Construcao de Projetos em Educacao Ambiental
Construcao de Projetos em Educacao Ambiental
Construcao de Projetos em Educacao Ambiental
Educação Ambiental
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO................................................................................................................................... 5
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
PARA VER OU REVER........................................................................................................................... 11
CAPÍTULO 1
REVENDO ALGUNS FATOS HISTÓRICOS.................................................................................... 11
CAPÍTULO 2
CONCEITOS, OBJETIVOS E PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL.......................................... 13
UNIDADE II
NOÇÕES DE METODOLOGIA DE PESQUISA PARA COMPOSIÇÃO DE DIAGNÓSTICOS............................. 17
CAPÍTULO 1
ASPECTOS GERAIS DE METODOLOGIA DE PESQUISA................................................................ 17
CAPÍTULO 2
O PROCESSO DE PESQUISA.................................................................................................... 19
UNIDADE III
ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIOAMBIENTAIS................................................................................... 25
CAPÍTULO 1
ASPECTOS GERAIS DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIOAMBIENTAIS..................................... 25
CAPÍTULO 2
PROPOSIÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE PLANEJAMENTO................................................................. 27
CAPÍTULO 3
INDICADORES AMBIENTAIS PARA PROJETOS SOCIOAMBIENTAIS EM EMPRESAS.......................... 33
UNIDADE IV
INTERFACE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA................................................................................. 36
CAPÍTULO 1
CIDADANIA LOCAL................................................................................................................ 36
CAPÍTULO 2
CIDADANIA GLOBAL.............................................................................................................. 39
PARA (NÃO) FINALIZAR....................................................................................................................... 43
REFERÊNCIAS..................................................................................................................................... 45
ANEXO A
LEI NO 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999................................................................................................ 47
ANEXO B
DECRETO NO 4.281, DE 25 DE JUNHO DE 2002...................................................................... 54
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem
necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela
atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade
de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos
a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma
competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para
vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar
sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a
como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de
forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões
para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar sua leitura mais agradável. Ao
final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para aprofundar os estudos com leituras e
pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos
e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
7
Introdução
O ambiente é um todo uno e, portanto, não divisível em partes isoladas.
A degradação ambiental está diretamente ligada à degradação das condições de vida do homem
contemporâneo. Os problemas ambientais não são problemas isolados, eles estão inseridos na rede
complexa da pós-modernidade, cuja melhor definição ainda é a crise, ou, o esgotamento dos modelos
modernos de ciência e de sociedade. Este diagnóstico torna evidente que o problema ambiental não
deve ser tratado isoladamente. A criação de projetos ambientais não pode esquecer que o homem
é parte do ambiente, e toda iniciativa preservacionista tem que envolver o homem, tanto como o
agente, como o próprio ambiente.
As mudanças que se fazem necessárias não apenas dizem respeito às respostas a antigas indagações,
como aquelas que passam a centralizar as preocupações contemporâneas de caráter científico
motivadas pelo avanço tecnológico, pela intensidade de novas demandas do conhecimento e pelas
revoluções no campo da informação, das telecomunicações, da biotecnologia. Para Leff (2003),
a crise ambiental é, sobretudo, um problema de conhecimento, em meio à complexidade do
mundo e do próprio ser, o que implica a necessidade de desconstruir e reconstruir o pensamento,
buscando entender as origens, compreender as causas e desvendar as certezas embasadas em falsos
fundamentos. Isso se faz fundamental, sobretudo quando se constata que o pensamento encontra-se
influenciado pelo comportamento humano, afetando as maneiras de pensar, que vão se direcionar
muito mais para aquilo que é considerado útil e material.
Para mudar atitudes e comportamentos não bastam informações, conceitos e tecnologias. É preciso
rever valores, mexer com sentimentos, promover a autoestima das pessoas e, então, devolver a elas
a autoria da própria história e a perspectiva de um futuro sustentável. Além de conceituar-se como
estudo científico das características da interação entre o homem e a natureza, a educação ambiental
é um processo no qual se valoriza o ambiente em que se vive, incorporando a dimensão histórica,
socioeconômica, política e cultural. Nesse processo contínuo, devem-se adquirir habilidades,
valores, experiências, conhecimentos e consciência ecológica, o que propicia ao indivíduo condições
para agir individual e coletivamente.
Diversos documentos e agendas têm sido elaborados, refletindo as preocupações com essas questões,
mas continua a existir um enorme distanciamento entre o plano das intenções e a efetivação das
ações necessárias e urgentes de serem implementadas. Desde a Conferência de Estocolmo, em
1972, destacando-se Tbilisi, em 1977, passando pelo Relatório Bruntland, em 1987, pela Rio-92 e
chegando à Lei nº 9.795/1999, que institui a Política Ambiental e normatiza a Educação Ambiental
em nosso País, temos constatado um descompasso entre o proclamado e o realizado no cotidiano
das práticas políticas, em seus diferentes níveis e locais de ação.
8
A Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental aos Países-Membros, realizada em
Tbilisi, na Geórgia, em 1977, considerava que as mudanças institucionais e educacionais necessárias
à incorporação da educação ambiental aos sistemas nacionais de ensino não deveriam basear-
se unicamente na experiência, mas também em pesquisa e avaliações que tivessem por objetivo
melhorar as decisões da política de educação. E assim recomendou aos governos:
A educação ambiental no Brasil segue uma série de princípios, formalmente reunidos num documento
denominado Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade
Global. Todavia, os projetos só funcionam de fato quando contam com educadores capazes de tocar
o coração de crianças, jovens ou adultos, de mostrar que eles têm poder para sacudir velhos hábitos
e de incentivar os brasileiros, mesmo os mais simples, a perceberem a riqueza da própria cultura
e do ambiente onde vivem. Aos poucos, com a autoestima elevada, eles aprendem a trabalhar de
forma mais sustentável e a promover a melhoria de qualidade vida com conservação ambiental.
Objetivos
»» Adquirir noções de metodologia de pesquisa para a composição de diagnósticos em
educação ambiental.
9
10
PARA VER OU REVER UNIDADE I
CAPÍTULO 1
Revendo alguns fatos históricos
Para compreender o atual pensamento em torno da educação ambiental e as teorias vigentes, alguns
textos e eventos são elucidativos, como, por exemplo:
»» o livro “Primavera Silenciosa”, de Rachel Carson, uma obra narrativa sobre a crise
global. Neste livro, a autora afirma que o uso indiscriminado de agrotóxicos, além
de acarretar sérios riscos de câncer e outras doenças, prejudicaria o planeta a ponto
de os pássaros deixarem de cantar na primavera;
11
UNIDADE I │ PARA VER OU REVER
»» a Lei Federal no 6.938/1981 sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins
e mecanismos de formulação e execução. Em um de seus princípios, a lei refere-
se à “inclusão da Educação Ambiental em todos os níveis de ensino, inclusive a
educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa
do meio ambiente”;
12
CAPÍTULO 2
Conceitos, objetivos e princípios da
Educação Ambiental
Conceitos
O conceito de Educação Ambiental varia em interpretações, de acordo com cada contexto, conforme
a influência e vivência de cada um.
Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo
e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de
uso comum ao povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
São várias as definições e todas se completam. De forma geral, Educação Ambiental pode
ser conceituada como um processo de ensino–aprendizagem em que o indivíduo adquirirá
conhecimentos e esclarecimentos sobre o meio ambiente, sua relação de interdependência e a forma
como essa relação o afeta, buscando promover sua sustentabilidade mediante ações educativas, de
informação e comunicação, visando a deixar um legado para gerações futuras.
Objetivos
A Educação Ambiental tem como objetivo geral mostrar ao ser humano a complexa natureza do
meio ambiente, que resulta da interação dos seus aspectos biológicos, físicos, sociais e culturais.
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UNIDADE I │ PARA VER OU REVER
Portanto, ela deve criar para o indivíduo e para a sociedade meios para entender como estes diversos
elementos se relacionam, e promover uma utilização mais reflexiva e consciente dos recursos
naturais atendendo as necessidades da humanidade.
Apesar do tempo decorrido da Conferência de Tbilisi, muito das orientações consolidadas nesse
evento continua norteando a EA em várias partes do mundo. Uma dessas orientações diz respeito à
questão das finalidades da EA que são as seguintes.
»» Induzir novas formas de conduta nos indivíduos, nos grupos sociais e na sociedade
a respeito do meio ambiente, por meio da responsabilidade de cada um, envolvendo
uma coletividade em prol de uma qualidade do meio natural, social e cultural, sem
colocá-lo em risco.
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PARA VER OU REVER │ UNIDADE I
Todas essas finalidades devem ser adaptativas às diversas realidades socioculturais, econômicas e
ecológicas das sociedades, comunidades e regiões existentes em nosso planeta, principalmente as
metas do seu desenvolvimento.
Princípios
Vários autores enumeram os princípios básicos para se ter uma Educação Ambiental de qualidade.
Resumindo, são enumerados três desses, que abrangem todos os outros.
Para que haja uma Educação Ambiental de qualidade é necessário fomentar ações de cooperação,
entre todos os cidadãos, os grupos sociais e as instituições, pois todos os processos ecológicos se
interdependem numa teia de interações, e os homens não são os únicos beneficiários nem os donos
do planeta. Daí pensar-se em um desenvolvimento econômico e social, baseado em um novo modelo:
o sustentável, que é também um dos objetivos da Educação Ambiental. Dessa forma, os indivíduos
e a sociedade terão a sua percepção ampliada e internalizarão conscientemente a necessidade de
mudanças.
15
UNIDADE I │ PARA VER OU REVER
Esses são alguns dos princípios da Educação Ambiental, que resultam numa ação prática, atuante,
que adota uma postura de tomada de decisões, ou seja, a proposta de um novo estilo de vida.
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NOÇÕES DE
METODOLOGIA
DE PESQUISA PARA UNIDADE II
COMPOSIÇÃO DE
DIAGNÓSTICOS
CAPÍTULO 1
Aspectos gerais de metodologia de
pesquisa
A atualidade, pautada em processos sociais democráticos, nos traz como desafio a emergência de um
novo paradigma de sociedade e cultura, o que implica mudança de mentalidade, que vai ocasionar
modificações nas relações sociais e nas formas de organização, requerendo novas respostas às
questões dos diferentes campos: político, social, econômico, ecológico, cultural e, sobremaneira, no
campo educativo, espaço político-pedagógico em que se trabalham mentalidades e posturas.
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UNIDADE II │ NOÇÕES DE METODOLOGIA DE PESQUISA PARA COMPOSIÇÃO DE DIAGNÓSTICOS
A metodologia participativa pressupõe que os conteúdos das diferentes áreas de conhecimento são o
ponto de partida para a reelaboração dos conceitos, de forma que o conhecimento reelaborado seja
aplicado à realidade com o intuito de transformá-la. Essa transformação se dá quando o equilíbrio
local é atingido em razão da modificação na relação homem-natureza, permitindo uma relação mais
integrada e uma abertura de consciência por parte dos sujeitos.
A educação ambiental toca o lado sensível das pessoas, valoriza o lado artístico normalmente
desvalorizado e é um desafio permanente, porque o processo precisa ser contínuo. O primeiro passo
é mostrar às pessoas que é possível, que elas podem transformar a própria imagem e ir galgando
patamares até se perceberem capazes de mudar atitudes para sobrevivermos todos e o planeta
também. Os mais diversos setores de uma região devem se reunir para discutir os problemas e
propor acordos e soluções.
Atualmente, os eventos que tratam da temática ambiental são importantes espaços de discussão e
realização de atividades formativas por meio de cursos, grupos de trabalhos, oficinas entre outros.
Lembrando que a educação ambiental deve estar presente em todos os ambientes: escolas, trabalho,
praças, família e comunidade.
Essa discussão, que envolve preservação ambiental, de um lado, e progresso econômico, de outro –
de crescimento infinito e associado à acumulação de capital –, abre campo para o questionamento
quanto à incorporação da questão ambiental na elaboração das estratégias corporativas,
influenciando nos processos decisórios das atividades econômicas e tornando-se, portanto,
imperativa para o desenvolvimento capitalista.
É importante ressaltar que, mediante os esforços empreendidos na luta pela preservação ambiental,
por meio de instrumentos como os certificados ambientais, programas de educação ambiental,
investimentos em melhorias de processos, entre outros, propicia ganhos tanto para a sociedade, no
que concerne à melhoria de qualidade de vida, quanto para o meio ambiente, em face da preservação
ambiental.
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CAPÍTULO 2
O processo de pesquisa
Pode-se definir pesquisa como o processo que tem como objetivo proporcionar respostas aos
problemas propostos mediante procedimentos científicos. Uma atividade pode ser considerada
pesquisa:
b. se é conduzida com rigor e perspectiva crítica, o que supõe uma certa distância
entre sujeito e objeto e, preferencialmente, uma confrontação de diversos olhares
em Educação Ambiental;
Pode-se também dizer que pesquisa nada mais é do que a operacionalização do método científico.
Como processo, a pesquisa envolve diferentes etapas intimamente relacionadas entre si:
planejamento, coleta de dados, análise e interpretação dos resultados e redação de
relatório.
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UNIDADE II │ NOÇÕES DE METODOLOGIA DE PESQUISA PARA COMPOSIÇÃO DE DIAGNÓSTICOS
Formulação do problema
O primeiro passo a ser dado em qualquer pesquisa é constituído pela formulação do problema,
tarefa bem mais difícil do que geralmente se supõe. Considera-se problema tudo aquilo para o que
ainda não se tem uma resposta. Por isso sugere-se que estes:
»» sejam delimitados a uma dimensão viável. Isso significa que devem ser circunscritos
no tempo e no espaço;
Os problemas podem apresentar diferentes níveis de complexidade. Assim, pode-se definir que
alguns problemas condizem a pesquisas descritivas, que têm como objetivo a descrição das
características de uma população ou de um fenômeno.
Outros problemas condizem com pesquisas explicativas, que visam informar a respeito das
causas ou fatores que influenciam na ocorrência de determinado fenômeno.
Construção de hipóteses
Quando um problema é formulado de forma a conduzir à identificação dos fatores que o determinam
ou contribuem para sua ocorrência, torna-se necessário construir hipóteses. As hipóteses podem
ser entendidas como o estabelecimento de uma relação potencial entre duas ou mais variáveis.
Uma delas, conhecida como variável independente, é constituída pelo problema que está
sendo investigado. As outras, conhecidas como variáveis dependentes, são fatores capazes de
contribuir para a ocorrência do fenômeno.
Delineamento da pesquisa
A formulação do problema e a construção de hipóteses constituem uma etapa da pesquisa. Isso
significa que, nessas etapas, o trabalho é essencialmente de natureza conceitual. Após a sua
conclusão, entretanto, torna-se necessário confrontar esses conceitos com a realidade empírica. Daí,
então, procede-se ao delineamento da pesquisa, que pode assumir diferentes formas: pesquisa
experimental, levantamentos, estudo de caso, pesquisa-ação, pesquisa participante,
entre outros.
Pesquisa experimental
A pesquisa experimental exige a reprodução dos fenômenos em condições controladas, por
isso é pouco frequente no âmbito da educação ambiental. O grande número de variáveis a
20
NOÇÕES DE METODOLOGIA DE PESQUISA PARA COMPOSIÇÃO DE DIAGNÓSTICOS │ UNIDADE II
serem consideradas, o caráter histórico dos fatos sociais e, sobretudo, as implicações éticas da
experimentação tornam esse delineamento inviável na maioria dos casos.
Levantamentos
O levantamento caracteriza-se pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja
conhecer, constitui-se uma das modalidades mais utilizadas de pesquisa. De modo geral, os
levantamentos valem-se dos procedimentos de amostragem e utilizam técnicas padronizadas de
coletas de dados, como o questionário, a entrevista, a observação sistemática. Possibilitam
o conhecimento direto da realidade, a obtenção de dados com economia e rapidez e sua
quantificação.
Estudo de caso
O estudo de caso é caracterizado pelo estudo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir
seu conhecimento amplo e detalhado. Fundamenta-se na ideia de que a análise de uma unidade
de determinado universo possibilita a compreensão da generalidade deste ou, pelo menos, o
estabelecimento de bases para uma investigação posterior, mais sistemática e precisa.
Pesquisa–Ação
É um tipo de pesquisa social realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de
um problema coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou
do problema estão envolvidos do modo cooperativo ou participativo.
Essa modalidade de pesquisa é considerada alternativa, pois não se enquadra como procedimento
rigidamente científico, de acordo com o modelo clássico de ciência. Mostra-se, no entanto, muito útil
para a pesquisa em educação ambiental, uma vez que, frequentemente, tem como objetivo a solução
de um problema prático ou o desenvolvimento de um projeto educativo. Além disso, a pesquisa–
ação, por requerer o envolvimento dos participantes representativos das organizações sociais ou da
comunidade, favorece o trabalho posterior de implementação das ações.
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UNIDADE II │ NOÇÕES DE METODOLOGIA DE PESQUISA PARA COMPOSIÇÃO DE DIAGNÓSTICOS
social para a produção de um novo tipo de conhecimento que favorece a orientação da ação em
um determinado contexto. Não existe um sujeito e um objeto de pesquisa, todos são sujeitos,
participando ativamente para um determinado fim.
Pesquisa participante
A pesquisa participante aparece associada a uma postura comprometida com a conscientização
popular. Responde especialmente às necessidades de populações que compreendem as classes
mais carentes nas estruturas sociais contemporâneas (operários, camponeses, agricultores e índios)
levando em conta suas aspirações e potencialidades de conhecer e agir. Esse tipo de pesquisa resgata
para a comunidade o poder de pesquisar a si mesma.
Coleta de dados
Observação
A observação pode ser entendida como o procedimento fundamental de coleta de dados em qualquer
pesquisa empírica. Os demais procedimentos nada mais seriam do que derivados da observação.
Para que seja entendida como procedimento científico, a observação precisa apresentar algumas
características: deve servir a um objetivo claro, ser planejada e executada de maneira sistemática e
ser submetida a controles.
Observação espontânea
O observador não se identifica perante os sujeitos envolvidos com o seu objeto de trabalho,
permanece alheio à comunidade, ao grupo ou à situação que pretende estudar, observa os fenômenos
que aí ocorrem. Apesar de sua informalidade, ela se coloca num plano científico, pois vai além da
constatação dos fatos, na medida em que é seguida de um processo de análise e interpretação. Sua
utilização é recomendada nas fases iniciais da pesquisa, com a finalidade de obter elementos para
sua delimitação e construção de hipóteses.
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NOÇÕES DE METODOLOGIA DE PESQUISA PARA COMPOSIÇÃO DE DIAGNÓSTICOS │ UNIDADE II
Observação participante
O pesquisador participa da vida da comunidade, do grupo ou da situação. A observação é
pressupostamente assumida perante os sujeitos, que, por outro lado, podem modificar seus
comportamentos durante a observação do pesquisador. Nesse caso, ele assume até certo ponto,
pelo menos, o papel de um membro do grupo.
Observação sistemática
É frequentemente utilizada em pesquisas que têm como objetivo a descrição precisa dos fenômenos
ou o teste de hipóteses. Nas pesquisas desse tipo, o pesquisador sabe quais os aspectos da comunidade
ou grupo que são significativos para alcançar os objetivos pretendidos.
Entrevista
Pode-se definir entrevista como a técnica em que o observador se apresenta diante do investigado e
lhe formula perguntas, com o objetivo de obter os dados que interessam à investigação. A entrevista é,
portanto, uma forma de interação social. Mais especificamente, é uma forma de diálogo assimétrico
em que uma das partes busca coletar dados e a outra se apresenta como fonte de informação.
A entrevista é uma das técnicas de coleta de dados mais utilizadas não apenas para o desenvolvimento
de pesquisas, mas também para fins de diagnóstico e orientação.
Questionário
Pode-se definir questionário como a técnica de investigação constituída por um rol de perguntas
apresentadas por escrito às pessoas que se deseja pesquisar.
História de vida
A história de vida constitui do relato pessoal de informantes sobre situações que passaram ao longo
de determinado período de tempo. Geralmente é usada em estudos de caso de base histórica, pois
possibilita o resgate cronológico de uma realidade social. Trata-se, por conseguinte, de uma técnica
de natureza essencialmente qualitativa, que costuma formar a base para delineamentos do tipo
estudo de caso.
23
UNIDADE II │ NOÇÕES DE METODOLOGIA DE PESQUISA PARA COMPOSIÇÃO DE DIAGNÓSTICOS
do sentido mais amplo das respostas. Quando possível devem ser feitas comparações entre os
resultados obtidos e os reportados na literatura, sendo que as diferenças devem ser comentadas.
O aspecto mais crítico da análise costuma ser o tratamento estatístico dos dados. Ocorre com
frequência que o pesquisador, ao chegar a essa fase, não se encontra muito seguro sobre o que fazer.
E, como consequência, há relatórios de pesquisa em que a seção de análise dos dados é constituída
de tabelas com dados que não receberam nenhum tratamento analítico.
Relatório
O relatório constitui-se a finalização do trabalho de pesquisa e deve conter uma recapitulação
sintética dos resultados da pesquisa, ressaltando o alcance e as consequências de suas contribuições.
Deve conter uma correlação entre os objetivos propostos e as discussões dos resultados, com base
nas considerações teóricas.
24
ELABORAÇÃO
DE PROJETOS UNIDADE III
SOCIOAMBIENTAIS
CAPÍTULO 1
Aspectos gerais de elaboração de
projetos socioambientais
Em uma dimensão maior, a Educação Ambiental vem despertar para a conscientização da capacidade
que temos de assumir estratégias de desenvolvimento diferente das que se tem hoje, uma estratégia
ética que integre crescimento econômico com justiça social que desencadeie num desenvolvimento
sustentável. Para isso é necessário relacionar e descobrir novas formas de lutar pela construção deste
projeto. A participação ativa dos sujeitos envolvidos no processo é fator fundamental na cobrança
dos órgãos controladores do serviço público para que os recursos e as políticas públicas se voltem
em benefício dos cidadãos e até possibilitem a ampliação dos direitos.
25
UNIDADE III │ ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIOAMBIENTAIS
O planejamento de projetos não dispõe de fórmulas prontas para serem aplicadas com precisão em
momentos ou situações predeterminadas. Existe uma ampla gama de metodologias e estratégias,
cuja escolha e aplicação dependem das circunstâncias e dos interesses, em constante mutação.
26
CAPÍTULO 2
Proposição de estratégias de
planejamento
O campo teórico das questões ambientais, de forma mais precisa, tem sua especificidade na
educação ambiental. Espera-se que os que desejam construir um projeto tenham um domínio
razoável das discussões teóricas da área, conheçam tecnologias de intervenção, tenham noções de
27
UNIDADE III │ ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIOAMBIENTAIS
Construir projetos não é uma questão exclusivamente técnica. Pelo contrário, o esforço de
compreensão dos fenômenos em sua totalidade é que permite criticar, rebater ou até mesmo
reforçar os posicionamentos dos educadores. Permite pensar de maneira ampliada, aprofundando
possibilidades de conhecer e intervir de forma ética e responsável, e realizar intervenções que
amadureçam não só o pensar e o agir de quem intervém, mas principalmente daqueles que recebem
os processos de intervenção.
Em trabalhos desse tipo é esperada a construção de uma relação dialógica como os mais
interessados nas intervenções, a população-alvo dos projetos. Sucessivas aproximações, sejam
elas realizadas diretamente por meio de contatos, conversas informais ou sistematizadas, sejam
indiretamente, buscando informações em fontes que possam esclarecer uma determinada realidade
de uma população, constituem os primeiros passos para o reconhecimento, de quem intervém,
da responsabilidade em responder por uma demanda particular e, a partir daí, transformar essa
demanda num problema que requeira soluções que se mantenham dentro dos parâmetros ditados
pelos princípios da vida pública. Cabe ao diagnóstico cumprir um papel fundamental que é indicar
com precisão e acuidade as necessidades demandadas pela população.
Fase diagnóstica
Nessa fase, procura-se levantar informações acerca das necessidades educacionais dos sujeitos
da intervenção. Tal tarefa só pode ser realizada se estiver estruturada na forma de pesquisa, isto
é, elaborada sob bases metodológicas e viabilizada por instrumentos de pesquisa que permitam
coletar as informações e analisá-las com a finalidade de produzir conhecimentos que levem a refletir,
posteriormente, sobre as possibilidades de concretizar uma proposta de intervenção educacional.
O diagnóstico permite pensar propostas bem elaboradas, envolvidas no conjunto de atividades que
promovem sucessivas aproximações e verificações junto à população, identificando sues anseios e
expectativas. Enfim, procura identificar demandas na medida em que se aproxima da população e
cria canais de diálogo com ela.
A exposição clara e precisa dos principais aspectos que envolvem o projeto só é possível de ser
realizada à medida que o diagnóstico aponte as possíveis hipóteses que expliquem um conjunto
de demandas e necessidades existentes num determinado contexto social. Intervir em educação
28
ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIOAMBIENTAIS │ UNIDADE III
Os conhecimentos sobre pesquisa dos que se propõem a intervir devem ser colocados em prática,
organizando processos de observação bem delineados em busca da compreensão das percepções e
concepções que permeiam o conjunto de representações existentes nos mais variados segmentos da
sociedade. Podem ser pensadas em linhas de pesquisas mais voltadas às metodologias qualitativas,
o que não exclui pesquisas cujas bases estão assentadas em métodos quantitativos.
Modelo de projeto
A proposta a seguir é uma sugestão de apresentação da sequência de tópicos considerados essenciais
à composição de um documento que deve explicitar com clareza e precisão os seguintes elementos:
a demanda e os demandantes; a problemática construída por meio de diagnóstico; as justificativas
teóricas e práticas da realização de uma intervenção; o modelo de intervenção, seus objetivos e os
recursos didáticos a serem mobilizados; a proposta de avaliação da intervenção; e, por fim, uma
projeção no tempo de sua execução, assim como os custos de sua realização.
Título
O título de um projeto deve ser conciso e expressar precisamente a natureza e o conteúdo do
relatório. Geralmente é a última parte a ser redigida no projeto, podendo ser esboçado logo no
início do trabalho. Contudo, não se pode esquecer que a construção de um projeto obedece a um
tempo determinado, que é aquele disponível à compreensão do problema detectado e, obviamente,
delimitado pelo planejamento. Portanto, o título pode e deve ser redigido por último na proposta
de intervenção.
Resumo
O resumo tem por finalidade traçar um panorama geral do projeto de intervenção. Deve ser um
texto conciso em que se destacam os elementos de maior interesse ou importância do trabalho, e
é indicado pela seguinte sequência: população-alvo, problema levantado, forma de realização do
diagnóstico e síntese dos resultados, características gerais da proposta de intervenção, além da
avaliação proposta pelo projeto.
Sua finalidade maior é facilitar o acesso dos leitores ao projeto. Assim como o título, o resumo
só é redigido no final da elaboração do projeto, ou seja, quando seu corpo estiver completo e o(s)
autor(es) puder(em) vislumbrá-lo em sua totalidade, resumindo-o em suas principais partes. Deve
ser redigido em um só parágrafo.
29
UNIDADE III │ ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIOAMBIENTAIS
Introdução
Consiste na apresentação do texto que dá suporte ao leitor sobre o assunto a ser tratado. Deverá
ser explicado do amplo para o específico, de forma clara a importância do projeto e o objetivo do
mesmo. É a parte do trabalho onde o assunto é apresentado como um todo.
O tema é o primeiro elemento dessa parte do projeto. É apresentado inicialmente, pois indica os
principais elementos envolvidos no trabalho, explicitando as variáveis observadas até o momento.
Abre caminho para apresentar o problema abordado pelo projeto. O tema destaca aquilo que se
observou e será fruto de intervenção futura, interesse maior do projeto; possibilita um entendimento
dos problemas concretos apontados pelos interessados na intervenção, mas construindo um percurso
que aponte um conjunto de problematizações que são conduzidas pelos autores no percurso de
elaboração do projeto.
Diagnóstico
O diagnóstico diz respeito aos levantamentos realizados cujo objetivo é conhecer uma dada realidade.
Levantamentos que têm por finalidade precisar e aprofundar o conhecimento sobre a população-
alvo, utilizando as técnicas de coleta de dados, conforme o tipo de problema observado.
A determinação do tipo de pesquisa a ser realizada deve ter por suposto a adequação da forma
mais apropriada de observação. Haverá, portanto, variação, já que os segmentos populacionais
demandam problemas muitas vezes distintos. Tem-se como prioridade um levantamento técnico
das reais condições e das possibilidades de viabilizar projetos técnicos na localidade.
É esperado que o diagnóstico possa conter o máximo de informações possíveis para se conhecer e
assim poder pensar uma possível intervenção.
30
ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIOAMBIENTAIS │ UNIDADE III
Para efeito de apresentação, o texto do projeto deve conter em linhas gerais a forma como o
diagnóstico foi realizado para, em seguida, serem apresentados os resultados atingidos com
o trabalho de pesquisa. A apresentação precisa ser criteriosa e estar em constante sintonia com
as perguntas iniciais que motivaram a pesquisa, já que a intenção é descrever em detalhes tudo
que possa elucidar dúvidas e viabilizar conhecimentos que definam as reais necessidades de uma
população investigada.
Tais conclusões permitem a passagem para a elaboração de uma outra etapa do projeto: a proposta
de intervenção educacional, desde que ela seja justificada.
Justificativa
Sendo as desigualdades sociais, muitas vezes, fator determinante em vários problemas enfrentados
pela população, os projetos precisam conter uma discussão sobre as relações sociais mais imediatas
daqueles que demandam.
Espera-se que a redação de um projeto de intervenção contenha uma justificativa prática, tópico
que tem por finalidade explicitar a importância social da realização do trabalho, indicando não só
possíveis aspectos positivos pressupostos pelos que elaboram o projeto, mas, fundamentalmente,
demonstrando ter sido incorporado por meio do senso crítico as contradições presentes entre
as partes envolvidas na formação do processo de intervenção. A justificativa estabelece um nexo
entre diagnóstico e a proposta de intervenção, demonstrando necessidades, conflitos e consensos
atingidos com o trabalho anterior.
O projeto educacional, como documento final que explicita e justifica as razões da intervenção, deve
apresentar um plano de intervenção estruturado metodologicamente.
31
UNIDADE III │ ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIOAMBIENTAIS
Para cada objetivo definido, uma ou mais estratégias devem ser estabelecidas. Indicar o tipo de
abordagem e os recursos humanos e materiais envolvidos permite estabelecer os meios necessários
para a realização dos objetivos.
Custos
Nesse tópico, recomenda-se a utilização de planilhas de orçamento que, quando bem estruturadas,
não deixam dúvidas em relação aos custos que envolvem o projeto. É sempre bom lembrar que
os recursos humanos e materiais a serem disponibilizados constituem parte fundamental de sua
execução. O detalhe na apresentação e a justa adequação daquilo que realmente é necessário são
condições essenciais na formulação do quadro de custos.
Por referências bibliográficas, compreende-se uma sequência de textos (artigos, livros, revistas,
apostilas etc.) citados no corpo do projeto. Apresentadas em ordem alfabética, as referências são
importantíssimas, pois informam ao leitor o conjunto de ideias e informações consideradas mais
importantes como formadoras do conjunto expresso no documento. Indica autores e conceitos,
pesquisas e resultados que perfazem a totalidade do projeto elaborado.
Por fim, os anexos devem obedecer a uma sequência de letras e são apresentados com última parte
do trabalho. Normalmente são apresentados no corpo do projeto pelo indicativo Anexo A, Anexo B,
e assim por diante, sem que as páginas estejam numeradas. Nos anexos podem ser lançados cópias
de documentos, cartas, questionários, enfim, tudo que for pertinente ao trabalho e que, obviamente,
tenha sido referido antes no corpo do texto.
32
CAPÍTULO 3
Indicadores ambientais para projetos
socioambientais em empresas
Os indicadores de desempenho das atividades de educação ambiental devem ser definidos com
base nos fundamentos da educação ambiental, que devem permear todas as atividades educativas,
e que visem, como fim, a melhoria da qualidade de vida. Sabe-se que é extremamente difícil definir
indicadores para atividades tão subjetivas como as de educação ambiental. Mas dependendo da
forma como são apresentados os indicadores, é possível medir e compreender as mudanças de
comportamentos e a incorporação de novos valores por funcionários ou por uma comunidade.
Para verificar se as ações educativas então atingindo seus objetivos, torna-se necessário avaliar
especialmente as mudanças de opinião, e as mudanças de comportamento, que podem ser medidas
em termos de resultados quantitativos, por exemplo, no consumo de energia e água, na diminuição
de rejeitos gerados, no aumento de resíduos recicláveis e no aumento da reutilização de materiais.
Em ambientes das áreas de saúde, bem como os hospitalares, observa-se a necessidade de uma
educação ambiental mais direcionada, principalmente devido a grande quantidade de resíduos
gerados nesses locais. Parte desse entendimento de gerenciamento dos resíduos sólidos de saúde é
um passo fundamental para minimizar os impactos ambientais. Dessa forma, acredita-se que deve
haver uma sensibilização quanto a essa questão, sobretudo dos profissionais da área. Mudanças
de hábitos e de valores afim de que as atitudes humanas sejam voltadas para conservação e
sustentabilidade do meio ambiente em prol de um mundo melhor.
33
UNIDADE III │ ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIOAMBIENTAIS
ser conservados e calibrados. Para esta finalidade eles devem ser levantados e submetidos a um
procedimento de monitoramento de instrumentos de teste.
Indicadores comunicam informações que podem ser simplesmente luzes acesas ou piscando
em um aparelho eletrônico, bem como tornar perceptível um conjunto de fenômenos que não é
imediatamente detectável.
De maneira geral, os indicadores são elaborados para cumprir com as seguintes funções: simplificar,
quantificar, analisar e comunicar. Os indicadores devem, portanto, permitir compreender
fenômenos complexos, tornando-os quantificáveis de maneira tal que possam ser analisados em um
dado contexto e assimilados por diferentes níveis da sociedade. No caso dos indicadores ambientais,
são utilizados para se obter uma visão da qualidade ambiental e dos recursos naturais, as tendências
de desenvolvimento e as respostas.
Os indicadores de desempenho das ações de educação ambiental devem ter como parâmetros os
fundamentos gerais da educação ambiental, que também devem orientar a definição das próprias
ações educativas. Estes fundamentos são:
34
ELABORAÇÃO DE PROJETOS SOCIOAMBIENTAIS │ UNIDADE III
participarem de qualquer forma, às vezes até por pressão, poderá trazer resultados
positivos, pois a repetição constante de um ato acaba gerando adaptação, e esta
poderá levar a uma mudança consciente de valores e comportamentos. Sem contar
que toda ação positiva gera resultados também positivos para a instituição.
Em todos os fundamentos apresentados sugere-se como uma das ações a aplicação de questionários.
Trata-se, na verdade, de dois conjuntos de questionários. Um deles, a ser aplicado antes da
implantação de qualquer programa ou ação. O outro deles, a ser aplicado após a implantação
dos programas e ações. Sugere-se sua aplicação anual ou bianual, para verificar a percepção dos
funcionários, a aceitabilidade dos programas e as mudanças ocorridas, especialmente as de valores
e comportamentos espontâneos e conscientes.
Ainda assim, ressalta-se que nem sempre os resultados obtidos pelos indicadores serão imediatos,
pois a mudança de valores é um processo lento e que exige um trabalho educativo constante.
35
INTERFACE
EDUCAÇÃO UNIDADE IV
AMBIENTAL E
CIDADANIA
CAPÍTULO 1
Cidadania local
Foi apenas com o surgimento dos sindicatos e de outros tipos de organização dos trabalhadores,
que despertaram e cresceram as lideranças no seio dos diferentes grupos sociais, destacando-se
o meio operário, estudantil e universitário. Apenas em meados do século XX, poucos anos após
o término da Segunda Guerra Mundial, é que os ideais de reconstrução do mundo destruído pela
guerra incorporaram a luta pelo estabelecimento de uma nova relação de poder na sociedade.
A partir dos anos 1960, com a crescente conscientização das necessidades do meio em que viviam e
atuavam, essas lideranças passaram a um ativismo mais intenso. Nessa mesma década, porém, elas
começaram a ser drasticamente silenciadas pelo movimento político e militar e pelos regimes que
vigeram por duas décadas (1964-1985).
Coube aos incipientes movimentos ambientalistas levantar bandeiras de renovação que o regime
militar não podia simplesmente fazer baixar. Afinal, em todo o mundo havia um despertar da
consciência ecológica que serviu de respaldo, ainda que não intencional para esse tipo de movimento
apelidado de rebelião verde, da qual o Brasil começou a participar com certa timidez.
Hoje já se pode falar que existem formas e canais de participação da sociedade na condução de
seu próprio destino e no exercício cada vez mais requisitado da cidadania, por meio da prática de
seus direitos e deveres. Nesse cenário, surgiu a cidadania ambiental, fundamentada na Constituição
Federal de 1988, explicitada em outros documentos legais e doutrinários.
36
INTERFACE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA │ UNIDADE IV
Participar não significa apenas o quanto se toma parte, mas como se toma parte em uma intervenção
consciente, crítica e reflexiva baseada nas decisões de cada um sobre situações que não só lhe dizem
respeito, como também dizem respeito à comunidade em que se está inserido.
Todas as pessoas têm experiências anteriores e vivências que formam suas personalidades
psicossocioculturais como agentes transformadores da natureza e da cultura. Sua capacidade
criadora e suas potencialidades vão se tornando habilidades para intervir prontamente nos assuntos
a elas relacionados. A participação, então, permite a inclusão e constitui uma necessidade humana
básica e universal.
Políticas públicas, condições ambientais, qualidade de vida, capacitação das pessoas e grupos,
desenvolvimento de redes e cidadania requerem a conjugação de papéis doadores e receptores entre
diferentes dimensões de mundo (íntima, interativa, social e biofísica), em termos da diversidade e
reciprocidade próprias de um modelo ecossistêmico de cultura.
Nesse contexto, a educação ambiental tem um sentido fundamentalmente político, já que visa à
transformação da sociedade em busca de um presente e de um futuro melhor. É uma educação
para o exercício da cidadania, que se propõe a formar pessoas que assumam seus direitos e
responsabilidades sociais, a formar cidadãos que adotem uma atitude participativa e crítica nas
decisões que afetam sua vida cotidiana.
Os educadores ambientais devem integrar-se aos movimentos políticos e sociais que lutam por
uma vida melhor para todos, contribuindo humildemente nesse processo de diálogo permanente,
tentando gerar as bases de uma educação que se objetive na busca do outro, para construção de uma
pluralidade que fundamente o sentido ético da vida humana, e a presença constante da utopia e da
esperança.
A educação ambiental está cada vez mais associada aos processos sociais, sendo ela própria um
deles. Um enfoque centrado sobre o exercício pleno da cidadania tem alcance abrangente e, ao
mesmo tempo, profundo. Ela estabelece verdadeiros fóruns de discussão e denúncias, abatendo-se,
porém da ideologização dos seus princípios e práticas, porque sua missão é de outra natureza.
De nada adianta ficar falando de efeito estufa, camada de ozônio, matança das baleias, destruição
da Amazônia entre, outros assuntos, se cada realidade local não for considerada. Ali está a chance
imediata de fazer valer os seus direitos de cidadania, em busca da melhoria da qualidade de vida.
Ali no seu local, o indivíduo ou o grupo poderá avaliar a consequência de quem é responsável
pelo gerenciamento dos recursos financeiros e ambientais. Pode-se perceber se as decisões estão
corretas, quem se omitiu e de que forma as coisas poderiam e/ou deveriam ser feitas, para assegurar
um ambiente saudável para as gerações presentes e futuras.
37
UNIDADE IV │ INTERFACE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA
A Educação ambiental é uma educação para cidadania, não educamos ambientes, educamos pessoas
para relacionar os temas, ter abrangência, saber o que está acontecendo no mundo. E mudar atitudes.
A mudança de atitude, em casa, no local onde se mora, é o grande gargalo da educação ambiental.
Nas escolas, os temas transversais podem ser trabalhados a partir de eixos temáticos e/ou projetos
escolares, pois permitem o exercício da cidadania, oportunizando o envolvimento dos alunos com as
temáticas comunitárias relevantes vinculadas ao cotidiano da sociedade em que vive, possibilitando
optar por diferentes situações, baseadas em valores tais como responsabilidade, cooperação,
solidariedade e respeito pela vida, integrando os conteúdos disciplinares e os temas transversais.
38
CAPÍTULO 2
Cidadania global
A globalização, impulsionada sobretudo pela tecnologia, parece determinar cada vez mais nossas
vidas. As decisões sobre o que nos acontece no dia-a-dia parecem nos escapar, por serem tomadas
muito distante de nós, comprometendo nosso papel de sujeitos da história. Como fenômeno e como
processo, a globalização tornou-se irreversível. Hoje estamos submetidos à globalização capitalista,
cujos efeitos mais imediatos são: o desemprego, o aprofundamento das diferenças entre os poucos
que têm muito e os muitos que têm pouco, a perda de poder e autonomia de muitos Estados e
Nações. Há então que distinguir os países que hoje comandam a globalização – os globalizadores
(países ricos) – dos países que sofrem a globalização, os países globalizados (pobres).
39
UNIDADE IV │ INTERFACE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA
A promoção da educação ambiental, por meio da resolução de problemas locais, foge da tendência
desmobilizadora da percepção de problemas globais, distantes da realidade local, e parte do
princípio de que é indispensável que o cidadão participe da organização e gestão de seu ambiente e
objetivos de vida cotidiana.
Cabe à educação ambiental, como processo político e pedagógico, formar para o exercício da
cidadania, desenvolvendo conhecimento interdisciplinar baseado em uma visão integrada de
mundo. Tal formação permite que cada indivíduo investigue, reflita e aja sobre efeitos e causas dos
problemas ambientais que afetam a qualidade de vida e a saúde da população. A interdisciplinaridade
visa à superação da fragmentação dos diferentes campos do conhecimento, buscando pontos de
convergência e propiciando a relação entre os vários saberes.
O desafio de uma cidadania ativa se configura como elemento determinante para constituição
e fortalecimento de sujeitos cidadãos que, conscientes de seus direitos e deveres, assumam a
importância da abertura de novos espaços de participação. A construção dessa participação, portanto,
será feita por meio da educação ambiental que possibilita as pessoas incorporarem conhecimentos,
valores, novas maneiras de ser, dentro de uma nova ética, tornando-as capazes de estabelecer uma
relação de causa e consequência dos problemas ambientais, discutir questões, fixar prioridades,
tomar decisões, exercer sua representatividade, buscando o desenvolvimento sustentável.
A reflexão crítica deve gerar a práxis, isto é ação–reflexão–ação; e a educação ambiental, ao formar
para a cidadania ativa e igualitária, vai preparar homens e mulheres para exigir direitos e cumprir
deveres, para a participação social e para a representatividade, de modo a contribuir e influenciar a
formulação de políticas públicas e a construção de uma cultura de democracia.
A educação ambiental, como processo de educação política busca formar para que a cidadania
seja exercida e para uma ação transformadora, a fim de melhorar a qualidade de vida da
coletividade.
Na visão desse processo, a cidadania global é considerada como um processo lento de construção,
inconcluso, na medida em que existem ainda muitos excluídos da globalização. À primeira vista parece
que hoje a cidadania, a tecnologia e a globalização estão caminhando juntas. Contudo, precisamos
distingui-las, analisando suas particularidades e especificidades, seus limites e possibilidades. Daí
a preocupação pedagógica em colocar ainda aqui algumas questões que todo educador deve levar
em conta ao propor-se educar para a cidadania global:
40
INTERFACE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA │ UNIDADE IV
1. Como construir uma cidadania planetária num país globalizado onde sequer foi
ainda construída a cidadania nacional?
Educar para a cidadania planetária implica muito mais do que uma filosofia educacional, do que o
enunciado de seus princípios. A educação para a cidadania global implica uma revisão dos nossos
currículos, uma reorientação de nossa visão de mundo da educação como espaço de inserção do
indivíduo não numa comunidade local, mas numa comunidade que é local e global ao mesmo tempo.
No livro O despertar da águia (Vozes, 1998) Leonardo Boff discute o tema da civilização
planetária que chegou no final do século XX com nome de mundialização e de globalização,
representando “indiscutivelmente uma etapa nova na história da Terra e do ser humano. Estamos
superando os limites dos estados–nações e rumando para a constituição de uma única sociedade
mundial que mais e mais demanda uma direção central para as questões concernentes a todo os
humanos como a alimentação, a água, a atmosfera, a saúde, a moradia, a educação, a comunicação
e a salvaguarda da Terra” (p. 38). E logo a seguir explica, apostando na “globalização cooperativa”
superando a atual fase da “globalização competitiva”, sob o signo da ética e do senso da compaixão
universal para “garantir o futuro do sistema-Terra”. Leonardo Boff acredita que estamos deixando
a “era do tecnozoico” e estamos entrando no “ecozoico”.“De uma civilização tecnológica que
tantos conhecimentos e comodidades nos trouxe, mas que, simultaneamente, tantas destruições e
ameaças produziu, estamos passando para uma civilização ecológica na qual a ciência e a técnica
são incorporadas num modelo de desenvolvimento que se faz com a natureza e nunca contra ela. A
relação inclusiva, a religação, o abraço, a reciprocidade, a complementaridade e a sinergia formam
os eixos articuladores da nova civilização” (p. 113). Estaríamos hoje no período da “passagem
civilizacional” do local para o global, da política nacional para a política planetária, do bem comum
humano para o bem comum planetário, da democracia para a biocracia, das sociedades nacionais
para uma única sociedade mundial... que constituem a “civilização planetária”.
A cidadania global deverá ter como foco a superação da desigualdade, a integração da diversidade
cultural da humanidade e a eliminação das diferenças econômicas. Não se pode falar em cidadania
planetária ou global sem uma efetiva cidadania na esfera local e nacional. Uma cidadania global
é por essência uma cidadania integral, portanto, uma cidadania ativa e plena não apenas nos
direitos sociais, políticos, culturais e institucionais, mas também econômico-financeiros. Ela
41
UNIDADE IV │ INTERFACE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA
implica também na existência de uma democracia global. Portanto, ao contrário do que sustentam
os neoliberais, estamos muito longe de uma efetiva cidadania global. Ela ainda permanece como
projeto humano, inalcançável se for limitada apenas ao desenvolvimento tecnológico. Ela precisa
fazer parte do próprio projeto da humanidade como um todo. Ela não será uma mera consequência
ou um subproduto da tecnologia ou da globalização econômica.
42
Para (não) Finalizar
A reflexão sobre as práticas sociais, em um contexto marcado pela degradação permanente do meio
ambiente e do seu ecossistema, envolve uma necessária articulação com a produção de sentidos sobre
a educação ambiental. A dimensão ambiental configura-se crescentemente como uma questão que
envolve um conjunto de atores do universo educativo, potencializando o engajamento dos diversos
sistemas de conhecimento, a capacitação de profissionais e a comunidade como um todo numa
perspectiva interdisciplinar. Nesse sentido, a produção de conhecimento deve necessariamente
contemplar as inter-relações do meio natural com o social, incluindo a análise dos determinantes do
processo, o papel dos diversos atores envolvidos e as formas de organização social que aumentam
o poder das ações alternativas de um novo desenvolvimento, numa perspectiva que priorize novo
perfil de desenvolvimento, com ênfase na sustentabilidade socioambiental.
Pensar na realidade concreta projeta o homem para uma mudança de postura, possibilitando um
rever crítico de suas atividades, remetendo-o a um compromisso coletivo de responsabilidade com o
meio ambiente em que vive. Assim, entendendo que todas as pessoas são responsáveis pela garantia
ou melhoria da qualidade de vida, e conscientes de que o empenho dos indivíduos em favor dessa
qualidade depende da conscientização de cada um, considera-se de vital importância desenvolver
um trabalho voltado aos temas transversais, em que a comunidade escolar possa desenvolver a
capacidade de posicionar-se diante das questões que interferem na melhoria do meio ambiente.
Educação Ambiental foi concebida na vertente socioambientalista como uma proposta de uma
alternativa educacional complexa; fazendo uma análise histórica das situações ambientais como
produto do próprio processo histórico da humanidade; postula uma educação para a vida em toda
a sua diversidade e complexidade; propõe uma educação voltada para o futuro, porém firmemente
assentada nas análises do passado, capaz de pensar e construir uma utopia real ou realizável; visa
a uma educação efetivamente crítica, que deverá caminhar até a superação das contradições da
educação sistemática.
O ensino (tanto o formal quanto o informal), a consciência pública e o treinamento são processos
pelo qual o homem desenvolve as suas potencialidades. O ensino, em especial, tem a característica
de poder promover o desenvolvimento sustentável e de fazer com que o povo venha a abordar
questões relacionadas ao meio ambiente. Mesmo que o ensino básico sirva de fundamento para
o ensino em matéria de meio ambiente, este deve ser incorporado como parte do aprendizado.
43
PARA (NÃO) FINALIZAR
Sendo assim, para ser eficiente, o ensino sobre meio ambiente e desenvolvimento deve abordar a
dinâmica do desenvolvimento do meio físico e biológico e, principalmente, do socioeconômico e do
desenvolvimento humano. Para isso, deve integrar-se em todas as disciplinas e empregar métodos
formais e informais e meios efetivo de comunicação.
44
Referências
BAETA, A. M. B.; LOUREIRO, C. F. B.; LIMA, G. F. C.; PASSOS, L. A.; SORRENTINO, M.; SATO, M.;
BRÜGGER, P. LAYRARGUES, P. P; CASTRO, R. S. 2002. Educação Ambiental: repensando o
espaço da cidadania. 2. ed. Cortez: São Paulo.
BÜHLER, C.A.P.; SMANIOTTO, E.; TAROUCO, I.M.; RIEDEL, R.M. 2001 Bom Eco – Educação
Ambiental, um alerta vital. Rev. PEC, Curitiba, v.1., n.1. p 1-4.
DIAS. G. F. Educação ambiental princípios e práticas. 9. ed. São Paulo: Editora Gaia. 2010.
GADOTTI, M.. Pedagogia da Terra – Idéias centrais para um debate. I Fórum Internacional
sobre Ecopedagogia. Universidade do Porto – Portugal. 2000
GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa em educação ambiental. In PHILIPPI JR., A. &
PELICIONI, M.C.F. (Org.) Educação Ambiental e Sustentabilidade. São Paulo: Manole. 2005.
45
REFERÊNCIAS
PHILIPPI Jr., A.; PELICIONI, M.C.F.(ed). Educação ambiental e sustentabilidade. São Paulo:
Manole. 2005.
SATO, M. & SANTOS, J.E. DOS. Tendências nas pesquisas em Educação Ambiental. In
NOAL, F.; BARCELOS, V. (Orgs.) Educação ambiental e cidadania: cenários brasileiros. Santa Cruz
do Sul: EDUNISC. 2003.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo - razão e emoção. São Paulo: Hucitec.
1999.
SOARES, A.M.D; OLIVEIRA, L.M.T DE; PORTILHO, E.S.; CORDEIRO, L.C; CAVALCANTE, D.K.
Educação ambiental: construindo metodologias e práticas participativas.
YOUNG, H.P. 2001. Preservação ambiental: uma retórica no espaço ideológico da manutenção do
capital. Rev. FAE, Curitiva, v.4, n.3, p. 25-36
46
ANEXO A
Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999
CAPÍTULO I
DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Art. 3o Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito
à Educação Ambiental, incumbindo: Educação Ambiental 205 e 225 da
Constituição Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão
ambiental, promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e o
engajamento da sociedade na conservação, recuperação e melhoria do meio
ambiente;
Educação Ambiental
47
ANEXO
48
ANEXO
CAPÍTULO II
Seção I
Disposições Gerais
IV – acompanhamento e avaliação.
49
ANEXO
Seção II
I – Educação básica:
a) Educação Infantil;
b) Ensino Fundamental e
c) Ensino Médio;
II – Educação superior;
IV – Educação profissional;
Art. 10. A Educação Ambiental será desenvolvida como uma prática educativa
integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino
formal.
50
ANEXO
Seção III
51
ANEXO
VII – o ecoturismo.
CAPÍTULO III
Parágrafo único. Na eleição a que se refere o caput deste artigo, devem ser
contemplados, de forma equitativa, os planos, programas e projetos das
diferentes regiões do País.
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS
52
ANEXO
Art. 20. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias de
sua publicação, ouvidos o Conselho Nacional de Meio Ambiente e o Conselho
Nacional de Educação.
53
ANEXO B
Decreto no 4.281, de 25 de junho de
2002
Art. 2o Fica criado o Órgão Gestor, nos termos do art. 14 da Lei no 9.795, de
27 de abril de 1999, responsável pela coordenação da Política Nacional de
Educação Ambiental, que será dirigido pelos Ministros de Estado do Meio
Ambiente e da Educação.
54
ANEXO
55
ANEXO
56
ANEXO
57