Levantamento de Seio Maxilar em Pacientes Edentados - Revisão de Literatura

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNI GUAIRACÁ

GRADUAÇÃO DE ODONTOLOGIA

KAMYLLA PAGANINI CAIS

LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR EM PACIENTES EDENTADOS-

REVISÃO DE LITERATURA

GUARAPUAVA

2020
KAMYLLA PAGANINI CAIS

LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR EM PACIENTES EDENTADOS- REVISÃO


DE LITERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


como pré-requisito para obtenção do título de
Cirurgião Dentista no Centro Universitário
Uni Guairacá de Guarapuava.

Orientadora: Mariana Rinaldi

GUARAPUAVA

2020
“Conheça todas as teorias, domine todas as
técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja
apenas outra alma humana.”

Carl G. Jung
AGRADECIMENTOS

Este trabalho marca uma etapa importantíssima da minha vida, a conclusão da


graduação, e nada mais justo que agradecer as pessoas que estiveram comigo nessa jornada de
5 longos anos de faculdade.

Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus pela vida que me concedeu e por sempre
me mostrar o caminho certo para alcançar meus objetivos, com coragem e fé.

Aos meus pais Ronaldo e Dirlene, agradeço pela confiança em mim depositada, pelo
amor, paciência e por todo o investimento realizado. São meus exemplos de vida e sem vocês
nada disso seria possível. Ao meu irmão Dhyonatan pelo apoio, cumplicidade e incentivo.

Gratidão aos meus avós, João, Catarina, Zelinda e Lírio (in memorian), pelo carinho
de sempre e por simplesmente fazerem parte da minha vida.

Aos amigos, agradeço pelo incentivo, carinho e pelos momentos de descontração e


lazer.

À professora orientadora Mariana, pela paciência e conhecimento a mim repassado. E


a todos os demais professores, que tiveram grande importância na minha vida acadêmica,
agradeço pelo aprendizado e por me mostrarem o quão apaixonante é a odontologia.

Ao Danilo por sempre me incentivar a largar a faculdade e ir andar de moto. E ao


Nicolas por não ter me deixado ouvir o Danilo kkkkkkk

Familiares, amigos, colegas... Todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha
formação acadêmica, o meu muito obrigada. VALEU A PENA!
RESUMO

CAIS, K.P. Levantamento do seio maxilar em pacientes edentados- revisão de literatura.


[Trabalho de Conclusão de Curso]. Guarapuava: Centro Universitário Uni Guairacá; 2020.

O objetivo desta revisão de literatura foi analisar e avaliar as duas técnicas de levantamento do
seio maxilar mais utilizadas atualmente e que tiveram sua eficácia comprovada por vários
autores (Técnica do Osteótomo de Summers, dita atraumática, e a Técnica da Janela Lateral,
dita traumática), para posterior colocação de implante. Levando em conta também as
complicações que podem ocorrer durante o procedimento ou no pós-operatório e suas
indicações e contraindicações. Os seios maxilares são espaços aéreos delimitados por estrutura
óssea e estão localizados no interior da maxila, após a perda dos elementos dentários nessa
região anatômica os pacientes sofrem uma pneumatização deste seio e também atrofia óssea na
região posterior de maxila diminuindo assim o volume e a altura óssea, sendo necessária a
cirurgia de levantamento do seio maxilar e enxerto ósseo, para que o cirurgião dentista possa
realizar a reabilitação com implantes dentários nesta região. A utilização de implantes em
pacientes edêntulos tem sido uma opção para a reabilitação oral desde a década de 1980 e vem
sendo cada vez mais utilizada, porém, essa técnica requer uma quantidade óssea suficiente para
garantir a estabilização primária do implante ósseo integrado, sendo obtido isso com a cirurgia
do levantamento do seio maxilar, associada ou não, ao enxerto ósseo. Ambas as técnicas
estudadas são eficientes e previsíveis, com alta taxa de sucesso.

Palavras-chave: Seio maxilar; Implantes dentários; Transplante ósseo; Cirurgia bucal.


ABSTRACT

CAIS, K.P. Lifting of the maxillary sinus in edentulous patients - literature review.
[Completion of course work] Graduation of Dentistry. Guarapuava: Dentistry Faculty Guairacá;
2020.

The objective of this literature review was analyzed and evaluated the two most used maxillary
sinus lifting techniques currently used and whose effectiveness has been proven by several
authors (Summers Osteotome Technique, called atraumatic, and the Side Window Technique,
called traumatic), for subsequent implant placement. Also taking into account complications
that may occur during the procedure or in the postoperative period and its indications and
contraindications. The maxillary sinuses are air spaces delimited by bone structure and are
included inside the maxilla, after the loss of dental elements in this anatomical region of patients
due to pneumatization of this sinus and also bone atrophy in the posterior region of the bone
maxilla, thus decreasing the volume and bone height, requiring surgery to lift the maxillary
sinus and bone graft, so that the dental surgeon can perform the rehabilitation with dental
implants in this region. The use of implants in edentulous patients has been an option for oral
recovery since the 1980s and has been increasingly used, however, this technique requires a
sufficient amount of bone to guarantee the primary stabilization of the integrated bone implant,
which has been achieved with surgery to lift the maxillary sinus, associated or not, with bone
graft. Both techniques studied are efficient and predictable, with a high success rate.

Key words: Maxillary sinus; Dental implants; Bone transplantation; Surgery oral.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Localização do seio maxilar....................................................... 12


Figura 2 - Técnica da janela lateral............................................................. 17
Figura 3 - Técnica do osteótomo................................................................. 19
Figura 4 - Perfuração da membrana de Schneider....................................... 21
Figura 5 - Septos ósseos no seio maxilar..................................................... 22
Figura 6 - Sinusite odontogênica................................................................. 23
Figura 7 - Hemorragia no levantamento do seio maxilar............................ 24
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Indicação de cada técnica....................................................... 14


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 9

2 PROPOSIÇÃO................................................................................................ 11

3 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 12
3.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SEIO MAXILAR......................... 12
3.2 TÉCNICAS CIRÚRGICAS.................................................................. 13
3.2.1 TÉCNICA DA JANELA LATERAL (TRAUMÁTICA) .................... 15
3.2.2 TÉCNICA DO OSTEÓTOMO (ATRAUMÁTICA) ........................... 17
3.3 COMPLICAÇÕES TRANS E PÓS OPERATÓRIAS......................... 19
3.3.1 PERFURAÇÃO DA MEMBRANA..................................................... 20
3.3.2 SEPTOS ÓSSEOS................................................................................. 22
3.3.3 SINUSITE ODONTOGÊNICA............................................................. 23
3.3.4 HEMORRAGIAS.................................................................................. 23
3.3.5 OUTROS................................................................................................ 24

4 DISCUSSÃO.................................................................................................... 25

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................... 29

REFERÊNCIAS.............................................................................................. 30
9

1. INTRODUÇÃO

A região posterior da maxila é a mais problemática e de maior dificuldade quando se

trata da reabilitação com implantes osseointegráveis. Esta dificuldade pode estar correlacionada

com inúmeros fatores, como, a deficiência de osso causada pela irreversível reabsorção do

rebordo alveolar, pneumatização do seio maxilar após a perda dos elementos dentários e a baixa

densidade óssea (osso tipo III e IV) (SANTOS et al., 2017), impossibilitando assim a instalação

de implantes ósseo integrados pelo método tradicional (MANFRO et al., 2009).

O conhecimento desta região anatômica pelo cirurgião dentista deve ser considerado

como requisito essencial e de extrema importância para o sucesso da técnica cirúrgica, pois há

na literatura relatos de intercorrências no trans e pós-operatório que levam a insucessos deste

procedimento (DINIZ et al., 2012).

O levantamento de seio maxilar é um procedimento cirúrgico com comprovado

potencial de resolução das limitações ósseas resultadas das atrofias maxilares posteriores

(BRANCO et al., 2019), que permite o aumento do volume vertical da porção posterior da

maxila através de enxerto ósseo na cavidade do seio, viabilizando a colocação de um implante

dentário em um segundo tempo cirúrgico ou em conjunto (TING et al., 2017). A indicação e

escolha das técnicas vão depender do remanescente ósseo presente para que haja o sucesso da

cirurgia (ALMEIDA et al., 2006).

Al-Dajani (2016) evidencia em sua literatura as duas técnicas mais utilizadas para

elevação do seio maxilar: técnica da janela lateral (traumática) e a técnica do Osteótomo de

Summers (atraumática) com acesso pela crista óssea. A primeira é indicada quando a

necessidade de ganho vertical é maior que 5 mm, e a seguinte para aumento vertical até 5 mm.
10

Considerando essa situação, o presente estudo, terá como objetivo relatar as técnicas de

levantamento de seio maxilar em pacientes edentados para posterior colocação de implante,

avaliando sua eficácia por meio de análises das indicações, contra indicações e as possíveis

complicações trans e pós-operatórias.

Uma busca em bases de dados cientifica foi realizada, utilizando a língua portuguesa e

inglesa. Pesquisando sobre levantamento de seio maxilar, complicações cirúrgicas e implantes,

a fim de incluir e selecionar artigos científicos para nortear a presente revisão de literatura sobre

o assunto, para avaliar a eficácia deste procedimento comparando com suas possíveis

complicações. Demonstrando a importância do conhecimento do cirurgião dentista sobre as

regiões anatômicas e técnicas para se realizar o procedimento, avaliando seu risco/benefício.


11

2. PROPOSIÇÃO

O propósito do presente estudo foi fazer uma revisão de literatura sobre os aspectos

relacionados à cirurgia de levantamento do seio maxilar para posterior colocação de implante

ósseo integrado. Abordando as técnicas mais utilizadas de levantamento do seio maxilar, suas

possíveis complicações durante o procedimento e no pós operatório e avaliando suas indicações

e contra indicações, visando disponibilizar embasamento teórico e conhecimento ao cirurgião

dentista.
12

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SEIO MAXILAR

“O termo seio (do latim: sinus = seio) também é denominado antro, termo de origem

grega (antron = cavidade) que significa estrutura cavitária vazia, especialmente em um osso”

(BATISTA, JUNIOR E WICHNIESKI, 2011).

Os seios maxilares são cavidades pneumáticas com formato de pirâmide e estão

localizadas bilateralmente no interior da maxila ao lado da cavidade nasal, superior e com

íntimo contato com as raízes dos dentes posteriores superiores, inferior ao assoalho orbital e

anterior à fossa infratemporal. Apresentam em média um tamanho de 35 mm na base e 25 mm

de altura em uma pessoa adulta, podendo ocorrer variações, dependendo do sexo, idade, raça e

condições individuais (MAGALHÃES et al.,2017; REIS E CALIXTO, 2013; SOUSA et al.,

2018).

Figura 1- Localização do seio maxilar.

Fonte: RODRIGUES et al., 2015. Acesso em 04/04/2020.

Possui funções como diminuir o peso do crânio e proteger as estruturas intracranianas,

absorvendo um eventual impacto. Possui também aspecto funcional que é aquecer e umidificar

o ar inspirado e conferir a ressonância vocal, além de também auxiliar na função olfatória, na


13

produção de muco e no isolamento térmico do encéfalo (MENEZES et al., 2018; BATISTA,

JUNIOR E WICHNIESKI, 2011).

O seio maxilar é revestido por um tecido bilaminar fino, sendo denominado de

membrana de Schneider. Esta membrana é composta por epitélio pseudoestratificado ciliado,

que tem por função a remoção de bactérias e partículas do interior do seio (MENEZES et al.,

2018; REIS E CALIXTO, 2013).

Os dentes mais próximos do seio maxilar, pela proximidade das suas raízes com a

mucosa sinusal, em ordem decrescente, são: os segundos molares, os primeiros molares, os

terceiros molares, os segundos pré-molares e os primeiros pré-molares. Os caninos se

aproximam pouco, a não ser em pacientes parcialmente edentados onde ocorre uma severa

pneumatização do seio maxilar (BATISTA, JUNIOR E WICHNIESKI, 2011).

O rebordo alveolar encontra-se abaixo da maxila e após a extração dentária há uma

reabsorção da cortical vestibular, reduzindo a largura óssea que com a ausência dentária torna-

se um processo contínuo de atrofia havendo perda de altura e também densidade óssea,

aumentando a pneumatização sinusal (MENEZES, 2018; MAIOR, MAIOR E OLIVEIRA,

2003).

3.2 TÉCNICAS CIRÚRGICAS

A falta de volume ósseo em região posterior da maxila é um dos grandes desafios na

implantodontia (SOUSA et al., 2018), pois com o passar dos anos e a perda dos elementos

dentários surge a necessidade de reestabelecer um equilíbrio entre o sistema funcional, fonético

e estético do paciente. Porém, a perda de um ou mais elementos dentários na região posterior

de maxila levam a reabsorção óssea e pneumatização do seio maxilar, impedindo a estabilização

primária do implante (MOTA, 2017; PIRES, 2012). Diante disso, a técnica de levantamento do
14

seio maxilar tornou-se uma alternativa viável e previsível na implantodontia para a reabilitação

de pacientes edentados com perda óssea (BUSTILLO E ZULOAGA, 2017; MENEZES, 2018;

PIRES, 2012).

Em meados de 1970, Tatum introduziu duas técnicas de levantamento do seio maxilar,

uma em que o acesso ao assoalho do seio era obtido pela parede lateral do alvéolo (Técnica

Traumática) e outro pela crista do rebordo (Técnica Atraumática) (ALMEIDA, 2016; PINTO,

2017; FAVARIN, 2019). Summers, em 1994, descreveu um método de osteotomia menos

invasivo onde não era removido osso (RODRIGUES et al., 2015), proporcionando um bom

suporte para o implante e um período reduzido de cicatrização.

O que define qual a técnica a ser utilizada em cada caso é a qualidade e a quantidade do

osso alveolar remanescente e também a quantidade desejada de elevação. (SILVESTRE E

PINTO, 2019; PIRES, 2012)

Técnica de osteótomo X Técnica Janela lateral

≤4 mm de altura do osso residual Janela lateral com a posterior colocação

do implante

4 a 5 mm de altura óssea residual caso Janela lateral, com colocação imediata do

tenha estabilidade adequada implante

6 mm de altura óssea residual ou maior Técnica do osteótomo

Tabela 1- Indicação de cada técnica.

Fonte: https://repositorio.cespu.pt/handle/20.500.11816/3002. Repositório cientifico da CESPU. Acesso em


25/05/2020.

Segundo Pinto (2017) e Reis e Calixto (2013), as indicações para levantamento do seio

maxilar são: desdentado total com pneumatização uni ou bilateral do seio maxilar, com

remanescente ósseo inadequado para realização da cirurgia, desdentado parcial de pré-molares

e/ou molares, pacientes com remanescentes ósseos inferiores a 5mm de altura e inserção de
15

implantes unitários com dentes adjacentes hígidos. Entre as contra-indicações estão: pacientes

com distância interarco excessiva, doença periodontal não controlada, presença de raiz residual

no seio maxilar, fumantes, portadores de patologias sinusais, com saúde mental debilitada e

doenças sistêmicas.

3.2.1 TÉCNICA DA JANELA LATERAL (TRAUMÁTICA)

Para a realização do procedimento pela janela lateral é necessário um grande

conhecimento anatômico do cirurgião dentista, uma vez que possui grandes riscos de perfuração

da membrana (ARAUJO, 2019). O uso desta técnica permite um ganho ósseo vertical entre 5 e

12 mm (PIRES, 2012), sendo a abordagem padrão para casos com reabsorções ósseas severas,

para posterior colocação de implantes osseointegrados e reabilitação protética (SOUSA et al.,

2018).

O procedimento começa com a realização da anestesia do nervo alveolar superior

posterior e bloqueio do nervo palatino maior (SOUSA et al., 2018), em alguns casos pode ser

realizado também a anestesia do nervo infraorbital e complementos infiltrativos (SILVESTRE

E PINTO, 2019). A cirurgia consiste em uma incisão na crista do rebordo alveolar, onde sua

extensão dependerá da quantidade de implantes que será instalado (RODRIGUES et al., 2015;

ALMEIDA, 2016). São realizadas também duas incisões relaxantes no sentido vertical, que vão

além da junção mucogengival, facilitando assim a visibilidade do campo cirúrgico (ALMEIDA,

2016). Este retalho mucoperiostal é elevado com objetivo de expor a estrutura óssea (SOUSA

et al., 2018).

Em seguida faz-se a osteotomia na parede lateral do rebordo alveolar, onde a posição da

janela e o seu tamanho são determinados pelas variações anatômicas, pelo tipo de reabilitação

que pode ser unitária ou múltipla e pela sua localização (ALMEIDA, 2016; SILVESTRE E
16

PINTO, 2019). Quando é detectado a presença de septo por meio de tomografia no local a ser

realizado a técnica de elevação do seio, pode-se realizar duas janelas ósseas quadrangulares,

uma em cada lado do septo (RODRIGUES et al., 2015).

A osteotomia é realizada com brocas diamantadas n°6 ou n°8, em peça de mão, com

irrigação abundante, a fim de evitar superaquecimento e consequente necrose óssea

(SILVESTRE E PINTO, 2018; ALMEIDA, 2016). Deve se iniciar pela parte horizontal

inferior, de 2 a 3 mm acima do assoalho do seio, posteriormente, faz-se a osteotomia vertical,

que possui como limites 2 mm das raízes dos dentes adjacentes. Lembrando que a osteotomia

horizontal superior deve sempre ser posicionada de 3 a 5mm acima da altura do implante

escolhido, para que se obtenha o espaço requerido para o posicionamento do mesmo

(RODRIGUES et al., 2015).

Para a realização da osteotomia também pode ser utilizado o instrumento piezoelétrico,

que é capaz de cortar uma janela óssea com extrema precisão, garantindo a integridade da

membrana de Schneider, pelo fato de interromper sua ação cirúrgica quando suas pontas entram

em contato com tecido não mineralizado (SILVESTRE E PINTO, 2019; SOUSA et al., 2018).

A janela óssea é realizada até que seja observada uma tonalidade roxo/azulada, o que

indica que a membrana de Schneider está próxima. Para evitar a perfuração da mesma, os

ângulos da janela deverão ser arredondados e sem bordas afiadas (SOUSA et al., 2018;

ALMEIDA, 2016). Em seguida é realizada a fratura da parede lateral que pode ser: fratura em

galho verde na borda superior ou com a remoção completa da janela óssea empurrando o osso

desgastado para dentro da cavidade do seio maxilar (RODRIGUES et al., 2015).

Feito o descolamento cuidadoso e adequado da membrana costuma-se realizar a

manobra de Valsalva, tapando o nariz do paciente e pedido ao mesmo que expire

profundamente para observar se ocorreu ou não a perfuração da membrana. Caso haja


17

perfuração esta deverá ser reparada imediatamente e o enxerto colocado em outro momento,

mas se nenhuma perfuração for observada o material de enxerto é colocado na cavidade

receptora para preenchimento desta (ALMEIDA, 2016; PINTO, 2017).

A principal desvantagem da técnica da janela lateral é a necessidade de um grande

retalho para acesso cirúrgico, além de ser mais invasiva e demorada. O sucesso do procedimento

depende da quantidade de osso residual (PINTO, 2017; PIRES, 2012).

Pjetursson et al. (2008), em sua revisão de literatura, avaliou a taxa de sobrevivência de

implantes e enxertos colocados em seios maxilares submetidos a elevação pela técnica da janela

lateral. Em um total de 12.020 implantes, 48 estudos indicaram sobrevivência do implante de

90,1%, com um tempo médio de acompanhamento de pelo menos um ano.

Figura 2- Técnica da Janela lateral.

Fonte: https://www.implart.com.br/enxerto-do-seio-maxilar/. Acesso em 05/04/2020.

3.2.2 TÉCNICA DO OSTEÓTOMO (ATRAUMÁTICA)

Tatum realizou pela primeira vez a técnica transalveolar. Posteriormente, Summers

descreveu outra abordagem, usando osteótomos cônicos com diâmetros crescentes. Esta técnica

possui várias vantagens como a conservação do suprimento sanguíneo e do osso, menor tempo

de cicatrização, menor aquecimento da região, além de ser menos invasiva, pois o osso não é
18

removido e não há contato entre o instrumental e a membrana de Schneider (MOTA, 2017). É

indicada onde a altura óssea residual for igual ou maior que 6 mm, em tipos ósseos de baixa

densidade, lll e lV (PINTO, 2017; REIS E CALIXTO, 2013).

A técnica começa em uma incisão realizada na crista alveolar, no sentido mésio distal,

também podem ser feitas incisões verticais para se obter maior exposição do campo cirúrgico.

Seguida por uma perfuração que acomodará o implante, mantendo de 1 a 2 mm de osso

apicalmente (RODRIGUES et al., 2015; SOUSA, et al., 2018).

A marcação do local da cirurgia é feita com uma broca esférica. Em seguida, o martelo

é usado para conduzir os osteótomos gradualmente até à profundidade final do implante, onde

o instrumental com menor diâmetro é utilizado para fraturar o soalho do seio, e, à medida que

osteótomos maiores são utilizados a área que acomodará o implante irá aumentar. O osteótomo

final deve ter diâmetro de 0,5 mm menor do que o diâmetro do implante que será colocado, a

fim de garantir uma estabilidade primária (SOUSA et al., 2018).

Os osteótomos de Summers apresentam formato côncavo e cônico com variados e

crescentes diâmetros, tendo como objetivo empurrar o osso próximo a cortical para o sentido

apical, conseguindo uma boa compactação óssea aumentando assim a densidade, que

consequentemente possibilita a colocação imediata dos implantes (MOTA, 2017; SOUSA et

al., 2018).

Alguns estudos propuseram a introdução de enxerto ósseo no local da osteotomia para

aumentar a quantidade de osso entre o “apéx” do implante e o soalho do seio (SOUSA et al.,

2018; MOTA, 2017). Porém, ainda existem controvérsias sobre a necessidade do uso de

material de enxerto após a elevação da membrana do seio utilizando está técnica, pois em um

estudo realizado por Leblebicioglu et al., em 2005, foi comprovado ganho significativo de altura

sem o uso do enxerto, preenchendo o local apenas com o coágulo que por si só já induz a
19

neoformação óssea (RODRIGUES et al., 2015). Já Egas (2019) avaliou a taxa de sobrevivência

dos implantes e obteve índices maiores para os que foram utilizado materiais de enxerto

(99.6%) em relação aos implantes colocados sem enxerto (96%).

A elevação do seio maxilar pela técnica de Summers é pouco invasiva e possui um baixo

risco de perfuração da membrana, visto que o instrumental não entra em contato com ela, mas

possui como principal desvantagem o aumento limitado da altura óssea, sendo de até 4 mm

(DAVID et al., 2018). O sucesso do procedimento dependerá da quantidade de osso preexistente

entre a crista alveolar e o assoalho do seio, para que se consiga a estabilização primária do

implante e da qualidade de osso neoformado, “permitindo uma grande interface de contato

osso/implante; e estabilidade tridimensional do mesmo permitindo a manutenção do volume

necessário para o recobrimento do implante em longo prazo” (MENEZES, 2018; ALMEIDA,

2016).

TAN et al (2018) realizou uma revisão onde pode observar a taxa de sucesso entre 87,4-

96,0% nos implantes colocados em seios aumentados via transalveolar, após 3 anos de função.

As taxas de sobrevivência dos implantes colocados nos locais de aumento do assoalho do seio

são comparáveis às dos locais que não foram aumentados. Esta técnica é previsível com baixa

incidência de complicações durante e pós-operatório.

Figura 3- Técnica do osteótomo. (A) perfuração do local; (B) instrumentação com osteótomos; (C) inserção do
parafuso; (D) osseointegração do implante.
20

Fonte: JENSEN E JENSEN, 2017. Acesso em 05/04/2020.

3.3 COMPLICAÇÕES TRANS E PÓS OPERATÓRIAS

O levantamento de seio maxilar é um procedimento cirúrgico que aumenta o volume

ósseo vertical na região posterior da maxila, e tem sido considerado um procedimento seguro e

previsível. Porém, foram relatadas complicações que poderiam colocar em risco ou limitar a

aplicação da técnica (NOLAN et al., 2014; DAMIAN, CASTRO E MENDOZA, 2020).

O conhecimento das estruturas anatômicas de maxilas atróficas é necessário para que se

faça uma análise cuidadosa, a fim de evitar complicações, porém, sabe-se que as características

são variáveis de pessoa para pessoa (DAMIAN, CASTRO E MENDOZA, 2020).

Alguns estudos na literatura demonstram que existem diversos fatores que apresentam

risco às cirurgias de levantamento de seio como: pacientes com comprometimento sinusal

(sinusites, portadores de rinites alérgicas, infecções fúngicas, cistos de retenção de muco),

pacientes fumantes, portadores de diabetes não compensados, cardiopatias, doenças vasculares

ou alteração na coagulação, imunodeprimidos, pacientes que usam bifosfonatos e dependência

química (RODRIGUES et al., 2015; JENSEN E JENSEN, 2017). Já Madeira (2016) afirma que

não há relação entre complicações em levantamento de seio maxilar e fumantes, citando um

estudo onde houve perfuração da membrana em 50% dos casos em pacientes fumantes, e em

44,9% em pacientes não fumantes, concluindo que não houve diferença significativa.

3.3.1 PERFURAÇÃO DA MEMBRANA

Dentre as possíveis complicações na cirurgia de levantamento de seio maxilar, a

perfuração da membrana sinusal é a mais frequente (PACHECO, 2019; AL DAJANI,2016;

ESPÍNDOLA, 2019; REIS E CALIXTO, 2013; JENSEN E JENSEN, 2017; JUZIKIS,


21

GAUBYS E RUSILAS, 2018), principalmente na execução da técnica da janela lateral

(SOUSA et al., 2018), chegando a 85% das complicações relatadas nos últimos 5 anos. Essa

intercorrência ocorre por diversos fatores como erro do profissional ou falta de experiência do

mesmo, variações anatômicas como presença de septos ósseos, membrana com espessura fina,

patologias pré-existentes no seio ou colocação de enxerto em excesso (NOLAN et al., 2014).

Figura 4- Perfuração da membrana de Schneider.

Fonte: MADEIRA, 2016. Acesso em 27/09/2020.

Caso ocorra a perfuração da membrana, é possível continuar o tratamento, visto que a

membrana se regenera. As perfurações pequenas não necessitam de tratamento, pois durante a

realização da cirurgia a membrana dobra-se sobre si, já as perfurações maiores podem ser

reparadas com o uso de membranas de colágeno, blocos ósseos de enxerto, ou sutura com um

fio reabsorvível (PACHECO, 2019; REIS E CALIXTO, 2013; BRANCO et al., 2019).

A perfuração é a complicação mais comum em todos os estudos revisados, mas se for

reparada de forma correta, o resultado final do tratamento com o implante não será influenciado

pela perfuração, tendo a mesma sobrevivência que implantes colocados onde não houve danos

a membrana. Porém a perfuração induz a uma maior prevalência de casos de sinusite e

infecções. (AL DAJANI et al., 2016; JENSEN E JENSEN, 2017)

Em contrapartida há estudos dizendo que os implantes instalados sob as membranas

sinusais reparadas apresentam maior taxa de erro. Afirmando que a taxa de falha do implante

aumenta proporcionalmente com o tamanho da perfuração. (SOUSA et al., 2018; NOLAN,

FREEMAN e KRAUT, 2014)


22

3.3.2 SEPTOS ÓSSEOS

É de grande importância a identificação de septos no seio maxilar, visando que estes

podem aumentar o risco de perfuração da membrana na execução da técnica e dificultar a

abertura da janela óssea na técnica da janela lateral, dificultando também a colocação do enxerto

ósseo (PINTO, 2017; KHALIGHI et al., 2017). Estes devem ser identificados no pré-operatório

por meio de exames radiográficos, para que se possa realizar o planejamento adequado (SOUSA

et al., 2018; REIS E CALIXTO, 2013).

Imagem 5- Septos ósseos no seio maxilar.

Fonte: www.fgm.ind.br/. Acesso em 27/09/2020.

Se estiver localizado anteriormente pode ser criado duas janelas nos lados do septo, para

conseguir elevar a membrana. Se não for possível acessar os dois lados do septo a sua base pode

ser removida, rasgando a membrana e posteriormente a reparando (SOUSA et al., 2018).

O septo dentro do seio maxilar pode ser primário, formado com o desenvolvimento do

seio maxilar e atuam como divisores dos componentes, são encontrados entre as raízes do

segundo pré-molar até distalmente as raízes do terceiro molar. Existem também os septos

secundários, que são decorrentes da pneumatização do seio após extrações dentárias. (PINTO,

2017)
23

3.3.3 SINUSITE ODONTOGÊNICA

Pode ocorrer através de uma infecção viral ou até mesmo presença de um corpo estranho

no seio maxilar, entre outros fatores (REIS E CALIXTO, 2013). Os sinais clínicos que podem

ser observados são: cefaléia, secreção nasal, dor localizada, inflamação da mucosa oral,

cacosmia. (ESPÍNDOLA, 2019)

Figura 6- Sinusite odontogênica.

Fonte: RODRIGUES, 2015. Acesso em 27/09/2020.

O índice de sinusite após cirurgia de levantamento de seio é de 4,3% dos pacientes

(ESPÍNDOLA, 2019), e o seu diagnóstico deve ser realizado pelo exame clínico e o uso da

Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (LIMA et al., 2017).

3.3.4 HEMORRAGIAS

É a segunda complicação relatada mais comum do procedimento de elevação do seio.

O sangramento pode ocorrer durante a cirurgia, proveniente dos tecidos moles ou ossos, que

pode ser controlada pela administração de anestésicos com vasoconstritor ou pressionando o

local (ESPÍNDOLA, 2019; REIS E CALIXTO, 2013).


24

Figura 7- Hemorragia no levantamento do seio maxilar.

Fonte: https://implantnewsperio.com.br/. Acesso em 27/09/2020.

3.3.5 OUTROS

Outras complicações são citadas na literatura, como: dor, formação de fístula, perda de

material de enxerto para o interior do seio, osteomielite, mucocele, deiscência da ferida, tontura,

sangramento nasal, dor de cabeça, infecção, edema, hematoma, sangramento nasal, náusea e

vertigem. Alguns desses são desencadeados pela perfuração da membrana (BRANCO et al.,

2019; NOLAN, FREEMAN E KRAUT, 2014).


25

4. DISCUSSÃO

Após a perda dos elementos dentários em região posterior de maxila, é comum o

cirurgião dentista deparar-se com um volume ósseo insuficiente e de baixa qualidade no local,

sendo necessário realizar a cirurgia de levantamento do seio maxilar para viabilizar a

reabilitação com implantes (SOUSA et al., 2018).

Existem várias técnicas cirúrgicas disponíveis para a realização deste procedimento,

porém, antes de executar o planejamento é fundamental realizar um diagnóstico correto do

paciente e também, conhecer as estruturas anatômicas (DAMIAN, CASTRO E MENDOZA,

2020).

Nesta revisão bibliográfica expõe-se duas abordagens cirúrgicas para a elevação do seio,

a técnica com a utilização dos osteótomos e a técnica da janela lateral preconizada por Tatum.

A indicação para se decidir qual a técnica a se utilizar em cada caso depende da quantidade

óssea presente (ALMEIDA, 2016; PINTO, 2017). Silvestre e Pinto (2019) e Pires (2012)

revelam que para o uso da técnica não traumática é preciso uma quantidade óssea de cerca de

6mm e para a técnica traumática é necessária a presença de 1 a 5 mm de osso.

Pinto (2017) e Reis e Calixto (2013) se complementam em relação as indicações e

contraindicações da cirurgia de levantamento de seio.

A técnica proposta por Summers preconiza a utilização de osteótomos com objetivo de

mover o osso alveolar para dentro da cavidade sinusal, empurrando-o lateralmente e

apicalmente, melhorando assim a densidade óssea e possibilitando uma estabilidade primária

ao implante (ALMEIDA, 2016; SILVESTRE E PINTO, 2019; SOUSA et al., 2018).

Os estudos de David et al. (2018), Pires (2012) e Pinto (2017) corroboram que a técnica

do osteótomo é menos invasiva e complexa, possuindo diversas vantagens como menor tempo
26

de cicatrização, conservação do suprimento sanguíneo e menor aquecimento do local cirúrgico.

Tendo como desvantagem a limitação no ganho de altura óssea.

Sousa et al., (2018) e Mota (2017) propõem a introdução de enxerto ósseo no local da

osteotomia para aumentar a quantidade de osso entre o “apéx” do implante e o soalho do seio.

Egas (2019) avaliou a taxa de sobrevivência dos implantes e obteve índices maiores para os que

foram utilizado materiais de enxerto (99.6%) em relação aos implantes colocados sem enxerto

(96%). Enquanto isso, Leblebibioglu et al., (2005) contrariou os autores e comprovou em seu

estudo que se pode ganhar altura óssea significativa, sem a utilização de enxerto no local.

Tan et al (2018) realizou uma revisão onde pode observar a taxa de sucesso entre 87,4-

96,0% nos implantes colocados em seios aumentados via transalveolar, após 3 anos de função.

As taxas de sobrevivência dos implantes colocados nos locais de aumento do assoalho do seio

são comparáveis às dos locais que não foram aumentados. Guirado (2006) obteve uma taxa de

sucesso semelhante, de 96% em um período de avaliação de 5 a 6 meses.

Segundo Pires (2012), a técnica da janela lateral visa a colocação de enxerto no soalho

do seio, para que se consiga aumentar a altura óssea, sendo possível um aumento de 5 a 12

milímetros. Porém, conforme David et al., (2018) e Sousa et al., (2018) está técnica apresenta

um maior risco de perfuração da membrana em comparação com a técnica do osteótomo, devido

ao seu contato direto com a membrana.

Pjetursson et al. (2008) avaliou a taxa de sobrevivência de implantes e enxertos

colocados em seios maxilares submetidos a elevação pela técnica da janela lateral, em que 48

estudos indicaram sobrevivência do implante de 90,1%, com um tempo médio de

acompanhamento de pelo menos um ano. Wallace e Froum (2003) relataram que a taxa de

sobrevivência dos implantes instalados após a realização do procedimento variou de 61,7% e

100%, com média de 91,8%.


27

Almeida (2016) e Pinto (2017) destacam a importância de se realizar a manobra de

Valsalva após o descolamento da membrana pela técnica da janela lateral, tapando o nariz do

paciente e pedido ao mesmo que expire profundamente para observar se ocorreu ou não a

perfuração da membrana.

Em relação às complicações é comum a todos os autores citados que o rompimento da

membrana sinusal é a complicação mais comum durante a cirurgia de elevação de seio

(PACHECO, 2019; AL DAJANI,2016; ESPÍNDOLA, 2019; REIS E CALIXTO, 2013;

JENSEN E JENSEN, 2017; JUZIKIS, GAUBYS E RUSILAS, 2018), segundo Nolan et al.,

(2014) ela corresponde a 85% das complicações relatadas.

Conforme Al Dajani et al., (2016) e Jensen e Jensen (2017) a perfuração da membrana,

desde que reparada corretamente, não influenciará no resultado do procedimento. Em

contrapartida, Sousa et al. (2018) e Nolan, Freeman e Kraut (2014) discordam, afirmando que

a taxa de insucesso aumenta proporcionalmente com o tamanho da perfuração, tendo uma maior

chance de fracasso.

Dentre as outras complicações possíveis destaca-se a sinusite, que acomete após a

cirurgia um total de 4,3% dos pacientes. (ESPÍNDOLA, 2019). Sobre os septos ósseos, um

estudo realizado por Sousa et al., (2018) relata a presença de septos dentro da cavidade sinusal

em 24 a 26% dos casos e Almeida (2018) diz estar presente em 31% dos casos.

Rodrigues et al (2015) e Jensen e Jensen (2017) corroboram que dentre os fatores de

risco para a cirurgia de levantamento do seio estão os pacientes fumantes, enquanto Madeira

(2016) os contradiz, afirmando que não há relação entre complicações em levantamento de seio

maxilar e fumantes, citando um estudo onde houve perfuração da membrana em 50% dos casos

em pacientes fumantes, e em 44,9% em pacientes não fumantes, concluindo que não houve

diferença significativa.
28

Para evitar que ocorram essas complicações é necessário que o cirurgião dentista faça

uma anamnese minuciosa e conheça as estruturas anatômicas das maxilas atróficas, mesmo

sabendo que as características são variáveis de paciente para paciente (DAMIAN, CASTRO E

MENDOZA, 2020).
29

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos estudos revisados pode-se concluir que tanto a técnica da janela lateral,

quanto a técnica do osteótomo são previsíveis e possuem elevados índices de sucesso na

reabilitação protética da região posterior da maxila atrófica.

A escolha da técnica se dará pela condição anatômica da região a ser reabilitada, sendo

necessário que o cirurgião dentista saiba identificar e definir qual a conduta odontológica

adequada para cada caso visando o sucesso do tratamento.

Apesar de existir o risco de complicações as mesmas não costumam ser graves e podem

ser reparadas não levando o procedimento cirúrgico ao fracasso. Também existem algumas

contraindicações para o procedimento, por isso é necessário estudo, planejamento e

conhecimento pelo profissional.


30

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