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Clean Code - JavaScript

- O documento apresenta um resumo de um livro sobre os Princípios da Engenharia de Software adaptados para JavaScript, abordando tópicos como variáveis, funções, objetos, classes, testes e tratamento de erros. - O livro propõe diretrizes para produzir código JavaScript legível, reutilizável e refatorável, focando em nomeação de variáveis, estrutura de funções, objetos e classes, além de testes e tratamento de erros. - As diretrizes não devem ser seguidas rigidamente e servem
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Clean Code - JavaScript

- O documento apresenta um resumo de um livro sobre os Princípios da Engenharia de Software adaptados para JavaScript, abordando tópicos como variáveis, funções, objetos, classes, testes e tratamento de erros. - O livro propõe diretrizes para produzir código JavaScript legível, reutilizável e refatorável, focando em nomeação de variáveis, estrutura de funções, objetos e classes, além de testes e tratamento de erros. - As diretrizes não devem ser seguidas rigidamente e servem
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1

Código Limpo, versão JavaScript!


Princípios da Engenharia de Software adaptados para JavaScript.

Se você está no desenvolvimento de software, esse é um dos livros que você deve ler!
2

Índice
1. Introdução

2. Variáveis

3. Funções

4. Objetos e Estruturas de Dados

5. Classes

6. SOLID

7. Testes

8. Concorrência

9. Tratamento de Erros

10. Formatação

11. Comentários

12. Créditos

. . .

1. Introdução
3

Imagem humorística da estimativa de qualidade do software baseado na contagem de quantos


palavrões você gritou enquanto lia o código.

Princípios da Engenharia de Software, do livro de Robert C. Martin


Código Limpo, adaptados para JavaScript. Isto não é um guia de
estilos. É um guia para se produzir código legível, reutilizável e
refatorável em JavaScript.

Nem todo princípio demonstrado deve ser seguido rigorosamente, e


ainda menos são os que possuem consenso universal. São orientações
e nada mais, entretanto, foram usadas em código durante muitos
anos de experiência coletiva pelos autores de Código limpo.

Nosso ofício de engenharia de software tem pouco mais de 50 anos e


ainda estamos aprendendo muito. Quando a arquitetura de software
for tão velha quando a própria arquitetura, talvez então tenhamos
regras mais rígidas para seguir. Por enquanto, deixe que estas
orientações sirvam como critério para se avaliar a qualidade de
código JavaScript que tanto você e o seu time produzirem.

Mais uma coisa: aprender isto não irá lhe transformar imediatamente
em um desenvolvedor de software melhor e trabalhar com eles por
muitos anos não quer dizer que você não cometerá erros. Toda porção
de código começa com um rascunho, como argila molhada sendo
moldada em sua forma �nal. Finalmente, talhamos as imperfeições
4

quando revisamos com nossos colegas. Não se bata pelos primeiros


rascunhos que ainda precisam de melhorias. Ao invés, bata em seu
código.

. . .

2. Variáveis

Use nomes de variáveis que tenham signi�cado e sejam


pronunciáveis
Ruim:

const yyyymmdstr = moment().format('YYYY/MM/DD');

Bom:

const currentDate = moment().format('YYYY/MM/DD');

Use o mesmo vocabulário para o mesmo tipo de variável


Ruim:

getUserInfo();
getClientData();
getCustomerRecord();

Bom:

getUser();
5

Use nomes pesquisáveis


Nós iremos ler mais código que escrever. É importante que o código
que escrevemos seja legível e pesquisável. Não dando nomes em
variáveis que sejam signi�cativos para entender nosso programa,
machucamos nossos leitores. Torne seus nomes pesquisáveis.
Ferramentas como buddy.js e ESLint podem ajudar a identi�car
constantes sem nome.

Ruim:

// Para que diabos serve 86400000?


setTimeout(blastOff, 86400000);

Bom:

// Declare-as como `const` global em letras maiúsculas.


const MILLISECONDS_IN_A_DAY = 86400000;

setTimeout(blastOff, MILLISECONDS_IN_A_DAY);

Use variáveis explicativas


Ruim:

const address = 'One Infinite Loop, Cupertino 95014';


const cityZipCodeRegex = /^[^,\\]+[,\\\s]+(.+?)\s*(\d{5})?$/;
saveCityZipCode(address.match(cityZipCodeRegex)[1],
address.match(cityZipCodeRegex)[2]);

Bom:

const address = 'One Infinite Loop, Cupertino 95014';


const cityZipCodeRegex = /^[^,\\]+[,\\\s]+(.+?)\s*(\d{5})?$/;
const [, city, zipCode] = address.match(cityZipCodeRegex) ||
[];
6

saveCityZipCode(city, zipCode);

Evite Mapeamento Mental


Explicito é melhor que implícito.

Ruim:

const locations = ['Austin', 'New York', 'San Francisco'];


locations.forEach((l) => {
doStuff();
doSomeOtherStuff();
// ...
// ...
// ...
// Espera, para que serve o `l` mesmo?
dispatch(l);
});

Bom:

const locations = ['Austin', 'New York', 'San Francisco'];


locations.forEach((location) => {
doStuff();
doSomeOtherStuff();
// ...
// ...
// ...
dispatch(location);
});

Não adicione contextos desnecessários


Se o nome de sua classe/objeto já lhe diz alguma coisa, não as repita
nos nomes de suas variáveis.

Ruim:

const Car = {
carMake: 'Honda',
carModel: 'Accord',
7

carColor: 'Blue'
};

function paintCar(car) {
car.carColor = 'Red';
}

Bom:

const Car = {
make: 'Honda',
model: 'Accord',
color: 'Blue'
};

function paintCar(car) {
car.color = 'Red';
}

Use argumentos padrões ao invés de curto circuitar ou


usar condicionais
Argumentos padrões são geralmente mais limpos do que curto
circuitos. Esteja ciente que se você usá-los, sua função apenas irá
fornecer valores padrões para argumentos undefined . Outros valores
"falsos" como '' , "" , false , null , 0 ,e NaN , não serão
substituídos por valores padrões.

Ruim:

function createMicrobrewery(name) {
const breweryName = name || 'Hipster Brew Co.';
// ...
}

Bom:

function createMicrobrewery(breweryName = 'Hipster Brew Co.')


8

{
// ...
}

. . .

3.
2.
1.
• 3. Funções

Argumentos de funções (idealmente 2 ou menos)


Limitar a quantidade de parâmetros de uma função é incrivelmente
importante porque torna mais fácil testá-la. Ter mais que três leva a
uma explosão combinatória onde você tem que testar muitos casos
diferentes com cada argumento separadamente.

Um ou dois argumentos é o caso ideal, e três devem ser evitados se


possível. Qualquer coisa a mais que isso deve ser consolidada.
Geralmente, se você tem mais que dois argumentos então sua função
está tentando fazer muitas coisas. Nos casos em que não está, na
maioria das vezes um objeto é su�ciente como argumento.

Já que JavaScript lhe permite criar objetos instantaneamente, sem ter


que escrever muita coisa, você pode usar um objeto se você se pegar
precisando usar muitos argumentos.

Para tornar mais óbvio quais as propriedades que as funções


esperam, você pode usar a sintaxe de desestruturação
(destructuring) do ES2015/ES6. Ela possui algumas vantagens:

1. Quando alguém olha para a assinatura de uma função, �ca


imediatamente claro quais propriedades são usadas.

2. Desestruturação também clona os valores primitivos especí�cos


do objeto passado como argumento para a função. Isso pode
ajudar a evitar efeitos colaterais. Nota: objetos e vetores que são
desestruturados a partir do objeto passado por argumento NÃO
são clonados.

3. Linters podem te alertar sobre propriedades não utilizadas, o


que seria impossível sem usar desestruturação.

Ruim:
9

function createMenu(title, body, buttonText, cancellable) {


// ...
}

Bom:

function createMenu({ title, body, buttonText, cancellable })


{
// ...
}

createMenu({
title: 'Foo',
body: 'Bar',
buttonText: 'Baz',
cancellable: true
});

Funções devem fazer uma coisa


Essa é de longe a regra mais importante em engenharia de software.
Quando funções fazem mais que uma coisa, elas se tornam difíceis de
serem compostas, testadas e raciocinadas. Quando você pode isolar
uma função para realizar apenas uma ação, elas podem ser
refatoradas facilmente e seu código �cará muito mais limpo. Se você
não levar mais nada desse guia além disso, você já estará na frente de
muitos desenvolvedores.

Ruim:

function emailClients(clients) {
clients.forEach((client) => {
const clientRecord = database.lookup(client);
if (clientRecord.isActive()) {
email(client);
}
});
}

Bom:
10

function emailActiveClients(clients) {
clients
.filter(isActiveClient)
.forEach(email);
}

function isActiveClient(client) {
const clientRecord = database.lookup(client);
return clientRecord.isActive();
}

Nomes de funções devem dizer o que elas fazem


Ruim:

function addToDate(date, month) {


// ...
}

const date = new Date();

// É difícil dizer pelo nome da função o que é adicionado


addToDate(date, 1);

Bom:

function addMonthToDate(month, date) {


// ...
}

const date = new Date();


addMonthToDate(1, date);

Funções devem ter apenas um nível de abstração


Quando você tem mais de um nível de abstração sua função
provavelmente esta fazendo coisas demais. Dividir suas funções leva
a reutilização e testes mais fáceis.

Ruim:
11

function parseBetterJSAlternative(code) {
const REGEXES = [
// ...
];

const statements = code.split(' ');


const tokens = [];
REGEXES.forEach((REGEX) => {
statements.forEach((statement) => {
// ...
});
});

const ast = [];


tokens.forEach((token) => {
// lex...
});

ast.forEach((node) => {
// parse...
});
}

Bom:

function tokenize(code) {
const REGEXES = [
// ...
];

const statements = code.split(' ');


const tokens = [];
REGEXES.forEach((REGEX) => {
statements.forEach((statement) => {
tokens.push( /* ... */ );
});
});

return tokens;
}

function lexer(tokens) {
const ast = [];
tokens.forEach((token) => {
ast.push( /* ... */ );
});

return ast;
}

function parseBetterJSAlternative(code) {
12

const tokens = tokenize(code);


const ast = lexer(tokens);
ast.forEach((node) => {
// parse...
});
}

Remova código duplicado


Faça absolutamente seu melhor para evitar código duplicado. Código
duplicado quer dizer que existe mais de um lugar onde você deverá
alterar algo se precisar mudar alguma lógica.

Imagine que você é dono de um restaurante e você toma conta do seu


estoque: todos os seus tomates, cebolas, alhos, temperos, etc. Se você
tem multiplas listas onde guarda estas informações, então você terá
que atualizar todas elas quando servir um prato que tenha tomates.
Se você tivesse apenas uma lista, teria apenas um lugar para
atualizar!

Frequentemente, você possui código duplicado porque você tem duas


ou mais coisas levemente diferentes, que possuem muito em comum,
mas suas diferenças lhe forçam a ter mais duas ou três funções que
fazem muito das mesmas coisas. Remover código duplicado signi�ca
criar uma abstração que seja capaz de lidar com este conjunto de
coisas diferentes com apenas uma função/módulo/classe.

Conseguir a abstração correta é crítico, por isso que você deveria


seguir os princípios SOLID descritos na seção Classes. Abstrações
ruins podem ser piores do que código duplicado, então tome
cuidado! Dito isto, se você puder fazer uma boa abstração, faça-a!
Não repita a si mesmo, caso contrário você se pegará atualizando
muitos lugares toda vez que precisar mudar qualquer coisinha.

Ruim:

function showDeveloperList(developers) {
developers.forEach((developer) => {
const expectedSalary =
developer.calculateExpectedSalary();
const experience = developer.getExperience();
const githubLink = developer.getGithubLink();
const data = {
expectedSalary,
13

experience,
githubLink
};

render(data);
});
}

function showManagerList(managers) {
managers.forEach((manager) => {
const expectedSalary = manager.calculateExpectedSalary();
const experience = manager.getExperience();
const portfolio = manager.getMBAProjects();
const data = {
expectedSalary,
experience,
portfolio
};

render(data);
});
}

Bom:

function showEmployeeList(employees) {
employees.forEach((employee) => {
const expectedSalary =
employee.calculateExpectedSalary();
const experience = employee.getExperience();

const data = {
expectedSalary,
experience
};

switch(employee.type){
case 'manager':
data.portfolio = employee.getMBAProjects();
break;
case 'developer':
data.githubLink = employee.getGithubLink();
break;
}

render(data);
});
}

De�na (set) objetos padrões com Object.assign


14

Ruim:

const menuConfig = {
title: null,
body: 'Bar',
buttonText: null,
cancellable: true
};

function createMenu(config) {
config.title = config.title || 'Foo';
config.body = config.body || 'Bar';
config.buttonText = config.buttonText || 'Baz';
config.cancellable = config.cancellable !== undefined ?
config.cancellable : true;
}

createMenu(menuConfig);

Bom:

const menuConfig = {
title: 'Order',
// Usuário não incluiu a chave 'body'
buttonText: 'Send',
cancellable: true
};

function createMenu(config) {
config = Object.assign({
title: 'Foo',
body: 'Bar',
buttonText: 'Baz',
cancellable: true
}, config);

// configuração agora é: {title: "Order", body: "Bar",


buttonText: "Send", cancellable: true}
// ...
}

createMenu(menuConfig);

Não use �ags como parâmetros de funções


Flags falam para o seu usuário que sua função faz mais de uma coisa.
Funções devem fazer apenas uma coisa. Divida suas funções se elas
15

estão seguindo caminhos de código diferentes baseadas em um valor


boleano.

Ruim:

function createFile(name, temp) {


if (temp) {
fs.create(`./temp/${name}`);
} else {
fs.create(name);
}
}

Bom:

function createFile(name) {
fs.create(name);
}

function createTempFile(name) {
createFile(`./temp/${name}`);
}

Evite Efeitos Colaterais (parte 1)


Uma função produz um efeito colateral se ela faz alguma coisa que
não seja receber um valor de entrada e retornar outro(s) valor(es).
Um efeito colateral pode ser escrever em um arquivo, modi�car uma
variável global, ou acidentalmente transferir todo seu dinheiro para
um estranho.

Agora, você precisa de efeitos colaterais ocasionalmente no seu


programa. Como no exemplo anterior, você pode precisar escrever
em um arquivo. O que você quer fazer é centralizar aonde está
fazendo isto. Não tenha diversas funções e classes que escrevam para
uma arquivo em particular. Tenha um serviço que faça isso. Um e
apenas um.

O ponto principal é evitar armadilhas como compartilhar o estado


entre objetos sem nenhuma estrutura, usando tipos de dados
mutáveis que podem ser escritos por qualquer coisa, e não
16

centralizando onde seu efeito colateral acontece. Se você conseguir


fazer isto, você será muito mais feliz que a grande maioria dos outros
programadores.

Ruim:

// Variável global referenciada pela função seguinte


// Se tivéssemos outra função que usa esse nome, então seria
um vetor (array) e poderia quebrar seu código
let name = 'Ryan McDermott';

function splitIntoFirstAndLastName() {
name = name.split(' ');
}

splitIntoFirstAndLastName();

console.log(name); // ['Ryan', 'McDermott'];

Bom:

function splitIntoFirstAndLastName(name) {
return name.split(' ');
}

const name = 'Ryan McDermott';


const newName = splitIntoFirstAndLastName(name);

console.log(name); // 'Ryan McDermott';


console.log(newName); // ['Ryan', 'McDermott'];

Evite Efeitos Colaterais (parte 2)


Em JavaScript, tipos primitivos são passados por valor e
objetos/vetores são passados por referência. No caso de objetos e
vetores, se sua função faz uma mudança em um vetor de um carrinho
de compras, por exemplo, adicionando um item para ser comprado,
então qualquer outra função que use o vetor cart também será
afetada por essa adição. Isso pode ser ótimo, mas também pode ser
ruim. Vamos imaginar uma situação ruim:

O usuário clica no botão “Comprar”, botão que invoca a função


17

purchase que dispara uma série de requisições e manda o vetor


cart para o servidor. Devido a uma conexão ruim de internet, a
função purchase precisa fazer novamente a requisição. Agora,
imagine que nesse meio tempo o usuário acidentalmente clique no
botão Adicionar ao carrinho em um produto que ele não queria
antes da requisição começar. Se isto acontecer e a requisição for
enviada novamente, então a função purchase irá enviar
acidentalmente o vetor com o novo produto adicionado porque existe
uma referência para o vetor cart que a função addItemToCart

modi�cou adicionando um produto indesejado.

Uma ótima solução seria que a função addCartToItem sempre


clonasse o vetor cart , editasse-o, e então retornasse seu clone. Isso
garante que nenhuma outra função que possua uma referência para o
carrinho de compras seja afetada por qualquer mudança feita.

Duas ressalvas desta abordagem:

Podem haver casos onde você realmente quer mudar o objeto de


entrada, mas quando você adota este tipo de programação, você
vai descobrir que estes casos são bastante raros. A maioria das
coisas podem ser refatoradas para não terem efeitos colaterais.

Clonar objetos grandes pode ser bastante caro em termos de


desempenho. Com sorte, na prática isso não é um problema,
porque existem ótimas bibliotecas que permitem que este tipo de
programação seja rápida e não seja tão intensa no uso de
memória quanto seria se você clonasse manualmente objetos e
vetores.

Ruim:

const addItemToCart = (cart, item) => {


cart.push({ item, date: Date.now() });
};

Bom:

const addItemToCart = (cart, item) => {


18

return [...cart, { item, date: Date.now() }];


};

Não escreva em funções globais


Poluir globais é uma pratica ruim em JavaScript porque você pode
causar con�ito com outra biblioteca e o usuário da sua API não faria a
menor ideia até que ele tivesse um exceção sendo levantada em
produção. Vamos pensar em um exemplo: e se você quisesse estender
o método nativo Array do JavaScript para ter um método diff que
poderia mostrar a diferença entre dois vetores? Você poderia escrever
sua nova função em Array.prototype , mas poderia colidir com outra
biblioteca que tentou fazer a mesma coisa. E se esta outra biblioteca
estava apenas usando diff para achar a diferença entre o primeiro e
último elemento de um vetor? É por isso que seria muito melhor usar
as classes padrões do ES2015/ES6 e apenas estender o Array global.

Ruim:

Array.prototype.diff = function diff(comparisonArray) {


const hash = new Set(comparisonArray);
return this.filter(elem => !hash.has(elem));
};

Bom:

class SuperArray extends Array {


diff(comparisonArray) {
const hash = new Set(comparisonArray);
return this.filter(elem => !hash.has(elem));
}
}

Favoreça programação funcional sobre programação


imperativa
JavaScript não é uma linguagem funcional da mesma forma que
Haskell é, mas tem um toque de funcional em si. Linguagens
funcionais são mais limpas e fáceis de se testar. Favoreça esse tipo de
programação quando puder.
19

Ruim:

const programmerOutput = [
{
name: 'Uncle Bobby',
linesOfCode: 500
}, {
name: 'Suzie Q',
linesOfCode: 1500
}, {
name: 'Jimmy Gosling',
linesOfCode: 150
}, {
name: 'Gracie Hopper',
linesOfCode: 1000
}
];

let totalOutput = 0;

for (let i = 0; i < programmerOutput.length; i++) {


totalOutput += programmerOutput[i].linesOfCode;
}

Bom:

const programmerOutput = [
{
name: 'Uncle Bobby',
linesOfCode: 500
}, {
name: 'Suzie Q',
linesOfCode: 1500
}, {
name: 'Jimmy Gosling',
linesOfCode: 150
}, {
name: 'Gracie Hopper',
linesOfCode: 1000
}
];

const INITIAL_VALUE = 0;

const totalOutput = programmerOutput


.map((programmer) => programmer.linesOfCode)
.reduce((acc, linesOfCode) => acc + linesOfCode,
INITIAL_VALUE);
20

Encapsule condicionais
Ruim:

if (fsm.state === 'fetching' && isEmpty(listNode)) {


// ...
}

Bom:

function shouldShowSpinner(fsm, listNode) {


return fsm.state === 'fetching' && isEmpty(listNode);
}

if (shouldShowSpinner(fsmInstance, listNodeInstance)) {
// ...
}

Evite negações de condicionais


Ruim:

function isDOMNodeNotPresent(node) {
// ...
}

if (!isDOMNodeNotPresent(node)) {
// ...
}

Bom:

function isDOMNodePresent(node) {
// ...
}

if (isDOMNodePresent(node)) {
// ...
21

Evite condicionais
Esta parece ser uma tarefa impossível. Da primeira vez que as pessoas
escutam isso, a maioria diz, “como eu supostamente faria alguma
coisa sem usar if ? ” A resposta é que você pode usar polimor�smo
para realizar a mesma tarefa em diversos casos. A segunda questão é
geralmente, “bom, isso é ótimo, mas porque eu deveria fazer isso?” A
resposta é um conceito de código limpo aprendido previamente: uma
função deve fazer apenas uma coisa. Quando você tem classes e
funções que tem declarações if , você esta dizendo para seu usuário
que sua função faz mais de uma coisa. Relembre-se, apenas uma
coisa.

Ruim:

class Airplane {
// ...
getCruisingAltitude() {
switch (this.type) {
case '777':
return this.getMaxAltitude() -
this.getPassengerCount();
case 'Air Force One':
return this.getMaxAltitude();
case 'Cessna':
return this.getMaxAltitude() -
this.getFuelExpenditure();
}
}
}

Bom:

class Airplane {
// ...
}

class Boeing777 extends Airplane {


// ...
getCruisingAltitude() {
return this.getMaxAltitude() - this.getPassengerCount();
}
22

class AirForceOne extends Airplane {


// ...
getCruisingAltitude() {
return this.getMaxAltitude();
}
}

class Cessna extends Airplane {


// ...
getCruisingAltitude() {
return this.getMaxAltitude() - this.getFuelExpenditure();
}
}

Evite checagem de tipos (parte 1)


JavaScript não possui tipos, o que signi�ca que suas funções podem
receber qualquer tipo de argumento. Algumas vezes esta liberdade
pode te morder, e se torna tentador fazer checagem de tipos em suas
funções. Existem muitas formas de evitar ter que fazer isso. A
primeira coisa a se considerar são APIs consistentes.

Ruim:

function travelToTexas(vehicle) {
if (vehicle instanceof Bicycle) {
vehicle.pedal(this.currentLocation, new
Location('texas'));
} else if (vehicle instanceof Car) {
vehicle.drive(this.currentLocation, new
Location('texas'));
}
}

Bom:

function travelToTexas(vehicle) {
vehicle.move(this.currentLocation, new Location('texas'));
}

Evite checagem de tipos (parte 2)


23

Se você estiver trabalhando com valores primitivos básicos como


strings e inteiros, e você não pode usar polimor�smo, mas ainda
sente a necessidade de checar o tipo, você deveria considerar usar
TypeScript. É uma excelente alternativa para o JavaScript normal, já
que fornece uma tipagem estática sobre a sintaxe padrão do
JavaScript. O problema com checagem manual em JavaScript é que
para se fazer bem feito requer tanta verborragia extra que a falsa
“tipagem-segura” que você consegue não compensa pela perca de
legibilidade. Mantenha seu JavaScript limpo, escreve bons testes, e
tenha boas revisões de código. Ou, de outra forma, faça tudo isso mas
com TypeScript (que, como eu falei, é uma ótima alternativa!).

Ruim:

function combine(val1, val2) {


if (typeof val1 === 'number' && typeof val2 === 'number' ||
typeof val1 === 'string' && typeof val2 === 'string') {
return val1 + val2;
}

throw new Error('Must be of type String or Number');


}

Bom:

function combine(val1, val2) {


return val1 + val2;
}

Não otimize demais


Navegadores modernos fazem muitas otimizações por debaixo dos
panos em tempo de execução. Muitas vezes, se você estiver
otimizando, está apenas perdendo o seu tempo. Existem bons
recursos para se veri�car onde falta otimização. Foque nesses por
enquanto, até que eles sejam consertados caso seja possível.

Ruim:
24

// Em navegadores antigos, cada iteração de `list.length` não


cacheada seria custosa
// devido a recomputação de `list.length`. Em navegadores
modernos, isto é otimizado.
for (let i = 0, len = list.length; i < len; i++) {
// ...
}

Bom:

for (let i = 0; i < list.length; i++) {


// ...
}

Remova código morto


Código morto é tão ruim quanto código duplicado. Não existe
nenhum motivo para deixá-lo em seu código. Se ele não estiver sendo
chamado, livre-se dele. Ele ainda estará a salvo no seu histórico de
versionamento se ainda precisar dele.

Ruim:

function oldRequestModule(url) {
// ...
}

function newRequestModule(url) {
// ...
}

const req = newRequestModule;


inventoryTracker('apples', req, 'www.inventory-awesome.io');

Bom:

function newRequestModule(url) {
// ...
25

const req = newRequestModule;


inventoryTracker('apples', req, 'www.inventory-awesome.io');

4. Objetos e Estruturas de Dados

Use getters e setters


Usar getters e setters para acessar dados em objetos é bem melhor
que simplesmente procurar por uma propriedade em um objeto. “Por
quê?”, você deve perguntar. Bem, aqui vai uma lista desorganizada de
motivos:

Quando você quer fazer mais além de pegar (get) a propriedade


de um objeto, você não tem que procurar e mudar todos os
acessores do seu código;

Torna mais fácil fazer validação quando estiver dando um set ;

Encapsula a representação interna;

Mais fácil de adicionar logs e tratamento de erros quando dando


get and set;

Você pode usar lazy loading nas propriedades de seu objeto,


digamos, por exemplo, pegando ele de um servidor.

Ruim:

function makeBankAccount() {
// ...

return {
balance: 0,
// ...
};
}

const account = makeBankAccount();


account.balance = 100;

Bom:
26

function makeBankAccount() {
// este é privado
let balance = 0;

// um "getter", feito público através do objeto retornado


abaixo
function getBalance() {
return balance;
}

// um "setter", feito público através do objeto retornado


abaixo
function setBalance(amount) {
// ... validate before updating the balance
balance = amount;
}

return {
// ...
getBalance,
setBalance,
};
}

const account = makeBankAccount();


account.setBalance(100);

Faça objetos terem membros privados


Isto pode ser alcançado através de closures (para ES5 e além).

Ruim:

const Employee = function(name) {


this.name = name;
};

Employee.prototype.getName = function getName() {


return this.name;
};

const employee = new Employee('John Doe');


console.log(`Employee name: ${employee.getName()}`); //
Employee name: John Doe
delete employee.name;
console.log(`Employee name: ${employee.getName()}`); //
Employee name: undefined
27

Bom:

function makeEmployee(name) {
return {
getName() {
return name;
},
};
}

const employee = makeEmployee('John Doe');


console.log(`Employee name: ${employee.getName()}`); //
Employee name: John Doe
delete employee.name;
console.log(`Employee name: ${employee.getName()}`); //
Employee name: John Doe

5. Classes

Pre�ra classes do ES2015/ES6 ao invés de funções


simples do ES5
É muito difícil conseguir que herança de classe, construtores, e
de�nições de métodos sejam legíveis para classes de ES5 clássicas. Se
você precisa de herança (e esteja ciente que você talvez não precise),
então pre�ra classes ES2015/ES6. Entretanto, pre�ra funções
pequenas ao invés de classes até que você precise de objetos maiores
e mais complexos.

Ruim:

const Animal = function(age) {


if (!(this instanceof Animal)) {
throw new Error('Instantiate Animal with `new`');
}

this.age = age;
};

Animal.prototype.move = function move() {};

const Mammal = function(age, furColor) {


if (!(this instanceof Mammal)) {
28

throw new Error('Instantiate Mammal with `new`');


}

Animal.call(this, age);
this.furColor = furColor;
};

Mammal.prototype = Object.create(Animal.prototype);
Mammal.prototype.constructor = Mammal;
Mammal.prototype.liveBirth = function liveBirth() {};

const Human = function(age, furColor, languageSpoken) {


if (!(this instanceof Human)) {
throw new Error('Instantiate Human with `new`');
}

Mammal.call(this, age, furColor);


this.languageSpoken = languageSpoken;
};

Human.prototype = Object.create(Mammal.prototype);
Human.prototype.constructor = Human;
Human.prototype.speak = function speak() {};

Bom:

class Animal {
constructor(age) {
this.age = age;
}

move() { /* ... */ }
}

class Mammal extends Animal {


constructor(age, furColor) {
super(age);
this.furColor = furColor;
}

liveBirth() { /* ... */ }
}

class Human extends Mammal {


constructor(age, furColor, languageSpoken) {
super(age, furColor);
this.languageSpoken = languageSpoken;
}

speak() { /* ... */ }
29

Use encadeamento de métodos


Este padrão é muito útil em JavaScript e você o verá em muitas
bibliotecas como jQuery e Lodash. Ele permite que seu código seja
expressivo e menos verboso. Por esse motivo, eu digo, use
encadeamento de métodos e dê uma olhada em como o seu código
�cará mais limpo. Em suas funções de classes, apenas retorne this

no �nal de cada função, e você poderá encadear mais métodos de


classe nele.

Ruim:

class Car {
constructor(make, model, color) {
this.make = make;
this.model = model;
this.color = color;
}

setMake(make) {
this.make = make;
}

setModel(model) {
this.model = model;
}

setColor(color) {
this.color = color;
}

save() {
console.log(this.make, this.model, this.color);
}
}

const car = new Car('Ford','F-150','red');


car.setColor('pink');
car.save();

Bom:
30

class Car {
constructor(make, model, color) {
this.make = make;
this.model = model;
this.color = color;
}

setMake(make) {
this.make = make;
// NOTA: Retorne this para encadear
return this;
}

setModel(model) {
this.model = model;
// NOTA: Retorne this para encadear
return this;
}

setColor(color) {
this.color = color;
// NOTA: Retorne this para encadear
return this;
}

save() {
console.log(this.make, this.model, this.color);
// NOTA: Retorne this para encadear
return this;
}
}

const car = new Car('Ford','F-150','red')


.setColor('pink')
.save();

Pre�ra composição ao invés de herança


Como dito famosamente em Padrão de projeto pela Gangue dos
Quatro, você deve preferir composição sobre herança onde você
puder. Existem muitas boas razões para usar herança e muitas boas
razões para se usar composição. O ponto principal para essa máxima
é que se sua mente for instintivamente para a herança, tente pensar
se composição poderia modelar melhor o seu problema. Em alguns
casos pode.

Você deve estar pensando então, “quando eu deveria usar herança?”


Isso depende especi�camente do seu problema, mas essa é uma lista
decente de quando herança faz mais sentido que composição:

Sua herança representa uma relação de “isto-é” e não uma


31

relação de “isto-tem” (Human→Animal vs. User->UserDetails)

Você pode reutilizar código de classes de base (Humanos podem


se mover como todos os animais).

Você quer fazer mudanças globais para classes derivadas


mudando apenas a classe base. (Mudar o custo calórico para
todos os animais quando se movem).

Ruim:

class Employee {
constructor(name, email) {
this.name = name;
this.email = email;
}

// ...
}

// Ruim porque Employees (Empregados) "tem" dados de


impostos. EmployeeTaxData não é um tipo de Employee
class EmployeeTaxData extends Employee {
constructor(ssn, salary) {
super();
this.ssn = ssn;
this.salary = salary;
}

// ...
}

Bom:

class EmployeeTaxData {
constructor(ssn, salary) {
this.ssn = ssn;
this.salary = salary;
}

// ...
}

class Employee {
constructor(name, email) {
this.name = name;
32

this.email = email;
}

setTaxData(ssn, salary) {
this.taxData = new EmployeeTaxData(ssn, salary);
}
// ...
}

6. SOLID

Princípio da Responsabilidade Única (SRP)


Como dito em Código Limpo, “Nunca deveria haver mais de um
motivo para uma classe ter que mudar”. É tentador empacotar uma
classe em excesso com muitas funcionalidades, como quando você
pode levar apenas uma mala em seu voo. O problema com isso é que
sua classe não será conceitualmente coesa e dar-lhe-á diversos
motivos para mudá-la. Minimizar o número de vezes que você precisa
mudar uma classe é importante, porque, se muitas funcionalidades
estão em uma classe e você mudar uma porção dela, pode ser difícil
entender como isto afetará outras módulos que dependem dela no
seu código.

Ruim:

class UserSettings {
constructor(user) {
this.user = user;
}

changeSettings(settings) {
if (this.verifyCredentials()) {
// ...
}
}

verifyCredentials() {
// ...
}
}

Bom:
33

class UserAuth {
constructor(user) {
this.user = user;
}

verifyCredentials() {
// ...
}
}

class UserSettings {
constructor(user) {
this.user = user;
this.auth = new UserAuth(user);
}

changeSettings(settings) {
if (this.auth.verifyCredentials()) {
// ...
}
}
}

Princípio do Aberto/Fechado (OCP)


Como foi dito por Bertrand Meyer, “entidades de software (classes,
módulos, funções, etc.) devem se manter abertas para extensões, mas
fechadas para modi�cações.” Mas o que isso signi�ca? Esse princípio
basicamente diz que você deve permitir que usuários adicionem
novas funcionalidades sem mudar código já existente.

Ruim:

class AjaxAdapter extends Adapter {


constructor() {
super();
this.name = 'ajaxAdapter';
}
}

class NodeAdapter extends Adapter {


constructor() {
super();
this.name = 'nodeAdapter';
}
}

class HttpRequester {
34

constructor(adapter) {
this.adapter = adapter;
}

fetch(url) {
if (this.adapter.name === 'ajaxAdapter') {
return makeAjaxCall(url).then((response) => {
// transforma a resposta e retorna
});
} else if (this.adapter.name === 'httpNodeAdapter') {
return makeHttpCall(url).then((response) => {
// transforma a resposta e retorna
});
}
}
}

function makeAjaxCall(url) {
// faz a request e retorna a promessa
}

function makeHttpCall(url) {
// faz a request e retorna a promessa
}

Bom:

class AjaxAdapter extends Adapter {


constructor() {
super();
this.name = 'ajaxAdapter';
}

request(url) {
// faz a request e retorna a promessa
}
}

class NodeAdapter extends Adapter {


constructor() {
super();
this.name = 'nodeAdapter';
}

request(url) {
// faz a request e retorna a promessa
}
}

class HttpRequester {
constructor(adapter) {
this.adapter = adapter;
35

fetch(url) {
return this.adapter.request(url).then((response) => {
// transforma a resposta e retorna
});
}
}

Princípio de Substituição de Liskov (LSP)


Esse é um termo assustador para um conceito extremamente simples.
É formalmente de�nido como “Se S é um subtipo de T, então objetos
do tipo T podem ser substituídos por objetos com o tipo S (i.e.,
objetos do tipo S podem substituir objetos do tipo T) sem alterar
nenhuma das propriedades desejáveis de um programa (corretude,
desempenho em tarefas, etc.).” Esta é uma de�nição ainda mais
assustadora.

A melhor explicação para este conceito é se você tiver uma classe pai
e uma classe �lha, então a classe base e a classe �lha pode ser usadas
indistintamente sem ter resultados incorretos. Isso ainda pode ser
confuso, então vamos dar uma olhada no exemplo clássico do
Quadrado-Retângulo (Square-Rectangle). Matematicamente, um
quadrado é um retângulo, mas se você modelá-lo usando uma relação
“isto-é” através de herança, você rapidamente terá problemas.

Ruim:

class Rectangle {
constructor() {
this.width = 0;
this.height = 0;
}

setColor(color) {
// ...
}

render(area) {
// ...
}

setWidth(width) {
this.width = width;
}
36

setHeight(height) {
this.height = height;
}

getArea() {
return this.width * this.height;
}
}

class Square extends Rectangle {


setWidth(width) {
this.width = width;
this.height = width;
}

setHeight(height) {
this.width = height;
this.height = height;
}
}

function renderLargeRectangles(rectangles) {
rectangles.forEach((rectangle) => {
rectangle.setWidth(4);
rectangle.setHeight(5);
const area = rectangle.getArea(); // RUIM: Retorna 25
para o Quadrado. Deveria ser 20.
rectangle.render(area);
});
}

const rectangles = [new Rectangle(), new Rectangle(), new


Square()];
renderLargeRectangles(rectangles);

Bom:

class Shape {
setColor(color) {
// ...
}

render(area) {
// ...
}
}

class Rectangle extends Shape {


constructor(width, height) {
super();
this.width = width;
this.height = height;
37

getArea() {
return this.width * this.height;
}
}

class Square extends Shape {


constructor(length) {
super();
this.length = length;
}

getArea() {
return this.length * this.length;
}
}

function renderLargeShapes(shapes) {
shapes.forEach((shape) => {
const area = shape.getArea();
shape.render(area);
});
}

const shapes = [new Rectangle(4, 5), new Rectangle(4, 5), new


Square(5)];
renderLargeShapes(shapes);

Princípio da Segregação de Interface (ISP)


JavaScript não possui interfaces então esse princípio não se aplica
estritamente como os outros. Entretanto, é importante e relevante até
mesmo com a falta de um sistema de tipos em JavaScript.

ISP diz que “Clientes não devem ser forcados a depender de


interfaces que eles não usam.” Interfaces são contratos implícitos em
JavaScript devido a sua tipagem pato (duck typing).

Um bom exemplo para se observar que demonstra esse princípio em


JavaScript é de classes que requerem objetos de con�gurações
grandes. Não pedir para clientes de�nirem grandes quantidades de
opções é bené�co, porque na maioria das vezes eles não precisarão de
todas as con�gurações. Torná-las opcionais ajuda a prevenir uma
“interferência gorda”.

Ruim:
38

class DOMTraverser {
constructor(settings) {
this.settings = settings;
this.setup();
}

setup() {
this.rootNode = this.settings.rootNode;
this.animationModule.setup();
}

traverse() {
// ...
}
}

const $ = new DOMTraverser({


rootNode: document.getElementsByTagName('body'),
animationModule() {} // Na maioria das vezes, não
precisamos animar enquanto atravessamos (traversing).
// ...
});

Bom:

class DOMTraverser {
constructor(settings) {
this.settings = settings;
this.options = settings.options;
this.setup();
}

setup() {
this.rootNode = this.settings.rootNode;
this.setupOptions();
}

setupOptions() {
if (this.options.animationModule) {
// ...
}
}

traverse() {
// ...
}
}

const $ = new DOMTraverser({


rootNode: document.getElementsByTagName('body'),
options: {
39

animationModule() {}
}
});

Princípio da Inversão de Dependência (DIP)


Este princípio nos diz duas coisas essenciais:

Módulos de alto nível não devem depender de módulos de baixo


nível. Ambos devem depender de abstrações.

Abstrações não devem depender de detalhes. Detalhes devem


depender de abstrações.

Isso pode ser difícil de entender a princípio, mas se você já trabalhou


com AngularJS, você já viu uma implementação deste princípio na
forma de injeção de dependência (DI). Apesar de não serem
conceitos idênticos, DIP não deixa módulos de alto nível saber os
detalhes de seus módulos de baixo nível, assim como con�gurá-los.
Isso pode ser alcançado através de DI. Um grande bene�cio é que
reduz o acoplamento entre os módulos. Acoplamento é um padrão de
desenvolvimento muito ruim porque torna seu código mais difícil de
ser refatorado.

Como dito anteriormente, JavaScript não possui interfaces, então as


abstrações que são necessárias são contratos implícitos. Que quer
dizer que, os métodos e as classes que um objeto/classe expõe para
outros objeto/classe. No exemplo abaixo, o contrato implícito é que
qualquer módulo de Request para InventoryTracker terá um método
requestItems :

Ruim:

class InventoryRequester {
constructor() {
this.REQ_METHODS = ['HTTP'];
}

requestItem(item) {
// ...
}
}

class InventoryTracker {
40

constructor(items) {
this.items = items;

// Ruim: Nós criamos uma dependência numa implementação


de request especifica.
// Nós deveriamos apenas ter requestItems dependendo de
um método de request: `request`
this.requester = new InventoryRequester();
}

requestItems() {
this.items.forEach((item) => {
this.requester.requestItem(item);
});
}
}

const inventoryTracker = new InventoryTracker(['apples',


'bananas']);
inventoryTracker.requestItems();

Bom:

class InventoryTracker {
constructor(items, requester) {
this.items = items;
this.requester = requester;
}

requestItems() {
this.items.forEach((item) => {
this.requester.requestItem(item);
});
}
}

class InventoryRequesterV1 {
constructor() {
this.REQ_METHODS = ['HTTP'];
}

requestItem(item) {
// ...
}
}

class InventoryRequesterV2 {
constructor() {
this.REQ_METHODS = ['WS'];
}

requestItem(item) {
41

// ...
}
}

// Construindo nossas dependências externamente e injetando-


as, podemos facilmente
// substituir nosso módulo de request por um novo mais chique
que usa WebSockets
const inventoryTracker = new InventoryTracker(['apples',
'bananas'], new InventoryRequesterV2());
inventoryTracker.requestItems();

7. Testes
Testes são mais importantes que entregas. Se você não possui testes
ou um quantidade inadequada, então toda vez que você entregar seu
código você não terá certeza se você não quebrou alguma coisa.
Decidir o que constitui uma quantidade adequada é responsabilidade
do seu time, mas ter 100% de cobertura (todas as sentenças e
branches) é a maneira que se alcança uma alta con�ança e uma paz
de espirito em desenvolvimento. Isso quer dizer que além de ter um
ótimo framework de testes, você também precisa usar uma boa
ferramenta de cobertura.

Não existe desculpa para não escrever testes. Existem diversos


frameworks de testes em JS ótimos, então encontre um que seu time
pre�ra. Quando você encontrar um que funciona para seu time, então
tenha como objetivo sempre escrever testes para cada nova
funcionalidade/módulo que você introduzir. Se seu método preferido
for Desenvolvimento Orientado a Testes (TDD), isso é ótimo, mas o
ponto principal é apenas ter certeza que você está alcançado suas
metas de cobertura antes de lançar qualquer funcionalidade, ou
refatorar uma já existente.

Um conceito por teste


Ruim:

import assert from 'assert';

describe('MakeMomentJSGreatAgain', () => {
it('handles date boundaries', () => {
let date;
42

date = new MakeMomentJSGreatAgain('1/1/2015');


date.addDays(30);
assert.equal('1/31/2015', date);

date = new MakeMomentJSGreatAgain('2/1/2016');


date.addDays(28);
assert.equal('02/29/2016', date);

date = new MakeMomentJSGreatAgain('2/1/2015');


date.addDays(28);
assert.equal('03/01/2015', date);
});
});

Bom:

import assert from 'assert';

describe('MakeMomentJSGreatAgain', () => {
it('handles 30-day months', () => {
const date = new MakeMomentJSGreatAgain('1/1/2015');
date.addDays(30);
assert.equal('1/31/2015', date);
});

it('handles leap year', () => {


const date = new MakeMomentJSGreatAgain('2/1/2016');
date.addDays(28);
assert.equal('02/29/2016', date);
});

it('handles non-leap year', () => {


const date = new MakeMomentJSGreatAgain('2/1/2015');
date.addDays(28);
assert.equal('03/01/2015', date);
});
});

8. Concorrência

Use Promises, não callbacks


Callbacks não são limpos, e eles causam uma quantidade excessiva de
aninhamentos. A partir de ES2015/ES6, Promise são um tipo nativo
global. Use-as!
43

Ruim:

import { get } from 'request';


import { writeFile } from 'fs';

get('https://en.wikipedia.org/wiki/Robert_Cecil_Martin',
(requestErr, response) => {
if (requestErr) {
console.error(requestErr);
} else {
writeFile('article.html', response.body, (writeErr) => {
if (writeErr) {
console.error(writeErr);
} else {
console.log('File written');
}
});
}
});

Bom:

import { get } from 'request';


import { writeFile } from 'fs';

get('https://en.wikipedia.org/wiki/Robert_Cecil_Martin')
.then((response) => {
return writeFile('article.html', response);
})
.then(() => {
console.log('File written');
})
.catch((err) => {
console.error(err);
});

Async/Await são ainda mais limpas que Promises


Promises são uma alternativa bem mais limpa que callbacks, mas o
ES2017/ES8 traz async e await que oferecem uma solução ainda
mais limpa. Tudo o que você precisa é uma função que tem como
pre�xo a palavra-chave async , e então você pode escrever sua lógica
imperativamente sem usar then para encadear suas funções. Use
isto se você puder tirar vantagem das funcionalidades do
ES2017/ES8 hoje!
44

Ruim:

import { get } from 'request-promise';


import { writeFile } from 'fs-promise';

get('https://en.wikipedia.org/wiki/Robert_Cecil_Martin')
.then((response) => {
return writeFile('article.html', response);
})
.then(() => {
console.log('File written');
})
.catch((err) => {
console.error(err);
});

Bom:

import { get } from 'request-promise';


import { writeFile } from 'fs-promise';

async function getCleanCodeArticle() {


try {
const response = await get('https://en.wikipedia.org
/wiki/Robert_Cecil_Martin');
await writeFile('article.html', response);
console.log('File written');
} catch(err) {
console.error(err);
}
}

9. Tratamento de Erros
throw error é uma coisa boa! Eles signi�cam que o programa
identi�cou com sucesso quando algo deu errado e está permitindo
que você saiba parando a execução da função no processo atual,
fechando o processo (em Node), e noti�cando você no console com a
pilha de processos.

Não ignore erros capturados


Não fazer nada com um erro capturado não te dá a habilidade de
resolvê-lo ou reagir ao erro informado. Exibir um log no
45

console( console.log ) não é muito melhor porque muitas vezes ele


pode �car perdido entre um monte de outras coisas impressas no
console. Se você envolver qualquer pedaço de código em um
try/catch isso signi�ca que você acredita que um erro pode ocorrer
lá e então você deveria ter um plano, ou criar caminho de código para
quando isso ocorrer.

Ruim:

try {
functionThatMightThrow();
} catch (error) {
console.log(error);
}

Bom:

try {
functionThatMightThrow();
} catch (error) {
// Uma opção (mais chamativa que console.log):
console.error(error);
// Outra opção:
notifyUserOfError(error);
// Outra opção:
reportErrorToService(error);
// OU as três!
}

Não ignore promessas rejeitadas


Pela mesma razão que você não deveria ignorar erros caputados de
try/catch

Ruim:

getdata()
.then((data) => {
functionThatMightThrow(data);
})
.catch((error) => {
46

console.log(error);
});

Bom:

getdata()
.then((data) => {
functionThatMightThrow(data);
})
.catch((error) => {
// One option (more noisy than console.log):
console.error(error);
// Another option:
notifyUserOfError(error);
// Another option:
reportErrorToService(error);
// OR do all three!
});

10. Formatação
Formatação é subjetiva. Como muitas regras aqui, não há nenhuma
regra �xa e rápida que você precisa seguir. O ponto principal é NÃO
DISCUTA sobre formatação. Existem muitas ferramentas para
automatizar isso. Utilize uma! É um desperdicio de tempo e dinheiro
para engenheiros discutirem sobre formatação.

Para coisas que não possam utilizar formatação automática


(identação, tabs vs. espaços, aspas simples vs. duplas, etc.) olhe aqui
para alguma orientação.

Utilize capitalização consistente


JavaScript não é uma linguagem tipada, então a capitalização diz
muito sobre suas variáveis, funções, etc. Estas regras são subjetivas,
então sua equipe pode escolher o que quiserem. O ponto é, não
importa o que vocês todos escolham, apenas seja consistente.

Ruim:

const DAYS_IN_WEEK = 7;
47

const daysInMonth = 30;

const songs = ['Back In Black', 'Stairway to Heaven', 'Hey


Jude'];
const Artists = ['ACDC', 'Led Zeppelin', 'The Beatles'];

function eraseDatabase() {}
function restore_database() {}

class animal {}
class Alpaca {}

Bom:

const DAYS_IN_WEEK = 7;
const DAYS_IN_MONTH = 30;

const SONGS = ['Back In Black', 'Stairway to Heaven', 'Hey


Jude'];
const ARTISTS = ['ACDC', 'Led Zeppelin', 'The Beatles'];

function eraseDatabase() {}
function restoreDatabase() {}

class Animal {}
class Alpaca {}

Funções e chamadas de funções devem estar próximas


Se uma função chamar outra, mantenha estas funções verticalmente
próximas no arquivo fonte. Em um cenário ideal, manter a chamada
logo acima da função. Nós tendemos a ler códigos de cima para baixo,
como num jornal. Por causa disso, faça o seu código desta maneira.

Ruim:

class PerformanceReview {
constructor(employee) {
this.employee = employee;
}

lookupPeers() {
return db.lookup(this.employee, 'peers');
48

lookupManager() {
return db.lookup(this.employee, 'manager');
}

getPeerReviews() {
const peers = this.lookupPeers();
// ...
}

perfReview() {
this.getPeerReviews();
this.getManagerReview();
this.getSelfReview();
}

getManagerReview() {
const manager = this.lookupManager();
}

getSelfReview() {
// ...
}
}

const review = new PerformanceReview(employee);


review.perfReview();

Bom:

class PerformanceReview {
constructor(employee) {
this.employee = employee;
}

perfReview() {
this.getPeerReviews();
this.getManagerReview();
this.getSelfReview();
}

getPeerReviews() {
const peers = this.lookupPeers();
// ...
}

lookupPeers() {
return db.lookup(this.employee, 'peers');
}
49

getManagerReview() {
const manager = this.lookupManager();
}

lookupManager() {
return db.lookup(this.employee, 'manager');
}

getSelfReview() {
// ...
}
}

const review = new PerformanceReview(employee);


review.perfReview();

11. Comentários

Apenas comente coisas que tenham complexidade de


lógica de negócio.
Comentários são uma apologia, não um requisito. Um bom código
documenta-se, a maior parte, por si só.

Ruim:

function hashIt(data) {
// A hash
let hash = 0;

// Tamanho da string
const length = data.length;

// Loop em cada caracter da informação


for (let i = 0; i < length; i++) {
// Pega o código do caracter.
const char = data.charCodeAt(i);
// Cria a hash
hash = ((hash << 5) - hash) + char;
// Converte para um integer 32-bit
hash &= hash;
}
}

Bom:
50

function hashIt(data) {
let hash = 0;
const length = data.length;

for (let i = 0; i < length; i++) {


const char = data.charCodeAt(i);
hash = ((hash << 5) - hash) + char;

// Converte para um integer 32-bit


hash &= hash;
}
}

Não deixe código comentado na sua base de código


Controle de versão existe por uma razão. Deixar códigos velhos no
seu histórico.

Ruim:

doStuff();
// doOtherStuff();
// doSomeMoreStuff();
// doSoMuchStuff();

Bom:

doStuff();

Não comente registro de alterações


Lembre-se, utilize controle de versão! Não tem necessidade em deixar
códigos inutlizados, códigos comentados e especialmente registros de
alterações. Utilize git log para pegar o histórico!

Ruim:

/**
51

* 2016-12-20: Removidas monads, não entendia elas (RM)


* 2016-10-01: Melhoria utilizando monads especiais (JP)
* 2016-02-03: Removido checagem de tipos (LI)
* 2015-03-14: Adicionada checagem de tipos (JR)
*/
function combine(a, b) {
return a + b;
}

Bom:

function combine(a, b) {
return a + b;
}

Evite marcadores de posição


Eles geralmente criam ruídos. Deixe que as funções e nomes de
variáveis em conjunto com a devida identação e formatação deem a
estrutura visual para o seu código.

Ruim:

/////////////////////////////////////////////////////////////
///////////////////
// Instanciação do Scope Model
/////////////////////////////////////////////////////////////
///////////////////
$scope.model = {
menu: 'foo',
nav: 'bar'
};

/////////////////////////////////////////////////////////////
///////////////////
// Configuração da Action
/////////////////////////////////////////////////////////////
///////////////////
const actions = function() {
// ...
};

Bom:
52

$scope.model = {
menu: 'foo',
nav: 'bar'
};

const actions = function() {


// ...
};

12. Créditos
clean-code-javascript, traduzido originalmente por Felipe
Augusto
53

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