Resumo PED P1

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Anamnese pediátrica

Colher dados de terceiros → interpretação do que o cuidador fala

Boa relação médico-paciente

Boa capacidade de comunicação, empatia, atenção, paciência e personalização

Identificação

Nome

Idade:

 RN - 0 a 28 dias (até 3 dias de vida, conta em horas

Icterícia neonatal

 Lactente - 29 dias a 1 ano 11 meses 29 dias


 Pré-escolar - 2 anos até 5 anos 11 meses 29 dias

Infecções virais e bacterianas

 Escolar - 6 anos até 11 anos 11 meses 29 dias

Dificuldade de aprendizado

 Adolescente - 12 anos até 21 anos

Distúrbios hormonais

Raça - leucoderma, faioderma, melanoderma (anemia falciforme), indígena, oriental (síndrome de


Kawasaki)

Sexo - diferenças nos exames físico, laboratorial etc.

Naturalidade

Procedência e residência - possíveis áreas endêmicas

Filiação - nome, idade (gestações de riscos, má formações congênitas), profissão, religião

Informante - confiabilidade

Queixa principal

palavras do informante entre aspas e data

História da moléstia atual

Redação
princípio, meio e fim

como chegou até a entrevista

Exames complementares

Medicação em uso (qual, qual a dosagem, quem prescreveu)

Contato com o mesmo quadro antes

Apetite e atividade foram afetados? (se sim, pode ser grave)

Relação da queixa com outros sintomas

Interrogatório sobre os diversos aparelhos

Dados positivos

Atuais

Não relacionados com a queixa principal e a história da moléstia atual

Pré-natal

Planejamento e aceitação da gravidez (se não foi bem aceita, houve tentativa de aborto?)

Número de gestações, partos e abortos (gesta, para e a)

Ordem do filho

Saúde maternal na gestação (especialmente no primeiro trimestre, em que ocorre a embriogênese)

Assistência médica na gravidez (6 consultas com regularidade)

Tipo sanguíneo da mãe, Coombs

Exames laboratoriais/sorologias - TORCHS (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, HIV,


sífilis e zika)

Tabagismo, etilismo

Imunização gestante

 Tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche, dTpa ou dTpa-VIP, celular para menos
efeitos)

Dupla adulto caso (difteria e tétano) - dT, caso já tenha a tríplice em dia

 Hepatite B
 Influenza (gripe)

Natal
Para calcular idade gestacional obstétrica:

 Data da última menstruação


 comprimento do fêmur na ultrassonografia e diâmetro biparietal
 Medida do fundo uterino

Para calcular a idade gestacional pediátria:

 Capurro (se há mamilo formado, textura da pele, forma da orelha, tamanho da glândula
mamária, sulcos na planta do pé → idade é a somatória dos pontos + 204 dividido por 7)

Termo: 37 semanas completas até menos de 42 semanas completas

Pós termo: 42 semanas completas ou mais

Pré-termo:

 tardio: entre 34 e 37 semanas


 moderado: entre 32 e 37 semanas
 muito pré-termo: entre 28 e 32 semanas
 pré-termo extremo: menos de 28 semanas

Idade corrigida: idade em que a criança (geralmente lactente) se encontra menos o número de
semanas que faltou para completar 40 semanas

Duração, aspecto do líquido amniótico e ruptura de membranas

Quanto mais tempo que a bolsa rompeu, maiores chances de infecção

Líquido amniótico pode revelar sofrimento fetal

Peso, estatura e PC (perímetro cefálico) de nascimento:

 Baixo peso: peso ao nascer <2500 gramas


 Muito baixo peso: peso ao nascer <1500 gramas
 Extremo baixo peso: peso ao nascer <1000 gramas

Joga no gráfico após calcular a idade corrigida e calcula-se em qual percentil a criança se encontra

 AIG: adequado para idade gestacional


 PIG: pequeno para idade gestacional → houve algum sofrimento intrauterino
 GIG: grande para idade gestacional → risco de hipoglicemia

APGAR: estima a vitalidade da criança quando ela nasce → aplicado no primeiro e quinto minuto de vida
vendo asfixia

 Sem asfixia: 8 a 10
 Asfixia leve: 5 a 7
 Asfixia moderada: 3 a 4
 Asfixia grave: 0 a 2
Se APGAR menor que 7 no quinto minuto, reavalia-se de 5 em 5 minutos até os 20 minutos de vida

Se o bebê chorou ao nascer, não houve asfixia

Icterícia neonatal: coloração amarela ou amarela esverdeada se grave → pigmento pode acumular no
SNC causando kernícterus

Zona 1: icterícia de cabeça e pescoço

Zona 2: icterícia até o umbigo

Zona 3: icterícia até os joelhos

Zona 4: icterícia até os tornozelos e/ou antebraço

Zona 5: icterícia até região plantar e palmar

Banho de luz (fototerapia) ou transfusão sanguínea

Intercorrências no berçário

 Método canguru (colocar criança e mãe juntos)

Pós-natal

Queda e cuidados com o umbigo

Geralmente cai entre 5 e 15 dias

Quanto mais grosso e gelatinoso, mais difícil de secar e cair (passar álcool absoluto)

Alimentação do PNN até 1 ano:

Somente leite materno até 6 meses

A partir de 6 meses, introduzir lenta e gradualmente outros alimentos mantendo o leite até pelo
menos 2 anos de idade

Após 6 meses introduzir uma dieta cada vez mais diversa

Com um ano já está na dieta da família

 Aleitamento materno exclusivo


 Aleitamento materno predominante
 Aleitamento materno complementar
 Aleitamento artificial
 Aleitamento misto ou parcial

Imunização PNI
Há outras vacinas privadas também, meningocócica e dengue, por exemplo.

O desenvolvimento neuropsicomotor é avaliado a partir de um quadro, existindo parte social,


linguagem, motora.

Programa Nacional de Triagem Neonatal → exames a serem aplicado no período neonatal a fim de
realizar rastreamento.

Teste do pézinho: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras


hemoglobinopatias, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de Biotinidase.

 Coleta feita no calcanhar do recém-nascido idealmente do 3º ao 5º dia de vida do recém-


nascido
 Algumas doenças tratáveis, outras possível reduzir a morbimortalidade;

Teste da "linguinha": avaliação do frênulo da língua para detectar língua presa (anquiloglossia) → hoje
faz-se o piquezinho no berçário com anestesia local.

Teste do reflexo vermelho (olhinho) → detecta alguma problema ocular congênito, como catarata, que
pode impedir o desenvolvimento visual cortical. Utiliza o oftalmoscópio, tendo que aparecer o reflexo
vermelho no olho

Teste do coraçãozinho → rastreio de uma cardiopatia congênita grave que cursam com hipoxemia.

 Faz-se a oximetria de pulso nos dois membros superiores e um membro inferior, observando se
a saturação é maior que 95% e se a diferença entre MS e MI é menor que 3%;

Teste da orelhinha → identifica uma deficiência auditiva em até 3 meses.

 Mede potencial evocado do tronco cefálico por meio de emissões otoacústicas;


 Perda auditiva congênita: recém-nascido com indicadores de risco, especialmente infecções;

Condições habituais de vida:

Alimentação atual: checa-se frequência semanal, diluição, hábitos da família, se toma água filtrada,
lanche da escola e guloseimas

Ideal é: lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e lanche da noite;

Condições de moradia: banheiros, ventilação, mofo nas paredes, insolação e se tem filtro com água
filtrada, quantas pessoas há na casa, se toma banho de sol diário e quem cuida.

Condições neuropsíquicas: temperamento, socialização, desenvolvimento sexual e outros

Funcionamento intestinal: quantidade e padrão de evacuação, controle esfincteriano, encoprese


(eliminação de fezes fora do local habitual)

Sistema urinário: se menino, perguntar do jato, se faz xixi na cama (enurese)


Sono: horário de dormir e acordar, sono diurno (até dois anos, normal 2 cochilos a tarde, a partir disso
só um e com quatro anos, nenhum) e noturno, se possui quarto próprio ou coleito (dormir com os pais),
se o sono é tranquilo

Banho

Higiene Dental

Medicamentos em uso: até dois anos, utilizar ferro profilático e vitamina D (muitas vezes a criança
não toma sol suficiente, fazendo-se reposição medicamentosa após 30 dias de vida até 2 anos

História familiar:

Constituição familiar

Dinâmica familiar → se a criança é adotiva

Doenças heredofamiliares ou transmissíveis → diabetes, hipertensão, doença psiquiátrica, doença


coronariana precoce

Tabagismo, etilismo, drogadição...

Tipo de moradia

Confiabilidade: pessoa não se contradiz, não é hesitante etc.

Exame físico pediátrico

Rotina:

Lavar as mãos sempre: antes e após exercício físico

Mãos aquecidas

Ter um brinquedo ajuda

Não tirar a roupa de uma vez

Tentar fazer a sequência crânio-caudal, mas nem sempre é possível

Otoscopia e orofaringe por último (procedimentos mais dolorosos)

Conversar com as crianças durante o exame.

Antropometria:

Mensuração:

Peso → se não consegui medir só a criança, mede ela e a mãe e depois a mãe para achar peso do bebê

1º trimestre de vida → 700g/mês


2º trimestre de vida → 600 g/mês

3º trimestre de vida → 500 g/mês

4º trimestre de vida → 400 g/mês

Com 5 meses, o peso de nascimento duplica, com 1 ano, triplica e com 2 a 2 anos e meio quadruplica.

1º semestre do segundo ano → 200 g/mês

2º semestre do segundo ano → 180 g/mês

Estatura e comprimento →pode utilizar um estadiômetro (parte móvel do antropômetro horizontal)


para crianças q não ficam em pé ainda. Para crianças maiores, coloca-se encostado na parede,
descalço, pescoço ereto, abaixa o estadiômetro.

1º trimestre → 10 cm

2º trimestre → 7 cm

3º trimestre → 5 cm

4º trimestre → 3 cm

Perímetro Cefálico (até primeiro ano), torácico e abdominal → estes somente nos primeiros meses de
vida

1º trimestre: 2 cm/mês

2º trimestre: 1 cm/mês

2º semestre: 0,5 cm/mês

2 anos: 47,5 cm

3 anos: 49 cm

Até 3 meses de vida, perímetro cefálico é maior que o torácico, tendência que se reverte aos 3 meses
(ficam iguais). A partir disso, o perímetro torácico fica maior

Mede-se PC da proeminência occipital e acima das sombrancelhas

Mede-se PT passando pela linha lamelar

Mede-se PA passando pela cicatriz umbilical

Z-score: 0 indica o percentil 50, 3 indica o percentil 100. As crianças normais estão entre 1 e -1,
sendo que de 1 a 2 há maior risco de sobrepeso, por exemplo

Ectoscopia:

Consciência (atividade, atenção)


Estado geral: regular, ruim

Edema: localização, sinais flogísticos (dor, calor, rubor), depressão (cacifo)

Coloração de pele e mucosas (palidez)

Cianose

Icterícia (esclera, sublingual)

Fâneros → cabelo de cor diferente (loiro na desnutrição)

Tônus (capacidade de manter membros contra a gravidade) e trofismo da musculatura (eutrófica ou


distrófica)

Pulsos periféricos (ritmo, amplitude, frequência) → importante ver coarctação de aorta no pulso
femoral

Perfusão capilar → tempo normal de enchimento até 3 segundos

Marca de BCG (vacina)

Presença de dispositivos (curativos, acesso venoso, sonda nasogástrica, sonda vesical de demora,
membros engessado)

Hidratação:

Umidade de mucosas → olhar espessura da saliva

Choro com ou sem lágrimas

Turgor (barriguinha ou axilar anterior → pinça grosseira) ou elasticidade

Tensão ocular (diminuída na desidratação)

Atividade → inativa se desidratada

Enoftalmia

Fontanela

Olhos fundos, moleira afundada, pele acizentada, prega na pele, boca e pele secas → desidratado

Linfonodos → órgãos de defesa localizados nas cadeias do pescoço, supra clavicular, axilar,
apitroclear, inguinal e plopíteo.

Supra claviculares sempre patológicos

Pescoço e Inguinal fisiológicos

Demais podem ser fisiológicos ou patológicos


Tamanho, consistência (fibroelástico é o normal), mobilidade e sensibilidade

Lesões cutâneas:

Mácula - lesão elementar plana, com diâmetro menor que 1 cm e caracterizada por alteração de cor da
pele

Pápula - lesão primária com relevo, sólida menor que 0,5 cm

Placa - "pápula" maior que 1 cm

Nódulo - "placa" entre 0,5 e 2 cm

Vesícula - lesão primária líquida com diâmetro menor que 0,5 cm

Bolha - lesão com líquido maior que 0,5 cm

Pústula - lesão com líquido purulento

Cistos - lesões de conteúdo líquido ou semissólido

Escama: mama furfurácea, micácea ou foliácea se desprendendo da superfície cutânea

Ulceração

Fissura - perda linear da epiderme e derme no contorno de orifícios naturais

Crosta - concreção amarela, esverdeada ou vermelha escura formada em área de perda tecidual
(casquinha)

Cicatriz - hipertrófica (queloide) ou plana

Púrpuras - lesões por extravasamento de sangue

Petéquia - mácula vermelha, de 1 a 2 mm que não desaparece a digitopressão

Esquimose - extravasamento sanguíneo com mais de 1 cm de diâmetro

Hematoma - formada por derrame de sangue e há alteração de espessura

COONG: Cabeça, olhos, ouvidos, nariz e garganta

Fontanela anterior (desaparece de 9 a 18 meses) e posterior (desaparece com 3 meses)

Olhos: estrabismo normal até 6 meses

Nariz: orofaringe e dentição

Primeiro nascem incisivos centrais inferiores até os 8 meses

Lábios, queilite, palato, língua, amígdalas, úvula


Aparelho respiratório

Inspeção do tórax: forma, mobilidade, frequência respiratória e tipo de respiração (oral/nasal ou


toraco-abdominal)

Sinais de desconforto respiratório:

Tiragens, estridores, agitação, cianose, fala entrecortada etc.

Inspeção, palpação, percussão (som claro pulmonar, maciço, submaciço e frêmito toracovocal) e
ausculta.

Aparelho cardiovascular

Inspeção:

Baqueteamento digital (hipoxemia crônica) e/ou unhas em vidro de relógio

Abaulamentos no tórax

Coloração da pele - cianose ou pele rendilhada (marmórea, com partes mais escuras e partes mais
claras)

Ictus: 5º EIE na linha hemiclavicular

Palpação:

Frequência cardíaca

Frêmito

Pulso femoral → coarctação de aorta

Demais pulsos também (carotídeos, braquiais, radiais, femorais, poplíteos, tibiais posteriores e
pediosos) → amplitude, ritmo, simetria

Pressão arterial → manguito 2/3 do braço. Varia segundo altura e idade.

Ausculta: objetiva identificar as bulhas em seus vários focos

Desdobramentos: de B2 é fisiológico no foco pulmonar

Sopros: turbilhonamento do sangue

Localização

Sistólico, diastólico ou contínuo (holo, proto, meso e tele)

Intensidade

Irradiação → pescoço, axila


Classificação de Levine para a intensidade dos sopros:

OBS.: na criança, o tricúspide está mais para a direita e é difícil diferenciar pulmonar, aórtico
acessório e tricúspide (fala-se borda esternal esquerda)

Abdome

Muitas vezes faz-se antes do torácico porque a criança chora muito e muda o aspecto do abdome

Inspeção:

Forma (globoso, escavado, plano, levemente globoso) e mobilidade (utilização do abdome na respiração)

Ausculta:

no mínimo 5 minutos para falar que não há ruídos anormais

Deve-se escutar 3 a 5 borborigmos/minuto

Percussão: habitualmente, o som é timpânico. Espaço de Traube.

Hepatimetria/índice de macicez móvel

Palpação: feita no sentido anti-horário

Superficial e profunda (mão quente para criança não chorar)

Procura por herniações

Separação entre reto abdominais → diastase → fisiológica na criança

Sinal de piparote → ascite

Aparelho genitor-urinário

Critério de Tanner para maturidade sexual (estagiamento puberal).

Testículo na bolsa, glande exposta, meato central bem posicionado, higiene adequada.

Hímen projetado para fora na recém-nascida → carúncula himenal.

Pequenos lábios sem sinéquias (se houver, pode dificultar a miccção, higiene e causar vulvovaginites).

Aparelho locomotor

Manobra de Ortolani → avalia displasia coxofemoral


Pregas simétricas ou não nos membros inferiores para avaliar a displasia depois

Sinais flogísticos nas articulações

Marcha

Geno varo e geno valgo

Sistema nervoso

Consciência

Interação com o meio

Tônus

Reflexos

Coordenação

Força

Pares cranianos

Desenvolvimento neuropsicomotor

Maturação: organização progressiva das estruturas morfológicas. A maturação neurológica envolve:

Crescimento

Diferenciação celular

Mielinização

Aperfeiçoamento dos sistemas que conduzem a coordenações mais complexas

Crescimento: aumento físico como todo ou partes, sendo medido e cm ou em gramas

Hipertrofia → aumento do tamanho das células

Hiperplasia → aumento do número de células

Desenvolvimento: aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez mais


complexas

Essas características sofrem influências orgânicas (intrínsecas) ou ambientais (extrínsecas)

Intrínsecas: herança genéticas, sistema neuroendócrino

Extrínsecos:
Pré-natais → nutricionais, actínicos, infecciosos (TORCHS), mecânicos, endócrinos (ex.: diabetes →
bebê possivelmente hipoglicêmico pós-natal), imunitários (vacinas), anóxicos.

Pós natais → ambiente, nutrição, estímulos, nível cultural, atividade física e processos mórbidos.

Portanto, o desenvolvimento é a transformação complexa, contínua, dinâmica e progressiva, que inclui,


além do crescimento, a maturação, a aprendizagem e os aspectos psíquicos e sociais.

Início com a concepção

Organização com o crescimento do neuroeixo

Direção céfalo-caudal e próximo-distal

A sequência é fixa e invariável

Velocidade inconstante

Objetivo: criança viver no meio social

Avaliação ocorre por meio de anamnese, exame físico geral, exame neurológico, avaliação sensorial
(audição e visão), aquisição de habilidades.

Em caso de anormalidades, procura-se outros profissionais → avaliação multiprofissional.

Anamnese

Identificação de fatores de risco → prematuridade, peso ao nascer, convulsão, infecções, trauma.

Utilização de perguntas facilitadoras

História clínica e familiar

História reprodutiva materna

Rendimento escolar

Estímulos → essencial e oportuno

Data da aquisição de habilidades

Teste de triagem metabólica: avalia hoje 6 doenças

Fenilcetonúria, doença falciforme, hipotireoidismo, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e


deficiência de biotinidase.

Teste do olhinho vermelho

Teste da orelhinha

Teste do coraçãozinho
Teste da linguinha

Exame físico

Completo

Peso, estatura, perímetro cefálico

Anomalias congênitas

Alterações dermatológicas

Visceromegalias e linfadenomegalias → infecção congênita

Exame neurológico → equilíbrio, marcha, pares cranianos

Avaliar fontanelas

Pesquisa de reflexos arcaicos

Presença até 4 meses, quando surgem os reflexos posturais

Simetria, intensidade

Tônus flexor nos membros e hipotonia paravertebral.

Reflexo de fuga → asfixia no recém nascido faz com que vire o rosto

Reflexo de sucção → ausência indica disfunção neurológica grave

Reflexo tônico cervical → assimétrico → postura assimétrica

Reflexo dos quatro pontos cardeais/da busca

Reflexo de babinski → extensão do hálux

Reflexo de marcha

Reflexo de preensão plantar e palmar

Reflexo de suporte → sua ausência é indicativa de lesão neurológica

Reflexo de Gallant → encurvamento ipsilateral do tronco por estímulo tátil

Reflexo de Moro → extensão e abdução dos membros superiores após uma queda súbita

Reflexo de colocação → como se subisse escada → integração cortical

Escalas de Gesell e Denver → utilizadas para avaliar a aquisição das habilidades

Quatro grupos de habilidades com intervalo mínimo e máximo para ver a aquisição
Conduta motora grosseira:

Reações posturais

Preensão

Locomoção

Coordenação dos movimentos

Velocidade

Precisão

Destreza

Conduta adaptativa ou motor fino

Organização e adaptação do sensório

Uso da inteligência e da capacidade construtiva. Capacidade de solução de problemas

Conduta de linguagem

Toda forma de comunicação audível, visível em relação a sons, vocalização, palavras e orações

Pré-fala (até 10 meses): recepção e expressão

Recepção: até 3 meses, procura a fonte com os olhos, até 6, procura com a cabeça e até 9 localiza
diretamente a fonte sonora

Expressão: até 3 meses, vogais, até 6 meses início de consoantes e até 9 meses repete os sons

Nomeação: até 18 meses

Nomeia alguns objetos e aponta, reconhece seu nome e "não"

Entonação e ritmo

Recebe ordens simples

Fala até 25 palavras por frase, em média

Período de combinação de palavras: até 24 meses

Frases simples com 2 elementos

Presta atenção e compreende histórias

usa gesto representante e usa e o próprio nome

Conduta pessoal-social
Reação individual da criança frente à outras pessoas e estímulos culturais

Adaptação à vida doméstica e à propriedade

Depende do temperamento e do ambiente

Pesquisa em linguagem apropriada e momento adequado

Entre 75% e 90% na escala → maior preocupação, talvez seja falta de estímulo por exemplo.

Quando suspeitar de perdas auditivas: suspeita familiar de baixa audição, história familiar de
surdez, otites de repetição, preferência por sons altos, infecções congênitas TORCHS, meningite
bacteriana, entre outros

Quando suspeitar de distúrbios visuais: alteração de reflexos, leucocoria, atraso na fixação e


acompanhamento de objetos, fotofobia, nistagmo, piscar constantemente, estrabismo após 5 meses,
diferença no tamanho dos globos oculares etc.

Desenvolvimento da libido infantil segundo Freud

Primeiro ano de vida: fase oral → sucção e alimentação

Segundo ano de vida: fase anal → compulsão, retenção ou manipulação

3 a 6-7 anos: fase genital → manipulação, exibicionismo, curiosidade em relação aos genitais de ambos
os sexos

Fase de latência: até a puberdade → repressão e inibição dos impulsos libidinais

Puberdade: libido

Deficiência DNPM

Global possui uma intensidade muito maior

Setorial possui menor comprometimento

Tratamento

Quanto mais jovem, mais plástico o cérebro

Estimulação deve ocorrer o mais precoce possível


Intervenção precoce: quando há suspeita de atraso → 4 desses critérios:

Prevenção:

pré-natal adequado

imunização em dia

nutrição adequada

consultas na puericultura certinho

estimulação

interação mãe-filho

melhoria das condições de vida

segurança

Crescimento pôndero-estatural

Tipos de crescimento

 geral
 neural → especialmente no primeiro ano de vida
 linfóide
 genital

Crescimento neurológico

Tronco encefálico e medula estão desenvolvidos ao nascimento, porém o cérebro está quase
totalmente não desenvolvido, crescendo muito no início.

Os neurônios e células glia já existem, somente vão fazendo mais conexões (sinapses) e sofrendo
mielinizaçao.

O desenvolvimento é crânio-caudal e proximal-distal.


Crescimento Geral

O que faz a criança crescer? Genética + ambiente

Genética: doenças congênitas e história familiar

Ambiente: doenças, alimentação, atividade física, sono, hábitos de vida

Previsão de altura final: (altura do pai + altura da mãe + 13)/2 +-5 para meninos e (altura do pai +
altura da mãe - 13)/2 +-5 para meninas.

Fatores que afetam crescimento:

 Herança genética
 Alimentação
 Fatores hormonais → do crescimento, tireoideanos e sexuais
 Doenças
 Medicações → corticoide crônico (fica pequeno)

Fases do crescimento:

 Fase 1: crescimento intrauterino


 Fase 2: primeira infância, até os 2 anos de idade
 Fase 3: segunda e terceira infâncias, desaceleração do crescimento
 Fase 4: adolescência, crescimento rápido novamente

Primeiros mil dias: fase 1 e fase 2

Na primeira fase, bebê tem hiperplasia primeiro, e depois hipertrofia, ficando grande na barriga

Ganho normal de peso na gravidez: até 12 kg se IMC prévio normal

Peso normal: 2,5 a 4 kg (abaixo de 1 kg extremo baixo peso)

Perda de peso nos 10 primeiros dias: 10%

Recuperação de peso nascimento: em até 10 a 14 dias

Ganha 25 a 30 gramas por dia no início

Peso duplica até 5 meses, triplica até 1 ano.

Comprimento: 48-50 cm

Comprimento cresce até 50% no primeiro ano.

PC: 34 cm

Perímetro cefálico aumenta cerca de 12 cm no primeiro ano

No segundo ano de vida:


Peso: 2,5 kg a mais no ano

Estatura: 12 a 15 cm no ano

PC: 2 cm no ano

Menino com 2 anos possui metade da altura, e menina com 1 ano e 6 meses

Na fase lactente (até 2 anos), o crescimento é muito influenciado por fatores ambientais, como
hábitos de vida.

O bebê possui a fase da repleção (acúmulo fácil de gordura), porém há limite. Depois, passa pelo
estirão, ficando magrinho (nessa fase ocorre a prevenção da obesidade). Após, passa por outra
repleção, na pré-adolescência. Na adolescência, ocorre outro estirão.

No estirão masculino, o homem fica maior cerca de 13 cm que a mulher e começa mais cedo. O primeiro
sinal de puberdade da mulher é o crescimento mamário e o do homem, crescimento testicular.

Altura é um excelente indicador de boa qualidade de vida

Peso medido na balança

Comprimento medido deitado, com ajuda da mãe, até os 2 anos. A partir dos 2 anos, mede-se a
estatura com a criança em pé.

Avaliação do perímetro cefálico é medido com fita métrica passando pela proeminência occipital e
glabela.

Z-score normal: entre +2 e -2.

IMC: criança q vai de -2 até +1 → eutrófico

passou de +1 → sobrepeso

Passou de +2 → obesidade

Consulta: 7 dias, mensal até 6 meses, depois bimestral, semestral e anual

OBS.: Canal esperado de crescimento → faz-se a conta da idade final esperada e traça-se um
intervalo esperado de altura aos 18 anos a fim de comparar esses z scores com a altura atual.

Avaliar crescimento: raio x da idade óssea → estatura final é obtida quando há fusão completa entre a
epífise e metáfise dos ossos → atraso constitucional do crescimento.

Cuidados com o RN

Obstetra campleia o cordão para o pediatra começar a atuar

 Ocorre quando o cordão para de pulsar

Bebê nasce roxo, cianótico


Critérios que o bebê nasceu bem:

 Choro/respiração
 Tônus em flexão

Se nasceu bem, vai para contato pele a pele com a mãe. A amamentação ocorre nesse momento, logo
após o nascimento, na sala de parto.

A pulseirinha é colocada no pé, mas não deve ficar muito apertada.

Mãe deve receber alta após 48 horas, após alojamento conjunto.

Mãe vai para berçário

Bebê toma, logo após o nascimento:

 Vitamina K → dada na perninha, profilaxia da doença hemorrágica do RN


 Nitrato de prata → profilaxia da oftalmia gonocócica

Higiene do coto umbilical: álcool 70% somente

Coto umbilical possui duas artérias, uma veia e geléia de Wharton, sendo que não há inervação → não
dói

Após a alta, é possível que ocorra um pequeno sangramento no coto umbilical

O coto umbilical leva de 7 a 14 dias para cair.

Não se deve usar faixa umbilical. Possível hérnia umbilical caso o umbigo tenha saído para fora

Quanto ao banho, deve-se olhar a temperatura da água. Pode dar banho no balde.

Vacinas que ele toma primeiro: Hepatite B e BCG.

Na alta hospitalar, o bebê deve estar mamando bem, sem icterícia ou com icterícia leve (até zona 2),
já ter eliminado mecônio e a mãe deve estar orientada.

Motivos de preocupação:

 Febre
 Vômitos
 Recusa do leite
 Pequeno volume de urina (mamando pouco, por exemplo)
 Apatia
 Piora da icterícia

É normal:

 Obstrução nasal, espirros, soluços (vérnix caseoso pode irritar e fazer espirrar)
 Fezes amareladas, moles e várias vezes ao dia
 "Perna torta" → devido a posição que o bebe foi gerado
OBS.: As fezes só não podem ser esbranquiçadas (pensar em colestase como atresia biliar),
sanguinolentas.

Remédios:

 Antitérmico
 Para alívio da obstrução nasal (sorine infantil, rinossoro, snif, salsep, fluimare, de preferência
em spray)
 Para alívio das cólicas e gazes (simeticona)
 Pomadinha para assaduras (bepantol, hipogloss, óxido de zinco)
 Álcool 70% para limpar umbigo

Em casa

Banho de sol era 30 minutos por semana, porém hoje a recomendação é vitamina D. Somente 10% da
vitamina D vem da comida, portanto todo bebê toma a profilaxia a partir da primeira semana de vida
até 2 anos (400UI até um ano e 600 UI/dia no segundo ano).

Suplementação de ferro: não se utiliza leite de vaca in natura até 1 ano de vida

Limitação do consumo de leite de vaca a no máximo 500 mL/dia após um ano

De 3 meses a 2 anos.

Quantidade: 1 mg/kg/dia

Sulfato ferroso do postinho → 1 gota tem 1,25 mg de ferro, porém considera-se 1 mg

Com 1 ano: hemoglobina acima de 11 e ferritina acima de 30 (se abaixo de 15, há uma deficiência de
estoque)

Sono

Síndrome da morte súbita do lactente:

de 1 até 6 meses, especialmente em países desenvolvidos

Para evitar, deve-se colocar o bebê para dormir de barriga para cima.

Cólicas → critérios de Roma IV → padronização dos diagnósticos dos distúrbios gastrointestinais


funcionais

Observar ganho de peso → se está satisfatório, não é cólica

Causas:

Imaturidade do sistema digestivo, do SNC, reação a alguns compostos etc.

Dentes começam a nascer com 6 meses geralmente e vai até 2 anos (20 dentes)

Desde que nascem, deve-se fazer higiene dos dentes


Pasta de dentes com flúor

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