Doenças de Árvores Urbanas
Doenças de Árvores Urbanas
Doenças de Árvores Urbanas
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BIBLIOTECA
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02\rvores ZfrbAIJAS
Colombo, PR
1996
EMBRAPA-CNPF. Documentos, 28 ISSN 0101-7691
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©EMBRAPA 1996
COMITÊ DE PUBLICAÇÕES DO CNPF
1996
Titulares Suplentes
Produção_
Setor de Difusão de t ecnologia
Lay-out da capa
Vera Lucia Beirrutti Eifler
Composição e diagramação
Guiomar Moreira de Souza Braguinia
Tratamento editorial e revisão de texto
Carmen Lucia Cassilha Stival
Guiomar Moreira de Souza Braguinia
Fotos
Celso Garcia Auer
Vera Lucia Beirrutti
Impressão
Gráfica Radial Ltda.
Fone/Fax: (041) 276-3445
EMBRAPA-CNPF
SUMÁRIO BIBLIOTECA
RESUMO 7
INTRODUÇÃO 7
PROBLEMAS ABIÓTlCOS 8
1. Temperatura 8
2. Umidade 9
3. Solo 9
4. Luminosidade ' 10
6. Distúrbios climáticos 11
1. Doenças em raízes 11
2. Doenças do tronco 12
3. Doenças foliares 13
4. Plantas parasitas 14
6. Alelopatia 14
MEDIDAS DE CONTROLE : 15
CONCLUSÃO 16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 17
, *
DOENÇAS DE ARVORES URBANAS
RESUMO
INTRODUÇÃO
As árvores em centros urbanos fornecem uma série de
benefícios ao homem e a outros seres vivos, na forma de alimento e de
proteção, além dos aspectos subjetivos de embelezamento estético e
lazer.
i. TEMPERATURA
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2. UMIDADE
Uma série de distúrbios fisiológicos decorrem do excesso de
umidade. O alagamento do solo acarreta deficiência de oxigênio
para as raízes e reações de oxi-redução que tornam elementos como
o ferro, e outros, indisponíveis à absorção. A inundação de solos pode
ter origem natural, em períodos de intensa precipitação, ou
decorrente da atividade humana, por ocasião de assoreamento de
córregos e rios poluídos. Plantas sob excessiva irrigação ou em
ambiente extremamente' úmido apresentam um tipo de anomalia
foliar expressa pela formação de edemas, teratomas ou calos foliares,
cujo ressecamento fornece um aspecto coriáceo.
3. SOLO
A cobertura de concreto e asfalto dificulta a atividade microbiana
do solo, bem como o arejamento do sistema radicular das árvores
plantadas sob estas condições. Tais indivíduos entram em declínio
expresso visualmente pelo amarelecimento da folhagem, crescimento
retardado, secamento de galhos e ponteiros e morte. Obras urbanas e
aterros podem soterrar o sistema radicular e matar as raízes. A
implantação de redes de água e esgoto podem causar, também,
danos às roizes. quando da perfuração do solo, corte de raízes e
posterior compactação.
9
A disponibilidade dos elementos minerais também pode ser
regulada pelo pH do solo. Elementos essenciais são insolúveis em
extremos de acidez ou de alcalinidade ou ficarem tão disponíveis a
ponto de tornarem-se fito tóxicos.
4. LUMINOSIDADE
otipo de regime luminoso preferido ou adequado à árvore deve
ser conhecido para o seu plantio em locais próprios. Plantas
adaptadas a pleno sol colocadas em locais sombreados apresentam
folhas amareladas, hastes flácidas, entre-nós alongados, dedínio da
copa, seca de ponteiros e podem até morrer. No outro extremo,
plantas de pouca luminosidade plantadas a pleno sol mostram
amarelecimento de folhas, sofrem déficit hidrico. secamento de folhas
e galhos e posterior morte.
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pode ser expressa por necroses ou manchas foliares, dorose e
encarquilhamento do limbo foliar, superbrotamento, redução no
crescimento e morte. A expressão dos sintomas será em função do
estádio de desenvolvimento da árvore, tipo de princípio ativo, sua
concentração, dosagem, hora e forma de aplicação.
6. DISTÚRBIOS CLIMÁTICOS
PROBLEMAS BIÓTICOS
1. DOENÇAS EM RAíZES
II
ofungo ArmiJlaria sp. ocorre em árvores plantadas em solos rasos,
com problema de drenagem e com elevado teor de matéria
orgânica, principalmente resíduos de mata ou de árvores previamente
atacadas. Essa doença foi encontrada em araucária (Araucaria
angusfifolia), Pinus spp.. sibipiruna (Caesalpinia pe/fhophoroides) e
outras árvores. RoseJlinia sp. foi encontrado infectando raízes de
Populus sp. O outro fungo é Ganoderma sp. associado a alecrim-de-
campinas (Ho/ocalyx g/aziovii), flamboyant (De/onix regia)', pau-brasil
(Caesalpinia echinafa), que ocorre sob condições inadequadas de
aeraçâo ao sistema radicular, compactação e aquecimento
excessivo do solo, em calçadas e parques.
2. DOENÇAS DO TRONCO
l2
vias de entrada para podridões do tronco. A podridão e o cancro
preocupam pela possibilidade da árvore sofrer quebra de fuste, sob
ação de ventos fortes. Os fungos pertencentes à classe Basidiomicetos
são os principais agentes causadores de podridão.
3. DOENÇAS FOL/ARES
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4. PLANTAS PARASITAS
6. ALELOPATIA
Fenômeno caracterizado pela interferência de uma especle de
árvore no crescimento de outras, através da liberação de substâncias
fitotóxicas no ambiente. Tal mecanismo serve de proteção à árvore
produtora contra a competição por solo e luz. Os principais tipos de
liberação das substâncias alelopáticas são: (1) exsudação pelas folhas
e passagem para o solo através do orvalho ou chuva, (2) exsudação
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pelas raízes e (3) decomposição de matéria orgãnica da planta
produtora. Como efeitos, têm-se:
MEDIDAS DE CONTROLE
ocontrole de doenças de árvores públicas deve ser especifico
para cada espécie, apesar de certos problemas poderem ser reunidos
e combatidos similarmente. 'A seguir, as medidas de controle são
conceituadas e exemplificadas:
15
5. TerapIa - cura da planta doente.
• aplicação de fertilizantes para recuperação do sistema
radicular e da copa (podridão de roízes. cancros e
manchas foliares)
• aplicação de condicionadores e corretivos de solo
(podridão de raízes)
• aplicação de defensivos agrícolas (geral)
• cirurgia de lesões em raízes e troncos (podridões e
cancros)
CONCLUSÃO
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a) a seleção e escolha de espécies arbóreas apropriadas ao local
(sítio) de plantio;
b) a elaboração de monitoramento de efeitos, ocorrência e
distribuição de pragas e doenças, o qual permitirá tratamentos e
decisões adequadas. Fatos como espécies inadequadas ao local,
uso excessivo de uma espécie suscetível, qualidade inferior de
mudas, falta de tutoramento e podas erradas poderão ser
corrigidos e modificados;
c) a eliminação de agentes estressantes à árvore torna-se importante
para evitar o surgimento de patógenos secundários e o ataque de
insetos;
d) as podas de manutenção devem ser efetua das de modo a auxiliar
os mecanismos naturais de cicatrização da árvore, evitando porta
de entrada para insetos broqueadores e fungos apodrecedores de
madeira;
e) as medidas de controle serão aplicadas quando os danos
justificarem sua necessidade. O uso de produtos químicos deverá ter
como critérios a real necessidade da aplicação e o perfeito
conhecimento do impacto ornbientol. notadamente ao
lOecossistemalOurbano e ao homem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
17
SANTIAGO, D.V.R. Controle fitossanitário em arborização urbana. In:
ENCONTRO NACIONAL SOBRE ARBORIZAÇÃO URBANA, 3., 1990,
Curitiba, 1990. 111 Encontro ... Curitiba: FUPEF/Universidade Federal
do Paraná, 1990. p. 101-114.
TATIAR, T.A, Diseases of shade trees. New York: Academic Press, 1978.
361p.
18
República Federativa do Brasil
Presidente: Fernando Henrique Cardoso
Ministério da Agricultura, do. Abastecimento e da Reforma Agrária
Ministro: Arlindo Porto
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-EMBRAPA
Presidente: Alberto Duque Portugal
Diretores:
José Roberto Rodrigues Peres
Dante Daniel Giacomelli Scolari
Elza Ângela Battaggia Brito da Cunha
Centro Nacional de Pesquisa de Florestas-CNPF
Chefe Gerol: Certos Alberto Ferreiro
Chefe Adj. de Pesq. e Desenvolvimento: Antonio Francisco J. Bellote
Chefe Adjunto de Apoio Técnico: Helton Damin da Silva
Chefe Adj. de Apoio Administrativo: João Alfredo Sotomaior Bittencourt