Peca de Arquitetura - A Iniciacao

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A Iniciação

Para ingressar na Ordem Maçônica, o candidato deve passar por algumas etapas, sendo
a Iniciação última e de maior importância por ser a etapa que torna o candidato um reconhecido
Maçom. Estes Ritos são realizados para concretizarem as transições de indivíduos, entre dois
estados diferenciados.

De acordo com o dicionário, a palavra “Iniciação” significa: Ato de começar, iniciar algo.
Neste contexto, é entendido que, após passar por esta experiência, o iniciado está começando
uma etapa em sua vida, onde deverá seguir de acordo com os princípios a ele ensinados.

A iniciação maçônica é o primeiro passo para que uma pessoa convidada possa participar
efetivamente dos segredos ocultos da Maçonaria, e como isso foi mantido em segredo durante
séculos, esse passo foi alvo de muitas especulações e teorias bizarras que tentam descrever os
rituais e os símbolos durante a iniciação. Alguns apelam para teorias de rituais satânicos com
sangue, bode e pentagramas, mas aqueles que se aprofundam no estudo, percebem que a
maçonaria, na verdade, realiza rituais muito mais sofisticados e com profunda importância
simbólica.

Esta experiência, é marcada por 4 viagens simbólicas,


representando os elementos: Terra, Ar, Água e Fogo. Em cada uma
das viagens, o candidato é submetido à desafios que colocam a
prova a sua coragem e determinação.

A chegada ao Templo

Ao chegar ao templo, o candidato é vendado e entregue ao Irmão Experto que, batendo-


lhe levemente no ombro, dir-lhe-á:

“Eu sou vosso guia; tende confiança em mim e nada receeis.”

Depois de fazê-lo dar algumas voltas pelo edifício, sem permitir que qualquer Irmão fale ou se
aproxime, e, muito menos, dirija gracejos, introduzi-lo-á na Câmara de Reflexões, onde o
preparará convenientemente, tirando-lhe todos os metais que, colocados em uma bandeja, serão
depositados, logo após a abertura dos trabalhos, na mesa do Irmão Tesoureiro. O candidato
deverá ter o lado esquerdo do peito e o joelho direito nus, substituindo-se o sapato do pé
esquerdo por alpargata. Os candidatos devem ter o braço esquerdo nu e, uma volta de corda
passada ao redor do pescoço. Depois de preparado, o Experto tira-lhe a venda e diz-lhe:

“Profano, eu vos deixo entregue as suas reflexões; não estareis só, pois Deus, que tudo vê, será
testemunha da sinceridade que ides responder nossas perguntas”.
A Câmara de Reflexões.

Sendo a Terra o elemento da primeira viagem, é


simbolizada pela Câmara de Reflexões. Local onde o
candidato permanece durante o tempo necessário
para preenchimento do Testamento e Questionário.
Durante todo o período na Câmara das Reflexões, o
candidato enfrenta conflitos internos e incertezas
geradas pelas mensagens e símbolos ali existentes.

Na parede, por sobre a mesa destinada à escrita do


questionário e da fórmula do juramento, e onde haverá uma caneta e uma campainha, estarão
pintados, em branco, um galo e uma ampulheta, tendo por debaixo as palavras VIGILÂNCIA e
PERSEVERÂNCA. Ao lado esquerdo da mesa, pintado na parede, um esqueleto humano. 33
Espalhadas pelas paredes e em tinta branca, as seguintes inscrições:

• “Se a curiosidade aqui te conduz, retira-te.”


• “Se queres bem empregar tua vida, pensa na morte.”
• “Se tens receio que descubram teus defeitos, não
estarás bem entre nós.”
• “Se és apegado às distinções humanas, retira-te, pois
nós aqui não as reconhecemos.”
• “Se fores dissimulado, serás descoberto.”
• “Se tens medo, não vás adiante.”
• “Somos pó e ao pó tornaremos.”
• “Deus julga os justos e os pecadores.”

A Câmara de Reflexões leva cada pessoa a uma sensação diferente. Dentre elas podem ser citadas
as sensações de vulnerabilidade, medo e reflexões sobre a vida e a morte.
A Entrada em Loja

Após a abertura dos trabalhos em loja, verificação do


questionário e testamento do Profano, O Ven.·. Mestr.·. dá a
seguinte ordem ao Ir.·. Exp.·.:

- “Ir.·. Exp.·., acercai-vos do candidato e dizei-lhe que dele


esperamos a necessária coragem para sair vitorioso das provas
a que vamos submetê-lo. Depois preparai-o, segundo nossos
usos e costumes, e trazei-o à porta do Templo.”

(O Exp.·. vai cumprir a ordem e, trazendo o candidato à porta do


Templo, bate irregularmente na mesma.)

Gda.·. do Temp.·. - (Com prontidão e em voz alta dirá:)


“profanamente batem à porta do Templo!”

Após ordem do Ven .·. Mestr.·..

(O Gda.·. do Temp.·., entreabre a porta cautelosamente e,


colocando a ponta da espada no peito descoberto do candidato,
diz em voz alta e áspera:)

Gda.·. do Temp.·. – “Quem é o temerário que tem o arrojo de


querer forçar a entrada deste Templo!”

Exp.·. – “Suspendei a vossa espada Ir.·. Gda.·. do Temp.·., pois


ninguém ousaria entrar nesse recinto sagrado sem a vossa
permissão. Desejoso de ver a Luz, este profano vem humildemente
pedi-la.”

Ven.·. Mestr.·. – “Porque, Ir.·. Exp.·., viestes interromper nosso


silêncio, conduzindo à nossa Loja um profano para participar de
nossos Mistérios? Como pôde ele conceber tal esperança?”

Exp.·. – “Porque é livre e de bons costumes.”

Ven.·. Mestr.·. – “Não é o bastante, meu Ir.·.. Sabeis porventura os


seus merecimentos? Conheceis este profano? Sabeis o nome, a
naturalidade, a crença a idade, a profissão e o estado civil deste
profano?
Exp.·. – “Sim, Ven.·. Mestr.·., este profano chama-se; é natural de ;
conta anos de idade; é (estado civil); exerce a profissão de e crê
em Deus. Ele vem pedir-vos que os inicieis em nossos

Augustos Mistérios.”

Ven.·. Mestr.·. – “Meus IIr.·., ouvistes o que declarou o Ir.·. Exp.·..


Se concordais com os desejos do candidato, se julgais digno de
receber a revelação de nossos Mistérios, manifestai-vos pelo sinal
de costume.”

(Depois da manifestação favorável.)

- Ir.·. Gda.·. do Temp.·., franqueai-lhe o ingresso.

(Logo que o candidato entrar, o Gda.·. do Temp.·. fecha a porta

com estrondo e encosta a ponta da espada no peito do

candidato. O Exp.·. coloca-se por detrás do candidato.)

Ven.·. Mestr.·. – “Vedes alguma coisa, senhor F...?”

(Dirigindo-se ao recipiendário.)

Profano -

Ven.·. Mestr.·. – “sentis contra o vosso peito a ponta de um ferro, senhor?”

(Resposta do Profano)

Ven.·. Mestr.·. – “A arma, cuja ponta sentis, simboliza o remorso que, ferindo vosso coração, há
de perseguir-vos se fordes traidor à associação a que desejais pertencer. Serve também para
adverti-vos de que vos deveis mostrar acessível às verdades que se sentem e que não se
exprimem. O estado de cegueira em que vos encontrais, é o símbolo das trevas que cercam o
mortal que ainda não recebeu a Luz, que o guiara na estrada da Virtude

(Pausa)

- Que quereis, senhor F...?”

Profano – “Ser recebido Maçom.”

Ven.·. Mestr.·. – “E esse desejo é filho do vosso coração, sem nenhum constrangimento ou
sugestão?”

(Resposta do Profano)

Ven.·. Mestr.·. – “Refleti bem no que pedis. A Maçonaria não é somente uma sociedade de
auxílios mútuos. Ela tem responsabilidades e deveres para com a Sociedade, a Pátria e a
Humanidade. Preocupada com o progresso e adstrita aos princípios de uma severa Moral,
assiste-lhe o direito de exigir de seus adeptos o cumprimento de sérios deveres, além de
enormes sacrifícios. Todo aquele que não cumprir os deveres de Maçom em qualquer
oportunidade, será por nós considerado indigno de pertencer à maçonaria.

(Pausa)

- Desejais continuar, senhor F...?”

(Resposta do Profano)

Ven.·. Mestr.·. – “Já passaste pela primeira prova a da Terra, pois é isto o que representa a
caverna em que estivestes encerrado e onde fizestes vossas últimas disposições. Restam-vos,
porém, outras provas para as quais é necessária toda a vossa coragem.

Consentis em submeter-vos a elas? Tendes a firmeza precisa para afrontar todos os perigos a
que vai ser exposta a vossa coragem?”

Após serem passadas as devidas mensagens e obrigações de um Maçom, o Ven .·.


Mestr.·., ordena que o Ir.·. Exp.·. conduza o Candidato à primeira viajem.

O Elemento Ar

O Exp.·., segurando o recipiendário pela mão


esquerda, fá-lo- a percorrer um caminho cheio de
obstáculos. Durante esta viagem, o silêncio é
quebrado por sons imitando o trovão e o raio. O órgão
executa música adequada. Tudo cessará, quando o
recipiendário chegar ao Altar do 2º Vig.·., onde o Exp.·.
o fará bater três pancadas com a mão direita.

Essa primeira viagem, com seus ruídos e obstáculos,


representa o segundo elemento: O AR, símbolo da
vitalidade, emblema da vida humana, com seus
tumultos de paixões e suas dificuldades: os ódios, as
traições, as desgraças que ferem o Homem virtuoso;
em uma palavra, a vida humana na luta dos interesses
e das ambições, cheia de embaraços aos nossos
intentos. Vendado como vos achais, representais a
ignorância, incapaz de dirigir seus esforços sem um
guia esclarecido. É o símbolo da família, onde a
criança, incapaz de se dirigir, necessita de amparo e
guia de seus pais; da sociedade, aonde a inteligência
de um pequeno grupo conduz as massas ignorantes,
que não se podem governar; da Humanidade, onde os povos mais inteligentes conduzem e
dominam os mais atrasados. Mas, senhor, a expressão simbólica de vossa cegueira e da
necessidade que tendes de quem vos conduza, representa o domínio que vosso espírito,
esclarecido por nossos sãos ensinamentos, deve exercer sobre a cegueira de vossas paixões,
transformando a materialidade dos sentimentos profanos, que acaso existam em vós, em puros
sentimentos maçônicos, criando, em vós mesmo, um outro ser pela espiritualização e elevação
de vossos sentimentos; tereis, então, retirado a venda material que prende vossa alma e não
mais precisareis de guia em vosso caminho. Foi para isso que aqui batestes, pedindo para ver a
Luz. São estes os ensinamentos desta primeira viagem. A Maçonaria, porém, ensina-nos a
suportar os revezes da sorte, proporcionando-nos consolações salutares e grandes
compensações.

O Elemento Água

O elemento Água está relacionado ao sentimento e à operação Soluto (umedecer,


dissolver, regar). A água é o elemento que é capaz de fertilizar a terra. O pensamento, por sua
vez, é a função psíquica que dá valor às coisas - com ele, não se segue apenas o ego e o instinto,
mas o ser humano decide do que gosta, estabelece o valor moral, ético e afetivo de suas ações.
O pensamento é aquilo que amadurece o ego e torna-o capaz de realizar trocas, criar uniões e
relacionamentos, dar e receber. A água é, ao mesmo tempo, persistente e maleável, pois é capaz
de vencer obstáculos encontrando outros caminhos, ela dissolve as tensões, sabe ser firme ou
suave na hora certa.

A purificação pela água se fará mergulhando ambas as mãos do iniciando no recipiente


que representar o mar de bronze.

O Exp.·. conduz o recipiendário junto ao Mar de Bronze, em cuja água o Mestr.·. de


CCer.·. mergulha as mãos do recipiendário, enxugando-as.

Durante esta viagem, ouve-se o tinir descompassado de espadas e música apropriada,


que cessam quando o recipiendário, depois de percorrer caminho mais plano

Estando o Profano, Entre Colunas. Ven.·. Mestr.·. o explica o significado da terceira


prova.

Ven.·. Mestr.·. – “Passastes pela terceira prova: a da ÁGUA, a água em que mergulharam
vossas mãos, é a imagem do oceano e simboliza a purificação da alma, que nas iniciações antigas
se fazia pelo batismo do corpo, como parte indispensável do cerimonial. Vossas mãos não
devem jamais ser instrumento doações desonestas. Purificadas, conservai- as limpas. Ouvistes,
nesta viagem, o entrechocar de armas, combates à arma branca. Eles simbolizam o perigo que
encontrareis para sairdes vitorioso no combate às vossas paixões e no aperfeiçoamento de
vossos costumes.”
O Elemento Fogo

O elemento Fogo está relacionado ao pensamento e à operação Calcinate (luz e calor).


O fogo é o que constrói o caráter humano, que o traz mais perto da sabedoria. Quando as
chamas não estão sob controle, elas consomem, tornando a pessoa dispersa e explosiva. Ou
então, o lado racional torna-se tão forte que apaga tudo o que está ao redor e a pessoa fica
impedida de ter verdadeiras reflexões de sabedoria.

(O Exp.·., conduz o recipiendário ao Altar dos Perfumes onde o Mestr.·. de CCer.·. o


incensa por três vezes. Voltando para entre CCol.·., em caminho, entre Or.·. e Oc.·., deve passar,
três vezes, pelas chamas do Fogo Purificador. O recipiendário depois senta-se entre CCol.·..)

Ven.·. Mestr.·. - ( ! ) As chamas que vos envolveram, complemento de nossa purificação,


simbolizam o amor pelos nossos semelhantes, que deve arder eternamente em vosso coração.
Purificado pela água e pelo fogo, estais simbolicamente limpo de qualquer nódoa do vício. O
fogo, cujas chamas sempre simbolizaram aspiração, fervor e zelo, vos lembram que devei aspirar
a excelência e à verdadeira glória e trabalhar com zelo e fervor pela causa em que vos
empenhardes, principalmente se esta causa for a causa do povo e da felicidade humana. Vosso
valor e vossa dedicação já vos dão direito deserdes recebido entre nós. Antes, porém, devo
mandar imprimir em vosso peito, o cunho inextinguível que vos tornará reconhecido por todos
os Maçons do Universo.

- Ir.·. Chanc.·., cumpri o vosso dever.

(O Chanc.·. irá aproximar do peito do recipiendário um foco luminoso que apenas lhe
transmita impressão de calor.)

O Juramento
Neste momento, o neófito concorda em submeter-se a um juramento onde assume como
compromisso de honra, aceitar e respeitar as Regras, Usos e Costumes da Maçonaria bem
como as regras e leis do país onde se encontra
sediada a Obediência Maçónica e a respetiva Loja
da qual irá fazer parte. Nomeadamente e de
entre os vários princípios maçónicos que se
aceitam cumprir, os mais conhecidos pelo mundo
profano são a Fraternidade entre todos os
Irmãos, a prossecução do espírito da Liberdade
na Sociedade Civil e o sentimento de Igualdade
entre todos.
Assim, assumir-se um compromisso com a Ordem Maçónica é assumir-se um
compromisso pela Ordem e a bem da Ordem. Isto é que é o tão propalado estar à
Ordem. E estar-se é mais do que o ser-se! E digo isto porque qualquer um pode “o ser”,
mas “estar” apenas se encontra ao alcance de poucos…

Estar implica sacrifício, comprometimento, trabalho, prática e estudo, e isto de forma


incansável e perene. Por isto é que assumir um compromisso deste género e com a
relevância que este tem, nunca deverá ser feito de forma leviana; o mesmo se passa com
os outros compromissos que se assumem durante a nossa vida profana e que também
não devem ser assumidos se não estivermos capacitados para os cumprir.

-Há que se ter a noção daquilo a que nos propomos a fazer-.

Por isso é que o compromisso maçónico é feito com a nossa Palavra e sobre a nossa
Honra. Desvirtuar estas duas qualidades, é desvirtuar a própria Maçonaria.

Da mesma forma que, se não respeitarmos a nossa palavra e não mantivermos a nossa
dignidade na sociedade civil, também não somos dignos de nela estarmos integrados e
sofreremos as consequências ou punições que forem legitimadas pelas leis do país.

Após o juramento o Ven.·. Mestr.·. ordena que o recipiendário seja levado pelo Exp.·. à Sala dos
Passos Perdidos, onde estará um Ir.·. deitado, sobre um pano preto, como se estivesse morto.
Uma luz fraca de duas urnas com espírito de vinho aceso ilumina a cena. Todos estarão de pé,
sem insígnias, de meia máscara ou capuz, que oculte o rosto, empunhando as espadas com as
pontas voltadas para o recipiendário. O Ven.·. Mestr.·. bate três pancadas de malhete: na
primeira, o Exp.·. desata o 1º nó da venda; na segunda desata o 2º nó e na terceira, deixa cair a
venda aos pés do recipiendário. Todos se manterão em profundo silêncio.)

Ven.·. Mestr.·. – “O corpo que aí vedes, representa o nosso mestre e protetor São João batista,
que foi friamente assassinado para a satisfação dos caprichos de uma mulher fácil e vingativa,
depois de estar encarcerado em uma masmorra por ter proclamado, publicamente, asfaltas e
os erros cometidos pelos ricos e poderosos de então, pelos que martirizavam o povo, pelos que
usavam da violência e da arbitrariedade, abusando do poder, e pelos que juravam falso, para
melhor exercerem vinganças. Ele representa o verdadeiro Maçom, sacrificando-se pelos
supremos ideais, imolando-se às arbitrariedades dos poderosos e dos tiranos. Esse clarão pálido
e lúgubre da chama que vedes, é o emblema do fogo sombrio que há de alumiar a vingança que
os perjuros e traidores preparam para seu próprio castigo. Essas espadas dizem-vos que não
haverá recanto da Terra, em que os perjuros possam encontrar refúgio, sem que sejam
precedidos pela vergonha do crime.”
A Luz

Por ter mostrado coragem e bravura, sendo exposto a todas as viagens, o Neófito se torna
digno de receber a Luz.

- ( ! ) Ir.·. 1º Vig.·., sobre quem se apoia uma das CCol.·. deste Templo, agora que a coragem
e a perseverança deste recipiendário, fizeram-no sair vitorioso do porfiado combate entre o
Homem profano e o Homem Maçom, dizei-me se o julgais digno de ser admitido entre nós?

1º Vig.·. - Sim, Ven.·. Mestr.·..

Ven.·. Mestr.·. - O que pedis em seu favor?

1º Vig.·. - Que lhe dê a Luz.

Ven.·. Mestr.·. - No princípio do mundo (apagando-se as luzes do Templo), disse o G.·. A.·. D.·.
U.·.: FAÇA-SE A LUZ

Ven.·. Mestr.·. - E A LUZ FOI FEITA

Ven.·. Mestr.·. - A LUZ SEJA DADA AO NEÓFITO.

Ven.·. Mestr.·. - ( ! )

1º Vig.·. - ( ! )

2º Vig.·. - ( ! )

(Logo após a última pancada, o Mestr.·. de


CCer.·. desvenda o neófito e, em seguida, as
luzes reaparecem no Templo.)

Ven.·.
Mestr.·. - Não vos assustem as espadas que vedes
apontadas para vós, elas significam que, em todos os
Maçons, encontrareis amigos dedicados e leais,
verdadeiros irmãos, prontos a auxiliar-vos nos transes
mais difíceis de vossa vida, se respeitardes e observardes,
escrupulosamente, as nossas leis. Pela direção que
tomam, são a irradiação intelectual que cada Maçom
projetar, de hoje em diante, sobre vós; empunhadas com
a mão esquerda, lado do coração, aludem ainda aos
eflúvios de simpatia que, de todos os lados, se
concentram sobre vós, que agora sois recebido com grande alegria no seio da Família, à qual
de agora em diante pertenceis.

- Ir.·. Mestr.·. de CCer.·., conduzi o nosso iniciado ao Altar dos Juramentos.


(O Mestr.·. de CCer.·. conduz o neófito ao Altar para onde irá também o Ven.·. Mestr.·., que ficará
face ao neófito. O Porta Estandarte da loja, se postará ao lado direito, e o Porta Espada,
conduzindo a Espada sobre a almofada, do lado esquerdo, tudo do Altar. O neófito ajoelhar -se-á
como na ocasião do juramento. Todos continuam de pé e à ordem.)

Ven.·. Mestr.·. - A G.·. D.·. G.·. A.·. D.·. U.·.!


(Colocando a espada sobre a cabeça do neófito) Em
nome da Maçonaria Universal, sob os auspícios da
Grande Loja Tradicional do Brasil, e em virtude dos
poderes que me foram conferidos por esta Aug.·. e
Resp.·. Loja, eu vos constituo Aprendiz Maçom e vos
recebo como membro de seu quadro ativo.

(O Ven.·. Mestr.·. dá, com o malhete, sobre a lâmina


da espada, a bateria do grau. O Mestr.·. de CCer.·.,
dando a mão direita ao neófito, levanta-o e o conduz
para o lado Norte do Altar dos Juramentos.)

Neste momento, o Neófito passa a fazer parte efetiva da Maçonaria.


Em seguida, lhe é ensinado o Aperto Secreto do Grau de aprendiz, A Palavra Sagrada, o
Telhamento, entre outros ensinamentos importantes para o seu Grau.

Conclusão

De fato, a Iniciação é uma experiência muito marcante na vida de um Maçom.

Em minha iniciação, tive o prazer de compartilhar do mesmo momento com ouros irmãos,
fato que corroborou na criação de um vínculo de irmandade entre nós.

Em todos os momentos de minha vida, tento prestar atenção ao máximo de detalhes,


a fim de conseguir aprender mais e aproveitar cada momento vivido. Tendo em vista sou
mortal e que os momentos passados, jamais voltarão. Por esse motivo, consegui disfrutar do
momento da iniciação de uma forma que julgo maravilhosa, sentindo as dificuldades de cada
viagem na pele e todas as mensagens passadas pelos participantes faziam todo o sentido
para o mento.

No “calor do momento”, não é possível capturar todas as mensagens simbolizadas


em cada detalhe do Rito, Mas com certeza levarei essa lembrança para a vida.
Referências:

Para confecção dessa Peça de Arquitetura, foram utilizadas as seguintes referências:

• Livro Ritual do Aprendiz R.·. E.·. A.·. A.·.


• Pesquisas em diversos sites (Internet)
• Youtube
• Própria experiência

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