Exercícios Coesao Coerencia
Exercícios Coesao Coerencia
Exercícios Coesao Coerencia
➢ A maioria dos professores, de qualquer grau, concorda que os alunos não leem, não gostam de ler
e têm dificuldades para compreender o texto escrito.
➢ Muitos relutam em assumir sua parcela de responsabilidade na formação do aluno leitor.
➢ A escola deveria ser o local de “aprendizado da leitura” por excelência.
➢ A escola acaba atuando ao contrário.
➢ A escola usa o texto fragmentado (muitas vezes sem referência de título e autor).
➢ O texto aparece no livro didático apenas como escada para o ensino de gramática.
➢ O professor, na verdade, acaba “ensinando” que a leitura é uma atividade chata, inútil e que provoca
sofrimento.
Embora seja possível perceber, de modo vago, que as frases acima se referem ao
mesmo assunto “leitura”, não se pode dizer que elas fazem muito sentido. Algumas parecem
soltas, parecem não fazer parte do conjunto. Não é possível perceber qual é a relação de
sentido entre elas. Por isso, esse conjunto de frases não constitui um texto.
Considere, agora, estes enunciados:
A maioria dos professores, de qualquer grau, concorda que os alunos não leem, não gostam de ler e
têm dificuldade para compreender o texto escrito, porém muitos relutam em assumir sua parcela de
responsabilidade na formação do aluno leitor. Assim, a escola, que deveria ser o local de “aprendizado
da leitura” por excelência, acaba atuando ao contrário: ao usar o texto fragmentado (muitas vezes sem
referência de título e autor) que aparece no livro didático apenas como escada para o ensino da
gramática, o professor, na verdade, acaba “ensinando” que a leitura é uma atividade chata, inútil e que
provoca sofrimento.
Fonte: SAMPAIO,S,I. Leitura e redação entre universitários: avaliação de um
programa de intervenção, São Paulo: Universidade São Francisco, 2002.
Neste caso, foi bem diferente! Podemos perceber o assunto, bem como a relação entre
as ideias, pois as frases estão interligadas umas às outras. Esse conjunto de frases constitui
um texto. Não se trata de frases soltas, sem conexão, sem ligação, sem coesão.
A relação entre os enunciados é obtida por meio do emprego de certas palavras.
Observe:
Assim:
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Coesão é a ligação, a conexão que ocorre entre vários enunciados que compõem um texto.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
3. Ricardo diz que está muito feliz no novo emprego. O pai dele não acha que isso
seja verdade.
EM CÓDIGO
- Não é não, estou repetindo o que ele escreveu. Tem mais. Quarto: sou amarelo, mas não opilado.
Tomou nota?
- Mas não opilado - repeti, tomando nota.
- Que diabo ele pretende com isso?
- Não sei não, senhor. Mandou transmitir o recado, estou transmitindo.
- Mas você há de concordar comigo que é um recado meio esquisito.
- Foi o que eu preveni ao senhor. E tem mais. Quinto: não sou Colgate, mas ando na boca de muita
gente. Sexto: poeira é minha penicilina. Sétimo: carona, só de saia. Oitavo...
- Chega! - protestei, estupefato. - Não vou ficar aqui tomando nota disso, feito idiota.
- Deve ser carta em código ou coisa parecida - e ele vacilou: - Estou dizendo ao senhor que também
não entendi, mas enfim... Posso continuar?
- Continua. Falta muito?
- Não, está acabando: são doze. Oitavo: vou, mas volto. Nono: chega à janela, morena. Décimo: quem
fala de mim tem mágoa. Décimo primeiro: não sou pipoca, mas também dou meus pulinhos.
- Não tem dúvida, ficou maluco.
- Maluco não digo, mas como o senhor mesmo disse, a gente até fica com ar meio idiota... Está
acabando, só falta um. Décimo segundo: Deus, eu e o Rocha:
- Que Rocha?
- Não sei: é capaz de ser a assinatura.
- Meu irmão não se chama Rocha, essa é boa!
- É, mas foi ele que mandou, isso foi.
Desliguei, atônito, fui até refrescar o rosto com água, para poder pensar melhor. Só então me lembrei:
haviam-me encomendado uma crônica sobre essas frases que os motoristas costumam pintar, como
lema, à frente dos caminhões. Meu irmão, que é engenheiro e viaja sempre pelo interior fiscalizando
obras, prometera ajudar-me, recolhendo em suas andanças farto e variado material. E ele viajou, o
tempo passou, acabei me esquecendo completamente o trato, na suposição de que o mesmo lhe
acontecera.
Agora, o material ali estava, era só fazer a crônica. Deus, eu e o Rocha! Tudo explicado: Rocha era o
motorista. Deus era Deus mesmo, e eu, o caminhão.
Vejam que a esquisitice que é sentida pelos dois interlocutores decorre exatamente
da constatação de que algo está funcionando fora dos padrões normais, fora do modelo de
fala das pessoas. É que ninguém fala assim: trazendo aos pedaços desarticulados, soltos, as
coisas que se quer dizer. Tudo vem em cadeia, encadeado, umas partes ligadas às outras,
de maneira que nada fique solto e um segmento dá continuidade a outro. O que é dito em um
ponto se liga ao que foi dito noutro ponto, anteriormente e subsequentemente. Assim, cada
segmento do texto, da palavra ao parágrafo, está preso a pelo menos um outro. E é por isso
que se vai fazendo um fio, ou melhor, vão-se fazendo fios, ligados entre si, atados, com os
quais o texto vai sendo tecido, numa unidade possível de ser interpretada.
Docente: Luana de Gusmão Silveira Unidade Curricular: Língua Portuguesa e Literatura III
Exercícios:
Texto 1
1) Não apenas os manuais de história, mas todas as práticas educativas da escola são
transmitidas a partir de uma visão etnocêntrica.
3) A escola brasileira é branca não porque a maioria dos negros está fora dela.
4) Deve-se incluir na justificação da evasão escolas a violência com que se agride a dimensão
étnica dos alunos negros.
a) 2-1 -3 -5 - 4 -6
b) 2- 1- 3- 6- 4- 5
c) 1- 3- 6- 5- 2- 4
d) 1- 2- 3- 6- 5- 4
e) 4- 5- 2- 1- 6- 3
Texto 2
1. Por uma década, Darcy acompanhou 106.000 estudantes de 10 a 20 anos em seis estados.
3. E constatou que os jovens que tomavam café todos os dias apresentavam menor incidência
de depressão e dependência química.
4. Mas uma pesquisa do médico Darcy Roberto Lima, da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, vem reabilitar a fama do cafezinho.
5. Darcy está empenhado agora em incentivar as escolas a incluir na merenda o café com
leite.
a) 6-5-1-3-4-2
b) 5-6-4-1-3-2
c) 1-3-2-6-4-5
d) 6-4-1-3-5-2
e) 6-1-3-4-2-5
Texto 3
1) Por todas essas qualidades, no antigo Egito, o outro já era material favorito para a
fabricação de joias e outros ornamentos - e, desde então, nunca deixou de estar
associado a símbolos de prestígio e poder.
3) “Sua raridade também faz com que seja extremamente valioso. Se existisse em
abundância, isso não aconteceria”, afirma Maílson da Nóbrega.
5) Cerca de 40% do ouro mundial passou a ser reservado, então, pelos bancos centrais
das nações mais ricas, como garantia de valor do seu dinheiro.
6) O chamado lastro de outro, como valor de referência para moedas nacionais, porém,
só foi adotado em 1821 pela Inglaterra - antes disso, a prata era o metal monetário
por excelência.
a) 6-3-4-1-2-5
b) 2-1-6-3-4-5
c) 4-1-3-6-5-2
d) 2-6-3-1-4-5
e) 4-5-2-6-3-1
A coesão também pode ser obtida por meio de conjunções - palavras que ligam orações
em um período composto. Ao ligar orações, as conjunções estabelecem entre elas uma
relação de sentido. Observe os exemplos a seguir:
Relação Conjunção
além de - quando - embora - mas - se - que - que - como - mesmo que - se - como
A onda da clorofila
“Todo ano, nessa época, São Paulo festeja o Santo Gennaro, padroeiro dos
napolitanos. A rua San Gennaro é pequena e apresenta riscos para os frequentadores
das atividades. Em virtude disso,