Fichamento - Bahaus

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Universidade Católica de Santos

Arquitetura e Urbanismo
Denis Ferri
Giulia Lanigra Husni – AR.N1.17
Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo V

GROPIUS, Walter.
Minha concepção da ideia de Bauhaus. In: A Bauhaus e a novaarquitetura. São Paulo:
Perspectiva, 2001

O contexto do livro aqui apresentado, aborda a criação e o funcionamento da escola de


arquitetura e artes, Bahaus. onde Gropius, antes de tudo, divide vivências e opiniões e descreve
os métodos de ensino de maneira peculiar de como enxergava a arte e a arquitetura. Da mesma
maneira aborda o surgimento do “novo” é a integração das pessoas com essas mudanças.
O livro apresenta o passo a passo de como, o próprio Gropius desenvolveu e aplicou novas
técnicas de ensino para a formação de designers, arquitetos e urbanistas na Bahaus, no século
XX.
O livro apresenta o passo a passo de como, o próprio Gropius desenvolveu e aplicou novas
técnicas de ensino para a formação de designers, arquitetos e urbanistas na Bauhaus, no século
XX. Gropius baseia suas idéias na necessidade de renovação na área de preparação desses
profissionais, pois as metodologias e escolas existentes não formavam seus alunos para
encontrarem soluções criativas para as questões e problemas da época. Bauhaus foi a primeira
escola de designer no mundo e disseminou o que hoje parece natural: a combinação de beleza
e funcionalidade. "O cérebro humano é como um chapéu de chuva, funciona melhor quando
aberto", (Walter Gropius). A Bauhaus foi uma escola de arte que revolucionou, de forma
vanguardista, a arquitetura e o design, visando o desenvolvimento de projetos que
incorporassem as necessidades da época. Em meio a explosão industrial, guerra e crises
econômicas, Walter Gropius, criou um novo conceito acadêmico para a formação desses
profissionais, integrando-os a sociedade. Este novo conceito foi responsável por mudanças na
estética moderna e que até hoje influenciam escolas de design e arquitetura de todo o mundo.
Ele evidencia que estes profissionais deveriam ter uma instrução mais prática, realista e
tecnológica, ao invés de uma formação subjetiva e totalmente teórica como era aplicado até
então. Deixando claro que os alunos deveriam receber uma formação baseada no conhecimento
e aperfeiçoamento de novas técnicas, inserindo-os no cotidiano prático das atividades de um
arquiteto, a fim de proporcionar conhecimento e experiências suficientes para que estes fossem
capazes de desenvolver, por si só, propostas criativas na busca de soluções para as questões a
serem solucionadas em suas áreas de atuação. Gropius enumera várias propostas de como deve
atuar os professores e a instituição na formação acadêmica destes novos designers e arquitetos,
direcionando cada etapa do curso de formação e como cada área e disciplina deveriam ser
dispostas no decorrer do curso, para que ao final, fosse formado um arquiteto completo. A
busca incessante de Gropius por preparar arquitetos com embasamento teórico e criativo,
capazes de gerar transformações significativas em suas áreas, foi o que direcionou a base de
ensino da Bauhaus.

"Devemos dar mais oportunidades à juventude para que faça


experiência pessoal durante o tempo de sua formação; pois somente
quando deixamos que descubra sozinha os fatos, o conhecimento
poderá converter-se em sabedoria". (Walter Gropius).

Ele percorre por todos os assuntos da arquitetura. Tudo é detalhado, como a nova arquitetura,
e a maneira com que os materiais são utilizados. Dando importância ao planejamento, as
tendências na construção com o máximo de economia na utilização do solo, das técnicas
construtivas e dos materiais. Tendo atenção a diferentes formas de materiais, como vidro,
madeira, metal e outros. Por fim ressalta a importância do trabalho em grupo, e trata da
arquitetura e design como um serviço para a humanidade.
A Bauhaus tinha como princípio não somente propor uma nova estética, mas também de
promover uma mudança social com a modernidade e inteligência de projetos e recursos. A
Escola era norteada por três princípios: arquitetura trabalhadores;
1. Direcionamento da nova para os trabalhadores
2.Rejeição a todos os objetos e adereços burgueses;
3. Retorno aos princípios básicos da arquitetura ocidental, definindo uma forma clássica de
moradia racional.
A Bauhaus estabeleceu uma interligação com todo o tipo de arte, até as consideradas
"inferiores", como cerâmica, tecelagem e marcenaria e preconizava o uso de desenhos
autênticos e textura inovadoras. O uso de novos materiais pré-fabricados e móveis em aço,
sempre funcionais foi uma marca da Bauhaus, que marcava seus projetos com simplificação de
volumes, geometrização de formas e predomínio de linhas retas.
A Bauhaus com todas essas inovações na arquitetura e design, bem como no ensino de novos
arquitetos, fundou a "era funcionalista", propondo durante 14 anos uma nova cultura ao homem
e seu ambiente e partilhava com a República Alemã um desejo de renovação. Antes do
fechamento da escola por Adolf Hitler em 1933 a Escola Passou por diferentes diretores e três
fases que foram marcadas por diferentes características e propostas.
A primeira fase da Bauhaus ocorreu de 1919 a 1923, logo após sua criação na época de Weimar.
Nesta época, seu pai espiritual Gropius escreve em seu manifesto de fundação, estabelecendo
que a meta de toda atividade plástica é a construção e a decoração e estas são as tarefas mais
nobres das artes. A Escola foi um catalisador de atitudes inteiramente novas em relação à
existência.
A segunda fase da Bauhaus ocorreu de 1923 a 1928 e, em 1926, a escola se estabelece em
Dessau. A escola leva ao apogeu a valorização das necessidades humanas e estabelece o
funcionalismo, a estética clean e funcional. A escola foi coordenada por Hannes Meyer que,
apesar de arquiteto, valorizou o conforto e evidenciou o design industrial na Bauhaus. O
construtivismo do húngaro Lazlo Maholy Nagy também dominou a Escola nesta fase,
contribuindo para que a arte e a tecnologia convivessem harmonicamente sem traumas.
A terceira fase da Bauhaus ocorreu de 1928 a 1933 e foi marcada por modificações de Meyer
fez no currículo da Escola, acrescentando aulas de psicologia, economia, sociologia e biologia.
As antigas características da Escola desapareceram e esta passou a ser mais científica e
politizada. Muitos artistas importantes deixaram a Bauhaus nessa época dentre eles Schlemmer,
Klee, Mohogy-Nagy. Meyer cabou deixando a Bauhaus em 1930 por pressões políticas, deixando
a escola aos cuidados de Mies Van der Rohe. Assim, se segue uma fase marcada pela tentativa
do arquiteto Mies de salvar a Bauhaus do extremismo e, recuperar seu projeto inicial, conciliando
forma, função e espiritualidade, através de uma rigorosa preocupação com a arquitetura. A
Bauhaus era, nesta época, uma Escola superior de arquitetura e design. Em 1932 a Bauhaus foi
obrigada a mudar para Berlim, por motivos políticos novamente, continuando seus trabalhos em
uma condição adversa.
Em 1933 a Escola sofria graves pressões políticas do governo e acabou sendo fechada por Hitler,
porém no decorrer das décadas seguintes, a Escola tornou-se o aspecto central da atividade
configurativa, tornando-se uma "Escola da Vida" devido a sua filosofia construtiva em comum,
que era pregada em seus métodos.
Walter Gropius nasceu em 18 de maio de 1883, em Berlim, Alemanha, originário de uma
tradicional família de Braunschweig. Estudou arquitetura no politécnico em Munique e em Berlim
- Charlottenburg, não finalizando o curso. Com o auxílio de Karl- Ernsf, Gropius conseguiu um
lugar como assistente no atelier de Peter Behrens, famoso arquiteto e designer de Berlim. Neste
momento, Gropius aprendeu a funcionalidade das ferramentas de um arquiteto, as bases de
marketing e uma maneira de entender o contexto no qual se inseria todo o processo de criação
e construção.
Em 1910 abriu seu próprio atelier, e buscou apoio em colaboradores como: Adolf Meyer, Carl
Fieger e Ernsf Neufert. Sendo que Adolf Meyer teve grande importância no desenvolvimento
deste novo projeto de Gropius, devido ao fato de não ter habilidade com desenhos, dependia
do apoio de seus colaboradores. Walter Gropius e o seu então sócio, Adolf Meyer, foram
responsáveis pela criação e construção do projeto dos edifícios da Fábrica Fagus em Alfed, em
1911. Com enormes estruturas em vidro, sem apoios, reduziram ao máximo uso de tijolos.
Gropius desenvolveu uma nova forma de criação e construção para edifícios fabris, que até hoje
é considerado um dos principais modelos do modernismo arquitetônico. Gropius acreditava que
o projeto de um edifício e a sua funcionalidade, precisavam ser direcionados para um nível
artístico tecnológico.
Em 1918, com o fim da guerra, tornou-se membro fundador do Conselho de Trabalho para a
arte, em Berlim. Foi nomeado diretor, em 1919, da academia de Belas-Artes e da escola de
artes e Ofícios de Weimar. Que originaram, de suas junções a Staatliches Bauhaus de Weimar.
Gropius foi responsável pela direção da Bauhaus até 1928, quando teve que se afastar da
instituição por questões políticas. Walter Gropius passa a lecionar na Universidade de Harvard,
nos EUA a partir de 1937, e no ano seguinte torna-se diretor do departamento de arquitetura
da mesma. Morreu em Boston em 1969, e foi sepultado em Brandemburgo, na Alemanha. A
obra de Gropius volta-se inteiramente para a arquitetura, mas com uma essência
multidisciplinar, que evoca as funções pedagógicas e didáticas, além de sociológicas e
econômicas de maneira mais clara e expressiva para o seu contexto histórico.
A Bauhaus nasceu, mudou muito, foi fechada, reabriu e continua ditando tendências e propondo
um design que não envelheceu. Propôs mudanças em conceitos sociais através da arquitetura,
arte e funcionalismo de suas obras, que motivaram um século a pensar sobre o conceito de

O contexto do
comunidade e espaço.

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