmula os fatores de risco constantes na Tabela 1, considerando a
ocupação predominante da edificação ou área de risco.
Devem ser inseridos na fórmula os fatores de área constantes na Tabela 2, considerando a
faixa de área total da edificação ou área de risco.
Deve ser inserido na fórmula a UFESP correspondente à data da infração de multa.
O resultado da aplicação da fórmula corresponde ao valor expresso em Reais a ser autuado.

TABELA 1
Fator de risco (R)

Nota: Esta tabela relaciona a carga de incêndio com um fator de risco (R) a ser inserido na
fórmula.

TABELA 2
Fator de área (K)

Nota: Esta tabela relaciona a faixa de área com um fator de área (K) a ser inserido na
fórmula.
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 08/2019

Segurança estrutural contra incêndio

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Isenções e reduções do Tempo Requerido de resistência


2 Aplicação ao fogo (TRRF)
3 Referências normativas e bibliográficas B Tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF)
4 Definições C Tabela de resistência ao fogo para alvenaria
5 Procedimentos D Tabela de resistência ao fogo de paredes em chapas de
gesso para drywall
E Procedimento para redução do TRRF
F Tabela de Proteção da Estrutura

Atualizada pela Portaria nº CCB 021/800/20 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 132, de 04 de julho de 2020
1 OBJETIVO _______. NBR 14432: Exigência de resistência ao fogo de
elementos de construção de edificações – Procedimento. Rio
1.1 Estabelecer as condições a serem atendidas pelos de Janeiro: ABNT;
elementos estruturais e de compartimentação que integram as
_______. NBR 14715-1: Chapas de gesso para drywall –
edificações, quanto aos Tempos Requeridos de Resistência ao Parte 1 – Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT;
Fogo (TRRF) para que, em situação de incêndio, seja evitado
_______. NBR 14715-2: Chapas de gesso para drywall –
o colapso estrutural por tempo suficiente para possibilitar a
Parte 2 – Métodos de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT;
saída segura das pessoas e o acesso para as operações do
_______. NBR 14762: Dimensionamento de estruturas de aço
Corpo de Bombeiros Militar, atendendo ao previsto no
constituídas por perfis formados a frio – Procedimento. Rio de
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e
Janeiro: ABNT;
áreas de risco do Estado de São Paulo.
_______. NBR 15200: Projeto de estruturas de concreto em
2 APLICAÇÃO situação de incêndio – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT;
_______. NBR 15217: Perfis de aço para sistemas
2.1 Esta Instrução Técnica se aplica a todas as edificações e construtivos em chapas de gesso para drywall – Requisitos
áreas de risco onde for exigida a segurança estrutural contra e métodos de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT;
incêndio, conforme tabelas de exigências do Regulamento de
_______. NBR 15758-1: Sistemas construtivos em chapas de
Segurança contra Incêndio.
gesso para drywall – Projeto e procedimentos executivos
2.2 Na ausência de norma nacional sobre dimensionamento para montagem – Parte 1: Requisitos para sistemas usados
das estruturas em situação de incêndio, adota-se o Eurocode como paredes. Rio de Janeiro: ABNT;
em sua última edição ou norma similar reconhecida _______. NBR 15758-2: Sistemas construtivos em chapas de
internacionalmente. No momento da publicação de norma gesso para drywall – Projeto e procedimentos executivos para
nacional sobre o assunto, esta passará a ser adotada nos montagem – Parte 2: Requisitos para sistemas usados como
termos desta IT. forros. Rio de Janeiro: ABNT;
_______. NBR 15758-3: Sistemas construtivos em chapas de
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS gesso para drywall – Projeto e procedimentos executivos para
montagem – Parte 3: Requisitos para sistemas usados como
Para mais esclarecimentos, consultar as seguintes normas revestimentos. Rio de Janeiro: ABNT;
técnicas:
NFPA 502 – Standard for Road Tunnels, Bridges, and Other
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS Limited Access Highways.
(ABNT). NBR 5628: Componentes construtivos estruturais –
Determinação da resistência ao fogo. Rio de Janeiro: ABNT; EUROCODE. European Committee for Standardization.

_______. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto – Regulamentação de MARGARET LAW and TURLOGH
Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT; O’BRIEN – Fire Safety of Bare External Structure Steel.

_______. NBR 6120: Cargas para cálculo de estruturas de SILVA, Valdir Pignatta. Estruturas de aço em situação de
edifícios – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT; incêndio. Editora Zigurate. São Paulo: 2004.
_______. NBR 6479: Portas e vedadores – Determinação da 4 DEFINIÇÕES
resistência ao fogo – Método de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT;
Além das definições constantes da IT 03 – Terminologia de
_______. NBR 8681: Ações e segurança nas estruturas –
segurança contra incêndio, aplicam-se as definições
Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT;
específicas abaixo:
_______. NBR 8800: Projeto e execução de estruturas de
aço de edifícios – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT; 4.1 Elemento estrutural: todo e qualquer elemento de
_______. NBR 9062: Projeto e execução de estruturas de construção do qual dependa a resistência e a estabilidade total
concreto pré-moldado - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT; ou parcial da edificação.
_______. NBR 9077: Saídas de emergência em edifícios – 4.2 Tempo equivalente de resistência ao fogo: tempo,
Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT; determinado a partir do incêndio-padrão, necessário para que
_______. NBR 10636: Paredes divisórias sem função um elemento estrutural atinja a máxima temperatura calculada
estrutural – Determinação da resistência ao fogo – Método por meio do incêndio natural considerado.
de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT;
4.3 Tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF): tempo
_______. NBR 11711: Porta e vedadores corta-fogo com
mínimo de resistência ao fogo de um elemento construtivo
núcleo de madeira para isolamento de riscos em ambientes
comerciais e industriais – Especificação. Rio de Janeiro: ABNT; quando sujeito ao incêndio-padrão.

_______. NBR 11742: Porta corta-fogo para saída de


5 PROCEDIMENTOS
emergência – Especificação. Rio de Janeiro: ABNT;
_______. NBR 14323: Dimensionamento de estrutura de aço
5.1 O tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF) é
em situação de incêndio – Procedimento. Rio de Janeiro:
aplicado aos elementos estruturais e de compartimentação,
ABNT;
conforme os critérios estabelecidos nesta IT e em seu Anexo
B. de acordo com a NBR 5628.

5.2 Para comprovar os TRRF constantes desta IT são aceitas 5.5.3 Outros materiais estruturais: na ausência de normas
as seguintes metodologias: nacionais, adota-se o Eurocode em sua última edição ou norma
similar reconhecida internacionalmente. No momento da
a. execução de ensaios específicos de resistência ao fogo publicação de norma nacional sobre o assunto, esta passará a
em laboratórios; ser adotada nos termos desta IT. Aceita-se também o
b. atendimento a tabelas elaboradas a partir de resultados dimensionamento através de ensaios de resistência ao fogo de
obtidos em ensaios de resistência ao fogo; acordo com a NBR 5628.
c. modelos matemáticos (analíticos) devidamente 5.6 Cobertura
normatizados ou internacionalmente reconhecidos.
As estruturas das coberturas, que não atendam aos requisitos
5.2.1 Para os elementos de compartimentação admitem-se as de isenção do Anexo A desta IT, devem ter no mínimo o
metodologias “a” e “b” e, para os elementos estruturais, todas mesmo TRRF das estruturas principais da edificação.
as metodologias acima podem ser aceitas.
5.7 Pisos metálicos vazados
Nota:
As lajes, os painéis pré-moldados que apresentam função estrutural e os painéis Consideram-se pisos metálicos vazados aqueles que possuam
alveolares utilizados para compartimentação são considerados como elementos
percentual mínimo de abertura de 50%.
estruturais.
5.8 Mezaninos metálicos
5.2.2 A metodologia prescrita no item 5.2, letra “c” desta IT,
somente será aceita após análise em Comissão Técnica. 5.8.1 Os mezaninos que não atendam aos requisitos de
5.2.3 Quando o Serviço de Segurança Contra Incêndio exigir a isenção do Anexo A, devem ter os TRRF estabelecidos
comprovação da metodologia utilizada para atender o TRRF, conforme esta IT, de acordo com a respectiva ocupação.
deverá ser apresentado o memorial de segurança contra 5.9 Passarelas metálicas
incêndio das estruturas e documento comprobatório de
responsabilidade técnica. 5.9.1 As passarelas metálicas para acesso às prateleiras,
constituídas por pisos vazados, estão isentas da exigência de
5.2.3.1 Quando aplicado algum material de revestimento TRRF e suas áreas não serão computadas, desde que
contra fogo, em complementação ao Anexo I da IT 01, deverá atendam aos seguintes requisitos:
também, ser apresentada tabela de proteção da estrutura
conforme o Anexo F desta Instrução Técnica, com a carta de a. não possuir permanência humana;
cobertura do material. b. possuir acesso externo por janelas ou portas em todos
os níveis para combate a incêndio e/ou resgate de
5.3 Procedimento para a redução do TRRF
pessoas;
Admite-se o procedimento para a redução do TRRF (vide c. possuir percentual mínimo de abertura de 50%;
Anexo E), excetuando-se as edificações do Grupo L
d. estar desvinculado da estrutura principal da edificação;
(explosivos) e das Divisões M-1 (túneis), M-2 (parques de
tanques), M-3 (centrais de comunicação) e K-1 (subestação e. não ser destinadas ao armazenamento de mercadorias;
elétrica), contudo fica limitada a redução de 30 minutos dos e
valores dos TRRF constantes no Anexo B, desta IT. f. os níveis de passarelas metálicas devem possuir todas as
medidas de segurança contra incêndio exigidas para a
5.4 Ensaios
edificação.
Os ensaios devem ser realizados em laboratórios reconhecidos 5.9.2 Os níveis de passarelas metálicas devem ser
de acordo com as normas técnicas nacionais ou, na ausência considerados para fins de definição das rotas de fuga, conforme
destas, de acordo com normas ou especificações estrangeiras parâmetros da IT 11 – Saída de emergência.
internacionalmente reconhecidas.
5.9.3 As escadas protegidas e à prova de fumaça devem ser
5.5 Dimensionamento de elementos estruturais em construídas em estrutura independente das prateleiras e das
situação de incêndio passarelas metálicas.
5.5.1 Aço: adota-se NBR 14323 – Dimensionamento de 5.10 Pavimentos metálicos
estruturas de aço de edifícios em situação de incêndio.
Recomenda-se que a temperatura crítica do aço seja tomada Nos pavimentos constituídos por pisos metálicos não se
como um valor máximo de 550 °C para os aços convencionais aplicam os itens acima e estes devem ser considerados para a
utilizados em perfis cujo estado limite último à definição das medidas de segurança contra incêndio.
temperatura ambiente não seja o de instabilidade local 5.11 Materiais de revestimento contra fogo
elástica ou calculada para cada elemento estrutural de acordo
com a norma supracitada. Aceita-se também o 5.11.1 A escolha, o dimensionamento e a aplicação de
dimensionamento através de ensaios de resistência ao fogo de materiais de revestimento contra fogo são de
acordo com a NBR 5628. responsabilidade dos responsáveis técnicos.
5.5.2 Concreto: adota-se a NBR 15200 – Projeto de estruturas 5.11.2 As propriedades térmicas e o desempenho dos
de concreto em situação de incêndio. Aceita-se também o materiais de revestimento contra fogo quanto à aderência,
dimensionamento por meio de ensaios de resistência ao fogo combustibilidade, fissuras, toxidade, erosão, corrosão,
deflexão, impacto, compressão, densidade e outras 5.15 Estruturas encapsuladas ou protegidas por forro
propriedades necessárias para garantir o desempenho e resistente ao fogo
durabilidade dos materiais, devem ser determinadas por
ensaios realizados em laboratório nacional ou estrangeiro 5.15.1 O elemento estrutural encapsulado pode ser
reconhecido internacionalmente, de acordo com norma técnica considerado livre da ação do incêndio quando o
nacional ou, na ausência desta, de acordo com norma encapsulamento tiver o TRRF no mínimo igual ao exigido
estrangeira reconhecida internacionalmente. para a estrutura considerada.

5.12 Subsolo e Sobressolo 5.15.2 Considera-se forro resistente ao fogo o conjunto


envolvendo as placas, perfis, suportes e selagens das
5.12.1 Os subsolos e sobressolos, independentemente de seu aberturas, devidamente ensaiado (conjunto), atendendo ao
uso, devem ter o TRRF estabelecido em função do TRRF da TRRF mínimo igual ao exigido para o elemento protegido
ocupação a que pertencer, conforme Anexo B. Os TRRF dos considerado. O ensaio de resistência ao fogo deve mencionar
elementos estruturais do subsolo, cujo dano possa causar as soluções adotadas para as selagens das aberturas
colapso progressivo das estruturas dos pavimentos acima do (penetrações) no forro (tais como: iluminação, ar-condicionado
solo, a critério do profissional habilitado responsável pelo e outras).
projeto, não poderão ser inferiores ao TRRF dos pavimentos
situados acima do solo. 5.16 Edificação aberta lateralmente

5.13 Isenção de TRRF 5.16.1 Será considerada aberta lateralmente a edificação ou


parte de edificação que possua em cada pavimento:
5.13.1 As edificações isentas de TRRF, conforme Anexo A,
devem ser projetadas (considerando medidas ativas e 5.16.1.1 ventilação permanente em duas ou mais fachadas
passivas) visando atender aos objetivos do Regulamento de externas, providas por aberturas que possam ser consideradas
Segurança contra Incêndio, em caso contrário as isenções não uniformemente distribuídas e que tenham comprimentos em
são admitidas. planta que, somados, atinjam pelo menos 40% do perímetro da
edificação e áreas que, somadas, correspondam a, pelo menos
5.14 Estruturas externas 20% da superfície total das fachadas externas;
5.14.1 O elemento estrutural situado no exterior da edificação 5.16.1.2 ventilação permanente em duas ou mais fachadas
pode ser considerado livre da ação do incêndio e isento de externas, provida por aberturas cujas áreas somadas
TRRF, quando h o u v e r afastamento das aberturas correspondam a, pelo menos 1/3 da superfície total das
existentes na fachada suficiente para garantir que a elevação fachadas externas e pelo menos 50% destas áreas abertas
da temperatura não for superior a temperatura crítica situadas em duas fachadas opostas.
considerada. Esta situação deve ser tecnicamente comprovada
5.16.2 Em qualquer caso, as áreas das aberturas nas laterais
pelo responsável técnico do projeto estrutural.
externas somadas devem possuir ventilação direta para o meio
5.14.2 O procedimento para a verificação da possibilidade de externo e devem corresponder a pelo menos 5% da área do
aceitação do item anterior deve ser analítico para as estruturas piso no pavimento; as obstruções internas eventualmente
de aço, envolvendo os seguintes passos: existentes devem ter pelo menos 20% de suas áreas abertas,
com aberturas dispostas de forma que possam ser
a. definição das dimensões do setor que pode ser afetado
consideradas uniformemente distribuídas, para permitir a
pelo incêndio;
ventilação.
b. determinação da carga de incêndio específica;
5.17 Ocupações mistas
c. determinação da temperatura atingida pelo incêndio;
d. determinação da altura, profundidade e largura das Nas ocupações mistas, para determinação dos TRRF
chamas emitidas para o exterior à edificação; necessários, devem ser avaliados os respectivos usos, as
áreas e as alturas, podendo-se proteger os elementos de
e. determinação da temperatura das chamas nas
construção em função de cada ocupação.
proximidades dos elementos estruturais;
f. cálculo da transferência de calor para os elementos 5.17.1 Em edificações verticais, para se evitar o colapso
estruturais; progressivo da estrutura, o TRRF dos pavimentos inferiores
não poderá ser menor que o exigido para os pavimentos
g. determinação da temperatura do aço no ponto mais
situados acima.
crítico.
5.18 Vigas e estruturas principais
5.14.3 Para se atender aos itens 5.14.1 e 5.14.2 deve-se usar
a regulamentação de MARGARET LAW and TURLOGH 5.18.1 Vigas principais: considerar, para efeito desta IT, como
O’BRIEN - “Fire Safety of Bare External Structure Steel” ou sendo todas as vigas que estão diretamente ligadas aos pilares
regulamento similar. ou a outros elementos estruturais que sejam essenciais à
5.14.3.1 Caso a temperatura determinada de acordo com o estabilidade da edificação como um todo.
item 5.14.2 seja superior à temperatura crítica das estruturas 5.18.2 Estruturas principais: considerar, para efeito desta IT,
calculadas, essas devem ter o TRRF conforme o estabelecido como sendo todas as estruturas que sejam essenciais à
nesta IT. estabilidade da edificação como um todo.
5.14.4 Para outros materiais estruturais aceita-se o método 5.19 Vigas e estruturas secundárias
analítico internacionalmente reconhecido.
5.19.1 São as vigas e estruturas não enquadradas no a. metodologia para atingir os TRRF dos elementos
conceito do item 5.18. estruturais da edificação, citando a norma empregada;
5.19.2 A classificação das vigas e estruturas como b. o TRRF para os diversos elementos construtivos:
secundárias ou principais é de total responsabilidade do técnico estruturas internas e externas, compartimentações,
responsável pelo projeto estrutural. mezaninos, coberturas, subsolos, proteção de dutos e
shafts, encapsulamento de estruturas etc.;
5.20 Memorial de segurança contra incêndio dos
c. especificações e condições de isenções e/ou reduções
elementos de construção de TRRF;
5.20.1 Quando houver aplicação de materiais de revestimento d. tipo e espessuras de materiais de revestimento contra
contra fogo nos elementos de construção, deve ser anexado o fogo utilizados nos elementos construtivos e respectivas
memorial com os seguintes dados (ver modelo na IT 01 – cartas de cobertura adotadas.
Procedimentos administrativos):
5.20.2 Este memorial pode ser assinado por mais de um
responsável técnico, discriminando no comprovante de
responsabilidade técnicas respectivas atribuições.
ANEXO A
Isenções e reduções do Tempo Requerido de resistência ao Fogo (TRRF)

A.1 Os tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) A.2.3.8 Edificações destinadas a academias de ginástica e
devem ser determinados conforme Anexo B, obedecendo-se similares (Divisão E-3), de classes P1 e P2 (Tabela A), nas
às recomendações contidas nesta IT e nas considerações áreas destinadas a piscinas, vestiários, salas de ginástica,
abaixo: musculação e similares, desde que possuam nestas áreas
materiais de acabamento e revestimento incombustíveis ou,
A.2 Condições de isenção de verificação e redução dos de classe II-A, conforme IT 10 – Controle de materiais de
TRRF acabamento e de revestimento;
A.2.1 As edificações desta seção para obterem o benefício A.2.3.9 Edificações térreas, quando atenderem um ou mais
de isenção de verificação ou redução dos TRRF devem requisitos abaixo:
atender aos objetivos do Regulamento de Segurança contra a. forem providas de chuveiros automáticos com bicos do
Incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São tipo resposta rápida, dimensionados conforme
Paulo e possuírem as saídas de emergência, as rotas de fuga normas específicas;
e as condições de ventilação dimensionadas conforme b. possuírem carga de incêndio específica menor ou igual a
regulamentações vigentes. 500 MJ/m²;
A.2.2 As isenções e reduções abaixo não se aplicam: c. forem do Grupo I (industrial), com carga de incêndio
a. aos subsolos com mais de um piso de profundidade específica menor ou igual a 1.200 MJ/m²;
ou área de pavimento superior a 500 m²; d. forem do Grupo J (depósito), com carga de incêndio
b. à estrutura e paredes de vedação das escadas e específica menor ou igual a 1200 MJ/m²;
elevadores de segurança, de isolamento de riscos e
A.2.3.9.1 A isenção deste item não se aplica quando os
de compartimentação;
elementos estruturais considerados forem essenciais à
c. às edificações do Grupo L (explosivos) e às Divisões estabilidade de um elemento de compartimentação ou de
M-1 (túneis), M-2 (parques de tanques) e M-3 (centrais
isolamento de risco. Esses elementos estruturais devem ser
de comunicação e energia).
dimensionados de forma a não entrarem em colapso caso
A.2.3 Edificações enquadradas nos subitens abaixo estão ocorra a ruína da cobertura do edifício.
ISENTAS de TRRF, nas condições dos itens A.2.1 e A.2.2,
A.2.4 As coberturas das edificações que não estão
considerando as áreas indicadas c o m o total construído
relacionadas em A.2.3 como isentas, estarão isentas quando:
da edificação:
a. não tiverem função de piso;
A.2.3.1 Edificações de classes P1 e P2 (Tabela A) com área
inferior a 750 m²; b. não forem usadas como rota de fuga;
A.2.3.2 Edificações de classes P1 e P2 (Tabela A) com área c. o seu colapso estrutural não comprometa a estabilidade
inferior a 1.500 m², com carga de incêndio (qfi) menor ou das paredes externas e da estrutura principal da
edificação.
igual a 500 MJ/m², excluindo-se dessa isenção as edificações
pertencentes às Divisões C-2, C-3, E-6, F-1, F-5, F-6,F-11, H- A.2.5 As edificações térreas podem ter os TRRF constantes
2, H-3 e H-5; da Tabela A reduzidos em 30 minutos, caso atendam a um
dos requisitos abaixo:
A.2.3.3 Edificações pertencentes às Divisões F-3, F-4
(exclusivo para as áreas de transbordo e circulação de a. forem providas de chuveiros automáticos; ou,
pessoas) e F-7, de classes P1 e P2 (Tabela A), exceto nas b. possuírem área total menor ou igual a 5.000 m², com
áreas destinadas a outras ocupações, que caracterizem ou pelo menos duas fachadas para acesso e
não ocupação mista (nessas regiões devem ser respeitados estacionamento operacional de viaturas, conforme
os TRRF constantes da Tabela A, conforme a ocupação consta na IT 06, que perfaçam no mínimo 50% do
específica); perímetro da edificação; ou,
A.2.3.4 Edificações pertencentes à Divisão J-1 de classes P1 c. forem consideradas lateralmente abertas, conforme item
e P2 (Tabela A); 5.16 desta IT.
A.2.6 O TRRF de elementos estruturais secundários pode ser
A.2.3.5 Edificações pertencentes às Divisões G-1 e G-2
reduzido de 30 min em relação aos determinados conforme
(garagens), de classes P1 a P4 (Tabela A), quando abertos
item 5.3 desta instrução, mantendo-se um valor mínimo de 15
lateralmente conforme item 5.16 desta IT e com as
min.
estruturas dimensionadas conforme Anexo C da NBR 14432;
A.2.7 A opção de escolha para a determinação do TRRF
A.2.3.6 Os mezaninos com área inferior a 750 m² e estrutura
conforme item 5.3 (tempo equivalente) fica a critério do
desvinculada do edifício principal, bem como os mezaninos
responsável técnico, não podendo haver em qualquer
com área superior a 750 m² das edificações isentas de
hipótese sobreposições de isenções, em função do item A.2 e
verificação do TRRF;
subitens ou em função de aços não convencionais.
A.2.3.7 As escadas abertas (não enclausuradas), desde que
A.2.8 As passarelas metálicas vazadas que atendem ao item
não possuam materiais combustíveis incorporados em suas
5.9 estão isentas de TRRF.
estruturas, acabamentos ou revestimentos;
ANEXO B
Tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF)
Tabela para a classificação detalhada das ocupações (Grupo e Divisão), consultar a Tabela 1 do Regulamento de Segurança contra Incêndio
Profundidade do
Altura da edificação h
subsolo hs
Classe Classe Classe
Grupo Ocupação/Uso Divisão Classe P2 Classe P3 Classe P4 Classe P5 Classe P 6 Classe P 7 Classe P8
S2 S1 P1
6m < h ≤ 12m < h ≤ 23m < h ≤ 30m < h ≤ 80m < h ≤ 120m < h ≤
hs > 10m hs ≤ 10m h ≤ 6m 150m < h ≤ 250m
12m 23m 30m 80m 120m 150m
A Residencial A-1 a A-3 90 60 30 30 60 90 120 120 150 180
B Serviços de hospedagem B-1 e B-2 90 60 30 60 60 90 120 150 180 180
C-1 90 60 60 60 60 90 120 150 150 180
C Comercial varejista
C-2 e C-3 90 60 60 60 60 90 120 150 150 180
Serviços profissionais,
D pessoais e técnicos
D-1 a D-4 90 60 30 60 60 90 120 120 150 180

E Educacional e cultura física E-1 a E-6 90 60 30 30 60 90 120 120 150 180


F-1, F-2, F-5,
F-6, F-8, F-10 90 60 60 60 60 90 120 150 180 -
Locais de reunião de e F-11
F público
F-3, F-4 e F-7 90 60 Ver item A.2.3.3. 30 60 60 90 120 -
F-9 90 60 30 60 60 90 120 - - -
G-1 e G-2 não
abertos
90 60 30 60 60 90 120 120 150 180
lateralmente e
G Serviços automotivos G-3 a G-5
G-1 e G-2
abertos 90 60 30 30 30 30 60 120 120 150
lateralmente
H-1 e H-4 90 60 30 60 60 90 120 150 180 180
Serviços de saúde e
H institucionais H-2, H-3, H-5 e
90 60 30 60 60 90 120 150 180 180
H6
I-1 90 60 30 30 30 60 120 - - -
I Industrial I-2 120 90 30 30 60 90 120 - - -
I-3 120 90 60 60 90 120 120 - - -
J-1 60 30 Ver item A.2.3.4. 30 30 60 - - -

J Depósitos J-2 90 60 60 60 60 60 60 - - -
J-3 90 60 60 60 60 120 120 - - -
J-4 120 90 60 60 90 120 120 - - -
L Explosivos L-1, L-2 e L-3 120 120 120 - - - -
M-1 150 150 150 - - - -
M-2 - 120 120 - - - - - -
M Especial
M-5 120 90 60 60 90 120 - - - -
M-3 120 90 90 90 120 120 120 150 - -
K Energia K-1 120 90 90 90 120 120 120 150 - -
NOTAS:
1) Casos não enquadrados serão definidos pelo SSCI do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo;
2) O TRRF dos subsolos e sobressolos não pode ser inferior ao TRRF dos pavimentos situados acima do solo (ver item 5.12);
3) Para indústria ou depósito com inflamáveis, considerar I-3 e J-4, respectivamente.
ANEXO C
Tabela de resistência ao fogo para alvenaria
ANEXO D
Tabela de resistência ao fogo de paredes em chapas de gesso para drywall

Altura Máxima da Resistência ao fogo CF


Espessura parede em m (corta fogo)
Designação das paredes Largura da Distância entre Chapas de Gesso
total da
Itens conforme norma ABNT estrutura em montantes em
parede em Montantes Tipo de chapas
NBR15.758 mm mm
mm
Quantidade Espessura Simples Duplo ST ou RU RF

1 73/48/600/1CH 12,5 - 1CH 12,5 73 48 600 2 12,5 2,50 2,90 CF30 CF30

2 73/48/400/1CH 12,5 - 1CH 12,5 73 48 400 2 12,5 2,70 3,25 CF30 CF30

3 98/48/600/2CH 12,5 - 2CH 12,5 98 48 600 4 12,5 2,90 3,50 CF60 CF90

4 98/48/400/2CH 12,5 - 2CH 12,5 98 48 400 4 12,5 3,20 3,80 CF60 CF90

5 108/48/600/2CH 15 - 2CH 15 108 48 600 4 15 3,00 3,60 CF90 CF120

6 108/48/400/2CH 15 - 2CH 15 108 48 400 4 15 3,30 3,90 CF90 CF120

7 95/70/600/1CH 12,5 - 1CH 12,5 95 70 600 2 12,5 3,00 3,60 CF30 CF30

8 95/70/400/1CH 12,5 - 1CH 12,5 95 70 400 2 12,5 3,30 4,05 CF30 CF30

9 120/70/600/2CH 12,5 - 2CH 12,5 120 70 600 4 12,5 3,70 4,40 CF60 CF90

10 120/70/400/2CH 12,5 - 2CH 12,5 120 70 400 4 12,5 4,10 4,80 CF60 CF90

11 130/70/600/2CH 15 - 2CH 15 130 70 600 4 15 3,80 4,50 CF90 CF120

12 130/70/400/2CH 15 - 2CH 15 130 70 400 4 15 4,20 4,90 CF90 CF120


13 115/90/600/1CH 12,5 - 1CH 12,5 115 90 600 2 12,5 3,50 4,15 CF30 CF30

14 115/90/400/1CH 12,5 - 1CH 12,5 115 90 400 2 12,5 3,85 4,60 CF30 CF30

15 140/90/600/2CH 12,5 - 2CH 12,5 140 90 600 4 12,5 4,20 5,00 CF60 CF90

16 140/90/400/2CH 12,5 - 2CH 12,5 140 90 400 4 12,5 4,60 5,50 CF60 CF90

17 150/90/600/2CH 15 - 2CH 15 150 90 600 4 15 4,30 5,10 CF90 CF120

18 150/90/400/2CH 15 - 2CH 15 150 90 400 4 15 4,70 5,60 CF90 CF120


19 160/48/600/DEL/2CH 12,5 - 2CH 12,5 160 48 600 4 12,5 4,90 5,80 CF60 CF90

20 160/48/400/DEL/2CH 12,5 - 2CH 12,5 160 48 400 4 12,5 5,50 6,50 CF60 CF90
Legenda:
CH = Chapa de Gesso ST = Standard RU = Resistente a umidade RF = Resistente ao fogo
Notas:
1) Especificações e execução de acordo com a norma ABNT 15.758.
2) Exigir atestado de qualificação do PSQ Drywall (Programa Setorial da Qualidade) do PBQP-H.
3) Será admitido o uso de parede de “drywall” com alturas superiores a 6,5 m em compartimentações de áreas, desde que seja apresentado atestado da empresa fabricante do drywall especificando a altura limite que pode ser
executada a parede; a tipologia (características construtivas) e o tempo de resistência ao fogo correspondente.
4) As chapas, ST (standard – cor branca), RU (resistente a umidade – cor verde) e RF (resistente ao fogo – cor rosa), possuem resistência ao fogo quando atenderem os parâmetros da parede de gesso conforme tabela acima.
ANEXO E
Procedimento para redução do TRRF

O tempo equivalente a ser determinado de acordo com a formulação abaixo não poderá ter valores menores de TRRF conforme o
especificado no item 5.3 (e subitens) desta IT. A redução de TRRF desse está limitada a 30 min dos valores dos TRRF constantes
no anexo B (ver item 5.3).
teq = 0,07 qfi 𝐧 𝐬 W (Eq. 01)
Onde:
teq – tempo equivalente (minutos).
qfi – é o valor da carga de incêndio específica do compartimento analisado em MJ/m² e determinada conforme a IT 14.
n – é o produto n1 x n2 x n3 que são fatores adimensionais que levam em conta a presença de medidas de proteção ativa da
edificação e determinados conforme a Tabela D1.
s – é o produto s1 x s2 que são fatores adimensionais que dependem do risco de incêndio e determinados, respectivamente,
pela equação D2 e Tabela D2.
W – é um fator adimensional associado à ventilação do ambiente e à altura do compartimento analisado, determinado conforme
equação D3.
Tabela D1: Fatores das medidas de segurança contra incêndio
Valores de n1 x n2 x n3
Existência de chuveiros automáticos (n1) Brigada contra incêndio (n2) Existência de detecção automática (n3)
0,60 0,90 0,90
Nota: Na ausência de algum meio de proteção indicado na tabela acima, adotar o respectivo n igual a 1.
Característica da edificação (s1 )
Af (h+3)
s1 =1+ 105
(Eq. D2)
Onde:
1 ≤ s1 ≤ 3;
Af – área de piso do compartimento analisado (m²);
h – altura do piso habitável mais alto do edifício (m).
Tabela D2: Risco de ativação (s2 )

Valores de s2 Risco de ativação do incêndio Exemplos de ocupação

0,85 Pequena Escola, galeria de arte, parque aquático, igreja, museu


Biblioteca, cinema, correio, consultório médico, escritório, farmácia,
frigorífico, hotel, livraria, hospital, laboratório fotográfico, indústria de papel,
1,0 Normal oficina elétrica ou mecânica, residência, restaurante, teatro, depósitos de:
produtos farmacêuticos, bebidas alcoólicas, supermercado, venda de
acessórios de automóveis, depósitos em geral
1,2 Média Montagem de automóveis, hangar, indústria mecânica
1,5 Alta Laboratório químico, oficina de pintura de automóveis
Nota: As ocupações não relacionadas poderão ser enquadradas por similaridade.

4
Av
90 (0,4 -
6 0,3
)
Af
W= ( ) [0,62 + Av Ah
] ≥ 0,5 (Eq. D3)
H 1 + 12,5 (1 + 10 )
Af Af

Nota:
Av
Limites de aplicação da Eq. D3: 0,025 ≤ ≤ 0,50
Af

Onde:
H – altura do compartimento (m);
Av – área de ventilação vertical (janelas, portas e similares) (m²);
Ah – área de ventilação horizontal – piso (m²);
Af – área de piso do compartimento analisado (m²).
ANEXO F
Tabela de Proteção da Estrutura

SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORPO DE BOMBEIROS
TABELA DE PROTEÇÃO DA ESTRUTURA
IDENTIFICAÇÃO
Logradouro público:
N.º. Complemento:
Bairro: Município: UF: SP
Proprietário: e-mail: Fone: ( )
Responsável pelo uso e-mail: Fone: ( )
Responsável Técnico:
Número do registro do profissional: e-mail:
Fone: ( )
Uso, divisão e descrição:
TABELA DE CÁLCULO DA ESPESSURA DO REVESTIMENTO DAS ESTRUTURAS
MATERIAL UTILIZADO:
TRRF:
PERFIL PERÍMETRO(m²) ÁREA FATOR DE FORMA (m-¹) ESPESSURA *
V1
V2
V3
.
.
.
Vn

P1
P2
P3
.
.
.
Pn
Memorial de Cálculo:
Fórmula: FF = P/A
FF = fator de forma; P = perímetro; e A = área
* Espessura do produto seco (DFT = Dry Film Thickness)
Anexar: Comprovante de Responsabilidade Técnica + Carta de Cobertura + Ensaio (relatório)
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Ass. do Técnico Responsável


(Certificação digital)
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 10/2019

Controle de materiais de acabamento e de revestimento

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Tabelas de classificação dos materiais


2 Aplicação B Tabela de utilização dos materiais conforme
3 Referências normativas e bibliográficas classificação das ocupações
C Exemplos de aplicação
4 Definições
5 Procedimentos
6 Apresentação em Projeto Técnico e solicitação de
vistorias
7 Exigências aplicadas aos substratos
8 Exigências para materiais com aplicação superficial de
produtos retardantes de chama e/ou inibidores de
fumaça
9 Impossibilidade de aplicação do método da NBR 9442
10 Materiais dispensados da avaliação do CMAR

Atualizada pela Portaria nº CCB 021/800/20 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 132, de 04 de julho de 2020
1 OBJETIVO 4.1.5 circo pequeno: circo com área de projeção de
cobertura, excluindo área de recepção, de até 750 m2;
1.1 Estabelecer parâmetros aos materiais de acabamento e
4.1.6 circo médio: circo com área de projeção de cobertura,
de revestimento empregados nas edificações, para restringir a
excluindo área de recepção, entre 751 e 1.250 m2;
propagação de fogo e desenvolvimento de fumaça,
atendendo ao previsto no Regulamento de segurança contra 4.1.7 circo grande: circo com área de projeção de cobertura,
incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São excluindo área de recepção, a partir de 1.251 m2.
Paulo.
5 PROCEDIMENTOS
2 APLICAÇÃO 5.1 Controle de materiais de acabamento e de
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as revestimento (CMAR):
edificações onde são exigidos controles de materiais de 5.1.1 O CMAR empregado nas edificações destina-se a
acabamento e de revestimento conforme ocupações e usos estabelecer padrões para o não surgimento de condições
constantes da Tabela B.1 (Anexo B). propícias do crescimento e da propagação de incêndios, bem
como da geração de fumaça.
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
5.1.2 Deve ser exigido o CMAR em razão da ocupação da
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS edificação e em função da posição dos materiais de
(ABNT). NBR 8660 – Revestimento de piso – determinação acabamento, materiais de revestimento e materiais termo
da densidade crítica de fluxo de energia térmica – método de acústicos, visando:
ensaio.
a. piso;
_______.NBR 9442 – Materiais de construção – determinação
do índice de propagação superficial de chama pelo método do b. paredes/divisórias;
painel radiante – método de ensaio. c. teto/forro;
_______.NBR 16650-1 – Circos – Parte 1: Terminologia e d. cobertura.
classificação.
5.1.3 As exigências quanto à utilização dos materiais serão
_______.NBR 16650-2 – Circos – Parte 2: Requisitos de requeridas conforme a classificação da Tabela B, incluindo as
projeto. disposições estabelecidas nas respectivas notas genéricas.
ASTM E 662 – Standard test method for specific optical
5.1.4 Os métodos de ensaio que devem ser utilizados para
density of smoke generated by solid materials.
classificar os materiais com relação ao seu comportamento
ISO 1182 – Buildings materials – non – combustibility test. frente ao fogo (reação ao fogo) seguirão os padrões indicados
BS EN 13823:2002 – Reaction to fire tests for building nas Tabelas A.1, A.2 e A.3.
products – Building products excluding floorings exposed to
5.1.5 O CMAR não será exigido nas edificações com área
the thermal attack by a single burning item.
menor ou igual a 750 m2 e altura menor ou igual a 12 m nos
BS EN ISO 11925-2 – Reaction to fire tests – Ignitability of grupos/divisões: A, C, D, E, G, F-9, F-10, H-1, H-4, H-6, I, J.
building products subjected to direct impingement of flame –
Part 2: Single-flame source test. 6 APRESENTAÇÃO EM PROJETO TÉCNICO E
SOLICITAÇÃO DE VISTORIAS
4 DEFINIÇÕES
6.1 Quando da apresentação do Projeto Técnico, devem ser
4.1 Além das definições constantes da IT 03 – Terminologia indicadas em planta baixa e respectivos cortes,
de segurança contra incêndio, aplicam-se as definições correspondentes a cada ambiente, ou em notas específicas,
específicas abaixo: as classes dos materiais de piso, parede, teto e forro (vide
4.1.1 materiais de revestimento: todo material ou conjunto de Anexo “C”).
materiais empregados nas superfícies dos elementos
6.2 A responsabilidade do controle de materiais de
construtivos das edificações, tanto nos ambientes internos
acabamento e de revestimento nas áreas comuns e locais de
como nos externos, com finalidades de atribuir características
estéticas, de conforto, de durabilidade etc. Incluem-se como reunião de público deve ser do responsável técnico, sendo a
material de revestimento, os pisos, forros e as proteções manutenção destes materiais de responsabilidade do
térmicas dos elementos estruturais; proprietário ou responsável pelo uso da edificação.

4.1.2 materiais de acabamento: todo material ou conjunto de 6.2.1 Na solicitação da vistoria deve apresentar a
materiais utilizados como arremates entre elementos comprovação de responsabilidade técnica do Emprego de
construtivos (rodapés, mata-juntas, golas etc.); Materiais de Acabamento e de Revestimento.
4.1.3 materiais termo acústicos: todo material ou conjunto de 6.2.1.1 Para edificações do Grupo “F”, com lotação superior a
materiais utilizados para isolação térmica e/ou acústica; 250 pessoas, além do comprovante de responsabilidade
técnica, deve ser apresentado, na vistoria, laudo de ensaio
4.1.4 circo: espaço para realização de espetáculos culturais e dos materiais de acabamento e de revestimento elaborado
artístico com estrutura móvel, itinerante ou não, com ou sem por laboratório independente, conforme tabelas dos Anexos
animais, voltado para o entretenimento; “A” e “B”.
6.2.2 O mesmo procedimento se aplica aos materiais que por base da classificação dos materiais é a NBR 9442 – Materiais
ocasião da vistoria de renovação do AVCB não existiam na de construção – determinação do índice de propagação
vistoria anterior. superficial de chama pelo método do painel radiante – método
6.3 Quando o material empregado for incombustível (Classe de ensaio, entretanto para as situações mencionadas a seguir
I), não haverá necessidade de apresentar documento este método não é apropriado:
comprobatório de responsabilidade técnica do Emprego de 9.1.1 quando ocorre derretimento ou o material sofre retração
Materiais de Acabamento e de Revestimento. abrupta afastando-se da chama-piloto;

7 EXIGÊNCIAS APLICADAS AOS SUBSTRATOS 9.1.2 quando o material é composto por miolo combustível
protegido por barreira incombustível ou que pode se
7.1 Os ensaios para classificação dos materiais devem desagregar;
considerar a maneira como são aplicados na edificação e o
9.1.3 materiais compostos por diversas camadas de materiais
relatório conclusivo deve reproduzir os resultados obtidos.
combustíveis apresentando espessura total superior a 25 mm;
Caso o material seja aplicado sobre substrato combustível,
este deve ser incluído no ensaio. Caso o material seja 9.1.4 materiais que na instalação formam juntas, através das
aplicado a um substrato incombustível, o ensaio pode ser quais, especialmente, o fogo pode propagar ou penetrar.
realizado utilizando-se substrato de placas de fibrocimento de 9.2 Para os casos enquadrados nas situações acima, a
6 a 8 mm de espessura. classificação dos materiais deve ser feita de acordo com o
padrão indicado na Tabela A.3.
8 EXIGÊNCIAS PARA MATERIAIS COM APLICAÇÃO
SUPERFICIAL DE PRODUTOS RETARDANTES DE 10 MATERIAIS DISPENSADOS DA AVALIAÇÃO DO
CHAMA OU INIBIDORES DE FUMAÇA CMAR
8.1 O tempo de validade dos benefícios obtidos pela 10.1 Materiais como vidro, concreto, gesso, produtos
aplicação dos produtos retardantes de chama ou inibidores de cerâmicos, pedra natural, alvenaria, metais e ligas metálicas,
fumaça deve ser declarado pelo fornecedor ou fabricante dentre outros, são considerados incombustíveis.
destes produtos, considerando o material que está sendo
protegido e o tipo de aplicação utilizada. 10.2 Pisos de madeira maciça, na forma de tábuas ou tacos,
mesmo que envernizados, estão dispensados da avaliação do
9 IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO MÉTODO DA CMAR admitindo-se, genericamente, que se enquadrem na
NBR 9442 Classe II-A.
9.1 O método de ensaio de reação ao fogo utilizado como
ANEXO A
Tabelas de classificação dos materiais
Tabela A.1 - Classificação dos materiais de revestimento de piso
Método de
ensaio EN ISO 11925-2
ISO 1182 NBR 8660 ASTM E 662
(exposição = 15 s)
Classe

Incombustível
ΔT ≤ 30°C
I - - -
Δm ≤ 50%
tf ≤ 10s

A Combustível Fluxo Crítico ≥ 8,0 kW/m² FS ≤ 150 mm em 20 s Dm ≤ 450


II
B Combustível Fluxo Crítico ≥ 8,0 kW/m² FS ≤ 150 mm em 20 s Dm > 450
A Combustível Fluxo Crítico ≥ 4,5 kW/m² FS ≤ 150 mm em 20 s Dm ≤ 450
III
B Combustível Fluxo Crítico ≥ 4,5 kW/m² FS ≤ 150 mm em 20 s Dm > 450

A Combustível Fluxo Crítico ≥ 3,0 kW/m² FS ≤ 150 mm em 20 s Dm ≤ 450


IV
B Combustível Fluxo Crítico ≥ 3,0 kW/m² FS ≤ 150 mm em 20 s Dm > 450
A Combustível Fluxo Crítico < 3,0 kW/m² FS ≤ 150 mm em 20 s Dm ≤ 450
V
B Combustível Fluxo Crítico < 3,0 kW/m² FS ≤ 150 mm em 20 s Dm > 450

VI Combustível - FS > 150 mm em 20 s -


Notas:
Fluxo crítico – Fluxo de energia radiante necessário à manutenção da frente de chama no corpo de prova.
FS – Tempo em que a frente da chama leva para atingir a marca de 150 mm indicada na face do material ensaiado.
Dm – Densidade óptica específica máxima corrigida.
ΔT – Variação da temperatura no interior do forno.
Δm – Variação da massa do corpo de prova.
tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova.

Tabela A.2 - Classificação dos materiais exceto revestimentos de piso

Notas:
Ip – Índice de propagação superficial de chama.
Dm – Densidade óptica específica máxima.
ΔT – Variação da temperatura no interior do forno.
Δm – Variação da massa do corpo de prova.
tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova.
Tabela A.3 - Classificação dos materiais especiais que não podem ser
caracterizados através da NBR 9442 (exceto revestimentos de piso)

Notas:
FIGRA – Índice da taxa de desenvolvimento de calor.
LFS – Propagação lateral da chama.
THR600s – Liberação total de calor do corpo de prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas.
TSP600s – Produção total de fumaça do corpo de prova nos primeiros 600 s de exposição às chamas.
SMOGRA – Taxa de desenvolvimento de fumaça, correspondendo ao máximo do quociente de produção de fumaça do corpo de prova e o tempo de sua ocorrência.
FS – Tempo em que a frente da chama leva para atingir a marca de 150 mm indicada na face do material ensaiado.
ΔT – Variação da temperatura no interior do forno.
Δm – Variação da massa do corpo de prova.
tf – Tempo de flamejamento do corpo de prova.
ANEXO B
Tabela de utilização dos materiais conforme classificação das ocupações
Tabela B.1 - Classe dos materiais a serem utilizados considerando o grupo/divisão
da ocupação/uso em função da finalidade do material
Finalidade do Material

Piso Parede e Divisória Teto e forro Fachada


(Acabamento1/ (Acabamento2/ (Acabamento/ (Acabamento/
Revestimento) Revestimento) Revestimento) Revestimento)

A-35 e
Classe I, II-A, III-A, IV-A Classe I, II-A, III-A, Classe I, II-A,
Condomínios
ou V-A7 ou IV-A8 ou III-A6
Residenciais5
B, D, E, G, H,
I-1, J-14, J-2,
Classe I, II-A, III-A, Classe I, II-A,
Grupo/ C-1, F-1, F-2, Classe I, II-A
ou IV-A ou III-A9 Classe I a II-B
Divisão F-3, F-4, F-6,
F-8, F-9, F-10
C-2, C-3, F-5,
F-7, F-11, I-2, Classe I, II-A, III-A,
Classe I, II-A Classe I, II-A
I-3, J-3, J-4, ou IV-A
L-1, M-23 e M-3
Notas específicas:
1) Incluem-se os cordões, rodapés e arremates;
2) Excluem-se as portas, janelas, cordões e outros acabamentos decorativos com área inferior a 20% da parede onde estão aplicados;
3) Somente para líquidos e gases combustíveis e inflamáveis acondicionados;
4) Exceto edificação térrea;
5) Somente para edificações com altura superior a 12 metros;
6) Exceto para cozinhas que serão Classe I ou II-A;
7) Exceto para revestimentos que serão Classe I, II-A, III-A ou IV-A;
8) Exceto para revestimentos que serão Classe I, II-A ou III-A;
9) Exceto para revestimentos que serão Classe I ou II-A.
Notas genéricas:
a – Os materiais de acabamento e de revestimento das coberturas de edificações devem enquadrar-se entre as Classes I a III-B, exceto para as divisões C-2, C-3, F-
5, F-7, F-11, I-2, I-3, J-3, J-4, L, M-2 e M-3 que devem enquadrar-se entre as Classes I a II-B;
b – Os materiais isolantes termoacústicos não aparentes que podem contribuir para o desenvolvimento do incêndio, como por exemplo: espumas plásticas protegidas
por materiais incombustíveis, lajes mistas com enchimento de espumas plásticas protegidas por forro ou revestimentos aplicados diretamente, forros em grelha
com isolamento termoacústico envoltos em filmes plásticos e assemelhados devem enquadrar-se entre as Classes I a II-A, quando aplicados junto ao teto/forro ou
paredes, exceto para as divisões A2, A3 e Condomínios residenciais que será Classe I, II-A ou III-A, quando aplicados nas paredes;
c – Os materiais isolantes termoacústicos aplicados nas instalações de serviço, em redes de dutos de ventilação e ar-condicionado e em cabines ou salas de
equipamentos, aparentes ou não, devem enquadrar-se entre as Classes I a II–A;
d – Componentes construtivos onde não são aplicados revestimentos e acabamentos em razão de já se constituírem em produtos acabados, incluindo-se divisórias,
telhas, forros, painéis em geral, face inferior de coberturas, entre outros, também estão submetidos aos critérios da Tabela “B”;
e – Determinados componentes construtivos que podem expor-se ao incêndio em faces não voltadas para o ambiente ocupado, como é o caso de pisos elevados,
forros, revestimentos destacados do substrato, devem atender aos critérios da Tabela “B” para ambas as faces;
f – Materiais de proteção de elementos estruturais, juntamente com seus revestimentos e acabamentos, devem atender aos critérios dos elementos
construtivos onde estão inseridos, ou seja, de tetos para as vigas, e de paredes para pilares;
g – Materiais empregados em subcoberturas com finalidades de estanqueidade e de conforto termoacústico devem atender os critérios da Tabela “B” aplicados a tetos e
a superfície inferior da cobertura, mesmo que escondidas por forro;
h – Coberturas de passarelas e toldos instalados no pavimento térreo, estarão dispensados de CMAR, desde que não apresentem área superficial superior a 50,00 m2
e que a área de cobertura não possua materiais incombustíveis;
i – As circulações (corredores protegidos), que dão acesso às saídas de emergência enclausuradas, devem possuir CMAR Classe I ou Classe II – A (Tabela “A”) e as
saídas de emergência (escadas, rampas etc.) Classe I ou Classe II – A, com Dm ≤ 100 (Tabela “A”);
j – Os materiais utilizados como revestimento, acabamento e isolamento termoacústico, no interior dos poços de elevadores, monta-cargas e shafts, devem ser
enquadrados na Classe I ou Classe II – A, com Dm ≤ 100 (Tabela “A”);
k - As lonas para cobertura de barracas, feiras livres, estandes de exposição e eventos temporários em geral podem ser classe IV-B, desde que sejam instaladas em
caráter temporário, permaneçam em local descoberto, sejam abertas lateralmente, no mínimo, em 50% de seu perímetro, para permitir a ventilação natural e os
ocupantes não percorram mais do que 15 metros até o exterior (local descoberto), independente da lotação. Ne ste caso, fica dispensada a apresentação de laudo
técnico para comprovação do CMAR, sendo exigida apenas o comprovante de responsabilidade técnica. Nos demais casos, desde que sejam instaladas em caráter
temporário, as lonas plásticas reforçadas devem classificar-se, no mínimo, como III-A.
m – Para os circos pequenos e médios, quanto ao tamanho, conforme ABNT NBR 16650-1, os materiais de cobertura, tapamento lateral e divisões internas poderão
ser da classe IV-A, devendo ter índice de propagação superficial de chama (Ip) menor ou igual a 150, conforme a ABNT NBR 9442, e densidade óptica específica de
fumaça (DM) igual ou inferior a 450, conforme a ASTM E662
n - Para os circos grandes, quanto ao tamanho, conforme ABNT NBR 16650-1, os materiais de cobertura, tapamento lateral e divisões internas poderão ser da
classe III-A, devendo ter índice de propagação superficial de chama (Ip) menor ou igual a 75, conforme a ABNT NBR 9442, e densidade óptica específica de fumaça
(DM) igual ou inferior a 450, conforme a ASTM E662.
o - Cortinas e móveis estofados, mesmo que fixos, não são objeto dessa Instrução Técnica.
ANEXO C
Exemplos de aplicações
Modelo 1
ANEXO C
Exemplos de aplicações (cont.)
Modelo 2

Modelo 3
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº. 11/2019

Saídas de emergência

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Tabela 1–Dados para o dimensionamento das saídas de


2 Aplicação emergência
3 Referências normativas e bibliográficas B Tabela 2–Distâncias máximas a serem percorridas
4 Definições C Tabela 3–Tipos de escadas de emergência por
5 Procedimentos ocupação

Atualizada pela Portaria nº CCB 021/800/20 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 132, de 04 de julho de 2020
1 OBJETIVO _______. NBR 10898 - Sistemas de iluminação de emergência.
Rio de Janeiro: ABNT;
1.1 Estabelecer os requisitos mínimos necessários para o
dimensionamento das saídas de emergência, para que sua _______. NBR 11742 - Porta corta-fogo para saídas de
população possa abandonar a edificação, em caso de incêndio emergência. Rio de Janeiro: ABNT;
ou pânico, completamente protegida em sua integridade física _______. NBR 11785 - Barra antipânico – requisitos. Rio de
e permitir o acesso de guarnições de bombeiros para o Janeiro: ABNT;
combate ao fogo ou retirada de pessoas, atendendo ao previsto
_______. NBR 13434 - Sinalização de segurança contra
no Regulamento de Segurança contra incêndio e áreas de
incêndio e pânico – Parte 1: Princípios de projeto. Rio de
risco. Janeiro: ABNT;
2 APLICAÇÃO _______. NBR 13434 - Sinalização de segurança contra
incêndio e pânico – Parte 2: Símbolos e suas formas,
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as
dimensões e cores. Rio de Janeiro: ABNT;
edificações, exceto para as ocupações destinadas às divisões
F-3 e F-7, com população total superior a 2.500 pessoas, onde _______. NBR 13434 - Sinalização de segurança contra
deve ser aplicada a IT 12 – Centros esportivos e de exibição – incêndio e pânico –Parte 3: Requisitos e método de ensaio. Rio
Requisitos de segurança contra incêndio. de Janeiro: ABNT;

Nota: _______. NBR 13768 - Acessórios destinados a PCF para


Para a classificação das ocupações constantes desta IT, consultar a saídas de emergência. Rio de Janeiro: ABNT;
Tabela 1 do Regulamento de Segurança contra incêndio. _______. NBR 14718 - Guarda-corpos para edificação. Rio de
Janeiro: ABNT;
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
NFPA 101 - Life Safety Code.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 5
de outubro de 1988, Brasília: Senado Federal, 2016; The Building Regulations, 1991 Edition. Means of Escape.
_______. Lei Federal nº 10.048, de 08 de novembro de 2000. BS 7941-1- Methods for measuring the skid resistance of
Dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e dá pavement surfaces.
outras providências.
Japan International Cooperation Agency, tradução do
_______. Lei Federal nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Código de Segurança Japonês pelo Corpo de Bombeiros do
Estabelece normas gerais e critérios básicos para promoção da Distrito Federal, volume 1, edição de março de 1994.
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida e dá outras providências. 4 DEFINIÇÕES

_______. Lei Federal nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Institui 4.1 Para os efeitos desta Instrução Técnica aplicam-se as
a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência definições constantes da IT 03 – Terminologia de segurança
(Estatuto da Pessoa com Deficiência). contra incêndio.
_______. Lei Federal nº 13.443, de 11 de maio de 2017. Altera 5 PROCEDIMENTOS
a Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, para estabelecer
a obrigatoriedade da oferta, em espaços de uso público, de
5.1 Classificação das edificações
brinquedos e equipamentos de lazer adaptados para utilização
por pessoas com deficiência, inclusive visual, ou com 5.1.1 Para os efeitos desta Instrução Técnica, as edificações
mobilidade reduzida. são classificadas quanto à ocupação e à altura conforme o
_______. Decreto nº 5.296, de 02 de dezembro de 2004. Regulamento de Segurança contra incêndio.
Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000,
que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 5.2 Componentes da saída de emergência
Lei Federal nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que 5.2.1 A saída de emergência compreende de:
estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção
da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou a. acessos ou corredores;
com mobilidade reduzida, e dá outras providências. b. rotas de saídas horizontais, quando houver, e
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS respectivas portas ou espaço livre exterior, nas
(ABNT). NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão. Rio edificações térreas ou no pavimento de saída/descarga
de Janeiro: ABNT; das pessoas nas edificações com mais de um pavimento;
c. escadas ou rampas;
_______. NBR NM 207 - Elevadores elétricos de passageiros.
Rio de Janeiro: ABNT; d. descarga;
e. elevador de emergência.
_______. NBR 6479 - Portas e vedadores – determinação da
resistência ao fogo. Rio de Janeiro: ABNT;
5.3 Cálculo da população
_______. NBR 7199 - Projeto, execução e aplicações de vidros
5.3.1 As saídas de emergência são dimensionadas em função
na construção civil. Rio de Janeiro: ABNT;
da população da edificação.
_______. NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário,
5.3.2 A população de cada pavimento da edificação é
espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT;
calculada pelos coeficientes da Tabela 1 do Anexo “A” desta IT,
_______. NBR 9077 - Saídas de emergências em edifícios. Rio considerando a classificação das edificações e áreas de risco
de Janeiro: ABNT; quanto à ocupação.
5.3.3 Exclusivamente para o cálculo da população, devem ser 5.4.2 Larguras mínimas a serem adotadas
incluídas nas áreas de pavimento:
As larguras mínimas das saídas de emergência para acessos,
a. as áreas de terraços, sacadas, beirais e platibandas, escadas, rampas ou descargas, devem ser de
excetuadas aquelas pertencentes às edificações dos 1,2 m, para as ocupações em geral, ressalvando o disposto
grupos de ocupação A, B e H; abaixo:
b. as áreas totais cobertas das edificações F-3, F-6, e F-11 a. 1,65 m, correspondente a 3 unidades de passagem de
inclusive canchas e assemelhados; 0,55 m, para as escadas, os acessos (corredores e
c. as áreas de escadas, rampas e assemelhados, no caso passagens) e as descargas, nas ocupações do Grupo H,
de edificações dos Grupos F-3, F-6, F-7e F-11, quando, Divisões H-2 e H-3;
em razão de sua disposição em planta, esses lugares b. 1,65 m, correspondente a 3 unidades de passagem de
puderem, eventualmente, ser utilizados como 0,55 m, para as rampas, acessos (corredores e
arquibancadas. passagens) e descarga, nas ocupações do Grupo H,
5.3.4 Exclusivamente para o cálculo da população, podem ser Divisão H-2;
excluídas nas áreas de pavimento: c. 2,20 m, correspondente a 4 unidades de passagem de
0,55 m, para as rampas, acessos às rampas (corredores
a. as áreas de sanitários para todas as ocupações;
e passagens) e descarga das rampas, nas ocupações do
b. corredores e elevadores nas ocupações D e E; Grupo H, Divisão H-3.
c. áreas de elevadores nas ocupações C e F;
5.4.3 Exigências adicionais sobre largura de saídas
d. espaços ocupados por brinquedos, na divisão F-6 –
Salões de festas (buffet). 5.4.3.1 A largura das saídas deve ser medida em sua parte
e. Espaços ocupados por equipamentos destinados à mais estreita, não sendo admitidas saliências de alizares,
atividades físicas na divisão E-3 – Espaço para cultura pilares e outros, com dimensões maiores que as indicadas na
física. Figura 1, e estas somente em saídas com largura superior a
1,20 m.
5.4 Dimensionamento das saídas de emergência
5.4.1 Largura das saídas

5.4.1.1 A largura das saídas deve ser dimensionada em


função do número de pessoas que por elas deva transitar,
observados os seguintes critérios:
a. os acessos são dimensionados em função dos
pavimentos que sirvam à população;
b. as escadas, rampas e descargas são dimensionadas em Figura 1: Medida da largura em corredores e passagens
função do pavimento de maior população, o qual
determina as larguras mínimas para os lanços 5.4.3.2 As portas que abrem para dentro de rotas de saída, em
correspondentes aos demais pavimentos, considerando- ângulo de 180º, em seu movimento de abrir, no sentido do
se o sentido da saída. trânsito de saída, não podem diminuir a largura efetiva destas
em valor menor que a metade (Figura 2), sempre mantendo
5.4.1.2 A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, uma largura mínima livre de 1,20 m para as ocupações em
descargas, é dada pela seguinte fórmula: geral e de 1,65 m para as divisões H-2 e H-3
P 5.4.3.3 As portas que abrem no sentido do trânsito de saída,
N=
C para dentro de rotas de saída, em ângulo de 90º, devem ficar
N = Número de unidades de passagem, arredondado para em recessos de paredes, de forma a não reduzir a largura
número inteiro imediatamente superior. efetiva em valor maior que 0,10 m (figura 2).

P = População, conforme coeficiente da Tabela 1 (Anexo “A”)


e critérios das seções 5.3 e 5.4.
C = Capacidade da unidade de passagem conforme Tabela
1(Anexo A).
Notas:
1) Unidade de passagem: largura mínima para a passagem de um fluxo
de pessoas, fixada em 0,55 m;
2) Capacidade de uma unidade de passagem: é o número de pessoas
Figura 2: Abertura das portas no sentido de saída
que passa por esta unidade em 1 minuto;
3) A largura mínima da saída é calculada pela multiplicação do N pelo
5.4.3.4 Nas edificações do Grupo F com capacidade acima de
fator 0,55, resultando na quantidade, em metros, da largura mínima
300 pessoas serão obrigatórias, no mínimo, duas saídas de
total das saídas.
emergência com afastamento mínimo de 10 m entre elas,
5.4.1.2.1 No cálculo da largura das saídas deve ser atendida a atendendo sempre às distâncias máximas a serem percorridas.
metragem total calculada na somatória das larguras, quando
5.4.3.5 Nas edificações do Grupo F, quando exigidas duas
houver mais de uma saída, aceitando-se somente o que for
saídas, se não houver possibilidade de afastamento de 10 m
múltiplo de 0,55 (1 UP).
entre as saídas, admite-se saída única no pavimento, ou mais
de uma saída com menos de 10 m entre elas, se atenderem a
no mínimo, 1,5 vezes a largura mínima necessária ao 5.5.2.2.1 No caso das distâncias máximas a serem percorridas
escoamento da população. para as rotas de fuga que não foram definidas no projeto
arquitetônico, como, por exemplo, escritórios de plano espacial
5.5 Acessos aberto e galpões sem o arranjo físico interno (leiaute), devem
ser consideradas as distâncias diretas comparadas aos limites
5.5.1 Generalidades da Tabela 2 (Anexo B), nota b, reduzidas em 30%.
5.5.1.1 Os acessos devem satisfazer às seguintes condições: 5.5.2.3 Nas ocupações do Grupo J, em que as áreas de
a. permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes da depósitos sejam automatizadas e sem presença humana, a
edificação; exigência de distância máxima a ser percorrida pode ser
desconsiderada.
b. permanecer desobstruídos em todos os pavimentos;
c. ter larguras de acordo conforme o estabelecido no item 5.5.2.4 Nas áreas técnicas (locais destinados a equipamentos,
5.4; sem permanência humana e de acesso restrito) a distância
d. ter pé-direito mínimo de 2,30 m, com exceção de máxima a ser percorrida é de 140 m.
obstáculos representados por vigas, vergas de portas e 5.5.3 Saídas nos pavimentos
outros, cuja altura mínima livre deve ser de 2,10m;
e. ser sinalizados e iluminados (iluminação de emergência) 5.5.3.1 A quantidade de saídas de emergência e escadas
com indicação clara do sentido da saída, de acordo com depende do cálculo da população, da largura das escadas, dos
o estabelecido na IT 18 – Iluminação de emergência e na parâmetros de distância máxima a percorrer (Tabela 2 – Anexo
IT 20 – Sinalização de emergência. B) e da quantidade mínima de unidades de passagem para a
lotação prevista (Tabela 1).
5.5.1.2 Os acessos devem permanecer livres de quaisquer
obstáculos, tais como móveis, divisórias, locais para exposição 5.5.3.2 Os tipos de escadas exigidas para as diversas
de mercadorias e outros, de forma permanente, mesmo ocupações, em função da altura, encontram-se na Tabela 3
quando a edificação, esteja, supostamente fora de uso. (Anexo C).

5.5.1.3 É permitida a utilização de catraca na rota de fuga 5.5.3.3 Havendo necessidade de acrescer escadas, essas
desde que: devem ser do mesmo tipo que a exigida por esta Instrução
Técnica (Tabela 3);
a. o dispositivo seja liberado no caso de falha por falta de
energia da fonte principal, ou mediante o acionamento da 5.5.3.4 No caso de duas ou mais escadas de emergência, a
central de alarme de incêndio da edificação, de maneira distância de trajeto entre as suas portas de acesso deve ser,
que não obstrua o escoamento das pessoas; no mínimo, de 10 m, exceto quando o corredor de acesso
b. possua sistema de destravamento manual em local de possuir comprimento inferior a este valor.
vigilância permanente;
5.5.3.5 Nas edificações com altura acima de 36 m,
c. seja considerado, para fins de cálculo populacional, a independente do item 5.5.3.1, é obrigatória a quantidade
saída de no máximo 50% da lotação prevista para a mínima de duas escadas, exceto para grupo A-2. Nas
edificação. edificações da Divisão A-2, com altura acima de 80 m,
independente do item 5.5.3.1, é obrigatória a quantidade
5.5.1.3.1 Para fins de cálculo de lotação cada catraca pode
mínima de duas escadas.
proporcionar a saída de no máximo 50 pessoas;
5.5.3.6 As condições das saídas de emergência em
5.5.1.3.2 Quando a catraca for utilizada na rota de fuga deve
edificações com altura superior a 150 m devem ser analisadas
ser prevista saída alternativa com largura mínima de 1,20 m.
por Comissão Técnica, devido às suas particularidades e risco.
5.5.2 Distâncias máximas a serem percorridas
5.5.3.7 As escadas e rampas destinadas à circulação de
5.5.2.1 As distâncias máximas a serem percorridas para atingir pessoas provenientes dos subsolos das edificações devem ser
um local de relativa segurança (espaço livre exterior, área de compartimentadas com PCF P-90 em relação aos demais pisos
refúgio, área compartimentada que tenha pelo menos uma contíguos, independente da área máxima de
saída direta para o espaço livre exterior, escada protegida ou à compartimentação.
prova de fumaça e outros conforme conceito da IT 03), tendo
5.5.4 Portas de saídas de emergência
em vista o risco à vida humana decorrente do fogo e da fumaça,
devem considerar: 5.5.4.1 As portas das rotas de saídas e aquelas das salas com
a. o acréscimo de risco quando a fuga é possível em capacidade acima de 100 pessoas, em comunicação com os
apenas um sentido; acessos e descargas, devem abrir no sentido do trânsito de
saída (ver Figura 2).
b. a redução de risco em caso de proteção por chuveiros
automáticos, detectores ou controle de fumaça; 5.5.4.2 As portas que dividem corredores que compõem rotas
c. a redução de risco pela facilidade de saídas em de fuga, devem abrir no sentido do fluxo de saída.
edificações térreas.
5.5.4.3 A largura das portas, comuns ou corta-fogo, utilizadas
5.5.2.2 As distâncias máximas a serem percorridas para atingir nas rotas de saídas de emergências, devem ser
as portas de acesso às saídas das edificações e o acesso às dimensionadas como estabelecido no item 5.4. As portas
escadas ou às portas das escadas (nos pavimentos) constam devem ter as seguintes dimensões mínimas de vão luz:
da Tabela 2 (Anexo B) e devem ser consideradas a partir da
porta de acesso da unidade autônoma mais distante, desde a. 80 cm, valendo por 1 unidade de passagem;
que o seu caminhamento interno não ultrapasse 10 m. b. 1 m, valendo por 2 unidades de passagem;
c. 1,5 m, em duas folhas, valendo por 3 unidades de a. Acionamento do sistema de detecção e alarme;
passagem; b. Falta de energia elétrica, pane ou defeito do sistema.
d. 2 m, em duas folhas, valendo por 4 unidades de
passagem. 5.5.4.13 Portas e portões utilizados exclusivamente para
Notas: segurança patrimonial, podem ser admitidas nas saídas de
1)Porta com dimensão maior que 1,2 m deve ter duas folhas; emergência, em edificações com lotação superior a 100
2)Porta com dimensão maior ou igual a 2,2 m exige coluna central. pessoas, desde que atenda os seguintes requisitos:
a. devem permanecer abertas durante o funcionamento do
5.5.4.4 As portas das antecâmaras das escadas à prova de
estabelecimento mediante apresentação do termo de
fumaça e das paredes corta-fogo devem ser do tipo corta-fogo
responsabilidade de manutenção de portas abertas
(PCF), obedecendo à NBR 11742, no que lhe for aplicável.
conforme IT 01;
5.5.4.5 As portas das antecâmaras, escadas e similares b. as portas internas localizadas nas rotas de fuga e nas
devem ser providas de dispositivos mecânicos e automáticos, saídas de emergência devem abrir no sentido da fuga e
de modo a permanecerem fechadas, mas destrancadas no possuir barras antipânico, ressalvados os casos que se
sentido do fluxo de saída, sendo admissível que se mantenham enquadram no item 5.5.4.12.
abertas desde que disponham de dispositivo de fechamento,
quando necessário, conforme estabelecido na NBR 11742. 5.6 Rampas

5.5.4.6 Para as ocupações dos Grupos D (especificamente 5.6.1 Obrigatoriedade


para call center) e F, com capacidade total acima de 100
pessoas, é obrigatória a instalação de barra antipânico nas 5.6.1.1 O uso de rampas é obrigatório nos seguintes casos:
portas de saídas de emergência, conforme NBR 11785, das a. para interligar áreas de refúgio em níveis diferentes, em
salas, das rotas de saída, das portas de comunicação com os edificações com ocupações das Divisões H-2 e H-3;
acessos às escadas e descarga. No caso de edificação
b. na descarga e acesso de elevadores de emergência;
existente, esta deverá atender às prescrições contidas na IT 43
– Adaptação às normas de segurança contra incêndio – c. quando a altura a ser vencida não permitir o
edificações existentes. dimensionamento equilibrado dos degraus de uma
escada;
5.5.4.6.1 Somente para as ocupações da divisão F-2, d. para unir o nível externo ao nível do saguão térreo das
térreas(com ou sem mezaninos), com área máxima construída edificações.
de 1500 m², pode ser dispensada a exigência anterior, desde
que haja compromisso do responsável pelo uso, através de 5.6.2 Condições de atendimento
termo de responsabilidade das saídas de emergência,
assinado pelo proprietário ou responsável pelo uso, de que as 5.6.2.1 O dimensionamento das rampas deve obedecer ao
portas permanecerão abertas durante a realização dos estabelecido no item 5.4.
eventos, atentando para o item 5.5.4.1 desta IT.
5.6.2.2 As rampas não podem terminar em degraus ou
5.5.4.7 É vedada a utilização de peças plásticas em soleiras, devendo ser precedidas e sucedidas sempre por
fechaduras, espelhos, maçanetas, dobradiças e outros, nas patamares planos.
portas dos seguintes locais:
5.6.2.3 Os patamares das rampas devem ser sempre em nível,
a. rotas de saídas; tendo comprimento mínimo de 1,20 m, medidos na direção do
b. entrada em unidades autônomas; trânsito, sendo obrigatórios sempre que houver mudança de
direção ou quando a altura a ser vencida ultrapassar 3,7 m.
c. salas com capacidade acima de 100 pessoas.
5.6.2.4 As rampas podem suceder a um lanço de escada, no
5.5.4.8 A colocação de fechaduras com chave nas portas de sentido descendente de saída, mas não podem precedê-lo.
acesso e descargas é permitida, desde que seja possível a
abertura do lado interno, sem a necessidade de chave, 5.6.2.4.1 No caso de edificações das divisões H-2 e H-3, as
admitindo-se que a abertura pelo lado externo seja feita apenas rampas não podem suceder ao lanço de escada e vice-versa.
por meio de chave, dispensando-se maçanetas etc.
5.6.2.5 Não é permitida a colocação de portas em rampas,
5.5.4.9 É de responsabilidade do proprietário ou responsável estas devem estar situadas sempre em patamares planos, com
pelo uso deixar à disposição em local acessível, como por largura não inferior à da folha da porta de cada lado do vão.
exemplo a portaria, chave da(s) porta(s) citada no item anterior,
com o objetivo de garantir o acesso das equipes de salvamento 5.6.2.5.1 Quando houver porta nos patamares, sua área de
e socorro. varredura não pode interferir na dimensão mínima de
escoamento do patamar.
5.5.4.10 Quando não houver dispositivo de travamento, tranca
ou fechadura na porta de saída de emergência, não haverá 5.6.2.6 O piso das rampas deve ser antiderrapante com, no
necessidade de dispositivo antipânico. mínimo, 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico, conforme norma
brasileira ou internacionalmente reconhecida, e permanecer
5.5.4.11 Se houver portas nos corredores, estas devem abrir antiderrapante com o uso.
no sentido da rota de fuga.
5.6.2.7 As rampas devem ser dotadas de guarda-corpo e
5.5.4.12 Portas de correr podem ser admitidas nas saídas de corrimão de forma análoga ao especificado no item 5.8.
emergência de edificações com capacidade total acima de 100
pessoas, exceto para ocupações do Grupo F-11, desde que 5.6.2.8 As exigências de sinalização (IT 20), iluminação de
permaneçam abertas nas seguintes situações: emergência (IT 18), ausência de obstáculos e outros, dos
acessos, aplicam-se, com as devidas alterações, às rampas. k. atender ao item 5.5.1.2.

5.6.2.9 Devem atender às condições estabelecidas nas 5.7.1.2 Não são aceitas escadas com degraus em leque ou em
alíneas “a, b, c, d, e, f, g e h” do item 5.7.1.1 desta IT. espiral como escadas de segurança, exceto para mezaninos e
áreas privativas, conforme item 5.7.5.
5.6.2.10 Devem ser classificadas, a exemplo das escadas,
como NE, EP, PF, PFP e AE, seguindo para isso as condições
específicas a cada uma delas estabelecidas nos itens 5.7.8,
5.7.9, 5.7.10, 5.7.11, 5.7.12 e 5.7.13.
5.6.3 Declividade

5.6.3.1 A declividade das rampas deve ser de acordo com o


prescrito na NBR 9050.
5.6.4 As rampas podem ser utilizadas em substituição às
escadas não enclausuradas (NE).
Figura 3: Segmentação das escadas no piso da descarga
5.7 Escadas
5.7.2 Largura
5.7.1 Generalidades
As larguras das escadas devem atender aos seguintes
5.7.1.1 Em qualquer edificação, os pavimentos sem saída em requisitos:
nível para o espaço livre exterior devem ser dotados de
escadas, enclausuradas ou não, as quais devem: a. ser proporcionais ao número de pessoas que por elas
devam transitar em caso de emergência, conforme item
a. ser constituídas de material estrutural e de 5.3;
compartimentação incombustível;
b. ser medidas no ponto mais estreito da escada ou
b. oferecer resistência ao fogo nos elementos estruturais patamar, excluindo os corrimãos (mas não as guardas ou
além da incombustibilidade, conforme IT 08 – Resistência balaustradas), que se podem projetar até 10 cm de cada
ao fogo dos elementos de construção, quando não lado, sem obrigatoriedade de aumento na largura das
enclausuradas; escadas;
c. atender às condições específicas estabelecidas na IT 10 c. ter, quando se desenvolver em lanços paralelos, espaço
- Controle de materiais de acabamento e de revestimento, mínimo de 10 cm entre lanços, para permitir localização
quanto aos materiais de acabamento e revestimento de guarda ou fixação do corrimão.
utilizados na escada;
5.7.3 Dimensionamento de degraus e patamares
d. ser dotadas de guardas em seus lados abertos conforme
item 5.8; 5.7.3.1 Os degraus devem:
e. ser dotadas de corrimãos em ambos os lados;
a. ter altura h (ver Figura 4) compreendida entre 16 cm e 18
f. atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da cm, com tolerância de 0,5 cm;
descarga, mas terminando obrigatoriamente no piso de
b. ter largura b (ver Figura 4) dimensionada pela fórmula de
descarga, não podendo ter comunicação direta com outro
Blondel:
lanço na mesma prumada (ver Figura 3), devendo ter
compartimentação, conforme a IT 09- Compartimentação 63 cm ≤ (2h + b) ≤ 64 cm
horizontal e compartimentação vertical, na divisão entre c. ser balanceado quando o lanço da escada for curvo
os lanços ascendente e descendente em relação ao piso (escada em leque) ou em espiral, quando se tratar de
de descarga, exceto para escadas tipo NE (comum), onde escadas para mezaninos e áreas privativas (ver item
deve ser acrescida a iluminação de emergência e 5.7.5), caso em que a medida do degrau (largura do
sinalização de balizamento, indicando a rota de fuga e degrau) será feita segundo a linha de percurso e a parte
descarga; mais estreita desses degraus ingrauxidos não tenha
g. ser consideradas distintas, ainda que construídas na menos de 15 cm para lanço curvo (ver Figura 6) e 7 cm
mesma prumada, quando houver descontinuidade no para espiral;
nível de descarga;
h. ter os pisos em condições antiderrapantes, com no
mínimo 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico, conforme
norma brasileira ou internacionalmente reconhecida, e
que permaneçam antiderrapantes com o uso;
i. quando houver exigência de duas ou mais escadas
enclausuradas de emergência e estas ocuparem a
mesma caixa de escada (volume), não será aceita
comunicação entre si, devendo haver compartimentação
entre ambas, de acordo com a IT 09;
j. quando houver exigência de uma escada e for utilizado o
recurso arquitetônico de construir duas escadas em um
único corpo, estas serão consideradas como uma única
escada, quanto aos critérios de acesso, ventilação e
iluminação;
Figura 4: Altura e largura dos degraus
d. ter, num mesmo lanço, larguras e alturas iguais e, em 5.7.5.1 Nos mezaninos e áreas privativas de qualquer
lanços sucessivos de uma mesma escada, diferenças edificação são aceitas escadas em leque, em espiral ou de
entre as alturas de degraus de, no máximo, 5 mm; lances retos, desde que:
e. ter balanço da quina do degrau sobre o imediatamente a. a população seja inferior a 20 pessoas e a altura da
inferior com o valor máximo de 1,5 cm (Figura 4); escada não seja superior a 3,7 m;
f. quando possuir bocel (nariz), deve ter no máximo 1,5 cm b. possua largura mínima de 0,80 m;
da quina do degrau sobre o imediatamente inferior (Figura
c. possua pisos em condições antiderrapantes, com no
4).
mínimo 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico, conforme
5.7.3.2 O lanço máximo entre 2 patamares consecutivos não norma brasileira ou internacionalmente reconhecida, que
deve ultrapassar 3,7 m de altura. Quando houver menos de 3 permaneçam antiderrapantes com o uso;
degraus entre patamares, estes devem ser sinalizados na d. possua corrimãos conforme item 5.8. Para escadas com
borda dos degraus e iluminados conforme IT 18 (aclaramento). até 1,10 m de largura é permitido apenas um corrimão em
um dos lados;
5.7.3.3 O comprimento dos patamares deve ser:
e. seja dotada de guardas em seus lados abertos, conforme
a. dado pela fórmula: item 5.8;
p =(2h + b)n +b f. atenda ao prescrito no item 5.7 (dimensionamento dos
degraus, conforme fórmula de Blondel, balanceamento e
Onde: outros) nas escadas em leque ou espiral, dispensa-se a
aplicação da fórmula dos patamares (5.7.3.3).
n é um número inteiro (1, 2 ou 3), quando se tratar de escada
reta, medido na direção do trânsito;
b. no mínimo, igual à largura da escada quando há
mudança de direção da escada sem degraus ingrauxidos,
não se aplicando, nesse caso, a fórmula anterior.

5.7.3.4 Em ambos os lados de vão da porta, deve haver


patamares com comprimento mínimo igual à largura da folha
da porta.

Figura 6: Escada com patamar em leque, degraus balanceados,


permitida para acesso a mezaninos e áreas restritas.

5.7.5.2 Admitem-se nessas escadas, as seguintes alturas


máximas h dos degraus, respeitando, porém, sempre a fórmula
de Blondel:
a. ocupações A até G: h = 20 cm
b. ocupações H: h = 19 cm
Figura 5: Lanço mínimo e comprimento de patamar c. ocupações I até M: h = 23 cm
5.7.4 Caixas das escadas 5.7.6 Passarelas metálicas

5.7.4.1 As paredes das caixas de escadas, das guardas, dos 5.7.6.1 As passarelas metálicas para acesso às prateleiras,
acessos e das descargas devem ter acabamento liso. constituídas por pisos metálicos vazados devem atender aos
seguintes requisitos:
5.7.4.2 As caixas de escadas não podem ser utilizadas como
depósitos, lixeiras, localização de móveis ou equipamentos, a. possuir acesso restrito limitado somente aos operadores
mesmo que por um curto espaço de tempo, exceto os previstos da área;
especificamente nesta IT. b. os corredores principais devem atender à largura mínima
de 1,20 m e largura máxima de 3 m. Consideram-se
5.7.4.3 Nas caixas de escadas, não podem existir aberturas corredores principais aqueles com acesso direto às
para tubulações de lixo, passagem para rede elétrica, centros escadas e portas de saída de emergência externas;
de distribuição elétrica, armários para medidores de gás e
c. os corredores secundários devem atender à largura
assemelhados.
mínima de 0,80 m;
5.7.4.4 As paredes das caixas de escadas enclausuradas d. as escadas de acesso aos corredores principais devem
devem possuir tempo requerido de resistência ao fogo de, no atender à largura mínima de 1,20 m;
mínimo, 120 minutos. e. todos os pisos devem ser atendidos por uma ou mais
escadas externas.
5.7.4.5 Os pontos de fixação das escadas metálicas na caixa
de escada devem possuir tempo requerido de resistência ao 5.7.7 Escadas em edificações em construção
fogo de 120 minutos.
Em edificações em construção, as escadas devem ser
5.7.5 Escadas para mezaninos e áreas privativas construídas concomitantemente com a execução da estrutura,
permitindo a fácil evacuação da obra e o acesso dos cada pavimento (ver Figura15);
bombeiros.
5.7.9.2.3 ser dotadas de venezianas ou outro material que
5.7.8 Escadas não enclausuradas ou escada comum (NE) assegure a ventilação permanente, devendo distar no mínimo:
A escada comum (NE) deve atender aos requisitos dos itens a. 1,40 m de qualquer outra abertura, desde que esteja em
5.7.1 a 5.7.3. planos verticais coincidentes ou paralelos em qualquer
5.7.9 Escadas enclausuradas protegidas (EP) nível, sendo que deve ser adotada a distância horizontal
entre as aberturas levando em consideração a projeção
5.7.9.1 As escadas enclausuradas protegidas (ver Figura 7) de uma delas (Figura 8, 9 e 10);
devem atender aos requisitos dos itens 5.7.1 a 5.7.4, exceto o
5.7.3.1 “c”, e:
a. ter suas caixas enclausuradas por paredes resistentes a
120 minutos de fogo, no mínimo;
b. ter as portas de acesso a esta caixa de escada do tipo
corta-fogo (PCF), com resistência de 90 minutos de fogo;
c. prever área de resgate para pessoas com deficiência; Figura 8: Distância entre a veneziana da escada EP e qualquer outro
tipo de abertura no mesmo plano.
d. ser dotadas, em todos os pavimentos (exceto no da
descarga, onde isto é facultativo), de janelas abrindo para
o espaço livre exterior, atendendo ao previsto no item
5.7.9.2;
e. ser dotadas de janela que permita a ventilação em seu
término superior, com área mínima de 0,80 m², devendo
estar localizada na parede junto ao teto ou no máximo a
40 cm deste, no término da escada;
Figura 9: Distância entre a veneziana da escada EP e qualquer outro
f. ser dotada de ventilação permanente inferior, com área tipo de abertura no mesmo plano.
de 1,20 m2, no mínimo, tendo largura mínima de 0,80 m,
devendo ficar junto ao solo da caixa da escada podendo
ser no piso do pavimento térreo ou no patamar
intermediário entre o pavimento térreo e o pavimento
imediatamente superior, que permita a entrada de ar puro,
em condições análogas à tomada de ar dos dutos de
ventilação (ver item 5.7.10.3), sendo que a largura mínima
da seção do duto deve obedecer o estabelecido neste Figura 10: Distância entre a veneziana da escada EP e qualquer outro
item; tipo de abertura no mesmo plano.
g. a tomada de ar deve possuir a distância mínima de 1,40m
de qualquer abertura ou possibilidade de captação de b. 2 m de qualquer outra abertura que esteja em planos
fumaça em todos os sentidos (frente, laterais e parte verticais não paralelos e em qualquer nível, sendo que
superior), não sendo permitido qualquer tipo de abertura deve ser adotada a distância horizontal entre as aberturas
abaixo da captação da ventilação permanente inferior; levando em consideração a projeção de uma delas
(Figuras 11, 12, 13 e 14), podendo essa distância ser
reduzida para 1,4 m em aberturas instaladas em
banheiros ou vestiários;

Figura 11: Distância entre a veneziana da escada EP e qualquer outro


tipo de abertura em planos distintos.
Figura 7: Escada enclausurada protegida

5.7.9.2 As janelas das escadas protegidas devem:

5.7.9.2.1 estar situadas junto ao teto ou forro (conforme


parâmetros da nota genérica “I” da tabela B.1 da IT 10, ou, no
máximo, a 40cm destes, estando o peitoril, no mínimo, a 1,10
m acima do piso do patamar ou degrau adjacente e tendo
largura mínima de 0,80 m, podendo ser aceitas na posição
centralizada, acima dos lances de degraus, devendo pelo
Figura 12: Distância entre a veneziana da escada EP e qualquer outro
menos uma das faces da janela estar a no máximo 40 cm do tipo de abertura em planos distintos.
teto;

5.7.9.2.2 ter área de ventilação efetiva mínima de 0,80 m2 em


Figura 13: Distância entre a veneziana da escada EP e qualquer outro
tipo de abertura em planos distintos.
Figura 15: Ventilação da escada enclausurada protegida e seu
acesso.

5.7.10.2 As antecâmaras, para ingressos nas escadas


enclausuradas (Figura16), devem:
a. ter comprimento mínimo de 1,8 m;
b. ter pé-direito mínimo de 2,3 m;
c. ser dotadas de porta corta-fogo (PCF) na entrada e na
comunicação da caixa da escada, com resistência de 60
minutos de fogo cada;
Figura 14: Distância entre a veneziana da escada EP e qualquer outro d. ser ventiladas por dutos de entrada e saída de ar, de
tipo de abertura em planos distintos. acordo com os itens 5.7.10.3.2 a 5.7.10.3.4, os quais
devem ficar entre as PCF para garantia da ventilação;
5.7.9.2.4 ser construídas em perfis metálicos reforçados,
e. ter a abertura de entrada de ar do duto respectivo situada
sendo vedado o uso de perfis ocos, chapa dobrada, madeira,
junto ao piso ou, no máximo, a 40 cm deste, com área
plástico e outros;
mínima de 0,84 m2 e, quando retangular, obedecendo à
5.7.9.2.5 os caixilhos podem ser do tipo basculante, junto ao proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões;
teto, sendo vedados os tipos em eixo vertical e “maxiar”. Os f. ter a abertura de saída de ar do duto respectivo situada
caixilhos devem ser fixados na posição aberta. junto ao teto ou, no máximo, a 40 cm deste, com área
mínima de 0,84 m2 e, quando retangular, obedecendo à
5.7.9.3 Na impossibilidade de colocação de janela na caixa da proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões;
escada enclausurada protegida, conforme a alínea “d”, do item
g. ter, entre as aberturas de entrada e de saída de ar, a
5.7.9.1, os corredores de acesso devem:
distância vertical mínima de 30 cm, entre a base inferior
a. ser ventilados por janelas, com distâncias de outras da abertura superior e a base superior da abertura inferior;
aberturas a no máximo 5 m da porta da escada, abrindo h. ter a abertura de saída de gases e fumaça (DS), no
para o espaço livre exterior, com área mínima de 0,80 m², máximo, a uma distância horizontal de 3 m, medida em
largura mínima de 0,80m, situadas junto ao teto ou, no planta da porta de entrada da antecâmara, e a abertura
mínimo, a 40 cm deste, devendo ainda prever no topo da de entrada de ar (DE) situada, no máximo, a uma
caixa de escada uma janela de ventilação ou alçapão para distância horizontal de 3 m, medida em planta, da porta
saída da fumaça; ou de entrada da escada;
b. ter sua ligação com a caixa da escada por meio de i. ter paredes resistentes ao fogo por 120 minutos, no
antecâmaras ventiladas, executadas nos moldes do mínimo;
especificado no item 5.7.10.2 ou 5.7.11.
j. as aberturas dos dutos de entrada de ar e saída de gases
5.7.10 Escadas enclausuradas à prova de fumaça (PF) e fumaças das antecâmaras devem ser guarnecidas ou
protegidas, e devem manter a ventilação efetiva de 0,84
5.7.10.1 As escadas enclausuradas à prova de fumaça (ver m²;
Figuras 16, 17 e 18) devem atender ao estabelecido nos itens k. Não é necessária antecâmara no pavimento de descarga
5.7.1 a 5.7.4, exceto o 5.7.3.1 “c”, e: da escada.
a. ter suas caixas enclausuradas por paredes resistentes a
5.7.10.3 Dutos de ventilação natural
120 minutos de fogo;
b. ter ingresso por antecâmaras ventiladas, terraços ou 5.7.10.3.1 Os dutos de ventilação natural devem formar um
balcões, atendendo as primeiras ao prescrito no item sistema integrado: o duto de entrada de ar (DE) e o duto de
5.7.10.2 e os últimos no item 5.7.11; saída de gases e fumaça (DS).
c. ser providas de portas corta-fogo (PCF) com resistência
de 60 minutos ao fogo. 5.7.10.3.2 Os dutos de saída de gases e fumaça devem:
d. prever área de resgate para pessoas com deficiência (ver a. ter aberturas somente nas paredes que dão para as
Figura 7). antecâmaras;
b. ter secção mínima calculada pela seguinte expressão:
s = 0,105 x n 5.7.10.3.5 A secção da parte horizontal inferior do duto de
entrada de ar deve:
Onde:
a. ser, no mínimo, igual à do duto, em edificações com
s= secção mínima em m²
altura igual ou inferior a 30 m;
n = número de antecâmaras ventiladas pelo duto; b. ser igual a 1,5 vez a área da secção do trecho vertical do
c. ter, em qualquer caso, área não inferior a 0,84 m², tendo duto de entrada de ar, no caso de edificações com mais
largura mínima de 0,80 m, e, quando de secção de 30 m de altura.
retangular, obedecer à proporção máxima de 1:4 entre
5.7.10.3.6 A tomada de ar do duto de entrada de ar deve ficar,
suas dimensões;
de preferência, ao nível do solo ou abaixo deste, longe de
d. elevar-se, no mínimo,3 m acima do eixo da abertura da qualquer eventual fonte de fumaça em caso de incêndio.
antecâmara do último pavimento servido pelo eixo,
devendo seu topo situar-se 1m acima de qualquer 5.7.10.3.7 As dimensões dos dutos (item 5.7.10.3.2) são as
elemento construtivo existente sobre a cobertura; mínimas absolutas, recomendando-se o cálculo exato dessas
dimensões pela mecânica dos fluídos, em especial no caso da
e. ter, quando não forem totalmente abertos no topo,
existência de subsolos e em prédios de elevada altura ou em
aberturas de saída de ar com área efetiva superior ou
locais sujeitos a ventos excepcionais.
igual a 1,5 vezes a área da secção do duto, guarnecidas
ou não por venezianas ou equivalente, devendo essas
aberturas ser dispostas em, pelo menos, duas faces
opostas com área nunca inferior a 1 m² cada uma, e se
situarem em nível superior a qualquer elemento
construtivo do prédio (reservatórios, casas de máquinas,
cumeeiras, muretas e outros);
f. não serem utilizados para a instalação de quaisquer
equipamentos ou canalizações;
g. ser fechados na base.

5.7.10.3.3 As paredes dos dutos de saídas de gases e fumaça Figura 16: Escada enclausurada à prova de fumaça, com área
devem: para pessoas com deficiência.
a. ser resistentes, no mínimo, a 120 minutos de fogo;
b. ter isolamento térmico e inércia térmica equivalente, no
mínimo, à resistência mínima de 120 minutos de fogo,
conforme IT 08;
c. ter revestimento interno liso.

5.7.10.3.4 Os dutos de entrada de ar devem:


a. ter paredes resistentes ao fogo por 120 minutos, no
mínimo;
b. ter revestimento interno liso;
c. atender às condições das alíneas “a” a “c” e “f” do item
5.7.10.3.2; Figura 17: Escada enclausurada à prova de fumaça
(demonstração dos dutos).
d. ser totalmente fechados em sua extremidade superior;
e. ter abertura em sua extremidade inferior ou junto ao teto 5.7.10.4 A iluminação natural das caixas de escadas
do 1º pavimento, possuindo acesso direto ao exterior que enclausuradas, quando houver, deve obedecer aos seguintes
assegure a captação de ar fresco respirável, devendo requisitos:
esta abertura ser guarnecida por telas de arame, com
espessura dos fios superior ou igual a 3 mm e malha com a. ser obtida por abertura provida de caixilho de perfil
dimensões mínimas de 2,5 cm por 2,5 cm; que não metálico reforçado, provido de fecho acionável por chave
diminua a área efetiva de ventilação, isto é, sua secção ou ferramenta especial, devendo ser aberto somente para
deve ser aumentada para compensar a redução. Essa fins de manutenção ou emergência;
abertura pode ser projetada junto ao teto do primeiro b. este caixilho deve ser guarnecido com vidro transparente
pavimento que possua acesso direto ao exterior (Ex.: piso ou não, laminado ou aramado (malha de 12,5 mm), com
térreo). espessura, mínima de,6,5 mm;
f. ter abertura em sua extremidade inferior ou junto ao teto c. em paredes dando para o exterior, sua área máxima não
do 1º pavimento, possuindo acesso direto ao exterior que pode ultrapassar 0,5 m2; em parede dando para
assegure a captação de ar fresco respirável, devendo antecâmara ou varanda, pode ser de até 1 m2;
esta abertura ser guarnecida por telas de arame ou outro d. havendo mais de uma abertura de iluminação, a distância
material incombustível que assegure área efetiva de entre elas não pode ser inferior a 0,5 m e a soma de suas
ventilação. áreas não deve ultrapassar 10% da área da parede em
que estiverem situadas.
Figura 18: Exemplo de dutos de ventilação (corte AB e corte CD).

5.7.11 Escada enclausurada com acesso por balcões, ingresso às escadas enclausuradas à prova de fumaça e
varandas e terraços qualquer outra abertura desprotegida do próprio prédio ou das
divisas do lote deve ser, no mínimo, igual a um terço da altura
5.7.11.1 Os balcões, varandas, terraços e assemelhados, para da edificação, ressalvado o estabelecido no item 5.7.11.3, mas
ingresso em escadas enclausuradas, devem atender aos nunca a menos de 3 m.
seguintes requisitos:
5.7.11.3 A distância estabelecida no item 5.7.11.2 pode ser
a. ser dotados de portas corta-fogo na entrada e na saída
reduzida à metade, isto é, a um sexto da altura, mas nunca a
com resistência mínima de 60 minutos;
menos de 3 m, quando:
b. ter guarda de material incombustível e não vazada com
altura mínima de 1,30 m; a. a edificação for dotada de chuveiros automáticos;
c. ter piso praticamente em nível ou em desnível máximo de b. o somatório das áreas das aberturas da parede fronteira
30 mm dos compartimentos internos do prédio e da caixa à edificação considerada não ultrapassar um décimo da
de escada enclausurada; área total dessa parede;
d. em se tratando de terraço a céu aberto, não situado no c. na edificação considerada não houver ocupações
último pavimento, o acesso deve ser protegido por pertencentes aos Grupos C (comercial) ou (industrial).
marquise com largura mínima de 1,20 m.
5.7.11.4 Será aceita uma distância de 1,20 m, para qualquer
5.7.11.2 A distância horizontal entre o paramento externo das altura da edificação, entre a abertura desprotegida do próprio
guardas dos balcões, varandas e terraços que sirvam para prédio até o paramento externo do balcão, varanda ou terraço
para o ingresso na escada enclausurada à prova de fumaça f. toda abertura desprotegida até a escada deve ter
(PF), desde que entre elas seja interposta uma parede com distância mínima de 3 m quando a altura da edificação for
TRRF mínimo de 120 minutos (Figura 19). inferior ou igual a 12 m, e de 8 m quando a altura da
edificação for superior a 12 m;
5.7.11.5 Será aceita a ventilação no balcão da escada à prova
g. a distância do paramento externo da escada aberta até o
de fumaça, através de janela com ventilação permanente,
limite de outra edificação no mesmo terreno ou limite da
desde que:
propriedade deverá atender aos critérios adotados na IT
a. área efetiva mínima de ventilação seja de 1,5 m²; 07 – Separação entre edificações;
b. as distâncias entre as aletas das aberturas das janelas h. a estrutura portante da escada aberta externa deverá ser
tenham espaçamentos de, no mínimo 0,15 m; construída em material incombustível, atendendo aos
c. as aletas possuam um ângulo de abertura de no mínimo critérios estabelecidos na IT 08, com TRRF de 120 min;
45 graus em relação ao plano vertical da janela; i. na existência de shafts, dutos ou outras aberturas
d. as antecâmaras devem atender ao item 5.6.11.2, ‘a’, ‘b’ verticais que tangenciam a projeção da escada aberta
e ‘c’; externa, tais aberturas deverão ser delimitadas por
paredes estanques nos termos da IT 08;
e. ter altura de peitoril de 1,3 m;
j. será admitido esse tipo de escada para edificações com
f. ter distância de, no mínimo, 3 m de outras aberturas em altura até 45 m.
projeção horizontal, no mesmo nível ou em nível inferior
ao seu ou à divisa do lote, e no mesmo plano de parede;
g. os pisos de balcão, varandas e terraços devem ser
antiderrapantes, conforme item 5.6.1.1, ‘h’.

Figura 20: Escada aberta externa.

Figura 19: Escada enclausurada do tipo PF ventilada por balcão.

5.7.12 Escadas à prova de fumaça pressurizadas (PFP)


As escadas à prova de fumaça pressurizadas, ou escadas
pressurizadas, podem sempre substituir as escadas
enclausuradas protegidas (EP) e as escadas enclausuradas à
prova de fumaça (PF), devendo atender a todas as exigências
da IT 13 – Pressurização de escada de segurança.
5.7.13 Escada aberta externa (AE)
Figura 21: Escada aberta externa.
5.7.13.1 As escadas abertas externas (Figuras 20 e 21) podem
substituir os demais tipos de escadas e devem atender aos 5.8 Guardas e corrimãos
requisitos dos itens 5.7.1 a 5.7.3, 5.8.1.3 e 5.8.2, e:
5.8.1 Guarda-corpos e balaústres
a. ter seu acesso provido de porta corta-fogo com
resistência mínima de 90 min.; 5.8.1.1 Toda saída de emergência, corredores, balcões,
b. manter raio mínimo de escoamento exigido em função da terraços, mezaninos, galerias, patamares, escadas, rampas e
largura da escada; outros deve ser protegida de ambos os lados por paredes ou
guardas (guarda-corpos) contínuas, sempre que houver
c. atender tão somente aos pavimentos acima do piso de
qualquer desnível maior de 19 cm, para evitar quedas.
descarga, terminando obrigatoriamente neste, atendendo
ao prescrito no item 5.11; 5.8.1.2 A altura das guardas, medida internamente, deve ser,
d. prever área de resgate para pessoas com deficiência; no mínimo, de 1,05 m ao longo dos patamares, escadas,
e. possuir fachada com TRRF de 120 min na face da corredores, mezaninos e outros (Figura 22), medida
edificação da escada aberta externa, ou interpor outra verticalmente do topo da guarda a uma linha que una as pontas
parede com TRRF de 120 min; dos bocéis ou quinas dos degraus, podendo ser reduzida para
até 0,92 m nas escadas internas, quando medida verticalmente diâmetro varia entre 30 mm e 50 mm (Figura 23).
do topo da guarda a uma linha que uma as pontas dos bocéis
ou quinas dos degraus.

5.8.1.3 As alturas das guardas em escada de segurança,


aberta externa (AE), de seus patamares, de balcões e
assemelhados, devem ser de no mínimo 1,3 m como
especificado no item 5.8.1.2.

5.8.1.4 As guardas constituídas por balaustradas, grades,


telas e assemelhados, isto é, as guardas vazadas, devem:
a. ter balaústres verticais, longarinas intermediárias,
grades, telas, vidros de segurança (laminados ou
aramados) e outros, de modo que uma esfera de
15 cm de diâmetro não possa passar por nenhuma Figura 23: Pormenores de corrimãos.
abertura;
b. ser isentas de aberturas, saliências, reentrâncias ou 5.8.2.4 Os corrimãos devem estar afastados 40 mm, no
quaisquer elementos que possam enganchar em roupas; mínimo, das paredes ou guardas às quais forem fixados e terão
largura máxima de 65 mm.
c. ser constituídas por materiais não estilhaçáveis,
exigindo-se o uso de vidros aramados ou de segurança 5.8.2.5 Não são aceitáveis, em saídas de emergência,
laminados, se for o caso. Exceção será feita às corrimãos constituídos por elementos com arestas vivas,
ocupações dos Grupos I (industrial) e J (depósitos) para tábuas largas e outros (Figura 23).
as escadas e saídas não emergenciais.
5.8.2.6 Para auxílio das pessoas portadoras de necessidades
especiais, os corrimãos das escadas devem ser contínuos,
sem interrupção nos patamares, prolongando-se, sempre que
for possível pelo menos 0,3 m do início e término da escada
com suas extremidades voltadas para a parede ou com solução
alternativa.

5.8.2.7 Nas rampas e, opcionalmente nas escadas, os


corrimãos devem ser instalados a duas alturas: 0,92 m e 0,70
m do piso acabado.
5.8.3 Exigências estruturais

5.8.3.1 As guardas de alvenaria ou concreto, as grades de


balaustradas, as paredes, as esquadrias, as divisórias leves e
outros elementos de construção que envolvam as saídas de
emergência devem ser projetados de forma a:
Figura 22: Dimensões de guardas e corrimãos. a. resistir a cargas transmitidas por corrimãos nelas fixados
ou calculadas para resistir a uma força horizontal de 730
5.8.2 Corrimãos N/m, aplicada a 1,05 m de altura, adotando-se a condição
que conduzir a maiores tensões (ver Figura 24);
5.8.2.1 Os corrimãos devem ser adotados em ambos os lados
das escadas ou rampas, devendo estar situados entre 80 cm e b. ter seus painéis, longarinas, balaústres e assemelhados
92 cm acima do nível do piso, sendo em escadas, essa medida calculados para resistir a uma carga horizontal de 1,20
tomada verticalmente da forma especificada no item 5.8.1.2 kPa aplicada à área bruta da guarda ou equivalente da
(Figura 22). qual façam parte; as reações devidas a esse
carregamento não precisam ser adicionadas às cargas
5.8.2.2 Uma escada pode ter corrimãos em diversas alturas, especificadas na alínea precedente (Figura 24).
além do corrimão principal na altura normal exigida; em
escolas, jardins-de-infância e assemelhados, se for o caso, 5.8.3.2 Os corrimãos devem ser calculados para resistir a uma
deve haver corrimãos nas alturas indicadas para os respectivos carga de 900 N, aplicada em qualquer ponto deles,
usuários, além do corrimão principal. verticalmente de cima para baixo e horizontalmente em ambos
os sentidos.
5.8.2.3 Os corrimãos devem ser projetados de forma a
poderem ser agarrados fácil e confortavelmente, permitindo um 5.8.3.3 Nas escadas internas, tipo NE, pode-se dispensar o
contínuo deslocamento da mão ao longo de toda a sua corrimão, desde que o guarda-corpo atenda também os
extensão, sem encontrar quaisquer obstruções, arestas ou preceitos do corrimão, conforme itens 5.8.2.3, 5.8.2.4 e 5.8.2.5
soluções de continuidade. No caso de secção circular, seu desta IT
Figura 24: Pormenores construtivos da instalação de guardas e as cargas a que elas devem resistir.

5.8.4 Corrimãos intermediários

5.8.4.1 Escadas com mais de 2,2 m de largura devem ter 5.9.2 Exigências
corrimão intermediário, no máximo, a cada 1,8 m. Os lanços
5.9.2.1 Enquanto não houver norma específica referente a
determinados pelos corrimãos intermediários devem ter, no
elevadores de emergência, estes devem atender a todas as
mínimo, 1,1 m de largura, ressalvado o caso de escadas em
normas gerais de segurança previstas nas NBR 5410(Figura
ocupações das Divisões H-2 e H-3 utilizadas por pessoas muito
17):
idosas e portadores de necessidades especiais, que exijam
máximo apoio com ambas as mãos em corrimãos, onde pode a. ter sua caixa enclausurada por paredes resistentes a 120
ser previsto, em escadas largas, uma unidade de passagem minutos de fogo, independente dos elevadores de uso
especial com 69 cm entre corrimãos. comum;
b. ter suas portas metálicas abrindo para antecâmara
5.8.4.2 As extremidades dos corrimãos intermediários devem
ventilada, nos termos de 5.7.10.2, para varanda conforme
ser dotadas de balaústres ou outros dispositivos para evitar
5.7.11, para hall enclausurado e pressurizado, para
acidentes.
patamar de escada pressurizada ou local análogo do
5.8.4.3 Escadas externas de caráter monumental podem, ponto de vista de segurança contra fogo e fumaça;
excepcionalmente, ter apenas 2 corrimãos laterais, c. ter circuito de alimentação de energia elétrica com chave
independentemente de sua largura, quando forem utilizadas própria independente da chave geral do edifício,
por grandes multidões. possuindo este circuito chave reversível no piso da
descarga, que possibilite que ele seja ligado a um gerador
5.9 Elevadores de emergência externo na falta de energia elétrica na rede pública;
d. deve estar ligado a um grupo motogerador (GMG) de
5.9.1 Obrigatoriedade
emergência.
5.9.1.1 É obrigatória a instalação de elevadores de
5.9.2.2 O painel de comando deve atender, ainda, às
emergência:
seguintes condições:
a. em todas as edificações residenciais A-2 e A-3 com altura
a. estar localizado no pavimento da descarga;
superior a 80 m e nas demais ocupações com altura
superior a 60 m, excetuadas as de classe de ocupação b. possuir chave de comando de reversão para permitir a
G-1, e em torres exclusivamente monumentais de volta do elevador a este piso, em caso de emergência;
ocupação F-2; c. possuir dispositivo de retorno e bloqueio dos carros no
b. nas ocupações institucionais H-2 e H-3, com altura da pavimento da descarga, anulando as chamas existentes,
edificação superior a 12 m. As áreas de refúgio devem ter de modo que as respectivas portas permaneçam abertas,
acesso direto ao elevador de emergência. Deve haver sem prejuízo do fechamento do vão do poço nos demais
pelo menos um elevador de emergência para o pavimentos;
atendimento de cada área de refúgio, conforme exemplo d. possuir duplo comando, automático e manual reversível,
da figura 25. mediante chamada apropriada.
5.9.2.3 Nas ocupações institucionais H-2 e H-3, o elevador de
emergência deve ter cabine com dimensões apropriadas para 5.10.2.3 A área mínima de refúgio de cada pavimento deve ser
o transporte de maca. de, no mínimo, 30% da área de cada pavimento.

5.9.2.4 As caixas de corrida (poço) e casas de máquinas dos 5.10.2.4 A existência de compartimentação de área no
elevadores de emergência devem ser enclausuradas e pavimento será aceita como área de refúgio, desde que tenha
totalmente isoladas das caixas de corrida e casas de máquinas acesso direto às saídas de emergência (escadas, rampas ou
dos demais elevadores. A caixa de corrida (poço) deve ter portas).
abertura de ventilação permanente em sua parte superior,
5.10.3 Hospitais e assemelhados
atendendo às condições estabelecidas na alínea “e”, do item
5.7.9.1. 5.10.3.1 Em ocupações H-2 e H-3, as áreas de refúgio não
devem ter áreas superiores a 2.000 m².
5.9.2.5 O elevador de emergência deve atender a todos os
pavimentos do edifício, incluindo os localizados abaixo do 5.10.3.2 Nas ocupações H-2, H-3, e E-6, a comunicação entre
pavimento de descarga com altura ascendente superior a 12 m as áreas de refúgio deve ser em nível, salvo se houver rampas
(IT 13). conforme item 5.6 desta IT. A comunicação entre área de
refúgio e saída da edificação devem ser em nível, salvo se
5.10 Área de refúgio houver rampas conforme item 5.6 desta IT.
5.10.1 Conceituação e exigências
5.11 Descarga
5.10.1.1 Área de refúgio é a parte de um pavimento separada
5.11.1 Tipos
por paredes e portas corta-fogo, com acesso direto a uma saída
de emergência (escada, rampa ou saída direta para o exterior 5.11.1.1 A descarga, parte da saída de emergência de uma
da edificação), conforme figura 25. edificação que fica entre a escada e a via pública ou área
externa em comunicação com a via pública, pode ser
5.10.1.2 A estrutura dos prédios dotados de áreas de refúgio
constituída por:
deve ter resistência conforme IT 08. As paredes que definem
as áreas de refúgio devem apresentar resistência ao fogo a. corredor enclausurado;
conforme a IT 08 e as condições estabelecidas na IT 09. b. corredor desobstruído;
c. corredor a céu aberto;
d. área em pilotis.

5.11.1.2 O corredor enclausurado deverá seguir as


características abaixo e poderá ser utilizado para atendimento
das distâncias máximas a serem percorridas:
a. ter paredes resistentes ao fogo por tempo equivalente ao
das paredes das escadas que a ele conduzirem,
conforme IT 08;
b. ter pisos e paredes revestidos com materiais que
atendam às condições da IT 10;
c. ter portas corta-fogo com resistência de 90 minutos de
fogo, quando a escada for à prova de fumaça ou quando
a escada for enclausurada protegida, isolando-o de todo
compartimento que com ele se comunique, tais como
apartamentos, salas de medidores, restaurante e outros.

5.11.1.3 Admite-se que a descarga seja feita por meio de


corredor, saguão ou hall térreo não enclausurado, desde que
Figura 25: Exemplos esquemáticos de áreas de refúgio entre o seu final e a fachada ou a projeção da edificação
(ilustrativo). mantenha-se espaço livre, sem obstáculos, para acesso ao
exterior da edificação, com dimensões exigidas no item 5.11.2,
5.10.2 Obrigatoriedade sendo a distância máxima a ser percorrida constante no Anexo
B para os demais andares.
5.10.2.1 É obrigatória a existência de áreas de refúgio em
todos os pavimentos nas edificações institucionais de 5.11.1.4 A rota de fuga localizada em uma área em pilotis deve
ocupação E-6 e H-2 com altura superior a 12 m e na ocupação atender aos seguintes critérios:
H-3 com altura superior a 6 m. a. não ser utilizada como estacionamento de veículos de
qualquer natureza, sendo, quando necessário, dotada de
5.10.2.2 Para ocupação H-3 com altura superior a 6 m não
divisores físicos que impeçam tal utilização;
será necessária área de refúgio para o térreo e 1º pavimento
se nestes não houver internação.
b. não deve ser exigido o item anterior, nas edificações em b. largura calculada conforme 5.4, considerando-se para
que as escadas forem do tipo NE – (escadas não cada segmento de descarga (Figura 26), pode ser
enclausuradas) e altura até 12 m, desde que entre o dimensionada em função do cálculo de lotação.
acesso à escada e a área externa (fachada ou
alinhamento predial) possua um espaço reservado e
desobstruído com largura mínima de 2,2 m;
c. ser mantida livre e desimpedida, não podendo ser
utilizada como depósito de qualquer natureza.
5.11.2 Dimensionamento

5.11.2.1 No dimensionamento da descarga, devem ser


consideradas todas as saídas horizontais e verticais que para
ela convergirem.

5.11.2.2 A largura das descargas não pode ser inferior:


a. 1,20 m, nos prédios em geral, e 1,65 m e 2,20 m, nas
ocupações classificadas com H-2 e H-3 por sua
ocupação, respectivamente;

Figura 26: Dimensionamento de corredores de descarga.


Anexo A
Tabela 1 - Dados para o dimensionamento das saídas de emergência

Capacidade da Unidade de
Ocupação(O)
Passagem (UP)
População (A)
Acessos/ Escadas/
Grupo Divisão Portas
Descargas Rampas

A-1, A-2 Duas pessoas por dormitório (C)


A
Duas pessoas por dormitório e uma pessoa por 4 m² de
A-3 60 45 100
área de alojamento (D)
B Uma pessoa por 15 m² de área (E) (G)

C Uma pessoa por 5 m² de área (E) (J) (M)

D Uma pessoa por 7 m² de área (L) (N) 100 75 100

E-1 a E-4 Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de aula(F) (N)
E
E-5, E-6 Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de aula (F) (N) 30 22 30

F-1, F-10 Uma pessoa por 3 m² de área (N)

F-2, F-5, F-8 Uma pessoa por m²de área (E) (G) (N) (P) (Q)
100 75 100
F-3, F-6, F-7,
F Duas pessoas por m² de área (G) (N) (P) (Q)
F-9
F-4 Uma pessoa por 3 m² de área (E) (J) (F) (N)

F-11 Três pessoas por m² de área(E)

G-1, G-2, G-3 Uma pessoa por 40 vagas de veículo


G 100 60 100
G-4, G-5 Uma pessoa por 20 m² de área (E)

H-1, H-6 Uma pessoa por 7 m² de área (E) 60 45 100


(C)
Duas pessoas por dormitório e uma pessoa por
H-2
4 m² de área de alojamento (E)
H 30 22 30
Uma pessoa e meia por leito + uma pessoa por 7 m² de
H-3
área de ambulatório (H)
H-4, H-5 Uma pessoa por 7 m² de área (F) 60 45 100

I Uma pessoa por 10 m² de área


100 60 100
J Uma pessoa por 30 m²de área(J)

K 100 60 100
Uma pessoa por 10 m² de área

L-1 Uma pessoa por 3 m²de área


L 100 60 100
L-2, L-3 Uma pessoa por 10 m²de área

M-1 + (I) 100 75 100

M M-3, M-5 Uma pessoa por 10 m² de área 100 60 100

M-4 Uma pessoa por 4 m² de área 60 45 100


Notas específicas:
(A) os parâmetros dados nesta tabela são os mínimos aceitáveis para o cálculo da população (ver 5.3);
(B) as capacidades das unidades de passagem (1 UP = 0,55 m) em escadas e rampas estendem-se para lanços retos e saída descendente;
(C)em apartamentos de até 2 dormitórios, a sala deve ser considerada como dormitório: em apartamentos maiores (3 e mais dormitórios), as salas,
gabinetes e outras dependências que possam ser usadas como dormitórios (inclusive para empregadas) são considerados como tais. Em
apartamentos mínimos, sem divisões em planta, considera-se uma pessoa para cada 6m² de área de pavimento;
(D) alojamento = dormitório coletivo, com mais de10 m²;
(E) por “Área” entende-se a “Área do pavimento” que abriga a população em foco, conforme terminologia da IT 03. Quando discriminado o tipo de
área (por ex.: área do alojamento), é a área útil interna da dependência em questão;
(F) auditórios e assemelhados, em escolas, bem como salões de festas e centros de convenções em hotéis são considerados nos grupos de
ocupação F-5, F-6 e outros, conforme o caso;
(G) as cozinhas e suas áreas de apoio, nas ocupações B, F-6, e F-8, têm sua ocupação admitida como no grupo D, isto é, uma pessoa por 7 m² de
área;
(H) em hospitais e clínicas com internamento (H-3), que tenham pacientes ambulatoriais, acresce-se à área calculada por leito, a área de pavimento
correspondente ao ambulatório, na base de uma pessoa por 7m²;
(I) o símbolo “+” indica necessidade de consultar normas e regulamentos específicos (não cobertos por esta IT);
(J) a parte de atendimento ao público de comércio atacadista deve ser considerada como do grupo C;
(K) esta tabela se aplica a todas as edificações, exceto para os locais destinados as divisões F-3, F-7, com população total superior a
2.500 pessoas, onde deve ser consultada a IT 12;
(L) para ocupações do tipo Call-center, o cálculo da população é de uma pessoa por 1,5 m² de área;
(M) para a área de Lojas adota-se no cálculo “uma pessoa por 7 m² de área”;
(N) para o cálculo da população, será admitido o leiaute dos assentos permanentes apresentado em planta;
(O) para a classificação das ocupações (grupos e divisões), consultar a Tabela 1 do Decreto Estadual;
(P) para a ocupação “restaurante dançante” e “salão de festas” onde há mesas e cadeiras para refeição e pista de dança, o parâmetro para cálculo
de população é de 1 pessoa por 0,67 m² de área;
(Q)para os locais que possuam assento do tipo banco (assento comprido, para várias pessoas, com ou sem encosto) o parâmetro para cálculo de
população é de 1 pessoa por 0,50 m linear, mediante apresentação de leiaute.
Anexo B
Tabela 2 – Distâncias máximas a serem percorridas

Sem chuveiros automáticos Com chuveiros automáticos

Grupo/ Saída única Mais de uma saída Saída única Mais de uma saída
Divisão
Andar Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com
de
Ocupação detecção detecção detecção detecção detecção detecção detecção detecção
automática automática automática automática automática automática automática automática
de incêndio de incêndio de incêndio de incêndio de de incêndio de de incêndio
(referência) (referência) incêndio(ref incêndio(ref
erência) erência)
De saída da
edificação
(piso de
45 m 55 m 55 m 65 m 60 m 70 m 80 m 95 m
AeB descarga)
Demais
andares
40 m 45 m 50 m 60 m 55 m 65 m 75 m 90 m

De saída da
C, D, E, F, edificação
40 m 45 m 50 m 60 m 55 m 65 m 75 m 90 m
G-3, G-4, (piso de
descarga)
G-5, H, K, L
eM Demais
andares
30 m 35 m 40 m 45 m 45 m 55 m 65 m 75 m

De saída da
edificação
(piso de
80 m 95 m 120 m 140 m - - - -
I-1 e J-1 descarga)
Demais
70 m 80 m 110 m 130 m - - - -
andares
De saída da
edificação
(piso de
50 m 60 m 60 m 70 m 80 m 95 m 120 m 140 m
G-1, G-2 e
descarga)
J-2
Demais
45 m 55 m 55 m 65 m 70 m 80 m 110 m 130 m
andares
De saída da
edificação
(piso de
40 m 45 m 50 m 60 m 60 m 70 m 100 m 120 m
I-2, I-3, J-3
descarga)
e J-4
Demais
andares
30 m 35 m 40 m 45 m 50 m 65 m 80 m 95 m

Notas:
a. esta tabela aplica-se a todas as edificações, exceto para as divisões F-3 e F-7 com população superior a 2.500 pessoas que devem atender aos parâmetros da IT 12;
b. para que ocorram as distâncias previstas nesta Tabela e Notas, é necessária a apresentação do leiaute definido em planta baixa (salão aberto, sala de eventos,
escritórios, escritórios panorâmicos, galpões e outros). Caso não seja apresentado o leiaute definido em planta baixa, as distâncias definidas devem ser reduzidas em
30%;
c. para edificações com sistema de controle de fumaça, admite-se acrescentar 50% nos valores acima;
d. para a classificação das ocupações (grupos e divisões), consultar a Tabela 1 do Regulamento de Segurança contra incêndio;
e. Para admitir os valores da coluna “mais de uma saída” deve haver uma distância mínima de 10 m entre elas;
f. Nas áreas técnicas (locais destinados a equipamentos, sem permanência humana e de acesso restrito), a distância máxima a ser percorrida é de 140 metros.
g. Nas penitenciárias, divisão H-5, local de acesso restrito, a distância máxima a ser percorrida para atingir um local de relativa segurança (espaço livre exterior, área de
refúgio, área compartimentada com uma saída direta para o espaço livre exterior, escada protegida ou à prova de fumaça) ou para saída da edificação deve seguir o
previsto na IT 39 – Estabelecimentos destinados à restrição de liberdade.
h. Poderá ser considerado o deslocamento entre veículos no dimensionamento da distância máxima a ser percorrida nos pavimentos que contemplar as divisões G-1 e
G-2, tendo em vista que o automóvel não é um obstáculo fixo que impede a passagem das pessoas, e que, habitualmente, a permanência humana no local é por um curto
espaço de tempo.
i. Para o aumento da distância máxima a ser percorrida, os sistemas de detecção de incêndio (IT 19), controle de fumaça (IT 15) e chuveiros automáticos (IT 23 ou 24)
podem ser previstos apenas na área compartimentada que apresentar esta necessidade. Quando a edificação não for compartimentada os sistemas citados deverão ser
previstos em toda a edificação.
Anexo C
Tabela 3 –Tipos de escadas de emergência por ocupação

Dimensão
Altura
H6 6  H 12 12  H 30 Acima de 30
(em metros)

Ocupação
Tipo de escada Tipo de escada Tipo de escada Tipo de escada
Grupo Divisão
A-1 NE NE - -
A A-2 NE NE EP PF (1)
A-3 NE NE EP PF
B-1 NE EP EP PF
B
B-2 NE EP EP PF
C-1 NE NE EP PF
C C-2 NE NE PF PF
C-3 NE EP PF PF
D - NE NE EP PF
E-1 NE NE EP PF
E-2 NE NE EP PF
E-3 NE NE EP PF
E
E-4 NE NE EP PF
E-5 NE NE EP PF
E-6 NE NE EP PF
F-1 NE NE EP PF
F-2 NE EP PF PF
F-3 NE NE EP PF
F-4 NE NE EP PF
F-5 NE NE EP PF
F F-6 NE EP PF PF
F-7 NE NE EP PF
F-8 NE EP PF PF
F-9 NE EP EP PF
F-10 NE EP EP PF
F-11 NE EP PF PF
G-1 NE NE EP EP
G-2 NE NE EP EP
G G-3 NE NE EP PF
G-4 NE NE EP PF
G-5 NE NE EP PF
H-1 NE NE EP EP
H-2 NE EP PF PF
H-3 NE EP PF PF
H
H-4 NE NE EP PF
H-5 NE NE EP PF
H-6 NE NE EP PF
I-1 NE NE EP PF
I I-2 NE NE PF PF
I-3 NE EP PF PF
J - NE NE EP PF
K - NE EP PF PF
L-1 NE EP PF PF
L L-2 NE EP PF PF
L-3 NE EP PF PF
M-1 NE NE EP+ PF+
M-2 NE EP PF PF
M M-3 NE EP PF PF
M-4 NE NE NE NE
M-5 NE EP PF PF
Notas:
a. para o uso desta Tabela, devem ser consultadas as tabelas anteriores desta IT. Para a classificação das Ocupações (Grupos e Divisões), consultar a Tabela 1 do
Regulamento de Segurança contra incêndio em vigor.
b. abreviatura dos tipos de escada:
NE = Escada não enclausurada (escada comum);
EP = Escada enclausurada protegida (escada protegida);
PF = Escada à prova de fumaça.
c. outros símbolos e abreviaturas usados nesta tabela:
Tipo esc. = Tipo de escada;
Gr. = Grupo de ocupação (uso) - conforme Tabela 1 do Regulamento de Segurança contra Incêndio;
Div. = Subdivisão do grupo de ocupação - conforme Tabela 1 do Regulamento de Segurança contra Incêndio.
Nota (1) = Em edificações de ocupação do grupo A - divisão A-2, área de pavimento “N” (menor ou igual a 750 m²), altura acima de 30 m, contudo
não superior a 50 m, a escada poderá ser do tipo EP (Escada Enclausurada Protegida), sendo que acima desta altura (50 m) permanece a escada
do tipo PF (Escada Enclausurada à Prova de fumaça);
+ =Símbolo que indica necessidade de consultar IT, normas ou regulamentos específicos (ocupação não coberta por essa IT);
–=Não se aplica.
d. para as ocupações de divisão F-3, recintos esportivos ou de espetáculos artístico cultural (exceto ginásios e piscinas com ou sem arquibancadas, academias e pista de
patinação), deve ser consultada a IT 12;
e. para a divisões F-3 e F-7, com população total superior a 2.500 pessoas, deve ser consultada a IT 12;
f. havendo necessidade de duas ou mais escadas de segurança, uma delas pode ser do tipo Aberta Externa (AE), atendendo ao item 5.7.12 desta IT;
g. para divisões H-2 e H-3, com altura superior a 12 m, além das saídas de emergências por escadas (Tabela 3) deve possuir elevador de emergência (Figura 17)
h. para divisões H-2, com altura superior a 12 m e H-3, com altura superior a 6 m, além das saídas de emergências por escadas (Tabela 3) deve possuir áreas de refúgio
(Figura 25). As áreas de refúgio quando situadas somente em alguns pavimentos de níveis diferentes, seus acessos devem ser ligados por rampa (item 5.5.1.a desta IT).
Para as edificações que possuam área de refúgio em todos os pavimentos (exceto pavimento térreo), não há necessidade de rampa interligando os diferentes níveis em
acessos às áreas de refúgio;
i. o número de escadas depende do dimensionamento das saídas pelo cálculo da população (Tabela 1) e distâncias máximas a serem percorridas (Tabela 2);
j. nas edificações com altura acima de 36 m, independente da nota anterior, é obrigatória a quantidade mínima de duas escadas, exceto para grupo A-2. Nas edificações
do grupo A-2, com altura acima de 80 m, independente da nota anterior, é obrigatória a quantidade mínima de duas escadas;
k. as condições das saídas de emergência em edificações com altura superior a 150 m devem ser analisadas por meio de Comissão Técnica, devido as suas
particularidades e risco;
l. nas escadas abaixo do pavimento de descarga, em subsolos, onde está prevista a escada NE, conforme Tabela 3, esta deve ser enclausurada, dotada de PCF P-90,
sem a necessidade de ventilação. Para os subsolos com altura descendentes com profundidade maior que 12 m, e que tenham sua ocupação diferente de estacionamento
(garagens – G1e G2), devem ser projetados sistemas de pressurização para as escadas.
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 14/2019


Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco

SUMÁRIO ANEXOS
A Tabela de cargas de incêndio específicas por ocupa-
1 Objetivo
ção
2 Aplicação
B Tabela de carga de incêndio relativa à altura de arma-
3 Referências normativas e bibliográficas
zenamento (depósitos)
4 Definições
C Método de cálculo determinístico para levantamento
5 Procedimentos
da carga de incêndio específica
D Modelo de planilha para cálculo da carga de incêndio

Atualizada pela Portaria nº CCB 021/800/20 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 132, de 04 de julho de 2020
1 OBJETIVO 4.3 Método de cálculo probabilístico: é o método de cálculo
baseado em resultados estatísticos do tipo de atividade
Estabelecer valores característicos de carga de incêndio nas exercida na edificação em estudo;
edificações e áreas de risco, conforme a ocupação e uso
específico. 4.4 Método de cálculo determinístico: é o método de
cálculo baseado no prévio conhecimento da quantidade e
2 APLICAÇÃO qualidade de materiais existentes na edificação em estudo.
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se às edificações e áreas
5 PROCEDIMENTOS
de risco para classificação do risco e determinação do nível
de exigência das medidas de segurança contra incêndio, Em regra, para determinação da carga de incêndio específica
atendendo ao previsto no Regulamento de segurança con- das edificações, aplicam-se as tabelas constantes dos Ane-
tra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de xos A e B (métodos probabilísticos).
São Paulo.
5.1 Para edificações destinadas a explosivos (Grupo “L”) e
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ocupações especiais (Grupo “M”), aplica-se a metodologia
constante do Anexo C (método determinístico).
NBR 14432 – Exigências de resistência ao fogo de elementos
construtivos de edificações – Procedimento. 5.2 Ocupações não listadas nas tabelas dos Anexos A e B
Liga Federal de Combate a Incêndio da Áustria. TRVB – 126. podem ter os valores da carga de incêndio específica deter-
1987. minados por similaridade. Admite-se também a similaridade
Despacho nº 2074/2009 do Presidente da Autoridade Nacio- entre as edificações comerciais (Grupo “C”) e industriais
nal de Protecção Civil de Portugal. (Grupo “I”).
Real Decreto nº 2267/2004 da Espanha. 5.3 As ocupações do Grupo “J” devem adotar obrigatoria-
European Committee for Standardization. Eurocode 1 – ENV. mente a tabela relativa à altura de armazenagem constante
do Anexo B.
4 DEFINIÇÕES
5.4 O levantamento da carga de incêndio específica cons-
Além das definições constantes da IT 03 – Terminologia de tante do Anexo C deve ser realizado em módulos de,
segurança contra incêndio, aplicam-se as definições espe-
no máximo, 1000 m² de área de piso considerado para
cíficas abaixo:
o cálculo. Módulos maiores de 1000 m² podem ser utilizados
4.1 Carga de incêndio: é a soma das energias caloríficas quando o espaço analisado possuir materiais combustíveis
possíveis de serem liberadas pela combustão completa de com potenciais caloríficos semelhantes e uniformemente
todos os materiais combustíveis contidos em um espaço, distribuídos.
inclusive o revestimento das paredes, divisórias, pisos e te-
5.4.1 A carga de incêndio específica do piso analisado deve
tos;
ser tomada como sendo a média entre os 2 módulos de maior
4.2 Carga de incêndio específica: é o valor da carga de valor.
incêndio dividido pela área de piso do espaço considerado, 5.5 Considerar para o cálculo: 1 kg (um quilograma) de
expresso em megajoules (MJ) por metro quadrado (m²); madeira equivale a 19,0 megajoules (MJ); 1 caloria equivale
a 4,185 joules (J); e 1 BTU equivale a 252 calorias (cal).
Anexo A
Tabela de cargas de incêndio específicas por ocupação

Para a classificação detalhada das ocupações (Divisão), consultar a Tabela 1 do Regulamento de Segurança contra Incêndio em
vigor.
Carga de incêndio (qfi)
Ocupação/Uso Descrição Divisão
em MJ/m²
Alojamentos estudantis A-3 300
Apartamentos A-2 300
Residencial
Casas térreas ou sobrados A-1 300
Pensionatos A-3 300
Hotéis B-1 500
Serviços de
Motéis B-1 500
hospedagem
Apart-hotéis B-2 500
Açougue C-1 40
Animais (“pet shop”) C-2 600
Antiguidades C-2 700
Aparelhos eletrodomésticos C-1 300
Aparelhos eletrônicos C-2 400
Armarinhos C-2 700
Armas C-1 300
Artigos de bijuteria, metal ou vidro C-1 300
Artigos de cera C-2 2100
Artigos de couro, borracha, esportivos C-2 800
Automóveis C-1 200
Bebidas destiladas C-2 500
Brinquedos C-2 500
Calçados C-2 500
Couro, artigos de C-2 700
Drogarias (incluindo depósitos) C-2 1000
Esportes, artigos de C-2 800
Ferragens C-1 300
Comercial varejista,
Floricultura C-1 80
Loja
Galeria de quadros C-1 200
Ver item 5.2
Joalheria C-1 300
Livrarias C-2 1000
Lojas de departamento ou centro de compras
C-2/C-3 800
(shoppings)
Materiais de construção C-2 800
Máquinas de costura ou de escritório C-1 300
Materiais fotográficos C-1 300
Móveis C-2 400
Papelarias C-2 700
Perfumarias C-2 400
Produtos têxteis C-2 600
Relojoarias C-2 500
Supermercados (vendas) C-2 500
Tapetes C-2 800
Tintas e vernizes C-2 1000
Verduras frescas C-1 200
Vinhos C-1 200
Vulcanização C-2 1000
Agências bancárias D-2 300
Agências de correios D-1 400
Centrais telefônicas D-1 200
Cabeleireiros D-1 200
Serviços
Copiadora D-1 400
profissionais,
Encadernadoras D-1 1000
pessoais e técnicos
Escritórios D-1 700
Estúdios de rádio ou de televisão ou de fotogra-
D-1 300
fia
Laboratórios químicos D-4 500
Anexo A
Tabela de cargas de incêndio específicas por ocupação (cont.)
Carga de incêndio (qfi)
Ocupação/Uso Descrição Divisão
em MJ/m²
Laboratórios (outros) D-4 300
Lavanderias D-3 300
Serviços
Oficinas elétricas D-3 600
profissionais,
Oficinas hidráulicas ou mecânicas D-3 200
pessoais e técnicos
Pinturas D-3 500
Processamentos de dados D-1 400
Academias de ginástica e similares E-3 300
Educacional e Pré-escolas e similares E-5 300
cultura física Creches e similares E-5 300
Escolas em geral E-1/E-2/E-4/E-6 300
Bibliotecas F-1 2000
Cinemas, teatros e similares F-5 600
Circos e assemelhados F-7 500
Centros esportivos e de exibição F-3 150
Clubes sociais e salão de festas F-6 600
Estações e terminais de passageiros F-4 200
Exposições de objetos e animais F-10 Adotar Anexo B ou C
Locais de reunião de
Igrejas e templos F-2 200
Público
Lan house, jogos eletrônicos F-6 450
Museus F-1 300
Padarias comerciais F-8 300
Restaurantes, Lanchonetes, Bares, Cafés, Re-
F-8 300
feitórios, Cantinas e assemelhados
Boates, casas noturnas, danceterias, discotecas
F-11 600
e assemelhados
Estacionamentos G-1/G-2 200
Serviços automoti-
Oficinas de conserto de veículos e manutenção G-4 300
vos e
Postos de abastecimentos (tanque enterrado) G-3 300
assemelhados
Hangares G -5 200
Asilos H-2 350
Clínicas e consultórios médicos ou odontológi-
H-6 250
cos
Serviços de saúde e
Hospitais em geral H-1/H-3 300
Institucionais
Presídios e similares H-5 200
Quartéis e similares H-4 450
Veterinárias H-1 300
Aparelhos eletroeletrônicos, fotográficos, ópticos I-2 400
Acessórios para automóveis I-1 300
Acetileno I-2 700
Alimentação (alimentos) I-2 800
Aço, corte e dobra, sem pintura, sem embala-
I-1 40
gem
Artigos de borracha, coriça, couro, feltro, es-
I-2 600
puma
Artigos de argila, cerâmica ou porcelanas I-1 200
*Industrial
Artigos de bijuteria I-1 200
*Ver item 5.2
Artigos de cera I-2 1000
Artigos de gesso I-1 80
Artigos de madeira em geral I-2 800
Artigos de madeira, impregnação I-3 3000
Artigos de mármore I-1 40
Artigos de metal, forjados I-1 80
Artigos de metal, fresados I-1 200
Artigos de peles I-2 500
Artigos de plásticos em geral I-2 1000
Anexo A
Tabela de cargas de incêndio específicas por ocupação (cont.)
Carga de incêndio (qfi)
Ocupação/Uso Descrição Divisão
em MJ/m²
Artigos de tabaco I-1 200
Artigos de vidro I-1 80
Asfalto, manipulação de I-2 800
Automotiva e autopeças (exceto pintura) I-1 300
Automotiva e autopeças (pintura) I-2 500
Aviões I-2 600
Balanças I-1 300
Barcos de madeira ou de plástico I-2 600
Barcos de metal I-2 600
Baterias/Acumuladores I-2 800
Bebidas destilada I-2 500
Bebidas não alcoólicas I-1 80
Bicicletas I-1 200
Brinquedos I-2 500
Café (inclusive torrefação) I-2 400
Caixotes barris ou pallets de madeira I-2 1000
Calçados I-2 600
Carpintarias e marcenarias I-2 800
Cera de polimento I-3 2000
Cerâmica I-1 200
Cereais I-3 1700
Cervejarias I-1 80
Chapas de aglomerado ou compensado I-1 300
Chocolate I-2 400
Cimento I-1 40
Cobertores, tapetes I-2 600
Colas I-2 800
Colchões (exceto espuma) I-2 500
Industrial Condimentos, conservas I-1 40
*Ver item 5.2 Confeitarias I-2 400
Congelados I-2 800
Cortiça, artigos de I-2 600
Couro, curtume I-2 700
Couro sintético I-2 1000
Criadouros (aves, suínos e assemelhados) I-1 80
Defumados I-1 200
Discos de música I-2 600
Doces I-2 800
Espumas I-3 3000
Estaleiros I-2 700
Farinhas I-3 2000
Feltros I-2 600
Fermentos I-2 80
Ferragens I-1 300
Fiações I-2 600
Fibras sintéticas I-1 300
Fios elétricos I-1 300
Flores artificiais I-1 300
Fornos de secagem com grade de madeira I-2 1000
Forragem I-3 2000
Frigoríficos I-3 2000
Fundições de metal I-1 40
Galpões de secagem com grade de madeira I-2 400
Galvanoplastia I-1 200
Geladeiras I-2 1000
Gelatinas I-2 800
Gesso I-1 80
Anexo A
Tabela de cargas de incêndio específicas por ocupação (cont.)
Carga de incêndio (qfi)
Ocupação/Uso Descrição Divisão
em MJ/m²
Gorduras comestíveis I-2 1000
Gráficas (empacotamento) I-3 2000
Gráficas (produção) I-2 400
Guarda-chuvas I-1 300
Instrumentos musicais I-2 600
Janelas e portas de madeira I-2 800
Joias I-1 200
Laboratórios farmacêuticos I-1 300
Laboratórios químicos I-2 500
Lápis I-2 600
Lâmpadas I-1 40
Latas metálicas, sem embalagem I-1 100
Laticínios I-1 200
Malas, fábrica I-2 1000
Malharias I-1 300
Máquinas de lavar de costura ou de escritório I-1 300
Massas alimentícias I-2 1000
Mastiques I-2 1000
Matadouro I-1 40
Materiais sintéticos I-3 2000
Materiais usados, tratamento de I-3 3400
Metalúrgica I-1 200
Montagens de automóveis I-1 300
Motocicletas I-1 300
Motores elétricos I-1 300
Móveis I-2 600
Olarias I-1 100
Industrial Óleos comestíveis e óleos em geral I-2 1000
*Ver item 5.2 Padarias industriais I-2 1000
Papéis (acabamento) I-2 500
Papéis (preparo de celulose) I-1 80
Papéis (procedimento) I-2 800
Papelões betuminados I-3 2000
Papelões ondulados I-2 800
Pedras I-1 60
Perfumes I-1 300
Pneus I-2 700
Produtos adesivos I-2 1000
Produtos de adubo químico I-1 200
Produtos alimentícios (expedição) I-2 1000
Produtos com ácido acético I-1 200
Produtos com ácido carbônico I-1 40
Produtos com ácido inorgânico I-1 80
Produtos com albumina I-3 2000
Produtos com alcatrão I-2 800
Produtos com amido I-3 2000
Produtos com soda I-1 40
Produtos de limpeza I-3 2000
Produtos graxos I-2 1000
Produtos refratários I-1 200
Rações balanceadas I-2 1100
Relógios I-1 300
Resinas I-3 3000
Resinas, em placas I-2 800
Roupas I-2 500
Sabões I-1 300
Sacos de papel I-2 800
Anexo A
Tabela de cargas de incêndio específicas por ocupação (cont.)
Sacos de juta I-2 500
Serralheria I-1 200
Sorvetes I-1 80
Sucos de fruta I-1 200
Tapetes I-2 600
Têxteis em geral (tecidos) I-2 700
Tintas e solventes I-3 4000
Tintas e vernizes I-3 2000
Tintas látex I-2 800
Industrial
Tintas não-inflamáveis I-1 200
*Ver item 5.2
Transformadores I-1 200
Tratamento de madeira I-3 3000
Tratores I-1 300
Vagões I-1 200
Vassouras ou escovas I-2 700
Velas de cera I-3 1300
Vidros ou espelhos I-1 200
Vinagres I-1 80
Vulcanização I-2 1000
Nota:
Para ocupações do grupo K, observar as orientações da IT 37.
Anexo B
Tabela de carga de incêndio relativa à altura de armazenamento (depósitos)

Carga de incêndio (qfi) em MJ/m²


Tipo de material
Altura de armazenamento (em metros)
1 2 4 6 8 10
Açúcar 3780 7560 15120 22680 30240 37800
Açúcar, produtos de 360 720 1440 2160 2880 3600
Acumuladores/baterias 360 720 1440 2160 2880 3600
Adubos químicos 90 180 360 540 720 900
Alcatrão 1530 3060 6120 9180 12240 15300
Algodão 585 1170 2340 3510 4680 5850
Alimentação (alimentos industrializados) 1530 3060 6120 9180 12240 15300
Aparelhos eletroeletrônicos 180 360 720 1080 1440 1800
Aparelhos fotográficos 270 540 1080 1620 2160 2700
Bebidas alcoólicas 360 720 1440 2160 2880 3600
Borracha 12870 25740 51480 77220 102960 128700
Artigos de borracha 2250 4500 9000 13500 18000 22500
Brinquedos 360 720 1440 2160 2880 3600
Cabos elétricos 270 540 1080 1620 2160 2700
Cacau, produtos de 2610 5220 10440 15660 20880 26100
Café cru 1305 2610 5220 7830 10440 13050
Caixas de madeira 270 540 1080 1620 2160 2700
Calçado 180 360 720 1080 1440 1800
Celuloide 1530 3060 6120 9180 12240 15300
Cera 1530 3060 6120 9180 12240 15300
Cera, artigos de 945 1890 3780 5670 7560 9450
Chocolate 1530 3060 6120 9180 12240 15300
Colas combustíveis 1530 3060 6120 9180 12240 15300
Colchões não sintéticos 2250 4500 9000 13500 18000 22500
Cosméticos 248 495 990 1485 1980 2475
Couro 765 1530 3060 4590 6120 7650
Couro, artigos de 270 540 1080 1620 2160 2700
Couro sintético 765 1530 3060 4590 6120 7650
Couro sintético, artigos de 360 720 1440 2160 2880 3600
Depósitos de mercadorias incombustíveis em pi-
90 180 360 540 720 900
lhas de caixas de madeira ou de papelão
Depósitos de mercadorias incombustíveis em pi-
90 180 360 540 720 900
lhas de caixas de plástico
Depósitos de mercadorias incombustíveis em es-
9 18 36 54 72 90
tantes metálicas (sem embalagem)
Depósitos de paletes de madeira 1530 3060 6120 9180 12240 15300
Espumas sintéticas 1125 2250 4500 6750 9000 11250
Espumas sintéticas, artigos de 360 720 1440 2160 2880 3600
Farinha em sacos 3780 7560 15120 22680 30240 37800
Feltro 360 720 1440 2160 2880 3600
Feno, fardos de 450 900 1800 2700 3600 4500
Fiação, produtos de fio 765 1530 3060 4590 6120 7650
Fiação, produtos de lã 855 1710 3420 5130 6840 8550
Fósforos 360 720 1440 2160 2880 3600
Gorduras 8100 16200 32400 48600 64800 81000
Gorduras comestíveis 8505 17010 34020 51030 68040 85050
Grãos, sementes 360 720 1440 2160 2880 3600
Instrumentos de ótica 90 180 360 540 720 900
Legumes, verduras, hortifrutigranjeiros 158 315 630 945 1260 1575
Leite em pó 4050 8100 16200 24300 32400 40500
Lenha 1125 2250 4500 6750 9000 11250
Madeira em troncos 2835 5670 11340 17010 22680 28350
Anexo B
Tabela de carga de incêndio relativa à altura de armazenamento (depósitos)

Carga de Incêndio (qfi) em MJ/m2


Tipo de material Altura de armazenamento (em metros)
1 2 4 6 8 10
Madeira, aparas 945 1890 3780 5670 7560 9450
Madeira, restos de 1350 2700 5400 8100 10800 13500
Madeira, vigas e tábuas 1890 3780 7560 11340 15120 18900
Malte 6030 12060 24120 36180 48240 60300
Massas alimentícias 765 1530 3060 4590 6120 7650
Materiais de construção 360 720 1440 2160 2880 3600
Materiais sintéticos 2655 5310 10620 15930 21240 26550
Material de escritório 585 1170 2340 3510 4680 5850
Medicamentos, embalagem 360 720 1440 2160 2880 3600
Móveis de madeira 360 720 1440 2160 2880 3600
Móveis, estofados sem espuma sintética 180 360 720 1080 1440 1800
Painel de madeira aglomerada 3015 6030 12060 18090 24120 30150
Papel 3780 7560 15120 22680 30240 37800
Papel prensado 945 1890 3780 5670 7560 9450
Papelaria, estoque 495 990 1980 2970 3960 4950
Produtos farmacêuticos, estoque 360 720 1440 2160 2880 3600
Peças automotivas 360 720 1440 2160 2880 3600
Perfumaria, artigos de 225 450 900 1350 1800 2250
Pneus 810 1620 3240 4860 6480 8100
Portas de madeira 810 1620 3240 4860 6480 8100
Produtos químicos combustíveis 450 900 1800 2700 3600 4500
Queijos 1125 2250 4500 6750 9000 11250
Resinas sintéticas 1890 3780 7560 11340 15120 18900
Resinas sintéticas, placas de 1530 3060 6120 9180 12240 15300
Sabão 1890 3780 7560 11340 15120 18900
Sacos de papel 5670 11340 22680 34020 45360 56700
Sacos de plástico 11340 22680 45360 68040 90720 113400
Tabaco em bruto 765 1530 3060 4590 6120 7650
Tabaco, artigos de 945 1890 3780 5670 7560 9450
Tapeçarias 765 1530 3060 4590 6120 7650
Tecidos em geral 900 1800 3600 5400 7200 9000
Tecidos sintéticos 585 1170 2340 3510 4680 5850
Tecidos, fardos de algodão 585 1170 2340 3510 4680 5850
Tecidos, seda artificial 450 900 1800 2700 3600 4500
Toldos ou lonas 450 900 1800 2700 3600 4500
Velas de cera 10080 20160 40320 60480 80640 100800
Vernizes 1125 2250 4500 6750 9000 11250
Vernizes de cera 2250 4500 9000 13500 18000 22500
Nota:
Pode haver interpolação entre os valores.
Anexo C
Método de cálculo determinístico para levantamento da carga de incêndio específica

C.1 Os valores da carga de incêndio específica para as edificações destinadas a explosivos e ocupações especiais podem ser
determinados pela seguinte expressão:

q =
M i Hi
fi A
f
Onde:
q f i - valor da carga de incêndio específica, em megajoule por metro quadrado (MJ/m²) de área de piso considerado para o cálculo;
Mi - massa total de cada componente (i) do material combustível, em quilograma. Esse valor não pode ser excedido durante a vida
útil da edificação exceto quando houver alteração de ocupação, ocasião em que (Mi) deve ser reavaliado;
Hi - potencial calorífico específico de cada componente do material combustível, em megajoule por quilograma, conforme Tabela
C.1;
Af - área do piso considerado para o cálculo, em metro quadrado.
Notas:
1) O levantamento da carga de incêndio deverá ser realizado conforme item 5 (Procedimentos) desta IT.
2) A unidade MJ/m² refere-se ao valor energético de uma determinada área que se obtém por meio da fórmula acima.
Tabela C.1 - Valores de referência - potencial calorífico específico (Hi)

Hi Hi Hi
Tipo de material Tipo de material Tipo de material
(MJ/kg) (MJ/kg) (MJ/kg)
Acetileno 50 Dietilcetona 34 N-Octano
Metanol 44 19
Monóxido de car-
Acetileno dissolvido 17 Dietileter 37 10
bono
Acetona 30 Epóxi 34 Nafta 42
Acrílico 28 Etano 47 N-Butano 45
Açúcar 17 Etanol 26 Nitrocelulose 8,4
Amido 17 Eteno 50 N-Octano 44
Algodão 18 Éter amílico 42 N-Pentano 45
Álcool alílico 34 Éter etílico 34 Óleo de linhaça 37
Álcool amílico 42 Etileno 50 Óleo vegetal 42
Álcool etílico 25 Etino 48 Palha 16
Álcool metílico 21 Enxofre 8,4 Papel 17
Benzeno 40 Farinha de trigo 17 Parafina 46
Benzina 42 Hexaptano 46 Petróleo 41
Celulose 16 Fenol 34 Plástico 31
Biodiesel 39 Fibra sintética 6,6 29 Poliacrilonitrico 30
Borracha espuma 37 Fósforo 25 Policarbonato 29
Borracha em tiras 32 Gás natural 26 Poliéster 27
Butano 46 Gasolina 47 Poliestireno 39
Cacau em pó 17 Glicerina 17 Polietileno 44
Gordura e óleo ve-
Café 17 42 Polimetilmetacrilico 24
getal
Cafeína 21 Grãos 17 Polioximetileno 15
Cálcio 4 Graxa, lubrificante 41 Poliuretano 23
Carbono 34 Heptano 46 Polivinilclorido 16
Carvão 36 Hexametileno 46 Polipropileno 43
Celulose 16 Hexano 46 Propano 46
Cereais 17 Hidreto de sódio 9 PVC 17
C-Heptano 46 Hidrogênio 143 Resina de fenol 25
Hidreto de magné-
C-Pentano 46 17 Resina de uréia 21
sio
C-Propano 50 Látex 44 Resina melamínica 18
C-Hexano 46 Lã 23 Seda 19
Chocolate 25 Leite em pó 17 Sisal 17
Chá 17 Linho 17 Sódio 4,5
Sulfureto de car-
Cloreto de polivinil 21 Linóleo 2 12,5
bono
Couro 19 Lixo de cozinha 18 Tabaco 17
Creosoto/fenol 37 Madeira 19 Tolueno 42
D-glucose 15 Magnésio 25Turfa 34
Ureia (ver também
Diesel 43 Manteiga 37 9
resina de ureia)
Dietilamina 42 Metano 50 Viscose 17
Nota: valores de materiais não listados nesta tabela poderão ser apresentados pelo projetista, desde que
citada a fonte bibliográfica.
Anexo D
Planilha para cálculo da carga de incêndio

Massa total de Potencial calorífico es- Potencial calorífico


Tipo do material existente na edificação por área con- cada material pecífico(1) por material(2)
siderada para o cálculo
Mi - (Kg) Hi - (MJ/Kg) Mi x Hi - qi (MJ)

Total do potencial calorífico da área considerada para o cálculo (3) qi


(MJ)

 Mi Hi

Área considerada para o cálculo Af (m²)

Carga de incêndio específica da área considerada para o cálculo (4)

q =
M i Hi
fi A
f

Observações:
- Constante da Tabela C.1.
- Massa total de cada material x potencial calorífico específico
- Somatória de todos os potenciais caloríficos considerados
- Total do potencial calorífico da área considerada para o cálculo/área considerada para o cálculo = (qfi )
Legenda:
qfi - valor da carga de incêndio específica, em megajoule por metro quadrado de área de piso considerada para o cálculo;
Mi - massa total de cada componente “i” do material combustível, em quilograma. Esse valor não poderá ser excedido durante a vida útil da edificação, exceto
quando houver alteração de ocupação, ocasião em que “Mi” deverá ser reavaliado;
Hi - potencial calorífico específico de cada componente do material combustível, em megajoule por quilograma, conforme Tabela C.1;
Af - área do piso considerada para o cálculo, em m2.
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 18/2019


Iluminação de emergência

SUMÁRIO

1 Objetivo
2 Aplicação
3 Referências normativas e bibliográficas
4 Definições
5 Procedimentos
6 Considerações Gerais

Atualizada pela Portaria nº CCB 002/810/20 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 67, de 19 de abril de 2019
450 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo
1 OBJETIVO 5.2 Sistema centralizado com baterias

1.1 Fixar as condições necessárias para o projeto e 5.2.1 Os componentes da fonte de energia centralizada de
instalação do sistema de iluminação de emergência em alimentação do sistema de iluminação de emergência, bem
edificações e áreas de risco, atendendo ao previsto no como seus comandos devem ser instalados em local não
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e acessível ao público, sem risco de incêndio, ventilado e que
áreas de risco do Estado de São Paulo. não ofereça risco de acidentes aos usuários.

2 APLICAÇÃO 5.2.2 Se houver baterias reguladas por válvulas, o painel de


controle pode ser instalado no mesmo local das baterias. O
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se às edificações e local da instalação deverá ser em lugar ventilado e protegido
áreas de risco onde o sistema de iluminação de emergência do acúmulo de gases.
é exigido.
5.3 Conjunto de blocos autônomos
2.2 Adota-se a NBR 10898 – Sistema de iluminação de
emergência, naquilo que não contrariar o disposto nesta IT. 5.3.1 As baterias para sistemas autônomos devem ser de
chumbo-ácido selada ou níquel-cádmio, isenta de
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS manutenção.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS 5.4 TIPOS DE ILUMINAÇÕES DE EMERGÊNCIA
(ABNT). NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão.
Rio de Janeiro: ABNT; 5.4.1 Iluminação de emergência de aclaramento
_______.NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência. 5.4.1.1 A distância máxima entre os pontos de iluminação de
Rio de Janeiro: ABNT; emergência de aclaramento não deve ultrapassar 15 m e
_______.NBR 15465 – Sistema de eletrodutos plásticos para entre o ponto de iluminação e a parede 7,5 m. Outro
instalações elétricas de baixa tensão – Requisitos de distanciamento entre pontos pode ser adotado, desde que
desempenho. Rio de Janeiro: ABNT. atenda aos parâmetros da NBR 10898.

4 DEFINIÇÕES 5.4.1.2 As salas com área igual ou inferior a 50 m² e população


inferior a 50 pessoas, conforme parâmetros da IT 11, estão
4.1 Aplicam-se as definições constantes da IT 03 – isentas de instalação de iluminação de emergência, desde que
Terminologia de segurança contra incêndio. as saídas das salas sejam diretas para o corredor.

5 PROCEDIMENTOS 5.4.2 Iluminação de emergência de balizamento

5.1 Grupo motogerador (GMG) 5.4.2.1 Caso a luminária de emergência de balizamento atenda
o nível de aclaramento de 3 lux, dispensa-se a instalação de
5.1.1 Deve-se garantir acesso controlado e desobstruído uma luminária de aclaramento no mesmo local.
desde a área externa da edificação até o grupo motogerador.
5.4.2.2 As luminárias de emergência localizadas acima das
5.1.2 No caso de grupo motogerador instalado em local portas de saída (intermediárias e finais) em ambientes
confinado, para o seu perfeito funcionamento, deve ser fechados com lotação superior a 100 pessoas para as
garantido que a tomada de ar seja realizada sem o risco de se ocupações F-3, F-5, F-6, F-7, F-10 e F-11 devem ser do tipo
captar a fumaça oriunda de um incêndio. balizamento, mantendo-se permanentemente acesas durante
a utilização do ambiente (funcionamento: normal e
5.1.3 Na condição acima descrita, o GMG deve ser instalado emergência).
em compartimento resistente ao fogo por 2 h, com acesso
protegido por PCF P-90. 6 CONSIDERAÇÕES GERAIS

5.1.4 Quando a tomada de ar externo for realizada por meio de 6.1 No caso de instalação aparente, a tubulação e as caixas
duto, este deve ser construído ou protegido por material de passagem devem ser metálicas ou em PVC rígido
resistente ao fogo por 2 h. antichama, conforme NBR 15465.

5.1.5 Nas edificações atendidas por grupo motogerador, 6.2 Deve-se garantir um nível mínimo de iluminamento de 3
quando o tempo de comutação do sistema for superior ao lux em locais planos (corredores, halls, áreas de refúgio) e 5
estabelecido pela NBR 10898, deve ser previsto sistema lux em locais com desnível (escadas ou passagens com
centralizado por bateria ou bloco autônomo. obstáculos)

5.1.6 Os circuitos elétricos do GMG devem atender as 6.3 A tensão das luminárias de aclaramento e balizamento para
prescrições da IT 41 – Inspeção visual em instalações elétricas iluminação de emergência em áreas com carga de
de baixa tensão. incêndio deve ser de, no máximo, de 30 Volts.

5.1.7 O Responsável Técnico deverá atentar para as tensões 6.4 Para instalações existentes e na impossibilidade de
máximas nos circuitos conforme NBR 10898. reduzir a tensão de alimentação das luminárias, pode ser
utilizado um interruptor diferencial de 30 mA, com disjuntor
termomagnético de 10 A. 6.4.2 O Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de
São Paulo, na vistoria, poderá exigir que os equipamentos
6.4.1 Recomenda-se a instalação de uma tomada externa à utilizados no sistema de iluminação de emergência sejam
edificação, compatível com a potência da iluminação, para certificados pelo Sistema Brasileiro de Certificação.
ligação de um gerador móvel. Esta tomada deve ser
acessível, protegida adequadamente contra intempéries e
devidamente identificada.
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 20/2019

Sinalização de emergência

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Formas geométricas e dimensões para a


2 Aplicação sinalização de emergência
3 Referências normativas e bibliográficas B Simbologia para sinalização de emergência
4 Definições C Exemplos de instalação de sinalização
5 Procedimentos gerais
6 Procedimentos específicos

Atualizada pela Portaria nº CCB 002/810/20 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 67, de 19 de abril de 2019
458 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

1 OBJETIVO adequadas à situação de risco, que orientem as ações de


combate e facilitem a localização dos equipamentos e das rotas
1.1 Fixar as condições exigíveis que devem satisfazer o de saída para abandono seguro da edificação em caso de
sistema de sinalização de emergência em edificações e incêndio.
áreas de risco, atendendo ao previsto no Regulamento de
segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco 5.2 Características da sinalização de emergência
do Estado de São Paulo.
5.2.1 Características básicas
2 APLICAÇÃO
5.2.1.1 A sinalização de emergência faz uso de símbolos,
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as mensagens e cores, definidos nesta IT, que devem ser
edificações e áreas de risco, exceto residências unifamiliares. alocados convenientemente no interior da edificação e áreas
de risco, segundo os critérios desta IT.
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
5.2.2 Características específicas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
(ABNT). NBR 7500: Símbolos de risco e manuseio para o a. formas geométricas e as dimensões das sinalizações de
transporte e armazenamento de materiais. Rio de Janeiro: emergência são as constantes do Anexo A;
ABNT, b. as simbologias das sinalizações de emergência são as
_______. NBR 7500: Símbolos de risco e manuseio para o constantes do Anexo B.
transporte e armazenamento de materiais. Rio de Janeiro:
5.3 Classificação da sinalização
ABNT,
_______. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, A sinalização de emergência é classificada em sinalização
espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, básica e sinalização complementar, conforme segue:
_______. NBR 10898: Sistema de iluminação de emergência. 5.3.1 Sinalização básica
Rio de Janeiro: ABNT,
_______. NBR 13434-1: Sinalização de segurança contra A sinalização básica é o conjunto mínimo de sinalização que
incêndio e pânico – Parte 1: Princípios de projeto. Rio de uma edificação deve apresentar, constituído por 4 categorias,
Janeiro: ABNT,
5.3.1.1 Proibição
_______. NBR 13434-2: Sinalização de segurança contra
incêndio e pânico – Parte 2: Símbolos e suas formas, Visa a proibir e coibir ações capazes de conduzir ao início do
dimensões e cores. Rio de Janeiro: ABNT, incêndio ou ao seu agravamento.
_______. NBR 13434-3: Sinalização de segurança contra 5.3.1.2 Alerta
incêndio e pânico – Parte 3: Requisitos e métodos de ensaio.
Rio de Janeiro: ABNT, Visa a alertar para áreas e materiais com potencial de risco
de incêndio, explosão, choques elétricos e contaminação por
Resolução ANTT 5232/16 e suas atualizações, Instruções
produtos perigosos.
complementares ao Regulamento Terrestre do Transporte de
Produtos Perigosos. 5.3.1.3 Orientação e salvamento
ISO 7010:2011, Graphical symbols - Safety colours and safety
signs Visa a indicar as rotas de saída e as ações necessárias para o
seu acesso e uso.
ISO 16069:2004, Graphical Symbols – Safety signs – Safety
way guidance systems (SWGS) 5.3.1.4 Equipamentos
ISO 17724:2003, Graphical Symbols – Vocabulary
Visa a indicar a localização e os tipos de equipamentos de
ISO 23601:2009 Safety identification -- Escape and combate a incêndios e alarme disponíveis no local.
evacuation plan signs
DIN 67510-1:2002, Photoluminescent Pigments and products 5.3.2 Sinalização complementar
– Part 1 - Measurement and marking at the producer A sinalização complementar é o conjunto de sinalização com-
DIN 67510-2:2002, Photoluminescent Pigments and products posto por faixas de cor ou mensagens complementares à
– Part 2 – Measurement of phosphorescent products on site sinalização básica, porém, das quais esta última não é de-
pendente.
4 DEFINIÇÕES
5.3.2.1 A sinalização complementar tem a finalidade de:
4.1 Aplicam-se as definições constantes da IT 03 – Terminolo-
gia de segurança contra incêndio. 5.3.2.1.1 Complementar, através de um conjunto de faixas de
cor, símbolos ou mensagens escritas, a sinalização básica,
5 PROCEDIMENTOS GERAIS nas seguintes situações:

5.1 Finalidade a. indicação continuada de rotas de saída, orientando o


trajeto completo até uma saída de emergência;
5.1.1 A sinalização de emergência tem como finalidade b. indicação de obstáculos (pilares, arestas de paredes e
reduzir o risco de ocorrência de incêndio, alertando para os vigas, desníveis de piso, fechamento de vãos com vidros
riscos existentes e garantir que sejam adotadas ações ou outros materiais translúcidos e transparentes) e riscos
de utilização das rotas de saída; de, no máximo, 15 m. Adicionalmente, essa também
c. mensagens específicas escritas que acompanham a deve ser instalada, de forma que na direção de saída de
sinalização básica, onde for necessária a qualquer ponto seja possível visualizar o ponto seguinte,
complementação da mensagem dada pelo símbolo; respeitado o limite máximo de 30 m. A sinalização deve
d. Indicar as medidas de proteção contra incêndio ser instalada em local visível de modo que a sua base
existentes na edificação ou áreas de risco; esteja a uma altura mínima de 1,8 m do piso acabado;
e. Indicar a lotação admitida em recintos destinados a c. a sinalização de identificação dos pavimentos no interior
reunião de público. da caixa de escada de emergência deve estar a uma
altura de 1,8 m medido do piso acabado à base da
5.3.2.1.2 Informar circunstâncias específicas em uma sinalização, instalada junto à parede, sobre o pata- mar
edificação ou áreas de risco, por meio de mensagens de acesso de cada pavimento, de tal forma a ser
escritas;
visualizada em ambos os sentidos da escada (subida e
5.3.2.1.3 Demarcar áreas visando definir um leiaute no piso, descida);
para assegurar corredores de circulação destinados às rotas d. a mensagem escrita “SAÍDA” deve estar sempre grafada no
de saídas e acesso a equipamentos de combate a incêndio e idioma português. Caso exista a necessidade de
alarme, em locais ocupados por estacionamento de utilização de outras línguas estrangeiras, devem ser
veículos, depósitos de mercadorias e máquinas ou aplicados textos adicionais;
equipamentos de áreas fabris; e. em escadas contínuas, além da identificação do
pavimento de descarga no interior da caixa de escada de
5.3.2.1.4 Identificar sistemas hidráulicos fixos de combate a
emergência, deve-se incluir uma sinalização de saída de
incêndio por meio de pintura diferenciada, as tubulações
emergência com seta indicativa da direção do fluxo através
e acessórios utilizados para sistemas de hidrantes e chuveiros
automáticos quando aparentes. dos símbolos (Anexo B – código S3 ou S4 na parede frontal
aos lances de escadas e S5 acima da porta de saída, de
6 PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS forma a evidenciar o piso de descarga);
f. a abertura das portas em escadas não deve obstruir a
6.1 Implantação da sinalização básica visualização de qualquer sinalização.
Os diversos tipos de sinalização de emergência devem ser
implantados em função de características específicas de uso 6.1.3.2 Sinalização de equipamentos de combate a incêndio
e dos riscos, bem como em função de necessidades básicas
6.1.3.2.1 A sinalização apropriada de equipamentos de
para a garantia da segurança contra incêndio e pânico na
combate a in- cêndio deve estar a uma altura mínima de 1,8
edificação (ver exemplos no Anexo C).
m, medida do piso acabado à base da sinalização, e
6.1.1 Sinalização de proibição imediatamente acima do equipamento sinalizado. Ainda:

A sinalização de proibição apropriada deve ser instalada em a. quando houver, na área de risco, obstáculos que
local visível e a uma altura mínima de 1,8 m medida do piso dificultem ou impeçam a visualização direta da
acabado à base da sinalização, distribuída em mais de um sinalização básica no plano vertical, a mesma sinalização
ponto dentro da área de risco, de modo que pelo menos deve ser repetida a uma altura suficiente para a
uma delas possa ser claramente visível de qualquer posição sua visualização;
dentro da área, distanciadas em no máximo 15 m entre si. b. quando a visualização direta do equipamento ou sua
sinalização não for possível no plano horizontal, a sua
6.1.2 Sinalização de alerta
localização deve ser indicada a partir do ponto de boa
A sinalização de alerta apropriada deve ser instalada em visibilidade mais próxima. A sinalização deve incluir o
local visível e a uma altura mínima de 1,8 m medida do piso símbolo do equipamento em questão e uma seta
acabado à base da sinalização, próxima ao risco isolado ou indicativa, sendo que o conjunto não deve distar mais que
distribuída ao longo da área de risco generalizado, 7,5 m do equipamento;
distanciadas entre si em, no máximo, 15 m. c. quando o equipamento encontrar-se instalado em pilar,
devem ser sinalizadas todas as faces do pilar que
6.1.3 Sinalização de orientação e salvamento
estiverem voltadas para os corredores de circulação de
6.1.3.1 A sinalização de saída de emergência apropriada pessoas ou veículos;
deve assinalar todas as mudanças de direção, saídas, d. quando se tratar de hidrante e extintor de incêndio
escadas etc., e ser instalada segundo sua função, a saber: instalados em garagem, área de fabricação, depósito e
a. a sinalização de portas de saída de emergência deve locais utilizados para movimentação de mercadorias e
ser localizada imediatamente acima das portas, no de grande varejo deve ser implantada também a
máximo a 0,1 m da verga, ou na impossibilidade sinalização de piso.
desta, diretamente na folha da porta, centralizada a
6.2 Implantação da sinalização complementar
uma altura de 1,8 m medida do piso acabado à base
da sinalização; 6.2.1 A sinalização complementar de indicação continuada
b. a sinalização de orientação das rotas de saída deve das rotas de saída é recomendada e, quando utilizada, deve
ser localizada de modo que a distância de percurso de ser aplicada sobre o piso acabado ou sobre as paredes de
qualquer ponto da rota de saída até a sinalização seja corredores e escadas destinadas a saídas de emergência,
indicando a direção do fluxo, atendendo aos seguintes 6.2.4.1 No acesso principal da edificação, informando o
critérios: (ver exemplos no Anexo C). público sobre:
a. o espaçamento entre cada uma delas deve ser de até a. os sistemas de proteção contra incêndio (ativos e
3m na linha horizontal, medidas a partir das passivos) instalados na edificação;
extremidades internamente consideradas; b. a característica estrutural da edificação (metálica,
b. independente do critério anterior, deve ser aplicada a protendida, concreto armado, madeira etc);
sinalização a cada mudança de direção; c. o número do telefone de emergência para acionamento do
c. quando aplicada sobre o piso, a sinalização deve estar Corpo de Bombeiros (193) ou, na falta de Posto de
centralizada em relação à largura da rota de saída; Bombeiros no Município, o número de telefone da
d. quando aplicada nas paredes, a sinalização deve estar Polícia Militar (190).
a uma altura constante entre 0,25 m e 0,5 m do piso Nota: A placa tipo M1 do Anexo B desta Instrução Técnica é de uso
acabado à base da sinalização, podendo ser aplicada, recomendado, nos termos deste subitem.
alternadamente, à parede direita e esquerda da rota
de saída. 6.2.4.2 No acesso principal dos recintos destinados a
reunião de público, indicando a lotação máxima admitida,
6.2.2 A sinalização complementar de indicação de obstáculos regularizada em projeto aprovado no Corpo de Bombeiros
ou de riscos nas circulações das rotas de saída deve ser da Polícia Militar do Estado de São Paulo;
implantada toda vez que houver uma das seguintes
condições: 6.2.4.3 No acesso principal da área de risco, informando ao
público sobre:
a. desnível de piso;
a. os sistemas de proteção contra incêndio (ativos e
b. rebaixo de teto;
passivos) instalados na área de risco;
c. outras saliências resultantes de elementos construtivos
b. os produtos líquidos combustíveis armazenados,
ou equipamentos que reduzam a largura das rotas de
indicando a quantidade total de recipientes
saída, prejudicando a sua utilização;
transportáveis ou tanques, bem como a capacidade
d. elementos translúcidos e transparentes, tais como
máxima individual de cada tipo, em litros ou metros
vidros, utilizados em esquadrias destinadas a portas e
cúbicos, regularizados em projeto aprovado no
painéis (com função de divisórias ou de fachadas, desde
CBPMESP;
que não assentadas sobre muretas com altura mínima
c. os gases combustíveis armazenados em tanques
de 1 m).
fixos, indicando a quantidade total de tanques, bem
6.2.2.2 A sinalização complementar de indicação de como a capacidade máxima individual dos tanques, em
obstáculos e riscos na circulação de rotas de saída deve ser litros ou metros cúbicos e em quilogramas, regularizados
insta- lada de acordo com os seguintes critérios: em projeto aprovado no CBPMESP;
d. os gases combustíveis armazenados em recipientes
6.2.2.2.1 Faixa zebrada, conforme Anexo B: transportáveis, indicando a quantidade total de
a. na situação prevista na alínea “c” do item anterior, recipientes de acordo com a capacidade máxima
deve ser aplicada, verticalmente, a uma altura de 0,5 individual de cada tipo, em quilogramas, regularizados
m do piso acabado, com comprimento mínimo de 1 m; em projeto aprovado no CBPMESP;
b. nas situações previstas nas alíneas “a” e “c” do item e. outros produtos perigosos armazenados, indicando o
anterior, devem ser aplicadas, horizontalmente, por tipo, a quantidade e os perigos que oferecem às
toda a extensão dos obstáculos, em todas as faces, pessoas e meio ambiente.
com largura mínima de 0,1 m em cada face.
6.2.4.4 Próximo aos produtos armazenados, separados por
6.2.2.2.2 Nas situações previstas na alínea “d” do item 6.2.2 categoria, indicando o nome comercial e científico do
devem ser aplicadas tarjas, em cor contrastante com o produto.
ambiente, com largura mínima de 50 mm, aplicada horizon-
talmente em toda sua extensão, na altura constante compre- 6.2.4.5 Além das sinalizações previstas nesta IT, as áreas de
endida entre 1 m e 1,4 m do piso acabado. armazenamento de produtos perigosos devem ser sinaliza-
das de acordo com a NBR 7500.
6.2.3 As mensagens escritas específicas, que acompanham a
sinalização básica, devem se situar imediatamente 6.2.5 As sinalizações complementares destinadas à
adjacente à sinalização que complementar e devem ser demarcação de áreas devem ser implantadas no piso acaba-
escritas na língua portuguesa. do, através de faixas contínuas com largura entre 0,05 m e
0,2 m, nas seguintes situações:
6.2.3.1 Quando houver necessidade de mensagens em uma
ou mais línguas estrangeiras, essas podem ser adicionadas 6.2.5.1 Na cor branca ou amarela, em todo o perímetro das
sem, no entanto, substituir a mensagem na língua portuguesa. áreas destinadas a depósito de mercadorias, máquinas e
equipamentos industriais etc, a fim de indicar uma separação
6.2.4 As mensagens que indicam circunstâncias específicas entre os locais desses materiais e os corredores de
de uma edificação ou área de risco devem ser utilizadas em circulação de pessoas e veículos;
placas a serem instaladas nas seguintes situações:
6.2.5.2 Na cor branca ou amarela, para indicar as vagas de
estacionamento de veículos em garagens ou locais de carga perpendicularmente aos corredores de circulação de
e descarga; pessoas e veículos, permitindo-se condições de fácil
visualização;
6.2.5.3 Na cor branca, paralelas entre si e com o espaçamento
d. as expressões escritas utilizadas nas sinalizações de
variando entre uma e duas vezes a largura da faixa adotada,
emergência devem seguir as regras, termos e vocábulos da
dispostas perpendicularmente ao sentido de fluxo de
pedestres (faixa de pedestres), com comprimento mínimo de língua portuguesa, podendo, complementarmente, e
1,2 m, formando um retângulo ou quadrado de pelo menos 1,2 nunca exclusivamente, ser adotada outra língua
m de largura por 1,8 m de comprimento, sem bordas laterais, estrangeira;
nos acessos às saídas de emergência, a fim de identificar o e. as sinalizações básicas de emergência destinadas à
corre- dor de acesso para pedestres localizado junto a: orientação e salvamento, alarme de incêndio e
equipamentos de combate a incêndio devem possuir
a. vagas de estacionamento de veículos;
efeito fotoluminescente;
b. depósitos de mercadorias.
f. as sinalizações complementares de indicação
6.2.6 As sinalizações complementares destinadas à continuada das rotas de saída e de indicação de
identificação de sistemas hidráulicos fixos de combate a obstáculos devem possuir efeito fotoluminescente;
incêndio devem ser implantadas da seguinte forma: g. os recintos destinados à reunião de público, cujas
atividades se desenvolvem sem aclaramento natural ou
6.2.6.1 Para o sistema de proteção por hidrantes, as artificial suficientes para permitir o acúmulo de energia no
tubulações aparentes, não embutidas na alvenaria (parede e elemento fotoluminescente das sinalizações de saídas,
piso), devem ter pintura na cor vermelha;
devem possuir luminária de balizamento com a indicação
6.2.6.2 As portas dos abrigos dos hidrantes: de saída (mensagem escrita e/ou símbolo
correspondente), sem prejuízo do sistema de iluminação
a. podem ser pintadas em outra cor, mesmo quando de emergência, em substituição à sinalização apropriada
metálicas, combinando com a arquitetura e decoração de saída com o efeito fotoluminescente;
do ambiente, desde que as mesmas estejam h. os equipamentos de origem estrangeira, instalados na
devidamente identificadas com o dístico “incêndio” – edificação, utilizados na segurança contra incêndio,
fundo vermelho com inscrição na cor branca ou devem possuir as orientações necessárias à sua
amarela; operação na língua portuguesa.
b. podem possuir abertura no centro com área mínima
de 0,04 m², fechada com material transparente (vidro, 6.4 Projeto de sinalização de emergência
acrílico etc), identificado com o dístico “incêndio” – fun-
É recomendada a elaboração de projeto executivo do sistema
do vermelho com inscrição na cor branca ou amarela.
de sinalização de emergência.
6.2.6.3 Os acessórios hidráulicos (válvulas de retenção, 6.5 Material
registros de paragem, válvulas de governo e alarme) devem
receber pintura na cor amarela; Os seguintes materiais podem ser utilizados para a confecção
das sinalizações de emergência:
6.2.6.4 A tampa de abrigo do registro de recalque deve ser
pintada na cor vermelha; a. placas em materiais plásticos;
b. chapas metálicas;
6.2.6.5 Quando houver 2 ou mais registros de recalque na c. outros materiais semelhantes.
edificação, tratando-se de sistemas diferenciados de
proteção contra incêndio (sistema de hidrantes e 6.5.1 Os materiais utilizados para a confecção das sinalizações
sistema de chuveiros automáticos), deve haver indicação de emergência devem atender às seguintes características:
específica no interior dos respectivos abrigos: inscrição “H”
para hidrantes e “CA” ou “SPK” para chuveiros automáticos. a. possuir resistência mecânica;
b. possuir espessura suficiente para que não sejam
Nota: Quando da solicitação de vistoria, deverá ser apresentada transferidas para a superfície da placa possíveis
documento comprobatório de responsabilidade técnica constando que
a sinalização de emergência instalada na edificação ou área de risco irregularidades das superfícies onde forem aplicadas;
atende todos os parâmetros da IT-20. c. não propagar chamas;
d. resistir a agentes químicos e limpeza;
6.3 Requisitos e. resistir à água;
São requisitos básicos para que a sinalização de f. resistir ao intemperismo.
emergência possa ser visualizada e compreendida no
interior da edificação ou área de risco: 6.5.2 Devem utilizar elemento fotoluminescente para as cores
brancas e amarelas dos símbolos, faixas e outros ele-
a. a sinalização de emergência deve destacar-se em mentos empregados para indicar:
relação à comunicação visual adotada para outros fins; a. sinalizações de orientação e salvamento;
b. a sinalização de emergência não deve ser neutraliza- b. equipamentos de combate a incêndio e alarme de
da pelas cores de paredes e acabamentos, dificultando incêndio;
a sua visualização; c. sinalização complementar de indicação continuada de
c. a sinalização de emergência deve ser instalada rotas de saída;
d. sinalização complementar de indicação de obstáculos
6.5.4.3 Toda sinalização de emergência instalada nas
e de riscos na circulação de rotas de saída.
edificações e áreas de risco deverão possuir a marcação e
6.5.2.1 Os materiais que constituem a pintura das placas e rotulagem conforme a norma brasileira, NBR 13434-3 item 6,
películas devem ser atóxicos e não radioativos, devendo onde os elementos de sinalização devem ser identificados, de
atender às propriedades colorimétricas, de resistência à luz e forma legível, na face exposta, com a identificação do fabricante
resistência mecânica. (nome do fabricante ou marca registrada ou número do CNPJ –
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), independente da
6.5.3 O material fotoluminescente deve atender à norma NBR apresentação da ART/RRT de instalação pelo responsável
13434-3 – requisitos e métodos de ensaio. técnico. Adicionalmente, os elementos de sinalização com
6.5.4 A sinalização de emergência complementar de rotas características fotoluminescente devem apresentar os
de saída aplicadas nos pisos acabados deve atender aos seguintes dados:
mesmos padrões exigidos para os materiais empregados na a. intensidade luminosa em milicandelas por metro
sinalização aérea do mesmo tipo. quadrado, a 10 min e 60 min após remoção da extinção
6.5.4.1 As demais sinalizações aplicadas em pisos de luz a 22°C +/- 3°C;
acabados podem ser executadas em tinta que resista a b. tempo de atenuação, em minutos, 22°C +/- 3°C;
desgaste, por um período de tempo considerável, decorrente c. cor durante a excitação, conforme DIN 67510-1; e
de tráfego de pessoas, veículos e utilização de produtos e d. cor da fotoluminescência, conforme DIN 67510-1.
materiais uti- lizados para limpeza de pisos.
6.6 Manutenção
6.5.4.2 As placas utilizadas na sinalização podem ser do tipo
plana ou angular; quando angular, devem seguir as 6.7 A sinalização de emergência utilizada na edificação e
especificações conforme demonstrado na Figura 1, abaixo: áreas de risco deve ser objeto de inspeção periódica para
efeito de manutenção, desde a simples limpeza até a
Figura 1: Instalação de placa angular substituição por outra nova, quando suas propriedades
físicas e químicas deixarem de produzir o efeito visual para as
quais foram confeccionada.

7 Acessibilidade

7.1 As rotas de fuga acessível ou área de refúgio para pessoas


com mobilidades reduzidas devem ser sinalizadas com o
símbolo S.I.A. (Símbolo Internacional de Acesso), devendo ser
atendidos a sinalização da área de resgate e sinalização das
portas de acesso.
ANEXO A

Formas geométricas e dimensões para a sinalização de emergência


Tabela A-1: Formas geométricas e dimensões das placas de sinalização

Notas:
1. Dimensões básicas da sinalização
A> L²
2000
Onde:
A = Área da placa, em m².
L = Distância do observador à placa, em m (metros). Esta relação é válida para L < 50 m, sendo que deve ser observada a distância mínima de 4 m, conforme Tabela A-1.
2. A Tabela A-1 apresenta dimensões referenciais para algumas distâncias pré-definidas.
3. Formas da sinalização:
a. circular: utilizada para implantar símbolos de proibição e ação de comando (ver forma geométrica da Tabela A-1);
b. triangular: utilizada para implantar símbolos de alerta (ver forma geométrica da Tabela A-1);
c. quadrada e retangular: utilizadas para implantar símbolos de orientação, socorro, emergência, identificação de equipamentos utilizados no combate a
incêndio, alarme e mensagens escritas (ver forma geométrica da Tabela A-1).
4. Sinalização de proibição:
a. forma: circular;
b. cor de contraste: branca;
c. barra diametral e faixa circular (cor de segurança): vermelha;
d. cor do símbolo: preta;
e. margem (opcional): branca.
5. Sinalização de alerta:
a. forma: triangular;
b. cor do fundo (cor de contraste): amarela;
c. moldura: preta;
d. cor do símbolo (cor de segurança): preta;
e. margem (opcional): amarelo.

6. Sinalização de orientação e salvamento:


a. forma: quadrada ou retangular;
b. cor do fundo (cor de segurança): verde;
c. cor do símbolo (cor de contraste): fotoluminescente;
d. margem (opcional): fotoluminescente.

7. Sinalização de equipamentos:
a. forma: quadrada ou retangular;
b. cor de fundo (cor de segurança): vermelha;
c. cor do símbolo (cor de contraste): fotoluminescente;
d. margem (opcional): fotoluminescente.
ANEXO A

Formas geométricas e dimensões para a sinalização de emergência (cont.)


Tabela A-2: Altura mínima das letras em placa de sinalização em função da distância de leitura

Notas:

1. No caso de emprego de letras, elas devem ser grafadas obedecendo à relação:

h> L

125

Onde:

h= Altura da letra, em metros.

L= Distância do observador à placa, em metros.

2. A Tabela A-2 apresenta valores de altura de letra para distâncias predefinidas. Todas as palavras e sentenças devem apresentar letras em caixa alta, fonte
Univers 65 ou Helvetica Bold.
ANEXO A

Formas geométricas e dimensões para a sinalização de emergência

Tabela A-3: Cores de segurança e contraste

Notas específicas:
1)
O padrão de cores básico é o Munsell Book of Colors®.
2)
As cores Pantone® foram convertidas do sistema Munsell Book of Colors®.
3)
Os valores das tabelas CMYK e RGB para impressão gráfica foram convertidos do sistema Pantone®.

Notas gerais:

1. Cores de sinalização: as cores de segurança e cores de contraste são apresentadas na Tabela A-3.

2. Cores de segurança: a cor de segurança deve cobrir, no mínimo, 50% da área do símbolo, exceto no símbolo de proibição, onde este valor deve ser, no mínimo,
de 35%. A essa cor é atribuída uma finalidade ou um significado específico de segurança.

3. Aplicação das cores de segurança:


a. vermelha: utilizada para símbolos de proibição, emergência, e identificação de equipamentos de combate a incêndio e alarme;
b. verde: utilizada para símbolos de orientação e salvamento;
c. preta: utilizadas para símbolos de alerta e sinais de perigo.

4. Cores de contraste: as cores de contraste são a branca ou amarela, conforme especificado na Tabela A-3, para sinalização de proibição e alerta, respectivamente.
Essas cores têm a finalidade de contrastar com a cor de segurança, de modo a fazer com que esta se sobressaia. As cores de contraste devem ser
fotoluminescentes, para a sinalização de orientação e salvamento e de equipamentos.

Tabela A-4: Símbolos para identificação de placas em planta baixa de projeto executivo
ANEXO B

Simbologia para sinalização de emergência


I - Símbolos da sinalização básica

Os símbolos adotados por esta norma para sinalização de emergência são apresentados a seguir, acompanhados de exemplos
de aplicação. A especificação de cada cor designada abaixo é apresentada na Tabela A-3 do Anexo A desta IT.

1 Sinalização de Proibição
ANEXO B
Simbologia para sinalização de emergência

2 Sinalização de Alerta
ANEXO B
Simbologia para sinalização de emergência

3 Sinalização de Orientação e Salvamento


ANEXO B

3 Sinalização de Orientação e Salvamento (cont.)


ANEXO B

3 Sinalização de Orientação e Salvamento (cont.)


ANEXO B
Simbologia para sinalização de emergência

4 Sinalização de Equipamentos de Combate a Incêndio e Alarme


ANEXO B

4 Sinalização de Equipamentos de Combate a Incêndio e Alarme (cont.)


ANEXO B

4 Sinalização de Equipamentos de Combate a Incêndio e Alarme (cont.)


Notas:
1. Sinalizações básicas
As formas geométricas e as cores de segurança e de contraste devem ser utilizadas somente nas combinações descritas a seguir, a fim de obter quatro tipos
básicos de sinalização de segurança, observando os requisitos da Tabela A-1 do Anexo “A” para proporcionalidades paramétricas e os requisitos da Tabela A-3 do
Anexo “A” para as cores.

1.1 Sinalização de proibição - a sinalização de proibição deve obedecer a:


a) forma: circular;
b) cor de contraste: branca;
c) barra diametral e faixa circular (cor de segurança): vermelha;
d) cor do símbolo: preta;
e) margem (opcional): branca;
f) proporcionalidades paramétricas.

1.2 Sinalização de alerta - a sinalização de alerta deve obedecer a:


a) forma: triangular;
b) cor do fundo (cor de contraste): amarela;
c) moldura: preta;
d) cor do símbolo (cor de segurança): preta;
e) margem (opcional): branca;
f) proporcionalidades paramétricas.

1.3 Sinalização de orientação e salvamento - a sinalização de orientação deve obedecer a:


a) forma: quadrada ou retangular;
b) cor do fundo (cor de segurança): verde;
c) cor do símbolo (cor de contraste): fotoluminescente;
d) margem (opcional): fotoluminescente;
e) proporcionalidades paramétricas.

1.4 Sinalização de equipamentos - a sinalização de equipamentos de combate a incêndio deve obedecer:


a) forma: quadrada ou retangular;
b) cor de fundo (cor de segurança): vermelha;
c) cor do símbolo (cor de contraste): fotoluminescente;
d) margem (opcional): fotoluminescente;
e) proporcionalidades paramétricas.

2. Sinalização complementar
A padronização de formas, dimensões e cores da sinalização complementar é estabelecida neste capítulo.

5 Mensagens escritas

A complementação da sinalização básica por sinalização complementar composta por mensagem escrita deve
atender aos requisitos de dimensionamento apresentados nas Tabelas A-1 e A-2 do Anexo A desta IT.

Código Símbolo Significado Forma e cor Aplicação


Símbolo: quadrado ou
retangular

Fundo: verde

Mensagem escrita referente


Ver figura 1 Indicação dos sistemas de aos sistemas de proteção
Na entrada principal da
M1 (a seguir) proteção contra incêndio contra incêndio existentes
edificação
existentes na edificação. na edificação, o tipo de
estrutura e os telefones de
emergência.

Letras: brancas
Esta edificação está dotada dos seguintes
Sistemas de Segurança contra Incêndio:
. Extintores de Incêndio

. Hidrantes
. Iluminação de Emergência
. Alarme de Incêndio
. Detecção Automática de Fumaça/Calor
. Chuveiros Automáticos
. Escada de Segurança
. Sinalização de Emergência

Edificação em Estrutura Metálica

Em caso de emergência:
Ligue 193 – Corpo de Bombeiros
Ligue 190 – Polícia Militar
Figura 2: modelo de sinalização tipo M1.
6 Indicação continuada de rotas de fuga

A indicação continuada de rotas de fuga deve ser realizada por meio de setas indicativas, de acordo com os
critérios especificados no texto desta norma, instaladas no sentido das saídas, com as especificações abaixo:

Figura 2: Detalhe da sinalização tipo C-1


7 Indicação de obstáculos

Obstáculos nas rotas de saídas devem ser sinalizados por meio de uma faixa zebrada, conforme símbolos abaixo,
com largura mínima de 100 mm.
As listras amarelas e pretas ou brancas fotoluminescentes e vermelhas devem ser inclinadas a 45ºe com largura
mínima de 50 mm cada.
ANEXO C
Exemplos de instalação de sinalização

Figura C-1: Sinalização de porta corta-fogo (vista do hall) Figura C-2: Sinalização de porta corta-fogo (vista da escada)

Figura C-3: Sinalização de porta corta-fogo (vista da escada) Figura C-4: Sinalização de elevadores (vista do hall)
ANEXO C
Exemplos de instalação de sinalização (cont.)

Figura C-5: Sinalização de portas com barras antipânico (modelos 1 e 2)

Figura C-6: Sinalização de extintores

Figura C-7: Sinalização de hidrante


ANEXO C
Exemplos de instalação de sinalização (cont.)

Figura C-8: Sinalização complementar. Exemplo de rodapé


ANEXO C
Exemplos de instalação de sinalização (cont.)

Figura C-9: Sinalização de saída sobre verga de portas, sinalização complementar de saídas e obstáculos

Figura C-10: Sinalização de saída sobre porta corta-fogo, sinalização complementar de saídas e obstáculos
ANEXO C

Exemplos de instalação de sinalização (cont.)

Figura C-11: Sinalização de saída sobre paredes e vergas de portas

Figura C-12: Sinalização de saída sobre porta corta-fogo


ANEXO C

Exemplos de instalação de sinalização (cont.)

Figura C-13: Sinalização de saída perpendicular ao sentido da fuga, em dupla face

Figura C-14: Sinalização de saída no sentido da fuga, em dupla face


486 Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo

ANEXO C

Exemplos de instalação de sinalização (cont.)

Figura C-15: Sinalização de saída em rampa


SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 21/2019


Sistema de proteção por extintores de incêndio

SUMÁRIO

1 Objetivo
2 Aplicação
3 Referências normativas e bibliográficas
4 Definições
5 Procedimentos

Atualizada pela Portaria nº CCB 021/800/20 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 132, de 04 de julho de 2020
1 OBJETIVO cidade extintora de, no mínimo, 10-B:C;

1.1 Estabelecer critérios para proteção contra incêndio em d. carga de pó BC: extintor com capacidade extintora de,
no mínimo, 80-B:C;
edificações e áreas de risco por meio de extintores de
incêndio (portáteis ou sobrerrodas), para o combate a e. carga de pó ABC – extintor com capacidade extintora
princípios de incêndios, atendendo ao previsto no Decreto de, no mínimo, 6-A : 80-B:C.
Estadual nº 63.911/18 - Regulamento de segurança contra 5.1.3 Níveis mais elevados de capacidades extintoras po-
incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São dem ser exigidos em razão do risco a ser protegido.
Paulo.
5.1.4 Os extintores portáteis devem ser distribuídos de tal
forma que o operador não percorra distância maior do que a
2 APLICAÇÃO
estabelecida.
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as
Tabela 1: Distância máxima de caminhamento.
edificações e áreas de risco, com exceção de uso residencial
unifamiliar.

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS


3.1 Para mais esclarecimentos, consultar as seguintes
normas:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
(ABNT). NBR 12693 – Sistema de proteção por extintores de 5.1.5 As distâncias máximas de caminhamento para os
incêndio. Rio de Janeiro: ABNT; extintores sobrerrodas devem ser acrescidas da metade dos
valores estabelecidos na tabela 1.
_______.NBR 12962 – Inspeção, manutenção e recarga em
extintores de incêndio. Rio de Janeiro: ABNT; 5.1.6 Para proteção de líquidos inflamáveis deve-se atender
_______.NBR 15808 – Extintores de incêndio portáteis. Rio a IT 25.
de Janeiro: ABNT; 5.1.7 Recomenda-se a proteção de cozinhas profissionais
_______.NBR 15809 – Extintores de incêndio sobrerrodas. por extintores de incêndio que utilizem agentes supressores,
Rio de Janeiro: ABNT; que produzam reação química de saponificação, com o obje-
tivo de resfriar a gordura ou óleo vegetal comestível.
4 DEFINIÇÕES 5.2 Instalação e sinalização
4.1 Para efeitos desta IT, aplicam-se as definições 5.2.1 Extintores portáteis
constantes da IT 03 – Terminologia de segurança contra
incêndio. 5.2.1.1 Extintores instalados em paredes ou divisórias devem
ter altura máxima de fixação do suporte de 1,6 m do piso. A
5 PROCEDIMENTOS parte inferior do extintor deve permanecer, no mínimo, a 0,10
m do piso.
5.1 Capacidade extintora
5.2.1.2 É permitida a instalação de extintores em abrigo ou
5.1.1 A capacidade extintora mínima de cada tipo de extintor sobre o piso acabado, desde que permaneçam apoiados em
portátil, para que se constitua uma unidade extintora, deve suportes apropriados, com altura recomendada entre 0,10 m
ser: e 0,20 m do piso.
a. carga d’água: extintor com capacidade extintora de, no 5.2.1.3 Os extintores devem ser instalados em locais acessí-
mínimo, 2-A; veis e disponíveis para o emprego imediato em princípios de
b. carga de espuma mecânica: extintor com capacidade incêndio.
extintora de, no mínimo, 2-A : 10-B; 5.2.1.4 Os extintores não podem ser instalados em escadas.
c. carga de Dióxido de Carbono (CO2): extintor com capa- Os extintores devem permanecer desobstruídos e sinalizados
cidade extintora de, no mínimo, 5-B:C; de acordo com o estabelecido na IT 20.
d. carga de pó BC: extintor com capacidade extintora de, 5.2.1.5 Todos os pavimentos devem ser protegidos por, no
no mínimo, 20-B:C; mínimo, dois extintores, na proporção de uma unidade para
e. carga de pó ABC – extintor com capacidade extintora classe A e outra para classe B e C. É permitida a instalação
de, no mínimo, 2-A : 20-B:C; de duas unidades extintoras iguais de pó ABC.
f. carga de halogenado: extintor com capacidade extintora 5.2.1.6 O extintor de pó ABC pode substituir qualquer tipo de
de, no mínimo, 5-B:C. extintor de classes específicas A, B e C dentro de uma edifi-
5.1.2 A capacidade extintora mínima de cada tipo de extintor cação ou área de risco.
sobrerrodas, para que se constitua uma unidade extintora, 5.2.1.7 É permitida a instalação de uma única unidade extin-
deve ser: tora de pó ABC em edificações, mezaninos e pavimentos com
a. carga d’água: extintor com capacidade extintora de, no área construída inferior a 50 m².
mínimo, 10-A; 5.2.1.8 Os extintores de incêndio devem ser adequados à
b. carga de espuma mecânica: extintor com capacidade classe de incêndio predominante dentro da área de risco a ser
extintora de, no mínimo, 6-A : 40-B; protegida, de forma que sejam intercalados na proporção de
c. carga de Dióxido de Carbono (CO2): extintor com capa- dois extintores para o risco predominante e um para a prote-
ção do risco secundário. e das escadas nos demais pavimentos.
5.2.1.9 São aceitos extintores com acabamento externo em 5.2.1.12.4 Em locais de abastecimentos ou postos de abas-
material cromado, latão ou metal polido, desde que possuam tecimento e serviços, onde os tanques de combustíveis são
marca de conformidade expedida por órgão credenciado pelo enterrados, além dos extintores instalados por percurso má-
Sistema Brasileiro de Certificação (Inmetro). ximo e riscos específicos, devem ser instaladas mais duas
unidades extintoras portáteis de pó químico (pó ABC ou BC)
5.2.1.10 Os extintores instalados em edificações sujeitas a
ou espuma mecânica em local de fácil acesso, próximo ao
vandalismo podem permanecer trancados em abrigos especí-
setor de abastecimento de veículos.
ficos. As chaves devem ser do tipo segredo único e permane-
cer em local de fácil acesso e localização. 5.2.1.12.5 Nos pátios de contêineres, os extintores podem
ser centralizados e localizados em abrigos sinalizados, no
5.2.1.10.1 O serviço de segurança contra incêndio do Corpo
mínimo, em dois pontos distintos e opostos da área externa
de Bombeiros deverá avaliar as edificações sujeitas a vanda-
de armazenamento de contêineres, conforme prescreve a IT
lismo, mediante solicitação fundamentada dos responsáveis
36.
pela edificação.
5.2.2 Extintores sobrerrodas (carretas)
5.2.1.11 As capacidades extintoras devem ser as correspon-
dentes a um só extintor, não sendo aceitas combinações de 5.2.2.1 Não é permitida a proteção de edificações ou áreas
dois ou mais extintores, à exceção dos extintores de água e de risco unicamente por extintores sobrerrodas, admitindo-se,
de espuma mecânica. no máximo, a proteção da metade da área total correspon-
dente ao risco, considerando o complemento por extintores
5.2.1.12 Riscos específicos devem ser protegidos por extin-
portáteis, de forma alternada entre extintores portáteis e so-
tores de incêndio, independente da proteção geral da edifica-
brerrodas na área de risco.
ção ou área de risco, tais como:
5.2.2.2 O emprego de extintores sobrerrodas é considerado
a. casa de caldeira;
como proteção efetiva em locais que permitam o livre acesso.
b. casa de bombas;
5.2.2.3 Os extintores sobrerrodas devem ser localizados em
c. casa de força elétrica;
pontos estratégicos. Sua área de proteção deve ser restrita ao
d. casa de máquinas; nível do piso que se encontra.
e. galeria de transmissão;
5.2.2.4 A proteção por extintores sobrerrodas deve ser obri-
f. incinerador; gatória nas edificações de risco alto onde houver manipulação
g. elevador (casa de máquinas); e ou armazenamento de explosivos e líquidos inflamáveis ou
h. escada rolante (casa de máquinas); combustíveis, exceto quando os reservatórios de inflamáveis
ou combustíveis forem enterrrados.
i. quadros elétricos;
j. transformadores; 5.3 Certificação, validade e garantia

k. contêineres de telefonia; 5.3.1 Os extintores devem estar lacrados, com a pressão


l. áreas destinadas ao armazenamento ou manipulação de adequada e possuir selo de conformidade concedida por
gases ou líquidos combustíveis ou inflamáveis; órgão credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação
(Inmetro).
m. locais com materiais metálicos pirofóricos;
n. cozinhas profissionais. 5.3.2 O prazo de validade da carga e da garantia de funcio-
namento dos extintores deve ser estabelecido pelo fabricante
5.2.1.12.2 A proteção por extintores de incêndio em instala- ou pela empresa responsável pela manutenção, certificada
ções de líquidos inflamáveis e combustíveis, gás liquefeito de pelo Inmetro.
petróleo, gás natural, pátio de contêineres, heliponto, helipor-
tos e outras instalações específicas devem atender aos pa-
râmetros das respectivas IT.
5.2.1.12.3 Deve ser instalado, pelo menos, um extintor de
incêndio a não mais de 5 m da entrada principal da edificação
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 42/2020

Projeto Técnico Simplificado (PTS)

SUMÁRIO ANEXOS

1 Objetivo A Fluxograma para regularização no CBPMESP


2 Aplicação B Dados para o dimensionamento das saídas de
3 Referências normativas e bibliográficas emergência
C Distâncias máximas a serem percorridas
4 Definições
D Classes dos materiais de acabamento e de revestimento
5 Classificação das edificações e áreas de risco
E Afastamentos de segurança para central de Gás
6 Procedimentos para regularização das edificações e
Liquefeito de Petróleo (GLP)
áreas de risco
F Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a
7 Procedimentos para regularização da atividade incêndio
econômica
8 Prescrições diversas
9 Exigências para Projeto Técnico Simplificado (PTS)

Atualizada pela Portaria nº CCB 021/800/20 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 132, de 04 de julho de 2020
______. NBR 13434-2: Sinalização de segurança contra
1 OBJETIVO
incêndio – Parte 2: Símbolos e suas formas, dimensões e
1.1 Estabelecer os procedimentos administrativos e as cores. Rio de Janeiro: ABNT;
medidas de segurança contra incêndio para a regularização ______. NBR 13523: Central predial de gás liquefeito de
das edificações de baixo potencial de risco, enquadradas como petróleo. Rio de Janeiro: ABNT;
Projeto Técnico Simplificado (PTS) e para a regularização das ______. NBR 14.605: Armazenamento de líquidos inflamáveis
atividades econômicas, visando à celeridade no licenciamento e combustíveis – Sistema de drenagem oleosa. Rio de Janeiro:
das empresas, nos termos do Regulamento de segurança ABNT;
contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado ______. NBR 15514: Área de armazenamento de recipientes
de São Paulo em vigor. transportáveis de gás liquefeito de petróleo (GLP), destinados
ou não à comercialização — Critérios de Segurança. Rio de
2 APLICAÇÃO Janeiro: ABNT;
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se: 4 DEFINIÇÕES
2.1.1 às edificações enquadradas como PTS, nos termos Além das definições constantes da IT 03 – Terminologia de
desta IT, estabelecendo procedimentos diferenciados para segurança contra incêndio, aplicam-se as definições
regularização da edificação junto ao Corpo de Bombeiros
específicas abaixo:
Militar, conforme o potencial de risco apresentado;
4.1 Altura da edificação: para fins de exigências das medidas
2.1.2 às atividades econômicas para fins de emissão da
licença de funcionamento das empresas; de segurança contra incêndio, é a medida, em metros, do piso
mais baixo ocupado ao piso do último pavimento.
2.2 o fluxograma constante no Anexo A fornece um resumo do
processo de regularização no Corpo de Bombeiros. 4.2 Altura da edificação para fins de saída de emergência: é a
medida, em metros, entre o ponto que caracteriza a saída do
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS nível de descarga ao piso do último pavimento, podendo ser
ascendente ou descendente.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 5
de outubro de 1988, Brasília: Senado Federal, 2016; 4.3 Andar: volume compreendido entre dois pavimentos
______. Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de consecutivos, ou entre o pavimento e o nível superior à sua
2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da cobertura.
Empresa de Pequeno Porte;
4.4 Área de risco: área não construída, coberta ou não,
______. Lei nº 11.598, de 3 de dezembro de 2007. Estabelece
associada ou não à edificação, que apresenta risco específico
diretrizes e procedimentos para a simplificação e integração do
de ocorrência de incêndio ou emergências, tais como:
processo de registro e legalização de empresários e de
pessoas jurídicas, cria a Rede Nacional para a Simplificação do armazenamento de produtos inflamáveis ou combustíveis,
Registro e da Legalização de Empresas e Negócios – explosivos, subestações elétricas, pátio de contêineres,
REDESIM; ocupação temporária e similares.
______. Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019. Institui a 4.5 Atividade econômica: ramo de atividade identificada a
Declaração de Direitos de Liberdade Econômica e estabelece partir da Classificação Nacional de Atividades Econômicas –
garantias de livre mercado; CNAE e da lista de estabelecimentos auxiliares a ela
SÃO PAULO (Estado). Constituição do Estado de São associados, se houver, regulamentada pela Comissão
Paulo, de 5 de outubro de 1989; Nacional de Classificação – CONCLA.
______. Lei Estadual nº 684, de 30 de setembro de 1975. A
4.6 Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB):
Institui o Código estadual de proteção contra Incêndios e
Emergências e dá providências correlatas; documento emitido pelo Corpo de Bombeiros Militar
certificando que, no ato da vistoria técnica, a edificação ou área
______. Lei Complementar nº 1.257, de 06 de janeiro de
de risco atende às exigências quanto às medidas de segurança
2015. Institui o Código estadual de proteção contra Incêndios e
Emergências e dá providências correlatas; contra incêndio.
______. Decreto nº 52.228, de 05 de outubro de 2007. 4.7 Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros
Introduz, no âmbito da Administração direta, autárquica e (CLCB): documento emitido pelo Corpo de Bombeiros Militar,
fundacional, tratamento diferenciado e favorecido ao após apresentação dos documentos comprobatórios,
microempreendedor individual, à microempresa e à empresa certificando que a edificação ou área de risco atende às
de pequeno porte; exigências quanto às medidas de segurança contra incêndio.
______. Decreto nº 55.660, de 30 de março de 2010. Institui o
Sistema Integrado de Licenciamento, cria o Certificado de 4.8 Edificação: estrutura coberta destinada a abrigar
Licenciamento Integrado, e dá providências correlatas; atividade humana ou qualquer instalação, equipamento ou
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). NBR 9077: material. A edificação pode ou não ainda abrigar
Saídas de emergência em edifícios. Rio de Janeiro: ABNT; estabelecimentos empresariais.
______. NBR 10.898: Sistema de iluminação de emergência. 4.9 Empresa: é uma atividade econômica exercida
Rio de Janeiro: ABNT; profissionalmente pelo empresário por meio da articulação dos
______. NBR 12.693: Sistemas de proteção por extintores de fatores produtivos para a produção ou circulação de bens ou de
Incêndio. Rio de Janeiro: ABNT; serviços.
4.10 Empresário: pessoa que exerce profissionalmente 5.1 A edificação deve ser enquadrada nas regras de
atividade econômica organizada para a produção ou circulação Projeto Técnico Simplificado (PTS), quando atender aos
de bens ou serviços. seguintes requisitos cumulativamente:
4.11 Empresa sem estabelecimento: atividade econômica 5.1.1 Possuir até 750 m² de área construída com, no máximo,
exercida exclusivamente em dependência de clientes ou três pavimentos ou até 1.500 m² de área construída com, no
contratantes (ex.: pintor, encanador, pedreiro, eletricistas), em máximo, 6 m de altura.
local não edificado (ex.: veículo, trailer, barraca), ou na própria 5.1.1.1 São desconsiderados para o cômputo da área:
residência do empresário.
a. telheiros, com laterais abertas, destinados à proteção de
4.12 Estabelecimento empresarial: local que ocupa, no todo utensílios, caixas d’água, tanques e outras instalações
ou em parte, uma edificação ou área de risco individualmente desde que não tenham área superior a 10 m²;
identificada, onde é exercida atividade econômica por b. platibandas e beirais de telhado com até três metros de
empresário individual ou sociedade empresarial, de caráter projeção;
permanente, periódico ou eventual. c. passagens cobertas, de laterais abertas, com largura
4.13 Fiscalização: ato administrativo, decorrente do exercício máxima de três metros, destinadas apenas à circulação
do poder de polícia, pelo qual os Corpo de Bombeiro Militares de pessoas ou mercadorias;
verificam a implementação e manutenção das medidas de d. coberturas de bombas de combustível e de praças de
segurança contra incêndio e emergências de uma edificação, pedágio, desde que não sejam utilizadas para outros fins
área de risco ou estabelecimento empresarial. e sejam abertas lateralmente em pelo menos 50 % do
perímetro;
4.14 Licença de funcionamento: etapa do procedimento de e. reservatórios de água, escadas enclausuradas e dutos de
registro e legalização, presencial ou eletrônica, que conduz o ventilação das saídas de emergência;
interessado à autorização para o exercício de determinada f. piscinas, banheiros, vestiários e assemelhados.
atividade econômica. Esta licença difere da regularização da
edificação ou área de risco emitida pelo Corpo de Bombeiros 5.1.1.2 Os subsolos destinados exclusivamente para
Militar como um todo. estacionamento de veículos não são considerados no cômputo
da altura da edificação.
4.15 Mezanino: pavimento que subdivide parcialmente um
5.1.1.3 Para as edificações que possuam desconto de áreas,
andar em dois andares. Será considerado como andar ou
pode ser exigida a documentação comprobatória de área da
pavimento, o mezanino que possuir área maior que um terço construída.
(1/3) da área do andar subdividido.
5.1.2 Não possuir subsolos ocupados destinados a local de
4.16 Microempreendedor Individual (MEI): empresário reunião de público (Grupo F), independente da área; bem como
individual com faturamento anual pré-estabelecido de acordo a qualquer outra ocupação, diversa de estacionamento de
Lei Complementar nº 123/2006, sem participação em outra veículos, com área superior a 50 m²;
empresa como sócio ou titular, com no máximo um empregado
5.1.3 Ter lotação máxima de 250 (duzentas e cinquenta)
contratado e que atenda às demais disposições legais. pessoas, quando se tratar de local de reunião de público
4.17 Pavimento: plano de piso do andar de uma edificação ou (Grupo F);
área de risco. 5.1.4 Ter, no caso de comércio de gás liquefeito de petróleo -
4.18 Processo de Segurança contra Incêndio: processo de GLP (revenda), armazenamento de até 12.480 Kg (equivalente
a 960 botijões de 13 kg);
regularização das edificações e áreas de risco, para fins de
emissão da licença do Corpo de Bombeiros Militar, que 5.1.5 Armazenar, no máximo, 20 m³ de líquidos inflamáveis ou
compreende a análise de projeto e a vistoria técnica de combustíveis, em tanques aéreos ou de forma fracionada, para
regularização das edificações e áreas de risco. qualquer finalidade;

4.19 Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da 5.1.6 Armazenar, no máximo, 10 m³ de gases inflamáveis em
Legalização de Empresas e Negócios – REDESIM: política recipientes transportáveis ou estacionários, para qualquer
finalidade; e
pública que estabelece as diretrizes e procedimentos para
simplificar e integrar o procedimento de registro e legalização 5.1.7 Não manipular ou armazenar produtos perigosos à
de empresários e pessoas jurídicas de qualquer porte, saúde humana, ao meio ambiente ou ao patrimônio, tais como:
atividade econômica ou composição societária, criada pela lei explosivos, fogos de artifícios, peróxidos orgânicos,
federal nº 11.598/2007. substâncias oxidantes, substâncias tóxicas, substâncias
radioativas, substâncias corrosivas e substâncias perigosas
4.20 Subsolo: pavimento situado abaixo do perfil do terreno. diversas.
Não será considerado subsolo o pavimento que possuir
5.1.7.1 Podem ser classificadas como PTS as edificações ou
ventilação natural para o exterior, com área total superior a
área de riscos que comercializam agrotóxicos, substâncias
0,006 m² para cada metro cúbico de ar do compartimento, e (sólidas ou líquidas) oxidantes, corrosivas, e perigosas
tiver sua laje de cobertura acima de 1,20 m do perfil do terreno. diversas, desde que termicamente estáveis e não explosivas,
nos casos em que o estoque é limitado à quantidade
5 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE necessária para a atividade.
RISCO
5.2 A edificação enquadrada como PTS deve ser
regularizada por meio de Certificado de Licença do Corpo
de Bombeiros Militar (CLCB), quando atender aos 6.3.1 As edificações e áreas de risco classificadas como PTS,
seguintes requisitos cumulativamente: nos termos do item 5.1 desta IT, não devem apresentar Projeto
Técnico para análise, submetendo-se apenas ao processo de
5.2.1 Possuir área total construída menor ou igual a 750 m², vistoria para fins de obtenção do AVCB, aplicando-se
podendo-se desconsiderar para o cômputo da área: subsidiariamente o disposto na IT 01 – Procedimentos
5.2.1.1 Coberturas de bombas de combustível de postos de administrativos.
abastecimento e serviço; 6.3.2 As exigências de segurança contra incêndio para estas
5.2.1.2 Praças de pedágios; edificações são previstas no item 08 desta IT e nas Instruções
Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar.
5.2.1.3 Piscinas;
6.3.3 São requisitos para regularização das edificações
5.2.1.4 Área destinada à residência unifamiliar com acesso enquadradas no item 5.1 desta IT:
independente direto para a via pública.
a. preenchimento do Formulário de Segurança contra
5.2.2 Não comercializar ou revender gás liquefeito de petróleo Incêndio no portal do Via Fácil Bombeiros;
– GLP (Revenda).
b. apresentação de comprovante de responsabilidade
5.2.3 Utilizar ou armazenar no máximo 190 kg de gás GLP técnica referente à instalação e/ou manutenção dos
(Central), para qualquer finalidade; sistemas de segurança contra incêndio;
5.2.4 Não possuir quaisquer outros gases combustíveis c. apresentação de comprovante de responsabilidade
armazenados em recipientes transportáveis ou estacionários, técnica referente ao dimensionamento das saídas de
exceto para a divisão G-4, limitando-se a 01 cilindro de emergência, para edificação do Grupo F;
acetileno; d. apresentação de comprovante de responsabilidade
técnica sobre os riscos específicos existentes na
5.2.5 Armazenar ou manipular, no máximo, 1.000 litros de edificação e área de risco, tais como: controle de material
líquidos combustíveis ou inflamáveis em recipientes ou tanques de acabamento e revestimento, gases combustíveis,
aéreos, sendo aceito qualquer quantidade exclusivamente para vasos sob pressão;
armazenamento em tanques enterrados; e
e. apresentação de atestado de formação de brigada de
5.2.6 Não ter na edificação as seguintes ocupações: incêndio, para edificações pertencentes às Divisões H-2,
H-3 ou H-5;
a. Grupo A, divisão A-3(A) com mais de 16 leitos;
f. recolhimento de taxa correspondente ao serviço de
b. Grupo B, divisão B-1 com mais de 40 leitos;
segurança contra incêndio.
c. Grupo D, divisão D-1, que possua “Call center” com mais
de 250 funcionários; 6.3.4 O Formulário de Segurança contra Incêndio e demais
documentos comprobatórios devem ser digitalizados e
d. Grupo E, divisões: E-5(B) e E-6
encaminhados por upload, contendo a certificação digital do
e. Grupo F, divisões: F-3, F-5, F-6, F-7, F11(C); responsável técnico ou da empresa responsável pela
f. Grupo H, divisões: H-2, H-3 e H-5. instalação ou pela manutenção das medidas de segurança
Nota: contra incêndio.
(A) Residência geriátrica: Habitação onde o idoso não exije cuidados especiais
de profissional ou terceiros. Caso requeira cuidados por incapacitação física ou 6.3.5 Um único comprovante de responsabilidade técnica
mental, classifica-se como divisão H-2 (Asilos). pode ser apresentado caso os serviços sejam prestados pelo
(B) Classificam-se como divisão E-5 os locais onde exista permanência de mesmo responsável técnico, desde que os serviços sejam
crianças até 6 anos, mesmo que apenas durante o período diurno. Ex: Espaços discriminados expressamente.
infantis, centros comunitários, brinquedotecas e assemelhados.
(C) Edificações que possuam ocupação com local de reunião de público devem 6.3.6 O protocolo de vistoria deve ser disponibilizado no portal
ser enquadradas como Grupo F. do Via Fácil Bombeiros, após o reconhecimento do pagamento
da taxa correspondente ao serviço e a apresentação por meio
6 PROCEDIMENTOS PARA REGULARIZAÇÃO DAS de upload dos documentos obrigatórios.
EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO
6.3.7 O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) deve
6.1 Todas as edificações e áreas de risco necessitam ser ser emitido depois da aprovação do processo de vistoria da
regularizadas perante o Corpo de Bombeiros Militar, exceto as edificação ou área de risco.
constantes no § 1º, do artigo 4º, do Decreto Estadual nº 63.911
6.3.8 Em caso de reprovação da vistoria é permitida uma única
de 2018.
solicitação de retorno nos termos da IT 01 – Procedimentos
6.2 Projeto Técnico administrativos.

6.2.1 As edificações e áreas de risco não classificadas como 6.3.9 Eventual solicitação no curso do processo, pode ser
PTS, nos termos do item 5.1 desta IT, devem ser regularizadas protocolado por meio Formulário de Atendimento Técnico
por meio de Projeto Técnico (PT), nos termos da IT 01 – (FAT), nos termos da IT 01 – Procedimentos administrativos.
Procedimentos administrativos, com aprovação prévia de 6.3.9.1 As alterações solicitadas não podem acarretar na
planta das medidas de segurança contra incêndio e vistoria do descaracterização do processo de PTS.
Corpo de Bombeiros Militar.
6.4 Projeto Técnico Simplificado com emissão de CLCB
6.2.2 As edificações e áreas de risco que necessitam de
comprovação de isolamento de risco, conforme parâmetros da 6.4.1 As edificações e áreas de risco enquadradas no item 5.2
IT 07 - Separação entre edificações (isolamento de risco) desta IT devem ser regularizadas junto ao Corpo de Bombeiros
também devem ser regularizadas por meio de Projeto Técnico. Militar por meio dos procedimentos a seguir, aplicando-se
subsidiariamente o disposto na IT 01 – Procedimentos
6.3 Projeto Técnico Simplificado com emissão de AVCB
administrativos.
6.4.2 As exigências de segurança contra incêndio para estas da taxa correspondente ao serviço e a realização do upload dos
edificações são previstas no item 09 desta IT e nas Instruções documentos obrigatórios.
Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar.
6.4.10 O Corpo de Bombeiros Militar deve realizar a análise da
6.4.3 Para os casos enquadrados no item 5.2 desta IT, deve documentação apresentada no prazo máximo de sete dias
ser emitido um Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros corridos e eventualmente realizar a vistoria por amostragem.
(CLCB).
6.4.10.1 O decurso do prazo estabelecido, sem que haja
6.4.3.1 A critério do Serviço de Segurança contra Incêndio do notificação ou reprovação de eventual vistoria, implica na
CBPMESP, a vistoria técnica pode ser realizada por emissão automática do CLCB.
amostragem.
6.4.11 Eventual solicitação no curso do processo do CLCB,
6.4.4 São requisitos para regularização das edificações pode ser protocolado por meio Formulário de Atendimento
enquadradas no item 5.2 desta IT: Técnico (FAT), nos termos da IT 01 – Procedimentos
administrativos.
6.4.4.1 Edificações térreas com área construída de até 200
m² e saída dos ocupantes diretamente para via pública: 6.4.11.1 As alterações solicitadas não podem acarretar na
descaracterização do processo de CLCB.
a. preenchimento e apresentação da Declaração do
Proprietário ou Responsável pelo Uso disponibilizado no 6.4.12 Em caso de reprovação da vistoria é permitida uma
portal do Via Fácil Bombeiros; única solicitação de retorno nos termos da IT 01 –
b. apresentação de comprovante de responsabilidade Procedimentos administrativos.
técnica sobre os riscos específicos existentes na
7 PROCEDIMENTOS PARA REGULARIZAÇÃO DA
edificação, tais como: controle de material de acabamento
e revestimento, gases combustíveis, vasos sob pressão; ATIVIDADE ECONÔMICA

c. recolhimento de taxa correspondente ao serviço de 7.1 A emissão da licença do Corpo de Bombeiros Militar, para
segurança contra incêndio. fins de funcionamento da atividade econômica, de qualquer tipo
6.4.4.2 Demais casos: societário ou de faturamento da empresa, tem o seu
procedimento regulado neste item.
a. preenchimento e apresentação do Formulário de
Segurança contra Incêndio disponibilizado no portal do 7.2 Para a emissão da licença de funcionamento da atividade
Via Fácil Bombeiros; econômica, o Corpo de Bombeiros Militar integra-se ao sistema
b. apresentação de comprovante de responsabilidade Via Rápida Empresa ou equivalente, da Junta Comercial do
técnica referente à instalação e/ou manutenção dos Estado de São Paulo.
sistemas de segurança contra incêndio.
7.3 A licença de funcionamento da atividade econômica não
c. apresentação de comprovante de responsabilidade acarreta, de forma automática, na regularização da edificação
técnica referente ao dimensionamento das saídas de ou área de risco, prevista no item 6 desta IT.
emergência, para edificação do Grupo F;
d. apresentação de comprovante de responsabilidade 7.4 Para a regularização da atividade econômica não devem
técnica sobre os riscos específicos existentes na ser exigidas taxas, documentações ou comprovante de
edificação e área de risco, tais como: controle de material responsabilidade técnica, pois tais medidas devem ser exigidas
de acabamento e revestimento, gases combustíveis, apenas do responsável pela regularização da edificação ou
vasos sob pressão; área de risco, nos termos do item 6, desta IT.
e. recolhimento de taxa correspondente ao serviço de 7.5 Informações e declarações do empresário podem ser
segurança contra incêndio.
exigidas pelo Corpo de Bombeiros Militar, para possibilitar o
6.4.5 A Declaração do Proprietário ou Responsável pelo Uso enquadramento de risco e o reconhecimento formal do
deve ser assinada, digitalizada e encaminhada por upload no atendimento aos requisitos de segurança contra incêndio e
sistema. emergências.
6.4.6 O Formulário de Avaliação de Risco do Responsável 7.6 Classificação de risco da atividade econômica
Técnico deve ser assinado pelo proprietário ou responsável
pelo uso, digitalizado e encaminhado por upload, contendo a 7.6.1 A classificação de risco da empresa depende das
certificação digital do responsável técnico ou da empresa características da edificação ou área de risco e das atividades
responsável pela instalação ou pela manutenção das medidas desenvolvidas no estabelecimento empresarial.
de segurança contra incêndio.
7.6.2 A forma de regularização de cada empresa depende do
6.4.7 Os demais documentos comprobatórios devem ser grau de risco apresentado.
digitalizados e encaminhados por upload, contendo a
7.6.3 Da atividade econômica de baixo risco (isenta):
certificação digital do responsável técnico ou da empresa
responsável pela instalação ou pela manutenção das medidas 7.6.3.1 Consideram-se de baixo risco e, portanto, isentas de
de segurança contra incêndio. licença de funcionamento:
6.4.8 Um único comprovante de responsabilidade técnica 7.6.3.1.1 A atividade econômica desenvolvida por
pode ser apresentado caso os serviços sejam prestados pelo microempreendedor individual (MEI), em residência unifamiliar
mesmo responsável técnico, desde que os serviços sejam (casa própria ou alugada), sem recepção ou atendimento de
discriminados expressamente. pessoas.
6.4.9 O protocolo de vistoria deve ser disponibilizado no portal 7.6.3.1.2 A empresa sem estabelecimento, que possua
do Via Fácil Bombeiros, após o reconhecimento do pagamento endereço apenas para domicílio fiscal do empreendedor (fins
tributários ou de correspondência), desde que a atividade
econômica seja exercida exclusivamente na dependência de h. possuir, no máximo, 1.000 litros de líquidos combustíveis
clientes (ex.: pintor, encanador, pedreiro, eletricistas), ou em ou inflamáveis em recipientes ou tanques; e
local não edificado (ex.: veículo, trailer, barraca de rua, i. não possuir produtos perigosos à saúde humana, ao meio
vendedor ambulante). ambiente ou ao patrimônio, tais como: explosivos,
7.6.3.1.3 A atividade econômica desenvolvida em edificações peróxidos orgânicos, substâncias oxidantes, substâncias
com área total construída menor ou igual a 200 m², nas tóxicas, substâncias radioativas, substâncias corrosivas e
seguintes condições: substâncias perigosas diversas.

a. edificação exclusivamente térrea, com saída dos 7.6.4.2 O integrador estadual pode emitir a licença de
ocupantes direta para a via pública, e que não possua funcionamento para a atividade econômicas de médio risco, em
qualquer tipo de abertura (ex.: portas ou janelas) para caráter provisório e improrrogável, por um prazo de validade
edificações adjacentes; máximo de 90 dias.
b. edificação destinada à reunião de público (Grupo F), que 7.6.4.3 A concessão de licença de funcionamento provisória
possui lotação máxima de 50 (cinquenta) pessoas; para a atividade econômica não exime o proprietário ou o
c. edificação destinado a hotéis, pousadas e pensões, que responsável legal do imóvel pela regularização urbanística
possui, no máximo, 16 leitos; junto ao Corpo de Bombeiros Militar, nos termos do item 6,
desta IT, no prazo de até 90 dias.
d. não ser destinado a hospitais e locais cujos pacientes
necessitam de cuidados especiais; 7.6.4.3.1 Os atos públicos de fiscalização com vistas à
e. não ser destinado a comercialização ou revenda de gás regularização urbanística do imóvel devem recair sobre o seu
liquefeito de petróleo (GLP); proprietário ou responsável legal, e não podem restringir o
exercício das atividades econômicas existentes no local,
f. possuir, no máximo, 20 Kg de gás liquefeito de petróleo
enquanto as respectivas licenças estiverem vigentes.
(GLP);
g. não possuir quaisquer outros tipos de gases combustíveis 7.6.5 Da atividade econômica de alto risco
em recipientes estacionários ou transportáveis; 7.6.5.1 Considera-se de alto risco a atividade econômica que
h. possuir, no máximo, 150 litros de líquidos combustíveis não se enquadra nos critérios de isenção ou de médio risco.
ou inflamáveis em recipientes ou tanques; e
7.6.5.2 O integrador estadual somente pode emitir a licença de
i. não possuir produtos perigosos à saúde humana, ao meio funcionamento para a atividade econômica de alto risco após a
ambiente ou ao patrimônio, tais como: explosivos, regularização da edificação junto ao Corpo de Bombeiros
peróxidos orgânicos, substâncias oxidantes, substâncias Militar.
tóxicas, substâncias radioativas, substâncias corrosivas e
substâncias perigosas diversas. 7.6.5.3 A licença de funcionamento provisória não deve ser
emita para atividades econômicas de alto risco.
7.6.3.2 A isenção da licença de funcionamento para a
atividade econômica não exime o proprietário ou o responsável 7.7 Da atividade econômica desenvolvida em edificação
legal do imóvel pela regularização urbanística junto ao Corpo com licença vigente (CLCB, AVCB ou TAACB).
de Bombeiros Militar, nos termos do item 6, desta IT.
7.7.1 A atividade econômica desenvolvida em edificação com
7.6.3.2.1 Os atos públicos de fiscalização com vistas à licença vigente (CLCB, AVCB ou TAACB), é considerada
regularização urbanística do imóvel devem recair sobre o seu regularizada perante o Corpo de Bombeiros Militar. O
proprietário ou responsável legal, e não podem restringir o integrador estadual pode emitir a licença de funcionamento da
exercício das atividades econômicas existentes no local. empresa de forma automática após a apresentação da licença
vigente.
7.6.4 Da atividade econômica de médio risco
7.7.2 O prazo de validade da licença de funcionamento da
7.6.4.1 Considera-se de médio risco a atividade econômica
atividade econômica deve acompanhar a validade da licença
desenvolvida em edificações com área total construída menor
estabelecida para o imóvel (edificação ou área de risco).
ou igual a 750 m², nas seguintes condições:
7.7.3 A licença da atividade econômica pode ser cassada pelo
a. em edificações que possuam até 3 pavimentos,
Corpo de Bombeiros Militar quando constatada a
desconsiderando-se o subsolo utilizado exclusivamente
incompatibilidade do CLCB, AVCB ou TAACB com o endereço,
para estacionamento de veículos, sem abastecimento no
a área ou o uso do estabelecimento empresarial.
local;
b. edificação destinada à reunião de público (Grupo F), que 7.8 O Corpo de Bombeiros Militar pode fiscalizar o
possui lotação máxima de 100 (cem) pessoas; estabelecimento empresarial ou a edificação, a qualquer
c. edificação destinado a hotéis, pousadas e pensões, que tempo, para verificar a natureza da atividade econômica
possui, no máximo, 40 leitos; desenvolvida, a compatibilidade de área ou endereço, bem
como a instalação e o funcionamento das medidas de
d. não ser destinado a hospitais e locais cujos pacientes
necessitam de cuidados especiais; segurança contra incêndio.
e. não ser destinado a comercialização ou revenda de gás 7.9 A primeira vistoria de fiscalização do estabelecimento
liquefeito de petróleo (GLP); deve ter natureza orientadora, exceto quando houver
f. possuir, no máximo, 190 Kg de gás liquefeito de petróleo situação de risco grave e iminente à saúde, reincidência,
(GLP); fraude, resistência ou embaraço à fiscalização, conforme o
g. não utilizar, armazenar ou comercializar quaisquer outros disposto no artigo 29 do Decreto Estadual nº 55.660, de 30 de
tipos de gases combustíveis em recipientes estacionários março de 2010.
ou transportáveis;
7.10 Em caso de descumprimento das orientações expedidas
na 1ª visita, o Corpo de Bombeiros Militar deve dar início ao
processo sancionatório com vistas à cassação da licença da
atividade econômica emitida, nos termos da legislação vigente.
7.11 Os microempreendedores individuais (MEI) possuem
isenção de taxas para regularização e renovação da Licença
da edificação que ocupa junto ao Corpo de Bombeiros Militar,
conforme o disposto no § 3º, do artigo 4º, da Lei Complementar
nº 123, de 14 de dezembro de 2006.

7.11.1 A isenção da taxa não se aplica para a regularização


urbanística do imóvel (edificação ou área de risco), quando o
MEI compartilha o local com o desenvolvimento de outras
atividades econômicas não isentas.

8 EXIGÊNCIAS PARA PROJETO TÉCNICO SIMPLIFICADO


(PTS)
8.1 As edificações enquadradas como PTS, conforme item 5.1
desta IT, devem possuir as medidas de segurança contra
incêndio prescritas nas Tabela 5 ou Tabelas 6A a 6M, do Anexo
A, do Regulamento de Segurança contra Incêndio, conforme
área e altura da edificação, bem como as disposições
constantes nas Instruções Técnicas específicas que foram
resumidas as seguir:

8.1.1 Extintores de incêndio


8.1.1.1 A proteção por extintores de incêndio deve ser de
acordo com a IT 21 – Sistema de proteção por extintores de
incêndio.
Figura 1: Fixação de extintor de incêndio
8.1.1.2 Os extintores devem ser escolhidos de modo a serem
adequados à extinção dos tipos de incêndios, dentro de sua 8.1.1.8 Riscos específicos devem ser protegidos por extintores
área de proteção, devendo ser intercalados na proporção de de incêndio, independente da proteção geral da edificação ou
dois extintores para o risco predominante e um para o área de risco, tais como: casa de caldeira, casa de bombas,
secundário. casa de máquinas; galeria de transmissão, incinerador,
elevador (casa de máquinas), escada rolante (casa de
Tabela 1: Proteção por extintores de incêndio
máquinas), quadro de redução para baixa tensão,
Tipo transformadores, contêineres de telefonia, gases ou líquidos
Classes de incêndio
extintor combustíveis ou inflamáveis.
Materiais sólidos (madeira, papel, Água 8.1.2 Sinalização de emergência
A
tecido etc.) Pó ABC
8.1.2.1 A sinalização deve ser prevista de acordo com os
CO2 parâmetros da IT 20 – Sinalização de emergência.
Líquidos inflamáveis (óleo,
B PQS
gasolina, querosene etc.) 8.1.2.2 Requisitos básicos da sinalização de emergência:
Pó ABC
Equipamentos elétricos CO2
a. deve se destacar em relação à comunicação visual
C energizados (máquinas elétricas PQS
adotada para outros fins;
etc.) Pó ABC
b. não deve ser neutralizada pelas cores de paredes e
8.1.1.3 Deve ser instalado, pelo menos, um extintor de acabamentos;
incêndio a não mais de 5 metros da entrada principal da
c. deve ser instalada perpendicularmente aos corredores de
edificação e das escadas nos demais pavimentos.
circulação de pessoas e veículos;
8.1.1.4 Os extintores devem ser distribuídos de tal forma que d. as expressões escritas utilizadas devem seguir os
o operador não percorra distância superior à 25 metros. vocábulos da língua portuguesa.
8.1.1.5 Cada pavimento deve ser protegido, no mínimo, por 8.1.2.3 A sinalização destinada à orientação e salvamento e
duas unidades extintoras distintas, sendo uma para incêndio de aos equipamentos de combate a incêndio, deve possuir efeito
classe A e outra para classes B e C ou duas unidades extintoras fotoluminescente.
para classe ABC.
8.1.2.4 No acesso principal dos recintos destinados a reunião
8.1.1.6 Em pavimentos ou mezaninos com até 50 m² de área de público deve ser prevista placa de sinalização indicando a
construída, é aceita a colocação de apenas um extintor do tipo lotação máxima de 250 pessoas, conforme IT 20 – Sinalização
ABC. de emergência.
8.1.1.7 Os extintores devem permanecer desobstruídos e
sinalizados e a altura máxima de fixação dos extintores é de
1,60 m e a mínima é de 0,10 m.
8.1.3.9 As escadas, acessos e rampas devem:
Tabela 2: Modelos básicos de sinalização a. ser construídas em materiais incombustíveis;
Dimensões b. possuir piso antiderrapante;
Símbolo Significado sugeridas
(cm) c. ser protegidas por guarda-corpo em seus lados abertos;
d. ser dotadas de corrimãos em ambos os lados, com
Indicação de saída, acima
extremidades voltadas à parede ou, quando conjugados
das portas 15 X 30
(fotoluminescente) com o guarda-corpo, finalizar neste ou diretamente no
piso;
Indicação de saída para e. permanecer desobstruídas e ter largura mínima de 1,20
esquerda 15 X 30 m (duas unidades de passagem).
(fotoluminescente)
8.1.3.10 A altura das guardas, medida internamente, deve ser,
no mínimo, de 1,05 m ao longo dos patamares, escadas,
Extintor de incêndio corredores, mezaninos e outros, medida verticalmente do topo
15 X 15
(fotoluminescente) da guarda a uma linha que una as pontas dos bocéis ou quinas
dos degraus.
8.1.3.11 A altura das guardas em escada aberta externa (AE),
de seus patamares, de balcões e assemelhados, devem ser de
Proibido fumar 15
no mínimo 1,3 m, medida como especificado no item anterior.
8.1.3.12 Os corrimãos devem estar situados entre 0,80 m e
0,92 m acima do nível do piso.
Risco de choque elétrico 15 8.1.3.13 As distâncias máximas a serem percorridas para se
atingir uma saída (espaço livre exterior, área de refúgio, escada
de saída de emergência) devem atender aos parâmetros do
8.1.3 Saídas de emergência Anexo C.
8.1.3.1 As saídas de emergência devem ser previstas de 8.1.4 Controle de materiais de acabamento e de
acordo com a IT 11 – Saídas de emergência, com a finalidade revestimento (CMAR)
de propiciar à população o abandono seguro e protegido da
edificação em caso de incêndio ou pânico, bem como permitir 8.1.4.1 O controle de material de acabamento e de
o acesso de guarnições do Corpo de Bombeiros para o revestimento, deve atender aos parâmetros da IT 10 – Controle
combate ao incêndio ou retirada de pessoas. de materiais de acabamento e de revestimento, nos seguintes
termos:
8.1.3.2 As saídas de emergência devem ser dimensionadas
em função da população da edificação. a. Grupo B (hotéis, motéis, flats, hospedagens e similares);
b. Divisões F-1 (museus, centros históricos, galerias de arte,
8.1.3.3 A saída de emergência é composta por acessos,
bibliotecas), F-2 (local religioso e velório), F-3 (centros
escadas ou rampas, rotas de saídas horizontais e respectivas
esportivos e de exibição), F-4 (estações e terminais de
portas e espaço livre exterior. Esses componentes devem
passageiros), F-5 (artes cênicas e auditórios), F-6 (clubes
permanecer livres e desobstruídos para permitir o escoamento
sociais e diversão), F-7 (circos e similares), F-8 (local para
fácil de todos os ocupantes.
refeição), F-10 (salões, salas para exposição de objetos
8.1.3.4 A largura das saídas deve ser dimensionada em ou animais para edificações permanentes), e F-11 (casas
função do número de pessoas. noturnas, danceterias, discotecas e assemelhados para
edificações permanentes);
8.1.3.5 As portas das rotas de saídas e das salas com
capacidade acima de 100 pessoas, em comunicação com os c. Divisões H-2 (asilos, orfanatos, reformatórios, hospitais
acessos e descargas, devem abrir no sentido do trânsito de psiquiátricos e similares), H-3 (hospitais, casa de saúde,
saída. prontos-socorros, clínicas com internação, ambulatórios e
postos de atendimento de urgência, postos de saúde e
8.1.3.6 Locais de reunião de público (Grupo F) com lotação puericultura e assemelhados com internação) e H-5
máxima superior a 100 pessoas, devem possuir barra (manicômios, prisões em geral).
antipânico nas portas destinadas à rota de fuga, conforme os
d. Divisão L-1 (Comercio em geral de fogos de artificio e
critérios da IT 11 – Saídas de emergência.
assemelhados).
8.1.3.7 As portas devem ter as seguintes dimensões mínimas
8.1.4.2 O CMAR tem a finalidade de estabelecer condições a
de vão-luz:
serem atendidas pelos materiais de acabamento e de
a. 0,80 m, valendo por uma unidade de passagem; revestimento empregados nas edificações, para que, na
b. 1,00 m, valendo por duas unidades de passagem; ocorrência de incêndio, restrinjam a propagação de fogo e o
desenvolvimento de fumaça.
c. 1,50 m, em duas folhas, valendo por três unidades de
passagem; 8.1.4.3 Deve ser enviado pelo sistema Via Fácil Bombeiros, no
d. 2,00 m, em duas folhas, valendo por quatro unidades de pedido de vistoria do Corpo de Bombeiros Militar, o
comprovante de responsabilidade técnica, do profissional
passagem.
responsável pelo CMAR, de acordo com as classes constantes
8.1.3.8 Para se determinar a quantidade de pessoas por no Anexo D.
unidade de passagem, devem ser adotados os parâmetros do
8.1.5 Iluminação de emergência
Anexo B.
8.1.5.1 O sistema de iluminação de emergência deve atender Tabela 3: Proteção por extintores para central de GLP
a IT 18 – Iluminação de emergência nos seguintes casos: Quantidade/capacidade
Quantidade de GLP (kg)
a. edificações com mais de 2 pavimentos dos Grupos A extintora
(residencial), C (comercial), D (serviço profissional), E Até 270 01 / 20-B:C
(educacional e cultura física), G (serviços automotivos e
de 271 a 1800 02 / 20-B:C
assemelhados), H (serviços de saúde ou institucional), I
(indústria) e J (depósito); Acima de 1800 02 / 20-B:C + 01 / 80-B:C
b. edificações do Grupo B (serviço de hospedagem), 8.1.6.6 A central de GLP, localizada junto à passagem de
considerando-se isentos os motéis que não possuam veículos, deve possuir obstáculo de proteção mecânica com
corredores internos de serviços; altura mínima de 0,60 m situado à distância não inferior a 1,0
c. edificações do Grupo F (Locais de reunião de público) m.
com mais de dois pavimentos ou com lotação superior a
50 pessoas. 8.1.6.7 Devem ser colocados avisos que possam ser
visualizados de qualquer direção de acesso à central de GLP,
8.1.5.2 Os parâmetros a NBR 10898 devem ser observados com os seguintes dizeres: “Perigo”, “Inflamável” e “Não Fume”,
para a instalação do sistema de iluminação de emergência. bem como placa de proibido fumar conforme Tabela 2.
8.1.5.3 Os pontos de iluminação de emergência devem ser 8.1.6.8 A localização dos recipientes deve permitir acesso fácil
instalados nos corredores de circulação (aclaramento), nas e desimpedido a todas as válvulas, bem como ter espaço
portas de saída dos ambientes (balizamento) e nas mudanças suficiente para manutenção.
de direção (balizamento).
8.1.6.9 O armazenamento de recipientes transportáveis de
8.1.5.4 A distância máxima entre dois pontos de iluminação de GLP, destinados ou não à comercialização (revenda), deve
emergência não deve ultrapassar 15 metros e entre o ponto de atender aos parâmetros da IT 28 – Manipulação,
iluminação e a parede 7,5 metros. Outro distanciamento entre armazenamento, comercialização e utilização de Gás
pontos pode ser adotado, desde que atenda aos parâmetros da Liquefeito de Petróleo (GLP).
NBR 10898.
8.1.7 Líquidos Combustíveis ou Inflamáveis
8.1.5.5 O sistema atendido por central de baterias ou por
motogerador devem ter a tubulação e as caixas de passagem 8.1.7.1 As edificações que possuem líquidos combustíveis ou
fechadas, metálicas ou em PVC rígido antichama, quando a inflamáveis devem ser protegidas conforme parâmetros da IT
instalação for aparente. A iluminação de emergência por meio 25 – Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e
de blocos autônomos é dispensada dessa exigência. inflamáveis.

8.1.5.6 O tempo máximo de comutação do grupo motogerador 8.1.8 Proteção para hangares
do sistema de iluminação deve ser de 12 segundos. 8.1.8.1 Os hangares devem possuir sistema de contenção,
Recomenda-se que haja sistema alternativo por bateria em drenagem e demais medidas de segurança previstas na IT 25
complemento ao motogerador. – Segurança contra incêndio para líquidos combustíveis e
8.1.6 Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) inflamáveis.

8.1.6.1 As centrais de GLP e o armazenamento de recipientes 8.1.8.2 o armazenamento de líquidos combustíveis ou


transportáveis de GLP devem atender ao prescrito na IT 28 – inflamáveis não é permitido no interior de hangares.
Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de 8.1.9 Instalações elétricas
Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).
8.1.9.1 As instalações elétricas e o sistema de proteção contra
8.1.6.2 Os recipientes transportáveis trocáveis ou abastecidos descargas atmosféricas devem atender aos parâmetros da IT
no local (capacidade volumétrica igual ou inferior a 0,5 m³) e os 41 – Inspeção visual em instalações elétricas de baixa tensão
recipientes estacionários de GLP (capacidade volumétrica para fins de vistoria.
superior a 0,5 m³) devem ser situados no exterior das
edificações, em locais ventilados, obedecendo aos 8.1.9.2 A edificação enquadrada como PTS, com área
afastamentos constantes no Anexo E. construída até 750 m² e, no máximo, 3 pavimentos, é
dispensada da apresentação do Atestado de Conformidade
8.1.6.3 A instalação dos recipientes de GLP deve ser em local das Instalações Elétricas e do respectivo comprovante de
externo e ventilado, sendo vedada em locais confinados, tais responsabilidade técnica ao Corpo de Bombeiros Militar.
como: porão, garagem subterrânea, forro etc.
8.2 Exigências técnicas para PTS com área construída
8.1.6.4 Proibido o armazenamento na central de GLP de maior que 750m² e, no máximo, 1.500m².
qualquer tipo de material, bem como outra utilização diversa da
instalação estabelecida. 8.2.1 As edificações enquadradas como PTS, com área
construída maior que 750 m² e, no máximo, 1.500 m², devem
8.1.6.5 A central de GLP pode ser instalada em corredor que possuir as medidas de segurança contra incêndio prescritas
seja a única rota de fuga da edificação, desde que atenda aos nas Tabelas 6A a 6M do Anexo A o Regulamento de Segurança
afastamentos previstos no Anexo E, acrescidos de 1,5 m para contra Incêndio, bem como as disposições constantes nas
passagem. Instruções Técnicas específicas.
9.2.7.6 A central de GLP deve ter proteção específica por
8.2.1.1 Os critérios de resistência ao fogo dos elementos de
extintores de acordo com a tabela 3. construção devem atender aos parâmetros da IT 08 –
Resistência ao fogo dos elementos de construção.
8.2.1.2 O sistema de alarme de incêndio deve atender aos
parâmetros da IT 19.
8.2.1.3 O sistema de hidrantes e de mangotinhos para 8.2.1.4.8 Comissionamento ou Inspeção periódica do de
combate a incêndio deve atender aos parâmetros da IT 22 – hidrantes e mangotinhos.
Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a
incêndio. 9 PRESCRIÇÕES DIVERSAS

8.2.1.3.1 O Anexo F traz o dimensionamento do sistema de 9.1 O proprietário ou responsável pelo uso pode obter
hidrantes e mangotinhos, acrescido de parâmetros sugeridos orientações no Serviço de Segurança contra Incêndio do Corpo
para a potência da bomba de incêndio utilizada em edificações de Bombeiros Militar de sua região, quanto à proteção
classificadas como PTS. necessária.
8.2.1.3.2 Eventual avaliação do dimensionamento do sistema 9.2 O proprietário, responsável pelo uso ou empresário deve
de hidrantes, em caso de comunique-se, deve ser apresentado solicitar a regularização no Corpo de Bombeiros Militar com
por meio de Formulário de Atendimento Técnico (FAT),
vistas à emissão da licença da edificação ou da licença da
contendo a planta da edificação, perspectiva isométrica e
cálculo hidráulico, com comprovante de responsabilidade atividade econômica, somente quando estiver com os
técnica. equipamentos de segurança contra incêndio instalados em
toda a edificação, conforme o Regulamento de Segurança
8.2.1.4 O responsável técnico deve apresentar, no protocolo contra Incêndio das Edificações e Áreas de Risco do Estado de
de vistoria, os documentos e atestados exigidos pelas
São Paulo.
Instruções Técnicas específicas, tais como:
9.3 Proteção contra incêndio para empresa sem
8.2.1.4.1 Comprovante de Responsabilidade Técnica:
estabelecimento
a. de instalação e/ou de manutenção das medidas de
segurança contra incêndio; 9.3.1 Ao microempreendedor individual que exerça sua
atividade em residência unifamiliar, recomenda-se adotar as
b. de instalação e/ou de manutenção dos sistemas de
seguintes medidas:
utilização de gases inflamáveis;
c. de instalação e/ou manutenção do grupo motogerador; a. a instalação de um extintor de incêndio em local de fácil
acesso, preferencialmente do tipo ABC;
d. de conformidade das instalações elétricas;
b. os recipientes transportáveis ou estacionários de GLP
e. de instalação e/ou manutenção do controle do material de
devem ser instalados em local externo e ventilado de
acabamento e revestimento (CMAR) quando não for de
acordo com os parâmetros da IT 28 – Manipulação,
classe I;
armazenamento, comercialização e utilização de Gás
f. de instalação e/ou manutenção do revestimento dos Liquefeito de Petróleo (GLP).
elementos estruturais protegidos contra o fogo;
9.3.2 Recomenda-se ao empresário que exerça sua atividade
g. de instalação e/ou manutenção do sistema de hidrantes
econômica em área não edificada, tais como ambulantes,
ou mangotinhos; carrinhos de lanches em geral, e congêneres, o seguinte:
h. de inspeção e/ou manutenção de vasos sob pressão;
a. instalação de um extintor de incêndio em local de fácil
i. de instalação e estabilidade das armações de circos; de acesso, preferencialmente do tipo ABC;
outros sistemas, quando solicitados pelo SSCI.
b. os recipientes transportáveis ou estacionários de GLP
8.2.1.4.2 Memorial industrial de segurança contra incêndio; devem ser instalados em local externo e ventilado de
acordo com os parâmetros da IT 28 – Manipulação,
8.2.1.4.3 Memorial de segurança contra incêndio das
armazenamento, comercialização e utilização de Gás
estruturas;
Liquefeito de Petróleo (GLP).
8.2.1.4.4 Atestado de Brigada de Incêndio;
9.3.3 Os demais empresários individuais ou sociedades
8.2.1.4.5 Termo de responsabilidade das saídas de empresárias que exerçam atividades econômicas em
emergência; estabelecimentos comerciais devem atender às exigências
previstas no Regulamento de Segurança contra Incêndio do
8.2.1.4.6 Atestado de conformidade da instalação elétrica;
Estado de São Paulo, de acordo com as características da
8.2.1.4.7 Comissionamento ou Inspeção periódica do sistema edificação.
de alarme/detecção de incêndio e do sistema de hidrantes; e
Anexo A
Fluxograma para regularização no CBPMESP
Anexo B
Dados para o dimensionamento das saídas de emergência
Capacidade da Unidade de Passagem
Ocupação (O)
(UP)
População (A)
Acessos/ Escadas/
Grupo Divisão Portas
Descargas Rampas
A-1, A-2 Duas pessoas por dormitório (C)
A
Duas pessoas por dormitório e uma pessoa por 4 m²
A-3 60 45 100
de área de alojamento (D)
B Uma pessoa por 15 m² de área (E) (G)

C Uma pessoa por 5 m² de área (E) (J) (M)

D Uma pessoa por 7 m² de área (L) 100 75 100

E-1 a E-4 Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de aula (F)
E
(F)
E-5, E-6 Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de aula 30 22 30

F-1, F-10 Uma pessoa por 3 m² de área (N)

F-2, F-5, F-8 Uma pessoa por m² de área (E) (G) (N) (P) (Q)

F F-3, F-6, F-7, F-9 Duas pessoas por m² de área (1:0,5 m²) (G) (N) (P) (Q) 100 75 100

F-4 Uma pessoa por 3 m² de área (E) (J) (F) (N)

F-11 Três pessoas por m² de área (E)

G-1, G-2, G-3 Uma pessoa por 40 vagas de veículo


G 100 60 100
G-4, G-5 Uma pessoa por 20 m² de área (E)

H-1, H-6 Uma pessoa por 7 m² de área (E) 60 45 100


Duas pessoas por dormitório (C) e uma pessoa por
H-2
4 m² de área de alojamento (E)
H 30 22 30
Uma pessoa e meia por leito + uma pessoa por 7 m²
H-3
de área de ambulatório (H)
H-4, H-5 Uma pessoa por 7 m² de área (F) 60 45 100

I Uma pessoa por 10 m² de área


100 60 100
J Uma pessoa por 30 m² de área (J)

L L-1 Uma pessoa por 3 m² de área 100 60 100

M-1 + 100 75 100

M M-3, M-5 Uma pessoa por 10 m² de área 100 60 100

M-4 Uma pessoa por 4 m² de área 60 45 100


Fonte: IT 11 – Saídas de emergência.
Notas específicas:
(A) os parâmetros dados nesta tabela são os mínimos aceitáveis para o cálculo da população (ver 5.3);
(B) as capacidades das unidades de passagem (1 UP = 0,55 m) em escadas e rampas estendem-se para lanços retos e saída descendente;
(C) em apartamentos de até 2 dormitórios, a sala deve ser considerada como dormitório: em apartamentos maiores (3 e mais dormitórios), as salas, gabinetes e outras
dependências que possam ser usadas como dormitórios (inclusive para empregadas) são considerados como tais. Em apartamentos mínimos, sem divisões em planta,
considera-se uma pessoa para cada 6 m² de área de pavimento;
(D) alojamento = dormitório coletivo, com mais de 10 m²;
(E) por ”Área” entende-se a “Área do pavimento” que abriga a população em foco, conforme terminologia da IT 03 – Terminologia de Segurnaça contra Incêndio. Quando
discriminado o tipo de área (por ex.: área do alojamento), é a área útil interna da dependência em questão;
(F) auditórios e assemelhados, em escolas, bem como salões de festas e centros de convenções em hotéis são considerados nas Divisões F-5, F-6 e outros, conforme
o caso;
(G) as cozinhas e suas áreas de apoio, nas ocupações Grupo B e Divisões F-6 e F-8, têm sua ocupação admitida como no Grupo D, isto é, uma pessoa por 7 m² de
área;
(H) em hospitais e clínicas com internamento (H-3), que tenham pacientes ambulatoriais, acresce-se à área calculada por leito, a área de pavimento correspondente ao
ambulatório, na base de uma pessoa por 7 m²;
(I) o símbolo “+” indica necessidade de consultar normas e regulamentos específicos (não cobertos pela IT 11 – Saídas de emergência) ;
(J) a parte de atendimento ao público de comércio atacadista deve ser considerada como do Grupo C;
(K) esta tabela se aplica a todas as edificações, exceto para os locais destinados às Divisões F-3 e/ou F-7, com população total superior a 2.500 pessoas, onde deve
ser consultada a IT 12 – Centros esportivos e de exibição – requisitos de segurança contra incêndio;
(L) para ocupações do tipo Call-center, o cálculo da população é de uma pessoa por 1,5 m² de área;
(M) para a área de Lojas adota-se no cálculo “uma pessoa por 7 m² de área”;
(N) para o cálculo da população, será admitido o leiaute dos assentos fixos (permanente) apresentado em planta;
(O) para a classificação das ocupações (Grupos e Divisões), consultar a Tabela 1 do Decreto Estadual;
(P) para a ocupação “restaurante dançante” e” salão de festas” onde há mesas e cadeiras para refeição e pista de dança, o parâmetro para cálculo de população é de 1
pessoa por 0,67 m² de área;
(Q) para os locais que possuam assento do tipo banco (assento comprido, para várias pessoas, com ou sem encosto) o parâmetro para cálculo de população é de 1
pessoa por 0,50 m linear, mediante apresentação de leiaute.
Anexo C
Distâncias máximas a serem percorridas

Grupo e divisão de ocupação Pavimento Saída única Mais de uma saída

A - Residencial de saída da edificação 45 m 55 m

B - Serviço de hospedagem demais pavimentos 40 m 50 m

C - Comercial
D - Serviço profissional
E - Educacional e cultura física
de saída da edificação 40 m 50 m
F - Local de reunião de público
G-3 - Local dotado de abastecimento de combustível
G-4 - Serviço de conservação, manutenção e reparos
G-5 - Hangares
H - Serviço de saúde e institucional
demais pavimentos 30 m 40 m
L - Explosivos
M - Especial

I-1 - Indústria (carga de incêndio até 300 MJ/m²) de saída da edificação 80 m 120 m

J-1 - Depósito de material incombustível demais pavimentos 70 m 110 m

G-1 - Garagem sem acesso de público e sem abastecimento de saída da edificação 50 m 60 m


G-2 - Garagem com acesso de público e sem abastecimento
J-2 - Depósito (com carga de incêndio de até 300 MJ/m²) demais pavimentos 45 m 55 m

I-2 - Indústria (carga de incêndio entre 300 e 1.200 MJ/m²)


de saída da edificação 40 m 50 m
I-3 - Indústria (carga de incêndio superior a 1.200 MJ/m²)
J-3 - Depósito (carga de incêndio entre 300 e 1.200 MJ/m²)
demais pavimentos 30 m 40 m
J-4 - Depósito (carga de incêndio acima de 1.200 MJ/m²)
Fonte: IT 11 – Saídas de emergência.
Notas:
1) Para admitir os valores da coluna “mais de uma saída” deve haver uma distância mínima de 10 m entre elas;
2) Nas áreas técnicas (locais destinados a equipamentos, sem permanência humana e de acesso restrito), a distância máxima a ser percorrida é de 140 metros.
3) Para detalhamento da classificação das edificações, consultar a Tabela 1 do Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco no Estado de
São Paulo.
Anexo D
Classes dos materiais de acabamento e de revestimento

FINALIDADE do MATERIAL

Piso Parede e divisória Teto e forro Fachada


Grupo/Divisão Acabamento Acabamento Acabamento (Acabamento/
Revestimento Revestimento Revestimento Revestimento)

B – Serviço de
hospedagem; Classe I, II-A, III-A ou
Classe I, II-A ou III-A1 Classe I ou II-A
H – Serviços de IV-A
saúde e institucional.
Classe I a II-B
F – Local de reunião
de público; Classe I, II-A, III-A ou
Classe I ou II-A Classe I ou II-A
IV-A
L – Explosivos.
Fonte: IT 10 – Controle de material de acabamento e revestimento.
Nota:
1) Exceto para revestimentos que serão Classe I ou II-A.
Anexo E
Afastamentos de segurança para central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)
Capacidade Divisa de propriedades Passeio Entre Aberturas abaixo Fontes de ignição e Produtos tóxicos,
individual do edificáveis / edificações público recipientes da descarga da outras aberturas perigosos,
recipiente (d,f,j) (k, d) válvula de (portas e janelas) e inflamáveis, chama
m³ segurança materiais aberta e ponto de
(h) combustíveis captação de ar
(j) forçado
Superfície Enterrados Abasteci Trocá Abastecido Trocáv (i)
(a,c,e,g) / Aterrados dos no veis s no local eis
(b) local
Até 0,5 0 3 3 0 1 1 3 1,5 6
> 0,5 a 2 1,5 3 3 0 1,5 - 3 - 6
> 2 a 5,5 3 3 3 1 1,5 - 3 - 6
> 5,5 a 8 7,5 3 7,5 1 1,5 - 3 - 6
> 8 a 120 15 15 15 1,5 1,5 - 3 - 6
1⁄4 da soma
dos
Atender diâmetros
> 120 15 22,5 1,5 - 3 - 6
Tabela 1 dos
recipientes
adjacentes
a) Nos recipientes de superfície, as distâncias apresentadas são medidas a partir da superfície externa do recipiente mais próximo. A
válvula de segurança dos recipientes estacionários deve estar fora das projeções da edificação, tais como telhados, balcões, marquises.
b) A distância para os recipientes enterrados / aterrados deve ser medida a partir da válvula de segurança, enchimento e indicador do nível
máximo. Caso o recipiente esteja instalado em caixa de alvenaria, esta distância pode ser reduzida pela metade, respeitando um mínimo
de 1,0 m do costado de recipiente para divisa de propriedades edificáveis / edificações.
c) As distâncias de afastamento das edificações não podem considerar projeções de complementos ou partes destas, tais como telhados,
balcões, marquises.
d) Para recipientes transportáveis devem ser atendidos os afastamentos mínimos em função da capacidade volumétrica total do
agrupamento de recipientes, conforme a tabela abaixo.
Central de Divisa de Passeio Quantidade total de recipientes
capacidade propriedade público
volumétrica edificável (l)
total (em e/ou
m³) edificações
(m) P-45 (0,108 m³) P-90 (0,216 m³) P-125 (0,300 m³) P-190 (0,450 m³)

Até 2,0 0 3 18 9 6 4
2,1 a 3,5 1,5 3 19 a 32 10 a 16 7 a 11 5a7
3,51 a 5,5 3 3 33 a 50 17 a 25 12 a 18 8 a 11
5,51 a 8,0 7,5 3 51 a 74 26 a 37 19 a 26 12 a 16
Acima de 8 até
15 15 75 a 92 máximo 38 a 46 máximo 27 a 33 máximo 17 a 22 máximo
10
Nota: Centrais com capacidade superior ao limite estabelecido nesta tabela, devem ser analisadas por órgãos competentes considerando
situações temporárias e caso definitivas com as devidas medidas mitigadoras compensatórias definidas.
e) No caso de existência de duas ou mais centrais de GLP com recipientes transportáveis, estas devem distar entre si no mínimo 7,5 m.
Exceto em centrais em estabelecimentos comerciais, onde vários clientes podem ser abastecidos por redes de distribuição
individualizadas, pode ser utilizada mais de uma central de GLP, em uma única área destinada exclusivamente para esta finalidade,
atendendo condições da IT 28 – Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP).
f) Para recipientes acima de 0,5 m³, o número máximo de recipientes deve ser igual a 6. Se mais que uma instalação como esta for feita,
ela deve distar pelo menos 7,5 m da outra.
g) A distância de recipientes de superfície de capacidade individual de até 5,5 m³, para edificações / divisa de propriedade, pode ser
reduzida à metade, desde que sejam instalados no máximo três recipientes. Este recipiente ou conjunto de recipientes deve estar distante
de pelo menos 7,5 m de qualquer outro recipiente com capacidade individual maior que 0,5 m³.
h) Os recipientes de GLP não podem ser instalados dentro de bacias de contenção de outros combustíveis.
i) No caso de depósitos de oxigênio e hidrogênio, os afastamentos devem ser conforme as tabelas específicas respectivamente.
j) Para recipientes transportáveis contidos em abrigos, paredes laterais e cobertura resistentes ao fogo interpondo-se entre os recipientes e
o ponto considerado a distância pode ser reduzida à metade.
k) Na impossibilidade de atendimento das distâncias para o passeio público, verificar a IT 28 – Manipulação, armazenamento,
comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP).
l) Afastamento não aplicável para centrais GLP instaladas em nicho conforme a IT 28 – Manipulação, armazenamento, comercialização e
utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP).
m) Caso o local destinado à instalação da central que utilize recipientes transportáveis não permita os afastamentos descritos, a central
pode ser subdividida com a utilização de paredes divisórias resistentes ao fogo com TRRF mínimo de 2 h de acordo com NBR 10636, com
comprimento e altura de dimensões superiores ao recipiente. Neste caso, deve se adotar o afastamento mínimo referente à capacidade
total de cada subdivisão.
Fonte: IT 28 – Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP).
Anexo F
Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio

Tabela 1: Aplicabilidade dos tipos de sistemas e volume de reserva de incêndio mínima (m³)

CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO

CONFORME TABELA 1 DO REGULAMENTO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

Edificações e áreas A-2, A-3, C-1, D-1(até D-1 (acima de 300 MJ/m²), D-3 C-2 (acima de G-5, I-3, J-4 e
de risco (área total 300 MJ/m²), D-2, D-3 (até (acima de 300 MJ/m²), D-4 1000 MJ/m²), I-2 M-7
construída) 300 MJ/m²), D-4 (até 300 (acima de 300 MJ/m²), B1, B-2, (acima de 800
MJ/m²), E-1, E-2, E-3, E- C-2 (acima de 300 até 1000 MJ/m²), J-3
4, E-5, E-6, F-1 (até 300 MJ/m²), C-3, F-1 (acima de 300 (acima de 800
MJ/m²), F-2, F-3, F-4, F-8, MJ/m²), F-5, F-6, F-7, F-9, F-10, MJ/m²) e M-1
G-1, G-2, G-3, G-4, H1, H- F-11, H-4, I-2 (acima de 300 até
2, H-3, H-5, H-6; I-1, J-1, 800 MJ/m²), J-2 e J-3 (acima de
J-2 e M-3 300 até 800 MJ/m²) e K-1

Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Tipo 4 Tipo 4


Até 1.500 m² (A)
RTI 5 m³ RTI 8 m³ RTI 12 m³ RTI 28 m³ RTI 32 m³

Tabela 2: Tipos de sistemas de proteção por hidrante ou mangotinhos


Mangueiras de incêndio
Esguicho Potência “sugerida” da
Tubulação DN Número de
Tipo regulável DN Bomba de Incêndio
(mm) DN (mm) Comprimento (m) expedições
(mm) (CV) (A, B)

1 50 25 25 30 simples 7,5
65 40 40 30 simples 5
2
50 40 40 30 simples 7,5
3 65 40 40 30 simples 7,5
65 40 40 30 simples 25
4
65 65 65 30 simples 12,5
Nota específica:
(A) Os parâmetros da reserva de incêndio e da potência da bomba de incêndio devem ser determinados conforme IT 22 – Sistema de hidrantes e de mangotinhos para
combate a incêndio; e
(B) Os valores de potência da Bomba de Incêndio são sugestivos e tomados com base na maioria dos casos apresentados ao Corpo de Bombeiros. A potência da bomba
de incêndio deve ser especificada no Relatório de Comissionamento ou de Inspeção periódica do sistema de hidrantes conforme pressão, vazão e curva de desempenho
da bomba.
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 43/2019

Adaptação às normas de segurança contra incêndio – edificações


existentes

SUMÁRIO ANEXO

1 Objetivo A Fluxograma de adaptação para edificações existentes


2 Aplicação B Tabela de adaptação de chuveiros automáticos
3 Referências normativas e bibliográficas
4 Definições e conceitos
5 Procedimentos
6 Exigências básicas
7 Adaptações
8 Prescrições diversas

Atualizada pela Portaria nº CCB 021/800/20 publicada no Diário Oficial do Estado, nº 132, de 04 de julho de 2020
1 OBJETIVO 2.5 As adaptações desta Instrução Técnica relacionadas às
saídas de emergência e selagem de “shafts” devem ser exigi-
Estabelecer medidas para as edificações existentes a serem das apenas na renovação do Auto de Vistoria do Corpo de
adaptadas visando atender às condições necessárias de Bombeiros (AVCB), desde que não haja alterações de uso,
segurança contra incêndio, bem como, permitir condições de
área ou altura no projeto. Para tanto, os proprietários ou res-
acesso para as operações do Corpo de Bombeiros Militar.
ponsáveis técnicos devem apresentar o Termo de Compro-
2 APLICAÇÃO misso, quando da primeira renovação do AVCB, comprome-
tendo-se a providenciar as adaptações antes do pedido de
2.1 Esta Instrução Técnica (IT) se aplica às edificações renovação do AVCB emitido.
comprovadamente regularizadas ou construídas anteriormente
à vigência do Regulamento em vigor, conforme a Disposi- 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS
ção Transitória do Regulamento de Segurança contra In-
SÃO PAULO (Estado). Constituição do Estado de São
cêndio das Edificações e Áreas de Risco do Estado de São
Paulo, de 5 de outubro de 1989;
Paulo.
_______. Lei Complementar nº 1.257, de 06 de janeiro de
2.1.1 Adotam-se os parâmetros da legislação vigente para 2015. Institui o Código estadual de proteção contra Incêndios
áreas ampliadas de edificações existentes, podendo-se man- e Emergências e dá providências correlatas;
ter a legislação da época para a área existente, desde que _______. Decreto nº 20.811, de 11 de março de 1983.
separadas por compartimentação, respeitadas as exigências Aprova especificações para instalações de proteção contra
de adaptação desta Instrução Técnica. incêndios, para o fim que especifica;
2.1.2 Pode ser adotada a regulamentação da época e suas _______. Decreto nº 38.069, de 14 de dezembro de 1993.
respectivas Instruções Técnicas nas seguintes condições: Aprova as Especificações para instalações de proteção contra
incêndios e dá providências correlatas;
a. Exigência de quantidades de escada de segurança para
edificações residenciais (A2) com altura superior a 80 m; _______. Decreto nº 46.076, de 31 de agosto de 2001.
Institui o Regulamento de Segurança contra Incêndio das
b. Exigência de compartimentação horizontal para edifica-
edificações e áreas de risco para os fins da Lei nº 684, de 30
ções destinadas a shopping centers (C3);
de setembro de 1975 e estabelece outras providências.;
c. Dimensionamento do sistema de controle de fumaça
_______. Decreto nº 56.819, de 10 de março de 2011. Institui
existente;
o Regulamento de Segurança Contra Incêndios das
d. Dimensionamento do sistema de hidrantes existente; edificações e áreas de risco no Estado de São Paulo e dá
e. Caminhamento de rotas de fuga para os grupos e divi- providências correlatas;
sões de ocupação A, B, G-1, G-2 e J. _______. CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR
2.1.3 Se houver ampliações sucessivas em épocas DO ESTADO DE SÃO PAULO (CBPMESP), Instruções
distintas considera-se como existente a somatória das áreas Técnicas.
com comprovação de existência anterior à vigência do
4 DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Decreto Estadual nº 46.076/01 (abril de 2002);
2.1.4 Se uma edificação existente for unificada a uma ou Além das definições constantes da IT 03 - Terminologia de
mais edificações adjacentes, estas devem ser consideradas segurança contra incêndio, aplicam-se as definições
como ampliação de área; específicas abaixo:

2.1.5 Se houver mais de uma edificação na mesma 4.1 Para fins desta IT, são consideradas existentes as edifi-
propriedade, que estejam isoladas entre si, considera-se, para cações e áreas de risco construídas ou regularizadas ante-
efeito de ampliação, a área individual de cada edificação. riormente à publicação deste Regulamento, com documenta-
ção comprobatória;
2.2 No caso das edificações ou áreas de risco já licenciadas
pelo Corpo de Bombeiros Militar, sem acréscimo de área ou 4.2 Mudança da ocupação ou uso: quando há troca da
altura, ou mudança de ocupação, podem ser mantidas as atividade exercida no local, considerando as exigências das
exigências com base na regulamentação da época, ressalva- Divisões contempladas nas Tabelas de 6A a 6M deste
das as adaptações prescritas nesta Instrução Técnica. Regulamento, independentemente do grau de risco a ser
implantado;
2.3 Não se aplicam as adaptações previstas nesta Instrução
Técnica (IT) às edificações comprovadamente regularizadas 4.3 Ampliação de área construída: qualquer acréscimo na
ou construídas anteriormente à vigência do Decreto Estadual área da edificação em relação àquela regularizada ou
nº 63.911, de 10 de dezembro de 2018, desde que já tenham construída anteriormente;
sido objeto de adaptação anterior por exigência de legislação
4.4 Aumento na altura da edificação: qualquer acréscimo
e que não tenham sofrido mudança nas características de
vertical de área e/ou ocupação, que deva ser computado na
aprovação, tais como: mudança de ocupação/uso, ampliação
altura da edificação, conforme preconiza o Regulamento de
de altura e/ou área, etc.
Segurança contra Incêndio.
2.4 No caso das edificações ou áreas de risco não licencia-
4.5 Documentação comprobatória: documento oficial (ex.:
das anteriormente pelo Corpo de Bombeiros Militar, as medi-
planta aprovada na prefeitura, planta aprovada junto ao Corpo
das de segurança contra incêndio devem ser adaptadas con-
de Bombeiros Militar, AVCB anterior e outros) que comprove a
forme estabelecido nesta Instrução Técnica, e quando não
área, a altura e a ocupação da época.
contempladas, devem atender às respectivas ITs do Regula-
mento contra Incêndio vigente.
5 PROCEDIMENTOS f. brigada de incêndio;

5.1 As medidas de segurança a serem exigidas para as g. controle de material de acabamento e revestimento
(CMAR), para as edificações regularizadas anteriormen-
edificações e áreas de risco existentes devem ser analisa-
te ao Decreto Estadual nº 46.076/01, no caso das ocu-
das, adaptadas e dimensionadas atendendo à sequência a
pações do Grupo B e Divisões F-1, F-5, F-6, F-11 e H-2.
seguir:
7 ADAPTAÇÕES
5.1.1 Classificação da edificação conforme a época de
existência e a vigência do respectivo Regulamento de 7.1 Escadas de segurança
Segurança contra Incêndio;
7.1.1 Largura da escada: caso a largura da escada não
5.1.2 Verificação das condições de aplicação estabelecidas atenda à IT 11 – Saídas de emergência, devem ser
no item “2”; adotadas as seguintes exigências:
5.1.3 Aplicação do fluxograma (Anexo “A”), que estabelece a. a lotação a ser considerada no pavimento limita-se ao
as medidas de segurança contra incêndio; resultado do cálculo em função da largura da escada,
5.1.4 As exigências básicas e adaptações previstas no exceto para a Divisão F-11 (boates, casas noturnas,
fluxograma devem atender aos critérios estabelecidos nesta danceterias, discotecas e assemelhados);
IT; b. previsão de piso ou fita antiderrapante;
5.1.4.1 No fluxograma, a referência de mudança de exigência c. previsão de sinalização fotoluminescente no rodapé das
é balizada p o r es t e Regulamento em comparação às paredes do hall e junto às laterais dos degraus;
exigências da legislação vigente à época de construção ou 7.1.2 Escada com degraus em leque: caso a escada
regularização da edificação. possua degraus em leque, devem ser adotadas as seguintes
exigências:
6 EXIGÊNCIAS BÁSICAS
a. capacidade da unidade de passagem (C) deve ser re-
6.1 As edificações e áreas de risco existentes devem atender duzida em 30% do valor previsto na IT 11 vigente;
às exigências da legislação vigente à época da construção ou
b. previsão de piso ou fita antiderrapante;
regularização e, no mínimo, possuírem as medidas de segu-
rança contra incêndio consideradas básicas. c. previsão de sinalização fotoluminescente no rodapé das
paredes do hall e junto às laterais dos degraus.
6.2 As medidas de segurança contra incêndio consideradas
7.1.3 Ampliações de mezaninos e jiraus.
como exigências básicas nas edificações com área superior
a 750 m² ou altura superior a 12 m, independente da data de 7.1.3.1 Nos casos de ampliação de mezaninos ou jiraus no
construção e da regularização, são: último pavimento, toda a área ampliada deverá ter acesso
direto para a escada de segurança existente;
a. extintores de incêndio;
7.1.3.2 O subitem anterior aplica-se somente quando houver
b. iluminação de emergência;
o fechamento de mezanino ou jirau de apenas um nível na
c. sinalização de emergência; edificação, no último pavimento;
d. alarme de incêndio;
7.1.3.3 A adaptação citada no item 7.1.3 e seus subitens não
e. instalações elétricas em conformidade com as normas resulta na previsão da segunda escada quando a edificação
técnicas; superar 36 m de altura para fins de dimensionamento das
f. brigada de incêndio; saídas de emergência, sendo necessário a adoção das medi-
g. hidrantes; das de segurança previstas na tabela 6 do Regulamento de
Segurança contra Incêndio em edificações e áreas de risco no
h. saída de emergência;
estado de São Paulo instituído pelo Decreto Estadual
i. selagem de shafts e dutos de instalações, para edifica- 63.911/18.
ções com altura superior a 12 m;
7.1.4 Tipos de escada: para fins de adaptação das escadas
j. controle de material de acabamento e revestimento
de segurança das edificações, devem ser consideradas as
(CMAR), para as edificações regularizadas anteriormen-
exigências contidas na IT 11 vigente, em relação à escada
te ao Decreto Estadual nº 46.076/01, no caso das ocu-
existente no edifício, conforme os casos abaixo:
pações do Grupo B e Divisões F-1, F-5, F-6, F-10, F-11
e H-2. 7.1.4.1 Adaptação de escada não enclausurada (NE) para
escada enclausurada protegida (EP) pode ser adotada uma
6.3 As medidas de segurança contra incêndio consideradas
das seguintes opções:
como exigências básicas nas edificações com área menor de
750 m² e altura inferior a 12 m, independente da data de cons- 7.1.4.1.1 Primeira opção:
trução e da regularização, são: a. enclausurar com portas corta-fogo o hall de acesso à
a. extintores de incêndio; escada em relação aos demais ambientes;

b. iluminação de emergência, para as edificações acima de b. prever sistema de detecção de fumaça em todo o hall
dois pavimentos ou locais de reunião de público com (exceto edificações exclusivamente residencial);
mais de 50 pessoas; c. prever anualmente treinamento dos ocupantes para o
c. sinalização de emergência; abandono da edificação;

d. instalações elétricas em conformidade com as normas d. prever sinalização fotoluminescente no rodapé das pa-
técnicas; redes do hall e junto às laterais dos degraus;

e. saídas de emergência; e. prever exaustão no topo da escada, com área mínima


de 1,00 m², podendo ser: cruzada, por exaustores sinalizada no piso à projeção de abertura da porta.
eólicos ou mecânicos.
7.1.5.2 As edificações que necessitarem de mais de uma
7.1.4.1.2 Segunda opção: escada, em função do dimensionamento da lotação ou do
percurso máximo, devem ter, pelo menos, metade das saídas
a. enclausurar com portas resistente ao fogo PRF P-30 as
atendidas por escadas, conforme esta IT, podendo as demais
portas das unidades autônomas que tem acesso ao hall
serem substituídas por interligação entre blocos no mesmo
ou corredor de circulação, que por sua vez, acessa a es-
lote ou entre edificações vizinhas, por meio de passarela e/ou
cada;
passadiço protegido. Alternativamente, pode-se implantar na
b. prever sistema de detectores de fumaça em toda a edifi- edificação a escada externa, nos moldes da IT 11.
cação (exceto edificações exclusivamente residencial);
7.1.5.2.1 As passarelas e/ou passadiços protegidos devem
c. prever anualmente, treinamento dos ocupantes para o
ter largura mínima de 1,20 m, paredes resistentes ao fogo e
abandono da edificação;
acessos através de PCF P-90. Neste caso, além dos compo-
d. prever sinalização fotoluminescente no rodapé das pa- nentes básicos dos sistemas de segurança contra incêndio, a
redes do hall e junto às laterais dos degraus; edificação deve possuir sistema de detecção de incêndio.
e. prever exaustão no topo da escada, com área mínima de
7.1.5.2.2 Nas passarelas, as portas que se comunicam com o
1,00 m², podendo ser: cruzada, por exaustores eóli-
edifício vizinho não podem permanecer trancadas em
cos ou mecânicos.
nenhum momento, devendo ser feito ainda um termo de
Nota:
responsabilidade entre os dois edifícios, assinados pelos
caso haja ventilação (janela) na escada, em todos os pavimentos, não é
necessária a exaustão no topo da escada. Neste caso, a área efetiva mínima
proprietários, no qual se obrigam a manter as PCF P-90
de ventilação deve ser de 0,50 m². permanentemente destrancadas ou dotadas de barra
antipânico. Deve ainda haver sinalização em todos os pavi-
7.1.4.1.3 Adaptação de escada não enclausurada (NE) mentos e elevadores, indicando as saídas de emergência do
para escada à prova de fumaça (PF): quando não for edifício para o prédio vizinho.
possível prever escada à prova de fumaça (PF), com
antecâmara e dutos de ventilação, conforme a IT 11 vigente, 7.1.5.3 No caso de pressurização de escada, deve-se adotar
ou com pressurização da escada, conforme a IT 13 vigente – o prescrito na IT-13, e adequar-se de acordo com a disponibi-
Pressurização de escada de segurança, devem ser pre- lidade técnica da edificação, mas mantendo os princípios da
vistas as seguintes regras de adaptação: pressurização, conforme a respectiva IT, podendo a
captação de ar do sistema de pressurização estar afastada
a. enclausurar com portas corta-fogo o hall de acesso à da fachada, e a casa de motoventiladores a ser instalada na
escada em relação aos demais ambientes. Nas ocupa- cobertura da edificação, desde que comprovada a sua
ções residenciais deverá ser previsto no mínimo portas impossibilidade técnica no térreo da edificação.
corta fogo PCF-60 e nas demais ocupações PCF-90;
7.1.5.3.1 Edificações existentes que possuam sistema de
b. prever sistema de detecção de fumaça em toda a
pressurização de escada aprovado por norma estrangeira
edificação. No caso de edificações residenciais, o sis-
(ex.: BS 5588-4 ou similar) e que não tenham sofrido altera-
tema de detecção deve ser previsto somente nas
ção em suas características de aprovação junto ao Corpo de
áreas comuns;
Bombeiros Militar não precisam ser adaptadas, podendo man-
c. prever anualmente, treinamento dos ocupantes para o ter suas condições de aprovação em conformidade com a
abandono da edificação; legislação vigente à época.
d. prever sinalização fotoluminescente no rodapé das pa-
7.1.5.4 No caso de exigência de duas ou mais escadas de
redes do hall e junto às laterais dos degraus;
emergência, a distância mínima de trajeto entre as suas
e. prever ventilação na escada, em todos os pavimentos, portas de acesso de 10 m pode ser desconsiderada, caso as
com área efetiva mínima de 0,50 m². escadas já estejam construídas.
7.1.4.1.4 Adaptação de escada enclausurada protegida (EP) 7.1.5.4.1 No caso das edificações com ocupação residencial
para escada à prova de fumaça (PF): quando não for possível (Divisão A-2), anteriores à edição do Decreto Estadual
prever escada à prova de fumaça (PF), com antecâmara e nº 20.811/83, admite-se escada tipo NE, nos moldes das
dutos de ventilação conforme a IT 11 vigente ou escada exigências da época de construção da edificação.
pressurizada, conforme a IT 13 vigente, devem ser previstas
as seguintes regras de adaptação: 7.1.5.5 As condições de ventilação da escada de segurança
e da antecâmara (EP e PF) podem ser mantidas conforme as
a. prever sistema de detecção de incêndio em toda a aprovações da legislação vigente à época.
edificação. No caso de edificações residenciais, o siste-
ma de detecção deve ser previsto somente nas áreas 7.1.5.6 No caso das edificações anteriores à edição do
comuns e as portas das unidades autônomas deverão Decreto Estadual nº 20.811/83, quando a rota de fuga do
ser do tipo PRF-60; subsolo for exclusivamente pela rampa de acesso de veículos
por não existir escada, deve possuir no mínimo corrimão em
b. prever anualmente, treinamento dos ocupantes para o
um dos lados, independente da inclinação da mesma, deven-
abandono da edificação;
do ser sinalizada no solo a rota de circulação de pessoas.
c. prever sinalização fotoluminescente no rodapé das pa-
redes do hall e junto às laterais dos degraus. 7.1.5.6.1 Para aplicação do item anterior, deve ser compro-
vada, por meio de planta, a aprovação junto à prefeitura muni-
7.1.5 Prescrições diversas para as escadas de cipal ou ao Corpo de Bombeiros Militar, nestas condições.
segurança das edificações existentes
7.2 Rota de fuga - distâncias máximas a serem per-
7.1.5.1 Na instalação de PCF na caixa de escada pode ser corridas
aceita a interferência no raio de passagem da escada, deven-
do manter pelo menos 1 m de passagem livre e devidamente 7.2.1 As áreas das edificações existentes anteriores à
vigência do Decreto Estadual nº 46.076/01 (abril de 2002), construídas entre abril de 2002 e a vigência do Decreto
com Projeto Técnico aprovado, podem ter a distância Estadual nº 56.819/11, bem como para as áreas ampliadas, o
máxima a ser percorrida aumentada, conforme segue: sistema de hidrantes deve ser dimensionado conforme o
Decreto Estadual nº 46.076/01 (IT 22/04 – Sistema de hidrantes
7.2.1.1 Se a edificação possuir sistema de chuveiros auto-
e de mangotinhos).
máticos, a distância máxima a ser percorrida pode aumentar
em 100% do valor de referência, previsto na IT 11; 7.4.5 Para as edificações com comprovação de existência
construídas entre março de 2011 e a vigência do Decreto
7.2.1.2 Se a edificação possuir sistema de detecção de
Estadual nº 63.911/18, bem como para as áreas ampliadas, o
incêndio, a distância máxima a ser percorrida pode aumentar
sistema de hidrantes deve ser dimensionado conforme o
em 75% do valor de referência, previsto na IT 11;
Decreto Estadual nº 56.819/11 (IT 22/11 – Sistema de hidran-
7.2.1.3 O aumento da distância máxima a ser percorrida, tes e de mangotinhos).
previsto nos itens 7.2.1.1 e 7.2.1.2, pode ser cumulativo (175%
7.4.6 Para as edificações construídas anteriormente a
do valor de referência da IT 11);
março de 1983, adotam-se os seguintes parâmetros para o
7.2.1.4 Se a edificação possuir sistema de controle de sistema de hidrantes:
fumaça e detecção, a distância máxima a ser percorrida pode
a. Pressão mínima no hidrante mais desfavorável de 6
ser acrescida em 175% do valor de referência da IT 11.
mca para edifícios residenciais com reservatório eleva-
7.2.2 As áreas das edificações existentes anteriores à do, e 15 mca para as demais ocupações, considerando
vigência do Decreto Estadual nº 46.076/01 (abril de 2002), o cálculo de 2 hidrantes simultâneos;
sem Projeto Técnico aprovado, podem ter a distância máxima b. Admite-se que as mangueiras possuam até 45 m de
a ser percorrida aumentada, conforme segue: comprimento, com diâmetro mínimo DN40 (38 mm) e
7.2.2.1 Se a edificação possuir sistema de chuveiros esguicho de 13 mm para risco de classe “A” e 16 mm pa-
automáticos, a distância máxima a ser percorrida pode ra os riscos de classes “B” e “C”, conforme classificação
aumentar em 50% do previsto na IT 11; de risco à época (tarifa de seguro incêndio do Instituto
de Resseguros do Brasil);
7.2.2.2 Se a edificação possuir sistema de detecção de c. Os hidrantes externos podem dar cobertura com 60 m
incêndio, a distância máxima a ser percorrida pode aumentar de mangueiras;
em 30% do previsto na IT 11;
d. A prumada de incêndio pode ser mantida no interior das
7.2.2.3 O aumento da distância máxima a ser percorrida escadas existentes, desde que seja prevista uma toma-
previsto nos itens 7.2.2.1 e 7.2.2.2 pode ser cumulativo (80% da de água para cada pavimento e que os abrigos de
do valor de referência da IT 11); mangueiras sejam dispostos em cada pavimento a uma
distância máxima de 5 m dos acessos às caixas de es-
7.2.2.4 Se a edificação possuir sistema de controle de
cada;
fumaça e detecção, a distância máxima a ser percorrida pode
ser acrescida em 80% do valor de referência da IT 11. e. Podem ser aceitos 50 % do volume dos reservatórios de
água de consumo no cômputo do volume da reserva téc-
7.2.3 As áreas ampliadas (novas) devem atender à distân- nica de incêndio;
cia máxima estabelecida na IT 11 do Regulamento em
f. Podem ser aceitos reservatórios conjugados (subterrâ-
vigor.
neo e elevado);
7.2.4 Os parâmetros de saídas de emergência, escadas de g. No caso de haver hidrante público a uma distância
segurança e distâncias máximas a serem percorridas, não máxima de 150 m de qualquer acesso da edifica-
abordados nesta IT, devem atender ao contido na IT 11 vi- ção, o volume de reserva de incêndio pode ser reduzi-
gente. do em 25%;
7.3 Dimensionamento de lotação e saídas de emergência h. Os requisitos de instalação das bombas de incêndio e
os não abordados nesta IT devem atender aos crité-
Os centros esportivos e de exibição devem ser adaptados rios estabelecidos na IT 22.
conforme prescrições para recintos existentes previsto na
IT 12 – Centros esportivos e de exibição – Requisitos de 7.5 Compartimentação horizontal e vertical
segurança contra incêndio.
7.5.1 As regras de adaptação para compartimentação não
7.4 Sistema de hidrantes se aplicam às ocupações destinadas ao Grupo F (locais de
reunião de público) e ao Grupo M (especiais) devendo,
7.4.1 As edificações existentes devem possuir o sistema de nestes casos, serem adotadas as regras da IT 09 –
hidrantes em conformidade com a legislação vigente à época Compartimentação horizontal e compartimentação vertical.
de construção.
7.5.2 As regras de adaptação para compartimentação, não
7.4.2 Para as edificações com comprovação de existência se aplicam aos casos de mudança de ocupação devendo,
construídas entre março de 1983 e dezembro 1993, bem como nestes casos, serem adotadas as regras da IT 09.
para as áreas ampliadas, o sistema de hidrantes deve ser
dimensionado, no mínimo, conforme o Cap. VIII do Decreto 7.5.3 Quando houver ampliação de área podem ser adotadas
Estadual nº 20.811/83. as seguintes regras:

7.4.3 Para as edificações com comprovação de existência 7.5.3.1 Para ampliações de até 10% da área total da edificação,
construídas entre dezembro de 1993 e abril 2002, bem como limitadas a 1.000 m², podem ser mantidas as condições de
para as áreas ampliadas, o sistema de hidrantes deve ser compartimentação da edificação existente sem ampliação;
dimensionado, no mínimo, conforme o Cap. IX do Dec. Est.
7.5.3.2 Para ampliações de áreas compreendidas por docas
nº 38.069/93.
que tenham, no máximo, 6 m de largura e que não sejam
7.4.4 Para as edificações com comprovação de existência utilizadas como depósitos, podem ser mantidas as condições
de compartimentação da edificação existente sem ampliação; de incêndio deverá ser instalado nas áreas de acesso exclusi-
vo aos funcionários, apoio e demais áreas, com exceção dos
7.5.3.3 Se a área existente for compartimentada em relação
locais destinados à restrição de liberdade.
à ampliada, deve-se atender aos critérios de aprovação da
época para a área existente, e aos critérios da IT 09 para a 7.8 Sistema de controle de fumaça
área ampliada;
7.8.1 As regras de controle de fumaça podem ser aplicadas
7.5.3.4 A área ampliada não compartimentada em relação à quando da exigência desta medida, ou em substituição à
existente, que não atenda aos critérios dos itens 7.5.3.1 ou compartimentação vertical, nos casos permitidos pelo Regu-
7.5.3.2 deve atender aos critérios de compartimentação da lamento em vigor.
IT 09, para toda a edificação.
7.8.2 Nas edificações existentes com ampliação de área
7.5.4 Quando houver aumento de altura da edificação, ou altura, anteriores à vigência do Decreto Estadual
podem ser adotadas as seguintes regras: nº 46.076/01 (abril de 2002), caso haja compartimentação
entre a área ampliada e a área existente, o sistema deve
7.5.4.1 Se não ultrapassar 12 metros de altura, podem ser
ser instalado apenas na área ampliada, conforme parâme-
mantidas as condições de compartimentação da edificação
tros da IT 15 – Controle de fumaça.
existente, se as ampliações forem até 10 % da área total da
edificação, limitadas a 1.000 m²; 7.8.3 Nas edificações existentes com ampliação de área ou
altura, anteriores à vigência do Decreto Estadual nº 46.076/01
7.5.4.2 Se ultrapassar 12 m de altura, a ampliação fica limitada
(abril de 2002), caso não haja compartimentação entre a área
a um pavimento, e podem ser mantidas as condições de
ampliada e a área existente:
compartimentação da edificação existente, se as ampliações
forem até 10% da área total da edificação, limitadas a 1.000 m²; 7.8.3.1 O sistema deve ser instalado na área ampliada,
conforme parâmetros da IT 15;
7.5.5 Os subsolos das edificações devem ser compartimen-
tados em relação ao pavimento térreo. 7.8.3.2 Devem ser instaladas barreiras de fumaça em todas
as interligações da área ampliada com a área existente;
7.5.6 A compartimentação pode ser substituída por sistemas
ativos de proteção (chuveiros automáticos, detecção de 7.8.3.3 Deve haver insuflamento de ar nas áreas existentes,
fumaça, controle de fumaça), nos termos do Regulamento em próximo às interligações, de forma a se colocar estes ambientes
vigor. Nestes casos, tais sistemas podem ser dimensi- em pressão positiva, a fim de evitar a migração de fumaça.
onados conforme os parâmetros desta IT.
7.8.4 As edificações existentes com mudança de ocupação,
7.6 Sistema de chuveiros automáticos acarretando a exigência de sistema de controle de fumaça,
devem prever o sistema conforme os parâmetros da IT 15.
7.6.1 Nas edificações existentes sem aumento de altura ou
sem mudança de ocupação, adota-se a legislação vigente à 7.8.4.1 Caso não seja possível, por razões arquitetônicas, a
época. distribuição de dutos e grelhas conforme parâmetros da
IT 15, deve-se apresentar proposta alternativa com aumento
7.6.2 Nas edificações existentes com aumento de altura ou
da capacidade de vazão e pressão do exaustor, podendo a
com mudança de ocupação, bem como nos casos de substi-
velocidade máxima nos dutos de exaustão ser de 20 m/s.
tuição da compartimentação de áreas por sistema de chuvei-
ros automáticos, quando permitido, podem ser estabelecidos 7.9 Segurança Estrutural
os critérios do Anexo “B” – Tabela de adaptação de chuveiros
automáticos. 7.9.1 Nas edificações existentes sem aumento de área ou
altura, ou sem mudança de ocupação, adota-se a legislação
7.7 Sistema de detecção de incêndio e alarme vigente à época.
7.7.1 Nas edificações existentes sem aumento de área ou 7.9.2 Nas edificações existentes com aumento de área ou
altura, ou sem mudança de ocupação, adota-se a legislação altura, se houver compartimentação entre a área ampliada e a
vigente à época. área existente, deve ser exigido para a área ampliada, de
acordo com o Regulamento em vigor, atendendo aos parâ-
7.7.2 Nas edificações existentes com aumento de área ou
metros da IT 08 – Segurança estrutural contra incêndio. Na
altura, se houver compartimentação entre a área ampliada e a
área existente, adota-se a legislação vigente à época (ITCB
área existente, o sistema deve ser instalado na área ampliada,
002/33/94).
de acordo com o Regulamento em vigor, atendendo aos
parâmetros da IT 19 – Sistema de detecção e alarme de in- 7.9.3 Nas edificações existentes com aumento de área ou
cêndio. Na área existente, adota-se a legislação vigente à altura, se não houver compartimentação entre a área ampliada
época. e a área existente, deve ser exigido para toda a edificação, de
acordo com o Regulamento em vigor, atendendo aos parâme-
7.7.3 Nas edificações existentes com aumento de área ou
tros da IT 08.
altura, se não houver compartimentação entre a área ampliada
e a área existente, o sistema deve ser instalado de acordo com 8 PRESCRIÇÕES DIVERSAS
o Regulamento em vigor, atendendo aos parâmetros da IT 19.
8.1.1 Além desta IT, as edificações e áreas de risco destina-
7.7.4 Nas edificações existentes com mudança de ocupação, das a centros esportivos e de exibição, segurança contra
o sistema deve ser instalado de acordo com o Regula- incêndio para líquidos inflamáveis e combustíveis, manipula-
mento em vigor, atendendo aos parâmetros da ção, armazenamento, comercialização e utilização de gás
IT 19. liquefeito de petróleo (GLP) e estações metroferroviárias,
7.7.5 Nas edificações classificadas com Estabelecimentos devem ainda atender às IT 12, 28 e 45 respectivamente.
Destinados à Restrição de Liberdade, o sistema de detecção
ANEXO A
Fluxograma de adaptação para edificações existentes

INÍCIO

Documento
Comprobatório

não Adaptação para


Ampliou/Mudou Exigências da época Adaptação para
distância máxima a
Ocupação? + Exigência básica escada de segurança
ser percorrida

sim não Adaptação para


Muda Exigência? Exigências da época Adaptação para
distância máxima a ser
(DE 63.911/18) + Exigência básica escada de segurança
percorrida

sim

Saída de Adaptação para


não Adaptação para
emergência distância máxima a
escada de segurança
atende? ser percorrida

sim

Altera ou exige sim Adaptação para


compartimentação? compartimentação
Tabela de vigência da Legislação de
não Segurança Contra Incêndio.
Legislação Data de vigência
DE 20.811/83 e
sim Adaptação para 11/03/1983
Altera hidrante?
hidrante
normativas da época
DE 38.069/93 e
14/12/1993
normativas da época
não
DE 46.076/01 e
28/04/2002
normativas da época
sim Adaptação para
Exige chuveiro
chuveiro DE 56.819/11 e
automático?
automático
09/05/2011
normativas da época
DE 63.911/18 e
não 09/04/2019
normativas da época
Nota:
Exige detecção e sim Adaptação para
alarme? detecção e alarme
1) As medidas de segurança a serem exigidas
para as edificações e áreas de risco existentes
devem ser analisadas, adaptadas e
não
dimensionadas atendendo à sequência do item
5 desta IT.
Exige controle de sim Adaptação para 2) As edificações e áreas de risco existentes
fumaça? controle de fumaça
devem atender às exigências da legislação
vigente à época da construção ou
não
regularização e, no mínimo, possuírem as
medidas de segurança contra incêndio
Adaptação para
Exige segurança sim
segurança consideradas básicas conforme item 6 desta IT.
estrutural?
estrutural

não

Exigências da época
+ adaptação + Exigências aplicávies FIM
exigências básicas
ANEXO B

Tabela de adaptação de chuveiros automáticos

CHUVEIROS AUTOMÁTICOS
OCUPAÇÃO EXIGÊNCIA CRITÉRIOS

- Reserva de incêndio: 15 min de operação;


SERVIÇO DE HOSPEDAGEM h > 23 m
- Proteção apenas nos quartos.

- Reserva de incêndio: 20 min de operação;


COMERCIAL h > 23 m
- Proteção apenas nas lojas.

SERVIÇO PROFISSIONAL h > 30 m - Reserva de incêndio: 15 min de operação.

EDUCACIONAL E CULTURA FÍSICA h > 30 m - Reserva de incêndio: 15 min de operação.

LOCAL DE REUNIÃO DE PÚBLICO h > 23 m - Reserva de incêndio: 20 min de operação.

SERVIÇO AUTOMOTIVO E ASSEM-


h > 23 m - Reserva de incêndio: 20 min de operação.
ELHADOS

SERVIÇO DE SAÚDE E INSTITUCIONAL h > 30 m - Reserva de incêndio: 15 min de operação.

I-2 h > 23 m
INDÚSTRIA - Reserva de incêndio: 20 min de operação.
I-3 h > 12 m

J-2 h > 23 m
DEPÓSITO - Reserva de incêndio: 60 min de operação.
J-3 e J-4 h > 12 m

Você também pode gostar