A Ética Na Magistratura
A Ética Na Magistratura
A Ética Na Magistratura
INTRODUÇÃO
a
s questões que permeiam a ética na Magistratu-
ra são eminentemente variadas, uma vez que
inúmeros fatores interferem na conduta a ser
implementada por um juiz, no exercício pleno e
efetivo da prestação jurisdicional, aplicando a
norma posta ao caso concreto, no intuito de pacificar as
demandas sociais.
Esse breve estudo pretende apresentar um panorama
geral sobre esse assunto, traçando comentários sobre a ética e a
moral, códigos de ética, normas constitucionais e infraconstitu-
cionais de direcionamento ético na Magistratura, Conselho
Nacional de Justiça, Deontologia na Magistratura, circunstân-
cias que afligem a Magistratura e, mais especificamente, a Jus-
tiça do Trabalho para, ao final, apresentar uma perspectiva do
que se espera do juiz contemporâneo.
1. ÉTICA E MORAL
1
Texto base utilizado para palestra proferida no dia 16 de abril de 2014, no VII
Congresso Brasileiro de Direito Social, realizado na cidade de São Paulo pelo
Instituto Brasileiro de Direito Social Cesarino Junior, sob a coordenação da
Professora Doutora Marly Cardone.
2
Mestre em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Pós-
graduado lato sensu em Direito Processual Civil, Direito Material e Processual do
Trabalho, Saúde Pública e Direito Sanitário. Membro Pesquisador do Instituto
Brasileiro de Direito Social Cesarino Junior, Seção brasileira da "Société
Internationale de Droit du Travail et de la Sécurité Sociale".
3
SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. Atualizadores: Nagib Slaibi Filho e
Priscila Pereira Vasques Gomes. 29 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012. p. 328.
4
NALINI, José Renato. Ética no terceiro milênio. Cadernos Jurídicos. Escola
Paulista da Magistratura. São Paulo. v.2. n.3. p.121-6. jan./fev. 2001. p. 121.
RIDB, Ano 3 (2014), nº 8 | 5431
5
SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. Atualizadores: Nagib Slaibi Filho e
Priscila Pereira Vasques Gomes. 29 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012. p. 929.
6
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Ética na Magistratura. Revista do Tribunal
Regional do Trabalho da 15ª Região. Campinas. n.14. p.52-9. 2001. p. 53.
7
SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. Atualizadores: Nagib Slaibi Filho e
Priscila Pereira Vasques Gomes. 29 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012. p. 929.
8
SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. Atualizadores: Nagib Slaibi Filho e
Priscila Pereira Vasques Gomes. 29 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012. p. 571.
9
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Ética na Magistratura. Revista do Tribunal
Regional do Trabalho da 15ª Região. Campinas. n.14. p.52-9. 2001. p. 53.
10
SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. Atualizadores: Nagib Slaibi Filho e
Priscila Pereira Vasques Gomes. 29 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012. p. 571.
11
LEVENHAGEN, Antonio José de Barros. A ética e a magistratura na visão de um
juiz do trabalho. LTr: revista legislação do trabalho. São Paulo. v.61. n.4. p.471-4.
abr. 1997. p. 471.
5432 | RIDB, Ano 3 (2014), nº 8
12
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Ética na Magistratura. Revista do Tribunal
Regional do Trabalho da 15ª Região. Campinas. n.14. p.52-9. 2001. p. 53.
13
NABARRETE, André. Ética da magistratura. Revista do Tribunal Regional
Federal. 3ª Região. São Paulo. n.36. p.57-60. out./dez. 1998. p. 57.
14
NABARRETE, André. Ética da magistratura. Revista do Tribunal Regional
Federal. 3ª Região. São Paulo. n.36. p.57-60. out./dez. 1998. P . 57.
15
Disponível em
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:jToDCfRI-
6AJ:www.dhnet.org.br/dados/manuais/dh/mundo/rover/c5.htm+&cd=4&hl=pt-
BR&ct=clnk&gl=br acesso em 23.03.2014.
RIDB, Ano 3 (2014), nº 8 | 5433
2. CÓDIGOS DE ÉTICA
16
Disponível em
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:jToDCfRI-
6AJ:www.dhnet.org.br/dados/manuais/dh/mundo/rover/c5.htm+&cd=4&hl=pt-
BR&ct=clnk&gl=br acesso em 23.03.2014.
17
Disponível em
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:jToDCfRI-
6AJ:www.dhnet.org.br/dados/manuais/dh/mundo/rover/c5.htm+&cd=4&hl=pt-
BR&ct=clnk&gl=br acesso em 23.03.2014.
18
Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. Em palestra na Escola Judicial da
15ª, ministro Sidnei Beneti fala sobre ética na Magistratura. Disponível em:
<http://trt-15.jusbrasil.com.br/noticias/3108263/em-palestra-na-escola-judicial-da-
15-ministro-sidnei-beneti-fala-sobre-etica-na-magistratura>. Acesso em 23.03.2014.
5434 | RIDB, Ano 3 (2014), nº 8
19
Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. Em palestra na Escola Judicial da
15ª, ministro Sidnei Beneti fala sobre ética na Magistratura. Disponível em:
<http://trt-15.jusbrasil.com.br/noticias/3108263/em-palestra-na-escola-judicial-da-
15-ministro-sidnei-beneti-fala-sobre-etica-na-magistratura>. Acesso em 23.03.2014.
20
Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. Em palestra na Escola Judicial da
15ª, ministro Sidnei Beneti fala sobre ética na Magistratura. Disponível em:
<http://trt-15.jusbrasil.com.br/noticias/3108263/em-palestra-na-escola-judicial-da-
15-ministro-sidnei-beneti-fala-sobre-etica-na-magistratura>. Acesso em 23.03.2014.
21
BALBELA DE DELGUE, Jacinta. Etica del Magistrado. Revista de la Facultad
de Derecho y Ciencias Sociales. Montevideo. v.31. n.33-4. p.101-9. jul./dic. 1990. p.
102.
RIDB, Ano 3 (2014), nº 8 | 5435
25
Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. Em palestra na Escola Judicial da
15ª, ministro Sidnei Beneti fala sobre ética na Magistratura. Disponível em:
<http://trt-15.jusbrasil.com.br/noticias/3108263/em-palestra-na-escola-judicial-da-
15-ministro-sidnei-beneti-fala-sobre-etica-na-magistratura>. Acesso em 23.03.2014.
26
Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. Em palestra na Escola Judicial da
15ª, ministro Sidnei Beneti fala sobre ética na Magistratura. Disponível em:
<http://trt-15.jusbrasil.com.br/noticias/3108263/em-palestra-na-escola-judicial-da-
15-ministro-sidnei-beneti-fala-sobre-etica-na-magistratura>. Acesso em 23.03.2014.
27
NABARRETE, André. Ética da magistratura. Revista do Tribunal Regional
Federal. 3ª Região. São Paulo. n.36. p.57-60. out./dez. 1998. p. 60.
28
NABARRETE, André. Ética da magistratura. Revista do Tribunal Regional
Federal. 3ª Região. São Paulo. n.36. p.57-60. out./dez. 1998. p. 60.
RIDB, Ano 3 (2014), nº 8 | 5437
29
NABARRETE, André. Ética da magistratura. Revista do Tribunal Regional
Federal. 3ª Região. São Paulo. n.36. p.57-60. out./dez. 1998. p. 58.
30
NALINI, Jose Renato. A ética e a Magistratura do Trabalho. Revista do Tribunal
Regional do Trabalho da 15a. Região. Campinas. n.9. p.9-16. 1997. p. 12-13.
31
NABARRETE, André. Ética da magistratura. Revista do Tribunal Regional
Federal. 3ª Região. São Paulo. n.36. p.57-60. out./dez. 1998. p. 58-59.
5438 | RIDB, Ano 3 (2014), nº 8
33
LAZZARINI, Álvaro. Deontologia da Magistratura: o juiz, suas atribuições
funcionais, seus compromissos éticos. A Forca Policial. São Paulo. n.17. p.43-65.
jan./mar. 1998. p. 62.
RIDB, Ano 3 (2014), nº 8 | 5445
parte.
Parágrafo único. Reputar-se-ão verificadas as
hipóteses previstas no no II só depois que a parte, por
intermédio do escrivão, requerer ao juiz que determine a
providência e este não Ihe atender o pedido dentro de 10 (dez)
dias.
Seção II
Dos Impedimentos e da Suspeição
Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no
processo contencioso ou voluntário:
I - de que for parte;
II - em que interveio como mandatário da parte,
oficiou como perito, funcionou como órgão do Ministério
Público, ou prestou depoimento como testemunha;
III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição,
tendo-lhe proferido sentença ou decisão;
IV - quando nele estiver postulando, como advogado
da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu,
consangüíneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral até
o segundo grau;
V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim,
de alguma das partes, em linha reta ou, na colateral, até o
terceiro grau;
VI - quando for órgão de direção ou de administração
de pessoa jurídica, parte na causa.
Parágrafo único. No caso do no IV, o impedimento só
se verifica quando o advogado já estava exercendo o
patrocínio da causa; é, porém, vedado ao advogado pleitear
no processo, a fim de criar o impedimento do juiz.
Art. 135. Reputa-se fundada a suspeição de
parcialidade do juiz, quando:
I - amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das
partes;
II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz,
de seu cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na
colateral até o terceiro grau;
III - herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de
alguma das partes;
IV - receber dádivas antes ou depois de iniciado o
processo; aconselhar alguma das partes acerca do objeto da
causa, ou subministrar meios para atender às despesas do
RIDB, Ano 3 (2014), nº 8 | 5449
litígio;
V - interessado no julgamento da causa em favor de
uma das partes.
Parágrafo único. Poderá ainda o juiz declarar-se
suspeito por motivo íntimo.
Art. 136. Quando dois ou mais juízes forem parentes,
consangüíneos ou afins, em linha reta e no segundo grau na
linha colateral, o primeiro, que conhecer da causa no tribunal,
impede que o outro participe do julgamento; caso em que o
segundo se escusará, remetendo o processo ao seu substituto
legal.
Art. 137. Aplicam-se os motivos de impedimento e
suspeição aos juízes de todos os tribunais. O juiz que violar o
dever de abstenção, ou não se declarar suspeito, poderá ser
recusado por qualquer das partes (art. 304).
Art. 138. Aplicam-se também os motivos de
impedimento e de suspeição:
I - ao órgão do Ministério Público, quando não for
parte, e, sendo parte, nos casos previstos nos ns. I a IV do art.
135;
II - ao serventuário de justiça;
III - ao perito; (Redação dada pela Lei nº 8.455, de
24.8.1992)
IV - ao intérprete.
§ 1o A parte interessada deverá argüir o impedimento
ou a suspeição, em petição fundamentada e devidamente
instruída, na primeira oportunidade em que Ihe couber falar
nos autos; o juiz mandará processar o incidente em separado e
sem suspensão da causa, ouvindo o argüido no prazo de 5
(cinco) dias, facultando a prova quando necessária e julgando
o pedido.
§ 2o Nos tribunais caberá ao relator processar e julgar
o incidente.
34
BALBELA DE DELGUE, Jacinta. Etica del Magistrado. Revista de la Facultad
de Derecho y Ciencias Sociales. Montevideo. v.31. n.33-4. p.101-9. jul./dic. 1990. p.
102.
35
PRUDENTE, Antônio Souza. Ética e deontologia da Magistratura do terceiro
milênio. Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. Campinas. n.12.
p.43-8. 2000. p. 45.
5454 | RIDB, Ano 3 (2014), nº 8
5. DEONTOLOGIA DA MAGISTRATURA
39
Disponível em < http://www.gddc.pt/direitos-humanos/textos-internacionais-
dh/tidhuniversais/dhaj-pcjp-18.html> Acesso em 23.03.2014.
5456 | RIDB, Ano 3 (2014), nº 8
40
Disponível em < http://www.cnj.jus.br/codigo-de-etica-da-magistratura> acesso
em 23.03.2014.
41
Disponível em < http://www.cnj.jus.br/codigo-de-etica-da-magistratura> acesso
em 23.03.2014.
42
Disponível em < http://www.cnj.jus.br/codigo-de-etica-da-magistratura> acesso
em 23.03.2014.
RIDB, Ano 3 (2014), nº 8 | 5457
43
Disponível em
<http://www.sitios.scjn.gob.mx/ciej/sites/default/files/axiologicos/codigo_ibero_0.p
df. Acesso em 23.03.2014.
44
Disponível em: < http://www.justicaindependente.net/posicoes/codigo-modelo-
ibero-americano-de-etica-judicial.html> Acesso em 08.04.2014.
45
Lipp, Marilda E. Novaes; Tanganelli, M. Sacramento. Stress e Qualidade de Vida
5458 | RIDB, Ano 3 (2014), nº 8
47
Lipp, Marilda E. Novaes; Tanganelli, M. Sacramento. Stress e Qualidade de Vida
em Magistrados da Justiça do Trabalho: Diferenças entre Homens e Mulheres. Dis-
ponível em: <http://www.scielo.br/pdf/prc/v15n3/a08v15n3.pdf> Acesso
08.04.2014.
48
SCRIBONI, Marília. CNJ vai mapear problemas de saúde dos magistrados.
Disponível em: < http://www.conjur.com.br/2012-abr-21/cnj-mapear-principais-
problemas-saude-magistrados >. Acesso em 23.03.2014.
5460 | RIDB, Ano 3 (2014), nº 8
49
MORAIS, Rachel. Juiz ironiza na web demora do CNJ em aprovar a volta dele ao
trabalho. Disponível em: <http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2014/02/juiz-
ironiza-na-web-demora-do-cnj-em-aprovar-volta-dele-ao-trabalho.html>. Acesso em
23.03.2014.
50
MORAIS, Rachel. Juiz que ironizou CNJ na web pede exoneração. Disponível
em: < http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2014/03/juiz-que-ironizou-cnj-na-
5464 | RIDB, Ano 3 (2014), nº 8
7. JUSTIÇA DO TRABALHO
8. JUÍZES CONTEMPORÂNEOS
60
CINTRA JUNIOR, Dyrceu Aguiar Dias. Magistratura democrática e o direito
alternativo - em busca de uma nova ética de jurisdição. Revista dos Tribunais. São
Paulo. v.82. n.691. p.53-8. maio. 1993. p. 55.
61
PRUDENTE, Antônio Souza. Ética e deontologia da Magistratura do terceiro
milênio. Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. Campinas. n.12.
p.43-8. 2000. p. 47.
62
PRUDENTE, Antônio Souza. Ética e deontologia da Magistratura do terceiro
milênio. Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. Campinas. n.12.
p.43-8. 2000. p. 48 .
63
NALINI, Jose Renato. A ética e a Magistratura do Trabalho. Revista do Tribunal
Regional do Trabalho da 15a. Região. Campinas. n.9. p.9-16. 1997. p. 9-10.
64
NALINI, Jose Renato. A ética e a Magistratura do Trabalho. Revista do Tribunal
Regional do Trabalho da 15a. Região. Campinas. n.9. p.9-16. 1997. p. 11.
5468 | RIDB, Ano 3 (2014), nº 8
melhor. Ele não pode ser o profissional que vive das crises,
que se alimenta da miséria humana, que estimula os conflitos.
A função do Direito, no terceiro milênio, será a pacificação da
comunidade e a edificação da harmonia”.65
A visão contemporânea dos magistrados, portanto, impe-
de que sua função se restrinja a bouche de la loi, segundo a
ótica de Montesquieu,66 pois implica no exercício de suas com-
petências de maneira mais ativa, realizando a justiça, ao inter-
pretar a norma, segundo “aos fins sociais a que ela se dirige e
às exigências do bem comum”, nos termos do artigo 5º da Lei
de Introdução as Normas do Direito Brasileiro, mas não deve
chegar ao extremo de que o juiz se confunda com o legislador
ao em vez de declarar o significado das normas.67
Os membros do Poder Judiciário ao usarem “os seus
poderes, em verdade os exercem como deveres para com o
povo a que servem”68
A prudência é um ato complexo que não se resume a pre-
vidência, pois “sendo próprio da prudência a previsão do futu-
ro, cabe-lhe, assim, distinção e comparação do passado e do
presente, para disso extrair a previsão do futuro”.69
A ética deve temperar a autoridade para evitar o autorita-
rismo, portanto, o princípio da separação de poderes nada mais
é do que uma forma de consagrar a ética no ente estatal ao
impedir a concentração de poder protegendo a democracia, a
65
NALINI, Jose Renato. A crise do Direito e o resgate da ética. LEX:
Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e Tribunais Regionais Federais. São
Paulo. v.11. n.113. p.9-18. jan. 1999. p. 17 .
66
DIP, Ricardo. Prudência judicial e consciência. Revista Forense. Rio de Janeiro.
v.106. n.408. p.299-316. mar./abr. 2010. p. 301.
67
DIP, Ricardo. Prudência judicial e consciência. Revista Forense. Rio de Janeiro.
v.106. n.408. p.299-316. mar./abr. 2010. p. 301.
68
LAZZARINI, Álvaro. Deontologia da Magistratura: o juiz, suas atribuições
funcionais, seus compromissos éticos. A Forca Policial. São Paulo. n.17. p.43-65.
jan./mar. 1998. p. 43.
69
DIP, Ricardo. Prudência judicial e consciência. Revista Forense. Rio de Janeiro.
v.106. n.408. p.299-316. mar./abr. 2010. p. 306.
RIDB, Ano 3 (2014), nº 8 | 5469
cidadania e a liberdade.70
Na atualidade, como salientado por Antônio Rulli, “a éti-
ca exige da autoridade do juiz a isenção, a imparcialidade, a
independência, a probidade, a responsabilidade e a crença nos
valores humanos, respeito ao cidadão e aos Direitos Humanos”
e, no caso da imparcialidade, pressupõe do magistrado “equilí-
brio emocional, vocação, sensibilidade e intuição”.71
O problema da mídia nas questões éticas é que prefere
divulgar e propagandear os casos de desvio dos magistrados,
deixando de prestar um serviço adequado à comunidade ao
demonstrar as condições da prestação jurisdicional dos profis-
sionais sérios que, muitas vezes, custeiam papel, tinta para
impressoras e demais instrumentos necessários ao trabalho
cotidiano, atingindo indevidamente profissionais abalizados e
comprometidos, incentivando o descrédito nas funções públi-
cas.72
A corrupção e atividades antiéticas devem ser concebidas
em caráter amplo e não sob uma concepção restrita, em que se
aufere uma vantagem indevida, em virtude de uma condição
funcional privilegiada, sendo oportuna a análise das três sín-
dromes esboçadas por José Renato Nalini.73
A síndrome da rocha transforma o magistrado em um ser
insensível, que procura esquivar-se de analisar o mérito das
ações por meio de um formalismo exacerbado, a pretexto de
ser imparcial, apega-se ao seu ego, afastando-se das partes,
Advogados e auxiliares do juízo, das consequências de suas
decisões e de uma linguagem transparente.74
70
RULLI JUNIOR, Antônio. Autoridade, ética e jurisdição. Revista da Escola
Paulista da Magistratura. São Paulo. v.7. n.2. p.7-11. jul./dez. 2006. p. 8.
71
RULLI JUNIOR, Antônio. Autoridade, ética e jurisdição. Revista da Escola
Paulista da Magistratura. São Paulo. v.7. n.2. p.7-11. jul./dez. 2006. p. 9 .
72
NALINI, José Renato. Ética no terceiro milênio. Cadernos Jurídicos. Escola
Paulista da Magistratura. São Paulo. v.2. n.3. p.121-6. jan./fev. 2001. p. 122.
73
NALINI, José Renato. Ética no terceiro milênio. Cadernos Jurídicos. Escola
Paulista da Magistratura. São Paulo. v.2. n.3. p.121-6. jan./fev. 2001. p. 122-124.
74
NALINI, José Renato. Ética no terceiro milênio. Cadernos Jurídicos. Escola
5470 | RIDB, Ano 3 (2014), nº 8
Paulista da Magistratura. São Paulo. v.2. n.3. p.121-6. jan./fev. 2001. p. 123.
75
NALINI, José Renato. Ética no terceiro milênio. Cadernos Jurídicos. Escola
Paulista da Magistratura. São Paulo. v.2. n.3. p.121-6. jan./fev. 2001. p. 124.
76
NALINI, José Renato. Ética no terceiro milênio. Cadernos Jurídicos. Escola
Paulista da Magistratura. São Paulo. v.2. n.3. p.121-6. jan./fev. 2001. p. 124.
77
NALINI, José Renato. Ética no terceiro milênio. Cadernos Jurídicos. Escola
Paulista da Magistratura. São Paulo. v.2. n.3. p.121-6. jan./fev. 2001. p. 124-125.
RIDB, Ano 3 (2014), nº 8 | 5471
81
NALINI, Jose Renato. A crise do Direito e o resgate da ética. LEX:
Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e Tribunais Regionais Federais. São
Paulo. v.11. n.113. p.9-18. jan. 1999. p. 13 .
82
NALINI, Jose Renato. A crise do Direito e o resgate da ética. LEX:
Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e Tribunais Regionais Federais. São
Paulo. v.11. n.113. p.9-18. jan. 1999. p. 16 .
83
ROMANO, Roberto. Justiça para todos? Boletim dos Procuradores da República.
São Paulo. v.4. n.40. p.13-9. ago. 2001. p. 18.
84
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Ética na Magistratura. Revista do Tribunal
Regional do Trabalho da 15ª Região. Campinas. n.14. p.52-9. 2001. p. 59.
RIDB, Ano 3 (2014), nº 8 | 5473
85
LEVENHAGEN, Antonio José de Barros. A ética e a magistratura na visão de um
juiz do trabalho. LTr: revista legislação do trabalho. São Paulo. v.61. n.4. p.471-4.
abr. 1997. p. 472.
86
CINTRA JUNIOR, Dyrceu Aguiar Dias. Magistratura democrática e o direito
alternativo - em busca de uma nova ética de jurisdição. Revista dos Tribunais. São
5474 | RIDB, Ano 3 (2014), nº 8
CONSIDERAÇÕES FINAIS
88
LEVENHAGEN, Antonio José de Barros. A ética e a magistratura na visão de um
juiz do trabalho. LTr: revista legislação do trabalho. São Paulo. v.61. n.4. p.471-4.
abr. 1997. p. 474.
89
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Ética na Magistratura. Revista do Tribunal
Regional do Trabalho da 15ª Região. Campinas. n.14. p.52-9. 2001. p. 59.
5476 | RIDB, Ano 3 (2014), nº 8