Os Miseráveis - Terceira Temporada
Os Miseráveis - Terceira Temporada
Os Miseráveis - Terceira Temporada
Os Miseráveis
Direção: Bel Lobato e Tiago de Pinho
Direção Musical: Lídia Marçal e Giovanna Marçal
Adaptação: Danilo Monteiro
PRIMEIRO ATO - CENA UM
Jean Valjean está em cena com os Prisioneiros. Javert anda por entre eles.
CORO: JAVERT:
Olhai, Olhai Que venha o número
Pro chão, olhai pro chão Dois três seis um dois
Olhai, olhai É a sua vez
A eterna escuridão Chegou a sua vez
Sabe o que é isso?
PRIMEIRO PRISIONEIRO:
No céu o sol VALJEAN:
Não há de arrefecer Sim, sou livre enfim
CORO: JAVERT:
Olhai, olhai Não, vais carregar
Não há o que escolher Um passaporte amarelo
És um ladrão
SEGUNDO PRISIONEIRO:
Não fiz, não fui VALJEAN:
Oh! Deus! Eu não errei! Eu só roubei um pão
CORO: JAVERT:
Olhai, olhai Roubaste mais
Que Deus aqui é a Lei
TERCEIRO PRISIONEIRO: VALJEAN:
Depois daqui Eu tive que fazer
Me espera uma mulher Era o bebê de minha irmã
Que estava à morte
CORO:
Olhai, olhai JAVERT:
Ninguém vos vai querer Tu que vais morrer
Se não seguir os trâmites da Lei
QUARTO PRISIONEIRO:
Hei de voltar VALJEAN:
E me vingar São dezenove anos nisso aqui
Sem perdão Escravo da Lei
CORO: JAVERT:
Olhai, olhai Cinco porque roubou
Pro chão, olhai pro chão O resto por tentar fugir
Dois três seis um dois
QUINTO PRISIONEIRO:
Oh Deus, meu Deus VALJEAN:
Parai meu coração Meu nome é Jean Valjean
CORO: JAVERT:
Olhai, olhai Eu sou Javert
Pro chão que encontrareis Jamais te esquecerás!
Pisai, pisai Por toda vida
Na cova em que estareis Dois três seis um dois
CORO: Pisai, pisai
Olhai, olhai Na cova em que estareis
Pro chão que encontrareis
FANTINE: PROSTITUTA 2:
Mas três é pouco demais Mas vejam bem
Que lindos cachos que tens
VELHA SENHORA: Mas é demais
Por cinco então
E tem um preço, eu sei Linda Lady, junte-se aos amigos
Eu dou a mais Linda Lady!
FANTINE: PROSTITUTA:
Me larga, deixa-me em paz Nessa vida tudo é algoz
Não és mais do que qualquer de nós
PROSTITUTA 2: Se essa vida te afundou no lamaçal
Que preço, então? Ganhe a vida
Dez francos eu te darei
É só dizer PROSTITUTA 2:
Vendendo o seu mingau
FANTINE:
São dez a mais… PROSTITUTA 1:
Venda tudo
PROSTITUTA 2: Tudo o que tiver
É só dizer
PROSTITUTA2:
FANTINE: Venda tudo
O que fazer? São dez a mais Venda-se mulher
Que vão enfim salvar Cosette
MULHERES:
PROSTITUTA 3: Velhos, moços, venha o que vier
Tão cansada , já não posso mais Ratos e lagartos, só não vem quem não
Dói-me tanto o ventre, e as feridas são quiser
demais Pobres, ricos, chefes da nação
Quando tira a calça
CAFETÃO: Todo mundo tem bundão
Fica fria, finja, meu amor Tem dinheiro, eu nunca digo não!
Que outras fazem fila pra sofrer da sua dor
Lindas Ladies
PROSTITUTA 4: Prontas pra levar
Faço em dobro Todos fazem fila
Seja como for Mas nenhum vai demorar
CAFETÃO: FANTINE:
Aquela tal , de onde apareceu? Vamos, venha, nobre capitão
PROSTITUTA 5: Venha com a certeza de que eu
Ela é a tal que o cabelo vendeu Nunca digo não
Vida fácil
PROSTITUTA 5: Cama pra deitar
Um filho tem e é preciso manter Ninguém faz idéia que
Há um ódio a me queimar
CAFETÃO: Eis o meu cadáver
Se desgraçou! Eu devia saber Venham todos chafurdar
Prostitutas levam um marinheiro cada e saem de cena lentamente. Marinheiro 2 se deita com
Fantine. Após o ato, ele a deixa sozinha em cena.
Javert sai correndo atrás de Valjean na escuridão. Fantine está em cena ainda mais debilitada,
em uma cama de hospital. Ela começa a delirar e imaginar que sua filha Cosette está ali.
VEM PRA MIM (FANTINE’S DEATH)
Cenário de bar antigo. Mesas e cadeiras, barris e copos de cerveja. Entram em cena o
ensemble dos burgueses, prostitutas, marinheiros e o SR. E A SRA. THENARDIER. Bagunça e
desordem.
ESTRELAS (STARS)
JAVERT: Como um velho pastor
Lá dentro das trevas Como um velho pastor
Um homem que foge
Órfão da graça E não se soltam do céu
Órfão de Deus E nunca vão se soltar
Girando e girando
Deus que me escute E voltando outra vez
Não hei de cansar Para o mesmo lugar!
A buscá-lo nos breus
A buscá-lo nos breus Pois quem cair
O inferno verá
Na escuridão ele vai Terá, o horror!
Enquanto eu sigo o senhor
Quem caminha do lado dos justos E assim há de ser
Terá o seu valor Assim foi escrito
Nas estrelas e páginas
E quem cair Que quem for fraco
O inferno verá E sair da luz
Terá, o horror! Irá pagar
SEGUNDO ATO
CENA CINCO – DEZ ANOS DEPOIS
Entram em cena o ensemble dos pobres e burgueses. Os REVOLUCIONÁRIOS,
MARIUS, ENJOLRAS, EPONINE, GAVROCHE e os THENARDIER.
ENJOLRAS: Muito bem, Courfeyrac, revise as armas! Feully, Jehan, vocês vão
garantir que nossa mensagem chegue nos quatro cantos de Paris, e Grantaire, pelo amor de
Deus, pare de beber! Esse é um momento sério!
GRANTAIRE: É uma estratégia, meu querido. Vão sentir o meu bafo de conhaque e
vão cair mortos!
Gavroche entra em cena correndo.
GAVROCHE: Escutem todos! General Lamarque morreu!
ENJOLRAS: CORO:
Ouçam todos a cantar Ouçam todos a cantar
Eis nossa fúria na canção Eis nossa fúria na canção
Eis os acordes de um povo Eis os acordes de um povo
Contra toda escravidão! Contra toda escravidão
Corações a disparar Corações a disparar
Como os tambores em furor Como os tambores em furor
Há uma vida a despertar Há uma vida a despertar
Em um novo amor! Em um novo amor!
GRANTAIRE: ENJOLRAS:
Cada vez aumenta mais Nossas mãos num gesto só
A multidão atrás de nós Vão a bandeira costurar
Ninguém aguenta mais, Quanto sangue e quanto pó
Seremos todos uma voz! Quando a bandeira desfraldar
O sangue dos bravos
COURFEYRAC: Regando os canteiros e o mar!
Cantemos então
A canção de uma luta feroz! CORO:
Ouçam todos a cantar
Eis nossa fúria na canção Corações a disparar
Eis os acordes de um povo Como os tambores em furor
Contra toda escravidão Há uma vida a despertar
Em um novo amor!
COSETTE: De um lugar
Será que a vida começou enfim, em mim? Que um dia eu sonhei pra mim
Não há ninguém pra me dizer que o amor é Um lugar
assim! Que é tão longe daqui
O que há com você, Cosette? Longe de mim
Você sempre viveu em si Ele sabe de mim?
Há tanto que aprender Nada dele eu sei.
Há tanto mais do que eu vi Saberá que eu vivi?
Eu vivi Sonhará o que eu sonhei?
Entre tantas perguntas Eu vivi
Respostas de sim e de não Pela vida esperando vencer
Eu vivi Pra chegar só aqui
Em silêncio ouvindo ao longe Vem pra mim
O som de uma certa canção Eis-me aqui
Marius encontra Cosette no portão, e os dois trocam olhares apaixonados. Eponine fica
a observar tudo.
MARIUS: MARIUS:
No meu coração Meu mundo agora é todo seu
Só cabe você Cosette, Cosette
Eu faço tudo sem porquê
Meu Deus, não sei COSETTE:
Nem mesmo o seu nome, não sei É como um sonho acontecer
Oh, por favor
Diz pra mim MARIUS:
Por favor É sonhar
COSETTE: COSETTE:
No meu coração É viver…
O sol já nasceu
MARIUS:
MARIUS: No meu coração
Meu nome é Marius Pontmercy
(EPONINE), COSETTE & MARIUS:
COSETTE: (Ele nunca vai sonhar)
Cosette, o meu Só cabe você
Cosette e Marius se beijam. Eponine se levanta, triste e começa a sair de cena quando
entram em cena Sr. e Sra. Thenardier e quatro homens do núcleo dos pobres.
SR. THENARDIER: Venham homens! Ali está, a casa do tal Jean Valjean! Esse filho
da mãe nos deu uma merreca pra tirar a Cosette da gente...
SRA. THENARDIER: Sendo que é podre de rico! Olhem só essa casa! Deve ter de
tudo do bom e do melhor aí dentro...
SR. THENARDIER: Então, vamos fazer o que combinamos. Você e você, cuidem de
apagar o homem, enquanto eu e minha mulher fazemos a limpa na casa, e você e você fiquem a
vigiar aqui fora!
HOMEM1: Negativo! Queremos entrar também! Vocês pensam que somos idiotas?
Vão ficar com os tesouros apenas pra vocês!
HOMEM2: Vem vindo alguém aí!
EPONINE: Não tem nada nessa casa, só um velho e sua filha. Eu acabei de revirar
tudo. Não tem nada de valor aí dentro.
SR. THENARDIER: Ah, sim. E eu vou confiar na sua palavra mesmo, né, sua ratinha
mentirosa! Saia da minha frente e volte já pra casa, e não ouse a estragar os meus planos mais
uma vez!
EPONINE: Já disse que não tem nada pra roubar aqui!
SRA. THENARDIER: Saia da frente, fedelha!
EPONINE: Se tentarem invadir, eu vou gritar!
SR. THENARDIER: Grite. Faça isso e eu vou fazer você se arrepender de ter nascido!
Francamente, nem parece que é nossa filha!
Thenardier avança em direção ao portão. Eponine dá um grito estridente.
SR. THENARDIER: Sua imbecil! Vamos! Vamos! Corram! Plano B! Vamos todos
para o centro de Paris! Estão todos indo para lá!
Os homens e a Thenardier saem de cena correndo.
COSETTE: Que gritos foram esses?
MARIUS: Era a voz de Eponine!
VALJEAN: (fora de cena) Cosette! Cosette!
COSETTE: Meu pai está vindo! Saia!
MARIUS: Eu a verei de novo?
COSETTE: Que assim seja! Agora vá!
Marius atravessa o portão. Valjean entra em cena.
VALJEAN: Por Deus, Cosette! Você está bem? Eu ouvi gritos!
COSETTE: Fui eu, papai! Eu vi alguém se aproximando da casa e gritei! E ele correu
assustado. Mas está tudo bem!
VALJEAN: Alguém se aproximando? Mas... será que... Será que Javert enfim nos
encontrou? Ele deve ter revirado a cidade inteira... Cosette, não podemos mais nos demorar um
dia sequer aqui.
COSETTE: Mas quem é Javert?
VALJEAN: Escute! Vá arrumar suas coisas e partiremos ao amanhecer, está me
ouvindo? Agora entre, e não saia mais de seu quarto. É arriscado!
COSETTE: Partir? Mas papai!
VALJEAN: Agora, Cosette!
Cosette sai de cena. Marius e Eponine estão do outro lado do portão. Marius ouviu
tudo escondido.
MARIUS: Ela vai... partir...
Marius começa a sair de cena, mas Eponine o segue.
EPONINE: Marius! Onde você vai?
MARIUS: Você ouviu o homem, Cosette irá partir e eu não a verei mais...
EPONINE: Você não está pensando em ir para o centro, não é?
MARIUS: Estão esperando por mim.
EPONINE: Mas você pode morrer!
MARIUS: Então, melhor que seja assim.
EPONINE: Pois eu irei com você.
MARIUS: Não. Você vai pra sua casa. És jovem demais.
EPONINE: Temos a mesma idade...
MARIUS: Você não vem, Eponine!
Marius segue caminho. Eponine fica para trás.
VALJEAN: ENJOLRAS:
Só mais um! Pelo sol da liberdade
Um outro dia, um destino a mais
A estrada torta onde eu não sigo em paz MARIUS:
Pois hão de vir atrás de mim Ou irei com meus irmãos?
Atrás da marca de Caim
Só mais um ENJOLRAS:
Nossas tropas vão crescer
MARIUS:
Como eu cheguei até aqui? MARIUS:
Como eu irei sem teus abraços? Meu destino em minhas mãos
VAJEAN: ENJOLRAS:
Só mais um É preciso decidir
EPONINE: VALJEAN:
Mais um dia e eu tão só Só mais um…
JAVERT:
MARIUS & COSETTE: Mais um dia de revoltas
Vou te ver mais uma vez? E vão todos se queimar
Estudantes e os seus livros
EPONINE: Vão com sangue se molhar
Mais um dia e eu sem ele
VALJEAN:
MARIUS & COSETTE: Só mais um…
Eu nasci pra te encontrar
THENARDIERS:
EPONINE: Olha aquele ali
Minha vida é como um nó Pega aquele lá
MARIUS & COSETTE: Tira a sorte grande
Eu prometo te esperar Quem souber jogar
Puxa por aqui
EPONINE: Tira pra levar
E ele nunca vai saber Lá pr’onde eles vão
Ninguém vai precisar
ENJOLRAS:
Mais um dia pra vencer POVO:
Mais um dia, um novo tempo
MARIUS: (As bandeiras desfraldar)
Vou atrás do meu amor? Todo homem vai ser rei
(Todo homem vai ser rei)
Há um novo firmamento
(Há um mundo a conquistar) MARIUS & COSETTE, (JAVERT) &
Ouçam todos a cantar [THENARDIERS]:
Eu já não sei viver sem ti
MARIUS: (Mais um dia, revolta)
Eu vou seguir [Olha aquele ali, pega aquele lá]
Eu vou lutar! (E vão todos se queimar)
[Tira a sorte grande, quem souber jogar]
VALJEAN: Eu só respiro entre os teus braços
Só mais um… (Estudantes e os seus livros)
JEHAN: MULHERES:
Faço um brinde aos lábios Amizade é um sol que
Que eu já beijei Nunca morreu
VALJEAN:
Deus do céu Os dias vão
Vais-me ouvir? Um por um
Vais olhar Mais um verão
Este jovem por mim? Passou por mim
E velho estou
Dai-lhe o sol Estou no fim
Dai-lhe a luz
E mostrai Dai a paz
Ensinai Que ele quer
A viver Ele é bom
A viver Ele pode aprender
A viver Sois o sol
Sois o mar
Ele é o filho que eu sonhei Onde eu vou
Que Deus jamais me concedeu Descansar
Se eu morrer, vou morrer Pra viver
Dai-lhe o sol pra viver Pra viver
A luz diminui drasticamente. Os corpos dos revolucionários segue estirados pelo palco.
Entra em cena o Sr. Thenardier, que começa a furtar os cadáveres. Ele avista Valjean
arrastando o corpo de Marius, mas ele foge ao avistar o Inspetor Javert se aproximando.
Thenardier sai de cena. Javert encontra Valjean em cena.
Javert atira em sua cabeça e cai morto. Entram em cenas as viúvas e começam a
recolher os corpos pelo chão.
NADA (TURNING)
COSETTE: Sonhei com papai esta noite. Eu não entendo até hoje porque ele partiu,
mas Marius, eu sinto que ele não está bem. No meu sonho, ele estava em algum lugar que eu me
lembro vagamente, mas não sei... Ele estava muito doente. Eu preciso encontrá-lo, Marius...
Você tem certeza de que não sabe onde ele possa ter ido? Passou-se tanto tempo...
MARIUS: Eu não saberia dizer. Eu já lhe contei tudo o que ele me disse quando partiu.
Mas não se preocupe, tenho certeza que Deus está olhando por ele.
(Sr. e Sra. Thenardier entram em cena.)
SR. THENARDIER: Mas é claro que não poderíamos deixar de cumprimentar esse
mais novo e belo casal de noivos. Mas não sei, meu senhor, mas lhe acho familiar. Onde será
que nos encontramos? Será que nos esbarramos em algum chá? Ou num jantar na presença do
rei?
MARIUS: Não, Barão de Thenard. Jamais frequentei tão nobre lugar. Saiam daqui. Eu
conheço vocês. Eram aqueles que infernizavam a vida da pobre Cosette. Eponine não poderia
ter tido piores pessoas como pais. Vocês não irão me enganar.
SRA. THENARDIER: Eu falei que isso não daria certo. Vamos, mostre logo o que
tem pra mostrar.
SR. THENARDIER: Então... é uma pena lhe incomodar em um dia assim, mas...
quinhentos francos e eu falo algo que descobri sobre ele... Jean Valjean.
MARIUS: Pois então contem!
SRA. THENARDIER: Mas certamente irá pagar os quinhentos francos, não é?
SR. THENARDIER: Eu me lembro bem. Jean Valjean, eu o vi carregando alguém.
Levava um cadáver pela escuridão, em seus ombros. Isso eu vi, isso eu sei. E do morto, eu tirei
isto.
MARIUS: Mas como assim? Isto é meu! Quando achou isso?
SR. THENARDIER: Foi na noite dos tiros. Eu fui me esconder e...
MARIUS: Então foi assim que eu sobrevivi naquela noite. Valjean me salvou. Tomem
isto e desapareçam daqui.
COSETTE: Marius, o convento! O convento onde papai e eu nos escondemos do
inspetor Javert anos atrás, eu ainda era uma criança! É lá que ele está, eu tenho certeza, foi esse
o lugar que eu vi no sonho! Vamos encontrá-lo, Marius, por favor!
(Marius e Cosette saem de cena apressados)
Marius e Cosette saem de cena correndo. Os Thenardier também. O palco fica vazio. Valjean
entra em cena, anos envelhecido e já bastante fraco.
EPÍLOGO (FINALE)
VALJEAN: Pra viver
Na sombra só eu espero Junto a ti
E conto as horas pra dormir Junto a ti
Sonhei um sonho em que Cosette FANTINE & (VALJEAN):
Se faz chorar porque eu morri M’sieur, cansado estás
Sozinho eu fico a rezar (Estou pronto, Fantine)
Que Deus os possa iluminar M’sieur, deixai teus fardos
São meus filhos, oh, Deus, (É a hora do fim)
Em vossas mãos, convosco estão Criaste o meu bebê
Deus do céu, vem buscar (Ela é tudo pra mim)
Esse seu servidor E vais estar com Deus
Onde estás?
Eu irei te encontrar
FIM