Questões - Parte 1 - Puc - Processo Civil II
Questões - Parte 1 - Puc - Processo Civil II
Questões - Parte 1 - Puc - Processo Civil II
a) Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for despachada pelo juiz, ou simplesmente
distribuída onde houver mais de uma vara.
ERRADA – o novo CPC modificou a regra, passando a prever no seu art. 312, que considera proposta a ação
quando a petição inicial for protocolada.
b) Não é permitida a prática de atos processuais durante a suspensão do processo, exceto aqueles tidos
por urgentes; e, no caso de suspensão por arguição de impedimento ou de suspeição, o juiz não poderá
praticar ato algum, nem mesmo os urgentes.
CORRETA – previsão no art. 314 do NCPC.
c) Suspende-se o processo por meio de convenção das partes, caso em que nunca poderá exceder o
prazo de três meses; findo esse prazo, o juiz determinará o prosseguimento do processo.
ERRADA – pois a suspensão convencional pode durar até 6 meses segundo o art. 313, §4º, do NCPC.
d) A extinção do processo pode ser feita, no novo CPC, por decisão interlocutória.
ERRADA – uma vez que a decisão que extingue o processo é sempre sentença (art. 316 do CPC), embora
possam ser tomadas decisões interlocutórias que resolvam parcialmente o mérito, como se vê no art. 356 do
NCPC.
e) O processo civil começa pelo impulso oficial, mas se desenvolve por inciativa da parte.
ERRADA – pois o processo deve ser instaurado pela parte que ao exercer o seu direito de ação provoca a
atuação jurisdicional, tendo aí a sua continuidade por impulso oficial (art. 2º do NCPC).
h) Por serem questões de natureza material, a sentença que reconhece a ocorrência de prescrição e
decadência extingue o processo com resolução do mérito.
CORRETA – sentença definitiva proferida nos termos do art. 487, inciso II do NCPC.
i) Se o autor der causa, por três vezes, a sentença fundada em abandono da causa, ocorrerá a
perempção, que tem por efeito a proibição de nova ação contra o réu com o mesmo objeto, sendo
permitido, entretanto alegar a mesma matéria em defesa.
CORRETA – pois o caput do art. 486 do NCPC dispõe que o pronunciamento judicial que não resolve o
mérito não obsta a que a parte proponha de novo a ação. No entanto, o seu §3º prevê que se o autor der
causa, por 3 (três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, não poderá propor nova ação contra
o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em defesa o
seu direito.
j) A morte ou perda da capacidade processual do autor conduz à extinção do processo, enquanto a
morte ou perda da capacidade processual do réu leva à suspensão do processo para habilitação dos
herdeiros.
ERRADA – visto que o art. 313, inciso I do NCPC estabelece a suspensão do processo para habilitação (art.
689 do NCPC) no caso de morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes. Haverá apenas
extinção do processo sem resolução do mérito quando houver morte, se o direito aduzido for intransmissível
por disposição legal (art. 485, inciso IX, do NCPC).
l) Ocorrerá desistência tácita, que enseja a extinção do processo, a ausência de promoção pelo autor,
por mais de 30 dias, dos atos e diligências que lhe competirem.
ERRADA – pois não existe desistência tácita, devendo a desistência ser sempre expressa. O conceito que a
questão usa é, na verdade, o de abandono processo, previsto no art. 485, inciso III e §6º, do NCPC.
2- O processo “A” foi suspenso porque a sentença de mérito depende do julgamento de outra
causa; o processo “B” foi suspenso porque a sentença de mérito não pode ser proferida senão
depois de produzida certa prova, requisitada a outro juízo. Nestes casos, de acordo com o
Código de Processo Civil brasileiro, qual será o período de suspensão de ambos os processos?
Resposta: No caso concreto o período de suspensão não poderá exceder um (1) ano em ambos os
processos segundo dispõe o art. 313, §4º do NCPC.
3- No caso em que a decisão de mérito tiver vínculo de prejudicialidade externa com fato
delituoso a ser apurado em ação penal, é facultado ao órgão judicial suspender o processo
para que sua decisão guarde coerência com a fixação da matéria pela justiça criminal?
Resposta: Sim. Mas embora seja possível a suspensão apontada na questão, o prazo máximo que o
juiz pode aguardar pela propositura da ação penal é de 3 meses, contados da intimação do ato de
suspensão, e a partir dos quais cessará a suspensão. Proposta a ação penal, o prazo máximo de
suspensão para aguardar a decisão é de 1 ano. Todavia, inexistente o processo, aguarda-se a decisão
por até, no máximo, 3 meses. Todas essas disposições encontram guarida no art. 315, caput e §§1º e
2º, do NCPC.
4- Se o juiz indeferir a petição inicial em virtude de o réu ser parte ilegítima, qual o recurso o
autor poderá interpor e em que prazo?
Resposta: Será cabível o recurso de apelação no prazo de 15 dias. Isto porque se o juiz indeferir a
petição inicial, por consequência, extinguirá o processo sem resolução do mérito nos termos do art.
485, inciso I do NCPC. E como o art. 316 dispõe que o processo se extingue pela sentença, e o art.
1.009 diz que da sentença cabe apelação, outro não poderia ser o recurso a ser interposto pelo autor.
5- Uma vez apresentada a petição inicial, haverá possibilidade legal de alterar a causa de
pedir ou o pedido?
Resposta: Sim, desde que seja até a citação, caso em que independentemente da concordância do
réu, o autor poderá aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir. No entanto, após a citação e até a
fase de saneamento, o autor somente poderá aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir se o réu
concordar, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo
mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar. (art. 329 do NCPC)
7- Como deverá agir o juiz ao receber o recurso de apelação interposto contra sentença que
extinguir o processo sem resolução do mérito por qualquer uma das hipóteses do artigo 485 do
NCPC?
Resposta: O magistrado, no prazo de 5 dias, poderá exercer o juízo de retratação previsto no §7º do
art. 485 do NCPC.
8- O juiz ao receber a petição inicial determinou a citação do réu, mesmo sem a indicação do
seu endereço eletrônico na parte da qualificação feita pelo autor. O magistrado agiu
corretamente?
Resposta: Sim, pois o §2º do art. 319 do NCPC dispõe que a petição inicial não será indeferida se,
a despeito da falta de informações a que se refere o inciso II do mesmo dispositivo legal, for
possível a citação do réu.
12- Como deverá agir o juiz ao receber o recurso de apelação interposto pelo autor contra
sentença que indeferiu a petição inicial nos termos do artigo 330 do NCPC?
Resposta: O magistrado, no prazo de 5 dias, poderá exercer o juízo de retratação previsto no §7º do
art. 485 e caput do art. 331, ambos do NCPC.
Neste caso específico, se o juiz não se retratar (§1º do art. 331), deverá determinar a citação do réu
para apresentar as contrarrazões ao apelo, no prazo de 15 dias e, com ou sem a manifestação do réu,
encaminhar os autos do processo ao Tribunal de Justiça para julgamento do recurso.