Livro Negro Da Nova Esquerda (Resenha)

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 4

Livro Negro da Nova Esquerda - Resenha

O Livro Negro da Nova Esquerda


Agustin Laje
Nicolás Marquez

Livro divido em duas partes, a primeira escrita por Agustin Laje e a segunda parte por Nicolás Marquez. Ambos
Argentinos. Achei mais interessante a primeira parte, que explica como o feminismo foi mudando ao longo do
tempo: de um movimento em busca de direitos básicos das mulheres e conforme foi sendo embraçado pelo
Marxismo passou a ser algo totalmente diferente: uma ferramenta para desconstrução e rejeição da família e do
Cristianismo. O livro explica que isto veio ocorrendo em ondas, primeira segunda terceira ondas. Muitos
escritores e pensadores franceses, em destaque Simone de Beauvoir e Sartre trabalharam para implementar as
idéias Marxistas no movimento feminista. A segunda parte do livro fala um pouco de como o movimento LGBT
passou a fazer parte do movimento esquerdista mundial. Historicamente as pessoas LGBT foram execudas
presas e torturadas por regimes Socialistas/Marxistas no entanto fazem vista grossa a todo esse passado
horrível e acusam a “moral cristã conservadora” como a causa dos problemas de assassinatos, suicídios e
discriminação às pessoas LGBT. A segunda parte é um pouco maçante, visto que traz muitos dados estatísticos
ao ponto que fiquei um pouco entediado com esta segunda parte. Também achei pesado a forma que o autor se
refere a estas pessoas LGBT, pois o autor não poupa palavras ao apontar que os números de doenças DST
(HIV, DPV, sífilis, gonorreia), bem como de alcoolismo e uso de drogas são muito maiores entre as pessoas
LGBT do que nas pessoas heterossexuais.
Abaixo alguns trechos e pensamentos que destaquei no livro.
[...] conclave marxista conhecido como Foro de São Paulo, criado em 1990, justamente na cidade de São Paulo.
[...] Ante a ausência do suporte soviético, e com a consequente necessidade de solucionar este vazio, todas as
estruturas de esquerda tiveram que fabricar ongs e organizações de variadas índoles para acomodar não
somente a sua cartilha, mas também a sua militância, as suas bandeiras, os seus clientes e as suas fontes de
financiamento.
[...] Silenciosamente a esquerda substituiu as balas das antigas guerrilhas por cédulas eleitorais; trocou seu
discurso classista por aforismos igualitários que ocuparam o extenso território cultural; deixou de recrutar
“trabalhadores explorados” e começou a captar almas atormentadas ou marginais, [...] a fim de programa-las
sob desculpas de aparência nobre, as quais prima facie, pouco ou nada teriam que ver com o stalinismo, mas
sim, com a “inclusão” e a “igualdade” entre os homens: indigenismo, ambientalismo, direito-humanismo,
garanto-abolicionismo, ideologia de gênero, começaram a ser os seus cartazes modernizados de protesto e
vanguarda.
[...] O que é a dialética? Nos termos mais simples possíveis, trata-se de um método que supõe o surgimento na
história de forças opostas que, em contradição, geram uma nova etapa histórica na qual emerge uma terceira
força, gerada pelas forças antagônicas anteriores.
[...] A chamada “burguesia” foi, sem sombras de dúvidas, uma classe revolucionária para Marx e Engels, ainda
que hoje isso nos soe estranho. Em qual sentido ela é revolucionária? No sentido em que é a classe que
destruiu o mundo feudal [...]. Em outras palavras, a burguesia seria funcional durante uma etapa da história para
trabalhar como ante-sala do que logo seria a vaticinada revolução proletária.
[...] Segundo fantasiavam os marxistas, a burguesia desenvolveria forças produtivas impressionantes que
terminariam por liquidar a própria “sociedade burguesa”. Por qual razão? Porque supunham que o progresso
dessas forças produtivas seria freado pelo regime de propriedade privada, o que terminaria por gerar as
condições para o fim do capitalismo.
[...] O marxismo anuncia uma última revolução na história: a revolução do proletariado, que abrirá as portas de
um paraíso chamado “comunismo”, que se realizará após um período indeterminado de “ditadura do
proletariado”. Após essa revolução, a classe trabalhadora deverá dispor do poder político para acabar com as
relações de produção existentes, socializando os meios de produção (quer dizer, abolindo a propriedade
privada).
[...] É aqui que a dialética produziria o seu último movimento: quando proletariado se transformar em classe
dominante, dará luz à síntese que coroará o movimento dialético, estabelecendo o fim da história, o advento do
paraíso comunista, a sociedade sem classes, sem política, sem Estado e sem religião. Eis o que, em poucas
palavras, Marx previa, de acordo com “leis históricas” baseadas na “ciência”.
[...]O Marxismo analisa a sociedade de maneira topográfica, metaforicamente falando, na forma de um “edifício”.
Na base ou “infraestrutura” da sociedade, dispõe as forças produtivas e suas relações – quer dizer as
tecnologias e as relações de propriedade. Na “superestrutura”, que se levanta a partir desta base de caráter
econômico, os marxistas colocam o Estado, a ideologia, a religião, a cultura, etc. Seguindo a metáfora, a
maneira mais fácil de demolir um edifício consiste em arrebentar os pilares sobre os quais ele se apóia, e o
marxismo tradicional se baseou precisamente nisso: as verdadeiras revoluções se fazem ao nível das relações
econômicas, pois tudo o mais – ideologia, Estado, cultura, etc – é apenas um reflexo daquelas. Não existe
revolução propriamente dita se não se acabar com o existente regime de propriedade privada de maneira
categórica. O combate no nível da “superestrutura”, o nível ideológico ou jurídico, seria, para o marxismo
clássico, o equivalente a lutar contra uma sombra. [...] Porém este marxismo clássico começou a ruir mais cedo
do que se esperava, com a mesmíssima revolução marxista por excelência, a Revolução Russa.
[...] Com Antonio Gramsci isto começou a mudar: enquanto que para o marxismo clássico, lutar no plano
cultural, político ou jurídico era mais ou menos como lutar “contra uma sombra”, para Gramsci, esta era a luta
que realmente importa. A hegemonia em Gramsci se dá em um terreno de grande transcendência: o dos
valores, crenças, identidades e em definitivo, no terreno da cultura.
[...] A importância da batalha cultural é a esta altura coisa evidente em Gramsci, uma vez que a revolução pode
e deve acontecer num nível cultural. Recordemos que para Lenin a revolução devia ser violenta e nisto
implicava tomar à força o Estado, impor a “ditadura do proletariado”, abolir a propriedade privada, destruir o
Exército e a burocracia, fazendo desaparecer, posteriormente, o Estado mesmo. E o que propõe Gramsci?
Propõe que o Estado pode ser tomado desde a sociedade civil, e sua destruição como “organismo a serviço da
classe dominante” não se esgota na destruição do Exército e da burocracia, como Lenin propusera; mas
fundamentalmente, na destruição da “concepção de mundo” que produz e reproduz o Estado. Gramsic está
proponto, em uma palavra, fazer uma luta cultural que corroa a hegemonia ideológica da “classe dominante”
preparada pelo Estado.”
Hegemonia: Supremacia, influência, liderança.

 Ludwig von Mises, advertiu, em 1922, que o feminismo começava a se desviar, e prenunciou por quais
caminhos seguiria o seu desenvolvimento: “Enquanto o movimento feminista se limite a buscar igualar os
direitos jurídicos de mulheres e homens, dar segurança quanto às possibilidades legais e econômicas de
desenvolver suas faculdade e de manifestá-las mediante atos que correspondam a seus gostos, a seus dejeos
e a sua situação financeira, serão somente um ramo do grande movimento liberal que encarna a idéia de uma
evolução livre e tranquila. Se, ao ir além destas reivindicações, o movimento feminista crê que deve combater
instituições da vida social com a esperança de remover, por este meio, certas limitações que a natureza impôs
ao destino humano, então já é um filho espiritual do socialismo. Porque é característica própria do socialismo
buscar nas instituições sociais as raízes das condições dadas pela natureza, e, portanto, independentes da
ação do homem, e pretender, ao reforma-las, reformar a natureza humana mesma.” – Socialismo analise
econômica e soliológica.
[...] As raízes mais profundas do feminismo marxista encontram-se nos socialistas utópicos como Saint-Simon e
Fournier.
Engel em uma de seus trabalhos antropológicos, seu interesse final é mostrar que a família monogâmica é
apenas um tipo de família, nascida como reflexo do advento e desenvolvimento da propriedade privada.
Anteriormente a ela, teriam existido esquemas familiares muito diferentes de hoje: “o estudo da história primitiva
nos revela um estado de coisas em que os homens praticavam a poligamia e suas mulheres a poliandria e em
que, por conseguinte os filhos de uns e outros se consideravam comuns”. No estado selvagem, nem mesm o
incesto encontra limites morais, e Engels cita notas de Marx a respeito:”Nos tempos primitivos, a irmã era a
esposa, e isto era moral”. De tal sorte que a primeira exclusão moral foi feita à relação sexual entre pais e filhos;
a segunda, entre irmãos. Como veremos mais tarde, o feminismo da terceira onda e o feminismo queer
outorgaram ao incesto e à pedofilia o lugar de uma das suas reivindicações mais desprezíveis.
[...] Marx apontou em suas Teses sobre Feuer-bach: “Se a origem da família celestial não é mais que a pré-
figuração da mesma família terrena humana, é esta que deve ser destruída.”
Em resumo, a realização do feminismo marcista é a destruição da família e a sua substituição pelo Estado
totalitário e pelo partido.
La vida sexual em la Unión Soviética, Stern, Mijail. Espanha, 1980:
Existe um decreto da época, da cidade de Vladmir(houve outro similar em Saratov), que propunha uma
“socialização das mulheres”, e que ilustra o tipo de mentalidade que o socialismo gerou: “A partir dos 18 anos
de idade fica declarado que toda mulher é propriedade estatal. Toda mulher que alcance a idade de 18 anos e
que não seja casada está obrigada, sob pena de denúncias e castigos severos, a inscrever-se em um centro de
amor livre. Uma vez inscrita, a mulher tem direito de escolher um marido entre 19 e 50 anos. Os homens tb tem
direito de escolher uma mulher que tenha chegado à idade de 18 anos, supondo que tenham provas que
confirmem sua condução de proletário. Para aqueles que quiserem, a escolha do marido ou da esposa pode
dar-se uma vez ao mês. Por interesse do Estado, os homens entre 19 e 50 anos tem direito a escolher mulheres
inscritas no centro, sem que precisem do assentimento destas. Os filhos que sejam fruto desse tipo de
convivência tornar-se-ão propriedade da república.
[...] A “mulher livre” soviética não era, pois, outra coisa que o canal através do qual o homem satisfazia suas
necessidades materiais. [...] Em uma carta publicada no Pravda, uma mulher soviética escrevia: “Outro
comunista, marido de minha amiga, propôs que eu dormisse com ele uma só noite, somente porque sua mulher
estava indisposta, e por isso não podia satisfazê-lo no momento. Quando me neguei, tratou-me como burguesa
estúpida, incapaz de elevar-me à altura da mentalidade comunista.”
[...]Pedagogos Soviéticos como Macárenco Y Zálkind, diziam coisas como “Sentir atração sexual por um ser que
pertença a uma classe diferente, hostil e moralmente alheia, é uma perversão de índole similar à atração sexual
que se pode sentir por um crocodilo ou um orangotango”.
[...] O classismo e o rascimo são primos-irmãos.
[...] A família é, em uma palavra, o núcleo da sociedade civil, e a sociedade civil constitui a dimensão que será
absorvida pela política nos regimes totalitários, que invadirão todos os aspectos da vida
[...]O caso das consequências sociais advindas da legalização do aborto na URSS é digno de ser sublinhado.
Em 1963, em Moscou, Leningrado e outras cidades centrais, 80% das mulheres grávidas submetiam-se a
abortos, o que demonstra que foi utilizado como métopo contraceptivo. Os doutores relataram que “ao cabo de
um certo número de abortos, bastam-lhes beber um copo de vodca, tomar um banho muito quente e dar
saltinhos até expulsar o feto. Tive que cuidar de uma mulher que havia sofrido vinte e dois abortos. Nestas
mulheres, os reiterados abortos debilitam os músculos do útero de tal forma que correm o risco de perder o feto
somente com o caminhar”. Stern, Mijail. August. Ob. Cit. P. 170
[...] A verdade é que a propaganda comunista sobre a virtude da família russa, criada pelo stalinismo, nunca
deixou de ser isso: pura propaganda. A instituição da família foi destruída, o “chefe da família” nada mais era do
que uma caricatura do homem soviético, e a esposa [...] não passava de uma mulher indefesa que tinha de
tolerar os agravos e espancamentos de seu marido.
[...] O mito do bom selvagem é uma falácia.
Livro relata um caso de uma camponesa de Bachkiria que chegou à aldeia de Ufa para conseguir pão e teve
relações com um cachorro pensando em receber pão mas foi jogada na rua sem dinheiro e sem comida. Stern,
Mijail. August. Ob. Cit. P. 49
[...]Os médicos Stern contam que o estupro de mulheres também era uma prática comum na própria família.
Não havia tribual que levasse os casos a sério. Os estupros coletivos também eram frequentes, ver “hábito de
Chubarov”, coberto pelo Pravda em 17/12/1926. Além de tudo isso, as surras contra as mulheres também eram
algo corrente na Rússia comunista. A eliminiação do capitalismo e as “condições materiais da existência” não
eliminaram a dominação violenta do homem sobre a mulher, como os marxistas esperavam com suas teorias
ilusórias de uma suposta idade de ouro do matriarcado.
[...] Lembre-se de que Marx e Engels já disseram no Manifesto Comunista que “com o desaparecimento do
capital também a prostituição desaparecerá”. Alexandra Mikhaylovna Kollontai, líder revolucionária russa e
teórica do marxismo, também afirmou que “esta vergonha [a prostituição] é devida ao sistema econômico ora
em vigor, a existência de propriedade privada. Uma vez que a propriedade privada tenha desaparecido, o
comércio da mulher desaparecerá automaticamente”.El comunismo y la família p.13
[...] Existem casos notáveis de ex-agentes da KGB que confessaram ser uma parte fundamental da estratégia
da URSS contra o Ocidente a promoção da corrupção cultural. Yuri Bezmenov, aliás Thomas Schuman, que em
1983 declarou publicamente “apenas 15% do dinheiro, do tempo e da mão de obra é dedicado à espionagem
como tal. Os outros 85% servem a um processo lento que melhor chamamos de ‘subversão ideológica’, o que
significa mudar a percepção da realidade de cada um dos americanos.
As ondas do feminismo
Feminismo ilustrado, liberal e sufragista : primeira onda
Feminismo marxista: segunda onda
Feminismo culturalista, radical e/ou neomarxista : terceira onda, responsável pela germinação da chamada
ideologia de gênero.
O segundo sexo, de Beauvoir, obra mais importante do feminismo do século XX: a tese central é que “mulher” é
um conceito socialmente construído, ou seja, carente de essência, artificial, sempre definido pelo seu opressor:
o homem. A famosa frase que resume a proposta teórica de De Beauvoir é “ninguém nasce mulher: torna-se”.
Isso tem a ver com o princípio do existencialismo, corrente filosófica a qual De Beauvoir pertence e possui como
célebre referência seu parceiro, Jean-Paul Sartre. Corrente que afirma que não existe nada como uma
“natureza humana”, tudo o que diz respeito ao ser humano é o resultado dos processos históricos que envolvem
a evolução das sociedades. A existência precede a essência do ser humano.
A Associação Psiquiátrica Americana(APA) em uma das edições recentos do seu popular “Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais”(2013), desclassificou a pedofilia como um “transtorno” (note a estratégia: há
dez anos foi considerada “doença”) e a colocou na categoria de “orientação sexual”.
[...]Jorge Corsi, ex-professor da Universidade de Palermo, que dava seminários, como o intitulado “A
Construção do sexo masculino e a violência” e, além disso, foi convocado por uma comissão para elaborar um
projeto de lei sobre “violência de gênero”. O fato era que Corsi acabou preso por fazer parte de uma rede de
pedófilos que faziam festas sexuais com crianças. Defendeu-se argumentando que “muitas das coisas que
estão sendo julgadas têm a ver com visões discriminatórias”; “pedofilia não é um crime”.
Parte 2 – Homofobia Marxista
O código penal soviético penalizava a homossexualidade em seu artigo 121 com ao menos cinco anos de
confinamento nos Gulags: entre 1934 e 1980 foram condenados cerca de cinquenta mil homossexuais.
[...] A ordem de Stalin de que vinte e oito milhões de homens bebessem uma garrafa de vodca por dia durante
quatro anos para elevar a moral garantiu que a seguinte geração de russos tivesse uma clara tendência ao
alcoolismo. [...] O regime impôs um novo rigorismo moral como expressão da ética proletária do trabalho e se
proibiu a homossexualidade.
Palavras de Fidel Castro no seu Primeiro Congresso Nacional de Educação e Cultura em Havana, 1968: “Os
meios culturais não podem servir de base para a proliferação de falsos intelectuais que pretendem converter o
esnobismo, a extravagância, o homossexualismo e outras aberrações em manifestações de arte revolucionária,
afastando-se das massas e do espírito de nossa revolução”.
[...] Filme “Antes do anoitecer”, relata a vida do escritor homossexual Reinaldo Arenas, brutalmente preso e
torturado durante anos pelo castrismo.
Paradoxalmente, sem maiores intervalos nem explicações claras, a esquerda do século XXI agita bandeiras em
favor da homossexualidade no afã de promover e glorificar tudo quanto antes desprezou e destratou com
crueldade.
[...] Camarilha Radical Faeries, grupo trans que realizam rituais exóticos disfarçados de fadas.
Sobre Wilhelm Reich: Discípulo de Sigmund Freud, se afiliou ao PC em 1928 e tentou unir psicanálise e
revolução marxista, incorporando proposições que escandalizavam a próprios e estranhos. Ante a falta de
“preocupação erótica” no seio do PC, Reich exortou os jovens que apoiassem sua empreitada pansexualista.
Criou uma organização que se denominava SEXPOL, “juventude trabalhadora para uma política sexual”,
empreendimento pornô-marxista no qual o Stalinismo pôs ressalvas e não tardou em expulsar Reich do partido
por suas excentricidades. Reich sustentava que “a opressão sexual está a serviço da dominação de classe”. Em
seu livro A função do Orgasmo Reich sustentava que a família é uma construção doente – patologia que ele
chamava “familitis” e que a liberdade sexual seria não somente a cura mas também um novo método
revolucionário. Como bom comunista que era, ao final dos anos 30, Reich foi morar nos EUA para gozar da
liberdade de expressão e assim não ser incomodado por suas investigações orgásmico-científicas, com as
quais soube ganhar muitos dólares enganando pessoas, vendendo-lhes produtos e tratamentos de aparência
erótica com os quais prometia solucionar todos os males. Após inúmeros golpes e fraudes, foi condenado à
prisão em 1956 e confirmado pela Suprema Corte em outubro de 1957. Entrou para a prisão de Danbury onde,
após ser diagnosticado com esquizofrenia progressiva, veio a falecer apenas 20 dias após seu encarceramento.
No entanto W.Reich teve seguidores e sua obra não terminou. Um grande continuador foi Herbert Marcuse,
iconográfico expoente da então nascente Escola de Frankfurt. Também emigrou para os EUA para ter sua
liberdade de expressão.
Embora existam vários pensadores expoentes da Escola de Frankfurt, o posto ideológico muito maior seria
tomado nos anos 60 pelo francês Michael Foucault. Louco que defendia que o roubo e a prática de crimes era
uma espécie de ato político contra o sistema. Seu livro Vigiar e Punir é um exemplo de catecismo da corrente de
garantismo-abolicionismo do direito penal, onde Foucault exalta com entusiasmada admiração a figura do
delinquente e sustenta que o crime é “um protesto reativo da individualidade humana” acrescentando que “pode,
portanto, acontecer que o crime constitua um instrumento político que acabará por ser tão precioso para a
libertação da nossa sociedade como foi para a emancipação dos negros”. O insólito é que este tipo de absurdo
foi levado à seério por muitos advogados de esquerda e não por acaso, na Argentina, o principal divulgador
foucaultiano tem sido o ativista homossexual, locador de bordeis e sonegador fiscal Eugenio Zaffaroni,
apresentado à sociedade não como um criminoso – seus erros judiciais sempre tenderam a desculpar ou
justificar os criminosos e delinquentes sexuais - mas como uma “eminência jurídica”, benefício que goza
qualquer degenerado pertencente ao establishment progressista: o falecido delinquente e ex-presidente Néstor
Kirchner premiou Zaffaroni nomeando-o Juiz do Supremo Tribunal de Justiça. Voltando a Foucault,
sadomasoquista doentio, comunista bom vivant, alcóolico perdiodo, suicida frustrado, fumante empedernido e
drogadicto irrefreável – o consumo de LSD foi o seu passatempo favorito, é o ponto de referência obrigatório
para promover a revolução cultural, tão simpaticamente igualitária no mundo aparente.
Curiosa é a descrição que o autor dá para Paulo Freire: o agente marxista Paulo Freire, um pedagogo brasileiro
oriundo de Pernambuco (uma espécie de Antonio Gramsci terceiro-mundista), que tanto influenciou com seu
famoso livro Pedagogia do Oprimido, publicado em 1968. Três anos antes e com notável vocação visionária,
Plínio Correa de Oliveira já estava denunciando a incipiente armadilha “dialoguista” em seu livro Baldeação
Ideológica Inadvertida e Diálogo(1965). Nesta obra já advertia que a técnica do diálogo com as palavras
“ecumenismo”, “diversidade”, “pacifismo” e similares, seriam as que de agora em diante cunhariam a estratégia
de comunicação revolucionária para enganar a população e assim “baldear ideologicamente” para o interlocutor
não-esquerdista. Estas palavras foram chamadas por Plínio de “palavras-talismã” e de acordo com o autor “se
tratam de palavras cujo sentido real é simpático e às vezes até nobre”. Plínio também dizia que quanto menos o
comunicador estiver relacionado ao comunismo, mais sua mensagem penetrará nas massas. Não é
coincidência, então que a “ideologia de gênero” esteja hoje sendo apoiada por muitos porta-vozes sem
ideologias ou semi-cultos, muitas vezes do mundo do showbusiness, dos esportes ou do jornalismo de claque:
“O Partido Comunista não pode ser mostrado. Deve escolher agentes de aparência não-comunista, ou mesmo
anticomunistas, que atuem nos mais diversos setores do corpo social. Quanto mais insuspeito o comunismo
parecer, mais eficaz ele será.”
[...] A natureza da palavra incorre em uma contradição óbvia: se o prefixo grego “homo” significa tanto “homem”
como “igual” e do mesmo grego surge que “fobia” é um “medo” ou “aversão”, teríamos que “homofobia” é um
“medo ou aversão aos homens ou iguais”. Isto é, num sentido literal, a palavra “homofobia” é um contra-senso
que consiste em alguém ter medo do que lhe é igual. Além disso, se os defensores da ordem natural são
considerados “homofóbicos”, e, portanto, doentes (dado que a fobia é uma doença), como pode ser, então, que
se acuse de modo insultuoso de “homofóbico” alguém que, sendo um doente, não só não deveria ser reprovado
por sua “fobia”, mas sim deveria ser compreendido e ajudado?

É de conhecimento público que a maior parte dos estilistas são gays e não é por acaso que as modelos
femininas dos principais costureiros do vestuário ocidental sejam extremamente magras e com tendência
anoréxica (sem seios ou curvas acentuadas), ou seja, eles apresentam uma imagem muito semelhante ao de
efebos, que são o arquétipo da mulher que agrada aos homossexuais – os estilistas gyas exigem para vestir
suas roupas uma magreza enfermiza – mas não é necessariamente o perfil físico que agrada aos
heterossexuais.

Uma pessoa é tolerante quando, apesar de condenar certo tipo de comportamento, não tenta proibir por leis
estatais pois a tentativa de moralizar imperativamente poderia trazer males maiores do que os que se pretende
erradicar.

Resenha do livro “Livro Negro da Nova Esquerda”, de Agustin Laje e Nicolás Marquez,
Por Anderson Fernandes, em 16/04/2020

Você também pode gostar