O Sistema de Posicionamento Dinâmico: Lara Guimarães Fernandes Peres
O Sistema de Posicionamento Dinâmico: Lara Guimarães Fernandes Peres
O Sistema de Posicionamento Dinâmico: Lara Guimarães Fernandes Peres
O SISTEMA DE
POSICIONAMENTO DINÂMICO
Rio de Janeiro
2013
LARA GUIMARÃES FERNANDES PERES
Rio de Janeiro
2013
LARA GUIMARÃES FERNANDES PERES
_________________________
Assinatura do Orientador
NOTA FINAL:____________
DEDICATÓRIA
Agradeço a Deus pela oportunidade, aos meus pais, minha irmã, minha avó,
familiares, professores e a todos que me apoiaram durante a trajetória do curso, contribuindo
cada um da sua maneira, para a minha formação profissional.
RESUMO
After the introduction, the historical context will be presented about the necessity of
the creation of the DPS and it’s development and improvement. Last chapter, the components
of the system and it’s way to operate will be detailed, allowing a greater and deepening of the
subject.
In this study, will also be addressed the importance of the operator in the dynamic
positioning system which, despite the current technological development, demonstrates that
the human factor is still vital to the success of the system during the operations. Therefore,
this study aims to improve knowledge and make this technology more understandable
regarding its use on board.
Keyword:DynamicPositioning System
LISTA DE FIGURAS
Nº TÍTULO PÁGINA
1 Embarcação CUSS 1 14
2 Graus de liberdade de uma 18
embarcação
3 Embarcações 21
4 Classificações do sistema DP 23
5 Subsistemas do sistema DP 24
6 Sistema DGPS 28
7 Sistema Tautwire 29
8 Sistema Cyscan 29
9 Sistema de referência Artemis 30
10 Joystick Manual Heading 31
(JSMH)
11 Joystick Auto Heading (JSAH) 32
12 Auto trackmode 33
13 Autopilotmode 34
14 Auto position 34
15 Cursos de DP 37
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO _______________________________________________________ 11
CAPÍTULO I: Desenvolvimento histórico do posicionamento dinâmico. ________ 12
1 - O cenário antes do sistema DP. __________________________________________ 12
2 - Surgimento do sistema DP. _____________________________________________ 13
3 - Vantagens e desvantagens. _____________________________________________ 14
INTRODUÇÃO
De forma geral, ele representa um complexo sistema de controle, composto por sensores
(Global Positioning System - GPS, sonar, anemômetros, giroscópios etc.), atuadores
(propulsores e leme) e um processador central responsável pela execução do algoritmo de
controle e pela troca de informações com o operador.
Trataremos, neste trabalho, sobre a função, importância e outros aspectos desse sistema que
cada vez se torna mais importante e essencial no meio marítimo.
CAPÍTULO I
12
Em 1957, o primeiro sistema DP foi usado no projeto Mohole, que objetivava perfurar
a camada Moho localizada na parte mais externa da Terra. Para alcançar esta camada, seria
necessário realizar as operações em águas mais profundas possível.
Em março de 1961, utilizando o efeito conjugado dos impelidores, o CUSS1 foi capaz
de manter-se sob o ponto de operação, realizando a perfuração a uma profundidade de 948m,
na Califórnia.
No mesmo ano de 1961 a Shell OilCompany lançou o navio de perfuração “Eureka”
que portava um controle automático para o Sistema DP, que tinha suporte de computador
analógico-digital, propulsores, thrusters, tautwire e beacons. Em seguida, a Caldrill Offshore
Company lançou o NS Caldrill1. Os dois puderam perfurar em profundidades maiores que
1300 metros.
No mesmo ano surgiu o conceito de redundância, que tinha o intuito de evitar
interrupções na operação em decorrência de falhas de componentes. Alguns anos depois,
franceses, ingleses e noruegueses também desenvolveram seus sistemas, estendendo a atuação
de embarcações com posicionamento dinâmico até o Mar do Norte e Mar Cáspio.
No ano de 1969, surgiu o sistema GlomarChallenger, que utilizava um computador
analógico. Com isso, a técnica foi consolidada e a partir desse ano, o número de embarcações
com o sistema DP foi aumentando gradativamente. Em 1980, o número de navios utilizando o
Sistema DP era em torno de 65 e em 1985 já havia 150 navios.
No ano de 2005, foi constatada na bacia de campos a existência de mais de 50
embarcações com o sistema. Hoje em dia, existem cerca de 1.000 embarcações equipadas
com este sistema, algumas engajadas em operações não relacionadas à indústria do petróleo.
Todavia, o emprego desses sistemas de posicionamento dinâmico não se limitou ao
uso em águas profundas. Em 1998, o DP foi adaptado a uma embarcação de apoio marítimo e
atualmente existem sistemas de atracação automática de navios em portos, manutenção de
14
(Figura 1)
3- Vantagens e desvantagens.
E as seguintes desvantagens:
Apesar das desvantagens, o sistema DP ainda é o mais viável, pois o risco de danificar os
equipamentos instalados no solo oceânico é bem menor em relação a outros sistemas.
16
CAPÍTULO II
SISTEMA DE POSICIONAMENTO DINÂMICO.
1- Definição.
Tal tecnologia possui uma série de sensores que combinados fornecem informações ao
computador relativas à magnitude e direção das forças atuantes na posição do navio. Sendo
assim, um programa computacional, de acordo com o modelo matemático da embarcação,
calcula o ângulo de leme e a força em cada um dos thrusters, permitindo operações em alto
mar, onde amarrações ou fundeio não seriam possíveis tendo em vista impossibilidades como
a grande profundidade local e o congestionamento do fundo oceânico (canos e dutos).
Embarcações com DP vêm sendo utilizadas mais no setor offshore, onde operações
como suprimento de plataformas, lançamento de tubulações, aliviamento de óleo das
plataformas e perfurações de poços de petróleo, exigem que as mesmas tenham um controle
preciso da sua posição.
Devido a fatores externos, o navio poderá realizar movimentosque possuem seis graus
de liberdade em torno de três eixos que passam pelo seu ponto de flutuação, um longitudinal,
um transversal e um vertical. Os mesmos graus consistem basicamente em girar em torno dos
eixos ou percorrê-los.
2.1- Pitch
Conhecido como caturro, em português, o pitch é o giro em torno do eixo transversal
do navio com o movimento da proa para cima e para baixo.
2.2- Roll
O balanço, em português, tem característica de giro sobre o eixo longitudinal, os
bordos se movimentam alternadamente para cima e para baixo.
2.3- Yaw
O cabeceio, como é conhecido o yaw, é um movimento em torno do eixo que consiste
basicamente no giro da proa.
2.4- Surge
O “avanço e recuo” (surge) é o movimento longitudinal que percorre o eixo para
frente e para trás.
2.5- Sway
É o movimento que percorre o eixo transversal do navio, de um lado para o outro
(caimento).
18
2.6- Heave
No eixo vertical ocorre a arfagem (heave), que é o movimento vertical da embarcação,
influenciado pelas ondas.
(Figura 2)
SWAY (DERIVA)
HEAVE (AFUNDAMENTO)
PITCH (ARFAGEM)
YAW (GUINADA)
Os fatores que mais influenciam para o desvio da posição, ao tentar manter uma
posição fixa, um aproamento ou determinada rota, são: os ambientais, que no mar seriam
basicamente as correntes, o vento e as ondas, e os causados pelos propulsores como as
descargas transversais e longitudinais.
Outro recurso do sistema é estimar as forças da corrente, das ondas e do vento que
agem sobre a embarcação, para calcular a força necessária para opô-las.
• Mineração subaquática;
21
• Navios de passageiros;
• Unidades de resgate.
2.5- FiltroKalman
(Figura 3)
22
(Figura 4)
24
Capítulo III
SUBSISTEMAS DO SISTEMA DP
(Figura 5)
1 - Subsistema de sensoriamento.
Este subsistema é composto por sensores responsáveis por coletar dados que ajudam
na determinação da posição atual e da grandeza das forças que atuam sobre a embarcação.
Geralmente esses equipamentos possuem redundância, garantindo o adequado desempenho do
sistema e maior confiança em qualquer situação.
25
1.3 – Anemômetro.
Sua composição é dada por: dois sensores, um, semelhante a um ventilador, que se
obtém a velocidade, e outro, semelhante a uma asa, que dá a direção. Oanemômetro deve ser
instalado no mínimo a dez metros de distância de algum mastro, pois é facilmente afetado por
setores de sombra.
3-Sistema de controle.
O sistema de controle é a seção lógica que define a força com que os thrustersdevem
responder aos elementos externos motivadores do desvio do navio, para que este se posicione
na condição determinada pelo operador. Este sistema deve ter a capacidade de manter o
controle em eventuais danos nos sensores, no hardware ou mudança das forças externas.
Para verificar os dados oferecidos pelos sensores, esse sistema possui controladores,
que comparam a posição e o aproamento com os valores comandados para se gerar sinais de
erro.
Os principais tipos de controladores são: Filtros Kalman e PID. A principal diferença
entre eles é que o filtro Kalman pode prever com antecedênciaas correções e aplicá-las antes
do desvio ter acontecido, enquanto o controlador PID somente corrige o desvio após o mesmo
ter acontecido.
4 -Sistema de potência.
U.P.S. é uma fonte de alimentação permanente. Suas baterias abastecem energia ao SDP por
no mínimo trinta minutos, tempo requerido pelas Sociedades Classificadoras.
5.1- GPS/DGPS
(Figura 6)
5.2- Sistemahidroacústico
Este sistema possui emissores de pulsos acústicos (transponders) que estão no fundo
do mar e receptores acústicos que ficam localizados no casco da embarcação
(transducer/transceiverHipap). Com a excitação dos transponders através de um sinal
acústico emitido pelo transdutor, temos o envio de um sinal de resposta com frequência
diferente pelo transponder.A posição da embarcação poderá ser determinada através da
direção do sinal do transponder e do tempo da emissão e recepção do sinal.
5.3- Tautwire
O sistema utiliza um cabo preso em uma poita que é mantido tensionado constante por
um sistema de compensadores interligados a um guincho hidráulico. Um sensor
eletromecânico calcula os ângulos de inclinação em relação aos eixos longitudinal e
transversal. As diferenças de voltagem em dois planos são interpretadas pelo sistema de
posicionamento dinâmico como ângulos, os quais associados à lâmina d’água e à posição da
poita em relação à locação indicam o afastamento da embarcação do ponto estipulado.
(Figura 7)
5.4- CYSCAN
29
(Figura 8)
5.5– Artemis
Sistema de referência que utiliza o meio de comunicação via ondas de rádio para obter
a posição.É composto por duas estações: uma em algum ponto fixo de terra, em outra
embarcação, em plataformas fixas, plataformas semi-submersíveis DP ou ancoradas e outra
localizada a bordo da própria embarcação DP. A primeira é conhecida como estação “fixa”,
enquanto a estação a bordo da embarcação DP é conhecida como estação “móvel”. A posição
é calculada tomando como base o tempo entre a transmissão e recepção do sinal pelas
antenas.
30
(Figura 9)
(Figura 10)
(Figura 11)
32
(Figura 12)
33
6.5 - Autopilotmode.
(Figura 13)
6.6-Auto Position
34
(Figura 14)
CAPÍTULO IV
FATOR HUMANO NAS OPERAÇÕES DE DP
1-DinamicPositioningOperator (DPO)
estar sempre voltada para a operação, para que, no caso de alguma situação de emergência ou
falha, possa agir com precaução.
2 -Qualificações do DPO
(Figura 15)
Alguns dos fatores que costumam ser encontrados na atividade marítima offshore e
nas operações com embarcações DP e que podem contribuir para o erro humano e que
exemplificam são:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
6. http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_posicionamento_dinâmico
7. http://www.km.kongsberg.com/ks/web/nokbg0240.nsf/AllWeb/14E17775E088ADC2
C1256A4700319B04?OpenDocument
8. http://www.suapesquisa.com/geografia/petroleo/
9. http://portalmaritimo.com/2011/03/16/posicionamento-dinamico/
40
10. http://www.nautinst.org/en/dynamic-positioning/index.cfm
11. http://www.imca-int.com/marine-division/dynamic-positioning.aspx
12. http://gcaptain.com/history/
13. http://www.l-3mps.com/dpcs/pdfs/Brazil%20training%20brochure.pdf
14. http://www.csaq.org.br/site/noticias/pagina/15
15. http://www.imca-int.com/media/73073/imcam117.pdf