Procedimento Substantivo e Analitico 2.0

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Índice

1. Introdução.................................................................................................................................3

2. Procedimentos Analiticos e Substantivos.................................................................................4

1.1 Norma 520: Procedimentos analíticos..............................................................................4

2.1 O Processo de Revisão Analítica......................................................................................5

3.1 Formulação de expectativas..............................................................................................6

4.1 Potencial dos procedimentos analítico..............................................................................6

5.1 Combinação de procedimentos analíticos com outros procedimentos.............................7

3. Norma 500: Procedimentos Substantivos.................................................................................7

4. Conclusão...............................................................................................................................10

Referências Bibliográficas.............................................................................................................11
Introdução

O presente trabalho tem como tema Procedimentos Analíticos e Substantivos, Os procedimentos


analíticos consistem na análise de proporções e tendências significativas, incluindo o
investigação resultante de flutuações e relacionamentos que são inconsistentes com outros
informações relevantes ou desviar-se de valores previsíveis, um dito de outra forma, analítico
procedimentos envolvem o uso de comparações e relacionamentos para determinar se a conta
saldos ou outros dados parecem razoáveis. Tais procedimentos permitem que o auditor olhe para
em uma visão geral e responda à pergunta: Os números fazem sentido? Por um lado, exige-se
uma maior qualidade das auditorias sendo a obtenção de provas satisfatórias para o auditor um
processo cada vez mais difícil e custoso, por outro, os procedimentos analíticos consistentes,
essencialmente, em comparações, apresentam, frequentemente, uma forma simples de aplicação
e um baixo custo associado. São vários os factores que influenciam a utilização dos
procedimentos analíticos, esses factores compreendem a disponibilidade dos dados, o tamanho
da empresa objecto de auditoria, o volume de transacções e o conhecimento do negócio do
cliente por parte do auditor.

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Procedimentos Analiticos e Substantivos

Norma 520: Procedimentos analíticos

Segundo Costa (2010), Procedimentos analíticos consistem nas avaliações da informação financeira feitas
através da análise de relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros, os procedimentos
analíticos compreendem também a necessária investigação de flutuações ou de relações identifica as que
sejam inconscientes com outras informações relevantes ou que se afastem significativamente de quantias
que tinham sido previstas.

Estes procedimentos são aplicados como procedimentos substantivos de auditoria quando a sua utilizacao
for mais eficaz ou eficiente que os testes de detalhe para reduzir o risco de distrorcao material de uma
assercao a um nível baixo aceitavel.

Os procedimentos analíticos referem – se a todo o tipo de comparações, quer em termos absolutos quer
em termos relativos, que possam ser realizadas com base nas informações contabilísticas – financeiras e
de gestão, como sejam:

 Valores reias relativos a periodos identicos;


 Valores reais versus valores orcamentados;
 Valores reais de uma empresa versus valores reais de empresas do mesmo sector de actividade.

Os procedimentos analíticos são utilizados em quatro importantes fases do processo de auditoria:


a fase de aceitação do cliente, a fase do planeamento da auditoria, a fase de utilização dos
procedimentos analíticos como testes substantivos e a fase de revisão global da auditoria.

Na fase de aceitação do cliente, os procedimentos analíticos são utilizados como forma de o


auditor analisar o risco de erros materiais contidos nas demonstrações financeiras do cliente e
decidir se enquadra, ou não, no seu perfil de risco, de modo a aceitar ou recusar a proposta do
cliente.

Os procedimentos analíticos são utilizados na fase do planeamento para auxiliar o auditor não só
na compreensão do negócio do cliente e na identificação de áreas de potencial risco como
também na determinação da natureza, oportunidade e extensão de outros procedimentos de
auditoria podendo, de igual modo, revelarem-se úteis na identificação de distorções materiais

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originadas pela ocorrência de fraude, no entanto, a aplicação de tais procedimentos encontra-se,
nesta fase da auditoria, limitada pelo modo como o processamento da informação é realizado
neste tipo de empresas.

Os procedimentos analíticos de auditoria em quatro diferentes tipos, segundo a sua natureza,


apontando para uma ordem crescente de complexidade:

 Análise de tendências;
 Análise de rácios;
 Testes de razoabilidade;
 Análise de regressão.

O uso de procedimentos analíticos substantivos previamente ao uso de outros testes de


pormenores com o objetivo de melhorar a eficiência e a eficácia da auditoria. No entanto o
mesmo autor alerta que o uso abusivo destes procedimentos subverte as virtualidades da
ferramenta e enumera algumas situações a ter em consideração:

 Expetativas e previsões poderão não ser suficientemente precisas;


 Falta de fiabilidade dos dados a usar;
 Uso excessivo e inadequado do método, evitando relações e rácios inúteis;
 Aceitar explicações não realistas ou imprecisas das diferenças apuradas;
 Perseguir da mesma forma diferenças significativas e não significativas, aqui o conceito
de materialidade faz todo o sentido;
 Colocar na análise de resultados pessoal pouco experiente, na medida em que esta análise
requer um elevado nível de julgamento e treino.

O Processo de Revisão Analítica

Segundo Hayes, Dassen, Schilder & Wallage (2005), O processo de planejamento, execução e
obtenção de conclusões de procedimentos analíticos, é chamada de revisão analítica. Existem
várias visões, teorias e práticas, dos subprocessos envolvidos na revisão analítica. A visão teórica
é que o processo de revisão consiste em quatro processos de diagnósticos:

1- Representacao mental;
2- Geracao de hipoteses;

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3- Busca de informacao;
4- Avaliacao de hipoteses.

Em particular, os auditores fazem hipóteses de causas e probabilidades relacionadas, reúnem


evidencias para testar as hipóteses e, finalmente, selecionar quais hipóteses são mais prováveis
de causar a flutuação.

Formulação de expectativas

As expectativas são desenvolvidas identificando relações plausíveis que são razoavelmente


espera – se que exista com base no entendimento do auditor sobre o cliente e seu sector. Essas
relações podem ser determinadas por comparações com as seguintes fontes:

 Informacoes comparaveis de periodos anteriores;


 Resultado antecipados (como orcamentos e previsoes ou expectativas do auditor);
 Informacoes similiares do sector;
 Informacoes nao financeiras.

O auditor pode identificar saldos das contas que mudaram significativamente simplesmente por
comparar os dados atuais do cliente com os dados do período anterior. Ele pode comparar o
actual, saldos de contas do ano com os do ano anterior; o balancete actual com detalhe
semelhante para o ano anterior; e proporções e relações percentuais entre anos. Ele compara os
saldos das contas registradas atuais da entidade com os resultados esperados pela entidade.

Potencial dos procedimentos analítico

Procedimentos analíticos realizados na fase de planejamento como procedimentos de avaliação


de risco podem identificar aspectos da entidade que o auditor não tinha conhecimento,
auxiliando-o na avaliação de risco de erros relevantes ao identificar a existência de transações ou
eventos, valores, índices e tendências não usuais que possam indicar assuntos com implicação
para a auditoria. As relações não usuais ou inesperadas identificadas podem auxiliar o auditor na
identificação de riscos de distorção relevante, especialmente riscos de distorção relevante por
fraude.

Em geral, os procedimentos analíticos só fornecem um aviso de que algo parece estar errado, não
fornecem evidências positivas e persuasivas sobre o suposto erro. Por si só, normalmente, não
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oferecem evidência de auditoria suficiente, relevante e confiável, apenas aponta o caminho de
uma possível distorção.

Quando se usam dados agregados, como geralmente acontece na fase de planejamento, os


resultados dos procedimentos analíticos realizados como procedimentos de avaliação de risco
somente fornecem uma indicação inicial ampla sobre uma possível distorção. Em tais casos, é
necessário considerar outras fontes de informação e evidências obtidas durante o processo de
entendimento da entidade para, em conjunto, concluir sobre a existência ou não de um risco
relevante para a auditoria.

Combinação de procedimentos analíticos com outros procedimentos

Se os procedimentos analíticos indicarem flutuações ou relações que são inconsistentes com


outras informações e evidências ou que diferem dos valores esperados de maneira significativa, o
auditor deve examinar e/ou investigar as diferenças por meio de indagação à administração e aos
responsáveis, bem como por meio da aplicação de outros procedimentos de auditoria, conforme
entender necessário nas circunstâncias.

Norma 500: Procedimentos Substantivos

Os procedimentos Substantivos, são os procedimentos de auditoria concebidos para se


detectarem distorções materiais a nível das asserções.

Os procedimentos substantivos incluem:

a) Testes de detalhes (de classes de transaccoes, de saldos de contas e de divulgacoes): os


testes de detalhes de transacoes e de saldos tem a ver, sobretudo, com analise dos
movimentos e dos saldos das contas e de outros registos contabilisticos com o fim de se
constatar a crediblidade que merece a informacao divulgada nas demonstracoes
financeiras.
b) Procedimentos analiticos substantivos.

De um ponto de vista geral pode afirmar – se que a auditoria percorre um caminho inverso
daquele que é seguido pela contabilidade, de facto enquanto que esta parte dos documentos que

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suportam as operações para atingir as demonstrações financeiras, a pista da auditoria segue
direção oposta.

Longo (2011) destaca que independentemente da estratégia que se adotar ou do nível de riscos
identificados, as classes de transações, saldos de contas e divulgações significativas devem ser
objeto de testes substantivos, não existindo abordagem de auditoria que só inclua testes de
controle. A inclusão de procedimentos substantivos é exigida pelas normas de auditoria, pois
existe o caráter de subjetividade na avaliação de risco pelo auditor que envolve o julgamento
profissional e pode não identificar todos os riscos de distorção relevante, além do fato de que os
controles internos possuem limitações inerentes e podem ser burlados, principalmente pela
administração, que normalmente está em posição privilegiada para burlar os controles.

Os procedimentos substantivos compreendem testes de detalhes (de classes de transações, de


saldos de contas e de divulgações) e procedimentos analíticos. Os testes de detalhes das
transações e saldos são efetuados com o propósito de reunir todas as evidências necessárias para
verificar se as transações e os saldos demonstrados nas demonstrações contábeis estão corretos.

Disto, depreende-se que o auditor, quando aplica os testes de detalhes de transações, está focado
em verificar a existência de erros monetários, por exemplo, pagamento a empregados com
elevada quantidade de horas apontadas, quando isso de fato não ocorre; pagamento de tributos de
forma incorreta a partir de uma base de cálculo incorreta. Nos testes de transações de saldos
volta-se aos testes dos saldos apontados nas demonstrações contábeis, utilizando-se, por
exemplo, da confirmação de saldos com terceiros, geralmente aplicados para confirmar saldos de
fornecedores, clientes, estoques em poder de terceiros, bancos.

Para complementar os testes de transações e saldos, o auditor efetua os procedimentos de revisão


analítica, atentando para possíveis tendências anunciadas pela aplicação destes testes. Imoniana
(2001, p. 174) faz a seguinte explanação:

“Os testes analíticos, mais conhecidos como procedimentos de revisão


analítica, referem-se ao estudo da relação entre elementos de informação
contábil, financeiros e não-financeiros, que de acordo com as políticas
estratégicas empresariais e procedimentos operacionais, espera-se
demonstrar uma tendência pré-determinada.”
De acordo com Crepaldi (2012), a revisão analítica constitui uma forma essencial de teste
substantivo. As técnicas empregadas constam de análise de flutuação, de índices financeiros, de

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tendências e outras análogas. Procura responder, no nível mais simples, à pergunta: Este item
(transação, saldo, etc.) é razoável?

Os procedimentos analíticos substantivos são geralmente mais aplicáveis a grandes volumes de


transações que tendem a ser previsíveis com o tempo e cujos controles funcionam. Imoniana
(2001) aponta os testes analíticos mais comuns:

a) Investigação de variações inesperadas;

b) Obtenção e documentação de explicações referentes às variações materiais;

c) Avaliação dos efeitos de resultados de revisão analítica sobre as demonstrações contábeis;

d) Comparação de valores: orçado x real;

e) Avaliação de tendências e índices financeiros;

f) Comparação de exercícios anteriores;

g) Análise de alterações nos níveis de atividades operacionais;

h) Confrontação das atividades da empresa com outras do mesmo setor e/ou outros índices do
mesmo ramo.”

A seleção dos testes substantivos a serem aplicados depende das circunstâncias específicas de
cada trabalho e o mais comum é a combinação dos testes de detalhes e procedimentos analíticos.

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Conclusão

Os procedimentos analíticos constituem uma ferramenta muito útil para o auditor na realização de
auditorias, considerando as potencialidades que apresentam e que tornam mais acessível o processo de
obtenção de provas de auditoria. Contudo, a aplicação dos procedimentos analíticos é influenciada pelos
elementos caracterizadores das Pequenas e medias empresas, e que constituem, essencialmente,
limitações ao modo como o controlo, supervisão e processamento da informação é realizado, por outro
lado, tais limitações restringem o aproveitamento das potencialidades destes procedimentos. Assim, pode-
se concluir que quando se realiza uma auditoria a uma Pequena ou média, considerando a influência que
estas empresas exercem na economia do nosso país, tais benefícios não são devidamente aproveitados,
quando comparados com as grandes empresas, podendo tal facto, constituir um obstáculo à obtenção de
provas satisfatórias pelo auditor. A definição de procedimentos analíticos, como “apreciações da
informação financeira através da análise de relações plausíveis não só entre dados financeiros
como não financeiros”. Os procedimentos analíticos também abrangem a investigação de
flutuações que sejam inconsistentes com outra informação relevante ou que difiram dos valores
esperados, e quando tal acontece, deve o auditor investigar tais diferenças executando
procedimentos adicionais.

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Referências Bibliográficas
Costa, C. B. (2010). Auditoria Financeira: Teoria e Prática (9ª e.d.). Lisboa: Rei dos livros.

Crepaldi, S. A. (2012). Auditoria Contabilistica: Teoria e Prática (8ª e.d.). São paulo: Altas.

Hayes, R., Dassen, R., Schilder, A., & Wallage, P. (2005). Principios de Auditoria: Uma
introdução as normais internacionais de Auditoria (2ª e.d.). Inglaterra: Prentice Hall.

Imoniana, J. O. (2001). Auditoria: Abordagem Contemporânea. São Paulo: Associação de


Ensino de Itapetininga.

Longo, C. G. (2011). Manual de Auditoria e Revisão das Demonstrações Financeiras: Novas


normas brasileiras e internacionais (2ª e.d.). São Paulo: Altas.

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