Levantamento de Seio Maxilar em Pacientes Edentados - Revisão de Literatura
Levantamento de Seio Maxilar em Pacientes Edentados - Revisão de Literatura
Levantamento de Seio Maxilar em Pacientes Edentados - Revisão de Literatura
GRADUAÇÃO DE ODONTOLOGIA
REVISÃO DE LITERATURA
GUARAPUAVA
2020
KAMYLLA PAGANINI CAIS
GUARAPUAVA
2020
“Conheça todas as teorias, domine todas as
técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja
apenas outra alma humana.”
Carl G. Jung
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus pela vida que me concedeu e por sempre
me mostrar o caminho certo para alcançar meus objetivos, com coragem e fé.
Aos meus pais Ronaldo e Dirlene, agradeço pela confiança em mim depositada, pelo
amor, paciência e por todo o investimento realizado. São meus exemplos de vida e sem vocês
nada disso seria possível. Ao meu irmão Dhyonatan pelo apoio, cumplicidade e incentivo.
Gratidão aos meus avós, João, Catarina, Zelinda e Lírio (in memorian), pelo carinho
de sempre e por simplesmente fazerem parte da minha vida.
Familiares, amigos, colegas... Todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha
formação acadêmica, o meu muito obrigada. VALEU A PENA!
RESUMO
O objetivo desta revisão de literatura foi analisar e avaliar as duas técnicas de levantamento do
seio maxilar mais utilizadas atualmente e que tiveram sua eficácia comprovada por vários
autores (Técnica do Osteótomo de Summers, dita atraumática, e a Técnica da Janela Lateral,
dita traumática), para posterior colocação de implante. Levando em conta também as
complicações que podem ocorrer durante o procedimento ou no pós-operatório e suas
indicações e contraindicações. Os seios maxilares são espaços aéreos delimitados por estrutura
óssea e estão localizados no interior da maxila, após a perda dos elementos dentários nessa
região anatômica os pacientes sofrem uma pneumatização deste seio e também atrofia óssea na
região posterior de maxila diminuindo assim o volume e a altura óssea, sendo necessária a
cirurgia de levantamento do seio maxilar e enxerto ósseo, para que o cirurgião dentista possa
realizar a reabilitação com implantes dentários nesta região. A utilização de implantes em
pacientes edêntulos tem sido uma opção para a reabilitação oral desde a década de 1980 e vem
sendo cada vez mais utilizada, porém, essa técnica requer uma quantidade óssea suficiente para
garantir a estabilização primária do implante ósseo integrado, sendo obtido isso com a cirurgia
do levantamento do seio maxilar, associada ou não, ao enxerto ósseo. Ambas as técnicas
estudadas são eficientes e previsíveis, com alta taxa de sucesso.
CAIS, K.P. Lifting of the maxillary sinus in edentulous patients - literature review.
[Completion of course work] Graduation of Dentistry. Guarapuava: Dentistry Faculty Guairacá;
2020.
The objective of this literature review was analyzed and evaluated the two most used maxillary
sinus lifting techniques currently used and whose effectiveness has been proven by several
authors (Summers Osteotome Technique, called atraumatic, and the Side Window Technique,
called traumatic), for subsequent implant placement. Also taking into account complications
that may occur during the procedure or in the postoperative period and its indications and
contraindications. The maxillary sinuses are air spaces delimited by bone structure and are
included inside the maxilla, after the loss of dental elements in this anatomical region of patients
due to pneumatization of this sinus and also bone atrophy in the posterior region of the bone
maxilla, thus decreasing the volume and bone height, requiring surgery to lift the maxillary
sinus and bone graft, so that the dental surgeon can perform the rehabilitation with dental
implants in this region. The use of implants in edentulous patients has been an option for oral
recovery since the 1980s and has been increasingly used, however, this technique requires a
sufficient amount of bone to guarantee the primary stabilization of the integrated bone implant,
which has been achieved with surgery to lift the maxillary sinus, associated or not, with bone
graft. Both techniques studied are efficient and predictable, with a high success rate.
Key words: Maxillary sinus; Dental implants; Bone transplantation; Surgery oral.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 9
2 PROPOSIÇÃO................................................................................................ 11
3 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 12
3.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SEIO MAXILAR......................... 12
3.2 TÉCNICAS CIRÚRGICAS.................................................................. 13
3.2.1 TÉCNICA DA JANELA LATERAL (TRAUMÁTICA) .................... 15
3.2.2 TÉCNICA DO OSTEÓTOMO (ATRAUMÁTICA) ........................... 17
3.3 COMPLICAÇÕES TRANS E PÓS OPERATÓRIAS......................... 19
3.3.1 PERFURAÇÃO DA MEMBRANA..................................................... 20
3.3.2 SEPTOS ÓSSEOS................................................................................. 22
3.3.3 SINUSITE ODONTOGÊNICA............................................................. 23
3.3.4 HEMORRAGIAS.................................................................................. 23
3.3.5 OUTROS................................................................................................ 24
4 DISCUSSÃO.................................................................................................... 25
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................... 29
REFERÊNCIAS.............................................................................................. 30
9
1. INTRODUÇÃO
trata da reabilitação com implantes osseointegráveis. Esta dificuldade pode estar correlacionada
com inúmeros fatores, como, a deficiência de osso causada pela irreversível reabsorção do
rebordo alveolar, pneumatização do seio maxilar após a perda dos elementos dentários e a baixa
densidade óssea (osso tipo III e IV) (SANTOS et al., 2017), impossibilitando assim a instalação
O conhecimento desta região anatômica pelo cirurgião dentista deve ser considerado
como requisito essencial e de extrema importância para o sucesso da técnica cirúrgica, pois há
potencial de resolução das limitações ósseas resultadas das atrofias maxilares posteriores
(BRANCO et al., 2019), que permite o aumento do volume vertical da porção posterior da
escolha das técnicas vão depender do remanescente ósseo presente para que haja o sucesso da
Al-Dajani (2016) evidencia em sua literatura as duas técnicas mais utilizadas para
Summers (atraumática) com acesso pela crista óssea. A primeira é indicada quando a
necessidade de ganho vertical é maior que 5 mm, e a seguinte para aumento vertical até 5 mm.
10
Considerando essa situação, o presente estudo, terá como objetivo relatar as técnicas de
avaliando sua eficácia por meio de análises das indicações, contra indicações e as possíveis
Uma busca em bases de dados cientifica foi realizada, utilizando a língua portuguesa e
a fim de incluir e selecionar artigos científicos para nortear a presente revisão de literatura sobre
o assunto, para avaliar a eficácia deste procedimento comparando com suas possíveis
2. PROPOSIÇÃO
O propósito do presente estudo foi fazer uma revisão de literatura sobre os aspectos
ósseo integrado. Abordando as técnicas mais utilizadas de levantamento do seio maxilar, suas
dentista.
12
3. REVISÃO DE LITERATURA
“O termo seio (do latim: sinus = seio) também é denominado antro, termo de origem
grega (antron = cavidade) que significa estrutura cavitária vazia, especialmente em um osso”
íntimo contato com as raízes dos dentes posteriores superiores, inferior ao assoalho orbital e
de altura em uma pessoa adulta, podendo ocorrer variações, dependendo do sexo, idade, raça e
2018).
absorvendo um eventual impacto. Possui também aspecto funcional que é aquecer e umidificar
que tem por função a remoção de bactérias e partículas do interior do seio (MENEZES et al.,
Os dentes mais próximos do seio maxilar, pela proximidade das suas raízes com a
aproximam pouco, a não ser em pacientes parcialmente edentados onde ocorre uma severa
reabsorção da cortical vestibular, reduzindo a largura óssea que com a ausência dentária torna-
2003).
implantodontia (SOUSA et al., 2018), pois com o passar dos anos e a perda dos elementos
primária do implante (MOTA, 2017; PIRES, 2012). Diante disso, a técnica de levantamento do
14
seio maxilar tornou-se uma alternativa viável e previsível na implantodontia para a reabilitação
de pacientes edentados com perda óssea (BUSTILLO E ZULOAGA, 2017; MENEZES, 2018;
PIRES, 2012).
uma em que o acesso ao assoalho do seio era obtido pela parede lateral do alvéolo (Técnica
Traumática) e outro pela crista do rebordo (Técnica Atraumática) (ALMEIDA, 2016; PINTO,
invasivo onde não era removido osso (RODRIGUES et al., 2015), proporcionando um bom
O que define qual a técnica a ser utilizada em cada caso é a qualidade e a quantidade do
do implante
Segundo Pinto (2017) e Reis e Calixto (2013), as indicações para levantamento do seio
maxilar são: desdentado total com pneumatização uni ou bilateral do seio maxilar, com
e/ou molares, pacientes com remanescentes ósseos inferiores a 5mm de altura e inserção de
15
implantes unitários com dentes adjacentes hígidos. Entre as contra-indicações estão: pacientes
com distância interarco excessiva, doença periodontal não controlada, presença de raiz residual
no seio maxilar, fumantes, portadores de patologias sinusais, com saúde mental debilitada e
doenças sistêmicas.
conhecimento anatômico do cirurgião dentista, uma vez que possui grandes riscos de perfuração
da membrana (ARAUJO, 2019). O uso desta técnica permite um ganho ósseo vertical entre 5 e
12 mm (PIRES, 2012), sendo a abordagem padrão para casos com reabsorções ósseas severas,
2018).
posterior e bloqueio do nervo palatino maior (SOUSA et al., 2018), em alguns casos pode ser
E PINTO, 2019). A cirurgia consiste em uma incisão na crista do rebordo alveolar, onde sua
extensão dependerá da quantidade de implantes que será instalado (RODRIGUES et al., 2015;
ALMEIDA, 2016). São realizadas também duas incisões relaxantes no sentido vertical, que vão
2016). Este retalho mucoperiostal é elevado com objetivo de expor a estrutura óssea (SOUSA
et al., 2018).
janela e o seu tamanho são determinados pelas variações anatômicas, pelo tipo de reabilitação
que pode ser unitária ou múltipla e pela sua localização (ALMEIDA, 2016; SILVESTRE E
16
PINTO, 2019). Quando é detectado a presença de septo por meio de tomografia no local a ser
realizado a técnica de elevação do seio, pode-se realizar duas janelas ósseas quadrangulares,
A osteotomia é realizada com brocas diamantadas n°6 ou n°8, em peça de mão, com
(SILVESTRE E PINTO, 2018; ALMEIDA, 2016). Deve se iniciar pela parte horizontal
que possui como limites 2 mm das raízes dos dentes adjacentes. Lembrando que a osteotomia
horizontal superior deve sempre ser posicionada de 3 a 5mm acima da altura do implante
que é capaz de cortar uma janela óssea com extrema precisão, garantindo a integridade da
membrana de Schneider, pelo fato de interromper sua ação cirúrgica quando suas pontas entram
em contato com tecido não mineralizado (SILVESTRE E PINTO, 2019; SOUSA et al., 2018).
A janela óssea é realizada até que seja observada uma tonalidade roxo/azulada, o que
indica que a membrana de Schneider está próxima. Para evitar a perfuração da mesma, os
ângulos da janela deverão ser arredondados e sem bordas afiadas (SOUSA et al., 2018;
ALMEIDA, 2016). Em seguida é realizada a fratura da parede lateral que pode ser: fratura em
galho verde na borda superior ou com a remoção completa da janela óssea empurrando o osso
perfuração esta deverá ser reparada imediatamente e o enxerto colocado em outro momento,
retalho para acesso cirúrgico, além de ser mais invasiva e demorada. O sucesso do procedimento
implantes e enxertos colocados em seios maxilares submetidos a elevação pela técnica da janela
descreveu outra abordagem, usando osteótomos cônicos com diâmetros crescentes. Esta técnica
possui várias vantagens como a conservação do suprimento sanguíneo e do osso, menor tempo
de cicatrização, menor aquecimento da região, além de ser menos invasiva, pois o osso não é
18
indicada onde a altura óssea residual for igual ou maior que 6 mm, em tipos ósseos de baixa
A técnica começa em uma incisão realizada na crista alveolar, no sentido mésio distal,
também podem ser feitas incisões verticais para se obter maior exposição do campo cirúrgico.
A marcação do local da cirurgia é feita com uma broca esférica. Em seguida, o martelo
é usado para conduzir os osteótomos gradualmente até à profundidade final do implante, onde
o instrumental com menor diâmetro é utilizado para fraturar o soalho do seio, e, à medida que
osteótomos maiores são utilizados a área que acomodará o implante irá aumentar. O osteótomo
final deve ter diâmetro de 0,5 mm menor do que o diâmetro do implante que será colocado, a
crescentes diâmetros, tendo como objetivo empurrar o osso próximo a cortical para o sentido
apical, conseguindo uma boa compactação óssea aumentando assim a densidade, que
al., 2018).
aumentar a quantidade de osso entre o “apéx” do implante e o soalho do seio (SOUSA et al.,
2018; MOTA, 2017). Porém, ainda existem controvérsias sobre a necessidade do uso de
material de enxerto após a elevação da membrana do seio utilizando está técnica, pois em um
estudo realizado por Leblebicioglu et al., em 2005, foi comprovado ganho significativo de altura
sem o uso do enxerto, preenchendo o local apenas com o coágulo que por si só já induz a
19
neoformação óssea (RODRIGUES et al., 2015). Já Egas (2019) avaliou a taxa de sobrevivência
dos implantes e obteve índices maiores para os que foram utilizado materiais de enxerto
A elevação do seio maxilar pela técnica de Summers é pouco invasiva e possui um baixo
risco de perfuração da membrana, visto que o instrumental não entra em contato com ela, mas
possui como principal desvantagem o aumento limitado da altura óssea, sendo de até 4 mm
entre a crista alveolar e o assoalho do seio, para que se consiga a estabilização primária do
2016).
TAN et al (2018) realizou uma revisão onde pode observar a taxa de sucesso entre 87,4-
96,0% nos implantes colocados em seios aumentados via transalveolar, após 3 anos de função.
As taxas de sobrevivência dos implantes colocados nos locais de aumento do assoalho do seio
são comparáveis às dos locais que não foram aumentados. Esta técnica é previsível com baixa
Figura 3- Técnica do osteótomo. (A) perfuração do local; (B) instrumentação com osteótomos; (C) inserção do
parafuso; (D) osseointegração do implante.
20
ósseo vertical na região posterior da maxila, e tem sido considerado um procedimento seguro e
previsível. Porém, foram relatadas complicações que poderiam colocar em risco ou limitar a
faça uma análise cuidadosa, a fim de evitar complicações, porém, sabe-se que as características
Alguns estudos na literatura demonstram que existem diversos fatores que apresentam
química (RODRIGUES et al., 2015; JENSEN E JENSEN, 2017). Já Madeira (2016) afirma que
estudo onde houve perfuração da membrana em 50% dos casos em pacientes fumantes, e em
44,9% em pacientes não fumantes, concluindo que não houve diferença significativa.
(SOUSA et al., 2018), chegando a 85% das complicações relatadas nos últimos 5 anos. Essa
intercorrência ocorre por diversos fatores como erro do profissional ou falta de experiência do
mesmo, variações anatômicas como presença de septos ósseos, membrana com espessura fina,
realização da cirurgia a membrana dobra-se sobre si, já as perfurações maiores podem ser
reparadas com o uso de membranas de colágeno, blocos ósseos de enxerto, ou sutura com um
fio reabsorvível (PACHECO, 2019; REIS E CALIXTO, 2013; BRANCO et al., 2019).
reparada de forma correta, o resultado final do tratamento com o implante não será influenciado
pela perfuração, tendo a mesma sobrevivência que implantes colocados onde não houve danos
sinusais reparadas apresentam maior taxa de erro. Afirmando que a taxa de falha do implante
abertura da janela óssea na técnica da janela lateral, dificultando também a colocação do enxerto
ósseo (PINTO, 2017; KHALIGHI et al., 2017). Estes devem ser identificados no pré-operatório
por meio de exames radiográficos, para que se possa realizar o planejamento adequado (SOUSA
Se estiver localizado anteriormente pode ser criado duas janelas nos lados do septo, para
conseguir elevar a membrana. Se não for possível acessar os dois lados do septo a sua base pode
O septo dentro do seio maxilar pode ser primário, formado com o desenvolvimento do
seio maxilar e atuam como divisores dos componentes, são encontrados entre as raízes do
segundo pré-molar até distalmente as raízes do terceiro molar. Existem também os septos
secundários, que são decorrentes da pneumatização do seio após extrações dentárias. (PINTO,
2017)
23
Pode ocorrer através de uma infecção viral ou até mesmo presença de um corpo estranho
no seio maxilar, entre outros fatores (REIS E CALIXTO, 2013). Os sinais clínicos que podem
ser observados são: cefaléia, secreção nasal, dor localizada, inflamação da mucosa oral,
(ESPÍNDOLA, 2019), e o seu diagnóstico deve ser realizado pelo exame clínico e o uso da
3.3.4 HEMORRAGIAS
O sangramento pode ocorrer durante a cirurgia, proveniente dos tecidos moles ou ossos, que
3.3.5 OUTROS
Outras complicações são citadas na literatura, como: dor, formação de fístula, perda de
material de enxerto para o interior do seio, osteomielite, mucocele, deiscência da ferida, tontura,
sangramento nasal, dor de cabeça, infecção, edema, hematoma, sangramento nasal, náusea e
vertigem. Alguns desses são desencadeados pela perfuração da membrana (BRANCO et al.,
4. DISCUSSÃO
cirurgião dentista deparar-se com um volume ósseo insuficiente e de baixa qualidade no local,
2020).
Nesta revisão bibliográfica expõe-se duas abordagens cirúrgicas para a elevação do seio,
a técnica com a utilização dos osteótomos e a técnica da janela lateral preconizada por Tatum.
A indicação para se decidir qual a técnica a se utilizar em cada caso depende da quantidade
óssea presente (ALMEIDA, 2016; PINTO, 2017). Silvestre e Pinto (2019) e Pires (2012)
revelam que para o uso da técnica não traumática é preciso uma quantidade óssea de cerca de
Os estudos de David et al. (2018), Pires (2012) e Pinto (2017) corroboram que a técnica
do osteótomo é menos invasiva e complexa, possuindo diversas vantagens como menor tempo
26
Sousa et al., (2018) e Mota (2017) propõem a introdução de enxerto ósseo no local da
osteotomia para aumentar a quantidade de osso entre o “apéx” do implante e o soalho do seio.
Egas (2019) avaliou a taxa de sobrevivência dos implantes e obteve índices maiores para os que
foram utilizado materiais de enxerto (99.6%) em relação aos implantes colocados sem enxerto
(96%). Enquanto isso, Leblebibioglu et al., (2005) contrariou os autores e comprovou em seu
estudo que se pode ganhar altura óssea significativa, sem a utilização de enxerto no local.
Tan et al (2018) realizou uma revisão onde pode observar a taxa de sucesso entre 87,4-
96,0% nos implantes colocados em seios aumentados via transalveolar, após 3 anos de função.
As taxas de sobrevivência dos implantes colocados nos locais de aumento do assoalho do seio
são comparáveis às dos locais que não foram aumentados. Guirado (2006) obteve uma taxa de
Segundo Pires (2012), a técnica da janela lateral visa a colocação de enxerto no soalho
do seio, para que se consiga aumentar a altura óssea, sendo possível um aumento de 5 a 12
milímetros. Porém, conforme David et al., (2018) e Sousa et al., (2018) está técnica apresenta
colocados em seios maxilares submetidos a elevação pela técnica da janela lateral, em que 48
acompanhamento de pelo menos um ano. Wallace e Froum (2003) relataram que a taxa de
Valsalva após o descolamento da membrana pela técnica da janela lateral, tapando o nariz do
paciente e pedido ao mesmo que expire profundamente para observar se ocorreu ou não a
perfuração da membrana.
JENSEN E JENSEN, 2017; JUZIKIS, GAUBYS E RUSILAS, 2018), segundo Nolan et al.,
contrapartida, Sousa et al. (2018) e Nolan, Freeman e Kraut (2014) discordam, afirmando que
a taxa de insucesso aumenta proporcionalmente com o tamanho da perfuração, tendo uma maior
chance de fracasso.
cirurgia um total de 4,3% dos pacientes. (ESPÍNDOLA, 2019). Sobre os septos ósseos, um
estudo realizado por Sousa et al., (2018) relata a presença de septos dentro da cavidade sinusal
em 24 a 26% dos casos e Almeida (2018) diz estar presente em 31% dos casos.
risco para a cirurgia de levantamento do seio estão os pacientes fumantes, enquanto Madeira
(2016) os contradiz, afirmando que não há relação entre complicações em levantamento de seio
maxilar e fumantes, citando um estudo onde houve perfuração da membrana em 50% dos casos
em pacientes fumantes, e em 44,9% em pacientes não fumantes, concluindo que não houve
diferença significativa.
28
Para evitar que ocorram essas complicações é necessário que o cirurgião dentista faça
uma anamnese minuciosa e conheça as estruturas anatômicas das maxilas atróficas, mesmo
sabendo que as características são variáveis de paciente para paciente (DAMIAN, CASTRO E
MENDOZA, 2020).
29
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos estudos revisados pode-se concluir que tanto a técnica da janela lateral,
A escolha da técnica se dará pela condição anatômica da região a ser reabilitada, sendo
necessário que o cirurgião dentista saiba identificar e definir qual a conduta odontológica
Apesar de existir o risco de complicações as mesmas não costumam ser graves e podem
ser reparadas não levando o procedimento cirúrgico ao fracasso. Também existem algumas
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