Aula Hisotira 7 Ano

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A crise do sistema feudal e a centralização do poder real

A partir do século XII, em algumas regiões da Europa Ocidental, transformações sociais e econômicas
permitiram aos reis submeterem os nobres ao poder monárquico e imporem sua autoridade sobre toda
a população. O processo de centralização e fortalecimento do poder real ocorreu de forma gradual, em
razão de diversos fatores, como a expansão do comércio, o crescimento das cidades e o enriquecimento
da burguesia. Sob o domínio do rei, os feudos e condados passaram a compor unidades administrativas
e políticas mais complexas, os Estados nacionais ou modernos. Os nobres tornaram-se parte da corte
real e foram delimitadas as fronteiras e os territórios nacionais.

Características do Estado moderno

Do século XII ao século XV, formaram-se monarquias nacionais em Portugal, Espanha, França e
Inglaterra, principais Estados europeus do período. Os monarcas eram soberanos sobre seu Estado, isto
é, sua autoridade não dependia ou se submetia a nenhuma outra e se estendia a todos que nele viviam.
Assim, uma das principais características do Estado moderno é a autonomia do governante perante as
interferências externas, como as de lideranças religiosas e a influência papal. É possível caracterizar os
Estados modernos, ainda, pela unificação do sistema monetário, pela instituição de leis nacionais, pela
criação e manutenção de exércitos e pela organização da arrecadação de impostos.

Por que “moderno”?

A palavra moderno significa “novo”, “atual”. O surgimento das monarquias nacionais e a configuração
dos Estados europeus foram interpretados por historiadores como uma ruptura com as estruturas e os
valores típicos da Idade Média. Nascia, então, nesse contexto, o que se denominou “modernidade”,
diretamente relacionada aos acontecimentos europeus e restrita à civilização ocidental. Resgatando os
valores da Antiguidade Clássica, a construção da “modernidade” partiu de fundamentos como a
valorização da razão e a afirmação de práticas de cidadania. O Estado típico da modernidade, chamado
Estado moderno, seria, portanto, uma entidade política regida por leis e administrada por funcionários
especializados. O debate em torno do assunto causa controvérsias entre historiadores. Enquanto uns
apontam que há exemplos de estruturas políticas semelhantes aos Estados modernos em momentos
anteriores, questionando assim o marco histórico convencionado, outros apontam que a “modernidade”
é um engano, e o que aconteceu foi uma “longa Idade Média” até o século XVIII.

1. Qual é o significado desta frase: “Os valores modernos foram baseados nos antigos”?

Apesar de se identificar com o “novo”, propondo uma ruptura com o passado medieval, a modernidade
foi construída com base em elementos da Antiguidade Clássica, como a racionalidade, a valorização do
indivíduo, o resgate da noção de cidadania, entre outros.
2. É consensual entre os historiadores que houve uma transição das estruturas medievais para as
modernas? Comente.

Não, há um debate aberto entre historiadores que defendem que as transformações na Europa
causaram um rompimento com as estruturas feudais, enquanto outros afirmam que as permanências
feudais provocaram uma “longa Idade Média”. Isso demonstra que a História está em construção e há
interpretações diversas nem sempre consensuais.

3. O conceito de modernidade pode ser também aplicado para compreender como viviam os povos
não europeus no período? Explique.

Espera-se que os alunos argumentem que o conceito de modernidade foi construído em torno de
processos ocorridos na Europa, portanto, não pode ser universalizável, permanecendo-se restrito à
realidade dos povos europeus.

A monarquia portuguesa quanto a monarquia espanhola se formaram durante as lutas dos cristãos para
expulsar os árabes muçulmanos da península Ibérica. Essas lutas ficaram conhecidas como:

As Guerras de Reconquista se aproximaram do movimento das cruzadas, transformando a A invasão


da Península Ibérica se deu a partir do norte da África durante a também em uma luta religiosa
opondo os cristão e os muçulmanos. de Reconquista foram a criação de dois Estados Nacionais:
Portugal e Espanha

Formação dos Estados modernos europeus

Na Europa Ocidental, os primeiros Estados surgiram ao longo da modernidade. Esses Estados não se
consolidaram do dia para a noite, mas resultaram de um período de grandes mudanças políticas e
sociais.

Reconquista e centralização política na Península Ibérica

Na Península Ibérica, a formação das monarquias nacionais foi um dos resultados da luta dos cristãos
contra os mouros – muçulmanos do norte da África que haviam ocupado a região no século VIII. Nessa
luta, conhecida como Reconquista, os cristãos avançaram sobre os territórios mouros e neles fundaram
vários reinos, entre os quais se destacavam os de Leão, Castela, Navarra e Aragão.

Durante as guerras de Reconquista, o rei de Castela concedeu a Henrique de Borgonha, nobre da região
da França que havia lutado junto aos castelhanos, o governo do Condado Portucalense.

Em 1139, Afonso Henriques, filho de Henrique de Borgonha, proclamou a independência do condado,


que passou a se chamar Reino de Portugal, consolidando a primeira monarquia centralizada da Europa.

A formação precoce do Estado português e de suas instituições possibilitou a facilitação das atividades
comerciais e o fortalecimento da burguesia nacional.

No século XV, os reinos cristãos de Aragão e Castela foram unificados sob a liderança de Fernando e
Isabel, conhecidos como os Reis Católicos. Juntos, reconquistaram Granada, expulsando os mouros de
seu último reduto na Península Ibérica. Nascia, assim, a Espanha moderna.

Por reunir diferentes culturas sob um mesmo governo e território, a imposição da autoridade dos
castelhanos sobre as demais regiões ibéricas causou, ao longo dos séculos, conflitos comuns até hoje em
locais como a Catalunha e o País Basco.

A centralização do poder na França

Na França, o processo de centralização do poder começou no século XII, quando o rei Filipe Augusto, da
dinastia capetíngia, unificou a moeda em todo o território, iniciou a formação de um exército nacional e
adotou outras medidas que favoreciam a burguesia em detrimento da nobreza feudal.

Seus sucessores contribuíram com outras medidas de aceleração do processo de formação do Estado
francês. Entre eles destaca-se Filipe IV, o Belo, que fortaleceu a burocracia do Estado, impôs tributos a
todos os grupos sociais, incluindo a Igreja, e aumentou o número de soldados do exército.

A Guerra dos Cem Anos

Em 1328, Carlos IV, rei da França, morreu sem deixar herdeiros diretos, o que colocou fim à dinastia
capetíngia e provocou um longo período de instabilidade. O rei da Inglaterra, Eduardo III, e Felipe de
Valois, nobre francês sobrinho de Carlos IV, reclamaram o direito ao trono. Embora Felipe tenha recebido
a coroa, Eduardo III proclamou--se rei da França e da Inglaterra em 1337, iniciando uma guerra que se
estendeu por mais de um século (1337-1453). Interrompido por períodos de trégua e recuo de ambas as
partes, o conflito terminou em 1453 com a vitória da França.

A guerra destruiu campos cultiváveis e deixou milhares de mortos em ambos os lados. Para lidar com a
situação de instabilidade, os senhores feudais recorreram ao poder do rei e a seus exércitos,
contribuindo para a consolidação da monarquia nacional francesa.

Inglaterra: os limites do poder real

A declaração de direitos de 1689, Bill of Rights, foi um documento assinado pelo então rei Guilherme II.
Tal declaração foi elaborada pelo Parlamento, e é considerada um dos documentos mais importantes no
que se refere a constituição inglesa.
Ocorreu após as duas revoluções inglesas: A Revolução Puritana e a Revolução Gloriosa. Ambas tinham
por objetivo limitar os poderes dos reis absolutistas na Inglaterra.
Não era mais permitido que a Coroa cobrasse impostos sem que o Parlamento permitisse.
O rei não mais podia intervir nas eleições parlamentares.
O rei não podia suspender leis sem autorização do Parlamento.
Como podemos ver, na Inglaterra o rei teve seu poder restringido pela Magna Carta e pelo Parlamento.
Mas isso não significou ameaça à unidade territorial ou um poder central enfraquecido , muito pelo
contrário. Comandada pelo rei, conforme os limites impostos pelo Parlamento, a Inglaterra tornar-se-ia
um dos países mais poderosos da Europa, a partir do século XVI. Até hoje, a Inglaterra é uma monarquia
parlamentarista.

A Guerra das Duas Rosas

Foi uma guerra ocorrida entre os anos de 1455 e 1485, pela disputa do trono inglês entres duas famílias
nobres britânicas os Lancaster e os York. já que após o fim da guerra dos cem anos o governador da
Inglaterra rei Henrique VI da casa Lancaster começou a apresentar problemas mentais, o que foi
favorável pela disputa do trono. Ricardo duque de York exigiu a renúncia de Henrique VI, e assim teve
inicio a guerra das duas rosas, que durou 30 anos e causou muitas mortes. Com a derrota e morte de
Ricardo na batalha de Bosworth, o novo rei da Inglaterra Henrique VII conseguiu colocar fim ao conflito
militar e a disputa política se casando com Isabel de York unindo assim as duas famílias.

A descentralização na Peninsula Italica

As cidades formavam unidade administrativas independentes e não passaram por processo de unificação
e consolidação de um Estado nacional, tendo permanecido fragmentadas até o século XIX.

Em geral, não, embora em alguns períodos o Sacro-Império e a Península Itálica fossem mais
centralizados que em outros, em geral havia descentralização política na região, com reinos
independentes que orbitavam poderes políticos regionais maiores.

Por causa disto que tanto a Itália quanto a Alemanha se unificaram relativamente tarde, já na segunda
metade do Século XIX, o que atrapalhou o desenvolvimento econômico local e colocou os dois Estados
em situação razoavelmente precária na Europa de então.

O SACRO IMPERIO ROMANO-GERMANICO

O Sacro Império Romano - Germânico foi a união de certas localidades da Europa na Idade Média,
Moderna e Contemporânea, e que estavam sob a autoridade do Sacro Império Romano. As dinastias
responsáveis pelo governo do Império foram as mais diversas. os soberanos do Sacro Império foram os
Carolíngios, uma dinastia franca que foi responsável por restabelecer o Império Romano do Ocidente de
800 a 887.

O PODER ABSOLUTO DOS REIS

Poder absoluto é forma de governo monárquico no qual o monarca ou rei exerce o poder absoluto, isto
é, independente e superior ao poder de outros órgãos do Estado. O monarca está acima de todos os
outros poderes e concentra em si os três poderes do constitucionalismo moderno - legislativo, executivo
e judiciário.

As justificativas era que as pessoas necessitam de um lider para serem comandados; porque elas
entrariam em conflito entre si ,e isto só seria evitado se eles tivessem um representante divino entre
eles neste caso, o rei

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