Emocoes, Sentimentos e Vontade Do IV-gupo-turma A

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Américo Júnior Gabriel

Celestino José Filipe

Delfina Jemusse Matias

Emércia Carlos Certeza

Emílio Abílio Dança

Ernijo José Estevão

Fideliz Eduardo Charles

Francisco Júlio Chemane

Esfera emocional

Universidade Pungue-Extensão de Tete

Julho de 2021
Américo Júnior Gabriel

Celestino José Filipe

Delfina Jemusse Matias

Emércia Carlos Certeza

Emílio Abílio Dança

Ernijo José Estevão

Fideliz Eduardo Charles

Francisco Júlio Chemane

Esfera emocional

Trabalho de pesquisa apresentado ao Curso de


Química, para a cadeira de Psicologia Geral,
orientado pela docente da cadeira (Glória
Quizito), no âmbito do curso de Licenciatura em
Ensino de Química, 1º ano do período laboral.

Universidade Pungue-Extensão de Tete

Julho de 2021
i

Sumário
Introdução ...................................................................................................................................... iii

Objectivos: ..................................................................................................................................... iii

Geral ........................................................................................................................................... iii

Especificos ................................................................................................................................. iii

Esfera emocional, sentimental evolutiva da personalidade ............................................................ 1

1. As emoções ................................................................................................................................. 1

1.1.Conceito de emoções ............................................................................................................ 1

1.2.Bases fisiológicas das emoções ............................................................................................ 1

1.3.Funções de emoções ............................................................................................................. 2

1.4.Características de emoções ................................................................................................... 2

1.5.Teorias de emoções ............................................................................................................... 2

1.6.Tipos de emoções .................................................................................................................. 3

1.7.Perturbações de emoções ...................................................................................................... 4

2. Sentimentos ................................................................................................................................. 5

2.1.Conceito de sentimento ......................................................................................................... 5

2.2.Bases fisiológicas de sentimentos ......................................................................................... 5

2.3.Funções de sentimentos ........................................................................................................ 5

2.4.Características de sentimentos .............................................................................................. 6

2.5.Teorias dos sentimentos ........................................................................................................ 7

2.6.Tipos de sentimentos............................................................................................................. 8

2.7.Perturbações de sentimentos ................................................................................................. 8

3. Vontade ..................................................................................................................................... 10

3.1.Conceito de vontade ............................................................................................................ 10

3.2.Bases fisiológicas de vontade ............................................................................................. 10

3.3.Funções de vontade ............................................................................................................. 11


ii

3.4.Características de vontade................................................................................................... 11

3.5.Teorias da vontade .............................................................................................................. 12

3.6.Tipos de vontade ................................................................................................................. 13

3.7.Perturbações de vontade ..................................................................................................... 14

4. Diferenças entre as emoções humanas e animais ..................................................................... 14

Conclusão...................................................................................................................................... 16

Bibliografia ................................................................................................................................... 17
iii

Introdução
O presente trabalho falar-se-a sobre a esfera emocional, sentimental e evolutiva da personalidade.

As emoções e os sentimentos são aspectos das interacções aos quais não tem sido dada suficiente
ênfase na pesquisa em Ensino de Ciências, apesar de tacitamente todos reconhecerem a pertinência
das emoções na interacção social.

Segundo António Damásio as emoções têm função social e papel decisivo no processo da
interacção. As emoções são adaptações singulares que integram o mecanismo com o qual os
organismos regulam sua sobrevivência orgânica e social. Em um nível básico, as emoções são
partes da regulação homeostática e constituem se como um poderoso mecanismo de aprendizagem.
Ao longo do desenvolvimento, “as emoções acabam por ajudar a ligar a regulação hemostática e
os valores‘ de sobrevivência a muitos eventos e objectos de nossas experiências autobiográficas”
(Damásio, 2000, p. 80).

O trabalho obedece a seguinte estrutura:

Objectivos:
Geral
Estudar a esfera emocional, sentimental e evolutiva da personalidade;

Especificos
Conceitos: de sentimento, emoção e vontade;
Bases fisiológicas de emoção, de sentimento e vontade;
Funções de emoção, de sentimento e vontade;
Características de emoção, de sentimentos e vontade;
Tipos de emoção, de sentimentos e vontade;
Teorias das emoções, de sentimentos e vontade;
Perturbações das emoções, dos sentimentos e vontade;
Diferenças entre as emoções humanas e animais.
1

Esfera emocional, sentimental evolutiva da personalidade

1. As emoções
1.1.Conceito de emoções
São estados internos primitivos do existir do indivíduo, tanto que aparecem quase logo após
nascimento de forma brusca e repentina, como é o caso da alegria e da tristeza. O bebé chora diante
de necessidades como fome e sono, ou por a outra, emoção é uma experiência afectiva que aparece
de maneira brusca e que é desencadeada por um objecto ou situação excitante, que provoca muitas
reacções motoras e glandulares, além de alterar o estado afectivo.

Nossa existência está contextualizada no mundo e como tal, vivemos cercados de objectos,
situações e de outras pessoas com quem interagimos. Tudo o que nos cerca provoca um desejo de
afastamento ou de aproximação e estes desejos, mesmo que não sejam realizados, constituem a
experiência afectiva de cada um. Para muitos teóricos, a diferença existente entre emoção e
sentimento diz respeito apenas ao grau de intensidade e, neste caso, um estado afectivo mais
suave, relacionado com as características do objecto em questão, constituiria um sentimento,
enquanto a emoção seria um sentimento mais intenso.

1.2.Bases fisiológicas das emoções


As emoções envolvem um conjunto de componentes que variam no número e na ordem em que
são:

Fisiológica (ou Arousal): refere-se às manifestações orgânicas das emoções, como por exemplo
ao aumento do batimento cardíaco, a boca seca, mãos suadas. A componente fisiológica ocorre a
partir do sistema nervoso simpático, preparando o sujeito para a acção;

 Comportamental: o estado emocional desencadeia um conjunto de comportamentos,


como os gestos, o tom de voz, a expressão facial (que são inatas e universais Alegria,
tristeza, raiva, medo);
 Cognitiva: relacionada com o conhecimento do facto: se não houver conhecimento deste,
não se experimenta qualquer emoção;
 Avaliativa: reacção à situação em função dos nossos interesses, valores e objectivos;
 Expressiva: tem uma função social importante porque é uma forma de comunicação.
2

1.3.Funções de emoções
As emoções servem para preparar o indivíduo para a acção (são úteis para nos fazer agir), moldar
o comportamento (tendemos a repetir situações agradáveis e a não repetir as desagradáveis),
regular a interacção (quando falamos com uma pessoa percebemos através da sua expressão facial
a sua emoção).

As emoções são um meio de autodefesa, ao mesmo tempo um sinal de alcance para qualquer
situação tida como importante.

As emoções também servem para comunicar directamente aos outros a qualidade da nossa
experiência interior, de maneira a não permanecer sozinhos com as nossas preocupações ou
reacções interiores.

As emoções bem dirigidas dão a cor a toda personalidade, finura perspectiva a inteligência.

1.4.Características de emoções
 Intensidade: cada emoção tem um tipo de intensidade.
 Alterações corporais: traduzem-se em várias manifestações corporais.
 Causas e Objectos: as emoções têm sempre uma causa e direccionam-se sempre para um
objecto.
 Versatilidade: aparecem e desaparecem com rapidez.
 Polaridade: podem ser positivas ou negativas.
 Reacções: são sempre uma reacção a algo.
 Interpretação: traduz uma interpretação dos factos.

1.5.Teorias de emoções
 Teoria de James-Lange;
 Teoria de Cannon-Bard;e
 Teoria Cognitiva.

As três principais teorias da emoção


3

De acordo com a teoria de James-Lange, primeiro o corpo reage fisiologicamente a um estimulo e


depois o córtex cerebral determina a emoção que está sendo sentida.

A teoria de Cannon-Bard afirma que os impulsos são enviados simultaneamente ao córtex cerebral
e ao sistema nervoso periférico; assim, a resposta a um estímulo e o processamento da emoção
ocorrem ao mesmo tempo, porém de maneira independente.

Os teóricos cognitivos consideram que o córtex cerebral interpreta as mudanças fisiológicas de


acordo com as informações referentes à situação a fim de determinar quais emoções estamos
sentindo.

1.6.Tipos de emoções
As emoções podem dividir-se ou ramificar-se em forma de atitudes que as distinguem.

As emoções seguintes são apenas alguns exemplos do que ocorre no nosso cérebro aquando de
certas emoções:

Raiva: Quando alguém se sente enraivecido toma atitudes violentas como por exemplo, disparar
um tiro sobre alguém. A adrenalina entre outras hormonas é segregada pelos fortes batimentos
cardíacos que levam o indivíduo a estas atitudes violentas;

Medo: o sangue nesta situação corre para todos os músculos mais rapidamente permitindo a fuga
e movimentos rápidos. No entanto, o corpo imobiliza-se ainda que por um espaço de tempo muito
breve, talvez para permitir ao indivíduo a possibilidade de pensar em agir ou fugir. O corpo fica
pronto para agir em alerta permanente.

Amor: os sentimentos de afeição e satisfação sexual implicam estimulação parassimpática, que,


ao contrário dos outros exemplos provoca um estado geral de calma e satisfação, facilitando a
cooperatividade em vez de fugir ou defender-se;

Felicidade: inibe o aparecimento de sentimentos negativos e favorece o aumento da energia


existente. No entanto não ocorre nenhuma mudança particular na fisiologia, a não ser uma
tranquilidade que faz com que o corpo se recupere rapidamente do estímulocausado por emoções
4

perturbadoras. Este estado de tranquilidade dá ao indivíduo uma predisposição para executar com
entusiasmo e motivação qualquer tarefa que surja.

Tristeza: surge aquando de uma grande perda como a morte de alguém ou decepção significativa.
A tristeza acarreta uma perda de energia e de entusiasmo pelas actividades da vida, em particular
por diversões e prazeres. Quando a tristeza é profunda aproxima-se de depressão, a velocidade
metabólica do corpo fica reduzida. Esse retraimento introspectivo cria a oportunidade para que
surja lentamente uma perda ou frustração. A dicotomia emocional/ racional aproxima-se da
distinção que popularmente é feita entre “coração” e ”cabeça”.

1.7.Perturbações de emoções
Descrevem-se sumariamente a seguir apenas algumas perturbações de foro emocional que são já
problemas de natureza psiquiátrica.

Alexitimia: as pessoas que sofrem deste problema têm muita dificuldade em discernir sobre as
suas próprias emoções e descrever os sentimentos. Pode ser induzida por abuso de drogas, stress
pós-traumático,AVC,autismo.

Apagamento Emocional: não há expressão das emoções; a pessoa não transmite qualquer estado
emocional visível no rosto, no olhar, na boca (ausência de expressão).

Embotamento Emocional: neste caso significa que a pessoa não sente normalmente as emoções;
estas parecem apagadas no que se refere à intensidade e, por isso, quase não se percebe o que ela
realmente sente. Aparece na demência, em certas lesões cerebrais e nos doentes psicóticos.

Disforia: diferente da ansiedade, a disforia é um estado de humor desagradável e negativo que


inclui desconforto emocional e intranquilidade.

Euforia: humor de sinal positivo, elevado, contentamento que pode ser extremo. Pode ser uma
"alegria patológica", já com carácter preocupante e a necessitar de ajuda psiquiátrica.

Humor Ansioso: sensação de apreensão, tensão interior, que pode exprimir-se através de
palpitações, náuseas, sudação e outras alterações fisiológicas.

Humor Deprimido: equivale a um estado de tristeza e disforia (ver atrás).


5

Restrição Emocional: sucede nos casos da pessoa com dificuldade em sentir certas emoções.
Pode ser temporário ou indicar alguma perturbação afectiva.

2. Sentimentos
2.1.Conceito de sentimento
De forma genérica, são informações que seres biológicos são capazes de sentir nas situações que
vivenciam, ou seja, são estados afectivos duráveis, moderados intensivamente pelos quais os factos
psíquicos têm um papel predominante. Por Exemplo; amizade, saúdem, medo.

O medo por exemplo, é uma informação de que há risco, ameaça ou perigo directo para o próprio
ser ou para interesses correlatos.

2.2.Bases fisiológicas de sentimentos


Para ter efeito de comunicação a emoção precisa ser um processo de duas vias; isto é, a função
adaptativa da capacidade de expressar certa emoção só é útil se as outras pessoas forem capazes
de reconhecer a expressão emocional; neste sentido, se você for observar as pessoas discretamente
em seu quotidiano, notará que elas tendem a expressar emoções mais intensas quando há alguém
(principalmente conhecido) por perto; ao passo em que, se estiverem sozinhas, apenas alguns
pequenos sinais de felicidade, tristeza, raiva, etc. tendem a ser demonstrados (Kraut & Johnston,
1979);

Os seres humanos usam principalmente a visão e a audição para reconhecerem os sentimentos de


outras pessoas, seja vendo as suas expressões faciais, ouvindo o tom de sua voz ou as palavras
usadas; muitos estudos têm demonstrado que o hemisfério direito do cérebro é mais importante
que o esquerdo na compreensão das emoções;

2.3.Funções de sentimentos
Observa o objecto predominando o processo avaliativo: bom-mau, feio bonito, prazeiroso-
desprazeiroso, útil-inútil, etc.

Os desenhos são expressões, muitas vezes simbólicos carregados de conteúdos avaliativos e


associados a relações vinculadas e projectos emocionais.

Em relação à dimensão do tempo, o produto ou o processo avaliativo apresenta-se em alguns numa


perspectiva de futuro associado a uma fuga de vínculos presentes ou ao passado, associados a um
6

julgamento nostálgico ou regressivo. A subjectividade, no sentido de captar e expressar sob o


ângulo das emoções particulares, é um factor preponderante, principalmente no introvertido. A
tendência avaliativa, antecipada à execução, ao contacto, está muito presente. O princípio do gostar
e não gostar rege as realizações.

Na leitura e composição está mais centrado no juízo de valor, posicionamentos subjectivos sobre
a realidade associados a categorias de prazer e desprazer. A narrativa é o estilo mais presente, onde
o tema básico é o conflito da personagem.

Os processos operatórios dominantes são o juízo de valor, a justificativa. Na classificação está


muito presente, critérios hedonistas ou de natureza ética e estética. As sensações associadas às
estruturas meio fim são usadas no desenvolvimento das "tramas" e dos “conflitos”.

Temas associados às relações afectivas e que têm identidade e afinidade com seu universo de
acção, sua vida, são mais valorizados e mobilizadores para a sua integração interna com a tarefa
(principalmente no intro).

Apresenta maiores dificuldades em tarefas teóricas distantes da sua realidade afectiva.

2.4.Características de sentimentos
Passividade, verbalização diminuída; Afecto diminuído; Indicações verbais com conteúdo
desesperançado; Olhos fechados; Apetite diminuído; Resposta diminuída a estímulos; Sono
aumentado /diminuído Falta de iniciativa; Falta de envolvimento no cuidado /permite o cuidado
passivamente; Encolhe os ombros em resposta aquém está falando; Vira-se para o lado contrário
de quem está falando.

Perda potencial de objecto significativo (p. ex: pessoas, posses, emprego, status, lar, ideais, partes
e processos do corpo); Expressão de angústia quanto à perda potencial; Tristeza; Culpa; Negação
da perda potencial; Raiva; Padrões alterados de comunicação; negação do significado da perda;
Barganha; Alteração nos hábitos alimentares, padrões de sonos, padrões de sonho, nível de
actividade, libido; Dificuldade em assumir papéis novos ou diferentes; Resolução do pesar antes
da realidade da perda.
7

Relata verbalmente desafio situacional actual ao seu próprio valor; Verbalizações auto negativas;
Comportamento indeciso; não assertivo; avaliação de si mesmo como incapaz de lidar com
situações ou eventos; Expressões de desamparo e de sentimento de inutilidade.

Expressões de incerteza a respeito dos níveis de energia flutuantes; passividade; não participação
no cuidado ou na tomada de decisão quando são oferecidas oportunidades; ressentimento, raiva,
culpa; relutância em expressar sentimentos verdadeiros; dependência de outros que pode resultar
em irritabilidade; medo de afastamento dos cuidadores; expressões de insatisfação e frustração
quanto à incapacidade de realizar tarefas / actividades prévias; expressão de dúvida com relação
ao desempenho do papel; não monitoriza o progresso; não defende práticas de auto cuidado quando
desafiado; incapacidade de buscar informações relativas ao cuidado; expressões verbais e não ter
controle sobre o cuidado, ou influência sobre a situação, ou influência sobre o resultado; apatia;
depressão relacionada à deterioração física que ocorre apesar da adesão ao regime terapêutico

2.5.Teorias dos sentimentos


Sentimentos superiores: são um conjunto de milhares de emoções, afectos, disposições.

Sentimentos práticos: são a satisfação e prosperidade humana, é o fundamento da existência


humana (relações emocionais, positivas ao trabalho).

PETROVSKI (1980:356), afirma que qualquer esfera da prática humana da actividade consciente
dirigida a uma finalidade que chega a ser objecto de alguma atitude da pessoa à ela; isto se observa
em primeiro lugar na actividade laboral quando o indivíduo toma consciência de um e outros
objectivos aceitando-os com os caminhos para chegar tais objectivos agrupando os métodos e
sentimentos de influência.

Os outros tipos de actividades que se desenvolvem no processo de formação da personalidade,


estão expostos, por regra geral, seguindo o mesmo modelo de trabalho produtivo, de transformação
activa da realidade para o individuo e, se caracterizam por sentimentos análogos dos mencionados.

Sentimentos morais: manifestam-se dum homem para o outro PETROVSKI (1980), os


sentimentos morais se expressão a relação do individuo para com outras pessoas, sem colectivo,
seu atitude e respeito das personalidades próprias.
8

O indivíduo vivendo desses sentimentos, das emoções e das particularidades psíquicas de outras
pessoas assim como suas próprias acções e particularidade partindo de uma moral determinada, é
decerto um conjunto de princípios e normas de comportamento social.

2.6.Tipos de sentimentos
Primários/inatos: envolvem todas as necessidades profundamente naturais dos seres animais.

Secundários/adquiridos: envolve todas as necessidades que o homem vai adquirindo durante toda
a vida.

Fundamentais: todos sentimentos, apesar da sua inesgotável multiplicidade, se podem considerar


diversidade de um número de outros que podem considerar de fundamentais

2.7.Perturbações de sentimentos
As perturbações de sentimento causam diversas irregularidades tais como:

Perturbações do sono

A narcolepsia é uma alteração pouco frequente do sono, que se caracteriza por crises recidivastes
de sono durante as horas normais de vigília e também de acataplexia, paralisia do sono e
alucinações.

Doenças convulsivas

A epilepsia é uma perturbação caracterizada pela tendência a sofrer convulsões recidivastes. Em


algum momento, 2 % da população adulta tem uma convulsão. Um terço desse grupo tem
convulsões.

Comportamento suicida

O comportamento suicida abrange os gestos suicidas, as tentativas de suicídio e o suicídio


consumado. Os planos de suicídio e as acções que têm poucas possibilidades de levar à morte são
chamados gestos.
9

Alterações do apetite

A bulimia nervosa é uma perturbação caracterizada por episódios recidivastes de apetite voraz
seguidos por uma purga (vómitos auto-induzidos ou utilização de laxantes ou diuréticos ou de
ambos).

Perturbações sexuais e psicossexuais

Uma perturbação de identidade de género é o desejo de ter o sexo oposto ou a sensação de estar
preso num corpo do outro sexo. A diferença entre sexo e género pode ser simplificada com.

Perturbações da função sexual

A ejaculação precoce é uma ejaculação que ocorre demasiado cedo, geralmente antes, durante ou
pouco depois da penetração. O problema é frequente entre adolescentes e pode intensificar-se se
existir o sentimento de que a relação.

Alterações da personalidade

As alterações da personalidade caracterizam-se por padrões de percepção, de reacção e de relação


que são relativamente fixos, inflexíveis e socialmente desadaptados, incluindo uma variedade.

A perturbação de identidade dissociativa, antes chamada perturbação de personalidade


múltipla, é uma situação na qual alternam no controlo do comportamento da pessoa duas ou mais
identidades ou personalidades e na qual se ver.
10

3. Vontade
3.1.Conceito de vontade
Segundo (Schopenhauer,) a vontade é o elemento fundamental a fim de trazer o sentido das coisas
e do mundo. É essa união entre o corpo e o sentimento, segundo o filósofo, que proporciona a
essência metafísica elementar: a vontade da vida.

Segundo (Filho), diz que a vontade é conceituada como sendo a capacidade de associar o “livre
arbítrio e o determinismo”. O próprio indivíduo tem a opção de escolher se faz ou não faz
determinado ato, julgando, avaliando sugerindo e opinando sobre suas próprias acções; a resolução
depende só da vontade própria.

Os impulsos são actos sem conteúdo e sem direcção, aparecem subitamente e geralmente com
consequências danosas. O indivíduo se entrega de maneira passiva e cega, ignorando o objectivo.
São exemplos de impulsos patológicos: pirómana, toxicofilia e cleptomania.

3.2.Bases fisiológicas de vontade


Graças ao instinto de reflexão o processo de excitação se transforma, quase completamente, em
conteúdos psíquicos e, neste processo natural, há a transformação de um impulso fisiológico em
um conteúdo consciente, tornando-se uma experiência.

As forças motivadoras do processo psíquico que determinam o comportamento humano são os


instintos. Eles regem boa parte do comportamento humano por serem padrões quase autónomos e
que foram adquiridos ao longo de toda a evolução.

O instinto reage de acordo com uma certa compulsividade característica, como um factor extra
psíquico, mas que, psicologicamente, é muito importante porque produz estruturas que podemos
considerar como determinantes do comportamento humano.
11

3.3.Funções de vontade
A função essencial da habilidade dentro da vontade, que precisamos cultivar, é o desenvolvimento
de uma estratégia inteligente, que seja a mais eficaz e que envolva maior economia de recursos,
de preferência a qualquer outra, mais directa e óbvia.

Utilizemos uma comparação alegórica, suponhamos que alguém deseje se locomover com um
automóvel. Se essa pessoa se colocar atrás dele, empurrando-o com todas as suas forças - estará
empregando apenas a força da vontade. Mas se, ao contrário, sentar-se comodamente no banco do
motorista, ligar a ignição e dirigir o carro, estará empregando a vontade hábil. No primeiro caso,
a pessoa terá boas probabilidades de malogro e, mesmo com êxito, terá despendido
desnecessariamente uma enorme soma de energia.

Terá feito um desagradável esforço, que poderá deixá-la temporariamente exaurida e, certamente,
haverá de fazer o possível para que tal experiência não se repita no futuro. No segundo caso, o
êxito é garantido - com um mínimo de esforço - contanto que, antes, a pessoa tenha se informado
acerca do funcionamento do carro e tenha suficiente habilidade para lidar com ele.

3.4.Características de vontade
Dentro de uma abordagem transpessoal a vontade para estar plenamente desenvolvida deve ser
considerada como tendo vários atributos, quais sejam f:orça (poder), habilidade (inteligência), boa
direcção (amor) e significação espiritual (sentido da vida).

Força (poder): a força é, em certo sentido, o mais fundamental e também o mais íntimo aspecto
da vontade. Na força da vontade reside o seu poder, a sua energia. Ao desenvolver a força de
vontade, certificamo-nos de que um ato de vontade contém suficiente intensidade, para levar
avante um propósito. Todas as pessoas a possuem, pois é característica inerente do Ser Essencial
que somos, mas são poucos que utilizam esta força. A maioria a mantém débil durante muito
tempo, mas mesmo assim ela continua existindo em estado latente até que o indivíduo tome a
decisão de utilizá-la.

Habilidade (inteligência): Como atributo da vontade, a habilidade consiste na capacidade de obter


os resultados desejados com o menor dispêndio possível de energia.
12

Quem quer chegar a um lugar distante não faz esse percurso em linha recta, atravessando florestas,
rios, escalando edifícios, etc. Estuda antes um mapa rodoviário, utiliza as estradas existentes, as
quais, embora não sejam desenhadas em linha recta, podem conduzir ao almejado destino com um
mínimo de esforço. Nem tampouco, vai andando até o seu destino, mas aproveita os meios de
transportes ao seu alcance, ou seja os veículos que se dirigem ao lugar que deseja chegar.

Boa direcção (amor): Mesmo quando a vontade é dotada de força e habilidade, nem sempre é
satisfatória. De fato, ela pode até ser bastante nociva, pois se essa vontade for dirigida para fins
maldosos, torna-se um grave perigo para a sociedade. Uma pessoa de vontade forte e hábil, capaz
de utilizar ao máximo seus talentos naturais, pode subjugar ou corromper a vontade dos outros;
alguém que tudo ouse, nada tema e não tenha as próprias acções direccionadas por considerações
éticas, pelo sentimento do amor ou da compaixão, pode influenciar desastrosamente uma
comunidade e até uma nação inteira.

Significação espiritual (sentido da vida) - Os três atributos da vontade até aqui mencionados
parecem constituir a totalidade das características da vontade. Isso pode ser verdadeiro para o ser
humano "comum", no qual tais características podem ser suficientes para a auto-realização e para
levar uma vida intensa e útil. Mas existe no homem outra dimensão. Embora muitos não tenham
consciência dela e cheguem a negar-lhe a existência - existe outra espécie de percepção, cuja
realidade foi testemunhada pela experiência directa de grande número de indivíduos, através da
História. A dimensão em que funciona essa consciência pode ser chamada "vertical". Essa
dimensão da vontade é puramente espiritual, onde se busca uma significação para a vida.

3.5.Teorias da vontade
O poder da vontade…

 Reconhecimento, ao sujeito titular do direito, de um âmbito de liberdade


independente de qualquer vontade estranha [Savigny]
 Poder ou senhorio da vontade concedido pela ordem jurídica [Windscheid]
 Presença de direitos subjectivos em pessoas totalmente destituídas de vontade;
 Essa mesma presença em pessoas que, por ignorarem a existência dos direitos em
causa, não podem assumir uma qualquer vontade que lhes sirva de suporte.
13

3.6.Tipos de vontade
A seguir são apresentadas, em ordem alfabética, 13 tipos ou qualificações da vontade:

01.Vontade altruísta. O temperamento altruísta representa força motriz para as atitudes em


benefício dos demais. Este tipo de vontade permeia todas as acções da conscin em função da
assistência aos outros.

Quanto maior for o autoconhecimento e a auto-superação, melhores serão as condições de trabalho.

02. Vontade contínua. A personalidade activa ou proactiva possui uma espécie de gasolina azul‖
para a realização contínua. Em alguns casos manifesta-se nas conscins hiperactivas, as quais,
sabendo utilizar suas energias, podem ser muito mais produtivas do que a média, gerando a
hiperactividade eficaz (RAZERA, 2001).

03. Vontade débil . A vontade débil aparece quando a conscin cede aos obstáculos que a vida
apresenta.

04. Vontade descontínua. A atenção saltuária e os interesses volúveis e sem prioridade são
próprios da consciência que possui múltiplas vontades descontínuas.

05. Vontade egoísta. A pessoa tem muito “gás” e motivação quando trata de interesses puramente
egoístas; quando o assunto é o outro, apresenta má vontade, certa preguiça ou desmotivação. Em
tese, a consciência que busca o poder fora de si ou possui necessidade de controlar e manipular os
outros ao seu redor sofre de vontade egoísta ou anticosmoética.

06.Vontade emocional. A vontade emocional é aquela que nasce da instintividade ou das


emoções, geralmente para atender necessidades imediatistas do ego infantilizado. Sua motivação
é mais psicossomática que mental somática.

07. Vontade externa. A consciência que é dependente da vontade externa é sempre movida ou
motivada pelos incentivos dos outros; precisa de um referencial externo para se sentir segura.
Normalmente tem um bom desempenho no trabalho se estiver sob pressão.

08.Vontade humana. A consciência que busca atingir somente metas relativas à vida humana.
14

09.Vontade passiva. O determinismo toma conta da vida de uma pessoa que espera os fatos
acontecerem para depois tomar as atitudes.

13. Vontade coletiva-é aquela que nasce da conscientização quanto à colectividade, suas
necessidades, dificuldades e interesses.

3.7.Perturbações de vontade
Hiperbulia: é o aumento dos desejos. Segundo Jaspers: é um sentimento gigantesco de força; o
pensamento possui força e clareza extraordinárias.

Hipobulia: é a diminuição dos desejos; há um sentimento de passividade e abandono; falta a


transformação do impulso volitivo em acção. O indivíduo não tem vontade nem de pensar.

Fenómenos em eco: nesse caso a vontade encontra dificuldade em estabelecer limites e critérios.
Há uma espécie de círculo vicioso onde, a partir do momento em que a vontade leva a uma acção,
essa acção se torna repetitiva, sem motivo de assim o ser. São exemplos de fenómenos em eco:
ecopraxia (repetição de actos complexos), ecomimia (repetição dos próprios actos) e ecolalia
(repetição de sons ou falas).

Obediência Automática: o paciente realiza de forma passiva e imediata as ordens que lhe são
comunicadas, e nesse caso a vontade carece de independência e autonomia, e a vontade do paciente
é dependente da vontade alheia.

4. Diferenças entre as emoções humanas e animais


No animal – seja ele de organização superior ou inferior – cada acção, cada reacção, por ele
efectuada, inclusive a ―inteligente‖, dimana de uma disposição fisiológica do seu sistema nervoso,
à qual estão ligados, no plano psíquico, instintos, impulsos motores e percepções sensíveis. O que
para os instintos e para os impulsos não é interessante também não é dado, e o que é dado só é
dado ao animal como centro de resistência relativamente ao desejo ou à aversão, isto é, como
centro biológico. O primeiro acto do drama de um comportamento animal frente ao seu meio tem,
pois, sempre o ponto de partida num estado psicofisiológico. A estrutura do meio ambiente é aí,
de modo exacto e pleno, ―consistentemente‖ conforme à peculiaridade fisiológica e,
indirectamente, à natureza morfológica do animal, e ainda à estrutura impulsiva e sensorial, pois
elas constituem uma rigorosa unidade funcional.
15

O homem é, pois, o X que, em medida ilimitada, se pode comportarcomo ―aberto ao mundo‖. A


hominização (Menschwerdung) é a elevação à abertura ao mundo por força do espírito. O animal
não tem ―objectos‖; vive exactamente imerso no seu meio que ele, qual caracol com a sua concha,
transporta como estrutura para onde quer que vá – sem de tal meio conseguir fazer um objecto.
Não consegue levar a cabo nem o afastamento peculiar,a distanciação do ―meio ambiente‖ ao
―mundo‖ (isto é, a um símbolo do mundo), de que o homem é capaz, nem a transformação em
―objectos‖ dos centros de ―resistência‖ que os seus afectos e impulsos delimitam. Ser-objecto é,
pois, a categoria mais formal da vertente lógica do espírito. Eu diria que o animal está por essência
demasiado preso e absorvido na realidade vital, correlativa aos seus estados orgânicos, para alguma
vez ―objectivamente‖ a conseguir apreender. O animal já não vive, decerto, de modo
absolutamente extático no seu ambiente (como no seu meio mergulha o impulso afectivo,
insensível, privado de representações e inconsciente, da planta, sem qualquer ressonância interna
dos estados peculiares do organismo); é, por assim dizer, restituído a si mesmo, graças à separação
entre o sensório e o elemento motor e em virtude da permanente retroacção dos seus respectivos
conteúdos sensoriais: possui um esquema corporal‖. Frente ao meio, porém, o animal continua a
comportar-se exactamente mesmo onde se conduz de modo inteligente‖. E a sua inteligência
permanece orgânica-impulsiva-praticamente vinculada.

O acto espiritual, tal como o homem o pode realizar, e contrariamente à simples retroacção do
esquema corporal animal e dos seus conteúdos, está essencialmente ligado a uma segunda
dimensão e etapa do acto reflexo. Em resumo, chamaremos concentração‖ a este acto, e chamá-lo
a ele e ao seu fim, o fim deste concentrar, consciência de si, própria do centro de actividade
espiritual‖, ou autoconsciência‖. O animal, diferentemente da planta, tem consciência, mas não
autoconsciência, como já Leibniz vira. Não se possui, não é senhor de s e, por isso, também não é
consciente de si mesmo.
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Conclusão
O sentimento se distingue basicamente da emoção, por estar revestido de um número maior de
elementos intelectuais e racionais. No sentimento já existe alguma elaboração no sentido do
entendimento e da compreensão. No sentimento já acontece uma reflexão e aproximação do livre-
arbítrio, da espiritualidade e da racionalidade ou evolução humana. Feita esta diferenciação,
existem três tipos de sentimentos primários, secundários e fundamentais.

Tudo o que nos cerca provoca um desejo de afastamento ou de aproximação e estes desejos, mesmo
que não sejam realizados. Raiva, tristeza ou medo, nomeado e identificado com clareza, fica mais
sincera e profunda a forma de lidar com ele

As forças motivadoras do processo psíquico que determinam o comportamento humano são os


instintos. Eles regem boa parte do comportamento humano por serem padrões quase autónomos e
que foram adquiridos ao longo de toda a evolução.

O primeiro acto do drama de um comportamento animal frente ao seu meio tem, pois, sempre o
ponto de partida num estado psicofisiológico.

O animal já não vive, decerto, de modo absolutamente extático no seu ambiente (como no seu
meio mergulha o impulso afectivo, insensível, privado de representações e inconsciente, da planta,
sem qualquer ressonância interna dos estados peculiares do organismo

O homem se pode comportarcomo ―aberto ao mundo é, por assim dizer, restituído a si mesmo,
graças à separação entre o sensório e o elemento motor e em virtude da permanente retroacção dos
seus respectivos conteúdossensoriais: possui um ―esquema corporal
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