Manual Retificador
Manual Retificador
Manual Retificador
FLORIANÓPOLIS
2002
UNIVE RS ID ADE FE DE RAL D E SA NTA C ATA R INA
C URS O D E PÓ S-G RA D UA ÇÃ O E M E NGE NHA R IA
ELÉTR IC A
Dissertação submetida à
Universidade Federal de Santa Catarina
como parte dos requisitos para a obtenção do grau de
Mestre em Engenharia Elétrica
A NDE RS O N A L VES
Anderson Alves
‘Esta Dissertação foi julgada adequada para obtenção do título de Mestre em Engenharia
Elétrica, Área de Eletrônica de Potência e Acionamento Elétrico, e aprovada em sua
forma final pelo Curso de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da Universidade
Federal de Santa Catarina.’
_______________________________________
Prof. Alexandre Ferrari de Souza, Dr.
Orientador
________________________________________
Prof. Edson Roberto De Pieri, Dr.
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica
Banca Examinadora:
_______________________________________
Prof. Alexandre Ferrari de Souza, Dr.
Presidente
_______________________________________
Prof. Ivo Barbi, Dr. Ing.
_______________________________________
Prof. Arnaldo José Perin, Dr. Ing.
_______________________________________
Prof. Patrick Kuo-Peng, Dr.
_______________________________________
Prof. Hari Bruno Mohr, Dr.
ii
“Menor que meu sonho não posso ser”.
Lindolf Bell
iii
“Ó Deus, dá-me a graça de aceitar com serenidade as
coisas que não posso mudar; dá-me coragem para
mudar as que precisam ser mudadas e sabedoria
para fazer a diferença entre uma coisa e outra”.
Reinhold Niebuhr
iv
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos,
e não tivesse amor, seria como o metal que soa
ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse dom de profecia, e conhecesse todos
os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda
a fé, de maneira tal que transportasse os montes,
e não tivesse amor, nada seria”.
[1 Conríntios 13: 1 e 2]
v
A Deus.
vi
A minha mãe Irene.
vii
A meus irmãos Angelita, Jucélio, Jucelito e Ireninha.
viii
A minha amada Adriana.
ix
AGR AD E CIME N TO S
x
Resumo da Dissertação apresentada à UFSC como parte dos requisitos necessários para a
obtenção do grau de Mestre em Engenharia Elétrica.
Anderson A lv es
Março/2002
RESUMO: Este trabalho tem por objetivo o estudo, projeto e implementação de Unidades
Retificadoras de -48V/10A para aplicação em sistemas de telecomunicações, visando um produto
comercial que seja competitivo nacional e internacionalmente, atendendo as normas TELEBRÁS,
IEC61000-3-2 e IEC950. A Unidade Retificadora possui dois estágios de conversão de energia. O
primeiro estágio é constituído por um conversor elevador (Boost) operando em condução contínua,
com freqüência de comutação de 100kHz e controlado por valores médios instantâneos de
corrente. Este conversor proporciona um elevado fator de potência e baixa taxa de distorção
harmônica da corrente de entrada. O segundo estágio é composto por um conversor CC-CC em
ponte completa com comutação suave, operando a 140kHz, modulado por largura de pulso e com
controle da potência transferida à saída por deslocamento de fase (FB-ZVS-P W M-PS). Este
conversor é responsável pelo isolamento, adaptação e regulação da tensão de saída. A estratégia
de controle utilizada é no modo tensão, sendo implementada uma malha de tensão e uma de
corrente com funcionamento em paralelo. É apresentada uma análise comparativa entre os
conversores Forward com grampeamento ativo, Meia Ponte com comando assimétrico e Três
Níveis com ponto neutro grampeado e o conversor FB-ZVS-P W M-PS. Para atender as
especificações de compatibilidade eletromagnética foi implementado um filtro de EMI. A Unidade
Retificadora ainda dispõe de circuitos de supervisão microcontrolados e fontes auxiliares para
alimentação dos circuitos de comando, controle e supervisão. Resultados experimentais e
recomendações de layout da placa de circuito impresso, também fazem parte do contexto deste
trabalho.
xi
Abstract of Dissertation presented to UFSC as a partial fulfillment of the requirements for the
degree of Master in Electrical Engineering.
Anderson A lv es
March/2002
ABSTRACT: This work describes the analysis, design and implementation of -48V/10A Rectifier
Units for application on telecommunication systems. The designed Rectifier Units must be a
competitive product in the national and international markets, and comply with TELEBRÁS,
IEC61000-3-2 and IEC950 standards. Two power stages form the Rectifier Units. The first one is a
Boost converter operating in continuous conduction mode, with a 100 kHz switching frequency
controlled by average current-mode. This stage is responsible for the high power factor and low
harmonic distortion of the input current. The second stage is a full-bridge DC-DC converter, with
soft commutation. It operates at 140 kHz with pulse width modulation, and the output power is
controlled through phase-shift (FB-ZVS-PWM-PS). This converter is responsible for isolation and
regulation of the output voltage. The control strategy of this stage is made by voltage mode, with a
voltage loop and a current loop working in parallel. A comparative analysis among the Forward
converter with active clamping, the Half-Bridge converter with asymmetric command, the Three-
Level neutral-point clamped converter and the FB-ZVS-PWM-PS is presented. An EMI filter is
designed to observe the electromagnetic compatibility specifications. The Rectifier Units have
microcontrolled supervision circuits and auxiliary power supplies for the gate drives, control and
supervision circuits. Experimental results and layout hints are also presented in this work.
xii
S UMÁR IO
IN TR OD UÇ Ã O GER A L ................................................................................................................................................ 1
1.1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................5
1.2 NORMA TELEBRÁS.......................................................................................................................................5
1.2.1 Características Funcionais .................................................................................................................... 6
1.2.2 Características Elétricas Básicas......................................................................................................... 6
1.2.3 Características dos Circuitos...............................................................................................................11
1.2.4 Proteções.................................................................................................................................................12
1.2.5 Sinalizações e Comandos Externos.....................................................................................................13
1.2.6 Comandos Manuais...............................................................................................................................14
1.2.7 Comandos automáticos.........................................................................................................................14
1.2.8 Características Construtivas................................................................................................................14
1.3 NORMA IEC 61000-3-2.................................................................................................................................15
1.3.1 Limites das Harmônicas de Corrente para Equipamentos Classe A............................................15
1.4 NORMA IEC 950 ............................................................................................................................................16
1.4.1 Definições de Distâncias de Clearance e Creepage........................................................................16
1.4.2 Distâncias de Clearances para Isolação de Circuitos Primários e entre Circuitos
Primário e Secundário..........................................................................................................................17
1.4.3 Distâncias de Clearances para Isolação de Circuitos Secundários.............................................18
1.4.4 Distâncias de Creepage........................................................................................................................18
1.4.5 Distâncias em Transformadores e Circuitos Optoacopladores.....................................................19
1.5 CONCLUSÃO..................................................................................................................................................19
2.1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................................21
2.2 DIAGRAMA EM BLOCOS DA ARQUITETURA DA UR...................................................................21
2.2.1 Filtro de EMI ..........................................................................................................................................22
2.2.2 Proteções.................................................................................................................................................22
2.2.3 Retificador...............................................................................................................................................23
2.2.4 Conversor Elevador Boost - PFC .......................................................................................................23
2.2.5 Conversor CC-CC FB-ZVS-PWM-PS ................................................................................................23
2.2.6 Supervisão ...............................................................................................................................................24
2.2.7 Fonte Auxiliar.........................................................................................................................................24
2.3 CONCLUSÃO..................................................................................................................................................25
xiii
CAPÍTULO III - ANÁLISE DO ESTÁGIO PRÉ-REGULADOR, ESTRATÉGI A DE CONTROLE E
3.1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................................27
3.2 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO CONVERSOR BOOST OPERANDO COMO
PRÉ-REGULADOR........................................................................................................................................28
3.3 APRESENTAÇÃO DO CONTROLE POR VALORES MÉD IOS INSTANTÂNEOS DE
CORRENTE......................................................................................................................................................28
3.4 ANÁLISE DO CIRCUITO DE POTÊNCIA ..............................................................................................30
3.4.1 Variação da Razão Cíclica...................................................................................................................30
3.4.2 Ondulação da Corrente de Entrada....................................................................................................31
3.4.3 Energia Entregue à Carga ...................................................................................................................32
3.4.4 Ondulação da Tensão de Saída ...........................................................................................................32
3.5 ESCOLHA DO CIRCUITO DE AUXÍLIO A COMUTAÇÃO..............................................................34
3.6 MODELAGEM DO CONVESOR BOOST................................................................................................35
3.7 ESTUDO DOS COMPENSADORES QUE COMPÕEM AS MALHAS DE CONTROLE .............37
3.7.1 Malha de Corrente.................................................................................................................................37
3.7.2 Malha de Tensão de Saída (Feedback)..............................................................................................41
3.7.3 Malha Direta de Controle da Tensão de Entrada (Feedforward).................................................42
3.8 APRESENTAÇÃO DO CIRCUITO INTEGRA DO UC3854.................................................................43
3.8.1 Principais Características do Circuito Integrado UC3854:..........................................................43
3.8.2 Diagrama em Blocos do UC3854 .......................................................................................................43
3.8.3 Descrição da Pinagem do Circuito Integrado UC3854..................................................................44
3.9 METODOLOGIA DE PROJETO .................................................................................................................45
3.9.1 Projeto do Indutor Boost......................................................................................................................46
3.9.2 Dimensionamento do Capacitor de Saída.........................................................................................47
3.9.3 Dimensionamento do Interruptor de Potência..................................................................................47
3.9.4 Dimensionamento do Diodo Boost......................................................................................................48
3.9.5 Dimensionamento do Snubber.............................................................................................................49
3.9.6 Dimensionamento do Filtro de Entrada.............................................................................................51
3.9.7 Capacitores de Supressão de Ruídos..................................................................................................51
3.9.8 Resistor Shunt .........................................................................................................................................51
3.9.9 Projeto dos Componentes Externos ao Circuito de Controle (UC3854) .....................................51
3.10 CONCLUSÃO.................................................................................................................................. 56
4.1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................................57
4.2 ESCOLHA DA TOPOLOGIA PARA O ESTÁGIO DE SAÍDA CC-CC.............................................58
4.2.1 Conversor Forward com Grampeamento Ativo (Forward ZVS-PWM) .......................................59
4.2.2 Conversor Meia Ponte com Comando Assimétrico (HB-ZVS-PWM) ...........................................62
4.2.3 Conversor Três Níveis com Grampeamento do Ponto Neutro (TL-ZVS-PWM -NPC) ...............64
4.3 ANÁLISE DO CONVERSOR FB-ZVS-PWM-PS ...................................................................................67
4.3.1 Principais Características....................................................................................................................67
4.3.2 Princípio de Funcionamento................................................................................................................68
4.3.3 Etapas de Funcionamento....................................................................................................................68
xiv
4.3.4 Principais Formas de Onda .................................................................................................................73
4.3.5 Característica de Saída.........................................................................................................................74
4.3.6 Análise da Comutação..........................................................................................................................75
4.3.7 Circuito de Grampeamento..................................................................................................................76
4.3.8 Filtro de Saída........................................................................................................................................76
4.3.9 Circuito de Bloqueio da Componente CC no Primário...................................................................77
4.4 METODOLOGIA DE PROJETO .................................................................................................................77
4.4.1 Especificações.........................................................................................................................................77
4.4.2 Cálculos Preliminares...........................................................................................................................77
4.4.3 Dimensionamento do Transformador de Potência...........................................................................77
4.4.4 Dimensionamento do Indutor Ressonante.........................................................................................79
4.4.5 Dimensionamento do Indutor do Filtro de Saída.............................................................................80
4.4.6 Dimensionamento dos Interruptores de Potência............................................................................82
4.4.7 Dimensionamento do Capacitor de Saída.........................................................................................83
4.4.8 Dimensionamento do Capacitor de Bloqueio CC no Primário .....................................................83
4.4.9 Dimensionamento do Resistor de Amortecimento em Paralelo com o Capacitor de Bloqueio
...................................................................................................................................................84
4.4.10 Dimensionamento dos Diodos Retificadores de Saída....................................................................84
4.4.11 Dimensionamento do Circuito Snubber RC ......................................................................................84
4.5 CONCLUSÃO..................................................................................................................................................85
FB-ZVS-PWM-PS ............................................................................................ 89
5.1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................................89
5.2 ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O CIRCUITO INTEGRADO UC3875 E UC3879...............89
5.3 APRESENTAÇÃO DO CIRCUITO INTEGRADO UC3879 CONTROLE RESSONANTE
POR DESLOCAMENTO DE FASE...........................................................................................................90
5.3.1 Principais Características....................................................................................................................90
5.3.2 Diagrama em blocos..............................................................................................................................91
5.3.3 Descrição da Função dos Pinos do UC3879 ....................................................................................91
5.3.4 Circuito de Comando Utilizando o UC3879.....................................................................................94
5.4 APRESENTAÇÃO DO CIRCUITO INTEGRADO UC3907 CONTROLADOR DE
COMPARTILHAMENTO DE CARGA .....................................................................................................95
5.4.1 Principais Características....................................................................................................................95
5.4.2 Diagrama em blocos..............................................................................................................................95
5.4.3 Descrição da Função dos Pinos do UC3907 ....................................................................................96
5.4.4 Estratégia de Compartilhamento da Corrente de Saída .................................................................98
5.5 FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DO CONVERSOR...........................................................................99
5.5.1 Função de Transferência GVVin(s)=Vo(s)/Vin(s) ...........................................................................99
5.5.2 Função de Transferência GVD(s)=Vo(s)/D(s) ...............................................................................100
5.5.3 Função de Transferência GID(s)=Io(s)/D(s)..................................................................................100
5.5.4 Função de Transferência GVVc(s)=Vo(s)/Vc(s) ............................................................................100
5.5.5 Função de Transferência GIVc(s)=Io(s)/Vc(s) ...............................................................................103
5.6 ESTRATÉGIA DE CONTROLE............................................................................................................... 104
xv
5.7 MALHA DE TENSÃO................................................................................................................................ 104
5.7.1 Amostra da Tensão de Saída..............................................................................................................106
5.7.2 Compensador de tensão......................................................................................................................108
5.7.3 Filtro Passa Baixa...............................................................................................................................111
5.8 MALHA DE CORRENTE.......................................................................................................................... 114
5.8.1 Amostra da Corrente de Saída...........................................................................................................115
5.8.2 Compensador de Corrente..................................................................................................................116
5.9 CONCLUSÃO............................................................................................................................................... 119
xvi
6.9.9 Entrelaço ...............................................................................................................................................144
6.9.10 Comunicação Serial.............................................................................................................................144
6.10 MICROCONTROLADOR USADO NA UR2 ........................................................................................ 151
6.10.1 Pinagem do PIC18C452A. .................................................................................................................152
6.10.2 Principais Características do PIC18C452A...................................................................................152
6.11 DEFINIÇÃO DAS ENTRADAS E SAÍDAS DO MICROCONTROLADOR DA UR2 ................ 153
6.12 FLUXOGRAMA DO PROGRAMA DE SUPERVISÃO E SINALIZAÇÃO DA UR2 ................. 157
6.13 DIAGRAMA ELÉTRICO COMPLETO DA SUPERVISÃO DA UR2............................................. 158
6.14 CONCLUSÃO............................................................................................................................................... 159
xvii
8.3 FONTES AUXILIARES UR2 .................................................................................................................... 191
8.3.1 Fonte Auxiliar 1: Flyback...................................................................................................................191
8.3.2 Fonte Auxiliar 2: Flyback...................................................................................................................192
8.4 CIRCUITOS DE PROTEÇÃO ................................................................................................................... 194
8.4.1 Proteção Contra Sobrecorrente de Entrada...................................................................................194
8.4.2 Proteção Contra Surtos de Tensão na Entrada..............................................................................195
8.5 CONCLUSÃO ................................................................................................................................................ 196
xviii
9.7.3 Verificação do Nível de Interferência de Modo Comum Produzido sem o Filtro de Rede.
…………………………………………………………………………………………………………...240
9.7.4 Escolha dos Capacitores Cy de Modo Comum...............................................................................241
9.7.5 Escolha do Indutor L1 para Filtrar Correntes de Modo Comum. ..............................................241
9.7.6 Escolha do Capacitor Cx....................................................................................................................242
9.7.7 Escolha dos Indutores L2 e L3 de Modo Diferêncial....................................................................242
9.7.8 Valores Utilizados no Circuito Implementado na Prática............................................................242
9.8 PROJETO DAS FONTES AUXILIARES DA UR1 .............................................................................. 243
9.8.1 Projeto da Fontes Auxiliar 1 da UR1...............................................................................................243
9.8.2 Projeto da Fonte Auxiliar 2 da UR1.................................................................................................250
9.9 PROJETO DO DISSIPADOR...................................................................................................................... 252
9.10 CONCLUSÃO ................................................................................................................................................ 253
xix
CAPÍTULO XI - RECOMENDAÇÕES DE LAYOUT .......................................................................................277
AN EX OS .........................................................................................................................................................................295
xx
SIMB OL OG IA
xxi
nparalelo Número de condutores elementares em paralelo
Ns Número de espiras do secundário espiras
nTL Relação de transformação do transformador do conversor Three-Level
PDret Potência no diodo retificador W
Po Potência de saída W
3
PVol_núcleo Perda volumétrica do núcleo W/m
q Ganho estático
Rb Resistor de amortecimento Ω
RDSon Resistência dreno-source de condução Ω
Rinrush Resistor de inrush Ω
Ro Resistência de carga na saída Ω
RSE Resistência série equivalente do capacitor Ω
Rsh Resistor shunt Ω
Rth Resistência térmica ºC/W
Rthcd Resistência térmica cápsula-dissipador ºC/W
Rthda Resistência térmica dissipador-ambiente ºC/W
Rthjc Resistência térmica junção-cápsula ºC/W
2
SLb Seção do condutor do indutor Boost cm
2
Sfio Seção do fio cm
2
Sfio_isol Seção do fio isolado cm
Tamb Temperatura ambiente ºC
tf Tempo de decida s
THDi Taxa de distorção harmônica total da corrente de entrada
Tj Temperatura de junção ºC
toff Tempo desligado s
tr Tempo de subida s
tresp_din Tempo de resposta dinâmica s
trr Tempo de recuperação reversa s
tss Tempo de soft-start s
VDret Tensão reversa no diodo retificador V
VDS Tensão dreno-source V
3
Ve Volume efetivo m
Vf Queda de tensão direta no diodo V
Vfusível Tensão no fusível V
VH Tensão de histerese V
Vin Tensão de entrada V
Vo Tensão de saída V
VoRP(t) Tensão de saída em regime permanente V
VRef Tensão de referência V
VrdB Máxima tensão permitida nos terminais da rede artificial dB/µV
Vsat Tensão de saturação V
Xc Reatância capacitiva Ω
η Rendimento
µo Permeabilidade do ar H/m
2
ρ Resistividade do cobre Ω.mm /m
π 3,141592654
β Relação entre a tensão de saída e a tensão de pico de entrada do
conversor Boost
ωc Freqüência angular de cruzamento rad/s
ωp Freqüência angular do pólo rad/s
ωr Freqüência ressonante rad/s
ωz Freqüência angular do zero rad/s
∆ Profundidade de penetração cm
∆D Perda de razão cíclica
∆I Ondulação de corrente A
∆Iin Ondulação da corrente de entrada A
_____
∆I in Ondulação da corrente de entrada normalizada
∆Iolim Variação estática da corrente em limitação A
xxii
∆T Elevação de temperatura ºC
∆V Ondulação de tensão V
∆Vo Ondulação da tensão de saída V
∆Vopsofométrico Ruído psofomético na tensão de saída dBµV
Sub-índices utilizados:
Sub-índice Significado
min Valor mínimo da grandeza
nom Valor nominal da grandeza
max Valor máximo da grandeza
med Valor médio da grandeza
ef Valor eficaz da grandeza
pk Valor de pico da grandeza
pico-pico Valor de pico a pico da grandeza
cc Componente contínua
ca Componente alternada
Acrônimos e abreviaturas:
Símbolo Significado
AWG American Wire Gage
CA Corrente Alternada
CC Corrente Contínua
CCM Continuous Conduction Mode
CI Circuito Integrado
CISPR Comite International Special des Perturbations Radioelectriques
DSP Digital Signal Processor
EMC Electromagnetic Compatibility
EMI Electromagnetic Interference
FB Full-Bridge
FP Fator de Potência
FTLA Função de Transferência de Laço Aberto
HB Half-Bridge
IEC International Electrotechnical Commission
IEEE Institute of Electrical and Electronic Engineers
IGBT Insulated Gate Bipolar Transistor
INEP Instituto de Eletrônica de Potência
MOSFET Metal-Oxide-Semiconductor Field-Effect Transistor
NPC Neutral Point Clamped
NTC Negative Temperature Coefficient
PFC Power Factor Correction
PI Proporcional Integral
PIC Peripheral Interface Controller
PID Proporcional Integral Derivativo
PS Phase Shift
PWM Pulse Width Modulation
PTH Pin Through Hole
SMD Surface Mount Device
SR Sistema Retificador
TL Three-Level
TDH Taxa de Distorção Harmônica
UFSC Universidade Federal de Santa Catarina
UR Unidade Retificadora
USR Unidade de Supervisão do Sistema Retificador
ZVS Zero-Voltage-Switching
xxiii
Símbolos para referenciar elementos de circuitos:
Símbolo Significado
C Capacitor
CN Conectores
D Diodo
F Fusível
L Indutor
M MOSFET
P Resistor ajustável
Q Transistor
R Resistor
RET Ponte retificadora
TG Centelhador
TR Transformador
U Circuito integrado
VR Varistor
Z Diodo Zener
Símbolo Significado
A Ampère
V Volt
W Watt
Hz Hertz
Ω Ohm
F Farad
H Henry
T Tesla
ºC graus Celsius
cm centímetro
rad radianos
s segundo
dB decibéis
xxiv
1
INTRODUÇÃO GERAL
INTRODUÇÃO G ERAL
2
Uma breve comparação entre os conversores Forward com grampeamento ativo, Meia
Ponte com comando assimétrico e Três Níveis com ponto neutro grampeado e o conversor FB-
ZVS-PWM-PS será apresentada, de forma a justificar a utilização deste último como estágio de
saída.
O conversor CC-CC opera em malha fechada com controle no modo tensão, possuindo
duas malhas operando em paralelo: uma de tensão e outra de corrente.
As topologias dos circuitos de potência e os layouts das placas de circuito impresso foram
escolhidos e projetados de forma a reduzir os níveis de interferência eletromagnética. Porém ainda é
necessário um pequeno filtro para atenuar as interferências conduzidas, visando atingir os limites
dados por norma.
A UR possui duas fontes auxiliares que fornecem energia para os circuitos de controle e
supervi são: em uma das fontes auxiliares a energia provém da rede elétrica, de forma a manter a
INTRODUÇÃO G ERAL
3
fonte funcionando sem bateria; a outra fonte auxiliar fornece energia a partir da saída, permitindo o
funcionamento do circuito de supervisão, quando da falta da energia da rede elétrica.
O projeto da placa de circuito impresso das URs deve ter uma atenção especial, pois as
freqüências envolvidas e a proximidade dos componentes devido à compactação exigida, provocam
sérios problemas de ruídos, os quais interferem substancialmente no funcionamento do circuito.
Sobretudo um bom layout reduz os níveis de interferência eletromagnética e conseqüentemente o
filtro de entrada. Com o intuito de buscar algumas soluções de layout que reduzam ruídos e
proporcionem o funcionamento adequado da fonte, serão apresentados e discutidos alguns layouts
realizados durante o desenvolvimento das URs.
INTRODUÇÃO G ERAL
5
1 CAPÍTULO I
1.1 INTRODUÇÃO
O crescente mercado das telecomunicações aumenta a demanda por Unidades
Retificadoras (URs) para suprir o abastecimento de energia de bancos de baterias que alimentam os
sistemas de telecomunicações.
Os projetos de Unidades Retificadoras para aplicação em sistemas de telecomunicações
devem atender as rígidas normas que estabelecem as características mínimas a serem atendidas
para que estes equipamentos sejam aceitos no mercado, além de apresentarem características que
os tornem competitivos no mercado nacional e internacional.
Neste capítulo serão apresentadas as principais recomendações e especificações dadas
por normas para Unidades Retificadoras chaveadas em alta freqüência, monofásicas e com
ventilação natural. São explanadas as seguintes normas: TELEBRÁS 240-510-723 de 01 de
dezembro de 1997 [2] - que estabelece as características técnicas mínimas a serem atendidas pelas
URs que utilizam tecnologia de chaveamento em alta freqüência; normas internacionais IEC 61000-3-
2 [3] – que normaliza limites de emissão de harmônicas de corrente e IEC 950 [4] – que apresenta
aspectos de segurança para equipamentos de telecomunicações. Com respeito à norma IEC 950
serão apresentadas somente as especificações mínimas relacionadas a distâncias de isolamento
para confecção do layout da placa de circuito impresso e de transformadores.
b) Situação de desligado
Nesta situação a UR deve ser retirada de serviço, sem possibilidade alguma de ser ligada,
mesmo que receba sinal de comando interno ou externo.
c) Situação de ligado
A UR deve entrar em funcionamento, permanecendo nesta condição desde que não haja
comando interno ou externo de desligamento.
d) Consumo de corrente
O estágio de saída da UR deve possuir características que impeçam que qualquer Unidade
desligada (ou com defeito) passe a consumir corrente das demais, com exceção daquela necessária
para os circuitos de controle, supervisão, instrumentação e bleeder, quando aplicável.
e) Ajustes e testes
É desejável que a UR permita fácil ajuste/teste, quando conectada ao Sistema de
Retificadores (SR) em operação. Esta facilidade pode estar contemplada no SR.
a) Tensão de entrada
ü Valores nominais: 220V (duzentos e vinte volts) ou 127V (cento e vinte e sete volts) em corrente
alternada.
ü Faixa de variações: A UR deve operar, em regime contínuo, com variações de até ±15% da
tensão de entrada, mantendo inalteradas todas as suas características. Não deve danificar-
se quando submetida às seguintes variações:
• Tensão alternada de alimentação até pelo menos 30% abaixo da tensão nominal;
• Tensão alternada de alimentação até pelo menos 20% acima da tensão nominal, até 1
(uma) hora de duração.
Para o caso de URs com tensão universal tem-se os seguintes limites:
• Operação em regime contínuo: 107,95V a 253V;
• Variações sem danos: 88,9V a 264V.
b) Freqüência
Deve ser de 60Hz ± 5%, em regime contínuo, admitindo uma variação de até 20% durante
500ms.
Tabela 1 - Limites para perturbações conduzidas emitidas nos terminais de alimentação CA da UR:
dB (uV)
79
"Quasi-Peak"
73
66
Médio
60
MHz
0,15 0,50 30
dB (uV/m)
"Quasi-Peak"
47
40
MHz
30 230 1000
2 Fig . 1-2 - Limites d e p ertu rb açõ es irrad iad as à d is tân cia d e 10 metro s .
f) Rendimento
A UR deve possuir um rendimento mínimo de 85%, considerando tensão de saída na
condição de carga, corrente nominal de saída e tensão nominal de entrada. Nas dissipações internas
máximas, computáveis nos valores de rendimento, estão incluídos os consumos de todos os
circuitos e subsistemas da UR, e eventual corrente de bleeder para estabilização a vazio.
g) Tensão de saída
ü Valor nominal: 48V (positivo aterrado).
Observações:
1. Os ajustes de referência são valores padronizados para realização dos ensaios de
características elétricas da Unidade;
2. As faixas de ajuste garantidas estão definidas, considerando variações dos valores de ajustes
ideais das tensões de flutuação e de carga normal recomendadas pelos fabricantes de baterias,
em função das condições ambientais e das características próprias de cada bateria;
3. Os valores de ajuste em campo devem ser determinados em função do tipo da bateria (ácida
ventilada ou regulada por válvula) e das tensões de flutuação e carga recomendadas pelo
fabricante da bateria;
4. Todos os ajustes devem ser independentes entre si;
5. Tolerância Adicional no Ajuste de Tensão: para cada condição de ajuste referida no item
anterior, é admitida uma tolerância de +10% em relação ao limite superior de ajuste garantido
de faixa de tensão, e de -10% em relação ao limite inferior dessa faixa de ajuste garantido.
ü Regulação estática: A variação máxima admissível deve ser de ±1% da tensão de saída (Vo),
para variações da rede comercial de ±15% em relação ao valor nominal, e carga na saída
variando de 5% da corrente nominal (IN) a 100% de IN. Na condição de funcionamento com
corrente de saída menor que 5% de IN, a tensão não deve ultrapassar a 2% do valor ajustado.
ü Resposta dinâmica: A resposta dinâmica da tensão de saída é o tempo decorrido após a
aplicação de um degrau de corrente na saída, para que a tensão não apresente valores fora da
faixa determinada para regulação estática da tensão de saída. Deve ser menor ou igual a 25ms.
O desvio máximo da tensão de saída, durante o transitório, deve estar compreendido entre ±8%
do valor ajustado para a tensão de saída. Os degraus devem ser de 50% da corrente nominal,
realizados através de carga resistiva, de tal forma que os valores inicial e final estejam
compreendidos entre 10% e 100% da corrente nominal de saída da UR, sem bateria em paralelo
com a mesma.
ü Ondulação (ripple): Devem ser atendidos simultaneamente nos terminais de saída da UR, sem
bateria, os seguintes valores máximos:
• 1mV psofométrico;
• 50mV em RMS, medido com largura de banda de 3kHz, na faixa de freqüência de 10kHz a
20MHz;
• 200mV pico a pico, medido na faixa de freqüência até 20MHz.
h) Corrente de saída
ü Valores nominais: É desejável que as URs atendam os seguintes valores modulares de corrente
de saída: 5A, 10A, 15A, 25A, 50A, 75A, 100A, 150A, 200A e 300A.
ü Limitação: Deve ser garantido ajuste entre 70% a pelo menos 100% da corrente nominal de
saída, para as condições de flutuação e carga.
Observações:
1. O início da limitação de corrente deve ser entendido como o valor de corrente de saída no qual a
tensão correspondente atinge o valor mínimo da faixa especificada para regulação estática de
tensão;
2. É imprescindível que a UR ofereça condições para execução de todos os testes elétricos, nas
condições nominais de corrente de saída.
ü Regulação estática da corrente em limitação: Para cada valor ajustado, conforme item anterior,
a corrente limitada não deve variar mais do que 10%, considerando a tensão de saída variando
desde o início da limitação até uma tensão correspondente a, pelo menos, o final de descarga
de bateria (número de elementos de bateria x 1,75V). Na variação permissível de 10%, não são
admissíveis valores inferiores ao correspondente início de limitação, ou ocorrência de oscilações
que possam representar instabilidade no Sistema.
j) Isolamento elétrico
Devem ser atendidos os seguintes requisitos:
ü Tensão aplicada: A UR deve suportar a aplicação das seguintes tensões, durante 1 minuto:
• 1500V CA entre as entradas CA interligadas entre si e a massa (carcaça do gabinete);
• 1000V CA entre as entradas CA interligadas entre si e saídas (+) e (-) interligadas entre si;
• 1000V CA entre as saídas (+) e (-) interligadas entre si e a massa (carcaça do gabinete).
Observações:
1. Admite-se alternativamente a aplicação da tensão de 1500V CC entre os mesmos pontos;
2. Durante a realização do ensaio não devem ser observados efeitos anormais;
3. O ensaio deve ser realizado após a retirada dos varistores e capacitores de filtro ou
equivalentes, se necessário.
(
Megger = 1,2 ⋅ Vrms ⋅ 1,15 ⋅ 2 . )
• Entre entradas CA interligadas entre si e saídas (+) e (-) interligadas entre si: maior ou igual a
20MΩ;
• Entre entradas CA interligadas entre si e a massa (carcaça do gabinete): maior ou igual a
20MΩ;
• Entre saídas (+) e (-) interligadas entre si e a massa (carcaça do gabinete): maior ou igual a
20MΩ.
Observação: O ensaio deve ser realizado após a retirada dos varistores e capacitores de filtro ou
equivalentes, se necessário.
k) Inrush
A corrente de surto na entrada da UR, no instante de ligamento, deve ser limitada a 5
(cinco) vezes a corrente nominal de entrada, sendo desejado o valor de 2 (duas) vezes a corrente
nominal de entrada.
1.2.4 PROTEÇÕES
c) Recebimento de sinais do SR
A UR deve estar preparada para o recebimento, no mínimo, dos seguintes sinais de
comando externo provenientes da Unidade de Supervisão do SR:
• Reposição;
• Carga;
• Desligamento;
• Bloqueio de alarme por CA anormal;
• Correção da tensão de saída em função da temperatura de baterias;
• Desligamento por condição reserva.
d) Supervisão remota
É desejável que a UR esteja preparada para operação e supervisão remota. Além dos
sinais/comandos descritos nos itens anteriores, também devem estar disponíveis, para
processamento pelo Sistema de Gerenciamento, os seguintes sinais:
• Informação de status da Unidade (serviço ou defeito);
• Informação para medição da corrente de saída.
c) “Reposição” da Unidade
Função de cancelamento das memórias estabelecidas por comandos de sensores internos
à Unidade. Esta função pode ser executada pela chave/disjuntor de entrada da Unidade.
A UR deve ser bloqueada e emitir sinalização imediata de defeito, qualquer que seja sua
condição de funcionamento, nos seguintes casos:
a) Sobretensão intrínseca à Unidade (com memorização)
A UR somente deve ser desbloqueada mediante reposição manual (local ou remota).
b) Falha de qualquer uma das fases da tensão de alimentação CA, antes dos fusíveis de
entrada (sem memorização)
O desbloqueio deve ser automático quando confirmado o fim da anormalidade externa à
UR.
2,5
Máxima Harmônica de Corrente
2
Permitida [A]
1,5
0,5
0
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40
Ordem das Harmônicas [n]
3 Fig . 1-3 - Limites d as h armô n icas d e co rren te d e en trad a p ara eq u ip amen to s Clas s e A .
Existem dois métodos para medir a distância entre pontos do circuito, sendo essas
distâncias conhecidas como clearence e creepage.
Ø Clearance: É a menor distância entre duas partes condutoras, ou entre uma parte condutora e
uma superfície isolante ou condutora que delimita o equipamento ou dispositivo (carcaça), sendo
medida pelo ar. As distâncias de clearance são dimensionadas de forma a suportar transientes
de sobretensões que possam entrar no equipamento e picos de tensões geradas no mesmo.
Ø Creepage: É o menor caminho entre duas partes condutoras, ou entre uma parte condutora e
uma superfície isolante ou condutora que delimita o equipamento ou dispositivo (carcaça), sendo
medido ao longo da superfície isolada. As distâncias de creepage são dimensionadas de forma
que para uma determinada tensão de funcionamento e grau de poluição, não ocorram
faiscamentos ou rompimento (localizado) da isolação.
Entre entrada e saída de um circuito isolador do tipo optoacoplador deve ser mantida uma
distância mínima de 4mm que corresponde à distância de clearance reforçada entre circuitos
primários e secundários. A Fig.1-5 apresenta um exemplo.
primário
secundário
4mm
5 Fig . 1-5 - Dis tân cia mín ima en tre o s termin ais p rimário s e s ecu n d ário s d e u m o p to aco p lad o r.
Carretel do
Transformador
6 Fig . 1-6 - Exemp lo d e d is tân cia d e clea ra n ce en tre es p iras e carretel d o tran s fo rmad o r.
1.5 CONCLUSÃO
Neste capítulo foram apresentadas as principais especificações dadas pelas normas
TELEBRÁS, IEC 61000-3-2 e IEC 950.
Com respeito à norma IEC 950 foram apresentadas apenas as informações principais a
respeito de distâncias de isolamento que garantem o funcionamento adequado do equipamento e
fornecem proteção contra choques elétricos. Porém esta norma abrange muitos outros aspectos de
segurança que não foram citados neste trabalho.
As URs de -48V/10A, objeto de estudo desta dissertação, devem atender a todas as
especificações mínimas citadas neste capítulo. Para tanto, serão estudadas topologias de circuitos
de potência que garantam as características elétricas citadas. Também serão desenvolvidos circuitos
de controle, proteção, sinalização e supervisão.
2 2 CAP ÍT UL O II
2.1 INTRODUÇÃO
Conversor CC-CC
Conversor Elevador
FB-ZVS-PS
Proteções Retificador PFC - Boost
Filtro de EMI
Banco
Rede
CA de
Baterias
Compartilhamento
de corrente
PWM PWM UC3907
Fonte
Tempo de
Controle por valores Controle por
deslocamento de fase
Auxiliar 2 partida
médios instantâneos
UC3854 UC3879
Fusível
Supervisão
Fonte Tensão de
Auxiliar 1 Microcontrolada
entrada
Temperatura
Tensão de
saída( Vo)
USR
Corrente de
saída (Io)
Fig. 2-1 – Diag ram a em bl oc os da ar quitet ura da U nid ade Retific ado ra.
2.2.2 PROTEÇÕES
Além das proteções citadas acima, a UR ainda possui proteção contra falha de rede,
sobretensão na saída, elevação de temperatura no dissipador, sobrecorrente e curto-circuito na
saída.
2.2.3 Retificador
O circuito retificador tem a função de fazer a conversão CA-CC. Este é composto por
uma ponte retificadora a diodos.
O conversor elevador Boost tem a função de fornecer uma corrente de entrada senoidal
e em fase com a tensão da rede, garantindo um elevado fator de potência e baixa taxa de
distorção harmônica. Além de fornecer uma tensão de saída regulada e maior do que o pico da
tensão da rede, o que reduz as perdas no conversor utilizado no segundo estágio. Este conversor
opera no modo de condução contínua sendo controlado por valores médios instantâneos de
corrente. Utiliza-se o circuito integrado UC3854 para implementar o controle deste conversor.
0 Io [A]
0 Io nominal
Verifica-se através da Fig. 2-2 que a tensão de saída permanece constante enquanto a
corrente aumenta. Quando a corrente de saída atinge seu valor nominal esta é limitada, fazendo
com que a tensão de saída baixe com o aumento de carga.
Para fornecer o comando por deslocamento de fase é utilizado o circuito integrado
UC3879. Também é implementado o controle do compartilhamento da corrente de saída utilizando
o circuito integrado UC3907, possibilitando desta forma o paralelismo de UR com correntes
equalizadas.
2.2.6 Supervisão
2.3 CONCLUSÃO
Neste capítulo pode-se ter uma visão geral dos circuitos que compõem a Unidade
Retificadora.
O circuito pré-regulador Boost garante um elevado fator de potência com baixa taxa de
distorção harmônica da corrente e reduz os esforços de corrente no conversor CC-CC.
3 CAP ÍT UL O III
3.1 INTRODUÇÃO
As especificações dadas por normas [2, 3] levam à necessidade de um estágio de
entrada pré-regulador do fator de potência.
Dentre as topologias de circuitos de correção de fator de potência, a mais difundida na
literatura [7, 8, 9, 10, 11, 12] e que apresenta um excelente desempenho para aplicação como
estágio de entrada de Unidades Retificadoras para telecomunicações, atendendo os requisitos
exigidos por norma, é o conversor elevador (Boost) operando em condução contínua, com controle
por valores médios instantâneos de corrente. Sendo esta topologia escolhida como estágio de
entrada pré-regulador.
Neste capítulo será apresentada uma análise simplificada do conversor elevador (Boost)
operando em condução contínua, com controle por valores médios instantâneos de corrente, o
qual é usado como estágio pré-regulador de elevado fator de potência.
Serão apresentadas as principais características que levaram a escolha deste conversor
como estágio pré-regulador. Também será apresentada a análise básica do estágio de potência,
função de transferência do conversor e estratégia de controle; um estudo mais detalhado é
apresentado em [5, 6, 8, 9, 11, 12,13]. Com base em [11, 12] é feita uma análise para a escolha
do melhor controlador a ser usado nas malhas de controle.
Em busca do aumento do rendimento do conversor será utilizado um circuito de aux ílio à
comutação (snubber não-dissipativo) escolhido entre os circuitos apresentados na literatura [7, 14,
15].
Para o controle por valores médios instantâneos de corrente do pré-regulador Boost
encontra-se no mercado o circuitos integrado da Unitrode UC3854 [5, 6] dedicado a esta
aplicação. As principais características deste circuito serão apresentadas.
Por fim será apresentada a metodologia de projeto do estágio de potência e controle.
CA PÍT ULO III – ANÁ LISE DO ESTÁGIO DE ENTRA DA PRÉ-REGU LA DO R, ESTRA TÉGIA DE CO NTRO LE E METO DO LO GIA DE PRO JETO .
28
CA PÍT ULO III – ANÁ LISE DO ESTÁGIO DE ENTRA DA PRÉ-REGU LA DO R, ESTRA TÉGIA DE CO NTRO LE E METO DO LO GIA DE PRO JETO .
29
cíclica adequada do interruptor Sb para garantir um alto fator de potência e tensão de saída
regulada.
A Fig. 3-1 apresenta o diagrama em blocos que representa o controle por valores
médios instantâneos de corrente.
Db Vo
Vin
Sb
ILin
D
Filtro K PWM
P.B.
Ri(s)
ei(s) -
- + Vref
+
Iref
ev(s)
A Multiplicador
A.B B
2 C Rv(s)
X C
Fig. 3-1 - Dia gram a em bl oc os do c ontr ole p or valo res médi os ins tantân eos .
A corrente de referência será gerada através de um bloco multiplicador/divisor que terá
os seguintes parâmetros de entrada.
• Sinal de sincronismo (entrada A): Através de uma amostra da tensão de entrada define-se o
formato, a freqüência e a fase da corrente de referência;
• Sinal de erro do regulador de tensão (entrada B): O regulador de tensão proporcionará o
controle da tensão de saída do conversor através do aumento ou da diminuição do sinal de
erro, conforme a variação da carga. Assim, o sinal de erro ajustará a amplitude da corrente
de referência de acordo com a variação da carga;
• Malha de controle direto da tensão de entrada (entrada C): A tensão de entrada é retificada,
atenuada e filtrada, informando um valor de tensão CC proporcional ao valor eficaz da
tensão de entrada. Assim, conforme a variação da tensão de entrada, a corrente de
referência será ajustada.
Quando a potência exigida pela carga for aumentada e/ou a tensão de entrada cair, a
amplitude da corrente de referência aumenta, garantindo uma tensão de saída regulada.
A corrente de entrada é amostrada por um sensor (resistivo ou de efeito Hall). Este sinal
de tensão proporcional à corrente de entrada será regulado de acordo com a corrente de
referência através da malha de corrente.
O bloco PWM é composto por um compensador, um gerador de onda dente-de-serra e
um circuito de comando para o interruptor de potência (Sb). Portanto, a saída do bloco PWM será
o sinal de comando para o interruptor de potência (MOSFET ou IGBT).
CA PÍT ULO III – ANÁ LISE DO ESTÁGIO DE ENTRA DA PRÉ-REGU LA DO R, ESTRA TÉGIA DE CO NTRO LE E METO DO LO GIA DE PRO JETO .
30
Vin Cf Co Ro Vo
G Sb
Ret
Rsh -
~ -
A ponte retificadora de entrada (Ret) fornece uma tensão retificada para a entrada do
conversor Boost. O indutor Boost (Lb) caracteriza uma entrada em fonte de corrente que será
comutada em alta freqüência pelo interruptor Boost (S b), com uma modulação senoidal, de forma
que a corrente de entrada siga a forma de onda da tensão da rede. O capacitor de saída (Co ) tem
a função de filtrar a tensão de saída, fornecendo uma tensão CC ao barramento e o resistor Ro
representa a carga do sistema. O capacitor Cf tem a função de filtrar a ondulação de alta
freqüência da corrente de entrada. Este conversor apresenta a característica de elevador de
tensão, sendo que a tensão de saída CC é sempre maior que o pico da tensão de entrada
retificada.
Com o intuito de estabelecer parâmetros para o projeto do circuito de potência, será
apresentada nesta seção uma análise básica da variação da razão cíclica, da ondulação da
corrente de entrada, da energia entregue à carga e da ondulação da tensão de saída. Através
desta análise torna-se possível a determinação de uma metodologia de projeto do circuito de
potência.
simplificação, que a razão cíclica variará de forma contínua segundo a relação (3.1), onde β é
definido como a relação entre a tensão de saída e a tensão de pico de entrada β = Vo Vinp k .
1
D (ω t ) = 1− ⋅ sen (ω t ) (3.1)
β
A Fig. 3-3 apresenta de forma gráfica a variação da razão cíclica para um período de
rede. É apresentada a variação da razão cíclica para dois valores de β distintos, sendo
considerada uma tensão de saída de 400V CC para ambos os casos, uma tensão de entrada
eficaz de 89V para β1 e de 264V para β2 .
CA PÍT ULO III – ANÁ LISE DO ESTÁGIO DE ENTRA DA PRÉ-REGU LA DO R, ESTRA TÉGIA DE CO NTRO LE E METO DO LO GIA DE PRO JETO .
31
0.8
β1
D1min
0.6
D( ω t)
0.4
0.2 β2
D2min
0
0 π π 3π 2π
2 2
ωt
A razão cíclica máxima (Dmáx =1) ocorrerá na passagem por zero da tensão de entrada.
A razão cíclica mínima Dmin = 1 − 1 β ocorrerá no pico da senóide de entrada.
Lin 1
∆Iin = ∆Iin (ωt ) ⋅ = sen (ωt ) ⋅ 1 − ⋅ sen (ω t ) (3.2)
Vin pk ⋅ Ts β
Para β ≤ 2 , a ondulação da corrente normalizada de entrada ocorrerá em
ω t = sen ( β 2 )
−1
e terá seu valor definido pela expressão (3.3).
β
∆Iin max = (3.3)
4
Para qualquer β ≥ 2 a máxima ondulação da corrente normalizada de entrada se
encontrará em ωt =
π e terá seu valor definido pela expressão (3.4).
2
1
∆Iin max = 1 − (3.4)
β
A Fig. 3-4 apresenta a variação da ondulação da corrente normalizada de entrada ao
longo de meio ciclo da rede para diferentes valores de β . Percebe-se que a ondulação máxima
normalizada e o instante de tempo em que ela ocorre dependem da relação entre a tensão de
CA PÍT ULO III – ANÁ LISE DO ESTÁGIO DE ENTRA DA PRÉ-REGU LA DO R, ESTRA TÉGIA DE CO NTRO LE E METO DO LO GIA DE PRO JETO .
32
0.7
β=3,0
0.6
0.5
β=2,0
0.4 β=1,5
∆ iin
0.3
0.2 β=1,0
0.1
0
0 π π 3π π
4 2 4
ωt
Vin . Iin
pk pk
Pin ( ω t)
0
0 π π 3π 2π
2 2
ωt
1
⋅ ( 2 ⋅ ω ⋅Ro ⋅Co ⋅ sen ( 2 ⋅ ω ⋅ t ) + cos ( 2 ⋅ ω ⋅ t ) )
1 (3.6)
VoRP (t) = Ro ⋅ I in pk ⋅ −
2 ⋅ β 2 ⋅ β + 8 ⋅ β ⋅ Ro ⋅ C o ⋅ ω
2 2 2
A componente contínua da tensão de saída é expressa em (3.7).
CA PÍT ULO III – ANÁ LISE DO ESTÁGIO DE ENTRA DA PRÉ-REGU LA DO R, ESTRA TÉGIA DE CO NTRO LE E METO DO LO GIA DE PRO JETO .
33
Ro ⋅ Iinpk
Vomed = Vo = (3.7)
2⋅ β
A componente alternada da tensão de saída é apresentada em (3.8).
⋅ ( 2 ⋅ ω ⋅Ro ⋅Co ⋅ sen ( 2 ⋅ ω t ) + cos ( 2 ⋅ ω t ) )
1
VoCA ( t) = Ro ⋅ Iin pk ⋅ − (3.8)
2 ⋅ β + 8 ⋅ β ⋅ Ro ⋅ Co ⋅ ω
2 2 2
O módulo da componente alternada desta tensão é definido por (3.9).
Ro ⋅ Iin pk
VoCA = (3.9)
2 ⋅ β ⋅ 1 + 4 ⋅ ω ⋅Ro ⋅ C
2 2
o
2
Como 4 ⋅ ω 2 ⋅Ro ⋅Co >> 1 , a expressão (3.9) pode ser simplificada e obtém-se a
2 2
V o+ V o CA
Vo (t)
RP
Vo 2.Vo CA
V o - Vo CA
0 π π 3π 2π
2 2
ωt
CA PÍT ULO III – ANÁ LISE DO ESTÁGIO DE ENTRA DA PRÉ-REGU LA DO R, ESTRA TÉGIA DE CO NTRO LE E METO DO LO GIA DE PRO JETO .
34
Fig. 3-7 – Topol ogi a do c on ve rs or c om o s n ub b er não -dis s ipati vo p ar a entr ada em c ond uç ão.
CA PÍT ULO III – ANÁ LISE DO ESTÁGIO DE ENTRA DA PRÉ-REGU LA DO R, ESTRA TÉGIA DE CO NTRO LE E METO DO LO GIA DE PRO JETO .
35
origem, o que lhe confere um decréscimo no ganho de -20 dB/dec e uma fase igual a -90º. O
sistema é inerentemente estável, com uma freqüência de cruzamento de ganho dependente da
indutância de entrada e situada usualmente, nesse tipo de aplicação, na faixa de algumas
dezenas de quilohertz.
I Lin (s ) Vo ⋅ ( 2 + s ⋅ Ro ⋅ Co )
G (s ) = = (3.12)
D ( s ) Lin ⋅ R o ⋅ Co ⋅ s 2 + Lin ⋅ s + Ro⋅ (1− D )2
Verifica-se que esta função de transferência completa depende, além dos parâmetros do
conversor, do ponto de operação, ou seja, da sua razão cíclica D e da carga. Esta função
apresenta um zero e dois pólos complexos conjugados, todos no semi-plano esquerdo, definidos a
seguir:
2
fz = (3.13)
2 ⋅π ⋅ Ro ⋅ Co
1 1 4 ⋅ Ro ⋅ C o ⋅ (1 − D ) − Lin
2 2
f p1 =
⋅ − +j (3.14)
2 ⋅ π ⋅ Ro ⋅ C o 2 Lin
1 1 4 ⋅ Ro ⋅ C o ⋅ (1 − D ) − Lin
2 2
f p2 = ⋅− − j (3.15)
2 ⋅ π ⋅Ro ⋅Co 2 Lin
CA PÍT ULO III – ANÁ LISE DO ESTÁGIO DE ENTRA DA PRÉ-REGU LA DO R, ESTRA TÉGIA DE CO NTRO LE E METO DO LO GIA DE PRO JETO .
36
100
D=1,0
G (f) Gs (f)
dB dB
D=1,0 80 Gs (f)
D=0,9
Po = 600W D=0,8
V = 400V D=0,7 60
o D=0,6
Lin = 1mH D=0,5
C = 330 µ F D=0,4 40
o
Ro = 267Ω D=0,3
D=0,2
D=0,1 20
D=0,0
D=0,0
4
1 10 100 1.10 3 1.10
f [Hz]
Observa-se que para freqüências maiores que 1kHz, a função de transferência G(s) se
aproxima da função de transferência simplificada Gs (s) . Para efeito de simplificação, a função de
CA PÍT ULO III – ANÁ LISE DO ESTÁGIO DE ENTRA DA PRÉ-REGU LA DO R, ESTRA TÉGIA DE CO NTRO LE E METO DO LO GIA DE PRO JETO .
37
50
G v s(f)
D=0,1 D=0,1
D=0,3
Ro = 267 Ω D=0,9
D=0,6
Co = 330µ F
0
D=0,9 G v (f)
Rse = 200 mΩ
G v (f)
D=0,1
50
D=0,3
G v s(f)
D=0,6
D=0,9
100
1 . 10 1 .10 1 .10
3 4 5
0.01 0.1 1 10 100
f [Hz]
Fig. 3-9 - Dia gram a de Bo de d e mó dulo d as fu nç ões d e trans fer ênc ia Gvs ( s) e Gv (s) .
verifica-se a influência do zero causado pela resistência série do capacitor de saída. A função de
transferência completa Gv (s) será considerada para a escolha do compensador de tensão.
CA PÍT ULO III – ANÁ LISE DO ESTÁGIO DE ENTRA DA PRÉ-REGU LA DO R, ESTRA TÉGIA DE CO NTRO LE E METO DO LO GIA DE PRO JETO .
38
Lb Db Ls
~ +
+ +
Cs
Ds1 Ds2
Vin Cf Vin Co Ro Vo
G Sb
Ret
-
Rsh
ILin -
~ -
+V -
sh
Malha de corrente
Regulador Ve
I ref +
de corrente D
Comando
- Interruptor Sb
V
T
t
Ts
Compensador de Corrente
Apesar do sistema ser tipicamente estável, a freqüência de cruzamento de ganho da
função de transferência está localizada em alguns quilohertz. Esta freqüência de ganho deve ser
aumentada, a fim de conferir ao sistema uma boa resposta dinâmica.
A princípio, poder-s e-ia usar um controlador do tipo proporcional com um determinado
ganho que garantisse o aumento da freqüência de cruzamento sem a perda da estabilidade.
Porém, este tipo de controlador não garante erro estático nulo, causando problemas na
reprodutibilidade da senóide de referência de entrada, especialmente na passagem por zero da
mesma, onde as derivadas de corrente de entrada são maiores. Além de que um aumento
excessivo do ganho do compensador, para sanar tais deficiências, pode causar a instabilidade do
sistema.
O uso de um compensador proporcional-integral garantiria um ganho elevado em baixas
freqüências, estabilidade do sistema e um aumento na banda de resposta em freqüência,
proporcionando uma boa reprodutibilidade da senóide de referência na corrente de entrada. No
entanto, este compensador não realiza a filtragem da ondulação de corrente de alta freqüência do
indutor de entrada na saída do regulador. Sendo que, se o efeito de sf aparecer na saída do
compensador, poderá haver oscilações na corrente do indutor de entrada.
O compensador de corrente do tipo avanço-atraso de fase é o mais adequado a está
aplicação. Este compensador apresenta um desempenho bastante semelhante ao regulador
proporcional-integral, com uma margem de fase que garante os requisitos de estabilidade, um
CA PÍT ULO III – ANÁ LISE DO ESTÁGIO DE ENTRA DA PRÉ-REGU LA DO R, ESTRA TÉGIA DE CO NTRO LE E METO DO LO GIA DE PRO JETO .
39
ganho estático elevado proporcionando um erro estático pequeno, e uma banda passante que
confere uma boa resposta dinâmica. No entanto, ele apresenta ainda a atenuação da ondulação
de alta freqüência da corrente de entrada na saída do regulador, o que evita oscilações na
corrente do indutor.
(3.19).
Iin
Rsh
R6 R7
R8 C11
C12
A. B Iref 4
2 -
C
3 Comparador
PWM
5
+
1
s+
VC ( s) K s + ωz 1 R8 ⋅ C11
Ri (s ) = = i⋅ = ⋅ (3.19)
VRsh ( s ) s s + ωp R7 ⋅ C12 C11 + C12
s ⋅s +
R8 ⋅ C11 ⋅ C12
C11 + C12
ωp 2 = (3.23)
R8 ⋅ C11 ⋅ C12
CA PÍT ULO III – ANÁ LISE DO ESTÁGIO DE ENTRA DA PRÉ-REGU LA DO R, ESTRA TÉGIA DE CO NTRO LE E METO DO LO GIA DE PRO JETO .
40
o
|R i(s)|dB Ri (s) ωz
0,1. ω z 10 . ωz =ω p
0º
log(ω)
-20dB/dec
20.log(Ki)
-45º
-20dB/dec
-90º
ωz ωi ωp log(ω )
Fig. 3-1 2 - Di agr ama d e Bod e do c om pens ado r a vanç o-at ras o d e fas e.
Critérios que devem ser observados para alocação do zero e dos pólos do
compensador:
• Quanto maior o valor da freqüência do zero, o sistema tende a ficar mais rápido, com uma
banda passante maior, dando menor distorção à corrente de entrada;
• A freqüência de cruzamento de ganho deve ser menor que a metade da freqüência de
comutação, por segurança adota-se fc ≤ fs 4 ;
para garantir que o cruzamento do sistema compensado não se dê com uma inclinação de
-40dB/déc. e que não tenha, portanto, uma margem de fase próxima a zero graus;
• O zero deverá estar posicionado a pelo menos uma década abaixo da freqüência de
cruzamento ( f z = f c 10 ) , para que a fase do sistema na freqüência de ganho unitário seja
que a freqüência do zero (f p = 10 ⋅ f z ) , que por sua vez deve garantir uma freqüência de
cruzamento bem abaixo da freqüência de chaveamento;
• O ganho do integrador deverá ser ajustado para satisfazer o critério de freqüência de
cruzamento de ganho.
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41
A(dB)
-40dB/dec
-20dB/dec
Planta+regulador
-20dB/dec
regulador
Planta
-18dB
-20dB/dec
-20dB/dec
-40dB/dec
Compensador de tensão
O compensador de tensão mais adequado para regular a tensão de saída é o
compensador proporcional integral com filtro mostrado na Fig. 3-14, este compensador
proporciona erro estático nulo e baixa taxa de distorção harmônica da corrente de entrada [12]. Os
resistores R4 e R5 formam um divisor resistivo para amostra da tensão de saída.
Vo C15 R9
C14
R4
R10
-
R5 Vcv
+
Vref
Fig. 3-1 4 - C omp ens ad or d e tens ã o pr opo rc ion al integ ral c om filt ro.
A função de transferência deste compensador, considerando o divisor resistivo, é
apresentada em (3.24).
1
s +
( s + ωzv ) 1 R9 ⋅ C15
Rv ( s) = Kv ⋅ = ⋅ (3.24)
s ⋅ ( s + ωp v ) R 4 ⋅ R5 C14 + C15
+ R10 ⋅ C14 s ⋅ s +
R 4 + R5 R 9 ⋅ C14 ⋅ C15
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42
C14 + C15
ωpv 2 = (3.27)
R9 ⋅ C14 ⋅ C15
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43
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44
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45
13. SS – Partida progressiva (Soft-Start): Através de um capacitor ligado deste pino para o terra,
determina-se o tempo em que a tensão de referência, partindo de zero, atinge o seu valor
nominal; desta forma, a razão cíclica cresce progressivamente.
14. CT – Ajuste da freqüência de oscilação: Neste pino é ligado um capacitor que juntamente
com o resistor ligado ao pino 12 define a freqüência de comutação.
1,25
fs = (3.28)
RSET ⋅ CT
15. VCC – Tensão de alimentação: Alimentação do circuito integrado. Tensão contínua de 18V
a 30V.
16. GT DRV – Sinal de comando do interruptor: Este pino é uma saída totem pole para o gate
do MOSFET. Esta saída é internamente grampeada em 15V.
C9 V out
C6 D3 P1 C 10
D4
Snubber LCD
G Q2
R5
S _
NEG
RSH1
R7
R8 C 11 C14 R 10
R 11 R6
C 13
C 12 R9 C15
5 4 Controlador 3 7 Controlador 11
2 de corrente de tensão
R 12 C 16
U1 D6
9 D5
R 13
C 17
UC3854 16
R 20
G
6
R 15 R14 Q3 Sb
R 21
8
R 16 15 10 13 14 12 1
S
Vee
R18
C6 R 21 C 22
C 19 C 20 R 19
C18
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46
(311V de pico) e uma tensão de saída de 400V, calcula-se ∆I inmax = 0,32 . Rearranjando a
0,32 ⋅Vinnom pk
Lb = (3.29)
∆Iin ⋅ f s
Recomenda-se uma variação máxima de corrente de aproximadamente 20% da corrente
de pico do indutor.
ü Energia no indutor:
LI 2 = 1000 ⋅ Lb ⋅ ILbDCmax
2
(3.31)
ü Permeabilidade do ar: µ o = 4 ⋅ π ⋅ 10 − 7
H.
m
ü Cálculo do produto de áreas AeAw:
Lb ⋅ Iinmax pk ⋅ Iinnomef
AeAw = ⋅ 104 (3.32)
k w ⋅ Bmax ⋅ J max
Núcleo escolhido:
MAGNETICS – Núcleo: Kool-Mµ 196Z–77083-A7
• Indutância por espira: Al;
• Comprimento efetivo do núcleo: le;
• Área magnética do núcleo: Ae
• Área da janela do núcleo: Aw
• Produto de áreas: AeAw
• Número de espiras:
Lb ⋅106
N= (3.33)
Al
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47
ü Campo magnético:
ILbDCmax
H = 0,4 ⋅π ⋅N ⋅ (3.34)
le
ü Seção do condutor:
Iinmax ef
S Lb = (3.35)
J max
3 Vinmin pk ⋅ Iinmax pk
2
IS ef max = Iinmaxef − ⋅
2
(3.38)
8 Vo
Corrente de pico máxima no interruptor de potência:
IS pkmax = Iinmax pk (3.39)
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48
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49
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50
ü Permeabilidade do ar: µ o = 4 ⋅ π ⋅ 10 −7
H.
m
ü Cálculo do produto de áreas AeAw:
Ls ⋅ ILsmax pk ⋅ ILsmax ef
AeAw = ⋅104 (3.58)
kw ⋅ Bmax ⋅ J max
ü Número de espiras:
Ls ⋅ ILsmax pk
N= ⋅10 4 (3.59)
Bamx ⋅ Ae
ü Entreferro:
N 2 ⋅ µ o ⋅ Ae −2
lg = ⋅10 (3.60)
Ls
ü Seção do condutor:
ILsmax ef
S Ls = (3.61)
J max
ü Profundidade de penetração a 100ºC:
7,5
∆= (3.62)
fS
ü Número de condutores em paralelo:
S Ls
n paralelo = (3.63)
S fio
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51
( )
2
PRsh = R sh ⋅ I inef −max (3.65)
R7 = R6 (3.69)
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52
Adotando-se o valor de R12 e sabendo-se que Vref = 7,5V, calcula-se R11 através da
expressão (3.70).
R12 ⋅ Iproteção ⋅ Rsh
R11 = (3.70)
Vref
7 ⋅ 10 −6 ⋅ tpartida
C19 = (3.73)
Vref
g) Dimensionamento do resistor R8 e dos capacitores C11 e C12 (compensador de corrente):
O resistor R8 e os capacitores C11 e C12, juntamente com os resitores R6 e R7, formam o
compensador da malha de corrente de entrada. Conforme discutido na seção 3.7.1 o
compensador adotado é do tipo avanço atraso de fase, que estabelece dois pólos e um zero.
A Fig. 3-17 mostra o circuito de compensação de corrente.
Iin
Rsh
R6 R7
R8 C11
C12
Iref
A. B 4 -
2
C
3 Comparador
PWM
5
+
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53
1
Ki = (3.76)
1 j ⋅ fc + fz
Gi ( fc ) ⋅ ⋅
j ⋅ 2 ⋅ π ⋅ fc j ⋅ fc + fp
ü Dimensionamento do capacitor C12:
1
C12 = (3.77)
K i ⋅ R7
ü Dimensionamento do capacitor C11:
Das expressões (3.21) e (3.23) obtém-se a expressão (3.78) que define o valor do
capacitor C11.
fp
C11 = ⋅ C12 − C12 (3.78)
fz
ü Dimensionamento do resistor R8:
1
R8 = (3.79)
2 ⋅ π ⋅ fz ⋅C11
h) Dimensionamento dos resistores R4, R5, R9 e R10 e dos capacitores C14 e C15 (compensador
de tensão):
A fim de controlar a tensão de saída, é necessária a inclusão de um regulador de tensão.
Este regulador deve ser lento, de forma a não causar problemas de distorção na corrente de
entrada.
Conforme discutido na seção 3.7.2, o compensador de tensão mais adequado para
regular a tensão de saída é o compensador proporcional integral com filtro mostrado na Fig. 3-18.
CA PÍT ULO III – ANÁ LISE DO ESTÁGIO DE ENTRA DA PRÉ-REGU LA DO R, ESTRA TÉGIA DE CO NTRO LE E METO DO LO GIA DE PRO JETO .
54
Este compensador proporciona erro estático nulo e baixa taxa de distorção harmônica da corrente
de entrada.
Vo C15 R9
C14
R4
R10
11 -
7
Vcv
R5
+
Vref
Fig. 3-1 8 - C omp ens ad or d e tens ã o pr opo rc ion al integ ral c om filt ro.
Este compensador é projetado conforme os critérios de alocação de pólos e zero citados
na seção 3.7.2.
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55
1
2 j ⋅ π ⋅ 120 +
1 R9 ⋅ C15 R ⋅R
R10 = ⋅ − 4 5 (3.85)
Rv (120) ⋅ C14 C + C15 R4 + R5
2 j ⋅ π ⋅ 120 ⋅ 2 j ⋅ π ⋅ 120 + 14
R9 ⋅C1 ⋅C14
i) Dimensionamento dos resistores R15, R16, R17 e dos capacitores C21 e C22 (malha de tensão
feedforward):
Os componentes R15, R16, R17, C21 e C22 formam um filtro atenuador com dois pólos em
12Hz que informará ao circuito integrado um valor CC proporcional ao valor da tensão eficaz da
rede. Conforme folha de dados do fabricante do UC3854, a tensão no pino 8 (V ff ) deve ficar entre
o valor mínimo de 1,4V e máximo de 4,5V para operação normal do circuito multiplicador.
Portanto, os resistores R15, R16, R17 devem satisfazer tal condição para a faixa de variação da
tensão de entrada. Os valores dos resistores são fornecidos pelo fabricante para uma variação da
tensão de entrada de 85V RMS à 264V RMS.
ü R15 = 1MΩ;
ü R16 = 82kΩ;
ü R17 = 22kΩ.
Os limites de tensão no pino 8 do integrado podem ser verificados através das expressões (3. 86)
e (3.87).
0,9 ⋅ Vin min ⋅ R17
Vff min = (3.86)
R15 + R16 + R17
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56
Os pólos do filtro de segunda ordem devem ser posicionados uma década abaixo da
freqüência de 120Hz de entrada (fc =12Hz). Sendo assim, calcula-se os capacitores C21 e C22
conforme equações (3.88) e (3. 89).
1
C21 = (3.88)
2 ⋅ π ⋅ fc ⋅ R16
1
C22 = (3.89)
2 ⋅ π ⋅ fc ⋅ R17
j) Dimensionamento do circuito de driver do comando de gate do MOSFET (R20, R21, D5, D6 e
Q3).
Os componentes R20, R21, D5, D6 e Q3 formam o circuito de driver para comando do gate
do MOSFET.
O resistor R20 tem a função de limitar a corrente de gate do MOSFET na entrada em
condução enquanto que o diodo D6 faz com que o bloqueio do MOSFET seja mais rápido,
“baipassando” o resistor R20 e descarregando a capacitância interna do MOSFET através do
transistor Q3.
O transistor Q3 é do tipo PNP e é dimensionado para suportar o pico de corrente de
descarga da capacitância interna de gate do MOSFET durante o bloqueio do mesmo.
3.10 CONCLUSÃO
Neste capítulo foi realizado o estudo do conversor para o estágio de entrada.
Através de estudos realizados na literatura a respeito do conversor de entrada para
aplicações em fontes de telecomunicações, chegou-se a conclusão que o conversor que melhor
atende às especificações exigidas é o conversor Boost operando em condução contínua e
controlado por valores médios instantâneos de corrente.
Com o objetivo de aumentar o rendimento do conversor, optou-se pelo uso de um
Snubber não-dissipativo na entrada em condução do interruptor, este Snubber se destaca entre os
demais por ser um circuito simples e apresentar um bom desempenho com poucos componentes.
Foram analisados os circuitos de potência e de controle, sendo feito um estudo do
melhor controlador a ser usado nesta aplicação. Chegou-se a conclusão do uso dos seguintes
controladores para as malhas de controle:
• Controlador avanço-atraso de fase para a malha de corrente;
• Controlador proporcional integral com filtro para a malha de tensão.
Também neste capítulo foi apresentada a metodologia de projeto para o estágio pré-
regulador de entrada, sendo dimensionados todos os elementos que compõem o circuito de
potência e controle.
Ao final deste capítulo tem-se as informações necessárias para a realização do projeto
do estágio de entrada pré-regulador.
CA PÍT ULO III – ANÁ LISE DO ESTÁGIO DE ENTRA DA PRÉ-REGU LA DO R, ESTRA TÉGIA DE CO NTRO LE E METO DO LO GIA DE PRO JETO .
57
4 CAP ÍT UL O IV
4.1 INTRODUÇÃO
O estágio de saída CC-CC tem a função de adaptação da tensão de saída com
regulação da mesma, isolação e redução dos níveis de ondulação da tensão de saída.
Os conversores CC-CC aplicados a sistemas de telecomunicações, devem atender a
rígidas normas de compatibilidade eletromagnética e de segurança [2, 4]. Para atender estas
normas o conversor deve possuir técnicas de comutação suave que reduzem as perdas por
comutação e a taxa de variação da tensão sobre os interruptores durante o intervalo de
comutação (dv/dt). Desta forma, tem-se o aumento do rendimento e a redução das taxas de
interferência eletromagnética (EMI) [19].
O conversor que melhor se aplica como segundo estágio da UR é o conversor CC-CC
em ponte completa, com comutação suave sob tensão nula, modulação por largura de pulso,
controle do fluxo de potência por deslocamento de fase e saída em corrente (FB-ZVS-P W M-PS -
Full Bridge, Zero Voltage Switching, Pulse Width Modulated, Phase Shifted) [7].
A Fig. 4-1 apresenta o circuito de potência do conversor FB-ZVS-P W M-PS com
grampeamento da tensão sobre os diodos de saída.
Grampeamento
pelo primário
Snubber RC
Rs1 Cs1
G1 M1 Dg1 G2 M2 Dr1 Lo1 Lo2
Estágio de Entrada
Lr Rb TR1
CA-CC Co1 Co2 Carga
Ls1
Vin=400VDC Cb Lp
G3 M3 Dg2 G4 M4 Ls2
Dr2
Rs2 Cs2
Snubber RC
Neste capítulo será realizada uma breve análise dos conversores: Forward com
grampeamento ativo, modulação por largura de pulso e comutação sob tensão nula (Forward ZVS-
PWM) [10, 20], Meia Ponte com comando assimétrico, modulação por largura de pulso e
comutação sob tensão nula (HB-ZVS-P W M) [20, 23, 25] e Três Níveis com ponto neutro
grampeado, modulação por largura de pulso, comutação sob tensão nula e com saída em fonte de
corrente (TL-ZVS-PWM-NPC) [19, 20, 21, 22], com a finalidade de comparar as características
destes conversores com o conversor FB-ZVS-PWM-PS [7,20,24] e justificar a escolha deste como
estágio de saída da UR.
Também será realizado o estudo do conversor FB-ZVS-PWM-PS, apresentando suas
principais características, princípio de funcionamento, etapas de funcionamento, característica de
saída, função de transferência e metodologia de projeto do estágio de potência.
A Lr TR Dr1 Lo
Co Ro
S1 D1 C1 S2 D2 C2
C2
Ce1 TR Dr1 Lo
D2 + Lr
Dr2 Vin
- A B
Co Ro
+ S2
Vin B
-
S3 D3 C3 S4 D4 C4
Ce2 Dr2
S1 D 1 C1
Fig. 4-2 - Co n vers o r For wa rd ZVS-PW M. Fig. 4-3 - Co n vers o r FB-ZVS-PW M-PS.
S1 D1 C1
Dg1
Ce1
S2 D2 C2
Ce1 S1 D1 C1
TR Dr1 Lo
TR Dr1 Lo + Lr
Vin B A
+ Lr - Ro
Vin Co
- B A
Co Ro
S3 D3 C3
Ce2 S2 D2 C2 Dr2
Ce2 Dg2
Dr2
S4 D4 C4
A Lr TR Dr1 Lo
Co Ro
C2
Ce1
D2
Dr2
+ S2
Vin B
-
Ce2 S1 D1 C1
t
-Vin.D/(1-D)
I Lr
2.(Io/n)+∆ Im/2
2.(Io/n)- ∆ Im/2
VS1
Vin/(1-D)
t
IS1
2.(Io/n)+ ∆ Im/2
2.(Io/n)- ∆ Im/2
VS2
Vin/(1-D)
IS1
≅ ∆ Im/2
t
≅ -(2.(Io/n)+ ∆ Im/2)
Vg
S1 S2 S1 S2
t
to t1 t4 t5 t6 t9 t10
t3 t8
(1-D).Ts D.Ts
Fig. 4-7 - Pri nc ipais form as de on da d o c on ve rs or Fo r war d c om gr amp eam ento ati vo.
Característica de saída:
A relação de transformação do transformador é dada pela expressão (4. 1).
Vin
nforward = ⋅ ( 2 ⋅ D − ∆D ) (4.1)
Vo
n forward ⋅ Vo
q= = 2 D − ∆D (4.3)
Vin
D = 0,9
1.5
D = 0,7
q
1 D = 0,5
D = 0,3
0.5
D = 0,1
0
0 0.05 0.1 0.15 0.2
∆D
operação. Normalmente adota-se uma razão cíclica máxima de 0,5, o que estabelece uma tensão
máxima sobre os interruptores de 2 ⋅Vin . Considerando a tensão de barramento de 400V, tem-se
sobre os interruptores uma tensão máxima de 800V. Para este nível de tensão são utilizados
interruptores do tipo IGBT. Os interruptores IGBTs possuem uma freqüência de operação muito
menor que os interruptores MOSFETs, além de possuírem maiores perdas durante o bloqueio,
devido a corrente de cauda. Portanto, já se tem uma limitação quanto ao uso do conversor
Forward ZVS-PWM para aplicações em UR para telecomunicações, pois com a redução da
freqüência de operação aumenta-se volume e peso dos elementos armazenadores de energia.
A elevada tensão sobre os interruptores também contribui para o aumento dos níveis de
interferência eletromagnética.
Um outro fator que restringe o uso desta topologia em aplicações para telecomunicações
é o efeito do grampeamento na resposta dinâmica do conversor [10]. A indutância magnetizante,
em conjunto com o valor do capacitor de grampeamento, irá definir a freqüência com que o
transformador poderá ser desmagnetizado. Em conseqüência, a velocidade da malha de controle
a ser utilizada estará fortemente relacionada com este efeito.
A presença de corrente média circulando pelo indutor ressonante e pelo transformador
podem causar problemas de saturação.
O capacitor Ce2 deve suportar a tensão máxima sobre o interruptor.
Contudo, verifica-se que quando comparado com o conversor FB-ZVS-PWM-PS o
conversor Forward ZVS-P W M apresenta as seguintes desvantagens:
• Maior tensão sobre os interruptores;
• Maior nível de interferência eletromagnética;
Ce1 S1 D1 C1
TR Dr1 Lo
+ Lr
Vin B A
-
Co Ro
Ce2 S2 D2 C2
Dr2
ou menor grau a assimetria de corrente. Sendo que há uma relação Ce1/Ce2 que permite à fonte
fornecer correntes médias iguais durante as duas etapas de transferência de potência. Isto é
importante para diminuir a interferência eletromagnética e radioelétrica, bem como minimizar a
corrente eficaz que circula através dos capacitores da fonte.
VAB
Vin.(1-D)
t
-Vin.D
ILr
V S1, IS1
V S1
Vin
IS1
VS2 ,IS2
V S1
Vin
IS1
Vg
S2 S1 S2
t
to t1 t4 t5 t6 t9 t10
t2 t7
t3 t8
D.Ts (1-D).Ts
Característica de saída:
A relação de transformação do transformador é dada pela expressão (4. 4).
Vin
n HB = ⋅ [ 2 ⋅ D ⋅ (1 − D ) − ∆D ] (4.4)
Vo
Onde ∆D representa a perda de razão cíclica devido à derivada finita da corrente no
indutor Lr. A expressão (4. 5) define ∆D.
4 ⋅ Io ⋅Lr ⋅ fs
∆D = (4.5)
nHB ⋅ Vin
0,5
0,4
D = 0,5
D = 0,4
0,3
D = 0,3
q
D = 0,2
0,2
D = 0,1
0,1
0
0,05 0,1 0,15 0,2
0
∆D
S1 D1 C1
Dg1
Ce1
S2 D2 C2
TR Dr1 Lo
+ Lr
Vin B A
- Co Ro
S3 D3 C3
Dr2
Ce2 Dg2
S4 D4 C4
-(Vin/2)
ILr
(Io/n)
-(Io/n)
V S1, I S1 (Vin/2)
(Io/n)
IS1 VS1
(Vin/4)
V S2, I S2
(Vin/2)
(Io/n)
IS2
(Vin/4)
V S2
t
Vg
S1 S4
t
Vg
S2 S3
t
t0 t1 t2 t3 t4 t5 t6 t7 t8 t9 t10 t11 t12
D.Ts
Ts
Característica de saída:
A relação de transformação do transformador é dada pela expressão (4. 7).
Vin
nTL = ⋅ ( D − ∆D ) (4.7)
2 ⋅ Vo
Onde ∆D representa a perda de razão cíclica devido à derivada finita da corrente no
indutor Lr. A expressão (4. 8) define ∆D.
4 ⋅ Io ⋅Lr ⋅ fs
∆D = (4.8)
nTL ⋅ Vin / 2
0.8
D = 0,9
D = 0,7
0.6
q
D = 0,5
0.4
D = 0,3
0.2
D = 0,1
0
0 0.05 0.1 0.15 0.2
∆D
S1 D1 C1 S2 D2 C2
TR Dr1 Lo
+ Lr
Vin
- A B
Co Ro
S3 D3 C3 S4 D4 C4
Dr2
4-16. A fonte de corrente I o , que representa a carga, encontra-se curto-circuitada pelos diodos
S1 D1 C1 S2 D2 C2
TR Dr1
+ Lr
Vin
- A B +
Io
-
S3 D3 C3 S4 D4 C4
Dr2
S1 D1 C1 S2 D2 C2
TR Dr1
+ Lr
Vin
- A B +
Io
-
S3 D3 C3 S4 D4 C4
Dr2
S1 D1 C1 S2 D2 C2
TR Dr1
+ Lr
Vin B
- A +
Io
-
S3 D3 C3 S4 D4 C4
Dr2
Esta etapa tem início no instante t 3 , quando a corrente no indutor Lr atinge zero e
S1 D1 C1 S2 D2 C2
TR Dr1
+ Lr
Vin
- A B +
Io
-
S3 D3 C3 S4 D4 C4
Dr2
S1 D1 C1 S2 D2 C2
TR Dr1
+ Lr
Vin
- A B +
Io
-
S3 D3 C3 S4 D4 C4
Dr2
S1 D1 C1 S2 D2 C2
TR Dr1
+ Lr
Vin
- A B +
Io
-
S3 D3 C3 S4 D4 C4
Dr2
em curto-circuito e a corrente no indutor Lr circula por S 4 e D3 . A Fig. 4-22 apresenta esta etapa
de funcionamento.
S1 D1 C1 S2 D2 C2
TR Dr1
+ Lr
Vin A
- B +
Io
-
S3 D3 C3 S4 D4 C4
Dr2
S1 D1 C1 S2 D2 C2
TR Dr1
+ Lr
Vin A
- B +
Io
-
S3 D3 C3 S4 D4 C4
Dr2
S1 D1 C1 S2 D2 C2
TR Dr1
+ Lr
Vin A
- B +
Io
-
S3 D3 C3 S4 D4 C4
Dr2
circular pelos interruptores S 2 e S 3 . Esta corrente cresce linearmente até igualar-se à corrente de
saída I o . Esta etapa de funcionamento está representada na Fig. 4-25
S1 D1 C1 S2 D2 C2
TR Dr1
+ Lr
Vin A
- B +
Io
-
S3 D3 C3 S4 D4 C4
Dr2
Durante esta etapa ocorre a transferência de potência para a carga através dos
S1 D1 C1 S2 D2 C2
TR Dr1
+ Lr
Vin A B +
- Io
-
S3 D3 C3 S4 D4 C4
Dr2
S1 D1 C1 S2 D2 C2
TR Dr1
+ Lr
Vin B
- A +
Io
-
S3 D3 C3 S4 D4 C4
Dr2
VAB
(Vin)
-(Vin)
I Lr
(Io/n)
-(Io/n)
V S1, I S1 (Vin)
(Io/n)
I S1 V S1
t
V S2, I S2
(Vin)
(Io/n)
VS2 I S2
t
Vg
S1 S3
t
Vg
S4 S2
t
t0 t1t2 t3 t4 t5 t6 t7 t8 t9 t10 t11 t12
D.Ts
Ts
0.8
D = 0,9
D = 0,7
0.6
q
D = 0,5
0.4
D = 0,3
0.2
D = 0,1
0
0 0.05 0.1 0.15 0.2
∆D
A variação linear da corrente no indutor Lr provoca uma redução na razão cíclica efetiva
na carga, esta perda de razão cíclica é diretamente proporcional a corrente de carga. Isto
repercute na característica de saída constituída de retas decrescentes representadas na Fig. 4-29,
portanto a tensão de saída não é independente da corrente de carga.
Rs1 Cs1
G1 M1 Dg1 G2 M2 Dr1 Lo1 Lo2
Estágio de Entrada
Lr Rb TR1
CA-CC Co1 Co2 Carga
Ls1
Vin=400VDC Cb Lp
G3 M3 Dg2 M4
G4 Ls2
Dr2
Rs2 Cs2
Snubber RC
Fig. 4-3 0 - C on ve rs or FB- ZVS -PS c om gram pe ame nto no p rimá rio e s n ub b er RC.
4.4.1 ESPECIFICAÇÕES
As especificações deste projeto estão estruturadas na norma TELEBRÁS. Para projetar
o circuito de potência do conversor FB-ZVS-PWM-PS deve-se dispor das seguintes especificações
mínimas:
• Potência de saída: P0; • Tensão de entrada mínima: Vinmin ;
• Corrente de saída: Io ;
• Rendimento: η;
• Tensão de saída máxima: Vomax ; • Razão cíclica máxima: Dmax ;
Po
Io = (4.13)
Vo
b) Potência de entrada:
Po
Pin = (4.14)
η
Especificações:
• Rendimento: ηtrafo ;
Po
• Potência de entrada Pintrafo = trafo .
ηtrafo
a) Parâmetros de projeto:
• Fator de topologia: kt .
• Densidade de fluxo magnético nominal: B [T ] ;
Relação de transformação
Np
nFB = (4.18)
Ns
Ns
Ipef = Io ⋅ (4.19)
Np
b) Seção do condutor primário:
Ipef
Sp = (4.20)
Jmax
c) Efeito pelicular:
A profundidade de penetração para uma temperatura de 100ºC é dada pela expressão
(4.21).
7,5
∆= (4.21)
fs
Io
Isef = (4.24)
2
b) Seção do condutor secundário:
Ise f
Ss = (4.25)
Jmax
Para otimizar volume e reduzir os efeitos de proximidade e pelicular o condutor utilizado
no enrolamento secundário é do tipo fita de cobre:
Sendo assim, tem-se a área do condutor secundário é dada por:
Afio _ s = L ⋅ H (4.26)
c) Fator de ocupação:
N p ⋅ Acond _ p _ isol + 2 ⋅ Ns ⋅ Acond _ s _ isol
ku = (4.29)
Aw
Através do fator de ocupação verifica-se se o transformador projetado é factível de
construção.
∆D ⋅Vinmin
Lr = − Ld − trafo (4.30)
N
4 ⋅ fs ⋅ Io ⋅ s
N
p
Na expressão (4.30) Ld-trafo representa a indutância de dispersão do transformador.
a) Parâmetros de projeto:
• Indutância ressonante: Lr ;
H
• Permeabilidade do ar: µo = 4 ⋅ π ⋅ 10 −7 .
m
(I Lr pk )
= ILr ef , que é igual a corrente de pico e eficaz no primário do transformador
(I Lr p k )
= I Lref = Ip pk = Ip ef .
Lr ⋅ Ippk ⋅ Ipef
AeAw = ⋅ 104 (4.31)
kw ⋅ BLrmax ⋅ JLrmax
Lr ⋅ Ipe f
NLr = ⋅ 104 (4.32)
BLr ⋅ Ae
Dimensionamento do condutor:
Cálculo do Entreferro:
NLr ⋅ µo ⋅ Ae
2
lg = ⋅ 10 −2 (4.33)
Lr
Cálculos preliminares:
Dmin =
Np
⋅
(Vomin + Vf )
(4.34)
Ns 0,9 ⋅ Vinmax
Lo =
(Vo max + Vf ) ⋅ ( 1 − Dmin ) (4.38)
2 ⋅ fs ⋅ ∆ILomax
a) Parâmetros de projeto:
• Indutância de saída: Lo ;
A
• Densidade de corrente máxima: JLomax 2 ;
cm
H
• Permeabilidade do ar: µo = 4 ⋅ π ⋅ 10 −7 .
m
Lo ⋅ I Loef
NLo = ⋅ 10 4 (4.40)
BLo max ⋅ Ae
Dimensionamento do condutor:
a) Seção do condutor:
ILoef
SLo = (4.41)
JLo max
Cálculo do Entreferro:
a) Tensão máxima:
VSmax = Vinmax (4.44)
b) Corrente eficaz:
Io Dmax
ISef = ⋅ (4.45)
nFB 2
Logo as perdas por condução totais nos quatro interruptores é dada pela expressão
(4.47).
a) Parâmetros de cálculo:
• Temperatura ambiente: Tamb ;
∆ICo
Co = (4.49)
8 ⋅ fs ⋅ ∆V0
∆ Vo
RSE ≤ (4.50)
∆ICo
Logo:
Ns
⋅ Io
Np
Cb = (4.52)
2 ⋅ fs ⋅ ∆VCbmax
CAPACITOR DE BLOQUEIO
Vinmax
Rb = (4.54)
N
Defmax ⋅ Io ⋅ s
N
p
∆VCbmax
2
PRb = (4.55)
Rb
Corrente média:
Io
IDomed = (4.56)
2
Tensão máxima:
Ns
VDomax = 2 ⋅ ⋅ Vinmax (4.57)
Np
Tj − Tamb
RthdaDo = − ( RthjcDo + Rthcd Do ) (4.59)
PDocondução
Ldtrafo
Lds = 2
(4.60)
Np
Ns
1
frSnubber = (4.62)
4 ⋅ π ⋅ CDo jun ⋅ Ld s
Resistência Snubber:
Ns Lds
RSnubber = ⋅ (4.63)
Np CDo jun
Capacitor Snubber:
4.5 CONCLUSÃO
Neste capítulo foi analisado o conversor utilizado no estágio CC-CC de saída da UR.
Dentre as características que devem possuir o conversor CC-CC de saída destacam-se:
• Elevado rendimento;
• Baixo nível de interferência eletromagnética;
• Baixo peso e volume;
Para atender os requisitos acima citados o conversor CC-CC deve possuir comutação
suave de forma a permitir a operação com elevada freqüência e proporcionar baixo peso e volume
com elevado rendimento. A tensão sobre os interruptores não deve ser muito elevada, de forma a
reduzir os níveis de interferência eletromagnética e possibilitar o uso de interruptores do tipo
MOSFETs, que permitem a operação em elevada freqüência.
Da análise comparativa dos conversores Forward com grampeamento ativo, Meia Ponte
com comando assimétrico e Três Níveis com o conversor Ponte Completa, tem-se as seguintes
observações:
• O conversor Forward apresenta uma tensão sobre os interruptores muito elevada o que
inviabiliza o uso de MOSFETs e limita a freqüência de comutação, além de apresentar uma
resposta dinâmica lenta.
• O conversor Meia Ponte, devido ao comando assimétrico possui problemas de desequilíbrio
de corrente e tensão nos capacitores de entrada o que provoca maior nível de interferência
eletromagnética e maiores esforços nos elementos do circuito. Apesar deste conversor
apresentar apenas dois interruptores comandados, seu rendimento é menor que o conversor
em Ponte Completa. Isto se deve ao valor da corrente no circuito primário ser o dobro da
corrente do conversor Ponte Completa.
• O conversor Três Níveis é o que apresenta menores níveis de interferência eletromagnética
devido à tensão sobre os interruptores ser a metade da tensão de barramento CC. Entretanto,
possui um rendimento menor que o conversor Ponte Completa. Pois, assim como o conversor
Meia Ponte, a corrente no circuito primário deste conversor é o dobro da corrente do conversor
Ponte Completa. Apesar de poder ser usado interruptor de menor tensão, o que implica em
menor resistência de condução, a tecnologia de interruptores para níveis de tensão de 500V a
600V tem evoluído de forma a torná-los competitivos, em termos de resistência de condução,
com os interruptores de 250V a 350V.
Entre os conversores Forward com grampeamento ativo, Meia Ponte com comando
assimétrico, Três Níveis e Ponte Completa com saída em fonte de corrente, o conversor Ponte
Completa foi o que apresentou as melhores características para ser utilizado como conversor CC-
CC de saída da UR.
Da análise do conversor Ponte Completa tem-se as seguintes considerações:
• A variação linear da corrente no indutor ressonante Lr provoca uma redução na razão cíclica
efetiva na carga, esta perda de razão cíclica é diretamente proporcional a corrente de carga,
além de que a comutação dos interruptores do braço crítico é realizada utilizando a energia
armazenada no indutor ressonante, obtendo-se comutação sob tensão nula para uma corrente
acima de um valor crítico. Para se obter comutação suave em uma ampla faixa de corrente de
carga, é necessário empregar grandes valores de indutância Lr. Entretanto, grandes valores
de indutância reduzem a ração cíclica efetiva e aumentam a circulação de corrente reativa no
circuito, aumentando as perdas por condução. Isto repercute em uma característica de saída
constituída de retas decrescentes, fazendo com que a tensão de saída não seja independente
da corrente de carga.
• O tempo morto deve ser suficientemente grande para realizar a carga e descarga dos
capacitores em paralelo com os interruptores e garantir um intervalo de condução do diodo em
antiparalelo com o interruptor. O interruptor deverá ser comandado a conduzir durante o
intervalo em que o diodo em antiparalelo com este encontra-se em condução, garantindo a
comutação ZVS.
5 CAP ÍT UL O V
5.1 INTRODUÇÃO
O controle da potência entregue à carga é realizado pelo deslocamento de fase do
comando dos interruptores do conversor FB-ZVS, sendo que o comando dos interruptores é
gerado pelo circuito integrado UC3879 da Unitrode [28,29]. Este CI já contém todas as funções
necessárias a este tipo de comando.
Para permitir o paralelismo de URs em um barramento de modo a formar um sistema
retificador (SR), é necessário o controle do compartilhamento da corrente que cada UR fornece à
carga, de forma a haver uma equalização da corrente. O circuito integrado que proporciona este
tipo de controle é o UC3907 da Unitrode [31,32].
Neste capítulo será apresentada uma breve análise comparativa entre o circuito
integrado UC3875 [26,27] e UC3879 de forma a justificar o uso do CI UC3879 na geração dos
comandos do conversor FB-ZVS. Também serão apresentadas as principais características dos
CIs UC3879 e UC3907.
Uma análise da estratégia de controle será realizada, sendo dimensionadas as malhas
de tensão e corrente que controlam a tensão e corrente de saída do conversor. O controle da
tensão e corrente de saída deve atender às especificações de regulação estática e dinâmica
discutidas no capítulo I. A malha de tensão ainda tem por função garantir os níveis de ondulação e
ruído psofométrico exigidos por norma. A malha de corrente, além de regular a corrente de saída,
ainda tem a função de proteger contra curto-circuito na saída.
Para finalizar o capítulo será apresentada a metodologia de projeto do circuito de
comando e controle.
a estes estarem integrados no mesmo encapsulamento (circuito integrado), ainda existem muitos
problemas de ruído, principalmente devido a corrente exigida para o comando dos interruptores.
Isto provoca o aquecimento excessivo do CI, atingindo temperaturas de até 85ºC, o que gera
instabilidade nos circuitos de sinal, principalmente a instabilidade do sinal de rampa usado para
gerar os pulsos de comando. O próprio fabricante deste CI admite que ele apresenta sérios
problemas de ruído devido ao driver de potência interno para comando dos interruptores [30]. Uma
solução para este problema seria então o uso de drivers externos. Sendo assim a Unitrode
desenvolveu o circuito integrado UC3879 que dentre suas principais vantagens com relação ao
UC3875, está que este não possui um driver interno de alta corrente para comando dos
interruptores, resolvendo o problema de elevação de temperatura no CI e reduzindo assim os
níveis de ruído, tornando o circuito mais estável. O UC3879 ainda apresenta a vantagem de
necessitar menos componentes externos para definição de tempo morto e sinais de referência. A
referência de tensão é pré-definida internamente em 2,5V e o pico da rampa de comparação
também é pré-definida em 2,9V (valor típico); o tempo morto de cada braço é independente sendo
necessário para cada tempo morto apenas um resistor enquanto que no UC3875 seria necessário
além do resistor, também um capacitor, além de que o UC3879 possui uma maior faixa de ajuste
do tempo morto. Todos estes fatores tornam o circuito mais estável e menos susceptível a ruído,
sendo que a própria reestruturação do circuito foi planejada para este fim. Como desvantagem
deste CI pode-se citar a necessidade de utilização de um driver externo para comando dos
interruptores de potência.
9 ⋅ 10− 6
Css = tss ⋅ (5.2)
4,8
Saídas CD: Esta é uma saída Totem Pole de 100mA para comando
7 OUT D do circuito de driver dos interruptores de um dos braços (braço CD)
8 OUT C do conversor ponte completa. As saídas operam em pares com uma
razão cíclica nominal de 50%.
Tensão de alimentação do driver de saída: Este pino fornece energia
para o driver de saída e seus circuitos associados. A diferença entre
9 VC a tensão de saída de nível alto do driver e a tensão VC é de 2,1V.
Deve-se conectar um capacitor com baixa RSE e LSE (resistência e
indutância série equivalente) deste pino diretamente para o PWR
GND.
U3 Driver de comando
UC3879 Transformador
R48 R49 C51
Vcc D16
Tensão de controle
1 20 de pulso
2 19
3 18 TR3
Sinal de bloqueio Vcc Q8 Q9
4 17
5 16 D18 D19 G5
6 15
7 14 R50
Vcc
8 13 S5 Comando para
R47 C49 9 12 D17
10 11 os interruptores
C54 Vcc
D20 D21
G7
do braço direito
Q10 Q11 R28
C52 C53
Vcc S7
D14
R51
D15
S4 Comando para
os interruptores
R26
D24 D25 G6 do braço esquerdo
Q14
Q15
S6
Fig. 5-2 – Circuito de geração dos pulsos de comando (phase shift) utilizando o UC3879.
-
- - -
Rsh Rsh Rsh
+ + +
Módulo Retificador Módulo Retificador Módulo Retificador
Sensoriamento negativo
Fig. 5-4 Con ex ões b ás ic as em um s is tema de mód ulos reti fic ad ores c om c omp artilh ame nto de
c orre nte.
A técnica utilizada é ilustrada pela Fig. 5-5. O sinal do barramento de compartilhamento
de corrente é levado a todos os módulos retificadores e é comparado com o sinal da corrente
fornecida por cada módulo através de um amplificador de ajuste. Dessa comparação se faz o
ajuste necessário na referência da malha de controle de tensão até que se tenha uma diferença
mínima entre os sinais comparados.
O diodo faz com que apenas um dos retificadores (aquele que estiver fornecendo maior
corrente) tenha influência sobre o sinal do barramento de compartilhamento. Isso elimina alguns
problemas. Por exemplo, quando um módulo está com capacidade reduzida, não influenciará no
sinal do barramento. A desvantagem com o uso desse diodo é que se gera uma pequena
diferença entre a corrente do retificador mestre (de maior corrente) e os outros. Para diminuir esse
efeito o CI UC3907 substitui o diodo por um buffer unidirecional.
Realimentação
de tensão -
Amplificador Estágio de
potência Carga
de tensão
+
Amplificador Barramento de
de corrente compartilhamento
de corrente
+ + -
Amplificador
V ref Σ
de ajuste
+
Fig. 5-5 - Téc nic a de c o ntrole do c omp artilh ame nto de c o rre nte.
V o( s) C 0 ⋅ Rse ⋅s + 1 (5.7)
GVD ( s ) = = n ⋅ Vin ⋅
D( s) Rse 2 Lo Rse R
Lo ⋅ Co ⋅ + 1 ⋅ s + + C o ⋅ Rd ⋅ + 1 + Co ⋅ Rse + d + 1
R
o R
o R
o Ro
I o( s) n ⋅ Vi n C 0 ⋅ Rse ⋅ s + 1 (5.8)
GID (s ) = = ⋅
D (s ) Ro Rse L Rse R
Lo ⋅ Co ⋅ + 1 ⋅ s2 + o + Co ⋅Rd ⋅ + 1 +Co ⋅ Rse ⋅ s + d + 1
Ro Ro Ro Ro
Vd
Vc
Voffset
t
D
Através das expressões (5.7) e (5.9) obtém-s e a função e transferência GVVc ( s ) que
relaciona a variação da tensão de saída pela variação da tensão de controle, dada pela expressão
(5.10). Esta função de transferência é necessária para o projeto da malha de tensão.
Vo ( s) n ⋅ Vi n C 0 ⋅ Rse ⋅ s + 1 (5.10)
GVVc ( s) = = ⋅
Vc ( s) Vd Rse 2 Lo Rse R
Lo ⋅ Co ⋅ + 1 ⋅ s + + Co ⋅Rd ⋅ + 1 +Co ⋅ Rse ⋅ s + d + 1
R
o R
o oR Ro
Onde:
• Kv −s → representa o ganho estático do conversor dado pela expressão (5.12):
n ⋅ Vin
Kv −s = (5.12)
R
Vd ⋅ 1 + d
Ro
1 ( Rd + Ro )
ωn = ⋅ (5.13)
Co ⋅ Lo ( Rse + Ro )
Rse
1+
1 Rse Lo 1 Rd Co Ro
ξ = + ⋅ ⋅ + ⋅ ⋅ (5.14)
2 ⋅ Ro 2 Co Rd Rse 2 L o Rd
1+ ⋅ 1+ 1 +
Ro Ro Ro
Para facilitar o projeto do controlador, a função de transferência apresentada na
expressão (5.10) pode ser escrita na forma fatorada, conforme apresentada pela expressão (5.15).
( s + ωzconv )
GVVc (s ) = K v −conv ⋅ (5.15)
( s + ω p1c o n v ) ⋅ ( s + ω p 2 conv )
Verifica-se que a função de transferência do conversor possui um zero e dois pólos. Na
expressão (5.15) tem-se que:
• Kv − conv → representa o ganho do conversor dado pela expressão (5.16):
n ⋅ Vin Rse
Kv −conv = ⋅ (5.16)
Vd Rse
Lo ⋅ + 1
Ro
1
ω zconv = (5.17)
Rse ⋅ C o
(5.18) e (5.19):
2
L Rse L Rse Rse R d (5.18)
− o + Co ⋅ Rd ⋅ + 1 +Co ⋅ Rse + o + Co ⋅ Rd ⋅ + 1 + Co ⋅ Rse − 4 ⋅Lo ⋅Co ⋅ + 1 ⋅ + 1
Ro Ro Ro Ro Ro Ro
ω p 1c o n v =
Rse
2 ⋅ Lo ⋅Co ⋅ + 1
Ro
2
L Rse L Rse Rse R (5.19)
− o + Co ⋅ Rd ⋅ + 1 +Co ⋅ Rse − o + Co ⋅ Rd ⋅ + 1 + Co ⋅ Rse − 4 ⋅L o ⋅Co ⋅ + 1 ⋅ d + 1
Ro Ro Ro Ro Ro Ro
ω p 1c o n v =
Rse
2 ⋅ Lo ⋅Co ⋅ + 1
Ro
é apresentado na Fig. 5-7 . Os parâmetros utilizados para plotar o diagrama de bode são
apresentados na Tabela 5-3, estes parâmetros foram escolhidos com base no projeto que será
apresentado no capítulo IX.
Tabela 5-3 – Parâmetros do conversor FB-ZVS-PWM-PS.
Vin = 400V Ro = 6Ω
Vo = 60V Co = 910µF
Vd = 4,2V Rse = 0,113Ω
fs = 140kHz Lo = 50µH
n= 0,214 Lr = 50µH
30
0
f p1 =153,4Hz
20
-20dB/dec
-45º/dec
f z =1,54kHz
f p2 =4,32kHz G (s)
VVC
G VV (s) 0 -50
C dB
-20dB/dec
-20
-30 -100
1 .10 1 . 10 1 . 10 1 .10
3 4 5 6
1 .10 1 . 10 1 . 10 1 . 10
3 4 5 6 1 10 100
1 10 100
f [Hz] f [Hz]
Fig. 5-7 – Diag ram a de Bo de d e mód ulo e fas e d a funç ã o de tra ns fer ênc ia GVVc ( s ) do c on ve rs or
FB-ZVS-PW M-PS.
40
G VV (s)
c dB Lr=0H
Lr=0H 20
Lr=1 µH
Lr=5µ H
Lr=20µ H
Lr=120µ H
Lr=50µ H 0
Lr=80µ H
Lr=120µ H
-20
Fig. 5-8 – Com po rtame nto da funç ão d e trans fer ênc ia GVVc ( s ) c om a vari aç ão d e Lr.
relaciona a variação da corrente de saída pela variação da tensão de controle, dada pela
expressão (5.20). Esta função de transferência é necessária para o projeto da malha de corrente.
A função de transferência GIVc ( s ) também pode ser expressa pela sua forma padrão ou
( s + ω zconv )
GIVc ( s) = Ki −conv ⋅ (5.22)
(s + ω p1conv ) ⋅ (s + ω p 2 conv )
Sendo que:
• K i − s → representa o ganho estático do conversor dado pela expressão (5.23):
n ⋅ Vin
K i −s = (5.23)
Vd ⋅ ( Ro + Rd )
n ⋅ Vin ⋅ Rse
K i −conv = (5.24)
Vd ⋅ Lo ⋅ ( Rse + R o )
Malha de tensão
Sinal de controle
Realimentação
de tensão - Modulador Estágio de
PWM - PS potência Carga
Vref +
Realimentação
de corrente -
I ref +
Malha de corrente
Fig. 5-9 – Es traté gia d e c ontrol e no m odo te ns ão c om mal ha d e c orr ente e m pa ralel o.
• Regulação estática da tensão de saída desde a vazio até plena carga, com variação máxima
de ±1% da tensão de saída para uma variação de carga de 5% a 100% da corrente nominal e
variação máxima de 2% da tensão de saída para funcionamento com corrente de saída menor
que 5% da corrente nominal;
• Resposta dinâmica menor ou igual a 25ms com desvio máximo de ±8% da tensão de saída,
para um transitório de carga de 50% da corrente nominal;
• Ainda deve garantir simultaneamente níveis de ruído psofométrico abaixo de 1mV
psofométrico, ondulação da tensão de saída menor que 50mV RMS e 200mV pino a pico.
O diagrama em blocos da malha de tensão é apresentado na Fig. 5-10.
Amostra da tensão
Va de saída
β v = Va
Vo
A tensão de saída (-Vo) passa por um circuito de amostra de tensão de saída βV(s) que
fornece a tensão amostrada (V a) para ser comparada com a tensão de referência (V ref ). Desta
comparação tem-se um sinal de erro (V e) que será compensado pelo controlador de tensão Cv (s),
fornecendo a tensão Vs que passa por um filtro passa baixa Fpb(s) para reduzir o ruído.
No diagrama de bloco acima tem-se as seguintes identificações:
• -Vo → tensão de saída do conversor;
• Va → tensão amostrada;
• Vrefv → tensão de referência;
• Ve → tensão de erro;
• Vs → tensão de saída do compensador de tensão;
• Vc → tensão de controle;
• GVVc ( s ) → função de transferência que representa o conversor FB-ZVS-P W M-PS;
V0+
Vx R33
U5A
3 + 8
1
P2 C35 2 -
Va
R34 4
C37a
C66a
Vy
R31
-Vcc
R37
V0-
Ref-V R29
C37
Vx Vcc 2
I1 = = (5.26)
R30 R30
Vrefv
P2 = (5.27)
I1
Vy − V0 Vo − I 1 ⋅ (R 30 + P2 )
R 31 = = (5.28)
I1 I1
Para um ganho unitário tem-se: R33 = R34 = R36 = R37, desta forma basta adotar o valor
deste resistor de forma que seja aproximadamente 10 vezes maior que o resistor R30. Deve-se ter
em mente que não se deve adotar valores de resistências muito altas para este circuito, de forma
a minimizar problemas de ruído. Recomenda-se resistores entre 10kΩ e 100kΩ.
Os capacitores C35, C36 e C37 são usados apenas para filtrar ruídos de alta freqüência,
sendo que esses capacitores devem possuir valores na faixa de pico Farad (100pF) de forma a
não influenciar na malha de controle. Para reduzir o ruído proveniente da alimentação do CI
(amplificador operacional) devem ser usados capacitores de desacoplamento C66 e C66a
conectados bem próximos aos terminais de alimentação deste CI.
A tensão Ref-V é a tensão de ajuste da tensão de saída via sinal PWM. Esta tensão,
ponderada pelo ganho dado pela razão dos resistores R37 e R29, é subtraída da tensão Vxy de
forma a reduzir a tensão Va. A malha de tensão corrige a tensão de saída de forma a manter a
tensão Va igual a Vrefv. Desta forma, tem-se o ajuste da tensão de saída através do valor da tensão
Ref-V. Este ajuste é utilizado para colocar a fonte em estado de carga ou flutuação e para
compensação da tensão de saída pela temperatura nas baterias.
O resistor R29 é calculado através da expressão (5.30).
R37 ⋅ VRe f −v max ⋅ Vo min
R29 = (5.30)
Vrefv ⋅ (Vo max − Vo min )
Onde:
• VRef -vmax → máxima tensão de referência enviada pelo sinal PWM;
• Vrefv → valor da tensão de referência;
• Vomin → valor mínimo de ajuste da tensão de saída;
Com a alteração da tensão VRef -v a malha de tensão irá atuar ajustando a tensão de
saída do conversor Vo de forma a manter a tensão Vs igual a tensão Vrefv . Da expressão (5.31)
tem-se que a tensão de saída é dada por (5.32) :
R R ⋅ ( R30 + P2 + R31 )
Vo = Vrefv + 37 ⋅ VRe f − v ⋅ 34 (5.32)
R29 R37 ⋅ P2
analisada na seção 5.5.4. A análise realizada em 5.5.4 mostra que a função GVVc ( s ) é estável,
sendo possível obter o controle da tensão de saída com o uso de um simples compensador
proporcional. Entretanto, para atender todas a exigência de regulação estática, regulação
dinâmica e ondulação da tensão de saída, estabelecidas por norma, torna-se necessária a
implementação de um controlador mais eficiente.
Conforme estudo realizado em [33] o controlador proporcional integral derivativo (PID) é
o que apresenta melhor desempenho para ser utilizado na malha de controle da tensão de saída
do conversor FB-ZVS-P W M-PS. Este controlador proporciona um tempo de resposta pequeno
(resposta dinâmica), baixas oscilações na saída e erro estático nulo.
O circuito do compensador de tensão foi implementado usando o amplificador de tensão
interno do circuito integrado UC3907, usado para realizar o compartilhamento da tensão de saída.
A Fig. 5-12 apresenta o circuito do compensador de tensão PID com identificação do
circuito interno do UC3907 usado na implementação do compensador.
R44 C42
C38
Va R38 R39 11
-
12 Vpid
1,75V C44
Vref + Amplificador driver
1,75V 1,0V
+ +VCC
Amplificador de tensão + 9
20kΩ
-
50kΩ 8
Circuito interno do UC3907 Vs
C40 R42
O laço de compensação é formado pelos resistores R38, R39 e R44, e pelos capacitores
C38 e C42 , ligados no pino 11 e 12 do UC3907. A tensão de referência é dada por uma referência
interna de 1,75V do UC3907. A tensão de saída do compensador passa pelo amplificador driver
do UC3907, este amplificador funciona como um buffer inversor com um ganho de tensão fixo de
2,5 e é configurado com uma corrente ajustada através de um resistor ligado do pino 8 ao terra. A
faixa do sinal de tensão de saída deve ser limitada entre 0,25V a 4,1V.
A função de transferência do compensador de tensão PID é apresentada na expressão
(5.34) em sua forma fatorada. Na expressão (5.35) tem-se a representação desta em função dos
parâmetros do circuito apresentado na Fig. 5-12.
Vpid ( s + ωz1c v ) ⋅ ( s + ω z2 cv )
C v (s ) = = K cv ⋅ (5.34)
Va s ⋅ ( s + ω p 2cv )
1 1
s + ⋅s +
Vpid R44 R39 ⋅ C38 R44 ⋅ C42
Cv (s ) = = ⋅ (5.35)
Va R38 R38 + R39
s ⋅ s +
R38 ⋅ R39 ⋅ C38
Verifica-se que a função de transferência do compensador PID possui dois pólos e dois
zeros. Estes podem ser expressos em função dos parâmetros do circuito do compensador PID
conforme apresentado em (5.37), (5.38). e (5.39).
• Pólos:
ω p1c v = 0 (5.36)
R38 + R39
ω p 2 cv = (5.37)
R38 ⋅ R39 ⋅C 38
• Zeros:
1
ω z1c v = (5.38)
R39 ⋅ C38
1
ω z 2cv = (5.39)
R44 ⋅ C42
• Ganho:
R44
Kcv = (5.40)
R38
ω p 1c v = ω zconv (5.41)
ω z1c v = ω pconv
1 (5.42)
-20
dBmV -40
-60
-80
-100
1 10 100 1k 10k 100k
f [Hz]
mais imune a interferências (ruído). Em (5. 44) tem-se o valor da freqüência de cruzamento, sendo
fpsof -crit a freqüência crítica do ruído psofométrico.
fc = 10 ⋅ fpsof −crit = 10 kHz (5.44)
Com o valor de R44 calculado a partir da expressão (5.46), calcula-se R38 através da
expressão (5.47).
R44
R38 = (5.47)
K cv
ω
R39 = R38 ⋅ zconv − 1 (5.48)
ω
pconv
1
Finalmente, calcula-se o valor do capacitor C38 através da expressão (5. 49) .
1
C 38 = (5.49)
R39 ⋅ ω p 1c o n v
C48
R46
Vs R45
3
-
2
Vc
Vref + C47
2,5V
Vc
-
PWM
Circuito interno
do UC3879
C38
Filtro passa baixa
Va R38 R39 11
-
F pb(s)
12
Vref 1,75V C44 C48
+ Amplificador driver
1,75V 1,0V
+ +VCC
+ 9 R46
Amplificador de tensão
20kΩ
-
50kΩ
Vs R45
Convesor
8 3
-
Circuito interno do UC3907
2
Vc FB-ZVS-PWM-PS -Vo
C40 R42
Vref
2,5V
+ C48
GVVc(S)
Circuito interno
Compensador PID Cv(s) do UC3879
+Vcc
C66
R33
U5A
Vx
Va 1
8
+
3
P2
2 C35
-
4 R34
C37a
Vy
C66a
R31
-Vcc
-V0
R37
R29
Ref-V
C37
O capacitor C47 deve ser conectado bem próximo ao pino 2 (sinal de controle) do
UC3879 para filtrar ruídos. Este capacitor deve possuir uma capacitância baixa, de apenas alguns
pico Farads. Dependendo do layout do circuito não é necessário o uso deste capacitor.
Diagrama de bode:
A Fig. 5-16 apresenta o diagrama de Bode de módulo da função de transferência do
conversor GVVc (f ) , do controlador Cv (f ) , de todo o laço de controle H v (f ) = 2,5 ⋅ βv ⋅ Cv (f ) ⋅ Fp b (f )
40
G vvc (f)
dB 20
Cv(f)
dB
C v (f) Hv (f)
dB dB
0 fc
Hv (f)
dB FTLA(f)
dB
-20
FTLA (f) Gvvc (f)
dB dB
-40
1 .10 1 .10 1 .10 1 .10
3 4 5 6
1 10 100
f(Hz)
Fig. 5-1 6 – Dia gr ama d e Bod e de mó dul o do c on ve rs o r, do c ontr olad or e d o s is tema em laç o
abe rto.
GVVc (f)
CV (f)
GVVc(f)
45
C V (f)
FTLA
FTLA (f) 90
135
1 .10 1 .10 1 .10 1 .10
3 4 5 6
1 10 100
f [Hz]
Fig. 5-1 7 - Di agr ama d e Bod e de fas e d o c on vers or, do c ont rola do r e do s is tema em laç o abe rto.
Amostra da corrente
Vai de saída
βi = Vai
Io
Compensador de corrente PI
C i (s)
C61 R58
R56
Conversor
U4C
9
- Vcorr D26
Vc FB-ZVS-PWM-PS Io
8
Ve OUT
G IVc (s)= Io
R57
10
+
C63 Vc
Vref-I
R55
Io
R53
6
Vai - -Vsh
7
OUT C58 Rsh
+ 5 +Vsh
U4B
Io
R52
R54
R55
Io
R53
6
Vai - -Vsh
7
OUT C58 Rsh
+ 5 +Vsh
U4B
Io
R52
R54
O resistor shunt deve possuir uma baixa resistência de forma a não comprometer o
rendimento do conversor, normalmente são usados resistores shunts com valores na faixa de
10mΩ a 100mΩ. A tensão sobre o resistor shunt é apresentada em (5. 53) e a potência dissipada
neste é expressa em (5. 54) . O parâmetro Io-nom representa a corrente nominal de saída.
Máxima tensão sobre o resistor shunt:
Vsh −max = Rsh ⋅ Io − nom (5.53)
O amplificador diferencial é dimensionado para fornecer uma tensão de saída Vai igual à
tensão de referência de limite de corrente VRef -i quando a corrente de saída atinge seu valor
nominal. Sendo assim, adotando-se um valor para o resistor R53, calcula-se R55 através da
expressão (5.56).
VRe f − i
R55 = R53 ⋅ (5.56)
Vsh
Sendo que:
R52 = R53 (5.57)
e
R54 = R 55 (5.58)
Compensador de corrente PI
C i (s)
C61 R58
• Zero do compensador:
1
ω zci = (5.64)
R58 ⋅ C61
• Ganho do compensador:
R58
K ci = (5.65)
R56
[7, 33] tem demonstrado que a malha de corrente se mostra instável para freqüências de
cruzamento acima de um décimo de fs . Isto se deve a presença de ruído na amostragem da
corrente de saída, visto que esta é feita através de um resistor shunt que é um elemento muito
vulnerável a interferências. Com o objetivo de atenuar ruídos de alta freqüência na malha de
compensação, mantendo o circuito mais estável, deve-se reduzir a freqüência de cruzamento,
reduzindo desta forma a banda passante. Porém deve haver um comprometimento com relação a
resposta dinâmica. Levando em consideração os fatores citados anteriormente, foi adotada uma
de transferência do sistema em laço aberto tenha ganho unitário ( FTLAi (fc ) = 1) . Deve-se levar em
conta todos os ganhos existentes no sistema de malha aberta: circuito de amostragem βi ,
compensador Ci ( fc ) e do conversor FB-ZVS-P W M-PS GIVc ( fc ) .
Diagrama de bode:
A Fig. 5-22 apresenta o diagrama de Bode de módulo da função de transferência do
conversor GIVc ( f ) , do controlador de corrente Ci ( f ) , de todo o laço de controle Hi ( f ) = β i ⋅ Ci (f )
e do sistema em laço aberto FTLAi (f ) . Observa-se que a freqüência de corte é de 7kHz (para
fs =140kHz), conforme desejado e o ganho do sistema em laço aberto no cruzamento por zero é de
-20dB/dec, garantindo a estabilidade do sistema.
A Fig. 5-23 apresenta o diagrama de Bode de fase da função de transferência do
60
GIVc (f)
dB
40
C i (f)
dB
C i (f)
dB
20
H i (f) Hi (f)
dB
dB fc
0
FTLA i(f)
dB
FTLA i (f)
dB 20
GIVc(f)
dB
40
60
1 .10 1 . 10 1 .10 1 .10
3 4 5 6
1 10 100
f(Hz)
Fig. 5-2 2 – Dia gr ama d e Bod e de mó dul o do c on ve rs o r, do c omp ens ad or d e c or rent e e do s is tema
em laç o ab erto.
20
G IVc (f)
Ci (f) 40
FTLA i (f)
60
FTLA i(f)
80
1 . 10 1 . 10 1 . 10 1 .10
3 4 5 6
1 10 100
f [Hz]
Fig. 5-2 3 – Dia gr ama d e Bod e de fas e d o c on vers or, do c om pens a do r de c o rre nte e d o s is tema
em laç o ab erto.
5.9 CONCLUSÃO
Neste capítulo foi analisado o circuito de comando e controle do conversor
FB-ZVS-PWM-PS.
Apresentou-se o circuito integrado UC3879 como um novo circuito usado na geração do
comando dos interruptores do conversor FB-ZVS-P W M-PS. Este circuito é utilizado em
substituição ao UC3875 de forma a resolver os problemas que este apresenta com relação a
elevação de temperatura, instabilidade e susceptibilidade a ruídos. A principal diferença entre
estes integrados é que o UC3879 não apresenta internamente o driver de potência de comando
dos interruptores do conversor, sendo necessário o uso de um driver externo. Este fato reduz a
elevação de temperatura do CI e torna o circuito mais estável.
Através da descrição funcional da pinagem do UC3879, torna-se possível o
dimensionamento de todos os componentes externos necessários para a geração dos pulsos de
comando para os interruptores do conversor.
Também foram apresentadas as principais características do circuito integrado UC3907
utilizado para promover o compartilhamento equalizado da corrente de saída das Unidades
Retificadoras quando conectadas em paralelo.
6 CAP ÍT UL O VI
6.1 INTRODUÇÃO
O circuito de supervisão da UR tem a função de fornecer sinalizações que informem o
estado de operação da UR ao operador e à Unidade de Supervisão do Sistema Retificador (USR),
facilitando manobras operacionais, identificando defeitos e protegendo a UR.
A supervisão da UR é composta por um microcontrolador e circuitos periféricos.
Os circuitos periféricos são usados para informar ao microcontrolador o estado da UR.
Fornecendo informações de tensão, corrente e temperatura, além de sinalizações de alarmes.
O microcontrolador é utilizado para processar as informações recebidas pelos circuitos
periféricos e tomar decisões pré-definidas pelo programador. A utilização do microcontrolador
aumenta a confiabilidade do sistema, reduz a quantidade de circuitos discretos, possibilita maiores
recursos de supervisão e torna o projeto mais flexível a modificações.
Neste capítulo serão apresentados os circuitos de supervisão e sinalização utilizados
nas duas Unidades Retificadores desenvolvidas nesta dissertação.
A primeira Unidade Retificada, denominada UR1, possui um circuito de supervisão mais
simples.
A segunda Unidade Retificada, denominada UR2, possui um circuito de supervisão mais
complexo, atendendo todas as especificações exigidas por norma. A troca de informações entre a
UR2 e USR é realizada através de comunicação serial o que permite a monitoração à distância.
Serão apresentados o funcionamento e dimensionamento de todos os circuitos
periféricos que compõem a supervisão, além do fluxograma do programa de supervisão e
protocolo de comunicação serial.
Sinais da UR para o
microcontrolador
Tensão 26 Serviço
3
de saída
Limite de
Temperatura 27 corrente
2
no dissipador
Sinaliza limite
Limite de corrente
4
de corrente
Microcontrolador
25 Defeito
Falha da
18
rede CA
PIC Sinaliza
defeito
Sinaliza falha
Liga/desliga 6
24 rede CA
relé
Sinaliza limite
Liga/desliga 22
17 de temperatura
Pré-regulador
Liga/desliga Bloqueio
23 21 e
conversor CC-CC
reposição
Sinais de comunicação
com a USR
Fig. 6-1 - Dia gram a em bl oc os dos c irc uitos de s upe r vis ão e s inaliz aç ã o da UR 1.
R113 ⋅ Vo Vdd
Vsto = − ( R116 + R117 ) + (6.2)
R114 ⋅ ( R112 + R113 ) R115
A tensão Vsto é comparada com uma referência programada no microcontrolador, que de
acordo com a norma TELEBRÁS deve ser de 58,8V+1V. Detectado que a tensão Vsto ultrapassou
este valor, o microcontrolador aguarda 100ms e faz uma nova verificação. Caso persista a
sobretensão por até duas verificações seqüenciais o microcontrolador envia os sinais: para
desligar a UR (desliga pré-regulador e conversor CC-CC); para a USR, informando defeito; e para
sinalização no painel da UR, acendendo o “LED” de defeito e apagando o LED de serviço. O
Detector de Microcontrolador
subtensão PIC
Tensão de Divisor de
entrada tensão e Buffer Optoacoplador pino 18
retificada filtro
Detector de
sobretensão
Fig. 6-3 - Dia gram a em bl oc os do c irc uito de s u pe r vis ã o da tens ão d e entr ada.
Detector de subtensão
R81
Vbb Vaa
U8
LM7812C U7C
R77 R80 10
1 3
IN OUT +
D33
GND 8
OUT
2 R78
C71 C72 C73 9
C74 -
R79
Vdd
Detector de sobretensão R87
R83
Microcontrolador
R68 R69 U7B R88
POS
5
+ U7D
PIC
R82
7 12
OUT + pino 18
D34 U9
6 14
- OUT
C68 R70 C70 Z3 Vaa R84 C99
13
-
R85
C75
Buffer Optoacoplador
Divisor de tensão com filtro R86
capacitores C68 e C70 juntamente com os resistores, formam um filtro atenuador de dois pólos. O
diodo zener Z3 é usado para proteger a entrada do amplificador operacional no caso de uma
eventual sobretensão.
As tensões sobre os capacitores C68 e C70 são determinadas pelas expressões (6.3) e
(6.4).
R69 + R70
VC68 = 0,9 ⋅Vpos ⋅ (6.3)
R68 + R69 + R 70
R70
VC70 = 0,9 ⋅Vpos ⋅ (6.4)
R68 + R69 + R70
1
C68 = (6.5)
2 ⋅ π ⋅ fc ⋅ R69
1
C70 = (6.6)
2 ⋅ π ⋅ fc ⋅ R70
Buffer:
O circuito buffer tem a função de proporcionar uma elevada impedância de carga para o
circuito divisor de tensão com filtro, de forma a não carregar este circuito.
Detector de subtensão:
Como circuito detector de subtensão usou-se um comparador do tipo inversor com
histerese. O nível de histerese faz com que não se tenham comutações sucessivas devido a
ondulação da tensão fornecida na saída do circuito buffer.
O valor da tensão de referência a ser usado no cálculo do divisor resistivo (R77, R78 e
R79) é dado pela expressão (6.7), onde Vinmin é o mínimo valor eficaz da tensão de entrada.
R70
Vref − subV = 0,9 ⋅ Vin min ⋅ (6.7)
R68 + R69 + R 70
Adotando-se um valor para R77, calcula-se o valor da associação dos resistores R78 e R79
conforme expressão (6.8), onde Vaa é a tensão fornecida pelo regulador de tensão. Definindo-se
assim os valores dos resistores que compõem o divisor resistivo.
Vref − subV
( R78 + R79 ) = R77 ⋅ (6.8)
Vaa − Vref − subV
O nível de histerese (V H ) deve ser maior que a ondulação de tensão presente na saída
do circuito buffer, para que não haja comutações indesejadas. Este valor pode ser obtido por
simulação, adotando um valor de VH maior que a ondulação obtida por simulação. O
dimensionamento dos resistores que proporcionam a histeresse (R80 e R81) é definido pela
expressão (6.9). Na expressão (6.9), Vsat representa a tensão de saturação do circuito
comparador, usualmente igual a tensão de alimentação deste menos 1,5V [34]. Arbitrando um
valor para R80 , calcula-se o valor de R81.
Vsat − VH
R81 = R80 ⋅ (6.9)
VH
Detector de sobretensão:
Como circuito detector de sobretensão usou-se um comparador do tipo não-inversor com
histerese, o motivo do uso do comparador com histerese é o mesmo citado no item anterior.
O valor da tensão de referência a ser usado no cálculo do divisor resistivo (R84, R85 e R86)
é dado pela expressão (6.10), onde Vinmax é o máximo valor eficaz da tensão de entrada.
R70
Vref − sobreV = 0,9 ⋅ Vin max ⋅ (6.10)
R68 + R69 + R 70
Adotando-se um valor para R84, calcula-se o valor da associação dos resistores R85 e R86
conforme expressão (6.11), onde Vaa é a tensão fornecida pelo regulador de tensão. Definindo-se
assim os valores dos resistores que compõem o divisor resistivo.
Vref − sobreV
( R85 + R86 ) = R84 ⋅ (6.11)
Vaa − Vref − sobreV
Da mesma forma que no detector de subtensão, o nível de histerese (V H ) deve ser maior
que a ondulação de tensão presente na saída do circuito buffer. O dimensionamento dos
resistores que proporcionam a histerese (R82 e R83) é definido pela expressão (6.12). Arbitrando
um valor para R82 , calcula-se o valor de R83.
Vsat
R83 = R82 ⋅ (6.12)
VH
Optoacoplador:
Devido ao circuito de supervisão da tensão de entrada não possuir a mesma referência
que o circuito microcontrolador, torna-se necessário o uso de um circuito isolado por
optoacoplador.
Caso ocorra falta de rede, sobretensão ou subtensão, as saídas dos comparadores de
tensão irão para nível alto, colocando o sinal do pino 18 do microcontrolador em nível baixo. Caso
contrário este sinal permanece em nível alto sinalizando rede normal.
Esta proteção não deve ser sensível a transientes de tensão com duração menor que
30ms. Detectado que a entrada (pino 18) do microcontrolador está em nível baixo, o
microcontrolador aguarda 30ms e faz uma nova verificação. Caso persista a sobretensão por até
três verificações seqüenciais o microcontrolador envia os sinais: para desligar a UR (desliga relé,
pré-regulador e conversor CC-CC); para a USR, informando defeito e sinal de rede anormal; e
para sinalização no painel da UR acendendo o “LED” de defeito e apagando o LED de serviço. O
desligamento é sem memorização, ou seja, confirmado o fim da anormalidade o desbloqueio é
automático.
Vcc
LM35 R66 Microcontrolador
1 2 3 R64
3
+
U4A
PIC
+ R108
V C65 OUT 1 pino 2
Stemp R65
- 2 +
- Z9 R109 C91 V
Temp
-
R67
C67
Fig. 6-5 - Circ uito d e s upe r vis ão d a tempe ratu ra n o dis s ipad or.
A relação entre a tensão no pino 2 do microcont rolador (V Temp) e a temperatura do
dissipador é dada pela expressão (6.14).
VTemp 1 R67
= ⋅ (6.14)
Tdissipador 100 R65
R61
Microcontrolador
R60
12 U4D PIC
+
R62
Vdd 14
OUT pino 4
13
- Z2
R63 C64
GND USR
O ajuste da tensão de saída é feito através de um sinal PWM enviado pela USR. Este
sinal ajusta o nível da amostra da tensão de saída usada como entrada do circuito compensador
de tensão.
A Fig. 6-8 apresenta o circuito utilizado para o ajuste da tensão de saída via comando
PWM.
Circuito de amostra da tensão de saída
V0+
+Vcc
R33
8 Malha
3 U5A
+
1
Ve
P2 R34
C35 2 - de
4
tensão
-Vcc
R31
R37
V0-
C37
Vdd
USR VPWM
R32b
U19
R138 R32a R32 R29
PWM
C37c C37b
GND USR
O sinal PWM enviado pela USR passa por um optoacoplador (U19) e é filtrado por um
filtro RC formado pelos resistores R32a e R32 fornecendo uma tensão CC VPWM dada pela
expressão (6.15).
VPWM = (1 − D) ⋅Vdd (6.15)
O filtro RC deve ser dimensionado de forma que a tensão VPWM seja suficientemente
continua de forma a não causar variações na razão cíclica do interruptor de potência, causando
problemas de ruído e instabilidade. Quanto maior a freqüência do sinal PWM menor serão os
capacitores do filtro RC. Porém a freqüência do sinal PWM é limitada pela resposta do
optoacoplador.
A tensão VPWM, ponderada pelos resistores R29 e R37, provoca uma redução na tensão de
entrada da malha de tensão (V e ), que por sua vez irá atuar aumentando a tensão de saída Vo de
forma a corrigir a tensão de erro.
Os resistores R29 e R37 são dimensionados de forma que para uma variação da razão
cíclica de 0 a 1 (D=1 → D=0) a tensão de saída possa ser ajustada de 40V a 60V
(V o = 40V → Vo = 60V). Para D=1, através do trimpot P2, ajusta-se a tensão de saída em 40V, e
com o decréscimo da razão cíclica a tens ão de erro cai e a malha de tensão corrige esta valor
aumentando a tensão de saída Vo, possibilitando um ajuste linear da tensão de saída via sinal
PWM.
A lógica invertida do aumento de D e redução de Vo é causada pela inclusão do
optoacoplador que provoca a inversão do sinal PWM enviado pela USR.
Considerando os resistores R33= R34= R361= R37= Rx e Rx muito maior que R30 em
paralelo com R31, a tensão Ve pode ser representada pela expressão (6.16).
(Vo + ) − (Vo − ) Rx
Ve = P2 ⋅ − ⋅ (1 − D) ⋅ Vdd (6.16)
R30 + P2 + R31 R29
R30 + P2 + R31 R
Vo = − ⋅ 1,75 + x ⋅ (1 − D) ⋅Vdd (6.17)
P2 R29
O resistor R29 é determinado através da expressão (6.18).
Rx ⋅ Vdd ⋅ Vo →D =1
R29 = (6.18)
Vref −MV ⋅ (Vo →D = 0 − Vo →D =1 )
Onde:
• Vref − MV : tensão de referência da malha de tensão;
valores na expressão (6.18), tem-se o valor de R29 em função de Rx dado pela expressão .
R29 = 5,71⋅ Rx (6.19)
dissipador. Neste caso a UR deve ser desligada automaticamente e um sinal informando o defeito
deve ser enviado para a USR, além da sinalização local com o acendimento de um LED de cor
vermelha no painel da UR.
D1
Microcontrolador
Q1 PIC
R1
Rele1 pino 24
A
R2
B
NO
COM
0
NTC1 NTC2 NC
1 RET1
1 3 POS
C5
2 4 NEG
um sinal para ligar o relé, curto-circuitando os resistores NTC. Desta forma aumenta-se o
rendimento da fonte, pois se elimina a perda nos resistores NTC, além de permitir que a fonte seja
religada logo após seu desligamento, pois os NTC já estarão com sua resistência nominal
novamente. Caso não houvesse este circuito, seria necessário esperar o NTC esfriar para que a
UR fosse novamente ligada.
Quando a fonte é desligada por falha de rede o microcontrolador envia um sinal para
desligar o relé.
Microcontrolador
PIC
R124
U22 UC3854
pino 17 pino 10
Microcontrolador R133
UC3879
PIC
pino 4
R132
pino 23 Q19
R131
Fig. 6-1 2 - Pina gem d o mic roc o ntrola do r PIC1 6F8 72.
A tabela 6-3 apresenta os pinos do PIC16F872 usados como saída, descrevendo sua
função e atuação.
Tabela 6-3 – Pinos de saída do microcontrolador PIC16F872
BLQ = 0
CRN = 2
CVo = 2
BLQ sim
RPS ?
não
não
Rede não sim
Delay 30ms CRN -1 CRN = 0? Desliga relé
Normal?
sim
Delay 1,5s
Sinaliza defeito para USR
Liga Relé
Liga LED Defeito
Liga 3854
BLQ=1
Desliga 3854
Liga 3879
Desliga 3879
não
não
Temperatura Sinaliza Lim. Temp. para a USR
Normal?
sim
Limite de não
Io ? Desliga LED L.I.
sim
C67 R111
C94
Supervisão da tensão de saída Sinalização no painel frontal do estado da UR
Vo-
Vdd
PIC16F872 LED Amarelo (limite de corrente)
R116 R117 0 R128 LED2
R112 R115
1 28
R114
R119 2 27 LED Verde (serviço)
6 - R127
7 LED1
5 3 26
+
4 25 LED Vermelho (defeito)
R113 R118 U5B Z8 C95 R126 LED3
5 24
8 21 Vdd
C96 R130
Malha de Malha de 9 20 R129
U16
USR
Vcorr
D26 Vc C100
corrente tensão
X1 10 19 UR com defeito
C97
11 18
GND USR
R61 12 17
0
13 16
R60
Oscilador 14 15
12
+
U4D VCC Sinal de liga/desliga relé
14 R62
Vdd OUT
13 D1
-
Z2 R63 C64 C98
B
Alimentação USR
NO
R120 U20 COM
R121
USR CAAN NC NTC1 NTC2
1
RET1
GND USR 3
POS 1
C5
4
NEG 2
2
UC3854 U22
R124
pino 10
R79
Vdd
Detector de sobretensão R87
R83 Sinalização para a USR de limitação de temperatura
R68 R69 5 U7B R88
POS + U7D
R82
OUT 7 12 Alimentação USR
+ U9
D34
6 14
- Vaa OUT C99
C68 R70 C70 Z3 R84 13 R135
-
R134 U17 USR
R85
C75 Lim.temperatura
Buffer Optoacoplador
Divisor de tensão com filtro R86
GND USR
Vdd
R123 U21 USR
USR R32b VPWM
R122
BlQ RPS
U19
R138 R32a R32 R29 Circuito de
PWM GND USR
amostra da
C37c C37b
GND USR
tensão de saída
Fig. 6-1 4 – Dia gr ama el étric o c ompl eto do c irc uito d e s up er vis ão d a U R1.
Tensão Serviço
2 30
de saída
Corrente
3 Carga
de saída 37
Temperatura
5 Limite de
no dissipador 36 corrente
Limite
20
de corrente
29 Defeito
Fusível
22
aberto
Falha da 8
19 Endereço
rede CA
9
da UR
10
Microcontrolador
Liga/desliga
40
relé Bloqueio
PIC 33 e
reposição
Liga/desliga
39
Pré-regulador
Detecta
23
USR
Liga/desliga
38
conversor CC-CC
26 Comunicação
Ajuste da 25 serial
16
tensão de saída
Ajuste da
17 Entrelaço
corrente de saída
Fig. 6-1 5 - Di agr ama e m bloc os dos c irc uitos de s up er vis ão e s inaliz aç ão d a U R2.
Detector de Microcontrolador
subtensão PIC
Tensão de Divisor de
entrada Fusíveis de Diodo tensão e Buffer Optoacoplador pino 19
entrada
AC Retificador filtro
Detector de
sobretensão
Alt2
Fig. 6-1 6 - Di agr ama e m bloc os do c irc uito d e s up er vis ão d a tens ão de ent rad a.
Neste caso como a retificação é em meia onda, a relação entre a tensão eficaz
de entrada e a tensão média após a retificação não é de 0,9 e sim de 0,45.
Microcontrolador
D28 U8D R81
R82
13
- U10
PIC
Tensão de 14
R83
Fusíveis de OUT pino 22
entrada R84 R85 C80
12 C113
entrada +
AC
+16 R86
R87
Caso não ocorra defeito de fusível aberto, o nível de tensão no terminal inversor do
circuito comparador mostrado na Fig. 6-17, é maior que o sinal da entrada não inversora. Nesta
situação a tensão de saída do comparador cai a zero, fazendo com que a tensão no pino 22 do
microcontrolador vá para nível alto, indicando operação normal, sem defeito de fusível aberto. Na
eventual abertura do fusível, a tensão no terminal inversor do comparador cai a zero, fazendo com
que a saída deste sature em um valor próximo da tensão de alimentação do circuito comparador.
Nesta situação o diodo do optoacoplador conduz, sensibilizando o fototransistor, colocando a
entrada (pino 22) do microcontrolador em nível baixo, sinalizando fusível aberto.
V0+
+Vcc
R37
8 Malha
3 + U3A
1 Ve
P2 R41 C42 2 - de
4
tensão
-Vcc
R47
R45
V0-
C47
Microcontrolador
USR VPWM
PIC
R123 R122 R44
Comunicação PWM
serial
C115 C114
O valor do sinal PWM que irá definir a tensão de saída é definido via informação enviada
pela USR via comunicação serial. A faixa de ajuste que deve ser garantida para a tensão de saída
é a mesma apresentada na tabela 6-1.
Como, neste caso, não existe o circuito optoacoplador a tensão VPWM fica definida pela
expressão (6.20).
VPWM = D ⋅ Vdd (6.20)
Portanto, variando a razão cíclica de 0 a 1 (D=0 → D=1) a tensão de saída irá ser
ajustada de 40V a 60V (V o = 40V → Vo = 60V). Sendo que para D=0, através do trimpot P2, ajusta-
se à tensão de saída em 40V, e com o aumento da razão cíclica a tensão de erro diminui e a
malha de tensão corrige este valor, aumentando a tensão de saída Vo, possibilitando um ajuste
linear da tensão de saída via sinal PWM.
Da mesma forma que para a UR1, considerando os resistores R29= R37 = R41= R45= Rx e
Rx muito maior que R28 em paralelo com R47, a tensão de erro Ve e de saída Vo, podem ser
representada pelas expressões (6.21) e (6. 22), respectivamente.
(Vo + ) − (Vo − ) Rx
Ve = P2 ⋅ − ⋅ D ⋅ Vdd (6.21)
R28 + P2 + R47 R44
R28 + P2 + R47 R
Vo = − ⋅ 1,75 + x ⋅ D ⋅ Vdd (6.22)
P2 R44
O resistor R44 é determinado através da expressão (6.23).
Rx ⋅ Vdd ⋅ Vo →D =0
R44 = (6.23)
Vref −MV ⋅ (Vo →D =1 − Vo →D = 0 )
valores na expressão (6.23), tem-se o valor de R44 em função de Rx dado pela expressão (6.24).
Malha
Microcontrolador de
USR PIC corrente
R126 R125 R55 Ref_I
Comunicação PWM Tensão de referêcia
(pino 17)
serial
C117 C116
Rsh
- Vsh +
0
R50
Microcontrolador
USR
R51
3
+
U5A PIC
R114 Comunicação
pino 3
C60 1
OUT serial
R54
2
- Z7 R115 C106
R56
C63 Malha de
corrente
Amplificador diferencial
Ref-I
Esta supervisão tem a função de informar a USR o valor da corrente de saída da UR.
Para medir o valor da corrente de saída é utilizada uma entrada analógica do microcontrolador
(entrada com conversão A/D). O sensoriamento da corrente de saída é feito através de um resistor
shunt. A queda de tensão neste resistor é proporcional à corrente de saída. Um amplificador
diferencial adapta o valor da tensão sobre o resistor shunt ao nível de tensão da entrada do
microcontrolador (pino 3). Desta forma tem-se a medição do valor da corrente de saída que é
informado a USR via comunicação serial.
6.9.7 ENDEREÇO DA UR
O endereço da UR informa à USR a posição da UR no sistema retificador. Esta
identificação é feita através de três entradas digitais do microcontrolador. Desta forma torna-se
possível o endereçamento de até 8 URs.
6.9.9 ENTRELAÇO
Quando a UR é conectada ao SR, o entrelaço (laço de saída) indica à USR que uma UR
está sendo incorporada ao barramento do SR.
Fig. 6-2 1 - Tax a d e trans mis s ão d e s inais (Mb ps ) em funç ã o da dis tânc ia (metr os ).
• Temperatura no dissipador;
• Sinalizações de alarmes de defeitos: fusível aberto, falha de rede CA, sobretensão de saída,
limite de temperatura no dissipador e limitação da corrente de saída.
As informações enviadas da USR para a UR são:
• Referência de tensão de saída;
• Referência de corrente de saída;
• Sinal de bloqueio;
• Sinal de reposição.
A forma como é feita a transmissão e recepção de informações entre a UR e a USR é
definida pelo protocolo de comunicação.
Protocolo de comunicação:
A palavra de comunicação serial é composta por oito bytes de informação. A estrutura
que define a seqüência de transmissão de dados é apresentada na Fig. 6-22.
8º byte 7º byte 6º byte 5º byte 4º byte 3º byte 2º byte 1º byte
• N (número de informações): Este byte indica quantos bytes de informações serão enviados.
Sendo possível o envio de no máximo dois bytes de informação. Para N=1 será enviado
apenas um byte de informação (INF1). Para N=2 serão enviados dois bytes de informação
(INF1+INF2).
• INF1 (primeiro byte de informação): Este é o primeiro byte de informação que, juntamente
com o byte de comando, definem o conteúdo da comunicação serial. A informação dada por
este byte é definida conforme Tabela 6-5 a seguir:
• INF2 (segundo byte de informação): Este é o segundo byte de informação. Este byte só é
usado quando o byte INF1 não é suficiente para enviar toda a informação. Neste caso N=2, e
são enviados dois bytes de informação (INF1+INF2).
• CHECK (byte de verificação): Este byte é usado para verificar se a comunicação ocorreu com
sucesso, ou seja, é um valor que verifica se o dado enviado é o mesmo dado recebido. Este
byte corresponde à soma de todos os bytes anteriormente enviados.
• EXT (fim da comunicação): Este byte indica o fim da comunicação e seu valor é sempre igual
a três.
Fusível aberto:
7º byte 6º byte 5º byte 4º byte 3º byte 2º byte 1º byte
Sobretensão na saída:
7º byte 6º byte 5º byte 4º byte 3º byte 2º byte 1º byte
Falha na rede:
7º byte 6º byte 5º byte 4º byte 3º byte 2º byte 1º byte
Sobretemperatura no dissipador:
7º byte 6º byte 5º byte 4º byte 3º byte 2º byte 1º byte
Situação de carga:
7º byte 6º byte 5º byte 4º byte 3º byte 2º byte 1º byte
REQUISIÇÃO DE TEMPERATURA
Para requisitar a temperatura no dissipador a USR envia ao microcontrolador a seguinte
seqüência de bytes:
O byte de informação (INF1) é o valor medido pelo PIC que é proporcional a uma
determinada temperatura. Para se saber qual o valor da temperatura a USR deve aplicar a
seguinte relação:
INF 1 ⋅1000
T= (6.25)
256
A expressão (6. 25) fornece o valor da temperatura em graus Celsius.
O byte de informação (INF1) é o valor medido pelo PIC que é proporcional a uma
determinada corrente de saída. Para se saber qual o valor da corrente de saída a USR deve
aplicar a seguinte relação:
INF 1⋅ 150
I= (6.26)
256
A expressão (6.26) fornece o valor da corrente de saída em Amperes.
O byte de informação (INF1) é o valor medido pelo PIC que é proporcional a uma
determinada tensão de saída. Para se saber qual o valor da tensão de saída a US R deve aplicar a
seguinte relação:
INF 1⋅ 20
V = 40 + (6.27)
256
DESLIGAMENTO
Para ordenar ao microcontrolador que desligue a UR a USR envia ao PIC a seguinte
seqüência de bytes:
7º byte 6º byte 5º byte 4º byte 3º byte 2º byte 1º byte
REPOSIÇÃO
Para ordenar ao microcontrolador que reponha a UR a USR envia ao PIC a seguinte
seqüência de bytes:
7º byte 6º byte 5º byte 4º byte 3º byte 2º byte 1º byte
BLOQUEIO
Para bloquear o alarme de tensão da rede anormal a USR deve mandar a seguinte
seqüência de bytes ao PIC:
7º byte 6º byte 5º byte 4º byte 3º byte 2º byte 1º byte
O PIC irá bloquear o alarme de tensão anormal na rede e irá responder a seguinte
seqüência de bytes para confirmar a operação:
7º byte 6º byte 5º byte 4º byte 3º byte 2º byte 1º byte
DESBLOQUEIO
Para desbloquear o alarme de tensão da rede anormal a USR deve mandar a seguinte
seqüência de bytes ao PIC:
7º byte 6º byte 5º byte 4º byte 3º byte 2º byte 1º byte
O PIC irá desbloquear o alarme de tensão de rede anormal e irá responder a seguinte
seqüência de bytes para confirmar a operação:
REFERÊNCIA DE CORRENTE
Para alterar a referência PWM de corrente a USR envia para o microcontroldor a seguinte
seqüência de bytes:
7º byte 6º byte 5º byte 4º byte 3º byte 2º byte 1º byte
O byte INF1 informa o valor de referência para a corrente de saída, sendo definido pela
expressão (6.28).
100 ⋅ Iref
INF 1 = (6.28)
15
Para confirmar a alteração a UR irá responder com a seguinte seqüência de bytes:
7º byte 6º byte 5º byte 4º byte 3º byte 2º byte 1º byte
REFERÊNCIA DE TENSÃO
Para alterar a referência PWM de tensão a USR envia para o microcontroldor a seguinte
seqüência de bytes:
7º byte 6º byte 5º byte 4º byte 3º byte 2º byte 1º byte
O byte INF1 informa o valor de referência para a tensão de saída, sendo definido pela
expressão (6.28).
INF 1 = 4 ⋅ Vref − 160 (6.29)
A tabela 6-7 apresenta os pinos do PIC18C452A usados como saída, descrevendo sua
função e atuação.
Tabela 6-7 – Pinos de saída do microcontrolador PIC18C452A
Reset Geral
BLQ = 0
CRN = 2
CVo = 2
não
Aguarda requisição
BLQ=1
Desliga 3854 da USR de envio
de informações de
Medição de alarmes e medições
tensão Vo Desliga 3879 da UR
sim
Desliga LED Serviço
não USR
Vo sim sim Presente?
Sobretensão? Delay100ms CVo -1 CVo = 0?
não
Vo sim
Carga? Liga LED carga
não
Medição de
temperatura
não
Temperatura
Normal?
sim
Medição de
corrente Io
Limite de não
Io ? Desliga LED L.I.
sim
R102
R103 R1
R105 C101 Q1
6 U3B Relé1
-
R106 R108 R2 A
7 C102
OUT
Q13 B
5
R110 + NO
R111 COM
R113 RET1 NC N T C 1N T C 2
Z6 C104 3 1
POS 1
0
C5
C105 4 2 2
NEG
C114 C115
6.14 CONCLUSÃO
7 CAP ÍT UL O VII
7.1 INTRODUÇÃO
Nas fontes chaveadas, as interferências por radiofreqüência podem ser transmitidas por
radiação direta ou por condução, através dos terminais de entrada e de saída.
A radiação para o exterior pode ser suprimida colocando-se a fonte dentro de uma caixa
metálica, devidamente perfurada para permitir a evacuação do calor (blindagem).
As interferências que são transmitidas pelos terminais são mais difíceis de serem
suprimidas. A preocupação maior é com a interferência que a fonte produz nos terminais de
entrada, que acabam se propagando para outros equipamentos, podendo provocar ruídos e mau
funcionamento.
Os níveis de interferência que uma fonte chaveada pode gerar são estabelecidos por
normas internacionais. Tais níveis são especificados para freqüências maiores que 150kHz e
menores que 30MHz. A amplitude aceita de cada harmônica dentro desta faixa de freqüência pode
ser maior ou menor, dependendo do rigor de cada norma e da finalidade de aplicação da fonte em
estudo. A princípio, um nível de interferência menor que +54dB/µV é aceito em quase todos os
países [1].
Na entrada da Unidade Retificadora são utilizados filtros de radiofreqüência para que a
fonte atenda as especificações de interferência conduzida constantes na norma CISPR 22 Classe
A, e contemplada na norma TELEBRÁS. Os filtros utilizados são de modo comum e de modo
diferencial.
Neste capítulo será apresentada uma introdução teórica a respeito da interferência
eletromagnética: causas, métodos de redução e normas.
Também será apresentada a metodologia de projeto do filtro de EMI para interferências
conduzidas a ser usado na entrada da Unidade Retificadora.
Internacional (IEC – International Electrotechnical Commission), que por sua vez é uma agência
responsável pela criação de padrões para facilitar o comércio entre os países [38].
Em 1985, o CISPR publicou um conjunto de padrões sobre emissões eletromagnéticas,
conhecida como Publicação Número 22, englobando os equipamentos de tecnologia da
informática (ITE – Information Technology Equipment), que incluem dispositivos digitais. Muitos
países da Europa e do resto do mundo adotaram os padrões da CISPR 22 (ou alguma variação
deles) como seus padrões nacionais, antecipando sua aceitação como norma internacional. A
norma brasileira NBR12304 também foi baseada na CISPR 22.
O CISPR também adota a divisão dos equipamentos em duas classes, A e B, sendo a
Classe A para equipamentos de uso industrial e a Classe B para equipamentos de uso residencial.
A unidade retificadora a ser projetada enquadra-se como um equipamento classe A. Os
limites para perturbações conduzidas e irradiadas para equipamento classe A são apresentados a
seguir.
0,15 a 0,50 79 66
0,50 a 30 73 60
79
CISPR 22 (QP)
73
66
CISPR 22 (AV)
60
f
150kHz 500kHz 30MHz
Fig. 7-1 – Li mites da emis s ão p or c on duç ã o da n orm a C ISPR 2 2 pa ra e qui pam entos c las s e A.
47
CISPR 22 (QP)
40
f
30MHz 230MHz 1GHz
Fig. 7-2 - Li mites da no rma CISP R 22 par a emis s ão ir ra diad as em eq uipa ment os c las s e A a uma
dis tânc ia de 1 0m.
Rede C
CA
L2
N
C1 C2
R1 R2
Fig. 7-3 – Co rre ntes pa ras itas as s imétric as , que p rod uz em tens õ es de mo do c omum na r ede
artific ial.
Na Fig. 7-4 tem-se a representação das correntes simétricas, que produzem quedas de
tensão de modo diferencial na rede artificial. O capacitor C representa a capacitância parasita
entre transistor e dissipador.
L1
F
Rede C
CA
L2
N
C1 C2
R1 R2
Fig. 7-4 – Co rre ntes pa ras itas s imétric as , que pr od uz em qu ed as de tens ã o de mo do di fere nc ial na
red e arti fic ial.
7.3.4 LAYOUT :
Alguns cuidados com o layout podem ajudar muito na eliminação de ruídos. Um layout
onde não são tomados os devidos cuidados com relação a disposição de circuitos extremamente
ruidosos e circuitos susceptíveis pode causar problemas de funcionamento do circuito com
desligamentos indesejados e até mesmo a inviabilidade operacional do circuito. Trilhas muito
longas e próximas podem causar problemas de indutâncias e capacitâncias parasitas. O projeto
do layout da PCI (placa de circuito impresso) deve passar por uma análise rigorosa verificando a
existência de caminhos de corrente de modo comum buscando eliminá-los.
7.3.5 PERIFÉRICOS :
Comutação elétrica na periferia: motores, interruptores, relés, rádio, etc., são
transmissores de radiofreqüência e podem provocar perturbações indesejadas.
DISSIPADOR:
Uma redução na capacitância poderia ser obtida com o emprego de um isolador de
cerâmica. O seu emprego, por outro lado, não é bem aceito, por ser muito caro e muito frágil.
7.4.4 LAYOUT:
Todas as capacitâncias existentes entre fios, entre fios e o terra e nos enrolamentos de
eventuais transformadores de comando de base/gate podem ser propagadores de ruídos. Além
disso, as correntes parasitas podem se propagar por acoplamento indutivo.
A disposição dos componentes e a ordenação das trilhas do circuito impresso (layout do
circuito), podem ajudar muito na minimização dos ruídos em uma fonte chaveada. Trilhas muito
longas e finas funcionam como verdadeiras antenas transmissoras e receptoras, nas fontes
operando em elevadas freqüências.
Considerando os efeitos de radiofreqüência, quanto mais fina uma trilha, mais
sintonizado será o sinal que esta irá captar, ou seja, haverá uma amplificação maior para o ruído
de radiofreqüência. Por outro lado, trilhas grossas possuem a característica de captar um espectro
de freqüência mais distribuído, com amplitudes menores. A Fig. 7-5 exemplifica esta característica.
A (dB)
A (dB)
f(Hz) f(Hz)
Trilha grossa
Trilha fina
Fig. 7-5 – L ar gu ra d e trilhas vers us am plific aç ã o de s inais d e ra dio fr eqü ênc ia.
Deve-se procurar usar sempre que possível trilhas grossas no circuito de potência, e as
distâncias das malhas secundárias de comando (drive) até o transistor principal devem ser as
menores possíveis.
Deve-se realizar um estudo de forma a “isolar” circuitos muito ruidosos de circuitos muito
susceptíveis a rádio interferência. Verificando necessidade de blindagens.
Deve-se realizar uma análise criteriosa das correntes de modo comum e modo
diferencial que circulam pelas trilhas do circuito, com o objetivo de evitar que trilhas longas com
corrente de modo comum sejam dispostas em paralelo. Assim como a distribuição de pequenos
filtros de modo comum distribuídos pelos caminhos mais críticos do circuito.
Um layout bem planejado juntamente com a escolha apropriada da topologia de circuito
a ser usada no projeto da fonte, é a forma mais efetiva de redução de interferência
eletromagnética, visto que se atua diretamente na causa.
Este filtro é mais efetivo nas baixas freqüências (150kHz a 1MHz), e em muitos casos
nem é necessário.
A Fig. 7-6 apresenta o filtro de rede para correntes parasitas simétricas.
L2
a
F
Cx
L3
b
N
C C
R R
R
Cx
R L3
d
b
Este filtro possui uma atuação mais efetiva na atenuação das componentes de média e
alta freqüência (1MHz e 30MHz), porém também possui um contribuição para as baixas
freqüências (150kHz a 1MHz).
Cy Cy
R R
i
T
O filtro é constituído por dois capacitores Cy e por um indutor construído com um núcleo
toroidal de ferrite com dois enrolamentos de alta indutância.
O indutor L1 é enrolado de tal modo que para a corrente principal, positiva em um lado e
negativa no outro, a indutância resultante é igual à indutância total de dispersão. Se for
empregado enrolamento bifilar, com núcleo toroidal, a dispersão torna-se praticamente nula.
Nesse caso, se os dois enrolamentos forem iguais em número de espiras, o núcleo não saturará e
a oposição a corrente principal será realmente nula.
A Fig. 7-9 apresenta o filtro de rede completo, para correntes simétricas (modo
diferencial) e assimétricas (modo comum).
L2
F
L1 Cy
Cx
L3 Cy
N
7.5.1 ESPECIFICAÇÕES
Para projeto do filtro é necessário o conhecimento dos seguintes parâmetros:
E 1 π sen ( n ⋅ π )
Vn = ⋅ 2 2 ⋅ sen n ⋅ ⋅ sen ( n ⋅ π ⋅ fs ⋅ t r ) − −1 (7.2)
2 n ⋅ π ⋅ fs ⋅ t r 2 n ⋅π
FILTRO DE R EDE.
a) Reatância oferecida pelo capacitor Ccc para f3 (n = 3):
1
XCn = (7.3)
2 ⋅ π ⋅ n ⋅ fs ⋅ Ccc
VR
VRn dB = 20 ⋅ log n (7.6)
1µ
d) Atenuação oferecida pelo filtro:
∆ Vnd B =V R n dB − VrdB (7.7)
Fig. 7-10 – Circuito equivalente para cálculo do indutor de filtragem de modo comum.
a L o= 2L 1
+V
io o
iC 3 R =R
2 Cy 2 o
Fig. 7-1 1 - Ci rc uito eq ui vale nte pa ra c álc ulo d o ind utor d e filtr ag em ( XC 3 > > XC y ).
dB
máxima sobre os resistores da rede artificiais de 54dB/µV Vo dB = 54 .
µV
Vod B
Vo = 1⋅ 10 −6 ⋅ 10 20
(7.9)
2 ⋅ Vo
io = (7.10)
R
iC 3
Verifica-se a relação . Normalmente i o << iC3 , e a tensão Vob é calculada pela
io
expressão (7.11).
Vob = X Cy ⋅ iC3 (7.11)
Vob
Considerando-se ω 3 ⋅ Lo >> Ro tem-se que ω 3 ⋅ Lo = , sendo assim calcula-se Lo
Io
através da expressão (7.12):
1 V
Lo = ⋅ ob (7.12)
2 ⋅ π ⋅ n ⋅ fs i o
Pin
i in = (7.14)
Vinnom
iC x = 1% ⋅ iin (7.15)
1 iC x
Cx = ⋅ (7.16)
2 ⋅ π ⋅ fr Vin nom
Deve-se adotar um valor comercial para Cx , maior ou igual ao valor calculado.
As especificações para o capacitor Cx são menos rigorosas que as dos capacitores Cy ,
pois uma eventual ruptura provocaria apenas um curto-circuito entre fase e neutro. Eles são
projetados para suportarem picos de tensão menores ou iguais a 1200V.
∆VL
L2 + L3 = (7.18)
2 ⋅ π ⋅ fs ⋅ iin
Sendo as indutâncias de L2 e L3 iguais, tem-se:
L2 + L3
L2 = L3 = (7.19)
2
Vale observar que os indutores para filtragem das correntes simétricas, L2 e L3 não são
empregados pela maioria dos fabricantes de fontes chaveadas.
7.6 CONCLUSÃO
Neste capítulo foram apresentados conceitos sobre interferência eletromagnética,
causas e metodologia de redução da interferência. Assim como a metodologia de projeto do filtro
de rede.
O projeto teórico do filtro de EMI é essencial, porém devido à complexidade dos
fenômenos que abrangem a compatibilidade eletromagnética, este projeto serve apenas como um
ponto de partida. Sendo necessária a experimentação para ajustes dos valores de indutâncias e
capacitâncias de forma a obter-se o enquadramento do equipamento com os requisitos exigidos
por norma.
Das metodologias de redução da interferência eletromagnética citadas neste relatório,
nem todas podem ser usadas no projeto da UR, pois se depara com restrições de volume. Os
esforços de redução do nível de interferência serão restringidos ao layout da placa de circuito
impresso e ao filtro de EMI.
Os projetos dos circuitos (conversores) que compõem a unidade retificadora foram
realizados de forma a minimizar os níveis de EMI. Usou-se topologias com baixo nível de EMI, e
circuitos snubber que limitam as derivadas de corrente.
8 2 CAP ÍT UL O VIII
8.1 INTRODUÇÃO
A Unidade Retificadora deve ser auto-excitada, ou seja, quando ligada deve entrar em
funcionamento requerendo apenas o suprimento de tensão CA na entrada. Sendo assim, torna-se
necessário o projeto de circuitos que forneçam alimentação para os circuitos de comando, controle
e supervisão da UR, de forma que a mesma entre em operação quando ligada à rede elétrica. A
alimentação destes circuitos é obtida através da utilização de fontes auxiliares.
Neste capítulo serão apresentados os circuitos das fontes auxiliares usadas nas duas
Unidades Retificadoras projetadas: UR1 e UR2, mostrando as principais características e
metodologia de projeto.
As URs possuem duas fontes auxiliares do tipo chaveadas para fornecer alimentação
para os circuitos de comando, controle e supervisão.
A primeira fonte auxiliar (fonte auxiliar 1) é alimentada através da tensão da rede CA.
Esta fonte auxiliar é constituída por um conversor Flyback operando em malha fechada,
fornecendo quatro saídas para alimentação dos circuitos de comando, controle e supervisão da
UR. O circuito de controle utilizado é o UC3844 da Unitrode [39,40], que apresenta baixo custo e
pouco número de componentes externos. A UR1 e UR2 utilizam a mesma configuração para a
fonte auxiliar 1, com pequenas modificações com relação às referências das tensões de saída.
A segunda font e auxiliar (fonte auxiliar 2) é alimentada através da tensão de saída da
UR. Esta tem a função de alimentar os circuitos de supervisão quando a tensão de entrada CA
não está disponível, funcionando como uma fonte auxiliar reserva. Para a Unidade Retificadora 1
(UR1) a fonte auxiliar 2 é formada por um conversor Buck-Boost, operando em malha aberta. Este
conversor fornece a tensão necessária para alimentação do circuito de supervisão. Na Unidade
Retificadora 2 (UR2) é utilizado um conversor Flyback, operando em malha aberta. Esta fonte
auxiliar apresenta duas saídas para alimentação dos circuitos de supervisão. A utilização de uma
segunda saída é devido à necessidade de uma saída isolada para alimentação dos circuitos de
supervisão da tensão de entrada e de fusível aberto. O comando da fonte auxiliar 2 é
implementado através de um simples oscilador astável utilizando o CI 555.
A escolha de conversores chaveados no projeto das fontes auxiliares deve-se a
necessidade de reduzido peso e volume.
Também será apresentado neste capítulo, os circuitos de proteção utilizados na entrada
da UR.
Como já foi citado a fonte auxiliar 1 é composta por um conversor Flyback operando em
malha fechada e alimentado a partir do barramento CC do pré-regulador Boost.
As principais características do conversor Flyback são:
• Baixo custo;
• Pequeno volume e peso;
• Saídas múltiplas;
• Aceita grande variação de carga;
• Isolamento entrada-saída;
• Boa regulação cruzada;
• Não emprega indutor de filtragem;
• Recomendado para potências menores que 100W.
Esta fonte fornece as seguintes saídas para alimentação dos circuitos de controle,
comando e supervisão:
• Saída 1(V ee e V bb) - alimentação dos circuitos de comando e controle do pré-regulador Boost
e da própria fonte auxiliar: UC3854 e UC3844. Esta saída possui a mesma referência do
conversor Boost, sendo não isolada.
Vo1 = 20V
Io1 = 200mA
• Saída 2 (+Vcc ) - alimentação dos circuitos de comando e controle do conversor CC-CC:
UC3879, UC3907, amplificadores operacionais e drivers.
Vo2 = 15V
Io2 = 200 mA
• Saída 3 (-Vcc ) - alimentação negativa dos circuitos de controle do conversor CC-CC:
amplificadores operacionais.
Vo 3 = −15V
Io3 = 100 mA
• Saída 4 (V xx e Vdd) - alimentação do microcontrolador PIC. Nesta saída é usado um regulador
linear de forma a fornecer uma tensão mais precisa para alimentação do microcontrolador.
Vo4 = 5V
Io4 = 100 mA
R106
Circuito de controle e comando
Fig. 8-1 – Diag ram a elét ric o da font e aux iliar 1 – c on vers or Fly bac k .
Princípio de funcionamento:
Quando a fonte auxiliar é ligada, a tensão de alimentação para o circuito de comando é
fornecida através do transistor Q16, sendo regulada através do zener Z4. Iniciando o comando do
MOSFET são induzidas tensões nos enrolamentos secundários do transformador Flyback.
Quando a tensão na saída 1 é superior a tensão do zener Z4 (18V) o diodo D38 entra em
condução e o circuito de comando passa a ser alimentado pela saída 1 da fonte auxiliar. Deste
modo só há consumo de potência em Q16 e R97 nos primeiros ciclos de funcionamento.
A fonte auxiliar é controlada pelo CI UC3844 da Unitrode, que apresenta baixo custo e
poucos componentes externos. A primeira saída (saída 1) é não-isolada, possuindo a mesma
referência do circuito pré-regulador. Esta saída, após alcançar o regime, passa a alimentar
também o próprio circuito UC3844. As demais saídas são isoladas.
O CI UC3844 opera no modo de controle por corrente, adicionando desta forma mais
uma proteção ao circuito.
Para reduzir as perdas por comutação e o pico de tensão sobre o interruptor Flyback , é
empregado o circuito snubber.
Metodologia de projeto:
a) Especificações:
Para dimensionamento da fonte auxiliar 1 são necessárias as seguintes especificações:
Especificações de entrada:
• Tensão nominal : Vinnom ;
Especificações de saída:
• Tensão e corrente na saída 1: Vo1 e Io1 ;
Especificações gerais:
• Rendimento: η ;
• Freqüência de chaveamento: fs ;
b) Cálculos preliminares:
Potência de saída:
A potência em cada saída é dada pelo produto da tensão e corrente na mesma. A
expressão (8.1) fornece o valor da potência de cada saída onde o índice “i” indica a
correspondente saída.
Po( i ) = Vo( i ) ⋅ Io( i ) (8.1)
A potência de saída total é dada pelo somatório das potências individuais de cada saída.
Pototal = Po1 + Po 2 + Po 3 + Po4 (8.2)
Potência de entrada:
Pototal
Pin = (8.3)
η
H
• Permeabilidade do ar: µ o = 4 ⋅ π ⋅ 10 − 7 .
m
Determinação do produtos de áreas AeAw e escolha do núcleo:
1,1⋅ Pin
AeAw = ⋅ 10 4 (8.4)
kp ⋅ kw ⋅ Jmax ⋅ fs ⋅ Bmax
Dimensionamento do entreferro:
Como o transformador do conversor Flyback funciona como indutores acoplados, há
necessidade do uso de um entreferro para armazenamento da energia, pois o transformador em
uma etapa armazena energia no primário que em uma segunda etapa é transferida ao secundário.
A expressão (8.5) fornece o valor do entreferro total em centímetros.
2 ⋅ µo ⋅ Pototal
δ = ⋅ 106 (8.5)
η ⋅ Bmax ⋅ Ae ⋅ f s
2
Dmax
Ipefmax = Ip ⋅ (8.7)
3
Indutância do primário:
Vinmin ⋅ Dmax
Lp = (8.8)
Ip ⋅ fs
Para cálculo do número de espiras dos secundários, será considerada uma queda de
tensão de 1V nos diodos de saída (Vd = 1V). A expressão (8.10) fornece o número de espiras dos
enrolamento referentes às saídas 1, 2 e 3. O índice “i” indica a correspondente saída.
Vo( i ) + Vd 1 − Dmax
N s( i ) = N p ⋅ ⋅ (8.10)
Vin min Dmax
2 ⋅ Io(i)
Is( i) = (8.14)
To ⋅ f s
Corrente eficaz nos enrolamentos secundários:
1 − Dmax
Is( i ) ef = Is( i ) ⋅ (8.15)
max
3
Indutância dos secundários:
2
Ns ( i )
= ⋅ Lp
N
Ls( i ) (8.16)
p
Seção dos condutores:
Enrolamento primário:
Ipe fmax
Sp = (8.17)
Jmax
Enrolamentos secundários:
Is( i ) ef
Ss ( i ) = max
(8.18)
Jmax
Os condutores elementares são escolhidos de forma que seu diâmetro seja menor ou
igual ao máximo diâmetro calculado em (8.20).
Número de condutores elementares em paralelo:
Número de condutores em paralelo no primário:
Sp
n º fios _ pparalelo = (8.21)
Areafio − elementar − p
Corrente eficaz:
3
Vinmax Dmax
ISef = ⋅ (8.25)
fs ⋅ Lp 3
Escolha do interruptor:
Devido à baixa potência envolvida e a necessidade de operar em elevada freqüência
para reduzir volume, o interruptor que melhor se adapta a esta aplicação é o interruptor do tipo
MOSFET.
Determinação das perdas:
Perda por condução:
A perda por condução no interruptor MOSFET é dada pela expressão (8.26).
fs
Pscomutação = ⋅( tr + t f ) ⋅ Icommed ⋅ VSmax (8.27)
2
Perdas totais:
Ps totais = Pscondução + Pscomutação (8.28)
Determinação da Rthda:
A resistência térmica dissipador-ambiente é dada pela expressão (8.29):
Tjmax − Tamb
RthdaFlyback = − Rthjc − Rthcd (8.29)
Pstotais
onde:
• Tamb → Temperatura ambiente;
Corrente eficaz:
To ⋅ fs
IDo( i )e f = Is( i ) ⋅ (8.33)
3
Corrente média:
IDo( i m) e d = Io(i ) (8.34)
Tensão reversa:
N s( i )
VDo( i ) pk = Vo( i ) + Vinmax ⋅ (8.35)
Np
A escolha dos diodos de saída deve levar em conta que estes operam em alta
freqüência, logo se torna necessário o uso de diodos do tipo ultrafast.
R102
R106 C82
Fig. 8-4 – Circ uito os c ila dor , gr áfic o da fre qü ênc ia d e os c ilaç ão em funç ão de RT , tend o c omo
par âmetr o CT , e g rá fic o da r az ão c íc lic a máx im a em funç ã o de R T.
f) Dimensionamento do compensador:
Função de transferência do conversor Flyback:
Vo (s )
A função de transferência Gflyback ( s ) = do conversor Flyback é expressa em (8.41):
D( s)
Vo (s ) Vin Co ⋅ RSE ⋅ s + 1
Gflyback ( s ) = = ⋅ (8.41)
D( s) 2 ⋅ fs ⋅ Lp C o ⋅ R o ⋅ s + 1
Ro
apresentada em (8.42).
Vo (s ) Vin C o ⋅ RSE ⋅ s + 1
Gflyback ( s ) = = ⋅ (8.42)
Vc (s ) 2 ⋅ fs ⋅ Lp Co ⋅ Ro ⋅ s + 1
Vd ⋅
Ro
Onde:
• Vin → tensão de entrada nominal;
• Co → capacitância de saída;
Vo
• Ro → resistência de carga de saída Ro =
Io
;
• fs → freqüência de chaveamento:
40
20
GdB( f )
20
1 .10 1 .10 1 .10
3 4 5
0.1 1 10 100
f
Gφ( f ) 50
100
1 .10 1 .10 1 .10
3 4 5
0.1 1 10 100
f
R 101
R 99
2
Vo -
1
Vc
R 100
+
UC3844
2,5V
1
Gflyback (f c ) ⋅
fc _ sistema
⋅ j +1
fp _ comp
GdB( f )
50
RdB( f )
FTLA dB( f) 0
50
1 .10 1 .10 1 .10
3 4 5
0.1 1 10 100
f
Gφ ( f )
Rφ ( f ) 50
FTLAφ ( f )
100
1 .10 1 .10 1 .10
3 4 5
0.1 1 10 100
f
R101
R99 // R100 = (8.56)
K Rflyback
Das expressões (8.55) e (8.56) obtém-se a expressão (8.57), que fornece o valor de
R100.
Vref
1+
Vo1 − Vref
R100 = R101 ⋅ (8.57)
KR flyback
Com o valor de R100 e R101, calcula-se R99 através da expressão (8. 58) .
R100 ⋅ R101
R99 = (8.58)
K Rflyback ⋅ R100 − R101
Circuito de comando
R140 U23
8 4 LM555
Vcc R
7 DIS
R141 3
Q
D40 6 THR
2
D41 TR CV GND
R142 R143
5 1
C122 C121
D42
Vo- Vxx
Q20 Alimentação
Z10
do PIC
Lbb Vxx =8V
R144
Vo+
Q21
Regulador
linear Conversor buck-boost
Metodologia de projeto:
a) Dimensionamento do regulador linear:
O regulador de tensão deve fornecer a tensão de alimentação para o circuito oscilador a
partir da tensão de saída da UR.
A tensão de saída do regulador linear é dada pela expressão (8.59).
Vs reg − linear = Vz10 − VB E (8.59)
Onde:
• Vsreg − linear → tensão de saída do regulador linear;
A potência máxima no resistor R144 é dada pela expressão (8.62). Onde Vomax
representa a tensão máxima na saída da UR (-60V).
(Vomax − Vz10 )
2
PR 144 = (8.62)
R144
A corrente que circula pelo transistor Q21 é igual à corrente de alimentação do oscilador
555. A potência sobre este interruptor é dada pela expressão (8. 64).
Onde:
• Ioscilador → corrente de saída do regulador linear, ou seja, corrente fornecida para alimentar o
oscilador 555.
Cálculos preliminares:
Razão cíclica mínima:
Vxx
Dmin = (8.65)
Vxx + Vomax
Potência de saída:
Po = Vxx ⋅ Io4 (8.67)
Lbb = (8.68)
2 ⋅ Po ⋅ fsbuck − boost
1−D 2
max
V
ID 42 ef = fsbuck −boost ⋅ ∫ fsbuck −boost IQ 20 pk − xx ⋅ t dt (8.73)
0
L
Os tempos em níveis alto (t on) e em nível baixo (t off ) são definidos pelas expressões
(8.75) e (8.76).
Dmax
ton = (8.75)
fsbuck −boost
1 − Dmax
toff = (8.76)
fsbuck −boost
Adotando-se um valor para o capacitor C122 , calcula-se os resistores R140 e R141 através
das expressões (8.77) e (8.78).
ton
R140 = (8.77)
0,693 ⋅ C122
toff
R141 = (8.78)
0,693 ⋅ C122
Nesta seção serão apresentadas as fontes auxiliares utilizadas na UR2. Assim como na
UR1, a UR2 possui duas fontes auxiliares. A primeira fonte auxiliar possui a mesma estrutura da
fonte auxiliar 1 da UR1, possuindo apenas algumas diferenças com relação às referências das
tensões de saída. Já na fonte auxiliar 2, no caso da UR2, é utilizado um conversor Flyback
operando em malha aberta.
Alimentação
UC3854
Vee=21V
Alimentação
R88 R89 Snubber D29 +21 D30 +20
UC3844
Vbb=20V
TR4
R90 C83 C82
D31 R91
Q11 N1
Z3
+20 U11 Vdd=5V
+Vcc=15V
C84 D32 +15 LM7805 +5
1 3 Alimentação
IN OUT
Alimentação do circuito de
N2 C85 C86 GND
supervisão
dos circuitos
2
C87 Np C88 C89 PIC
do conversor
7 8 N3 C90 C91
CC-CC
VCC VREF
Z4 C92 C93
2 D33 -15 -Vcc= -15V
VFB R93 0
6 Q12
R92 C94 OUT
1 D34 +16
COMP Vff=16V
3
R95 ISENSE R94 Z5
4 N4 Alimentação
RT/CTGND U12
dos circuitos
C95 C96
UC3844 de falha CA e
R96 C97
5 fusível aberto
R99
Como pode-se observar pela Fig. 8-10, a estrutura desta fonte é a mesma usada na
fonte auxiliar 1 da UR1. A diferença está nas tensões de saída, sendo que a alimentação para os
circuito de supervisão de falha CA e fusível aberto possui a referencia no ponto de alimentação CA
da fonte.
Esta fonte possui as seguintes saídas para alimentação dos circuitos de comando,
controle e supervisão:
• Saída 1 (V ee e Vbb) - alimentação dos circuitos de comando e controle do pré-regulador Boost
e da própria fonte auxiliar: UC3854 e UC3844. Esta saída possui a mesma referência do
conversor Boost, sendo não isolada.
Vo1 = 20V
Io1 = 200mA
• Saída 2 (+Vcc e Vdd) - alimentação dos circuitos de comando e controle do conversor CC-CC:
UC3879, UC3907, amplificadores operacionais e drivers. Através desta saída também se
obtém a alimentação dos circuitos de supervisão PIC, sendo esta saída regulada através de
um regulador linear.
Vo2 = 15V
Io2 = 300 mA
• Saída 3 (-Vcc ) - alimentação negativa dos circuitos de controle do conversor CC-CC:
amplificadores operacionais.
Vo 3 = −15V
Io3 = 100 mA
• Saída 4 (V ff ) - alimentação dos circuitos de supervisão de falha CA e fusível aberto:
amplificadores operacionais. Esta saída possui a mesma referência da alimentação CA da
UR.
Vo4 = 16V
Io4 = 100 mA
A metodologia de projeto utilizada para esta fonte é a mesma apresentada para a fonte
auxiliar 1 da UR1.
obtida através de um circuito regulador linear que adapta a tensão de saída da UR ao nível de
tensão de alimentação do oscilador 555.
V0+ +16
D35 D36 Vff=16V
TR5
0 Alimentação
C121 dos circuitos
Q15 de falha CA e
fusível aberto.
R128 Alimentação
R129 C122 dos circuitos
U16
Z9 de supervisão
LM555 Transformador
8 4 PIC.
Regulador Vcc R
7 0
linear R130 DIS
3
Q
6 THR
D39 2 TR CV
R131 GND R132
5 1
D40 Conversor flyback
M6
C123
R133
C124
V0-
Circuito de comando
Vo4 = 16V
Io4 = 100 mA
• Saída 2 (+Vcc e Vdd) - alimentação dos circuitos de supervisão, comando e controle do
conversor CC-CC: UC3879, UC3907 e amplificadores operacionais. Através desta saída
também se obtém a alimentação dos circuitos de supervisão PIC, sendo esta regulada
através de um regulador linear. Vale salientar que quando esta fonte estiver atuando o circuito
UC3879 estará desabilitado, drenando menor corrente, além de não ser drenada corrente
desta fonte para os circuitos de drivers. Logo esta saída possui uma especificação de
corrente menor que a da fonte auxiliar 1.
Vo2 = 15V
Io2 = 150 mA
A metodologia de projeto do circuito regulador linear e de comando é a mesma
apresentada para a fonte auxiliar 2 da UR1 e o projeto do conversor flayback segue a metodologia
apresentada para a fonte auxiliar 1 da UR1.
Esta proteção é composta por dois fusíveis, um em cada fase de entrada, e por um
circuito que limita a corrente de partida através de um resistor de inrush, protegendo a ponte
retificadora. O resistor de inrush atua apenas no instante da partida da UR. Após a carga dos
capacitores que compõem o conversor este resistor é curto-circuitado através de um relé, de
forma a minimizar as perdas.
O circuito de proteção contra corrente de inrush é apresentado na Fig. 8-12.
VCC
D1
Microcontrolador
Limitação da corrente de partida Q1 PIC
(inrush) R1
Rele1 pino 24
A
R2
B
NO
COM
0
NTC1 NTC2 NC
1 RET1
1 3 POS
C5
2 4 NEG
a) Dimensionamento do fusível:
Para especificação do fusível de entrada deve ser dimensionada a sua corrente e tensão
máxima. A corrente máxima do fusível será adotada como sendo de 25% acima da corrente de
entrada máxima eficaz em regime normal.
Ifusível = 1,25 ⋅ Iinmaxef (8.79)
A tensão que o fusível deve suportar deve ser maior que a máxima tensão de entrada.
Vfusivel ≥ Vinmax (8.80)
Os surtos de tensão na entrada da UR, causados por transientes que ocorrem nas linhas
de transmissão originados de descargas atmosféricas e chaveamentos que ocorrem nas linhas,
podem provocar a queima dos dispositivos semicondutores da fonte. Para proteger a UR contra
estes transientes é utilizado o circuito de proteção recomendado em [41] e apresentado na
Fig. 8-13.
F
VR1
Varistor
TG1
T
Cápsula de Gás
VR2 Centelhador
Varistor
• Tensão de operação: A máxima tensão de operação do varistor deve ser superior a máxima
tensão de operação da UR. Deve-se levar em conta a tolerância atribuída à tensão de entrada
do sistema. É importante ressaltar que a dissipação de potência no varistor aumenta
fortemente com a tensão de serviço (um aumento de tensão de 10% multiplica por 15 a
dissipação da potência) [41].
• Corrente de surto: Através da expressão (8.83), calcula-se a corrente de surto. Sendo que a
máxima corrente de surto permissível do varistor depende da duração do impulso de corrente
e do número de repetições requeridas.
Us
Is = (8.83)
Zlinha
Onde:
Is → corrente de surto;
Us → tensão de surto;
8.5 CONCLUSÃO
9 CAP ÍT UL O IX
PROJET O
9.1 INTRODUÇÃO
Neste capítulo será apresentado o projeto da Unidade Retificadora, sendo
dimensionados todos os estágios estudados nos capítulos anteriores, utilizando a metodologia de
projeto apresentada.
Ao término deste capítulo, pretende-se dispor de todas as informações necessárias para
a especificação dos componentes que compõe a Unidade Retificadora.
Rendimento: η ≥ 85 %
Tensão de saída nominal (positivo aterrado): Vonom 48 V
Máximo ajuste da tensão de saída: Vomax 60 V
CAPÍTULO IX – PROJETO.
200
Ionom
CAPÍTULO IX – PROJETO.
201
Po 652
Iinnomef = = à Iinnom ef = 3,12 A
η ⋅ Vinnom 0,95 ⋅ 220
e) Corrente de entrada nominal de pico:
Po 652
Iinmax ef = = à Iinmax ef = 7,71A
η ⋅ Vin min 0,95 ⋅ 89
g) Corrente de entrada máxima de pico:
i) Corrente de proteção:
∆ Vo 8
Vomax = Vo + = 100 + à Vomax = 404V
2 2
l) Tensão de saída mínima:
∆Vo 8
Vomin = Vo − = 400 − à Vomin = 396V
2 2
m) Corrente de saída:
Po 652
Io = = à I o = 1,63 A
Vo 400
n) Resistência de carga:
Vo 400
Ro = = à Ro = 245,40Ω
Io 1,63
CAPÍTULO IX – PROJETO.
202
Tensão:
Resistor de inrush:
Vinmax pk 373,35
Rinrush = = à Rinrush = 17,11Ω
Iinrush 21,82
Especificação do resistor de inrush (NTC1 e NTC2):
O resistor de inrush adotado foi do tipo NTC (negative temperature coefficient).
• Resistor NTC; • Resistência a frio: 20Ω;
• Modelo: IOSP020; • Corrente: 2A.
CAPÍTULO IX – PROJETO.
203
Tjmax − Tamb
Rthda Dret = − ( RthjcDret + Rthcd Dret ) à RthdaDret = 4,44º C / W
PDret total
Energia no indutor:
CAPÍTULO IX – PROJETO.
204
Número de espiras:
Lb ⋅ 10 6 1 ⋅1 0 −3 ⋅ 10 6
N= = à N = 111,11espiras
Al 81 ⋅1 0 −3
Seção do condutor:
Iinmaxef 7,71
SLb = = = à SLb = 0,015cm2
Jmax 500
Condutor adotado: Fio 15 AWG.
• Seção do condutor: Sfio = 0,016504cm2 ;
Po 652
Co = = à Co = 270,23µ F
4 ⋅ π ⋅ fr ⋅ Vo ⋅ ∆Vo 4 ⋅ 3,14 ⋅ 60 ⋅ 400 ⋅ 8
Tensão máxima no capacitor de saída:
CAPÍTULO IX – PROJETO.
205
2 2
Icommed = ⋅ ISp kmax = ⋅ 10,91 à Icommed = 6,95 A
π 3,14
Perdas por comutação no bloqueio:
fs
PScomutação = ⋅ tf ⋅ Icommed ⋅ VSmax à PScomutação = 11,22W
2
Perdas totais no MOSFET:
CAPÍTULO IX – PROJETO.
206
Tjmax − Tamb
RthdaSb = − ( RthjcS + RthcdS ) à RthdaSb = 3,08º C / W
PStotal
Po 652
IDbmed = = à I Dbmed = 1,63 A
Vo 400
Corrente eficaz no diodo Boost:
2
3 Vinnomp k ⋅ Iin max pk
IDbef = ⋅ à I Dbef = 5,20 A
8 Vo
Tensão máxima sobre o diodo Boost:
fs 100 ⋅ 10 3
PDbcomutação = ⋅ trr ⋅ Icommed ⋅Vomax = ⋅ 50 ⋅ 10 −9 ⋅ 6,95 ⋅ 404 à PDbcomutação = 7,02W
2 2
Perdas totais no diodo Boost:
Tj max − Tamb
Rthda Db = − ( RthjcDb + Rthcd Db ) à RthdaDb = 11,32ºC / W
PDb total
CAPÍTULO IX – PROJETO.
207
e) Dimensionamento do Snubber
Para projeto do circuito Snubber seguiu-se a metodologia de projeto e recomendações
citadas na seção 3.10.5 do Capítulo III.
Determinação da máxima razão cíclica:
Vinmin pk 125,87
Dmax = 1 − = 1− à Dmax = 0,685
Vo 400
Determinação do mínimo intervalo em nível baixo (interruptor em off):
1 − Dmax 1 − 0,685
toffmin = = à toffmin = 3,15 µ s
fs 100 ⋅ 103
Determinação da freqüência de ressonância:
3 ⋅ π 2 3 ⋅ 3,14 2
ωr = = à ωr = 1,495 ⋅ 10 6 rad / s
toffmin 3,15 ⋅ 10 −6
V0 ⋅ trr 400 ⋅ 50 ⋅ 10 −9
LS = = à LS = 1,83 µH
Iinmax pk 10,91
1 1
CS = = à CS = 244,07 nF
ωr ⋅ LS ( )
2 2
1,495 ⋅ 10 ⋅ 1,83 ⋅ 10 −6
6
30.0
Pico de corrente devido a Irr do diodo Db.
20.0
Corrente no interruptor Sb
-4.1
20.5795ms 20.5800ms 20.5805ms 20.5810ms 20.5815ms 20.5820ms 20.5825ms 20.5830ms
Id(Sb) (V(Sb:d,Sb:s))/50
Time
Fig. 9-2 – Tens ã o/50 e c or re nte no int er rupto r Boos t, s em o s nub ber.
CAPÍTULO IX – PROJETO.
208
A Fig. 9-3 apresenta a tensão e corrente no interruptor Boost, com o uso do snubber,
obtidas por simulação. Verifica-se a redução no pico de corrente causado pela recuperação
reversa do diodo Boost. O circuito snubber também desloca o pico de corrente fazendo com que
este ocorra quando a tensão no interruptor possui um valor reduzido. Através do resultado de
simulação mostrado na Fig. 9-3 comprova-se a eficiência do circuito snubber calculado.
9.0
Tensão no interruptor Sb
Pico de corrente devido a Irr do diodo Sb
8.0
6.0
Corrente no interruptor Sb
4.0
2.0
-1.0
20.659ms 20.660ms 20.661ms 20.662ms 20.663ms 20.664ms
Id(Sb) (V(Sb:d,Sb:s))/50
Time
Fig. 9-3 – Tens ã o/50 e c or re nte no int er rupto r Boos t, c om s nubb er.
20V
10V
0V
V(Cs:2,Cs:1)
0A
-5A
SEL>>
-10A
20.4863ms 20.4900ms 20.4950ms 20.5000ms 20.5050ms 20.5100ms 20.5150ms 20.5200ms 20.5250ms
I(Ls)
Time
CAPÍTULO IX – PROJETO.
209
2
Densidade de corrente máxima: Jmax = 400 A/cm ;
Densidade de fluxo magnético máxima: Bmax = 0,10 T;
Fator de enrolamento: kw = 0,7;
H
Permeabilidade do ar: µo = 4 ⋅ π ⋅ 10 −7 .
m
Cálculo do produto de áreas AeAw:
Número de espiras:
Ls ⋅ ILs maxpk 2 ⋅ 10 −6 ⋅ 17,3
N= ⋅ 10 4 = ⋅ 10 4 à N = 8,76espiras
Bmax ⋅ Ae 0,10 ⋅ 0,395
Entreferro:
Seção do condutor:
ILs maxef 3,02
SLs = = à SL s = 0,00755cm 2
Jmax 400
7,5 7,5
∆= = à ∆ = 0,0237 cm
fS 100 ⋅ 103
Condutor elementar adotado: Fio 37 AWG.
• Seção do condutor: Sfio = 0,0001cm2 ;
SL s 0,00755
n paralelo = = à n paralelo = 75,5fios
Sfio 0,0001
CAPÍTULO IX – PROJETO.
210
g) Resistor shunt
Resistor shunt adotado (Rsh1) : 20mΩ / 3W. ISABELLENHÜTTE [50].
• Resistência nominal: 20mΩ;
• Potência: 3W sem dissipador;
• Marca: Isabellenhütte;
• Encapsulamento: PBH.
( ) = 0,02 ⋅ ( 7,71)
2
PRsh1max = Rsh1 ⋅ Iinmaxef PRsh1max = 1,19W
2
à
1,25 1,25
R19 = = −9
à R19 = 12,5kΩ
C20 ⋅ fs 1⋅ 10 ⋅ 100 ⋅ 10 3
Valores comerciais adotados:
• C20 =1nF / 50V;
• R19 = 12kΩ / 1/8W.
b) Dimensionamento dos resistores R6 e R7 (corrente máxima de entrada):
R sh 1 ⋅R 19 ⋅ Iinmaxpk 20 ⋅ 10 −3 ⋅ 12 ⋅ 10 3 ⋅ 10,91
R6 = = à R6 = 698,24 Ω
3,75 3,75
R7 = R6 = 698,24 à R7 = 698,24 Ω
CAPÍTULO IX – PROJETO.
211
Rsh
R6 R7
R8 C11
C12
Iref
A. B 4
-
2
C
3 Comparador
PWM
5
+
CAPÍTULO IX – PROJETO.
212
fs 100 ⋅ 10 3
fc = = à fc = 25kHz
4 4
Determinação da freqüência do zero:
fc 25 ⋅ 103
fz = = à fz = 2,5kHz
10 10
Determinação da freqüência do pólo:
1
Ki = à K i = 3,255 ⋅ 107
1 ( j ⋅ fc + fz )
Gi ( fc ) ⋅ ⋅
j ⋅ 2 ⋅ π ⋅ fc ( j ⋅ fc + fp )
1 1
C12 = = à C12 = 45,18pF
K i ⋅ R7 3,255 ⋅ 107 ⋅ 680
Valor comercial adotado: C12 =47pF / 50V.
fp 25 ⋅ 10 3
C11 = ⋅ C12 − C12 = ⋅ 47 ⋅ 10 −12 − 47 ⋅ 10 −12 à C11 = 423 pF
fz 2,5 ⋅ 103
Valor comercial adotado: C11 =470pF / 50V.
1 1
R8 = = à R8 = 135,5kΩ
2 ⋅ π ⋅ fz ⋅C11 2 ⋅ 3,14 ⋅ 2,5 ⋅ 103⋅ 47 ⋅ 10 −12
Diagrama de Bode:
A Fig. 9-7 apresenta o diagrama de Bode de módulo e fase da função de transferência
do conversor Gi ( f ) (função de transferência da tensão sobre o sensor de corrente em relação à
laço aberto FTLAi (f ) . Verifica-se que a função de transferência em laço aberto possui uma
freqüência de corte de 25kHz conforme projetado e uma margem de fase de 45º garantindo a
estabilidade do sistema.
CAPÍTULO IX – PROJETO.
213
200 0
100
G i (f)
R (f)
i dB R (f)
Ri (f) d B i
50 100
50 G i (f)
dB
200
-100
1 .10 1 . 10 1 . 10 1 .10
3 4 5 6
1 10 100
1 .10 1 .10 1 .10 1 .10
3 4 5 6
1 10 100
f [Hz]
f [Hz]
Fig. 9-7 – Diag ram a de Bo de d e mód ulo e fas e d o c on ve rs or, do c o ntrol ado r e d o s is tema em laç o
abe rto.
h) Dimensionamento dos resistores R4, R5, R9 e R10 e dos capacitores C14 e C15 (compensador
de tensão):
Conforme discutido na seção 3.8.2 o compensador de tensão mais adequado para
regular a tensão de saída é o compensador proporcional-integral com filtro, mostrado na Fig. 9-8.
Este compensador proporciona erro estático nulo e baixa taxa de distorção harmônica da corrente
de entrada.
Vo C15 R9
C14
R4
R10
11 -
7
Vcv
R5
+
Vref
C15 1 ⋅1 0 −6
C14 = = à C14 = 192,95nF
2 ⋅ π ⋅ 12 ⋅ R 9 ⋅ C15 − 1 2 ⋅ 3,14 ⋅ 12 ⋅ 82 ⋅ 103 ⋅ 1⋅ 10 −6 − 1
CAPÍTULO IX – PROJETO.
214
Vref 7,5
R5 = R4 ⋅ = 470⋅ 10 3 ⋅ à R5 = 8,98k Ω
Vo − Vref 400 − 7,5
Para permitir o ajuste da tensão de saída será utilizado um trimpot (P 1) associado aos
resistores R4 e R5.
Valores comerciais adotados:
• R4 = 470kΩ / 1/2W;
• R5 = 3,3kΩ / 1/8W;
• P1 = 50kΩ / 1/8W.
1
2 j ⋅ π ⋅ 120 +
1 R9 ⋅ C15 R ⋅R
R10 = ⋅ − 4 5 à R10 = 18,62k Ω
Rv (120) ⋅ C14 C14 + C15 R4 + R5
2 j ⋅ π ⋅ 120 ⋅ 2 j ⋅ π ⋅ 120 +
R9 ⋅ C14 ⋅ C15
Diagrama de Bode:
A Fig. 9-9 apresenta o diagrama de Bode de módulo e fase do controlador de tensão
Rv (f).
CAPÍTULO IX – PROJETO.
215
100
40
50
60
Rv (f) Rv (f)
dB
0 80
50 -100
1 . 10 1 .10
3 4
1 . 10 1 .10
3 4
0.01 0.1 1 10 100 0.01 0.1 1 10 100
f [Hz] f [Hz]
Fig. 9-9 – Diag ram a de Bo de d e mód ulo e fas e d o c ontr olad or d e tens ã o Rv (f).
i) Dimensionamento dos resistores R15, R16, R17 e dos capacitores C21 e C22 (Malha de tensão
feedforward):
Determinação dos resistores R15, R16 e R17:
Adotou-se os seguintes valores fornecidos em [6], para os resistores R15, R16 e R17, para
uma variação da tensão de entrada de 85V à 264V eficazes.
Valores adotados:
• R15 = 1MΩ / 1/8W;
• R16 = 82kΩ / 1/8W;
• R17 = 22kΩ / 1/8W.
1 1
C21 = = à C21 = 161,74 nF
2 ⋅ π ⋅ fc ⋅ R16 2 ⋅ 3,14 ⋅ 12 ⋅ 82 ⋅10 3
1 1
C22 = = à C22 = 602,86 nF
2 ⋅ π ⋅ fc ⋅ R17 2 ⋅ 3,14 ⋅ 12 ⋅ 22 ⋅ 103
Valores comerciais adotados:
• C21 = 180nF / 50V;
• C22 = 1µF / 25V.
CAPÍTULO IX – PROJETO.
216
Po max 600
Pin = = à Pin = 652,17W
η 0,92
b) Razão cíclica efetiva:
• Fator de topologia: kt = 1 ;
Po 600
Pintrafo = = à Pintrafo = 606,06W
ηtrafo 0,99
Pin
AeAw = ⋅ 10 4 à AeAw = 3,52cm 4
kt ⋅ ku ⋅ kp ⋅ Jmax ⋅Bmax ⋅ fs
CAPÍTULO IX – PROJETO.
217
4.0 safety
1 37,5 − 20,1
Aw = ⋅ ⋅ (25,9 − 8) à Aw = 1,557cm 2
100 2
Com o valor acima calculado determina-se o produto de áreas AeAw:
c) Relação de transformação
Np 28
nFB = = à nFB = 4,66
Ns 6
CAPÍTULO IX – PROJETO.
218
Ns 6
Ipef = I o ⋅ = 10 ⋅ à Ipef = 2,14A
Np 28
Ip ef 2,14
Sp = = à Sp = 0,0043cm2
Jmax 500
Efeito pelicular:
Profundidade de penetração a 100ºC:
7,5 7,5
∆= = à ∆ = 0,024cm
fs 100 ⋅ 103
Diâmetro máximo do condutor elementar:
Sp 0,0043
nfios _ paralelo = = à nfios _ paralelo = 43fios
Afio−37 0,0001
Condutor primário adotado: 1 fio Litz (40 x 37AWG).
Io 10
Isef = = à Is ef = 7,071A
2 2
Seção do condutor secundário:
Isef 7,071
Ss = = à Ss = 0,014cm 2
Jmax 500
Para otimizar volume e reduzir os efeitos de proximidade e pelicular o condutor utilizado
no enrolamento secundário é do tipo fita de cobre.
Condutor secundário adotado: fita de cobre.
• Espessura: H = 0,1 mm;
• Largura: L = 17,5 mm.
CAPÍTULO IX – PROJETO.
219
Acond _ p _ isol = nfios _ paralelo ⋅ Afio _ 3 7 _isol = 40 ⋅ 0,00016 à Acond _ p _ isol = 0,0064 cm2
Área do condutor secundário com isolamento:
Fator de ocupação:
N p ⋅ Acond _ p _ isol + 2 ⋅ N s ⋅ Acond −s − isol
ku = à ku = 0,317
Aw
Fig. 9-1 1 – Per da volum étric a em funç ão d a dens i dad e de flux o ten do c om o pa râm etro a
fr eqü ênc ia.
Perda volumétrica:
PVol _ núcleo = 80 kW / m 3
Perda no núcleo:
Pnúcleo = 1,816W
Pnúcleo = Ve ⋅ PVol −núcleo = 22,7 ⋅ 10− 6 ⋅ 80 ⋅ 103 à
Perdas nos enrolamentos:
Parâmetros de cálculo:
• Comprimento médio de uma espira: l e = 9,68cm ;
Ω ⋅ mm 2
• Resistividade do cobre: ρ = 0,0172 .
m
Perda no enrolamento primário:
CAPÍTULO IX – PROJETO.
220
Np ⋅le ⋅ ρ
Penrolamento _ p = ⋅ Ipef 2 à Penrolamento _ p = 0,534W
Afio _ p ⋅ nfios _ paralelo
Perda no enrolamento secundário:
Ns ⋅ le ⋅ ρ
Penrolamento _ s = 2 ⋅ ⋅ Isef 2 à Penrolamento _ s = 0,571W
Afio _ s
H
• Permeabilidade do ar: µo = 4 ⋅ π ⋅ 10 −7 .
m
Cálculo do produto de áreas AeAw:
Será considerado que a corrente de pico no indutor é igual a corrente eficaz no mesmo
(I Lr p k )
= I Lr ef , que é igual a corrente de pico e eficaz no primário do transformador
(I Lr pk
= I Lr ef = Ip pk = Ipe f = 2,14A . )
CAPÍTULO IX – PROJETO.
221
Lr ⋅ Ipef 45 ⋅ 10 −6 ⋅ 2,14
N Lr = ⋅ 10 4 = ⋅ 10 4 à NLr = 13,375espiras
BLr ⋅ Ae 0,06 ⋅ 1,2
d) Dimensionamento do condutor
O condutor a ser utilizado no enrolamento do indutor ressonante é o mesmo usado no
enrolamento primário do transformador, já que a corrente que circula é a mesma.
Condutor adotado: 1 fio Litz (40 x 37AWG).
e) Cálculo do Entreferro
NLr ⋅ µo ⋅ Ae 14 2 ⋅ 4 ⋅ π ⋅ 10 −7 ⋅ 1,2
2
lg = ⋅ 10 −2 = ⋅ 10 − 2 à lg = 0,065cm
Lr 45 ⋅ 10 −6
Dmin =
Np
⋅
(Vomin + Vf )
=
28 ( 45 + 1)
⋅ à Dmin = 0,581
Ns 0,9 ⋅Vinmax 6 0,9 ⋅ 410
ILf ef = Io = 10 à I Lfef = 10 A
CAPÍTULO IX – PROJETO.
222
Lf =
(Vo max + Vf ) ⋅ (1 − Dmin ) = ( 60 + 1) ⋅ (1 − 0,581) à Lf = 60,08 µH
2 ⋅ fs ⋅ ∆ IL fmax 2 ⋅ 140 ⋅ 103 ⋅ 1,5
A
• Densidade de corrente máxima: J L f max = 500 ;
cm2
• Densidade de fluxo magnético máxima: BL fmax = 450 mT ;
H
• Permeabilidade do ar: µo = 4 ⋅ π ⋅ 10 −7 .
m
Cálculo do produto de áreas AeAw:
Lf ⋅ ILf pk ⋅ ILf ef 60 ⋅ 10 −6 ⋅ 10,75 ⋅ 10
AeAw = ⋅ 10 4 = ⋅ 104 à AeAw = 0,409cm 4
kw ⋅ BLfmax ⋅ JLfmax 0,7 ⋅ 0,45 ⋅ 500
Núcleo escolhido: 2 núcleos EE 30/15/07– 3C94 – PHILIPS associados em paralelo.
• Área magnética do núcleo: Aetotal = 2 ⋅ Ae = 2 ⋅ 0,6 = 1,2cm2 ;
Lf ⋅ ILf ef 60 ⋅ 10 −6 ⋅ 10
N Lf = ⋅ 10 4 = ⋅ 10 4 à NLf = 11,11espiras
BLf max ⋅ Ae 0,45 ⋅ 1,2
e) Dimensionamento do condutor
Seção do condutor:
ILf ef 10
SLf = = à S Lf = 0,02cm 2
JLf max 500
Para melhor acomodar as espiras, será adotado o fio 17AWG.
Condutor elementar adotado: fio 17AWG.
• AWG: 17;
• Diâmetro de cobre: Dfio_17 = 0,115cm;
2
• Área de cobre: Afio_17 = 0,010379cm ;
• Diâmetro com isolamento: Dfio_17_isol = 0,124cm;
CAPÍTULO IX – PROJETO.
223
SLf 0,02
nLf _ fios _ paralelo = = à n Lf _ fios _ paralelo = 1,927 fios
Afio−17 0,010379
Número de condutores elementares adotados: 2 fios 17AWG.
f) Cálculo do Entreferro:
N ⋅ µo ⋅ Ae − 2 12 2 ⋅ 4 ⋅π ⋅10−7 ⋅1,2 −2
2
b) Corrente eficaz:
Io Dmax 10 0,95
ISef = ⋅ = ⋅ à ISe f = 1,48 A
nFB 2 4,66 2
CAPÍTULO IX – PROJETO.
224
ºC
• Resistência térmica cápsula-dissipador: RthcdS = 0,24 .
W
tensão de saída de 200mV ( (∆Vo = 200mV ) e ondulação de corrente no capacitor de saída igual
a ondulação da corrente no indutor de filtragem (∆I Cf = ∆I Lf = 1,5 A) .
∆ICf 1,5
Cf = = à Cf = 6,70 µ F
8 ⋅ fs ⋅ ∆V0 8 ⋅ 140 ⋅ 10 3 ⋅ 0,2
b) Cálculo da resistência série equivalente máxima do capacitor de saída
∆ Vo 0,2
RSE = = à RSE = 0,133Ω
∆ICf 1,5
Ns 6
⋅ Io ⋅ 10
Np 28
Cb = = à Cb = 1,96µ F
2 ⋅ fs ⋅ ∆VCbmax 2 ⋅ 140 ⋅ 103 ⋅ 3,9
CAPÍTULO IX – PROJETO.
225
∆VCbmax
2
3,92
PRb = = à PRb = 0,069W
Rb 220
Io 10
IDomed = = à I Domed = 5 A
2 2
b) Tensão máxima:
Ns 6
VDomax = 2 ⋅ ⋅ Vinmax = 2 ⋅ ⋅ 410 à VDomax = 175,7V
Np 28
c) Diodo escolhido:
Devido à freqüência de operação deve-se usar diodos do tipo ultrafast, o diodo escolhido
como retificador de saída foi o MUR1560.
Especificações do diodo escolhido
• Modelo: MUR1560;
• Tensão máxima de trabalho:VRRM = 600V;
• Tensão direta a 100ºC e 10A : Vf = 1,1V;
• Corrente média: IIF(AV) = 15A;
• Corrente máxima de pico: IFSM = 150A;
• Tempo de recuperação reversa: trr = 60ns;
• Temperatura de junção: Tj = 175ºC;
• Resistência térmica junção-cápsula: RthjcDo = 1,5ºC/W.
CAPÍTULO IX – PROJETO.
226
Ld −trafo 4 ⋅ 10 −6
Lds = 2
= 2
à Lds = 0,18 µH
Np 28
6
Ns
1 1
frSnubber = = à frSnubber = 59,31MHz
4 ⋅ π ⋅ CDo jun ⋅ Ld s 4 ⋅ 3,14 ⋅ 100 ⋅ 10− 12 ⋅ 0,18 ⋅ 10 −6
d) Resistência snubber:
Ns Ld s 6 0,18 ⋅ 10 −6
RSnubber = ⋅ = ⋅ à RSnubber = 28,75 Ω
Np CDo jun 28 100 ⋅ 10 −12
e) Capacitor snubber:
CAPÍTULO IX – PROJETO.
227
N
∆t ⋅ s ⋅ Io 250 ⋅ 10 −9 ⋅ 6 ⋅ 10
Cr = Np = 28 à Cr = 689pF
2 ⋅ Vinmin 2 ⋅ 390
Capacitância dreno-source do MOSFET:
Parâmetros de catálogo [47] do MOSFET IRFPS37N50A:
• Capacitância de saída: Coss = 810pF ;
U3 Driver de comando
UC3879 Transformador
R48 R49 C51
Vcc D16
Tensão de controle
1 20 de pulso
2 19
3 18 TR3
Sinal de bloqueio Vcc Q8 Q9
4 17
5 16 D18 D19 G5
6 15
7 14 R50
Vcc
8 13 S5 Comando para
R47 C49 9 12 D17
10 11 os interruptores
C54 Vcc
D20 D21
G7
do braço direito
Q10 Q11 R28
C52 C53
Vcc S7
D14
R51
D15
S4 Comando para
os interruptores
R26
D24 D25 G6 do braço esquerdo
Q14
Q15
S6
Fig. 9-1 2 – Ci rc uito de g er aç ão d e puls os d e c oman do ( phas e-s hift) utiliz an do o U C 387 9.
CAPÍTULO IX – PROJETO.
228
tmorto 250 ⋅ 10 −9
R47 = R49 = = à R47 = R49 = 2,8k Ω
89 ⋅ 10 −12 89 ⋅ 10 −12
Resistor adotado: R47 = R49 = 3,3kΩ / 1/8W.
9 ⋅ 10− 6 9 ⋅ 10 − 6
C49 = tss ⋅ = 0,5 ⋅ à C49 = 0,94µ F
4,8 4,8
Capacitor adotado: C49 =1µF.
C38
Filtro passa baixa
Va R38 R39
11
-
F pb(s)
12
C48
Vref + 1,75V
C44
Amplificador driver
1,75V 1,0V +VCC
+
+ 9 R46
Amplificador de tensão
20kΩ
-
50kΩ
Vs R45
Convesor
8 3
Circuito interno do UC3907 -
2
Vc FB-ZVS-PWM-PS -Vo
C40 R42
Vref
2,5V
+ C48
GVVc (S)
Circuito interno
Compensador PID Cv(s) do UC3879
+Vcc
C66
R33
U5A
Vx
Va 8
+
3
1
2 P2
C35
-
4 R34
C37a
Vy
C66a
R31
-Vcc
-V0
R37
R29
Ref-V
C37
CAPÍTULO IX – PROJETO.
229
amplificador operacional é Vcc = 15V , adotando-se R30 = 1,8 kΩ, calcula-se P2:
Resistores adotados:
• R45 = 1, 5k Ω / 1/8W;
CAPÍTULO IX – PROJETO.
230
1 1
C48 = = à C48 = 408pF
2 ⋅ π ⋅ f3 dB ⋅ R46 2 ⋅ 3,14⋅ 100⋅ 10 3 ⋅ 3,9 ⋅ 10 3
Capacitor adotado: C48 = 470pF / 25V.
Vin = 400V Ro = 6Ω
Vo = 60V Co = 910µF
Vd = 4,2V Rse = 86mΩ
fs = 140kHz Lo = 50µH
n= 0,214 Lr = 50µH
Kcv =
1 à K cv = 9,632
( j ⋅ 2 ⋅π ⋅fc + ωz 1c v ) ⋅ ( j ⋅ 2 ⋅ π ⋅ fc + ωz 2cv )
2,5 ⋅ Fpb ( cf ) ⋅ GVVc ( fc ) ⋅ β v ⋅
j ⋅ 2 ⋅π ⋅ fc ⋅ ( j ⋅ 2 ⋅π ⋅ fc + ωp 2cv )
CAPÍTULO IX – PROJETO.
231
1 1
R 44 = = à R44 = 3,759k Ω
C 42 ⋅ ω p2 conv 10 ⋅ 10− 9 ⋅ 2,66 ⋅10 4
R 44 3,9 ⋅ 10 3
R 38 = = à R38 = 404,9Ω
Kcv 9,639
Dimensionamento de R39:
ω 1,278 ⋅ 10 4
R39 = R38 ⋅ zconv − 1 = 470 ⋅ − 1 à R39 = 5,602k Ω
ω 989,061
p1c o n v
Resistor adotado: R39 = 5,6kΩ / 1/8W.
Dimensionamento de C38:
1 1
C 38 = = à C38 = 180,5nF
R39 ⋅ ω pconv
1 5,6 ⋅ 10 ⋅ 989,061
3
d) Diagrama de Bode:
A Fig. 9-14 apresenta o diagrama de Bode de módulo da função de transferência do
conversor GVVc (f ) , do controlador Cv (f ) , de todo o laço de controle H v (f ) = 2,5 ⋅ βv ⋅ Cv ( f) ⋅ Fp b ( f )
o sistema em laço aberto possui um ganho constante de -20dB/dec com uma margem de fase de
90º, garantindo a estabilidade do sistema.
CAPÍTULO IX – PROJETO.
232
40
Gvvc(f) Cv (f)
dB
dB 20
Hv (f)
C v (f) dB
dB fc
0
H v (f)
dB FTLA (f)
dB
20
FTLA (f) Gvvc (f)
dB
dB
40
1 . 10 1 . 10 1 . 10 1 .10
3 4 5 6
1 10 100
f(Hz)
Fig. 9-1 4 – Dia gr ama d e Bod e de mó dul o do c on ve rs o r, do c ontr olad or e d o s is tema em laç o
abe rto.
GVVc(f) CV (f)
G VVc(f)
45
C V (f)
90
FTLA(f) FTLA
135
1 .10 1 .10 1 . 10 1 .10
3 4 5 6
1 10 100
f [Hz]
Fig. 9-1 5 – Dia gr ama d e Bod e de fas e d o c on vers or, do c ont rola do r e do s is tema em laç o abe rto.
R56
Conversor
U4C
9
- Vcorr D26
Vc FB-ZVS-PWM-PS Io
8
Ve OUT
R57
10
+ G IVc (s)= Io(s)
Vref-I
C63 Vc(s)
C59
βi
R55
Io
R53
6
Vai 7
- -Vsh
OUT C58 Rsh
+ 5 +Vsh
U4B Io
R52
R54
CAPÍTULO IX – PROJETO.
233
A malha de corrente atua apenas como proteção contra sobrecarga ou curto-circuito nos
terminais de saída da fonte, limitando a corrente de saída em seu valor nominal. A velocidade da
malha de corrente é independente da malha de tensão.
Resistor shunt:
O resistor shunt deve possuir uma baixa resistência de forma a não comprometer o
rendimento do conversor.
Resistor shunt adotado (Rsh2):
• Resistência nominal: 10mΩ;
• Potência: 1W;
• Marca: Isabellenhütte [50];
• Encapsulamento: A-N.
VRe f − i 2,5
R55 = R53 ⋅ = 470 ⋅ à R55 = 11,75k Ω
Vsh − max 0,1
R5 4 = R 55 = 12 ⋅ 10 3 à R54 = 12 kΩ
Resistores adotados:
CAPÍTULO IX – PROJETO.
234
VRef − i 2,5
βi = = à β i = 0,25
Ionom 10
fs 140 ⋅ 10 3
fc = = à fc = 7 kHz
20 20
1
K ci = à Kci = 34,232
( j ⋅ 2 ⋅π ⋅fc + ω zci )
GIVc ( fc ) ⋅ β i ⋅
j ⋅ 2 ⋅ π ⋅ fc
1 1
R 58 = = à R58 = 6,74 k Ω
C 61 ⋅ ωp1c o n v 150 ⋅ 10 −9 ⋅ 989,061
R 58 6,8 ⋅ 10 3
R 56 = = à R56 = 198,642Ω
Kci 34,232
CAPÍTULO IX – PROJETO.
235
c) Diagrama de bode:
A Fig. 9-18 apresenta o diagrama de Bode de módulo da função de transferência do
conversor GIVc ( f ) , do controlador de corrente Ci ( f ) , de todo o laço de controle Hi ( f ) = β i ⋅ Ci ( f )
conforme desejado, e o ganho do sistema em laço aberto no cruzamento por zero é de -20dB/dec,
garantindo a estabilidade do sistema.
A Fig. 9-19 apresenta o diagrama de Bode de fase da função de transferência do
conversor GIVc (f ) , do controlador de corrente Ci ( f ) e do sistema em laço aberto FTLAi (f ) .
Observa-se que a fase do sistema em laço aberto para a freqüência de cruzamento é de -70º,
garantindo a estabilidade do sistema com uma margem de fase de 110º.
80
GIVc (f) 50
dB C i (f)
dB
C i (f)
dB
Hi (f)
H i (f) dB
dB 0
fc
FTLA i(f)
dB
FTLA i (f)
dB
GIVc(f)
dB
50
1 .10 1 .10 1 . 10 1 .10
3 4 5 6
1 10 100
f(Hz)
Fig. 9-1 8 - Di agr ama d e Bod e de m ódul o do c on ve rs o r, do c omp ens ad or d e c or rent e e do s is tema
em laç o ab erto.
20
G IVc (f)
Ci (f) 40
FTLA i (f)
60
80 FTLA i(f)
− 90
1 .10 1 .10 1 .10 1 .10
3 4 5 6
1 10 100
f [Hz]
CAPÍTULO IX – PROJETO.
236
Vsto
( R116 + R117 ) = à ( R116 + R117 ) = 947,54 kΩ
R113 ⋅ Vo max Vdd
−
R114 ⋅ ( R112 + R113 ) R115
Resistores adotados:
• R116 = 470kΩ / 1/8W;
• R117 = 470kΩ / 1/8W.
CAPÍTULO IX – PROJETO.
237
Detector de subtensão
R81
Vbb Vaa
U8
LM7812C R77 R80 U7C
1 3 10
IN OUT +
GND D33
OUT 8
2 R78
C71 C72 C73 9
C74 -
R79
Vdd
Detector de sobretensão R87
R83
Microcontrolador
R68 R69 R88
POS 5
+
U7B
U7D
PIC
R82
7 12
OUT + U9 pino 18
D34
6 OUT 14
C68 R70 C70 - Vaa C99
Z3 R84 13
-
R85
C75
Optoacoplador
Divisor de tensão com filtro Buffer R86
1 1
C68 = = à C68 = 736,8nF
2 ⋅ π ⋅ fc ⋅ R69 2 ⋅ 3,14 ⋅ 12 ⋅ 18 ⋅103
Tensão máxima sobre o capacitor C68:
Capacitância de C70:
1 1
C70 = = à C70 = 1,1µ F
2 ⋅ π ⋅ fc ⋅ R70 2 ⋅ 3,14 ⋅ 12 ⋅ 12 ⋅ 10 3
Tensão máxima sobre o capacitor C70:
12 ⋅ 10
3
R70 VC 70 = 9,504V
VC70 = 0,9 ⋅ Vpos max ⋅
R68 + R69 + R70
= 0,9 ⋅ 264 ⋅
270 ⋅ 10 + 18 ⋅ 103 + 12 ⋅ 103
3 [0,1] à
CAPÍTULO IX – PROJETO.
238
b) Detector de subtensão:
Determinação da tensão de referência:
R7 0 12 ⋅ 103
Vref − subV = 0,9 ⋅Vin min ⋅ = 0,9 ⋅ 89 ⋅ à Vref − sub = 3,204V
R68 + R69 + R70 270 ⋅ 103 + 18 ⋅ 103 + 12 ⋅ 103
Vsat − VH 13 − 0,3
R81 = R80 ⋅ = 12 ⋅ 103 ⋅ à R81 = 508 k Ω
VH 0,3
Resistores adotados:
• R80 = 12kΩ / 1/8W;
• R81 = 470kΩ / 1/8W;
c) Detector de sobretensão:
Determinação da tensão de referência:
CAPÍTULO IX – PROJETO.
239
Vsat 13
R83 = R82 ⋅ = 12 ⋅10 3 ⋅ à R83 = 780 kΩ
VH 0,2
Resistores adotados:
• R82 = 12kΩ / 1/8W;
• R83 = 820kΩ / 1/8W.
Vcc
LM35 R66 Microcontrolador
1 2 3 R64
3
+
U4A
PIC
+ R108
V C65 OUT 1 pino 2
Stemp R65
- 2 +
- Z9 R109 C91 V
Temp
-
R67
C67
Resistores adotados:
• R64 = R65 = 2,2kΩ / 1/8W;
• R66 = R67 = 10kΩ / 1/8W.
R61
Microcontrolador
R60
12 U4D PIC
+
R62
14
Vdd OUT pino 4
13
- Z2
R63 C64
CAPÍTULO IX – PROJETO.
240
Vsat 13
R61 = R60 ⋅ = 12 ⋅ 10 3 ⋅ à R61 = 780k Ω
VH 0,2
Resistores adotados:
• R60 = 12kΩ / 1/8W;
• R61 = 680kΩ / 1/8W.
9.7.1 ESPECIFICAÇÕES
• Tensão nominal de entrada CA: Vinnom = 220V ;
• Freqüência da rede: fr = 60 Hz ;
E 1 π sen ( n ⋅ π )
Vn = ⋅ ⋅ sen n ⋅ ⋅ sen ( n ⋅ π ⋅ fs ⋅ t r ) − −1
2 n 2 ⋅ π 2 ⋅ fs ⋅ t r 2 n ⋅π
FILTRO DE R EDE.
a) Reatância oferecida pelo capacitor Ccc para f3 (n = 3):
1 1
XCn = = à XC3 = 7.579k Ω
2 ⋅ π ⋅ n ⋅fs ⋅Ccc 2 ⋅ 3,14 ⋅ 3 ⋅ 140 ⋅ 103 ⋅ 50 ⋅ 10 −12
CAPÍTULO IX – PROJETO.
241
Vn 22,162
i = = à i C3 = 2,924mA
7,579 ⋅ 10 3
Cn
XC n
R 150
V Rn = ⋅ iC = ⋅ 2,924 ⋅ 10 −3 à V R3 = 219mV
2 n 2
VR 0,219
VRn dB = 20 ⋅ log n = 20 ⋅ log à VR3 dB = 106,821dB / µV
1µ 1µ
1 1
XCy = = à XCy = 40,317Ω
2 ⋅ π ⋅ n ⋅ fs ⋅ 2 ⋅ Cy 2 ⋅ 3,14 ⋅ 3 ⋅ 140 ⋅ 103 ⋅ 2 ⋅ 4,7 ⋅ 10 −9
Vod B 54
Vo = 1 ⋅ 10 −6 ⋅ 10 20
= 1⋅ 10 −6 ⋅ 10 20 à Vo = 501,2µV
2 ⋅ Vo 2 ⋅ 501,2 ⋅ 10− 6
io = = à i o = 6,682µ A
R 150
Vob = X Cy ⋅ iC3 = 40,317 ⋅ 2,924 ⋅ 10 −3 à Vob = 118 mV
1 V 1 0,118
Lo = ⋅ ob = ⋅ à Lo = 6,685 mH
2 ⋅ π ⋅ n ⋅ fs io 2 ⋅ 3,14 ⋅ 3 ⋅ 140 ⋅ 10 6,682 ⋅ 10 −6
3
Lo 6,685 ⋅ 10 −3
L1 = = à L1 = 3,343mH
2 2
CAPÍTULO IX – PROJETO.
242
Pin 686
i in = = à i in = 3,118 A
Vinnom 220
1 iC x 1 31 ⋅1 0 −3
Cx = ⋅ = ⋅ à Cx = 373,8nF
2 ⋅ π ⋅ fr Vinnom 2 ⋅ 3,14 ⋅ 60 220
Capacitor adotado: C X = capacitor supressor X2 de 330nF / 1200V.
∆VL 2,2
L2 + L3 = = à L2 + L3 = 2,14 mH
2 ⋅ π ⋅ fs ⋅ iin 2 ⋅ 3,14 ⋅ 140 ⋅ 10 3 ⋅ 2,727
Sendo as indutâncias de L2 e L3 iguais, tem-se:
Lf1 Lf2 C4
Vin Cy1 4.7nF/250V
4.7nF/250V Supressor - Y2
Nom. 89V - 264V Supressor - Y2 C1 C2 CN1_8
1uF/275V 220nF/275V
Supressor - X2 Supressor - X2 Terra da Carcaça - Dissipador
Cy2
4.7nF/250V C3
Supressor - Y2 4.7nF/250V
Supressor - Y2
2
TN36/23/10 TN25/15/10
3C11 - PHILIPS 3C11 - PHILIPS
2 enrolamentos 2 enrolamentos
40espiras (7mH)- 1x18AWG 25espiras (3mH)- 1x18AWG
Como filtro para correntes de modo diferencial foi utilizado o próprio indutor Boost.
CAPÍTULO IX – PROJETO.
243
Especificações de saída:
• Tensão e corrente na saída 1: Vo1 = 20V e Io1 = 200mA ;
Especificações gerais:
• Rendimento: η = 0,75 ;
b) Cálculos preliminares:
Potência de saída:
Po1 = 4W
Po2 = 3W
Po( i ) = Vo( i ) ⋅ Io( i ) à
Po3 = 1,5W
Po 4 = 0,5W
A potência de saída total é dada pelo somatório das potências individuais de cada saída.
Potência de entrada:
Pototal
Pin = à Pin = 12W
η
CAPÍTULO IX – PROJETO.
244
H
• Permeabilidade do ar: µ o = 4 ⋅ π ⋅ 10 − 7 .
m
Determinação do produtos de áreas AeAw e escolha do núcleo:
1,1⋅ Pin
AeAw = ⋅ 10 4 à AeAw = 0,183cm 4
kp ⋅ kw ⋅ Jmax ⋅ fs ⋅ Bmax
Núcleo escolhido: E25/13/07 – 3C90 – PHILIPS
2 2 4
(Ae = 0,52cm ; Aw = 0,56cm ; AeAw = 0,291cm ).
Dimensionamento do entreferro:
2 ⋅ µo ⋅ Pototal
δ = ⋅ 107 à δ = 0,29mm
η ⋅ Bmax ⋅ Ae ⋅ f s
2
2 ⋅ Pototal
Ip = à Ip = 420mA
η ⋅ Vinmin ⋅ Dmax
Corrente eficaz no primário:
Dmax
Ipefmax = Ip ⋅ à Ipefmax = 180 mA
3
Indutância do primário:
Vinmin ⋅ Dmax
Lp = à Lp = 2,72 mH
Ip ⋅ fs
Número de espiras do primário:
Bmax ⋅ δ
Np = à N p = 110espiras
µo ⋅ Ip
Número de espiras dos secundários:
Para cálculo do número de espiras dos secundários, será considerada uma queda de
tensão de 1V nos diodos de saída (Vd = 1V).
Ns1 = 22espiras
Vo( i ) + Vd 1 − Dmax
N s( i ) = Np ⋅ ⋅ à Ns2 = 16 espiras
Vin min Dmax
Ns3 = 16 espiras
Na saída de 5V (saída 4) será usado um regulador de tensão (7805), e será considerada
uma queda de tensão de 3V (Vreg=3V) entre os terminais de entrada e saída do regulador.
CAPÍTULO IX – PROJETO.
245
Vo 4 + Vd + Vreg 1 − Dmax
N s 4 = Np ⋅ ⋅ à Ns4 = 12espiras
Vinmin Dmax
Determinação do tempo de desmagnetização To:
Corrente de pico na saída 1:
Np
Is1 = ⋅ Ip à Is1 = 2,1A
N s1
Tempo de desmagnetização To:
2 ⋅ Io1
To = à To = 3,81µ s
Is1 ⋅ fs
Correntes de pico nos enrolamento secundários:
1 − Dmax
Is1ef max = Is 2ef max = 900mA
Is( i ) ef = Is( i ) ⋅ à
max
3 Is3efmax = Is4ef max = 450mA
Indutância dos secundários:
2
Ls1 = 108,9µ H
Ns ( i )
= ⋅ Lp Ls 2 = Ls 3 = 57,6µ H
N
Ls( i ) à
p
Ls 4 = 32,4µ H
Seção dos condutores:
Enrolamento primário:
Ipe fmax
Sp = à Sp = 0,00045 cm 2
Jmax
Enrolamentos secundários:
Is( i ) ef Ss1 = Ss 2 = 0,002248cm 2
Ss ( i ) = max
à
Jmax Ss3 = Ss 4 = 0,001124cm 2
7,5
∆= à ∆ = 0,0335cm
fs
Considerando a profundidade de penetração calculada, tem-se que o máximo diâmetro
de condutor necessário é dado por:
Os condutores elementares são escolhidos de forma que seu diâmetro seja menor ou
igual ao máximo diâmetro calculado, logo este deve ter diâmetro menor que o fio 22AWG.
Condutores adotados:
Primário: 1 x 32AWG; Secundário 1: 1 x 23AWG; Secundário 3: 1 x 26AWG;
Secundário 2: 1 x 23AWG; Secundário 4: 1 x 26AWG;
CAPÍTULO IX – PROJETO.
246
1
VSmax = Vinmax ⋅ à VSmax = 734,54V
1 − Dmax
Corrente eficaz:
3
Vinmax Dmax
ISef = ⋅ à ISef = 517,4mA
fs ⋅ Lp 3
Interruptor adotado: IRFBF30
• VDS max = 900V ; • RDSon = 5Ω @100ºC; • tr = 120ns ;
fs
Pscomutação = ⋅( tr + t f ) ⋅ Icommed ⋅ VSmax à Ps comutação = 2,0W
2
Perdas totais:
Determinação da Rthda:
• Temperatura ambiente → Tamb = 60ºC ;
Tjmax − Tamb
RthdaFlyback = − Rthjc − Rthcd à RthdaFlyback = 13,779º C / W
Pstotais
Dimensionamento dos capacitores de saída (C85, C87a, C87b e C88):
Determinação das capacitâncias:
CAPÍTULO IX – PROJETO.
247
Corrente eficaz:
A escolha dos diodos de saída deve levar em conta que estes operam em alta
freqüência, logo se torna necessário o uso de diodos do tipo ultrafast.
Diodo escolhido: D37=D37a=D37b=D39= MUR120.
Dmax
⋅ Ip
fs
C77 = à C77 = 4,7nF
1,05 ⋅ VSmax
Resistor snubber (R98):
100 ⋅ Dmin
R98 = à R98 = 27 kΩ
3 ⋅ fs ⋅ C77
1
R106 = à R106 = 2,38Ω
Ip
Potência no resistor shunt:
CAPÍTULO IX – PROJETO.
248
1 1,72
R103 = ⋅ à R103 = 5,2kΩ
2 fs ⋅ C83
f) Dimensionamento do compensador:
• tensão de entrada nominal → Vinnom = 400V ;
Vo
• resistência de carga de saída → Ro = = 100Ω ;
Io
• freqüência de comutação → fs = 50kHz :
1
fz = à fz = 1,61kHz
2 ⋅ π ⋅ Co ⋅ RSE
Freqüência do pólo:
1
fp = à fp = 3,38Hz
2 ⋅ π ⋅ Co ⋅ Ro
Localização do pólo do compensador:
fs
fc _ sistema = à fc _ sistema = 10 kHz
5
Determinação do ganho estático do controlador:
1
K Rflyback = à KRflyback = 27,23
1
Gflyback (f c ) ⋅
fc _ sistema
⋅ j +1
fp _ comp
CAPÍTULO IX – PROJETO.
249
1
R101 = à R101 = 449,33k Ω
2 ⋅ π ⋅ fz ⋅C80
Vref
1+
Vo1 − Vref
R100 = R101 ⋅ à R100 = 19,72k Ω
KR flyback
Dimensionamento de R99:
R100 ⋅ R101
R99 = à R99 = 138,1kΩ
K cflyback ⋅ R100 − R101
Resistores adotados:
• R99 = 150kΩ / 1/8W;
• R100 = 22kΩ / 1/8W.
Diagrama de Bode:
A Fig. 9-25 apresenta o diagrama de Bode de módulo e fase do conversor Flyback G(f),
do controlador R(f) e do sistema em laço aberto FTLA(f).
100
GdB( f )
50
RdB( f )
FTLA dB( f) 0
50
1 .10 1 .10 1 .10
3 4 5
0.1 1 10 100
f
Gφ ( f )
Rφ ( f ) 50
FTLAφ ( f )
100
1 .10 1 .10 1 .10
3 4 5
0.1 1 10 100
f
Fig. 9-2 5 - Di agr ama d e Bod e de m ódul o e fas e do c o n vers o r Flyb ac k , do c ontrolad or e d o s is tema
em laç o ab erto.
CAPÍTULO IX – PROJETO.
250
Resistência de R144:
Vomin − Vz10
R144 ≤ à R144 ≤ 3,0kΩ
Iz10 −min
(Vomax − Vz10 )
2
CAPÍTULO IX – PROJETO.
251
Cálculos preliminares:
Razão cíclica mínima:
Vxx
Dmin = à Dmin = 0,143
Vxx + Vomax
Razão cíclica máxima:
Vxx
Dmax = à Dmax = 0,18
Vxx + Vomin
Para garantir a tensão de saída, mesmo com tensão de saída da UR mínima, será
adotada a razão cíclica máxima.
Potência de saída:
Po = Vxx ⋅ Io4 à Po = 1W
1
VDS max = Vomax ⋅ à VDS max = 73,171V
1 − Dmax
Corrente de pico no interruptor:
Vomax ⋅ Dmax
IQ 20 pk = à IQ 20 pk = 194,93 mA
Lbb ⋅ fsbuck − boost
Corrente eficaz no interruptor:
3
Vomax Dmax
IQ 20 ef = ⋅ à IQ 20 ef = 47,75 mA
Lbb ⋅ fsbuck − boost 3
Transistor adotado: Q20= IRF510.
CAPÍTULO IX – PROJETO.
252
1−Dmax 2
Vxx
ID 42 ef = fsbuck −boost ⋅ ∫ fsbuck −boost
IQ 20 pk − L ⋅ t dt à ID 42 ef = 116,14 mA
0
Diodo adotado: D42= MUR120.
Io 4 ⋅ Dmax
Co = à Co = 4,5µ F
∆Vo ⋅ fsbuck − boost
Como capacitor de saída do conversor Buck-Boost será utilizado o mesmo capacitor de
saída da fonte auxiliar 1 (C87 ).
Dmax
ton = à ton = 4,5µ s
fsbuck −boost
1 − Dmax
toff = à toff = 20,5µs
fsbuck −boost
Dimensionamento do capacitor C122 e dos resistores R140 e R141:
Adotando-se o capacitor C122 = 1nF, calcula-se os resistores R140 e R141:
ton
R140 = à R140 = 6,5k Ω
0,693 ⋅ C122
toff
R141 = à R141 = 29,6kΩ
0,693 ⋅ C122
Resistores adotados:
• R140 = 5,6kΩ / 1/8W;
• R141.= 33kΩ / 1/8W.
1 1 1 1 1 1 1
= + + + + +
Rthdatotal RthdaDret RthdaSb Rthda Db RthdaS _ FB Rthda Do RthdaFlyback
1 1 1 1 1 1 1 ºC
= + + + + + à Rthdatotal = 1,19
Rthdatotal 4,44 3,08 11,32 40,78 9,65 13,78 W
CAPÍTULO IX – PROJETO.
253
9.10 CONCLUSÃO
Neste capítulo realizou-se o projeto de todos os circuitos que compõem a Unidade
Retificadora, especificando os componentes necessários a montagem da mesma.
O projeto dos circuitos de supervisão e das fontes auxiliares da UR2 são similares aos
projetos da UR1 apresentados neste capítulo.
Os esquemáticos completos das URs com os valores dos componentes são
apresentados nos anexos A1 e B1.
CAPÍTULO IX – PROJETO.
255
1 0 CAP ÍT UL O X
10.1 INTRODUÇÃO
b) Acionamento do Relé.
Fig. 10- 3 – C orr ente d e pa rtida da U R. a) Detalh e da c o rr ente d e inr us h. b) D etalh e da c or re nte no
ac ionam ento do rel é. c ) Detal he d a c orr ente n o ac ion ame nto do c o n vers o r Boos t.
127
107
dB µ V 87
67
47
0,15 1,0 10,0 30,0
f [MHz]
Fig. 10- 4 – Inter fe rê nc ia eletr oma gnétic a s em filtro d e EMI ( ape nas c om c apac ito res Y: C3 e C4).
Verifica-se que o nível de interferência está bem acima dos níveis de quasi-peak e
médio exigidos por norma. Desta forma torna-se necessário o uso de um filtro de EMI na entrada
da UR.
Vale ressaltar que o resultado mostrado na Fig. 10-4 inclui o indutor Boost como filtro
para as correntes de modo comum e os capacitores CY (C3 e C4).
76
dB µ V 56
46
26
0,15 1,0 10,0 30,0
f [MHz]
Fig. 10- 5 – Inter fe rê nc ia eletr oma gnétic a c om filtro d e EMI c alc ula do
70
dB µ V
50
30
10
0,15 1,0 10,0 30,0
f [MHz]
63
43
dB µ V
23
03
0,15 1,0 10,0 30,0
f [MHz]
Fig. 10- 7 - Inter fe rê nc ia eletr oma gn étic a c om filtro d e EMI aj us tado e c om c ap ac itores CY nos
terminais d e entr ad a da U R (i ndut or d e mod o c omum : Lf1 + Lf2 = 9,15mH ).
Observa-se que a adição destes capacitores provoca uma redução do ruído na faixa de
freqüência de 20MHz a 30MHz, fazendo com que o nível de interferência eletromagnética
conduzida atenda às especificações exigidas por norma.
Tensão Tensão
Corrente
Corrente
Tensão: 100V / div Corrente: 1A / div Tempo: 2,00ms / div Tensão: 100V / div Corrente: 2A / div Tempo: 2,50ms / div
Fig. 10- 8 – Tens ão e c or re nte de e ntra da: a ) Vin = 264V e Iin = 1,97A. b) Vin = 256V e Iin = 2,55A.
Tensão Tensão
Tensão
Corrente Corrente
Corrente
Tensão: 100V/div Corrente: 2A/div Tempo: 62,5ns/div Tensão: 100V/div Corrente: 2A/div Tempo: 62,5ns/div
Tensão
Corrente
2.1% 1.5%
1.9% 1.3%
1.6% 1.2%
1.4% 1.0%
THD = 2,31% THD = 2,46%
1.2% 0.9%
1.0% 0.7%
0.8% 0.6%
0.6% 0.4%
0.4% 0.3%
0.2% 0.1%
0.0% 0.0%
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 2 4 6 810 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50
Harmonic magnitude as a % of the fundamental amplitude
Fig. 10- 11 - Har mônic as d a tens ão de ent rad a pa ra Io Fig. 10- 12 - Har mônic as d a c orr ente d e ent rad a pa ra
nomin al. Io n omin al.
∆ Vo = 11,88V
Tensão: 100V / div Tempo: 2,50ms / div Tensão: 2V / div Tempo: 2,50ms / div
CORRENTE NOMINAL.
Por norma também deve ser atendido um fator de potência maior que 0,97 para a
condição de tensão nominal de 220V e com 50% da corrente nominal.
Tensão
Corrente
2.4% 4.5%
2.1% 4.0%
1.9% 3.6%
1.7% 3.1%
0.9% 1.8%
0.7% 1.3%
0.5% 0.9%
0.2% 0.4%
0.0% 0.0%
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 2 4 6 810 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50
Harmonic magnitude as a % of the fundamental amplitude
Fig. 10- 15 – Har mônic as d a tens ão d e ent rad a pa ra Fig. 10- 16 - Har mônic as d a c orr ente d e ent rad a pa ra
50% de Io n omin al. 50% de Io n omin al.
Tensão
Corrente
2.0% 1.1%
1.8% 1.0%
1.6% 0.9%
1.4%
THD = 2,5% 0.7% THD = 2,53%
1.2% 0.6%
1.0% 0.5%
0.8% 0.4%
0.6% 0.3%
0.4% 0.2%
0.2% 0.1%
0.0% 0.0%
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 2 4 6 810 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50
Harmonic magnitude as a % of the fundamental amplitude
Fig. 10- 18 - Har mônic as d a tens ão de ent rad a pa ra Io Fig. 10- 19 - Har mônic as d a c orr ente d e ent rad a pa ra
nomin al. Io n omin al.
Para tensão de entrada de 110V, assim como para a tensão de entrada de 220V, tem-se
o atendimento das especificações de fator de potência e taxa de distorção harmônica exigida por
norma. Neste caso obteve-se uma fator de potência de 0,999, um pouco maior do que na condição
de 220V.
A Fig. 10-20 apresenta a forma de onda da tensão e corrente de entrada para uma
tensão de entrada de 89V (menor tensão permitida) e corrente nominal. Assim como nos casos
anteriores a forma de onda da corrente é senoidal e em fase com a tensão de entrada, garantindo
um elevado fator de potência.
Analisando a forma de onda mostrada na Fig. 10-20 verifica-se uma pequena distorção
da corrente de entrada, conhecida como efeito “cúspide”. Isto se deve ao elevado valor de
indutância Boost requerido para garantir a especificação de ondulação de corrente para a
condição de 220V. Esta distorção não é significativa, além do que, este é um caso extremo de
funcionamento da UR, pois normalmente ela não irá operar nesta condição.
Tensão
Corrente
Corrente
Corrente
Tensão
Tensão Corrente
Tensão
Tensão
Tensão
Corrente Corrente
Tensão: 100V / div Corrente:500mA / div Tempo: 250ms / div Tensão: 5V / div Corrente:500mA / div Tempo: 250ms / div
(a) (b)
A Fig. 10-23 mostra a resposta dinâmica da tensão de saída frente a variação da tensão
de entrada. Observa-se que a tensão de saída permanece constante para uma variação da tensão
de entrada de 140V a 256V eficazes.
Tensão Vo
Tensão Vin
Tensão Vin: 250V / div Tensão Vo :100V / div Tempo: 250ms / div
97%
95%
93%
91%
89% Vin=220V
η [%]
87% Vin=110V
85%
83%
81%
79%
77%
75%
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650
Po [W]
Fig. 10- 24 – Ren dime nto do c o n vers o r Boos t inc luind o a fonte a ux iliar.
99%
98%
97%
96%
η [%]
95%
94% Vin=220V
Vin=110V
93%
92%
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650
Po [W]
Fig. 10- 25 – Ren dime nto do c o n vers o r Boos t des c onta nd o a potê nc ia c ons umi da p ela fonte
aux iliar.
Tensão Tensão
Tensão
Corrente
Corrente
Corrente
Tensão Tensão
Tensão
Corrente Corrente
Corrente
Tensão: 100V/div Corrente: 1A/div Tempo: 250ns/div Tensão: 100V/div Corrente: 1A/div Tempo: 250ns/div
Tensão
Corrente
Fig. 10- 28 – Te ns ão Vab e c orr ente no ind utor res s on ante Lr.
Tensão: 10,0V / div Tempo: 5,00ms / div Tensão: 50,0mV / div Tempo: 2,50ms / div
(a) (b)
sonoro, psofométrico e de rádio freqüência. Além de em alguns casos não obter regulação da
tensão de saída para toda a faixa de operação (vazio até à plena carga).
∆ V = 3,4V
∆ t = 17ms
∆V = 492mV
∆t = 4ms
Tensão: 1,00V / div Tempo: 5,00ms / div Tensão: 200mV / div Tempo: 1,00ms / div
(a) (b)
∆ t = 8,4ms
∆I = 3,4A
∆ t =8ms
∆ I = 2,36A
Corrente: 2,00A / div Tempo: 2,00ms / div Corrente: 2,00A / div Tempo: 2,00ms / div
(a) (b)
Planta GdB(Vo/Vc)
30
20
10
0
GdB
-10
-20
-30
-40
1 10 100 1000 10000 100000
f[Hz]
Experimental Teórico
Fig. 10- 32 – Diag ram a de Bo de d e mód ulo d a funç ão de tra ns fe rê nc ia GVVc (f )dB do c on ve rs or
O Psofômetro é um instrumento usado para medir o efeito auditivo provocado pelo ruído
existente na tensão de saída da UR (ruído psofométrico). É constituído por uma rede de
impedâncias (filtro) que pondera a amplitude das harmônicas do ruído na tensão de saída
conforme a sensibilidade do ouvido humano.
O peso considerado para cada harmônica é estabelecido pelo Comitê Consultivo
Internacial de Telefonia (CCIF), designado como CCIF-1951.
Com o objetivo de obter um maior entendimento a respeito do ruído psofométrico foi
obtida experimentalmente a função de transferência de um equipamento de medição de ruído
psofométrico (Psofômetro). A Fig. 10-33 apresenta a função de transferência do Psofômetro
analisado (Psofômetro Digital – PMP-20 BN876/02 – WGB - Eletrônica de Precisão Ltda.).
Verifica-se que a freqüência mais crítica é de 1kHz, onde se tem a menor atenuação do ruído
psofométrico. Observa-se ainda que a faixa de freqüência significativa para o ruído psofométrico
encontra-se entre 100Hz e 5kHz.
Psofômetro
0
-20
dBmV
-40
-60
-80
-100
1 10 100 1000 10000 100000
f [Hz]
Nos ensaios realizados o melhor resultado obtido para o ruído psofométrico medido foi
de -48dB µV que de acordo com a Tabela apresentada no Anexo C corresponde a 3,09mV
psofométrico. Este valor está muito distante do valor de 1mV psofométrico (-57,80dBµV) exigido
por norma.
94
Rendimento η [%]
92
90
88
86
84
82
150 200 250 300 350 400 450 500 550 600
Po [W]
90%
88%
86%
84%
Vin = 220V
η
82%
Vin = 110V
80%
78%
76%
150 250 350 450 550
Po[W]
Fig. 10- 35 – Ren dime nto da Uni dad e R etific ad or a pa ra tens ã o de e ntra da d e 22 0V e 10 0V.
Ensaio Térmico
100
Temperatura (ºC)
80
60
40
20
0
9
or
r
t
te
rL
387
da
B
oos
ad
ien
rF
uto
saí
sip
UC
rB
ado
mb
Ind
r de
Dis
uto
.A
orm
Ind
uto
mp
nsf
Ind
Te
Tra
10.7 CONCLUSÃO
de entrada exigidos por norma. Além de proporcionar uma tensão de saída de 400V regulada,
reduzindo os esforços de corrente no conversor CC-CC FB-ZVS-PWM-PS.
Para toda a faixa de operação da tensão de entrada (89V a 264V) obteve-se uma
excelente conformidade da corrente de entrada com a tensão de entrada, proporcionando um fator
de potência praticamente unitário e uma baixa distorção harmônica da corrente de entrada.
Com relação à comutação do interruptor Boost verificou-se a atuação do circuito
snubber, reduzindo as perdas por comutação de forma a proporcionar um elevado rendimento
(acima de 96%).
A respeito do conversor CC-CC constatou-se que o braço com comutação crítica perde a
característica de comutação suave do tipo ZVS com potência de saída abaixo de 90% da potência
nominal, fazendo com que as perdas por comutação tornem-se significativas, reduzindo o
rendimento do conversor.
A pequena faixa de comutação suave do braço crítico deve-se ao circuito de
grampeamento utilizado.
O braço não-crítico possui comutação suave para toda a faixa de operação de carga.
O rendimento máximo do conversor FB-ZVS-PWM-PS foi de 93,1%.
Quanto ao circuito de controle do conversor FB-ZVS-PWM-PS, verificou-se que
aumentando a resposta dinâmica da malha de controle (freqüência de cruzamento maior),
reduz-se a ondulação da tensão de saída, entretanto, aumenta-se o nível de ruído psofométrico.
A ondulação de 120Hz inerente na tensão de saída da UR, contribui para o aumento do
ruído psofométrico, porém a componente harmônica mais significativa para o aumento do ruído
psofométrico é a de 1kHz (ver Fig. 10-33). Sendo assim, deve-se ter um compromisso no projeto
da malha de controle de forma a manter uma baixa ondulação de 120Hz e também filtrar ruídos na
faixa de freqüência de 1kHz. Realizou-se ajustes no controlador de tensão, reduzindo a banda
passante (controlador mais lento) de forma a filtrar as harmônicas na faixa de 100Hz a 5kHz.
Também foi introduzido um pequeno indutor de modo comum no circuito de saída. Observou-se
que a partir de um certo ponto o ajuste da malha de controle não contribuía mais para a redução
do ruído psofométrico. O melhor resultado alcançado para o ruído psofométrico foi de -48dBµV
(3,09mV psofométrico), obtido com a UR2.
A malha de corrente atendeu a sua função de limitar a corrente de saída no caso de uma
enventual sobrecarga ou curto-circuito. No entanto, esta se apresentou muito ruidosa (ruído
sonoro).
Alguns ajustes nos valores dos componentes das malhas de controle dos conversores
Boost e FB-ZVS-PWM-PS e acréscimo de pequenos capacitores para filtragem de ruídos foram
necessários para obter um melhor resultado.
Através da obtenção experimental da função de transferência do conversor
FB-ZVS-PWM-PS e comparação como a função de transferência teórica, pode-se validar o
modelo utilizado.
A UR apresentou um excelente rendimento, obtendo-se um rendimento acima de 86%
para 60% a 100% de potência de saída.
1 1 CAP ÍT UL O X I
11.1 INTRODUÇÃO
A necessidade de compactação dos circuitos levou ao uso de placas de circuito
impresso (PCI) cada vez mais densas. A proximidade entre componentes e circuitos em uma PCI
provoca problemas de interferência que conseqüentemente causam ruídos indesejáveis ao
funcionamento do equipamento.
O projeto do layout da PCI deve levar em conta aspectos elétricos, tais como: níveis de
tensão entre trilhas (distâncias de segurança), níveis de corrente, sentidos de circulação de
corrente (correntes de modo comum ou diferencial), campos eletromagnéticos gerados, freqüência
de operação e susceptibilidade a ruído dos circuitos e componentes utilizados, etc.
Também devem ser considerados aspectos mecânicos: tamanho dos componentes, área
e altura máxima da placa, facilidades na montagem, disposição dos componentes de ajustes e
sinalizações, disposição de dissipadores ou dispositivos de refrigeração, furação da placa,
disposições dos conectores de entrada e saída de sinais e de medições, etc.
Um outro fator a ser considerado é o número de camadas que constituem a placa de
circuito impresso (simples face, dupla face ou multicamadas) e o material que a constitui (fenolite,
fibra de vidro, teflon, resina epóxi, etc.).
Um projeto bem estudado do layout de uma PCI pode levar o mesmo tempo do projeto
de todo o circuito elétrico, visto a complexidade e a quantidade de parâmetros que envolvem o
projeto da PCI. Entretanto esta pode ser a diferença entre o funcionamento ou não do projeto.
Neste capítulo serão apresentadas algumas considerações para o projeto do layout de
placas de circuito impresso. Muitas das considerações aqui apresentadas são empíricas,
baseadas em resultados experimentais.
Também serão apresentados layouts das URs projetadas, realizando uma breve
explanação a respeito dos mesmos.
1,0mH
C25 R23
D7
C8 Q4 Q5
Lf3
R22 TR1
Lr1
D3 D4 C10 C23 D10
C9
Q2 C24
Q6 D8 Q7
Rsh1
D11
VDC-
R24 C26
Fig. 11- 1 – C aminh os c rític os de c irc ulaç ã o de c o rre nte n os c irc uitos de potênc i a.
Outra preocupação que se deve ter com os circuitos de potência é com respeito à
característica térmica. Deve-se identificar quais componentes irão ter maior elevação de
temperatura e dispô-los de forma a favorecer a troca de calor com o ambiente e evitar
proximidades entre os mesmo que possam dificultar a dissipação do calor.
Os semicondutores de potência fixados no dissipador devem possuir facilidade para sua
fixação, sendo normalmente desejado que estes estejam próximos a borda da PCI de forma a
facilitar sua manipulação.
A disposição dos componentes magnéticos deve ser cautelosa, pois os campos
magnéticos emitidos por estes causam sérios problemas de interferência no circuito. Logo, deve-
se evitar a passagem de trilhas de sinal próximas a estes componentes ou por baixo destes. Estes
componentes devem estar o mais afastado possível dos circuitos de controle.
Além das distâncias entre trilhas a norma de segurança IEC 950, prevê também uma
distância mínima livre de trilhas na borda da placa (4mm).
A espessura das trilhas também influencia na susceptibilidade a ruídos. Trilhas muito
longas e finas funcionam como verdadeiras antenas transmissoras e receptores de ruídos de rádio
freqüência. Considerando os efeitos de radiofreqüência, quanto mais fina uma trilha, mais
sintonizado será o sinal que esta irá captar, ou seja, haverá uma amplificação maior para o ruído
de radiofreqüência. Por outro lado, trilhas grossas possuem a característica de captar um espectro
de freqüência mais distribuído, com amplitudes menores.
curtas e mais grossas que as trilhas usadas nas transmissões de sinais. Deve-se usar
pequenos capacitores de desacoplamento (100nF) conectados bem próximos aos
terminais de alimentação dos circuitos integrados que compõem o circuito de comando e
controle. As trilhas que levam a alimentação para os CIs não devem passar próximas aos
componentes magnéticos de potência nem aos interruptores de potência.
• Estes circuitos devem estar o mais afastado possível dos componentes magnéticos de
potência;
• Uso de plano de terra de forma a fornecer um caminho de baixa impedância para as
correntes de modo comum;
• A alimentação dos circuitos do driver de comando deve partir de um ponto separado da
alimentação dos circuitos de sinal.
• Nos terminais de entrada de circuitos de alta impedância como amplificadores
operacionais e similares, deve-se usar trilhas curtas.
Nem sempre é possível atender todas as considerações citadas acima, sendo
necessário dar prioridade às de maior relevância.
Supervisão
Falha CA Fonte Auxiliar
Controle FB Comando FB
PFC - Boost
Potência FB
Filtro EMI
Proteção Inrush
Verifica-se que a UR possui uma placa auxiliar. Nesta placa estão contidos os circuitos
de supervisão que operam com sinais digitais (menos susceptíveis a ruídos). Foi utilizada uma
placa metálica de blindagem conectada ao plano de terra deste circuito.
O layout mostrado na Fig. 11-3 apresentou excelentes resultados. No entanto, ainda
apresenta alguns problemas citados a seguir:
• O transformador e os indutores ressonante e de saída do conversor FB estão muito
próximos, dificultando a dissipação do calor gerado por estes;
• Não atende as especificações de distâncias de segurança exigidas pela norma IEC 950;
• Não apresenta facilidades para fixação dos semicondutores de potência ao dissipador
(semicondutores não estão dispostos nas extremidades da placa).
Fonte auxiliar
Supervisão
Potência FB
Comando FB
Fonte auxiliar
Potência FB
Comando FB
Controle FB
Supervisão
Potência FB
Filtro de EMI
Convesor Boost Inrush Proteções
Este layout apresentou excelentes resultados com pouco nível de ruído. Sendo possível
a realização de todos os testes necessários.
Os problemas encontrados neste layout são:
• Não atende as especificações de distâncias de segurança exigidas pela norma IEC 950;
• A fonte auxiliar é montada em uma placa auxiliar conectada a placa principal. Esta placa
serve como blindagem para o circuito de comando e controle do conversor FB contra
interferências eletromagnéticas geradas no circuito de potência do conversor FB
(principalmente geradas pelo transformador). Entretanto, o transformador da fonte auxiliar
(apesar de possuir uma potência menor) está muito próximo aos circuitos de controle do
conversor FB podendo causar interferência nestes;
• O layout não apresenta facilidades para fixação dos semicondutores de potência no
dissipador (não estão localizados na borda da placa).
Controle e
Supervisão
Comando FB
Fonte auxiliar
Potência FB
Conversor Boost
Inrush
Este layout ainda está em fase de testes. Verificou-se baixo nível de ruído, porém ainda
não atende ao requisito de 1mV de ruído psofométrico na tensão de saída.
11.16 CONCLUSÃO
Neste capítulo foram apresentadas algumas recomendações para o projeto do layout da
placa de circuito impresso.
Percebe-se que o projeto da PCI de uma Unidade Retificadora para telecomunicações é
bastante complexo. O projetista deve possuir informações tanto de características elétricas como
mecânicas do projeto.
As restrições de volume, a operação em alta freqüência e a complexidade dos circuitos
envolvidos fazem com que o projeto da placa torne-se um verdadeiro desafio.
Em projetos de PCIs usadas em eletrônica de potência, principalmente em fontes para
telecomunicações, devem ser atendidos os seguintes requisitos:
• Alta densidade de potência (compactação);
• Baixo nível de interferência eletromagnética;
• Atendimento às distâncias mínimas de segurança;
• Facilidades de montagem, testes, ajustes e manutenção;
Um bom projetista deve ter sobretudo criatividade para conseguir atender a todos os
requisitos citados acima.
Os principais problemas encontrados nos projetos dos layouts das URs foram com
relação a interferência entre os circuitos. Esta provoca ruídos nos circuitos de comando (mais
susceptíveis) que impossibilitam o funcionamento da UR. Técnicas de projeto de layout foram
estudadas e aplicadas, reduzindo os níveis de ruídos na PCI. Percebe-se que um projeto bem
elaborado do layout da PCI pode evitar uma série de problemas relacionados à interferência
eletromagnética.
No projeto do layout da UR1 foram levados em conta as recomendações citadas neste
capítulo e obteve-se sucesso. Porém, neste projeto não se considerou as especificações de
distâncias mínimas de segurança exigidas pela norma IEC 950.
No layout do primeiro protótipo da UR2 não foram consideradas as recomendações de
projeto de layout apresentadas. Como conseqüência teve-se sérios problemas de ruído,
impossibilitando a operação do conversor FB em malha fechada.
A principal diferença entre o layout do segundo e terceiro protótipo da UR2, está no
atendimento às especificações de distâncias mínimas de segurança dadas por norma. O segundo
layout não atende a esta especificação.
Nos dois últimos layouts foram utilizados componentes do tipo SMD de forma a tornar
viável o projeto da PCI com as dimensões especificadas. O uso de componentes SMD também
torna o projeto mais imune à interferência eletromagnética, pois estes componentes são menos
susceptíveis a interferências, já que não possuem terminais que atravessam a placa como os
componentes convencionais, os quais funcionam como antenas captadoras de ruído.
Apesar das tentativas para reduzir o ruído psofométrico na saída, não se conseguiu
atender às especificações exigidas por norma.
CONCLUSÃO GERAL
CONCLUSÃO G ERAL
290
• O conversor possui um braço de comutação crítica, sendo que esta comutação ocorre
quando os diodos retificadores de saída estão curto-circuitados, sendo disponível apenas a
energia armazenada no indutor ressonante para realizar a carga e descarga dos
capacitores em paralelo com os interruptores deste braço.
Do estudo realizado para a escolha dos controladores a serem usados nas malhas de
tensão e corrente, tem-se que o controlador mais indicado para a malha de tensão é o controlador
proporcional integral derivativo e, para a malha de corrente, o controlador proporcional integral.
CONCLUSÃO G ERAL
291
O projeto realizado atendeu praticamente todas as especificações exigidas por norma, com
exceção à especificação de ruído psofométrico. Apesar de não ser atendido este requisito,
constatou-se algumas características que através de um estudo mais aprofundado pode-se chegar
aos níveis exigidos por norma para o ruído psofométrico:
CONCLUSÃO G ERAL
292
• A principal harmônica que contribui para o ruído psofométrico está na freqüência de 1kHz;
• A redução do nível de ondulação de 120Hz da tensão de saída nem sempre reduz o nível
de ruído psofométrico. Neste sentido deve-se realizar um estudo do filtro de saída com o
intuito de verificar a sua contribuição para a atenuação do ruído psofométrico.
• Projeto completo de todos os circuitos que compõem uma Unidade Retificadora com
atendimento às normas nacional TELEBRÁS e internacionais IEC61000-3-2 e IEC950;
Contudo, observa-se que existe uma grande “distância” entre um protótipo e um produto
final que deva atender a rígidas especificações dadas por norma.
Sugestões:
CONCLUSÃO G ERAL
293
CONCLUSÃO G ERAL
ANEXOS
297
F1
ALT1 CN1_4 1 2 VR2 1
10A Varistor
431KD20 - 275V Lf1 Lf2 C4
Vin Cy1 4.7nF/250V
4.7nF/250V TG1 Supressor - Y2
Nom. 85V - 264V Supressor - Y2 C1 C2 CN1_8
1uF/275V 220nF/275V
Cápsula de Gás Supressor - X2 Supressor - X2 Terra da Carcaça - Dissipador
Cy2 Centelhador-275V
4.7nF/250V VR1 C3
Supressor - Y2 Varistor 4.7nF/250V
ALT2 CN1_6 431KD20 - 275V Supressor - Y2
1 2 2
F2 TN36/23/10 TN25/15/10
10A 3C11 - PHILIPS 3C11 - PHILIPS
2 enrolamentos 2 enrolamentos
ALT4 40espiras (7mH)- 1x18AWG 25espiras (3mH)- 1x18AWG
VCC
D1
1N4148
Q1
BC547 R1
Rele1 CN3_9 RELE
1k
B
R2
10k
NO
COM 0
NTC2 NTC1 NC POS
1 RET1
Relé: Finder 40.31
10SPO20 10SP020 12V/10A/250V
NTC - 2A NTC - 2A 1 3
C5
470nF/250Vac
2 4
SKB26/08
2 NEG
ANEXOS.
298
C7 R3
Lb D2 Ls1
POS VDC+
1,0mH 2uH
MUR860 EE 25/10/06 - 3C90 - PHILIPS
196Z-77083A7 - Magnetics R4
4espiras - 80 x 37AWG (2xLitz)
112 espiras C8 lg/2=0,3mm 470k
1x15AWG 120nF/250V
C6 D3 D4 P1 C10
MUR860 MUR860
220nF/400V C9 50K 330uF/450V
G Q2 330nF/630V B43501-A5337-M90 - EPCOS
IRFPS37N50A
S R5
3.3k
Rsh1
NEG VDC-
R020
PBH - 20mR/1% R7
Isabellenhütte
R10
1k C13 18k
10nF
R6 R8 C11 C14
820k S
R15 C18A C18 C19 C20 R19
1Meg 100nF 4.7uF/25V 1uF/25V 1nF 12k
R16
82k
C19A
CN3_12 SD P10_3854
10nF (Supervisão)
Fig. A2 - Es quemátic o d o c irc uito pr é- reg ula do r Boos t: Potênc ia e c oma ndo.
ANEXOS.
299
D14 D16
6 G4 6 G5
R25 R27
P2A 1 10R P1A 1 10R
5 S4 5 S5
D15 D17
4 4
P2B 2 1N4148 P1B 2 1N4148
3 G6 3 G7
R26 R28
EE 20/10/05-3C94-PHILIPS EE 20/10/05-3C94-PHILIPS
10R 10R
Np=25espiras - 29AWG Np=25espiras - 29AWG
Ns1=25espiras - 29AWG S6 Ns1=25espiras - 29AWG S7
Ns2=25espiras - 29AWG Ns2=25espiras - 29AWG
ANEXOS.
300
Sensoriamento da tensão de saída Malha de tensão e equalização de corrente Geração dos pulsos de comando (Phase-Shift)
V0+
(Shunt FB) Vc
-Vsh +Vsh (P2_3879)
VLC
0
C47 C50
R30 R35 R36 C36 EQC CN1_18 560pF 1uF
1.8k não montar 47k 82pF
R45 C48
+Vcc R43 1.5k 0 1nF
C34 C38 R40 R41 0
não montar C66 180nF 100R 100R U3
100 UC3879 R48 R49 C51
R33 100nF C41 R46 8.2k 5.6k
47k Z1 SD P4_3879 3.9k 1 20 390pF
U5A 1uF
0 8 TL072 U2 CN3_8 2 19
3 R38 R39
1 D02CZ5_1 (Supervisão) 3 18 Vcc
P2 C35 2 + 1 16 4 17
R34 470R 5k6 0
2.2k 82pF 2 15 5 16
47k - 3 14 6 15
C66a Ligação crítica.
100nF 4 13 7 14
Estas trilhas 5 12 R44 C42 8 13
4 C101 R47 C49
R31 devem ser o 6 11 Vcc 10nF 5.6k 1uF 9 12
-Vcc 7 10 3.9k 10nF 10 11
18k 0 mais curtas
C39 8 9
possíveis. 1uF Vcc
R37
V0- 47k UC3907 C43
U19 R42 Estas trilhas devem
1k C46 não montar C44 C45
R138 R32a R32 R29 1uF ser curtas, grossas e
PWM CN1_16 2.2nF 1uF 0 C52 C53
1 3 1uF 100uF/16V paralelas.
USR 1k 1k 1k 270k C37 C40
82pF 1.2nF
Driver de comando
C37c C37b C37a
GND CN1_14 2 4 1uF 4.7nF
1uF P9_3879
USR 0 0 0 0
SFH617 Q8 Q9
GND CN2_2 BD135 BD135
USR (Supervisão) D18 D19
0
Ligação crítica. C54 D1N5819 D1N5819
P9_3879 100uF P11_3879 R50
Estas trilhas P1A
Observações: Capacitores
devem ser o 10R (Trafo de pulso FB)
próximos ao
- As trilhas de Vcc e terra devem Malha de limitação de corrente mais curtas Estas trilhas devem P1B
ser curtas, grossas e CI.
ser o mais grossas e curtas possíveis. Capacitores próximos aos
possíveis. Vcc paralelas. D20 D21
diodos de driver.
C57 Q10 D1N5819 D1N5819
- Os capacitores de desacoplamento C60
680pF BD136 Q11
devem estar o mais próximo BD136
100nF P11_3879
possível dos pinos de alimentação
C61 R58 0 C55 C56
do CI.
0 +Vcc 1uF 100uF/16V P9_3879
- As trilhas das malhas de tensão R54
e de corrente que fornecem o sinal 12k 150nF 10k
de erro devem ser muito curtas. 4 U4B Q12 Q13
R52 5 LM324 Estas trilhas de terra e Vcc devem ser curtas, BD135 BD135
Sendo que os CI 3879 e 3907 devem +Vsh + R56 U4C D22 D23
560 grossas e conectadas próximas a fonte de
estar próximos. C58 V+ 7 2.2k 9 LM324 D1N5819 D1N5819
(Shunt FB) OUT - alimentação e em um ramo separado da alimentação
100pF R51
R53 D26 dos CI.
- As trilhas do driver de saída do 6 8 Vcorr P2A
-Vsh - R57 OUT Vc Ligação crítica. 10R (Trafo de pulso FB)
CI3879 devem ser grossas e curtas. V- 1k5
560 10 D1N5819 Estas trilhas P2B
A alimentação dos diodos do driver + (P2_3879) devem ser o
(pino 9 e 11 do 3879) devem ser 11 0
conectadas em um ramo separado da mais curtas
C63 possíveis. D24 D25
alimentação dos CI e próximo a 560pF Q14 D1N5819
BD136 Q15 D1N5819
fonte de alimentação, com trilhas R55
12k C62 R59 BD136
curtas, grossas e paralelas. 10k P11_3879
100nF
Estas trilhas
C59 devem ser o
560p
Sensoriamento de temperatura mais curtas
0 possíveis.
Fig. A4 - Es quemátic o d o c irc uito de c om and o e c ontr ole d o c on vers or FB-ZVS -PW M-PS.
ANEXOS.
301
R81
470k
Vbb Vaa
U8
U7C
LM7812C R77 R80 LM324
1 3 10
IN OUT +
4K7 12k D33
8
GND R78 OUT
C71 C72 C73 1k5 9 1N4148
100nF 2 100uF/16V 1uF C74 -
100nF
R79
220R R83
470
U7B
R68 R69 LM324 R87
5 U7D 470R
POS +
270k/1W 18k R82 LM324
7 12
OUT +
12k D34
6 14
C68 R70 C70 - Vaa OUT
Z3 R84 1N4148
3.3uF 12k 3.3uF 10V / 1/2W 13
-
4K7
R85
15k
C75 Vdd
100nF
R86
2k7 R88
22k
Sens_CAA CN3_6 U9
(supervisão)
3 1
4 2
SFH610A
0
ANEXOS.
302
VDC+ Vee=20V
D37 Vee Vbb
MUR120 D38
Vbb=20V
R96 R97 1N4001
82k/2W 6k8/2W TR4
R107 C85 C86
3 2.2k 330uF/25V 470nF
Ns1
Q16 D36 R98 CN3_7 VDC-
MUR1100 120k/1W 4
BUL38D (Supervisão)
D37a +Vcc
Z4 MUR120
18V/1W 5 +Vcc=15V
Vbb
C77 1 Ns2 C87a C86a
1.5n/630V 470uF/16V 470nF
Np 6
D37b C87b
Ns3 MUR120 C86b
2 470uF/16V 470nF 0
C84 7 -Vcc=-15V
U11 1uF Vxx U12 -Vcc
7 8 (Supervisão)
Z5 C78 C79 Q17 D39 Vxx CN3_11 Vxx=10V LM7805C Vdd Vdd=5V
1 3
470nF 100uF/25V 8 IN OUT CN3_5 Vdd
24V/1W 2 R104 MTP1N100E
VCC VREF 6
VFB MUR120 (Supervisão)
R99 C80
Ns4
GND
150k 1 OUT
COMP 8.2 9 C87 C88 C89 C90
220pF 2 470nF
3 R105 Z6 470uF/16V 470nF 33uF/16V
R101 4 ISENSE 2k2
RT/CT 18V/1W
470k GND CN1_20 GND
UC3844 (Supervisão)
R100 C81 0
22k 100pF 5
5 1
ANEXOS.
303
Vdd
S e n s _ T e mCN2_10
p Alimentação USR
V d d CN3_5
R108 R125
100 U15 12k
R136
R110 C93 SFH617
1k
10k 1uF/16V
1 3 CN2_4 L i m _ C o r r
R109
Z9 C91 C92 Q18
10k F u s CN3_10
10nF BC557
5V1 / 1/2W 22uF/16V
2 4 GND USR
R111 C103
47k 0
0
S e n s _ V oCN2_9 C94 10nF
R128
10nF 0 CN2_4 L E D 2 LED2
Vdd U13 220R
Vo- R117
R116 PIC16F872 LED Amarelo (limite de corrente)
560k 270k 0
R112 R115
1 28 R127 LED1
33k 470k CN2_4 L E D 1
220R
R114
470k R119 2 27 LED Verde (serviço)
6
100
7
- 3 26 R126 CN2_4 L E D 3 LED3
5
220R
+ 4 25 LED Vermelho (defeito)
R113 R118 U5B Z8
4.7k 150k LMC6082 C95
5V1 / 1/2W 10nF 5 24 CN3_9 R e l e
0
6 23 Alimentação USR
7 22 R130
0 Montado na Placa Principal U16 12k
8 21 R129
Vdd SFH617
C96 1k
L i m _ C o r rCN2_11 9 20 1 3 CN2_5 U R A
22pF C100
X1 10 19 1uF
C98 C97 4MHz 2 4 GND USR
10nF
G N D CN3_4 11 18
22pF
12 17
0 Vdd
0 0 0
13 16
R133
CN2_3
Alimentação US R 14 15 10k
R120 U20
12k SFH617
R121 CN3_8 S D P 4 _ 3 8 7 9
C A A N CN2_8 3 1 R132
1k 22k
Q19
BC547
G N D U S RCN2_2 4 2 R131
22k
0
U22
SFH617 R124 Alimentação USR
0
S D P 1 0 _ 3 8 5CN3_12
4 3 1
1k R135
U17 12k
R134
V D C - CN3_7 4 2 SFH617
1k
1 3 CN2_6 L i m . T e m p .
0
C A A CN3_6
2 4 GND USR
C99
Vdd
10nF
0
U21 R123
R122 SFH617 12k 0
1k
B L Q R P SCN2_7 1 3
GND USR 2 4
ANEXOS.
304
Placa de
Supervisão Microcontrolada Supervisão
PIC16F872 Buck-Boost
CN2. CN3.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Conectores tipo
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 barra de pinos
Vo- LED2
LED1
LED3
GND
Vdd
CAA
VDC-Rele
FUS
Vxx
CAAN
UR AN
GND Lim.
USR Lim.
BLQ Temp.
Corr. RPS
Sens_Vo
Sens_Temp
Sens_Corr SD P4_3879
Aliment. USR SD P10_3854
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Placa Principal
CN2 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 CN3
PFC - Comando
LM324 LM324 Fonte Auxiliar
UC3854
Full Bridge - Comando Sensor de Rede Serviço (verde)
PFC - Potência
ANEXOS.
305
16 1 C16 470pF
17 1 C18 4.7uF/25V
C18A,C57,C62,C66a,C66,
18 10 C71,C74,C75,C76A,C119 100nF
19 1 C19 1uF/25V
20 3 C20,C48,C122 1nF
21 1 C21 220nF
22 1 C23 10nF/630V
23 1 C24 3uF/100V
24 2 C25,C26 470pF/1kV
25 2 C27a,C27 220uF/63V
26 1 C28 470uF/63V
27 1 C29 1uF/63V
28 1 C30 10nF/2kV
29 1 C31 3n3/4kV
30 2 C33,C32 470nF/100V
31 3 C35,C36,C37 82pF
32 1 C37a 4.7nF
33 1 C40 1.2nF
34 2 C42,C61 150nF
35 1 C44 2.2nF
36 3 C47,C63,C67 560pF
37 1 C51 390pF
38 3 C53,C56,C72 100uF/16V
39 1 C54 100uF
40 4 C58,C65,C76,C81 100pF
41 1 C59 560p
42 1 C60 680pF
43 1 C64 22nF
44 2 C70,C68 3.3uF
45 1 C77 1.5n/630V
ANEXOS.
306
ANEXOS.
307
96 3 R4,R114,R115 470k
97 2 R137,R5 3.3k
98 3 R6,R7,R45 1.5k
99 1 R8 39k
100 1 R9 100k
101 1 R10 27k
102 1 R11 330R
103 1 R13 180k
104 2 R61,R14 680k
105 1 R15 1Meg
106 2 R101,R16 82k
107 6 R17,R63,R88,R95,R131, R132 22k
108 4 R18,R31,R69,R85 18k
R19,R54,R55,R60,R70,R80,
109 12 R82,R120,R123,R125,R130, R135 12k
110 1 R20 6.8R
111 2 R87,R21 470R
112 1 R22 120R/2W
113 2 R23,R24 47R/2W
114 7 R25,R26,R27,R28,R50,R51, R143 10R
115 2 R117,R29 270k
116 1 R30 1.8k
117 5 R33,R34,R36,R37,R111 47k
118 1 R39 5k6
119 3 R40,R41,R79 100R
120 3 R43,R108,R119 100R
121 1 R46 3.9k
122 3 R47,R49,R103 5.6k
123 1 R48 8.2k
124 2 R52,R53 560R
125 1 R56 15k
126 2 R78,R57 1k5
127 4 R62,R99,R112,R141 33k
128 1 R68 270k/1W
129 2 R84,R77 4K7
130 1 R81 2.2Meg
131 1 R83 1.2Meg
132 1 R86 2k7
133 3 R89,R90,R116 560k
134 2 R92,R93 220k
135 4 R94,R100,R113,R140 4.7k
136 1 R96 82k/2W
137 1 R97 6k8/2W
138 1 R98 120k/1W
139 1 R104 8.2
140 1 R105 2k2
141 1 R106 5R6/1W
142 1 R118 150k
143 3 R126,R127,R128 220R
144 1 R144 4.7k/2W
145 1 TG1 Cápsula de Gás - Centelhador-275V
146 1 TR1 EE 42/21/20 - 3C94 - PHILIPS - Np=28 espiras x 1fios
ANEXOS.
308
Litz(40x37AWG)
Ns1=Ns2 = 6 espiras x 1 fita cobre (17,5mm x 0,1mm)
147 2 TR2,TR3 EE 20/10/05-3C94-PHILIPS - Np= Ns1=Ns2= 25espiras - 29AWG
EE 25/13/07 – 3C94 – PHILIPS
NP=200 espiras x 1fio 32AWG
Ns1 = 22 espiras x 1 fio 23AWG
Ns2 = 16 espiras x 1fio 23AWG
Ns3 = 16 espiras x 1 fio 26AWG
148 1 TR4 Ns4 = 12 espiras x 1 fio 26AWG
149 1 U1 UC3854
150 1 U2 UC3907
151 1 U3 UC3879
152 2 U7,U4 LM324
153 1 U5 TL072
154 1 U5B LMC6082
155 1 U6 LM35
156 1 U8 LM7812C
157 2 U10,U9 SFH610A
158 1 U11 UC3844
159 1 U12 LM7805C
160 1 U13 PIC16F872
161 7 U15,U16,U17,U19,U20,U21, U22 SFH617
162 1 U18 TL431
163 1 U23 LM555
164 2 VR2,VR1 Varistor - 431KD20 - 275V
165 1 X1 4MHz
166 1 Z1 D02CZ5_1 – 5V1 / 1/2W
167 1 Z2 DO2CZ4_7 - 4V7 / 1/2W
168 1 Z3 10V / 1/2W
169 2 Z6,Z4 18V/1W
170 1 Z5 24V/1W
171 2 Z8,Z9 5V1 / 1/2W
172 1 Z10 1N5244b - 14V 1/2W
ANEXOS.
309
ANEXOS.
310
ANEXOS.
311
ANEXOS.
312
TG1
VR2
FUSE1 FUSE3 431KD20 - 275V
Varistor
F1
ALT1 CN1_28 1 2 1
C125 L1 9A L2 C1
4.7nF/250V 4.7nF/250V
Vin Supressor - Y2 Supressor - Y2
C2
CN1_32
Nom. 89V - 264V C3 220nF/275V
C126 1uF/275V Supressor - X2 C4 Terra da Carcaça - Dissipador
4.7nF/250V Supressor - X2 4.7nF/250V
Supressor - Y2 F2 Supressor - Y2
ALT2 CN1_30 1 2 2
Indutor EMI 9A
Indutor EMI TN25/15/10
2 enr - 27esp - 1x18AWG FUSE4 Indutor EMI
2 enr - 35esp - 1x18AWG
Indutor EMI:
Núcleo:
Toroidal - TN36/23/10
2 Enrolamentos:
N1 = 27 espiras
Fio : 1*18AWG
N2 = 27 espiras
Fio : 1*18AWG
+15
D1
1N4148
Caminho o mais
RELE1 Q1 curto possível com
BC547 R1
B trilhas paralelas
RELE
1k
A R2
10k
NO
COM
NTC1 NTC2 NC
0 0
1 12V/10A/250V RET1
20R 20R Relé POS
NTC - 2A NTC - 2A 1 3
C5
470nF/250Vac Dissip.
2 2 4 NEG
SKB26/08
ANEXOS.
313
D4
C7 MUR860 MUR860 Dissip. P1 C8
220nF/400V M1 C9 50K 470uF/450V
G IRFPS37N50A 330nF/630V
S Dissip.
R4
3k3
RSH1 RSH2
NEG R020 R020
VDC-
R5
Dissip. Dissip.
Caminho 4k7
Caminho R6
mais C10 27k
curto mais 10nF
possível curto C11 C12
R8
R7 possível
39k 470pF 100nF D5
R10 4k7 1N4148
1k C13 R9 C14
47pF 100k 1uF
R11 C15 D6 R12
10k 470pF C16 2 5 4 3 7
9 11
16 G
U1
1uF UC3854 1N4148 6R8
Q2
2N2907 Trilhas devem ser levadas
R13 6
8 15 10 1314 12 1 juntas até o gate e source
220k R15 R14
+21 470R respectivamente
18k
R16
SD P10_3854 S
820k
R17 C17 C18 C19 R18
1Meg 4.7uF/25V 1nF 12k
1uF
R19
+21
82k
15
C20 R20 C21
220nF 22k 1uF C22 U1
100nF
Fig. B2 - Es quemátic o d o c irc uito pr é- reg ula do r Boos t: Potênc ia e c oma ndo.
ANEXOS.
314
Componentes
Componentes mais próximos
mais próximos Trilhas possíveis do
Trilhas possíveis do paralelas mais D13 interruptor M3
paralelas mais D12 interruptor M1 curtas
curtas possíveis
possíveis 1N4148 TR3 1N4148
TR2
6 6 G1 6 6 G3
R24 R25
P2A 1 12R P1A 1 12R
1 5 5 S1 1 5 5 S3
D14 D15
4 3 4 3
P2B 2 2 1N4148 P1B 2 2 1N4148
3 4 G2 3 4 G4
R26 R27
Transformador 12R Transformador 12R
S2
Componentes S4
Componentes
mais próximos mais próximos
possíveis do possíveis do
Transformador: interruptor M2 Transformador: interruptor M4
Núcleo: Núcleo:
E-20-Thornton E-20-Thornton
Primário: Primário:
Np = 19 espiras Np = 19 espiras
Fio : 1*29AWG Fio : 1*29AWG
Secundário 1: Secundário 2: Secundário 1: Secundário 2:
N1 = 19 espiras N2 =19 espiras N1 = 19 espiras N2 =19 espiras
Fio : 1*29AWG Fio : 1*29AWG Fio : 1*29AWG Fio : 1*29AWG
ANEXOS.
315
Sensoriamento da tensão de saída Malha de tensão e equalização de corrente Geração dos pulsos de comando (Phase-Shift)
(Shunt FB)
V0+ Vc P1_3879
-Vsh +Vsh (P2_3879) (Supervisão)
VLC
0 C34 C35
EQC CN1_12
4.7nF 1uF
R28 R29 C36
1k8 47k
R30 82pF R34 C37
15k R31 R33 1k5 0 1nF
R32 0
+15 C38 100R 100R 100R U2
C39 UC3879 R35 R36 C40
2.2nF R37 U3A C41 R38 8k2 5k6 390pF
47k 8 10nF Z1 1uF 3k9 1 20
3 P4_3879
+ U4 (Supervisão) 2 19
V+ R39 R40 5V1-1/8W 3 18
1 +15
C128 P2 C42 OUT 1 16 4 17
5k R41 82pF 560R 10k 2 15 0 5 16
100nF 47k 2
- 3 14 6 15
V- Ligação crítica. 4 13 7 14
TL072 Estas trilhas 5 12 R42 C43 8 13
R43 C44
4-15 devem ser o 6 11 +15 5k6 1uF 9 12
R45 mais curtas 7 10 10k 22nF 10 11
R44 47k C45 8 9
possíveis. 1uF +15
Ref_V
(Supervisão) 270k 0 UC2907 C46
R47 R46 C48 2.2nF Estas trilhas devem
18k 1k C49 C50 ser curtas, grossas e
1uF 2.2nF 1uF 0 C52 C53
C47 1uF 100uF/16V paralelas.
82pF R136 C51 Driver de comando
33k 1.2nF
P9_3879
V0- 0 0 Q3 Q4
BD135 BD135
0 D16 D17
C55 1N5819 1N5819
Ligação crítica. P9_3879 100uF P11_3879 R48
Estas trilhas P1A
Observações: Capacitores (Trafo de pulso FB)
devem ser o 18R
- As trilhas de Vcc e terra devem Estas trilhas devem próximos ao P1B
Malha de limitação de c o r r e n t emais curtas CI.
ser o mais grossas e curtas possíveis. ser curtas, grossas e Capacitores próximos aos
possíveis. paralelas. diodos de driver. D18 D19
Q5 1N5819 1N5819
- Os capacitores de desacoplamento C56 BD136
680pF Q6
devem estar o mais próximo BD136
possível dos pinos de alimentação P11_3879
do CI. 0 C57 C58
0 +15 I_SNS C59 R49
+15 1uF 100uF/16V P9_3879
- As trilhas das malhas de tensão R50 (Supervisão)
e de corrente que fornecem o sinal 56k 47nF 3k3
Q7 Q8
de erro devem ser muito curtas. R51 U5A 4 Estas trilhas de terra e Vcc devem ser curtas, BD135 BD135
Sendo que os CI 3879 e 2907 devem 3 D20 D21
+Vsh + R52 U5B grossas e conectadas próximas a fonte de
estar próximos. 3k3 C60 V+ 120R 1N5819 1N5819
(Shunt FB) 100pF 1 6 alimentação e em um ramo separado da alimentação
OUT - R53
- As trilhas do driver de saída do R54 Vcorr D22 dos CI. P2A
-Vsh 2 - OUT 7 Vc Ligação crítica. 18R (Trafo de pulso FB)
CI3879 devem ser grossas e curtas. R55
A alimentação dos diodos do driver 3k3 TL074 V- 120R 5 1N5819 Estas trilhas P2B
+ (P2_3879) devem ser o
(pino 9 e 11 do 3879) devem ser
conectadas em um ramo separado da 11
-15 Ref_I mais curtas
TL074 C61 possíveis. D23 D24
alimentação dos CI e próximo a Q9 1N5819
560pF BD136 Q10 1N5819
fonte de alimentação, com trilhas R56 BD136
56k C62 R57 P11_3879
curtas, grossas e paralelas. 100nF 10k Estas trilhas
C63 devem ser o
560pF
Sensoriamento de temperatura mais curtas
0 possíveis.
0
R65
10k
+15 +15
C66 +15 +15
560pF
C67 8 C68 4
100nF 100nF 10 16
U3 U5
C69 U4 C70 U2
4 11 100nF 100nF
0 C71 0 C72
100nF 100nF 6 20
-15 -15
0 0
Fig. B4 - Es quemátic o d o c irc uito de c om and o e c ontr ole d o c on vers or FB- ZVS -PW M-PS.
ANEXOS.
316
1M2
+16 +12 +16
U7
LM78L12 R67 R68 U8A 4
1 2 3
IN OUT +
4k7 12k V+ D25
GND 1
R69 OUT
C127 C73 C74 C75 1k5 2 1N4148
470nF 100nF 3 100uF/16V 1uF C76 -
V-
100nF LM324
R70 11
100R
R71
820k
D26 R73 R74 U8B R72
5 470R
+ U8D
1N4007 18k R75
FUSE1 270k/1W 7 12
OUT +
12k D27
6 14
C77 C78 - LM324 +12 OUT
R76 R77 1N4148
3.3uF/63V 12k 3.3uF/63V 13
-
4k7
R78 LM324
12k C79 +5
100nF
R79
2k7 R80
47k
+5 CAA U9
(supervisão)
D28 3 1
R82 1N4007 U8C R81
10 22k
FUSE3 + U10 4 2
560k R83
8 FUS
R84 R85 C80 OUT 1 3 SFH617
470R (supervisão)
15k 47k 3.3uF/16V 9
- LM324 0
2 4
FUSE4
SFH617
+12 R86 0
15k
R87
1k
Falha de fusível
+16
C81 U8
100nF
11
ANEXOS.
317
VDC+
R89 D29
R88 MUR120 +21 D30 +20
82k/2W 6k8/2W
TR4 1N4001
1 R90
D31 R91 3 2k2 C83 C82
Q11 330nF
BUL38D MUR1100 120k/1W N1 330uF/25V
4
Z3 2
18V/1W +20 U11
C84 D32
1.5nF/630V MUR120 +15 1 LM7805 3 +5
6 5 10 1
IN OUT
2
1 N2 C85 C86 GND
C87 6
470uF/16V 330nF 2
U12 1uF
Np
9 N3 3
C88 C89
7 8 C90 C91 33uF/16V 330nF
2 470uF/16V 330nF
Z4 C92 C93 5 7
24V/1W 330nF 100uF/25V 8
2 VCC R93 D33 -15
R92 VFB VREF 6 Q12 MUR120 0
C94 OUT +16
33k 1 IRFBF30 D34
COMP 8R2
220pF R94
8 4
3 2k2
R95 4 ISENSE N4 MUR120
RT/CT Z5
82k GND 18V/1W 9
UC3844 3 C95 C96
R96 C97 470uF/25V 330nF
4k7 100pF 5
Secundário 3: Secundário 4:
+20 N2 = 16 espiras N2 = 17 espiras
Fio : 1*24AWG Fio : 1*27AWG
7
C100 U12
100nF
ANEXOS.
318
V0+ +16
TR5 D35 D36
0 MUR120 C121 1N4001
6 6
470u/25V
Q15 1
BD139
1 5
5
R127 +15
4k7/2W 4
2 4 D37 D38
2
R128 MUR120 R129 1N4001
4k7 2k2 C122
U16 3 470u/16V
Z9 3
LM555_0 Transformador
14V/1W
8 4
R130 7 R
0
DIS
5k6 Vcc Transformador:
3 Núcleo:
Q
E-20-Thornton
6
D39 R131 2 THR R132
Entreferro:
TR 0,023 cm
1N4148
330R CV GND 10R Primário:
Np = 85 espiras
5 1 M6 Fio : 1*32AWG
D40 Secundário 1: Secundário 2:
N1 = 38 espiras N2 =25 espiras
1N4148 IRF610 Fio : 1*29AWG Fio : 1*32AWG
C123
R133
C124 10nF
10k
2.7nF
V0-
ANEXOS.
319
+5 +5 Vdd
Vo-
0 0 CN1_8 E n t r e l a ç o _ 0 1
R124
R125 R126 2k2 CN1_10 E n t r e l a ç o _ 0 2
390R 390R
Ref_I
D e t e c U S RCN1_14
C116 C117
1uF 1uF
C118
10nF
CN1
0
0 Vo+ (GND) CN1_4 4
CAA V o - CN1_6 6
E n t r e l a ç o _ 0CN1_8
1 8
E n t r e l a ç o _ 0CN1_10
2 10
C119
E Q C CN1_12 12
10nF
D e t e c U S RCN1_14 14
E N D _ 0 2CN1_16 16
R S 4 8 5 A 2CN1_18 18
0 D e s l H D WCN1_20 20
Lim_Corr R S 4 8 5 A 1CN1_22 22
E N D _ 0 1 CN1_24 24
E N D _ 0 0 CN1_26 26
C120
A L T 1 CN1_28 28
10nF
A L T 2 CN1_30 30
Terra (carcaça CN1_32
) 32
0
ANEXOS.
320
C10,C38,C98,C103,C104,
10 13 C105,C106,C111,C113,C118, 10nF SMD Cerâmico
C119,C120,C123
ANEXOS.
321
D16,D17,D18,D19,D20,D21,
59 9 1N5819 PTH Diodo Shottky
D22,D23,D24
ANEXOS.
322
R5,R7,R67,R77,R96,R110,
99 8 R111,R128 4k7 SMD Resistor
ANEXOS.
323
R31,R32,R33,R108,
118 6 100R SMD Resistor
R114,R119
R61,R64,R90,R94,R124,
129 6 2k2 SMD Resistor
R129
ANEXOS.
324
Cápsula de Gás -
149 1 TG1 PTH Centelhador
275V
150 1 TR1 Transformador PTH Transformador Full Bridge
ANEXOS.
325
Fig. B9 - La yout d a PCI da UR 2 – Vis to do lad o dos c omp one ntes : Lay er T -s ilk .
ANEXOS.
326
ANEXOS.
327
ANEXOS.
328
ANEXOS.
329
(a) (b)
(c) (d)
Fig. B13 - L ay out da P CI d a U R2 ( plac a a ux iliar ) - (a ) Vis ta dos c ompo nent es do lad o s upe rio r: T-s ilk ; (b) Vis ta dos c ompon entes d o lad o inferi or: B-s ilk ;
ANEXOS.
330
ANEXOS.
331
ANEXOS.
333
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