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aARTE E COMUNICAÇÃO

Este documento discute a comunicação nas artes visuais. Resume três pontos principais: 1) A arte visual é uma forma de linguagem que transmite informações ou mensagens, assim como outros meios de comunicação. A arte permite que observadores criem imagens e reflexões. 2) A teoria da comunicação estuda quantitativamente as mensagens e a capacidade de transmissão de informações em diferentes canais. A comunicação artística pode ser vista como uma forma de comunicação em massa. 3) Os componentes chave da teoria da comunicação inclue
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aARTE E COMUNICAÇÃO

Este documento discute a comunicação nas artes visuais. Resume três pontos principais: 1) A arte visual é uma forma de linguagem que transmite informações ou mensagens, assim como outros meios de comunicação. A arte permite que observadores criem imagens e reflexões. 2) A teoria da comunicação estuda quantitativamente as mensagens e a capacidade de transmissão de informações em diferentes canais. A comunicação artística pode ser vista como uma forma de comunicação em massa. 3) Os componentes chave da teoria da comunicação inclue
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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DA PROVÍNCIA DO BENGO
COMPLEXO ESCOLAR MISSIONÁRIA Nº 307 – CAXITO

TRABALHO DE
E.V.P
A COMUNICAÇÃO NAS ARTES
PLÁSTICAS

NOME: LUZIA MUSSUNDA MIGUEL

O DOCENTE
___________________________

ANO LECTIVO 2020/2021


COMPLEXO ESCOLAR MISSIONÁRIA Nº 307 – CAXITO

Trabalho de E.V.P
A COMUNICAÇÃO NAS ARTES
PLÁSTICAS
NOME: LUZIA MUSSUNDA MIGUEL
CLASSE: 9ª
Nº: 29
SALA: 20
TURMA: D
PERÍODO: TARDE

O DOCENTE
___________________________

ANO LECTIVO 2020/2021


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................1

2. A COMUNICAÇÃO NAS ARTES VISUAIS......................................................2

2.1. Comunicação e Informação.......................................................................3

2.1.1. OS COMPONENTES DA TEORIA DE COMUNICAÇÃO..........................4

2.1.2. Esquema do processo de comunicação.................................................4

2.1.3. Elementos que influem na efectividade da Comunicação......................7

2.1.4. A importância a comunicação visual.......................................................9

4. CONCLUSÃO.................................................................................................13

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................14
1. INTRODUÇÃO

A Comunicação, é um conjunto de princípios, conceitos, leis e regularidades


que servem de base ao estudo da comunicação como um processo social existente
na espécie humana.

A teoria da comunicação surgiu vinculada ao mundo capitalista no fim da


primeira metade do século XX, mais propriamente nos Estados Unidos, por volta de
1948, a partir de estudos matemáticos que permitiram formular a "Teoria da
Informação" de Claude Shannon e cibernéticas de Norbert Wiener.

Como vimos nas classes anteriores, a arte visual é uma forma de linguagem
que passa uma informação ou uma mensagem tanto quanto qualquer outro meio de
comunicação e informação, é por isso que os alunos têm que conhecer a arte como
uma experiência de aprendizagem ilimitada, na qual todos, que observam na
dimensão onírica, na comunicatividade das formas, dos traços, das cores, das
sobreposições das tintas nos induz a criar imagens para que possamos reflectir em
que mensagem possa-se transmitir.

Deste modo, a educação plástica (ou trabalhos manuais), a educação musical


e educação visual e tecnológica são algumas das disciplinas que formam a
educação artística, uma cadeira que não costuma receber grande atenção nos
programas escolares.

1
2. A COMUNICAÇÃO NAS ARTES VISUAIS

Trata-se de todo tipo de comunicação que utiliza elementos visuais como


forma de linguagem, tais como: desenhos, imagens, gráficos, vídeos, fotos, entre
outros. O uso de imagens, em alguns casos, é mais eficaz e impactante que o uso
da linguagem escrita.

A arte visual é uma forma de linguagem que passa uma informação ou uma
mensagem tanto quanto qualquer outro meio de comunicação e informação, é por
isso que os alunos têm que conhecer a arte como uma experiência de aprendizagem
ilimitada, na qual todos, que observam na dimensão onírica, na comunicatividade
das formas, dos traços, das cores, das sobreposições das tintas nos induz a criar
imagens para que possamos reflectir em que mensagem possa-se transmitir.

A teoria da informação dedica-se ao estudo quantitativo das mensagens,


assim como a capacidade de transmissão ou a densidade de informação
transmissível em cada canal determinado.

A teoria da comunicação tem relação com várias ciências tais como a


linguística a semiologia, psicologia, sociologia a cibernética, etc. A teoria da
comunicação tinha como objectivo fundamental nos seus inícios, a avaliação das
emitidas num público determinado, a eficiência na transmissão, recepcção da
mensagem em termos de objectividade da informação e de custos, menor perda de
significados, etc.

Pode-se considerar que a comunicação e a informação artística é uma forma


de comunicação de massas. O artista (nesse caso o emissor) não dirige a sua
mensagem a um indivíduo em específico, mas sim a vários indivíduos, o que faz
com que de certa forma essa seja uma comunicação anônima. É então dessa forma
que se pode enunciar o processo de comunicação artística.

Mas há outro processo de comunicação, talvez mais difícil de analisar, mas


igualmente de grande importância, que é o processo de criação artística: criação da
obra de arte na qual o autor comunica consigo próprio e com tudo o que o rodeia,
com o meio cultural e social no qual se insere para justificar a sua produção. Antes

2
de focar o que poderá ser o processo de criação artística na arte de Internet, é
necessário compreender o mesmo de uma forma generalizada.

As artes plásticas surgiram na pré-história. Existem diversos exemplos da


pintura rupestre em cavernas. Até os dias atuais há sempre uma necessidade de
expressão artística utilizando novos meios. O surgimento das artes plásticas está
directamente relacionado com a evolução da espécie humana.

As formas artísticas de se comunicar são reais, estão diariamente presentes


em nossas rotinas (mesmo que não percebamos) e presentes desde as mais
remotas épocas históricas. Muito antes da invenção da escrita, os homens pré-
históricos se comunicavam e registravam suas vivências e lembranças através da
arte rupestre, fazendo desenhos nas paredes das cavernas. No Egito antigo essa
prática também era muito comum, e através dos símbolos registrados nos
sarcófagos é possível apreender muito de sua visão de mundo e seus costumes.

A arte comunica o tempo todo, e muitos artistas colocam nela um tom


bastante social, político e até revolucionário – além, é claro, de estético. A estética,
dentro da filosofia, é a disciplina que se dedica a estudar e compreender o mundo
através de seus aspectos sensíveis e menos obviamente tangíveis. O senso estético
é a capacidade de julgar, raciocinar e decidir o que é belo e agradável aos sentidos
humanos e ele está diretamente ligado com as áreas e produções artísticas.

As expressões artísticas precisam de mais protagonismo na formação de


nossos alunos, parar de serem tratadas apenas como momentos de pausa ou
diversão, porque a prática artística contribui totalmente para a expressão da
personalidade, a formação do caráter e a estruturação do pensamento do indivíduo.

2.1. Comunicação e Informação

Na disciplina de Educação Visual e Plástica, podemos dizer que a arte é uma


forma de comunicação. Sempre foi e sempre será. Nesse âmbito, a relação entre
arte e comunicação poderá ser estudada de muitas formas. Mas uma das que se
caracteriza como de grande relevância, e em específico na relação actual da arte
com as novas tecnologias, é o processo de criação artística.

É isso que se pretende desmistificar. Deve-se entender o processo de


criação artística em uma forma generalizada, e apresentar as diferenças no que diz
3
respeito à criação artística no contexto da rede de Internet, e em específico na arte
de Internet. Existe uma estreita ligação entre arte e comunicação. Caso seja
ponderada a função da arte ao longo dos tempos, e remetidos ao início da
expressão artística (e ao início do próprio homem), com a Arte Rupestre, consegue-
se compreender que essa sempre foi um dos principais elementos da comunicação
humana.

Comunicação: Acção e efeito de comunicar ou comunicar-se. Transmissão da


informação no seio do grupo, considerada em suas relações com a estrutura deste
grupo. Conjunto de técnicas que permitem a difusão de mensagens escritas ou
áudios-visuais a uma audiência vasta e heterogénea.

Informação: Acção e efeito de informar (=dar a alguém notícia de alguma


coisa). Conjunto de notícias ou informe.

– A informação aumenta o conhecimento, comunica novidades.

Desta maneira podemos dizer que a informação complementa a comunicação


já que o que se comunica é informação nas mensagens, com o que a comunicação
dá um passo a mais nas relações entre os empregados já que provoca
comportamentos mediante a criação de expectativas, entre outros.

2.1.1. OS COMPONENTES DA TEORIA DE COMUNICAÇÃO


Constituem componentes da teoria de comunicação os elementos que, em
princípio, intervêm em qualquer processo de comunicação, quer seja visual, sonoro,
gestual, escrito ou áudio visual etc.

Existem, portanto, oito partes ou componentes que, geralmente, intervêm em


qualquer processo de comunicação e que devem ser tidos em conta para uma
comunicação mais eficiente, são eles:

Emissor ou fonte, receptor ou destinatário, mensagem, codificação,


descodificação, canal, retroalimentação ou feed-back e ruído.

2.1.2. Esquema do processo de comunicação

Codificação Ruído Descodificação

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Emissor Mensagem Receptor

Retroalimentação ou Feedback

1. EMISSOR: Consiste na pessoa, instituição ou grupo de indivíduos que


proporciona e este interessado em transmitir uma informação determinada,
que deve em princípio ser recebida e percebida por outros.

Exemplo: Um jornalista, um escritor, um artista plástico, um professor, uma agência


de notícias, um governo, etc.

2. MENSAGEM: É o conteúdo da comunicação, que deve estar constituído com


verdadeiras informações, ou seja, conteúdos novos que sejam significativos e
de interesse para o sujeito receptor.

Tal como abordámos na classe anterior, esta é o conteúdo da comunicação e


deve ser constituída por verdadeiras informações, ou seja, conteúdos novos
que sejam significativos e de interesse para o sujeito receptor.

Esta mensagem deve ser bem preparada para ser bem recebida e, para tal,
uma das condições que devem ser tidas em conta é a selecção do canal
correcto para a transmissão de uma determinada mensagem.

Exemplo: Uma figura que reflicta uma mensagem (Exemplo perigo de minas).

3. CANAL: É O suporte da informação, é o veículo portador da mensagem, que


pode ser a voz humana, o cinema, a televisão, o jornal, a rádio, uma revista,
um panfleto ou pôster, a Internet ou uma obra de arte.

O canal deve ser o mais adequado possível para que a mensagem seja
transmitida da maneira mais eficiente possível, já que para cada mensagem existe
um determinado canal mais apropriado para a sua transmissão. A adequação do
canal torna a mensagem mais eficiente e, portanto, com menor probabilidade de
degradação ou perda de signos durante a sua transmissão, o que possibilita a sua
percepção da maneira mais correcta possível.

Mas, para a percepção e compreensão de uma mensagem da forma mais


correcta possível, não intervém somente o canal de comunicação, já que o código
que o emissor vai empregar também constitui um elemento muito importante.
5
Tal como vimos na 8.a classe, código é um conjunto de signos e regras para
utilização, formando um sistema específico de acordo com o tipo de signos que
utiliza. Este sistema é que torna possível o entendimento entre os seres humanos no
processo de interacção social conhecido como comunicação. Cada língua falada
constitui um código, neste caso oral, cada língua escrita constitui um código, neste
caso específico escrito, diferente do seu equivalente no âmbito oral.

Embora tenham os mesmos referentes, cada linguagem de gestos constitui


um código gestual e cada tipo de linguagem visual, quer seja gráfica ou artística,
constitui um código visual. Todos estes exemplos mencionados anteriormente
constituem exemplos de códigos, embora sejam em si sistemas distintos de acordo
com o tipo de signo e a sua expressão ou forma concreta, quer dizer, o seu
significante. Portanto, o componente da teoria da comunicação relacionado com os
códigos é a codificação.

Exemplo: Uma pessoa, uma carta, televisor, telefone, rádio, etc.,

1. CÓDIGO: É um conjunto de signos e regras para a sua utilização, formando


um sistema específico de acordo ao tipo de signos que utiliza. Este sistema é
que torna possível o entendimento entre os seres humanos no processo de
interacção social, conhecido como comunicação.
2. Codificação: É um processo através do qual o emissor estrutura a
mensagem, a partir de um código determinado, para que possa ser
compreendida pelo sujeito receptor.

Para a preparação ou codificação da mensagem o sujeito utiliza os seus


conhecimentos, tanto os relacionados com as características do canal que vai
empregar, como os relacionados com o receptor ao qual se vai dirigir, tais
como cultura, linguagem, contexto, localização, limitações específicas, etc.

Se o receptor não maneja bem o código utilizado pelo emissor, a mensagem


pode não ser compreendida da forma mais correcta possível, sendo, por isso,
necessário que ambos usem de maneira fluida o código que empregam na
comunicação.

No entanto, o código empregue para a comunicação entre estes dois


componentes é da inteira responsabilidade do emissor, já que este deve
6
preparar a mensagem conhecendo a priori os códigos que o seu receptor
utiliza.

Se o receptor não maneja nem conhece o código empregue pelo emissor não
pode haver comunicação porque nesse caso existe um componente que vai
falhar. Esse componente é a descodificação.

3. DESCODIFICAÇÃO: É O processo inverso da codificação, no qual o sujeito


que recebe a informação procede à sua decifração para "entender" a
mensagem que acaba de receber. Esta operação implica para a sua
efectividade algumas condições e que são:
 Receber com clareza todos os signos emitidos;
 Conhecer plenamente o significado de cada um dos signos recebidos;
 Compreender o sentido exacto da estrutura destes signos.

A descodificação depende muito do momento em que um signo é


descodificado; cada mensagem pode ser interpretada de maneira diferente,
dependendo de um conjunto de factores ambientais, contextuais e emocionais em
que se desenvolve a comunicação.

4. RUÍDO: São todos aqueles factores que afectam uma boa recepção e
compressão da mensagem.
5. RETRO ALIMENTAÇÃO OU FEED BACK: É geralmente considerada como
a informação de retorno ao emissor, necessária ao processo de comunicação.

RECEPTOR OU DESTINATÁRIO: É o indivíduo ou grupo que recebe a informação.

 Ex: Figura de uma pessoa a receber uma carta.

2.1.3. Elementos que influem na efectividade da Comunicação

A comunicação como fenómeno social e puramente humano manifesta-se


num contexto social com determinadas características, matarias e espirituais, que
podem ser ou não conscientemente, controladas pelos indivíduos, que geralmente
denominam-se como objectivos e subjectivos.

Estes são:

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A intensidade, as cores, o contraste, a novidade, a surpresa, a redundância, o
contexto, a experiência do sujeito, a motivação, as convicções, os preconceitos, a
persuasão, e a sugestão.

 Novidade: É a concepção da mensagem de uma maneira inovadora, ou seja,


totalmente nova e que constitua uma inovação.
 Ex: Figura de uma pessoa a receber uma novidade.
 Surpresa: É a introdução de uma proposta que resulta inesperada para o
receptor, essa não se deve confundir com a novidade.

Ex: Figura de uma pessoa que manifeste uma surpresa.

 Redundância: É um recurso usado para complementar, contribuir com


informações suficientes para compensar as perdas de conteúdo na
mensagem transmitida.

Ex:

 Contexto: são as características que constituem as condições ambientais,


quer sejam físicas, geográficas, sócias ou psicológicas, onde se desenvolve a
comunicação. O contexto pode elevar e melhorar ou degradar e piorar a
efectividade de uma mensagem.
 Experiência do Sujeito: A experiência prévia do sujeito receptor ou emissor
de qualquer mensagem influi em grande medida no processo de
comunicação, porque, de acordo com ela, cada sujeito interpreta os signos
com uma carga emocional quando estes têm alguma relação com o seu
passado, convertendo-se em signos com certa conotação para o sujeito.

Ex:

 Motivação: É uma disposição ou predisposição do sujeito a favor de uma


determinada situação que ele deseja. A motivação pode ser intrínseca ou
extrínseca.

Ex:

 Convicções: São sustentações firmes e conscientes de uma ideia, valor,


critério ou postulado como verdadeiramente correctos e validos.

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 Preconceitos: Constituem uma barreira psicossocial do indivíduo à
assimilação de certas mensagens.

 Persuasão: É um recurso usado para convencer um indivíduo, a respeito de


uma ideia que lhe queremos comunicar, quer seja directamente no plano
pessoal, quer seja através de um mecanismo de comunicação de massas.

 Sugestão: É a apresentação de evidências e argumentos que de maneira


democrática tratam de convencer o receptor, ou seja é um modo de
influenciar um indivíduo ou grupo deles, para uma percepção não critica da
informação.

2.1.4. A importância a comunicação visual

A comunicação visual é a forma como a empresa se apresenta ao mercado e


sociedade. De forma mais detalhada, é o conjunto de elementos visuais (formas,
cores, símbolos, letras, etc) desenvolvidos especialmente para criar uma identidade
para a sua marca e diferenciá-la no mercado.

A arte chega ao mundo das mais diversas formas. É um distintivo cultural que
carateriza e formula aqueles que nascem nesta ou naquela comunidade.
Influenciados pelas obras dos mais vários artistas, nasce esta forma de chegar ao
outro. Uma forma mais simples, colorida, mas que, não obstante, dá também origem
a ambiguidades. As interpretações são várias e inconstantes, originando uma paleta
de visões diferenciadas. Umas mais racionais, outras mais emocionais.

É esta variedade que é produzida pela arte e que a linguagem muitas vezes
não consegue. O discurso escrito e falado não consegue chegar lá por si só. Precisa
de atrair, de trazer para junto de si aquele que é o seu interlocutor. Mesmo que não
ouça, vê e sente. O sentimento nunca foge. Deixa-se estar e agrada pela
experiência que regala a sua vista.

No entanto, e aquilo que fica para o foro interno, a arte é também meio que se
expressa para o artista em si. É a forma que ele encontra para desbobinar tudo
aquilo que sente. É um método que usa para se reencontrar e acertar aquilo que em
si milita com as contas das representações.

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Dando contornos e cores às coisas que sente, talvez facilite aquilo que é o
cruzamento dos mundos em que participa. Também o artista precisa de
esclarecimento para conferir realidade ao que mais lhe lateja na sua personalidade
artística. É a forma de dar forma para em si se formar.

Completa a sua formação pessoal naquilo que consagra no que faz. É o


passo final que se inicia na carreira do que pinta, do que esculpe, do que engenha,
do que concebe, do que visualiza. Acima de tudo, naquele que se inspira e que
sonha. O sentimento é o motor da razão, por muito que o contrário pareça estar
confirmado e consolidado.

O que se repercute daquilo que o artista constrói é a empatia. Há muitos que


se comovem, compreendendo aquilo que é expresso pela criação. Existe desde logo
uma associação entre o criador e o apreciador, entre o artista de membros com o
artista de mentes, dando largas à sua imaginação na construção de uma
interpretação e na formalização de uma apreciação.

Esta ligação nunca se quebra desde que é iniciada porque uma obra não se
esquece. É das tais que se entranha no sentimento e que de lá não sai. É um dos
elementos que faz parte de uma autêntica galeria de arte que se vai organizando no
memorial de cada um.

A expressão da arte não se limita àquilo que fica na tela ou na figura. A


expressão artística fica armazenada também em todo o seu amante, em todo aquele
que se declara sintonizado com a mensagem do artista.

Tudo isso é comunicação. Um valiosíssimo meio de comunicação. Tudo isso


é uma forma mais ou menos discreta de fazer passar a mensagem que o criador
pretende. Também este é um orador, embora recorrendo ao símbolo da imagem na
arte da sua retorica.

A visão é despertada, assim como uma vontade visceral de dar uso ao tato.
Embora nem sempre seja possível este toque, a emoção promovida por ambas as
partes da criação artística engole por completo a vontade de sentir com a ponta dos
dedos e a palma das mãos.

O coração sente-se realizado. Quando isto acontece, pouco mais pode ser
exigido. É desfrutar de uma mensagem que é enviada num certo dia e que chega
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sem destino, muitas vezes de surpresa. Uma comunicação que fica e que ruma ao
conforto do eterno.

Portanto, a arte é um poderoso meio de comunicação. São as cordas vocais


que o artista preservou para desgastar todos os seus membros, desde os nervosos
até aos motores, para dar forma e significado àquilo que produz.

A partir desta construção, aparente contextualizada ou não, originou uma


mensagem. O típico ditado que afirma que “uma imagem vale mais do que mil
palavras” assenta que nem uma luva naquele que capta a objetividade subjetiva da
criação artística. Apresenta-se uma dialética que converge aquele que fomenta o
amor e o que ama. A arte tem o dom de, para além de emitir tanto quanto as
palavras, arrecadar o sentimento.

Artes plásticas são formas de expressão criadas pelo ser humano por meio do
manuseio de diversos tipos de materiais. Atualmente, a arte é utilizada das mais
diversas maneiras, tanto para expressar emoções, sentimentos e desejos do artista,
como para censurar ou criticar temas polêmicos em voga.

A arte comunica o tempo todo, e muitos artistas colocam nela um tom


bastante social, político e até revolucionário – além, é claro, de estético. A estética,
dentro da filosofia, é a disciplina que se dedica a estudar e compreender o mundo
através de seus aspectos sensíveis e menos obviamente tangíveis.

No entanto, uma obra de arte transmite uma ideia, um sentimento, uma


crença ou uma emoção. Enquanto atividade, a arte é uma criação humana com
valores estéticos conquistados a partir de um conjunto de técnicas. Para o filósofo
grego Aristóteles (384-322 a.C.), a arte imita a natureza (mímesis), mas também, por
vezes, a completa.

Arte é uma forma de o ser humano expressar suas emoções, sua história e
sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. A
arte pode ser representada através de várias formas, em especial na música, na
escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre outras.

Após seu surgimento, há milhares de anos, a arte foi evoluindo e ocupando


um importantíssimo espaço na sociedade, haja vista que algumas representações
da arte são indispensáveis para muitas pessoas nos dias atuais, como, por exemplo,
11
a música, que é capaz de nos deixar felizes quando estamos tristes. Ela funciona
como uma distração para certos problemas, um modo de expressar o que sentimos
aos diversos grupos da sociedade.

Para tal, muitas pessoas dizem não ter interesse pela arte e nem por
movimentos ligados a ela, porém o que elas não imaginam é que a arte não se
restringe a pinturas ou esculturas, também pode ser representada por formas mais
populares, como a música, o cinema e a dança. Essas formas de arte são praticadas
em todo o mundo, em diferentes culturas. Enfim, actualmente a arte é dividida em
clássica e moderna e qualquer pessoa pode se informar sobre cada uma delas e
apreciar a que melhor se encaixar com sua percepção de arte.

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4. CONCLUSÃO

Contudo, a educação artística reproduz, portanto, os parâmetros artísticos da


sua época ao divulga-los entre os alunos. Porém, o seu objectivo não deve ser a
cópia nem a imitação, mas o desenvolvimento da individualidade de cada estudante.
A educação tem de fornecer as ferramentas necessárias para que o sujeito trabalhe
com elas e possa explorar o seu potencial.

A Educação Visual e Plástica constitui-se como uma área de saber que se


situa na interface da comunicação e da cultura dos indivíduos tornando-se
necessária à organização de situações de aprendizagem, formais e não formais,
para a apreensão dos elementos disponíveis no Universo Visual. Desenvolver o
poder de discriminação em relação às formas e cores, sentir a composição de uma
obra, tornar-se capaz de identificar, de analisar criticamente o que está representado
e de agir plasticamente são modos de estruturar o pensamento inerentes à
intencionalidade da Educação Visual como educação do olhar e do ver.

A noção de arte evolui ao longo do tempo; posto isto, a educação artística


deve adaptar-se a estas modificações. Outrora, por exemplo, a arte tinha
especialmente uma função ritual e mágica, algo que foi perdendo com o passar dos
séculos. A educação artística é, portanto, o método de ensino que ajuda a pessoa a
canalizar as suas emoções através da expressão artística. Neste sentido, este tipo
de educação contribui para o desenvolvimento cultural do homem.

Assim, a produção e a organização da comunicação e informação na arte


visual exercem uma forte influência no ensino-aprendizagem do aluno, pois
sabemos que em todo âmbito social há uma abordagem sequencial de imagens que
nos induzem, nos intencionam e nos propõem a algo, porque somos alienáveis, e
baseando nessa observação é que acreditamos no aprendizado lúdico nas obras
pictóricas e no desenvolvimento cognitivo dos jovens.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. BERGER, René. Arte e Comunicação. São Paulo: Ed. Paulinas, 1977, trad.
João Pedro Mendes, 180 p.
2. KELLY, Celso. Arte e Comunicação. Rio de Janeiro: Ed. Agir, 1978, 2ª ed.,
244 p.
3. Comunicar e informar. Disponível em: http://site.suamente.com.br/diferenca-
entre-comunicacao-e-informacao/. Acesso aos 20 de Abril de 2016.

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