Embriologia I
Embriologia I
Embriologia I
Reprodução Humana
Introdução à Embriologia
Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Adrielly Camila de Oliveira Rodrigues Vital
Revisão Técnica:
Prof.ª Dr.ª Gabriela Cavagnolli
Introdução à Embriologia
OBJETIVO
DE APRENDIZADO
• Compreender o processo de formação dos gametas femininos e masculinos, a fertilização,
formação do zigoto e o início do desenvolvimento embrionário.
UNIDADE Introdução à Embriologia
Introdução ao Estudo do
Desenvolvimento Humano
Importância da Embriologia
A origem da palavra “embriologia” provém dos termos gregos en, bryein e logos,
que significam dentro, crescer, e estudo, respectivamente. Logo, pode-se interpre-
tar que a embriologia é o estudo da formação de um ser que cresce e se desenvolve
dentro de um local. A embriologia humana, então, nada mais é do que o estudo
do desenvolvimento de um indivíduo desde a primeira célula embrionária, o zigoto,
formado pela fusão dos gametas feminino e masculino, passando pela proliferação
celular e formação dos folhetos embrionários, órgãos e sistemas, até o seu desenvol-
vimento completo e o nascimento (BARRETO, 2019).
A partir dos avanços científicos na área da embriologia foi possível também identi-
ficar que experiências prévias ao nascimento e fatores maternos, como a desnutrição
durante a gravidez, o tabagismo, o uso de drogas ilícitas e alguns fármacos, bem
como patologias como a diabetes mellittus, dentre outros, podem influenciar, em
longo prazo, a capacidade cognitiva e o comportamento do indivíduo após o nasci-
mento. Tais condições, em conjunto com fatores moleculares e celulares, podem ain-
da determinar a possibilidade do desenvolvimento de doenças como o câncer, visto
que o desenvolvimento embrionário e fetal pode influenciar a saúde a curto e longo
prazo. Assim, a compreensão da embriologia e da reprodução humana é essencial
para os profissionais da saúde (SADLER, 2019).
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História da Embriologia
Há relatos relacionados à embriologia desde 3000 a.C., quando egípcios incu-
bavam ovos de aves. Um documento datado de 1416 a.C., em sânscrito, conhecido
como Garbha Upanishad, descreve o seguinte:
A partir da conjugação entre o sangue e o sêmen (semente), o embrião
vem à existência. Durante o período favorável à concepção, após o inter-
curso sexual, ele se torna um Kalada (um embrião de um dia de idade).
Após as próximas sete noites, ele se torna uma vesícula. Após uma quin-
zena ele se torna uma massa esférica. Após um mês, ele se torna uma
massa firme. Após dois meses, a cabeça é formada. Após três meses,
surgem as regiões dos membros.
Porém, foram os gregos, a partir dos anos 400 a.C., que fizeram as maiores con-
tribuições à embriologia da Antiguidade. Hipócrates, o pai da medicina, liderou os
primeiros estudos sobre embriologia, nos quais avaliava diariamente ovos chocados
por galinhas até a sua eclosão. Posteriormente, Aristóteles e Cláudio Galeno tam-
bém deixaram obras científicas acerca do desenvolvimento de embriões (MOORE;
PERSAUD, 2016).
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UNIDADE Introdução à Embriologia
Início do Desenvolvimento
Humano: Gametogênese
O processo de desenvolvimento humano é muito complexo e depende da fusão
dos gametas feminino e masculino. Uma série de preparativos é necessária para que
a gravidez ocorra com sucesso.
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Primeiramente, as células sexuais femininas e masculinas passam por um processo
de amadurecimento conhecido como gametogênese. A gametogênese pode ser di-
vidida em quatro estágios:
1. Formação extraembrionária das células germinativas e a sua migração
para as gônadas;
2. Multiplicação do número de células germinativas por meio de diversos
ciclos de mitose;
3. Redução no número de cromossomos de cada célula por meiose;
4. Maturação estrutural e funcional dos óvulos e dos espermatozoides.
Uma vez maduros, os gametas são liberados das gônadas, as glândulas sexuais
(ovários e testículos), onde são produzidos e armazenados. A fertilização do ovócito
geralmente ocorre na parte superior da tuba uterina, onde os gametas feminino e
masculino se encontram. O zigoto formado sofrerá divisões celulares e irá migrar
até o útero, onde se implantará para que ocorra a nutrição pela mãe. Todos esses
processos são mediados por hormônios. A seguir, você estudará detalhadamente a
gametogênese e os hormônios envolvidos na reprodução (CARLSON, 2014).
Mas, afinal, o que é mitose e meiose? Vamos relembrar estes dois termos!
Mitose e meiose nomeiam dois tipos de divisões celulares diferentes, que darão
origem a novas células. Na mitose uma célula se divide, dando origem a duas células-
-filhas diploides, com 46 cromossomos, geneticamente idênticas à célula-mãe. De-
pende de apenas uma divisão. Ocorre durante toda a vida do indivíduo, gerando cé-
lulas somáticas, que auxiliam no reparo e renovação tecidual e no desenvolvimento
embrionário e crescimento.
Por outro lado, a meiose é a divisão celular que ocorre nas células germinati-
vas (ou sexuais) para produzir os gametas masculino e feminino, espermatozoide e
ovócito, respectivamente. A meiose gera 4 células-filhas, com metade do material
genético da célula-mãe. Para tanto, são necessárias duas divisões celulares, a meio-
se I, reducional, pois reduz o número de cromossomos pela metade, e a meiose II,
equacional, que mantém o número de cromossomos igual. Por fim, são geradas
células haploides de 23 cromossomos. As células produzidas garantem a variabili-
dade genética da prole, pois cada célula gerada é diferente entre si e também dife-
rentes da célula original, em função do crossing over. Veja o resumo das divisões
na Figura 1.
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UNIDADE Introdução à Embriologia
Mitose Meiose
Célula Parental
(Antes da replicação
do cromossomo)
Tanto a mitose quanto a meiose necessitam de diversas fases para garantir o sucesso das di-
visões celulares. Para saber mais sobre os processos de divisão celular, acesse na plataforma
Minha Biblioteca o livro “Langman – Embriologia médica”, Parte 1 – Embriologia Geral,
capítulo 2 – Gametogênese, seção “Teoria Cromossômica da Herança”.
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Origem e Migração das Células Germinativas
Os gametas são provenientes de células germinativas primordiais (CGPs), for-
madas bem precocemente durante a 2ª semana de gestação, na região do saco
vitelínico, ou seja, têm origem fora do embrião, em um anexo embrionário. A partir
da 4ª semana as CGPs começam a migrar em direção às gônadas em formação.
As células sofrem alguns ciclos de mitoses, a fim de aumentar em número. Uma vez
localizadas onde se encontrarão as gônadas maduras, as CGPs sofrem uma divisão
celular meiótica, a fim de reduzir o número de cromossomos pela metade e, poste-
riormente, a citodiferenciação, quando a célula vai ficando cada vez mais especiali-
zada até completar sua maturação (CARLSON, 2014).
Durante a migração das CGPs, algumas destas podem se alojar em locais fora
das gônadas. Quando isso acontece, geralmente estas células sofrem apoptose e
morrem. Caso elas sobrevivam, podem dar origem aos teratomas. Os teratomas são
tumores que contém vários tipos de tecidos, como pele, cabelo, cartilagem, dentes,
entre outros. São encontrados comumente no mediastino e região oral (CARLSON,
2014; MOORE; PERSAUD, 2016).
Bexiga urinária
Bexiga Vesícula
Ureter
Osso público seminal
Vesícula seminal
Glândula bulbouretral Vaso deferente Reto
Glândula prostática
Canal deferente
Bulbo
Lóbulos Uretra
Epidídimo Túbulos seminíferos Ânus
Testículo
Próstata
Uretra Epidídimo
Espermatozoide
Testículo
Glande do pênis Escroto
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UNIDADE Introdução à Embriologia
Canal deferente
Epidídimo
Túbulo
seminífero Rete testis
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O sêmen é o líquido que contém os espermatozoides. Estes compõem apenas
10% do volume do ejaculado, e são compostos também por substâncias produzidas
pelas glândulas anexas, como a vesícula seminal, a próstata e a glândula bulboure-
tral. O líquido seminal das vesículas seminais serve como fonte de energia para os
espermatozoides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfa-
tos, nitrogênio, cloretos, colina, prostaglandinas e enzimas (vesiculases). A próstata é
uma glândula que produz de 10 a 30% do volume do sêmen. O líquido prostático
tem pH alcalino que neutraliza a acidez da urina e assim preserva e ativa os esperma-
tozoides, além de auxiliar na neutralização da acidez do trato vaginal, aumentando a
sobrevida e mobilidade destes. É rico em cálcio, zinco, ácido cítrico, fosfatase ácida,
albumina e antígeno específico da próstata (PSA), substância dosada laboratorial-
mente como marcador tumoral. O líquido produzido pela glândula bulbouretral é lan-
çado na uretra a fim de limpá-la e prepará-la para a passagem dos espermatozoides,
além de lubrificar o pênis durante o ato sexual (CHAME BARRETO, 2019).
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UNIDADE Introdução à Embriologia
Espermatogênese
Apesar das células germinativas primordiais serem formadas ainda no embrião, e
serem visualizadas como células grandes e esbranquiçadas em cordões seminíferos
nos testículos ao nascimento, a transformação destas células em espermatozoides se
dá apenas quando o menino entra na puberdade. Pouco antes da puberdade, estes
cordões formam um lúmen e tornam-se túbulos seminíferos. As CGPs dão então
origem a células-tronco espermatogonais.
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germinativo, a fim de gerar novas células futuramente, enquanto a outra célula-filha, a
espermatogônia tipo B, se diferencia em espermatócito primário (também diploide)
(Figura 5). Após, o espermatócito primário se divide por meiose I, formando dois es-
permatócitos secundários, haploides, com 23 cromossomos. Alguns dias mais tarde
ocorre a meiose II, na qual são formadas as espermátides, também haploides. Durante
todo esse processo, a citocinese (separação das células após a divisão celular) é incom-
pleta, de modo que as gerações sucessivas de células são unidas por pontes citoplas-
máticas. Desta forma, os clones de uma espermatogônia do tipo A mantém contato
ao longo de toda a diferenciação celular. Elas apresentam uma organização espacial
bem característica, posicionando-se de forma sucessiva e ordenada. Essas células estão
em íntimo contato também com as células de Sertoli que, como já vimos anteriormen-
te, sustentam, protegem e nutrem as células germinativas (GARCIA; FERNÁNDEZ,
2000; MEZZOMO, 2019; MOORE; PERSAUD, 2016).
Espermatogônia
Espermatócito primário
Meiose I
Espermatócito secundário
Meiose II
Espermátide
precoce
Espermátide
Espermatozoide
Figura 5 – Espermatogênese
Fonte: Adaptado de Getty Images
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UNIDADE Introdução à Embriologia
Crescimento e desenvolvimento
do espermatozoide
Cauda
Flagelo
Centríolo Peça
intermediária
Núcleo Mitocôndria
Cabeça
Figura 6 – Espermiogênese
Fonte: Adaptado de Getty Images
Ovogênese
Quando as CGPs chegam às gônadas de um embrião geneticamente feminino,
elas se diferenciam em ovogônias. A ovogênese é o processo pelo qual ocorre o
amadurecimento das ovogônias até se transformarem em ovócitos prontos para fer-
tilização. Diferente da maturação dos gametas masculinos, que se inicia apenas du-
rante a adolescência, a maturação dos gametas femininos começa ainda no período
fetal, porém só termina após a puberdade.
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Durante a vida fetal, no ovário embrionário, as ovogônias sofrem mitose e se multipli-
cam alcançando um número de aproximadamente 7 milhões de células. Após, algumas
destas ovogônias entram em meiose e estacionam na primeira fase (prófase) da meiose
I, formando os ovócitos primários. As ovogônias remanescentes sofrem apoptose, um
processo de morte celular fisiológica, chamado de atresia folicular. Ao nascer, a mulher
possui até 2 milhões de ovócitos primários, dos quais a maioria regride durante a infância
e apenas cerca de 400 passarão pelo processo de maturação e serão ovulados.
Os ovócitos primários permanecem em prófase I até a maturidade sexual da
menina, na adolescência, quando então, sob estímulo de LH e FSH, a cada ciclo,
alguns ovócitos primários dão continuidade à divisão celular e concluem a meiose I,
formando os ovócitos secundários. Ao término da meiose I, o citoplasma da célula
é dividido de forma desigual, uma vez que o ovócito secundário recebe quase todo
o citoplasma, gerando uma célula grande, enquanto a célula menor irá formar um
corpúsculo polar, que logo se degenera (Figura 7).
Espermatogênese Ovogênese
Espermatócito Ovócito
primário primário
Espermatócito
secundário Primeiro
corpúsculo
Ovócito polar
Espermátide
secundário
Espermatozoide Ovulação
Óvulo
Fertilização
Segundo
corpúsculo
polar
Zigoto
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UNIDADE Introdução à Embriologia
Agora que você já estudou a gametogênese, que tal fazer um quadro de resumo e
estabelecer as diferenças entre a espermatogênese e ovogênese? Neste quadro você
pode comparar os dois processos quanto ao número de gametas formados, início,
período de maturação, período de ocorrência, etc.
Fertilização
Para que ocorra a fertilização do ovócito por um espermatozoide, algumas eta-
pas devem ser concluídas, a fim de gerar o zigoto adequadamente. A seguir, você
irá aprender sobre a ovulação, a capacitação do espermatozoide e os processos de
formação do zigoto.
Ovulação
Na puberdade a menina tem a primeira menstruação, a menarca. A partir deste
momento, mensalmente ocorrerá o que é chamado de ciclo menstrual, no qual os
folículos ovarianos irão se desenvolver e liberar um ovócito secundário, conhecido
popularmente como óvulo, caracterizando a ovulação. Após a menarca, cerca de
1000 folículos são recrutados para amadurecimento a cada ciclo menstrual, contudo,
apenas 1 ovócito será liberado.
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• Folículo ovariano primário: este tipo de folículo contém o ovócito primário
em seu interior, recoberto por uma camada única de células foliculares. Estas
células foliculares iniciam a secretar substâncias que formarão a zona pelúcida,
que envolve o ovócito. No entorno do folículo forma-se uma camada de células
do estroma ovariano, chamadas de células da teca;
• Folículo ovariano secundário: citado por alguns autores como folículo pré-
-antral, nele as células foliculares passam a se dividir e formar várias camadas,
constituindo a camada granulosa do folículo. As células da granulosa apresentam
receptor para o FSH, que como o seu próprio nome diz, é o hormônio que esti-
mula o crescimento dos folículos. O ovócito em seu interior aumenta de tamanho
e surge a zona pelúcida, uma camada acidófila, formada de glicoproteínas;
• Folículo terciário: somente alguns folículos chegam a este estágio, no qual se
forma uma cavidade (antro folicular) entre as células granulosas. Esta cavidade
é repleta de um líquido composto principalmente de proteínas e hormônios. As
células da teca que envolvem o folículo se diferenciam e iniciam a secretar hor-
mônios esteroides, como o estrogênio;
• Folículo maduro (ou folículo de Graaf): o folículo que atinge este estágio tam-
bém é conhecido como folículo dominante, antral ou pré-ovulatório. Trata-se
do folículo mais volumoso, com grande quantidade de líquido folicular no an-
tro, podendo chegar a 2,5 cm de diâmetro próximo do momento da ovulação,
sendo facilmente visualizado na ultrassonografia. O ovócito então completa a
meiose I e estaciona na metáfase da meiose II, se transformando em um ovóci-
to secundário. Este se encontra preso ao folículo por um pedúnculo de células
foliculares que o envolve. Ocorre o aumento da liberação de FSH e um pico ele-
vado de LH. Dez a doze horas mais tarde ocorre a ovulação, quando o ovócito
é eliminado juntamente com essa camada de células foliculares que o rodeiam,
formando a corona radiata. O epitélio superficial do ovário se modifica e as
fímbrias da tuba uterina se movimentam para coletar o óvulo.
Ovócito
Antro Células
da teca
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UNIDADE Introdução à Embriologia
Folículos primário
Folículos primordiais
Corpo albicans
Folículo maduro
(ou de Graaf)
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Corona radiata
Células foliculares
Citoplasma
Núcleo
Membrana plasmática
Zona pelúcida
Apenas gametas capacitados, cerca de 500 dos quase 300 milhões de espermato-
zoides liberados durante o ato sexual, são capazes de ultrapassar as células da coroa
radiata e sofrer a reação acrossômica.
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UNIDADE Introdução à Embriologia
Núcleo de
Acrossoma espermatozoide
Espermatozoide
Núcleo
de ovo
Zona pelúcida
Membrana plasmática
Corona radiata
Após a fertilização, a célula, agora conhecida como zigoto, inicia a divisão celular
mitótica e migra lentamente ao longo do oviduto até chegar ao útero, onde se im-
plantará e permanecerá por toda a gestação (Figura 12).
Zigoto
Núcleo do espermatozoide
Núcleo do óvulo
Corpúsculo polar
Espermatozoide
Fertilização
Óvulo
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Você Sabia?
A partir da fertilização é possível determinar o sexo do novo indivíduo. O ovócito, pro-
veniente da mãe (XX), sempre carrega um cromossomo X. Já o espermatozoide, pro-
veniente do pai (XY), pode carregar um cromossomo X, ou um cromossomo Y. Se o es-
permatozoide que fecundar o ovócito possuir um cromossomo X, a célula formada será
XX, logo, formará um embrião feminino. Se o espermatozoide levar o cromossomo Y,
formará ao fertilizar o ovócito uma célula XY, ou seja, um embrião masculino.
Pré-implantação
Previamente à implantação do embrião no útero, ele passa por diversos processos
que serão vistos a seguir.
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UNIDADE Introdução à Embriologia
O blastocisto permanece livre no útero por aproximadamente 2 dias, até que faça
contato com o epitélio do endométrio uterino. A partir deste contato, o trofoblasto
se modifica: forma uma região que engloba o blastocisto, o citotrofoblasto, e uma
região externa, que forma prolongamentos que invadem e penetram no endomé-
trio, constituindo o sinciciotrofoblasto. Pesquisas recentes demonstraram que as
selectinas L nas células do trofoblasto e os receptores dessas proteínas no epitélio do
endométrio estão envolvidas no início da ligação do blastocisto ao útero. Após esta
ligação, outras proteínas, as integrinas, também entram em ação se ligando às molé-
culas laminina e fibronectina, responsáveis pela ligação e migração, respectivamen-
te, do sinciciotrofoblasto ao útero (GARCIA; FERNÁNDEZ, 2000; SADLER, 2019).
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Embriologia
Leia os capítulos 3 e 4 – “Espermatogênese” e “Ovogênese”, do livro Embriologia.
https://bit.ly/2CeVP0q
Langman – Embriologia médica
Leia os capítulos 2 e 3 – “Gametogênese | Conversão de Células Germinativas em
Gametas Masculinos e Femininos” e “Primeira Semana do Desenvolvimento | Da
Oocitação à Implantação” , do livro Langman – Embriologia médica.
https://bit.ly/2CeVP0q
Vídeos
The menstrual cycle
Entenda melhor o ciclo menstrual, ative as legendas em português.
https://youtu.be/tOluxtc3Cpw
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UNIDADE Introdução à Embriologia
Referências
CARLSON, B. M. Embriologia humana e biologia do desenvolvimento. 5. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
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