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Monopólio (Trabalho 1)

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Monopólios criados pelo Governo:

Na maioria dos casos os monopólios surgem porque o governo concede a uma só pessoa ou empresa o direito
exclusivo de venda de um bem ou serviço. O monopólio pode decorrer da influência política de quem quer ser
monopolista, por exemplo os reis concediam licenças exclusivas de comércio a seus amigos e aliados. Pode
acontecer de o governo conceder monopólio por um interesse público. Por exemplo, o governo norte-americano
concedeu monopólio a uma empresa chamada Network Solutions que mantém base de dados de todos os
endereços de Internet terminados em .com, .net e .gov, com base na crença de que os dados precisam ser
centralizados e abrangentes.

Como o governo cria um monopólio para atender ao interesse público? Através das leis de patentes e direitos
autorais, por exemplo quando uma companhia farmacêutica descobre um novo medicamento, ela pode solicitar ao
governo uma patente, caso o governo considere o medicamento original, a patente vai ser aprovada, o que confere
à essa empresa o direito exclusivo de fabricação e venda do produto por 20 anos. De forma parecida, quando um
autor escreve um livro de romance ele pode requerer o direito autoral sobre ele, o direito autoral é uma garantia do
governo de que ninguém poderá imprimir e vender o livro sem a permissão do autor, ou seja, o romancista é
monopolista sobre a venda de seu livro.

Essas leis concedem monopólio a um produtor, o que leva a elevação dos preços pois, não há competição. Mas, ao
permitir que esses produtores monopolistas cobrem preços altos e consequentemente tenham maior lucro, as leis
também encorajam uns comportamentos desejáveis, como incentivo maior a atividade, no caso da companhia
farmacêutica monopolizarem o mercado incentiva as pesquisas e no caso do autor de romance incentiva esse autor
a escrever mais e melhores livros. Assim, as leis que regem patentes e direitos autorais trazem benefícios e custos.
Os benefícios são um incentivo maior à atividade criativa e são compensados, de certa forma, pelos custos da
formação de preços monopólica.

Monopólios naturais:
Um monopólio natural surge porque uma só empresa consegue ofertar um bem ou serviço a um mercado inteiro a
um custo menor do que ocorreria se existissem duas ou mais empresas no mercado, esse monopólio surge quando
há economias de escala para toda a faixa relevante de produção. A Figura 1 mostra o custo total médio de uma
empresa declina continuamente, essa empresa é um monopólio natural, neste caso quando a produção se divide
entre um maior número de empresas, cada uma delas produz menos e o custo total médio aumenta. Assim, uma só
empresa consegue produzir qualquer quantidade dada a um custo menor.

Um exemplo de monopólio natural é a distribuição de água, para levar água aos moradores de uma cidade, uma
empresa precisa construir uma rede de tubulação, se duas ou mais empresas competissem na prestação de serviço,
cada uma pagaria o custo fixo de construção da rede, logo o custo total médio da água é menor se uma só empresa
supre o mercado.

Outro exemplo é uma ponte que seja tão pouco trafegada que nunca há congestionamento nela, a ponte é
excludente porque um pedágio pode impedir que alguém a use e não é rival porque o uso da ponte por alguém não
diminui a possibilidade de que outras pessoas a usem. Como há um custo fixo para a construção da ponte e um
custo marginal desprezível para usuários adicionais, o custo total médio de uma viagem pela ponte diminui com o
aumento do número de viagens, por essa razão a ponte é um monopólio natural.

Quando uma empresa é um monopólio natural ela se preocupa menor com a entrada de novas empresas no
mercado que possam perder seu poder monopolista. Normalmente, uma empresa tem dificuldade para manter sua
posição monopolista se ela não tiver propriedade de recurso-chave ou proteção do governo. O lucro do monopolista
atrai novas empresas para o mercado e elas podem tornar o mercado mais competitivo. Em comparação, entrar em
um mercado em que alguma empresa detenha monopólio natural não é interessante. As empresas entrantes em
potencial sabem que não poderão atingir os mesmos baixos custos de que desfruta o monopolista pois, depois de
entrar cada um terá uma fatia menor do mercado.

O tamanho do mercado pode ser determinante para saber se a indústria é um monopólio natural ou não. Voltando
ao exemplo da ponte, quando a população é pequena a ponte pode ser um monopólio natural, uma só ponte pode
satisfazer totalmente a demanda por viagens de um lado a outro do rio pelo menor custo, mas com o crescimento da
população a ponte ficará congestionada, satisfazer essa demanda pode requerer duas ou mais pontes sobre o
mesmo rio, portanto a expansão do mercado pode fazer com que um monopólio natural possa evoluir e se tornar
um mercado competitivo.

Como os monopólios tomam decisões de produção e determinação de preço


Agora vamos ver como surgem os monopólios, podemos examinar como uma empresa monopolista decide quanto
produzir e que preço vão cobrar pelo produto.

Monopólio e Competição:
A principal diferença entre uma empresa competitiva e um monopolista é a capacidade de influenciar o preço de seu
produto. Uma empresa competitiva é pequena em relação ao mercado em que opera e, portanto, toma o preço de
seu produto como dado pelas condições do mercado. Em contraposição, um monopolista, como único produtor em
seu mercado, pode alterar o preço de seu bem ajustando a quantidade que oferta ao mercado.

No gráfico A da curva de demanda de uma empresa competitiva, quando analisamos a maximização do lucro de
empresas competitivas é representada por uma linha horizontal, com o efeito como empresa competitiva vende um
produto que tem muitos substitutos perfeitos, a curva de demanda com que cada empresa se defronta é
perfeitamente elástica. Enquanto que no gráfico B mostra como o monopolista precisa aceitar um preço menor se
quiser vender uma quantidade maior. Como um monopolista é o único produtor de seu mercado, sua curva de
demanda é a curva de demanda do mercado, logo a curva de demanda do monopolista tem inclinação descendente,
se o monopolista elevar o preço de seu produto, os consumidores comprarão menos produto, ou seja, se o
monopolista reduzir a quantidade de produto que vende o preço aumentará.

A curva de demanda do mercado estabelece uma restrição à capacidade que o monopolista tem de lucrar com seu
poder de mercado, os monopolistas gostariam de cobrar um preço elevado e vender uma grande quantidade a esse
preço. A curva de demanda do mercado torna esse resultado impossível. Mais especificamente, a curva de demanda
do mercado descreve as combinações de preço e quantidade possíveis para a empresa monopolista, ajustando a
quantidade produzida, o monopolista pode escolher qualquer ponto da curva de demanda, mas não pode escolher
um ponto que esteja fora dela.

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