Aula 01

ARA0520
CONFORTO AMBIENTAL:
DESENVOLVIMENTO PRÁTICO
Profª Silvia S. de Carvalho _ [email protected]
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
O processo de avaliação oficial se dá através de NOTA FINAL ÚNICA, estabelecida ao fim do semestre.
A disciplina é composta por uma avaliação contínua, (NF), dividida em 3 etapas de trabalho que consolidam
exercícios e discussões em sala de aula.
Etapas sugeridas:
1ª Etapa: entrega do trabalho de análise do microclima urbano e conforto térmico de uma edificação existente e
sugestão de alteração contemplando estratégias bioclimáticas, componentes construtivos. Pontuação: 3,5
2ª Etapa: entrega de projeto luminotécnico. Pontuação: 4,0
3ª Etapa: entrega do trabalho com o conteúdo de conforto acústico, incluindo análise de obra existente e
sugestão de alteração contemplando soluções acústicas, desenvolvidos a partir dos CRÉDITOS DIGITAIS.
Pontuação: 2,5
Para aprovação na disciplina, o aluno deverá, ainda:

- atingir resultado igual ou superior a 6,0;
- frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas.
DATA AULA CONTEÚDO
1. APLICAÇÃO DO CONFORTO AMBIENTAL
16/ago 1 1.1 ANÁLISES E DADOS MICROCLIMÁTICOS
23/ago 2 1.2 ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS
30/ago 3 1.3 COMPONENTES CONSTRUTIVOS E EQUIPAMENTOS
06/set 4 1.4 A APLICAÇÃO DE ESTRATÉGIAS BIOCLIMÁTICAS NO MEIO URBANO
2. APLICAÇÃO DO CONFORTO TÉRMICO

13/set 5 2.1 UTILIZAÇÃO DO GRÁFICO DE INSOLAÇÃO E ESTUDO DAS SOMBRAS PROJETADAS
20/set 6 2.2 ORIENTAÇÕES DAS CONSTRUÇÕES
27/set 7 2.3 A APLICAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE VENTILAÇÃO
27/set 8 2.4 A APLICAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE INSOLAÇÃO
3. APLICAÇÃO DO CONFORTO LUMINOSO

9 3.1 LÂMPADAS, LUMINÁRIAS E LUMINOTÉCNICA
Bibliografia básica:
04/out
11/out 10 3.2 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO
18/out 11 3.3 METODOLOGIA DE QUANTIFICAÇÃO: MÉTODO DOS LUMENS E MÉTODO PONTO A PONTO
25/out 12 3.4 A APLICAÇÃO DO PROJETO DE ILUMINAÇÃO EM EDIFICAÇÕES
13 4. APLICAÇÃO DO CONFORTO ACÚSTICO(CREDITO DIGITAL)

01/nov 14 4.1 O DESENVOLVIMENTO PRÁTICO DOS PRINCÍPIOS DA ACÚSTICA
08/nov 15 4.2 MANUSEIO COMPOSITIVO PARA MELHOR EFICIÊNCIA ACÚSTICA
15/nov Proclamação da República
22/nov 16 4.3 APLICABILIDADE DO PROJETO DE CONFORTO ACÚSTICO
29/nov 4.4 A APLICAÇÃO DO PROJETO DE ACÚSTICA NO AMBIENTE URBANO
07/set Feriado
12/out Feriado
datas
02/nov Feriado
15/nov Feriado
Fim do
15/dez
semestre
Bibliografia básica:
BISTAFA, Sylvio R. Acústica aplicada ao controle do ruído. São Paulo: Blucher, 2018.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521212843/
MÄHLMANN, Fabiana Galves; SCOPEL, Vanessa Guerini; MARIANO, Gabriela Ferreira; CASTAGNA, Ana Cristina; MOURA, Patrícia Moreira.
Conforto Ambiental. Porto Alegre: SAGAH, 2018.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788595027183
TREGENZA, Peter; LOE, David. Projeto de iluminação. Porto Alegre: Grupo A, 2015.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582603352/
APLICAÇÃO
DO CONFORTO
01. AMBIENTAL
1.1 Análises e dados microclimáticos
Clima terrestres, em graus, minutos, segundos, décimos, centésimos e
milésimos de segundos, ocasionam maiores ou menores graus
é a média de fatores meteorológicos — temperatura, precipitação, de insolação.
vento, umidade e pressão do ar — que caracterizam o meio Maritimidade — É a proximidade de um local com relação ao mar;
ambiente atmosférico de uma região por um espaço de tempo quanto mais próximo do oceano, maior será a umidade do ar e
meteorológico. [...] menor será a variação de temperatura diária.
As variações climáticas estão ocorrendo de forma rápida em Massa de ar — É uma parte da atmosfera que possui as mesmas
menores espaços de tempo, alterando regiões e populações e características físicas de temperatura, pressão, umidade e
influenciando diretamente no ritmo de vida das pessoas direção, derivadas do tempo em que ficou sobre uma
(GEOGRAFIA..., [2018]). determinada área da superfície terrestre; se uma massa de ar

Nos estudos de clima é feita a análise das regiões, observando-se a possui as mesmas características, ela é responsável pelo clima
vegetação e o solo, bem como os fatores climáticos e os da região.
elementos naturais e humanos que influenciam direta ou Corrente marítima — Grande massa de água que apresenta as
indiretamente nos dados climáticos. mesmas características físicas de temperatura, salinidade, cor,
direção e densidade e pode influenciar as massas de ar que se
Os fatores climáticos são os seguintes, de acordo com Barbirato, sobrepõem.
Souza e Torres (2007): Relevo e vegetação — A presença e as interferências de montanhas
Latitude — É a distância em graus do local de análise até a Linha do e depressões nos movimentos das massas de ar compõem a
Equador; quanto maior a latitude, mais frio será, e quanto menor, topografia de uma região; as montanhas dificultam o
mais quente será. deslocamento das massas de ar, aumentando a umidade da
Altitude — É a distância em metros entre uma cidade localizada em região. Em uma cidade localizada entre montanhas, pode fazer
um determinado ponto do relevo até o nível do mar. mais calor do que em outra bem próxima, mas que não esteja
Pressão atmosférica — É a força que o ar exerce sobre uma entre montanhas. Isso ocorre porque o vento não circula da
determinada região em função das pressões do planeta e da mesma maneira, pois as montanhas funcionam como barreiras.
gravidade. A pressão atmosférica influencia o clima tanto nas Florestas possuem a capacidade de impedir a incidência dos
temperaturas quanto na movimentação dos ventos e na formação raios solares no solo, o que acaba provocando a retenção de
de chuvas. umidade em índices maiores
Órbita — Mudanças cronológicas nas posições das órbitas
Microclima
É definido como o conjunto de condições climáticas — temperatura, umidade, sensação térmica e chuvas —
de uma determinada área dentro de uma cidade. Entre os principais fatores que influenciam na criação
dos microclimas, podemos destacar, segundo Barbirato, Souza e Torres (2007):
• Topografia dos diferentes pontos das cidades, onde encontramos morros, vales e áreas planas — regiões
com morros fazem com que os ventos passem por cima da região, deixando a mesma extremamente

abafada, sem circulação de ventos.
• Áreas totalmente ocupadas ou áreas rurais com grandes campos abertos — as áreas ocupadas criam
barreiras para os ventos e as temperaturas, ao contrário de grandes áreas abertas.
• Vegetações e arborizações das regiões — quando muito densas, podem criar barreiras, alterando as
temperaturas e os ventos de cada região.
• Poluição — por vezes, pode estar concentrada onde não há vazão dos ventos, por exemplo.
• Tipo de piso da cidade, seja asfalto, pedra ou grama, por exemplo — também altera o clima, pois torna a
região permeável ou não.
Um projeto arquitetônico que observa o clima, a orientação solar e os ventos pode obter
vantagens utilizando a energia solar para aquecimento e iluminação, reduzindo as necessidades
energéticas da habitação. Existem muitos fatores que favorecem ou não cada posição solar, mas
cabe ao profissional verificar o que o cliente busca e deseja, para que possa planejar um imóvel
de acordo com a real necessidade do cliente.
Diagnóstico do microclima
é preciso avaliar apenas o impacto do
entorno próximo à edificação - entorno
natural, construído ou legislado - sobre a
performance da construção. O que
queremos é conseguir identificar os
elementos específicos deste entorno
capazes de modificar os dados climáticos
padrão das estações meteorológicas.
Para uma primeira definição das estratégias

bioclimáticas de projeto, não sendo
possível conseguir os dados das estações
climatológicas, uma pesquisa no terreno
pode ajudar-nos a determinar qual o tipo
de clima em jogo.
Medem-se os valores médios (média das médias) da temperatura do ar e da umidade
dos meses extremos - que são os piores - e aplica-se na tabela a seguir
Quanto aos ventos, em caso de ausência de dados, uma conversa com um ribeirinho, uma olhada no terreno com uma bússola e a tabela de
Beaufort (ver figura T6), em horas, dias e estações diferentes, podem nos dar uma ideia, pela simples observação dos fenômenos
ocorrentes, da velocidade e direção dos ventos e do tipo de abertura e esquadria necessária ao pleno aproveitamento deste recurso natural
Microclima
Ocorrem diferenças climáticas entre os diferentes bairros de uma cidade, percebidas ao se percorrer apenas
alguns quilômetros de distância, são chamadas microclimas. Os microclimas se dividem em dois tipos bem
definidos, segundo alguns autores, ocorrendo em pequenas regiões e diferenciando-se na maneira como se
formam e atuam; são eles: microclima urbano e microclima florestal (SHINZATO; DUARTE, 2018).
Microclima urbano — Esse tipo de microclima se desenvolve nas grandes metrópoles (Figura 1), em áreas

totalmente ocupadas, e ocorre devido à falta de arborizações, à poluição presente e concentrada pela falta
de ventos — devido às grandes barreiras construídas — e ao tipo de piso — como as grandes áreas com
asfalto, que não permitem uma boa drenagem do solo —, contribuindo para a concentração de calor e,
consequentemente, a alteração do clima (SHINZATO; DUARTE, 2018).
Microclima florestal — Esse tipo de clima ocorre nas grandes áreas abertas, em morros, nas áreas verdes e
nas áreas rurais com muita vegetação (Figura 2), onde a drenagem do piso mantém as umidades do ar e
da terra. As temperaturas nessas regiões são mais agradáveis, pois há uma grande circulação de ventos, já
que não há barreiras, como as criadas nos grandes centros urbanos (COMO..., 2012)
Os microclimas são extremamente importantes para o desenvolvimento das regiões; por meio deles, podemos
perceber que espécies típicas de cada lugar conseguem sobreviver nos dias de hoje, quando tudo muda
muito rápido e, muitas vezes, sem o cuidado do homem (COMO..., 2012).
Simulando a influência
microclimática na mitigação do
efeito de Ilha de Calor Urbana
na Área Metropolitana de
Hangzhou, na China
The General Layout of Hangzhou City
Figura 2. Temperatura da superfície da terra de Hangzhou em 1991, 2000 e 2007
(a)(a) Xixi Wetland e West Lake
antes da transformação.
(b)(b) Após a transformação do
West Lake em área edificada.
(c)(c) Após a transformação do
Xixi Wetland em área edificada.
(d)(d) West Lake e Xixi Wetland
transformados em área edificada.
Atividade1 pesquisa para a próxima aula
A partir do site:
http://projeteee.mma.gov.br/dados-climaticos/
Identifique os Dados para sua região.
E crie uma classificação para o microclima do recorte escolhido pelo
grupo.
MÄHLMANN, Fabiana Galves; SCOPEL, Vanessa Guerini; MARIANO, Gabriela Ferreira; CASTAGNA, Ana Cristina; MOURA, Patrícia Moreira. Conforto Ambiental. Porto
Alegre: SAGAH, 2018.
Unidade 1 - Clima e microclima
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595027183/pageid/7
Atividade1 ao fim da unidade 1
FORMATO DA ENTREGA:
Ferramenta digital Prezi
• Uma imagem da área selecionada

• Uma tabela com os dados utilizados
• Um parágrafo indicando e justificando o clima e microclima
identificados
pesquise
"O estudo do clima, que compreende tanto a formação resultante de diversos fatores geomorfológicos e espaciais em jogo (sol, latitude, altitude, ventos,
massas de terra e água, topografia, vegetação, solo etc), quanto sua caracterização definida por seus elementos (temperatura do ar, umidade do ar,
movimentos das massas de ar e precipitações), torna-se, pois, importante para a compreensão dos princípios e para o entendimento do que deve
ser controlado no ambiente a fim de se obter os resultados esperados durante o projeto." (ROMERO, M. Princípios Bioclimáticos para o Desenho
Urbano. São Paulo: CopyMarket.com, 2000).
Neste sentido, as escalas do clima, aquela que considera as informações locais como radiação solar, temperatura do ar, umidade relativa do ar e
velocidade dos ventos, que auxiliam em decisões projetuais, é o:
A) Mesoclima
B) Bioclima
C) Macroclima
D) Microclima
E) Clima regional
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Para aprovação na disciplina, o aluno deverá, ainda:

2. APLICAÇÃO DO CONFORTO TÉRMICO

3. APLICAÇÃO DO CONFORTO LUMINOSO

13 4. APLICAÇÃO DO CONFORTO ACÚSTICO(CREDITO DIGITAL)

Conforto Ambiental. Porto Alegre: SAGAH, 2018.

Conforto Ambiental. Porto Alegre: SAGAH, 2018.

Para uma primeira definição das estratégias

Conforto Ambiental. Porto Alegre: SAGAH, 2018.

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