Mangi

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 21

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:
Gestão Escolar

Mangi Sale Mamudo:___________________

Curso: Licenciatura em Ensino de Educação Física


Disciplina: PPII
Ano de Frequência: 2º Ano

Quelimane, Maio de 2021


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências  Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfica citações/referências 2.0
citações e
s bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Índice

1.Introdução……………………………………………………………………………………….5

1.1.Objectivo Geral………………………………………………………………………………..5

1.2.Objectivos específicos.………………………………………………………………………..5

1.4.Metodologia…………………………………………………………………………………...5

2.Gestão Escolar…………………………………………………………………………………..6

2.1.Definição de conceitos básicos………………………………………………………………..6

3.Funções da Gestão Escolar………………………………………………………………….......7

3.1.Gestão Escolar Participativa…………………………………………………………………..7

4.Actores Escolares………………………………………………………………………………..8

5. Importância da Gestão Escolar para o sucesso da


Escola……………………………………..10

5.1.Funcionamento da Escola……………………………………………………………………11

5.2.Organograma da escola………………………………………………………………………11

6.Funcionamento da Secretaria………………………………………………………………......13

6.1.Organização dos processos…………………………………………………………………..14

6.2.Organização do Processo Individual do Aluno……………………………………………...15

7.Documentos normativos……………………………………………………………………….15

8.Vertentes da Gestão Escolar…………………………………………………………………...16

8.1.As Fontes dos Fundos Escolares……………………………………………………………..17

9.Características de um Líder Eficaz…………………………………………………………….19

10.Conclusão…………………………………………………………………………………….20

11. Bibliografia…………………………………………………………………………………..21
5

1.Introdução

O presente trabalho da cadeira de Praticas Pedagógicas II intitulado: Gestão Escolar, com o tema
em destaque pretende-se debruçar da gestão escolar, começando por abordar a escola,
concretamente o que ela é, a sua missão que se propõe atingir, entre outros aspectos.
Seguidamente, falaremos da gestão escolar, onde abordaremos a sua conceituação bem como a
sua razão de ser nas escolas.

Neste estudo, foram determinados os seguintes objectivos de carácter geral e específicos:

1.1.Objectivo Geral

 Elucidar a Gestão Escolar.

1.2.Objectivos específicos:

 Distinguir os conceitos de Gestor, Gestão e Gestão Escolar;


 Descrever as funções das vertentes pedagógicas e administrativa da gestão escolar e
diferentes fontes possíveis de fundos da escola;
 Enumerar e descrever as funções da Gestão Escolar.

1.4.Metodologia

Segundo HEGENBERG citado por Marcone e Lakatos (2000:44) método é o caminho pelo qual
se chega a determinado resultado, ainda que este caminho não tenha sido fixado de antemão de
modo reflectido e deliberado, segundo a definição do autor o método usado para a elaboração
deste trabalho, foi possível através da pesquisa bibliográfica que fundamenta na análise de
artigos, livro que abordam sobre o tema em análise.
6

2.Gestão Escolar

2.1.Definição de conceitos básicos

Do latim, gestĭo, o conceito de gestão refere-se à acção ou efeito de gerir e ou administrar,


dividir tarefas e responsabilidades ( Megginson, et al. 1998).

Segundo Henri Fayol (1949), o gestor é definido pelas suas funções no interior da organização.
Assim, o gestor é a pessoa a quem compete a interpretação dos objectivos propostos pela
organização e actua, através do planeamento, da organização, da liderança ou direcção e do
controlo, de forma a atingir os objectivos organizacionais.

Organização: Define-se como o conjunto de duas ou mais pessoas trabalhando juntas, de modo
estruturado e coordenado para alcançar os objectivos da organização (Megginson, et al. 1998).

Escola: É uma organização, uma unidade social com identidade própria, articulada num sistema
(Baptista, 2003).

Segundo LÜCK (2009:24), gestão escolar, explica que ela tem em vista promover a
organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias
para garantir o avanço dos processos sócio educacionais dos estabelecimentos de ensino,
orientados para a promoção efectiva da aprendizagem dos alunos, de modo a torná-los capazes
de enfrentar adequadamente os desafios da sociedade complexa, globalizada e da economia
centrada no conhecimento.

O termo Gestão Escolar sempre esteve ligado ao papel que o director deve desempenhar na
escola, sendo considerado um bom gestor aquele que dinamiza a escola para buscar novos
caminhos e para motivar todos os envolvidos no processo.
O papel de gestor passou a ter importância em todos os segmentos da educação. Como um
conceito mais amplo, a gestão escolar passa a fazer parte das atitudes de todos que actuam na
educação. Cada educador tem um papel importante a desempenhar junto ao aluno, nas suas
relações pessoais e interpessoais, demonstrando a sua concepção de Gestão Escolar.
7

3.Funções da Gestão Escolar


Segundo o Secretariado da Commonwealth (1993), as funções da gestão escolar consistem em:
 Garantir a formulação de políticas, objectivos e métodos que permitam a escola o alcance
dos objectivos;
 Aplicar as políticas e os métodos de trabalho, visando formar pessoas úteis à sociedade;
 Assegurar a existência de recursos humanos, materiais e curriculares para a
aprendizagem;
 Coordenar as actividades da escola para que ela funcione com eficácia e eficiência;
 Influenciar e estimular os recursos humanos para trabalharem com afinco.

3.1.Gestão Escolar Participativa


Para Marques (1981), a participação de todos nos diferentes níveis de decisão e nas sucessivas
fases de actividades é essencial para assegurar o eficiente desempenho da organização.
A gestão participativa caracteriza-se por uma força de actuação consciente, pela qual os
membros da escola reconhecem e assumem seu poder de influenciar na determinação da
dinâmica dessa unidade escolar, de sua cultura e de seus resultados.

Há cinco elementos-chave de urna abordagem participativa de desenvolvimento pessoal a saber:

1. Consultar o pessoal sobre o que consideram necessário para promover o seu próprio
crescimento e aprimorar o seu desempenho.

2. Retribuir ou reconhecer o tempo dedicado à participação em actividades de


desenvolvimento de pessoal.

3. Utilizar os quatro princípios de programas de capacitação eficazes. Esses princípios são:

 Envolver os participantes na apresentação de conceitos, ideias, estratégias e técnicas de


aplicação dos conceitos acima.

 Dar aos participantes feedback sobre o uso de novos conceitos.

 Permitir que os participantes apliquem seus novos conhecimentos.


8

4. Certificar-se de que o director da escola está presente e participar de todos os programas


realizados em serviços.

5. Acompanhar a utilidade de cada actividade de desenvolvimento profissional, após a


realização da mesma.

4.Actores Escolares

Segundo LÜCK (2009:21-22), actores escolares são os professores, os funcionários, os próprios


alunos, os gestores escolares e outros. A partir das ideias do autor, passamos a sistematizar o que
cada um deles faz, com maior destaque para o gestor.

 Professor: é o profissional que actua directamente na formação dos alunos, a partir de seu
desempenho. Este é baseado em conhecimentos, habilidades e atitudes, sobretudo pelos
seus horizontes pessoais, profissionais e culturais. Deve estar bem informado e formado
para a orientação competente de seus alunos numa actuação aberta, com forte liderança e
perspectivas positivas orientadas para o sucesso.
Cabe ao professor, entre outras tarefas:

 Participar na elaboração do projecto pedagógico da escola;


 Elaborar e cumprir um plano de trabalho, que deve ser baseado no projecto pedagógico;
 Zelar pela aprendizagem dos alunos.
 Estabelecer estratégias de recuperação dos alunos de menor rendimento.
 Funcionários: são os colaboradores directos da construção do ambiente educacional e da
efectivação dos seus processos educacionais. A qualidade da contribuição dos funcionários
é determinante para o trabalho educativo, dado que eles estão presentes nos vários
segmentos da escola. Um funcionário não é um mero assalariado, ele é um dos fazedores
do ambiente educativo mas também, ele próprio, é um educador.
 Gestores escolares: são os profissionais responsáveis pela organização e orientação
administrativa e pedagógica da escola, da qual resulta a formação da cultura e ambiente
escolar, que devem ser mobilizadores e estimuladores do desenvolvimento das
aprendizagens e formação dos alunos.
9

Na equipa de gestão destaca-se o director da escola, responsável principal pelo


direccionamento do modo de ser e de fazer da escola e seus resultados.
Fazem também parte da equipa de gestão os directores adjuntos, os coordenadores
pedagógicos e os gestores administrativos.
 Os Pais e Encarregados de Educação-têm a responsabilidade legal na educação dos
filhos;

 São consumidores e financiadores dos serviços oferecidos pela escola;

 Ajudam articular as práticas familiares e actividades escolares.

 Comunidade: É onde a escola está inserida. Fornece alunos à escola e beneficia-se dos
formandos para o desenvolvimento da própria comunidade
 Os alunos: São o centro do PEA, é com sua participação na gestão que eles aprendem a
exercer a sua cidadania, a desenvolver o espírito patriótico, a ter o direito de participar na
organização do seu próprio trabalho em parceria com outros trabalhadores.
 Parceiros: São todos os agentes externos interessados em apoiar o desenvolvimento da
escola. Podem apoiar a escola oferecendo materiais diversos ou constituindo algumas
infra-estruturas para melhoria da escola.

Ligação Escola e Comunidade


Após a independência Nacional na perspectiva de fazer da “Escola uma base para o Povo tomar
o poder” e de que “ a educação é a tarefa de todos nós”, passou-se a valorizar o envolvimento da
sociedade na vida da escola MEC (2005:9).

A comunidade passou a assumir que o professor não podia ensinar e educar sozinho pois, quem
melhor conhece a criança são os pais, pelo que devem acompanhar a educação dos seus filhos.

Daí a necessidade de toda a comunidade, de forma organizada, participar na tomada de decisões


no tocante aos assuntos que dizem respeito à escola.

É desta forma que o nosso país cria os Conselhos de Escola, que permitem a ligação escola
comunidade levando os pais à escola, de uma forma activa e benéfica, criando mais espaço não
só para os pais e encarregados de educação mas também abertura para a participação comunitária
na escola.
10

Comunidade na Escola
A autonomia é o fundamento da concepção democrática - participativa da gestão escolar, razão
de ser do projecto pedagógico.

A autonomia é definida como faculdade das pessoas de auto governarem-se, de decidirem sobre
o seu próprio destino.

A autonomia de uma instituição significa ter poder de decisão sobre seus objectivos e suas
formas de organização.

Sendo assim, as escolas podem traçar seu próprio caminho envolvendo professores, alunos,
funcionários, pais e encarregados de educação e a comunidade próxima para que se tornem co-
responsáveis pelo êxito da instituição.

Ao envolver empresas, autarquias, associações recreativas, comércio e entidades oficiais e a


comunidade em geral, em actividades educativas e culturais e desportivas, etc. de interesse
mútua, as comparticipações surgem com maior naturalidade.

5. Importância da Gestão Escolar para o sucesso da Escolar

Vivemos diante de diversas dificuldades que a escola apresenta na sociedade desde as políticas
públicas implementadas até aos conflitos internos existentes.

É necessário considerar a escola como espaço próprio de difusão do conhecimento sistematizado


e formal. A escola é a instituição que foi criada para a socialização do saber sistematizado. Para
que a escola avance nos seus objectivos primordiais que dentre eles está a aprendizagem
daqueles para quem foi criada, crianças, jovens e adultos, seja suportada por uma boa gestão.

Na gestão é importante a participação de todos os agentes que contribuem de forma directa ou


indirecta nos processos de organização da escola. O sucesso escolar dos alunos está inteiramente
relacionado com a gestão da escola.

É importante compreender que o sucesso escolar justifica a gestão democrática, pois o trabalho
realizado é feito por todos os sectores que auxiliam a escola desde o professor ao pai e
encarregado de educação do aluno.
11

5.Funcionamento da Escola
Segundo TEIXEIRA (1998), diz que as escolas têm uma estrutura de organização interna,
normalmente baseada em regulamentos ou legislações específicas do MINEDH. Nas
organizações é comum a inter-relação entre várias funções e serviços. Segue abaixo um exemplo
de como está estruturada a maioria das escolas.

5.1.Organograma da escola
O organograma é uma espécie de diagrama usado para representar as relações hierárquicas
dentro de uma organização, ou simplesmente a distribuição dos setores, unidades funcionais e
cargos e a comunicação entre eles (ROBBINS, 1994).

D
e
r
i
t
c
or
l
e
r
i
D
h
d
s
n
o
C
t
c
f
o
t
n
u
j
d
a o
h
d
a
r
S
e
d
r
t
o
c
s
l
a
a
d
e
ó
g
Pca
i
r
l
i
g
o

O Director
O Director é o chefe da escola. Ele é o líder responsável pelo bom funcionamento da escola, pelo
cumprimento das normas, pela realização dos objectivos, pela execução das actividades e pelo
controlo da disciplina. É ele quem detém a informação fundamental para a tomada de decisão e
pode utilizá-la para influenciar o funcionamento dos outros órgãos (Secretariado da
Commonwealth, 1993).

O conselho da Escola
De acordo (MEC, 2005ª), aborda que vários membros da comunidade escolar, nomeadamente, o
Director e um conjunto de pessoas eleitas representando os seguintes grupos:
12

Pais ou encarregados de educação, comunidade, alunos, professores e funcionários da área


administrativa.
O Conselho de Escola tem por objectivo ajustar as directrizes e metas estabelecidas a nível
central e local à realidade da escola e garantir a gestão democrática, solidária e co-responsável
(MEC, 2005b).

O Director Adjunto-Pedagógico
Ele desempenha as seguintes funções:
 Organização – orienta e controla a formação das turmas e a elaboração dos horários das
turmas e dos professores; procede à distribuição dos professores pelas turmas, disciplinas
e classes, de acordo com as orientações superiormente definidas; garante o
enquadramento e a integração de novos professores e dos recém formados; assegura a
distribuição e o controlo do material escolar básico.
 Coordenação: Orienta e controla a planificação e o desenvolvimento do processo de
ensino-aprendizagem ao nível escolar, promove a troca de experiências pedagógico-
didácticas com professores de outras escolas;
 Supervisão: Segundo (SECRETARIADO DA COMMONWEALTH, 1993), Garante a
aplicação do currículo aprovado pelo Ministro da Educação, identifica as insuficiências
científicas e pedagógico-didácticas dos professores e auxilia na supervisão das mesmas,
propõe cursos de capacitação sempre que se revelam necessários, orienta o processo de
elaboração de provas de avaliação periódicas, de acordo com o sistema em vigor e
controla os respectivos resultados, orienta e controla o processo de sistematização e
registo da informação estatística necessária, de acordo com as normas definidas
superiormente.
Segundo o SECRETARIADO DA COMMONWEALTH (1993), eis as principais tarefas do
chefe da secretaria:
 Tarefas administrativas: Organiza e mantém actualizada a colectânea da legislação de
interesse para o desenvolvimento das actividades escolares; organiza e executa o
processo de recepção, registo, emissão e envio de correspondência; assegura a
dactilografia, reprodução e arquivo de todos os documentos da escola; zela pela
manutenção, limpeza das instalações e pela conservação do material didáctico de uso
comum; garante o abastecimento regular da escola em artigos e bens de consumo.
13

 Tarefas pessoais: Assegura a organização e controlo dos processos individuais dos


professores, alunos e restantes trabalhadores; executa os aspectos burocráticos inerentes à
contração e admissão de pessoal; mantém o controlo de todos os registos relativos à
situação laboral do pessoal; controla a assiduidade e pontualidade do pessoal
 Tarefas financeiras: Prepara e apresenta o projecto do orçamento anual da escola,
seguindo orientações superiores; garante a execução do orçamento e receita da escola,
prepara e apresenta periodicamente o processo de contas de acordo com as normas em
vigor; zela pelo cumprimento dos prazos de processamento e de pagamento dos salários
na escola; gere a conta bancária da escola, fazendo depósitos e levantamentos e assinando
os respectivos cheques com o Director da escola.

6. Funcionamento da Secretaria

A secretaria da escola é o local onde dá entrado de todo expediente referente a escola e aos seus
utentes. Cabe ao Director da Escola a tarefa de organização, coordenação e supervisão do seu
bom funcionamento (CHAMBEL 1997).

O pessoal afecto à secretaria deve pautar pelo cumprimento rigoroso dos dispositivos que
regulam o funcionamento da Administração Pública, como é o caso da Lei 30/2001.

É o sector responsável pelos serviços destinadas a manter os registos, os arquivos de


documentação dos alunos e dos funcionários, comunicados e expedições para apoiar o
desenvolvimento do processo escolar, dando valor legal a toda a documentação.

Conteúdo dos Arquivos da Escola


 Livros de registo de matrícula;
 Listagem de alunos, pautas;
 Cheques;
 Actas de reuniões;
 Livro de transferências;
 Livro de protocolos;
 Livro de ponto dos funcionários;
 Livro de requerimentos;
14

 Livro de ofícios (que informam pais, alunos e órgãos responsáveis);


 Livros de controlo bancário;
 Processo de contas,
 Livro de remessas, circulares e comunicados internos e outros controles que cada
instituição particularmente decide manter.

6.1.Organização dos processos


Os processos dos alunos, professores e trabalhadores não docentes, devem estar organizados de
forma mais simples que facilite a sua consulta. Estes devem ser actualizados de forma
permanente, sempre que alterar algum dado (CARDOSO 1997).

Os processos de alunos que concluírem o seu nível académico ou desistam, deverão ser
guardados em lugar devidamente identificado, indicando espaço temporal em que o mesmo
esteve a frequentar nesta instituição.

Organização do Processo Individual (Prof. e Pessoal não docente)


Lista de documentos que devem constar no processo individual

 Despacho de afectação ou colocação;


 Tipo de vínculo;
o Efectivo;
o Contratado;
 Certidão de nascimento ou BI (fotocópia);
 2 Fotografias tipo passe;
 Certidão de registo criminal;
 Certidão de aptidão física;
 Certificado de habilitações literárias;
 Declaração sob compromisso de honra;
 Nomeação provisória;
 Nomeação definitiva;
 Tipo de contrato;
 Nomeação em comissão de serviço;
15

 Última evolução na carreira profissional com comprovativo de cadastro;


o Promoção;
o Progressão;
o Mudança de carreira;
 Declaração confidencial;
 Fichas de Avaliação de desempenho;
 Certidão de contagem de tempo;
 Curriculum vitae;
 Certificados de participação em cursos de curta duração.

6.2.Organização do Processo Individual do Aluno

No processo do aluno deve conter:

 Fotocópias de documento (s) de identificação;

 Fotocópias de certificados de habilitações literárias dos níveis concluídos;

 Registo do aproveitamento;

 Requerimentos diversos e respectivos despachos;

 Folhas de justificação de faltas;

 Atestados diversos da sua situação sanitária ou social;

 Fotografias tipo passe;

 Boletim de matrícula ou inscrição com todos dados preenchidos.

7.Documentos normativos
 Constituição da República de Moçambique (CRM);
 Lei de trabalho (LT);
 Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado (EGFE);
 Regulamento Interno da Escola (RIE);
 Regulamento Geral do Ensino Básico (REGEB).
16

8.Vertentes da Gestão Escolar


As vertentes da gestão escolar são: Gestão Pedagógica, Gestão Administrativa (recursos
humanos, materiais e financeiros), e Gestão de Espaços.

Gestão Pedagógica
Segundo BRITO (1994, p.21), esta é a área mais importante da gestão escolar. Ela enquadra
todas as actividades, projectos, recursos e serviços relacionados com o ensino e a educação.
Defende que os gestores devem realizar as seguintes acções: “tratamento da reflexão ou
enquadramento de questões como relações interpessoais, métodos de ensino, processo de ensino-
aprendizagem, actividades curriculares e extra-curriculares; a gestão de apoio acrescido,
problemas disciplinares; as actividades consequentes da “gestão do aluno”, nomeadamente,
Direcção de Turma.
Avaliação escolar e também todas as actividades relativas à melhoria da qualidade de ensino que
passem pela formação docente, formalizados no projecto educativo, no plano anual de
actividades e em regulamentos próprios elaborados pela escola.

Gestão Administrativa
Segundo Brito (1994), os gestores escolares deverão preocupar-se com as seguintes actividades
administrativas:
 Diversificar as tarefas entre todos os funcionários administrativos, promovendo uma
rotatividade periódica e constante dos serviços entre os trabalhadores;
- Promover acções periódicas e diversificadas de formação profissional, relações interpessoais e
atendimento público;
 Valorizar os serviços administrativos pela introdução de competências que visem a
satisfação dos funcionários e pelo reconhecimento de serviços públicos prestados;
 Delimitar bem as áreas de actuação dos serviços em consonância com os órgãos da escola
e entre áreas de serviço administrativo;

 Definir, com clareza, as competências e dependências das áreas de serviço administrativo


e sua relação entre funcionários e utentes da escola; e
 Modernizar as condições físicas e materiais, racionalizando as actividades correntes da
administração, pela introdução de meios informáticos e respectivas acções de formação.
17

Gestão de Recursos Humanos


De acordo BRITO (1994) argumenta que o “fundamental numa escola assim como numa
empresa é que os seus recursos humanos agrupados em serviços, órgãos de gestão ou de apoio,
associações ou turmas, independentemente dos seus antecedentes, capacidades e interesses
pessoais, sejam coordenados na procura de metas comuns.”
Quanto melhor forem articulados os recursos, a escola poderá enfrentar os desafios e
oportunidades que se lhe colocam com mais facilidades.

A gestão dos recursos humanos tem por função melhorar os recursos humanos em si e melhorar
o funcionamento dos serviços, órgãos ou associações (BRITO, 1994).

Gestão de Recursos Materiais


A escola deve angariar recursos de qualidade e em quantidade necessária ao funcionamento
eficiente da mesma. Numa escola, os recursos materiais podem classificar-se em fixos e móveis,
podendo ambos ser de longa duração ou de curta duração (BRITO, 1994).

Segundo VALERIAN (1993), os materiais de longa duração (fixos ou móveis) são os que
requerem inventariação, como as maquinarias, equipamento audiovisual, ferramentas eléctricas,
mobiliário escolar, prateleiras, electrodomésticos, computadores. Os recursos materiais de curta
duração são os que têm duração limitada e correspondem a todos os artigos de uso corrente e de
durabilidade reduzida. Tais artigos podem ser apagadores, giz e outros. A existência dos recursos
materiais deve ser proporcional às necessidades de utilização na escola.

8.1.As Fontes dos Fundos Escolares


Segundo o SECRETARIADO DA COMMONWEALTH (1993), as fontes dos fundos escolares
podem classificar-se em três categorias principais, a saber: pais, governo e grupos da
comunidade.

Pais
 Pagamento das propinas do ensino oficial;
 Pagamento das contribuições da Associação de Pais e Professores(APP);
18

 Pagamento duma quota específica para um projecto de construção de casas para


professores e outras construções necessárias à escola;
 Contribuição dos pais com o seu tempo e habilidades para uma série de actividades desde
o trabalho de construção até a prática de desporto;
 Pagamento a professores por aulas extras, treinos, deveres especiais e assistência médica
geral;
 Pagamento para recursos, tais como, textos de apoio, cadernos, materiais para escrever,
uniforme escolar, carteiras, cadeiras, biblioteca e contribuições de desporto
 Pagamento para assistência das crianças, podendo ser em dinheiro para transporte,
refeições escolares e para caução.

O Governo
O governo assiste as escolas financeiramente de várias formas (SECRETARIADO DA
COMMONWEALTH, 1993). Tais formas incluem:
 Pagamento de bolsas de estudo para escolas;
 Pagamento de salários de professores;
 Assistência às escolas para estabelecer projectos que gerem dinheiro dando assistência
técnica, incluindo materiais e equipamento;
 Financiamento de construção e reabilitação de planta da escola;
 Contribuição indirecta para cada escola, tendo em vista a formação de professores,
preparação de programas e materiais e provendo inspectores.

Grupos da comunidade
Os grupos da comunidade estão muitas vezes entre as fontes chave de fundos para as escolas.
Eles são mobilizados para realizar actividades definidas pelos líderes de comunidade, tais como,
chefes locais.
Existem muitas escolas, nos países em desenvolvimento, que foram construídas por grupos de
comunidade (SECRETARIADO DA COMMONWEALTH, 1993, p.6).

As actividades por eles desenvolvidas incluem:


 Mobilização dos grupos comunitários em projectos de desenvolvimento;
19

Angariação de fundos para escolas individuais na área;


 Envolvimento de grupos da comunidade e antigos estudantes em projectos de auto ajuda
com o propósito de gerar fundos;
 Colecta de impostos de educação aos membros da comunidade.

9.Características de um Líder Eficaz


Segundo ROBBINS et al., (1994) defende que as características abaixo descriminadas tornam
um líder eficaz:
Conseguir que o trabalho seja correctamente executado;
 Demonstrar interesse pessoal pelos problemas dos seus subordinados;
 Desenvolver um bom trabalho de equipa;
 Fazer com que os outros o percebam como um bom companheiro;
 Inspirar confiança nos subordinados;
 Ser bondoso, mas sem aparentar fraqueza;
 Liderar e não comandar;
 Ser capaz de resolver e enfrentar corajosamente os problemas;
 Resolver os problemas que lhe são apresentados pelo
 Subordinados, mesmo os que aparentam ser mesquinhos;
 Repreender de maneira adequada;
 Ter coragem e força de vontade;
 Possuir uma mente flexível;
 Ter conhecimentos, ética e integridade.
20

10.Conclusão

Contudo, é necessária uma gestão eficiente do tempo utilizado conforme as solicitações


cotidianas, evitando atrasos e processos mal planejados. Ou seja, a Gestão de Eficiência é
responsável por tornar os procedimentos menos burocráticos e mais efetivos, e isso é feito pelo
planejamento e controlo das actividades desenvolvidas na instituição.

Diante de tantas funções e atribuições, nota-se que o gestor escolar deve agir como líder,
pensando no progresso de todos que fazem parte de sua equipa.

Para conduzir sua equipa, o gestor competente sempre tem um propósito a ser concretizado e
uma estratégia de acção para conquistar seus objectivos. Esse é o ponto de partida para que as
acções da equipa escolar sejam bem sucedidas e quando uma de suas estratégias falha, o gestor
escolar incentiva sua equipa a descobrir o que é necessário fazer para dar um passo adiante.

O gestor escolar deve ter consciência de que sua equipa não limita-se a alunos, professores e
demais funcionários internos da instituição. A equipa escolar é composta também pelos pais dos
alunos e por toda a comunidade de forma geral, que deve ser mobilizada para que juntos possam
promover o principal objectivo de toda equipa escolar: a aprendizagem dos alunos.

Quanto maior for a escola e mais complexo for o seu ambiente, mais árdua se torna a tarefa do
director para desincumbir-se de seu papel.

Para uma gestão escolar participativa, é necessário ter em conta as principais estratégias
participativas do desenvolvimento de pessoal tanto para os professores, assim como para os
gestores, devem ser envolvidos na concepção de programas de desenvolvimento de pessoal.
21

11. Bibliografia

BILHIM, J. (2000). Ciência da Administração. Lisboa, Universidade Aberta.

ROBBINS, et al, (1994). Leadership in Organisational behaviour: Concepts, Controversies and


applications. Sydney: Prentice Hall.

BAPTISTA, I. (2003). Retirado no dia 05 de Fevereiro de 2007. Ética e Organização Escolar, de


http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=2337.

MEGGINSON, et al, (1998). Administração: Conceitos e Aplicaçoes. 4a Edição. Brasil, Editora


Harbra Ltda.

Ministério da Educação e Cultura, (2005b). Manual de Apoio ao Conselho de Escola. Maputo,


MEC,

Ministério da Educação e Cultura, (2005: 9). Manual de Apoio ao Conselho de Escola. Maputo,
MEC.

SECRETARIADO da COMMONWEALTH, (1993). Módulo Um: Auto desenvolvimento para


Gestores Educacionais. Maputo, Ministério da Educação.

TEIXEIRA, S. CARDOSO, L. (1997-1998). Gestão Estratega das Organizações: ao encontro


do 3º milênio. Lisboa, Editorial, Vervo,.ganizações. Lisboa: McGraw-Hill.

VALERIAN, J. E DIAS, J. (1993). Gestão da Escola Fundamental. São Paulo, Editora Cortez.

Você também pode gostar