Ensino de Libras Como L2

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Ensino de LIBRAS para alunos ouvintes

Autor: João Vitor Caruzo dos Santos e Maria Eduarda de Souza Ortiz
Tutor externo: Maria Aparecida da Silva
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Letras-LIBRAS (FLX1179) – Estágio curricular obrigatório II
10/12/2020

RESUMO

O presente trabalho tem como proposta apresentar o ensino de libras para alunos
ouvintes como L2, sendo esta abordagem básica do assunto, pois cabe a instituição de
ensino por meio de sua proposta pedagógica oferecer ou não o ensino da língua a
todos os alunos, bem como a divulgação, de acordo com o trabalhos serão
apresentados estratégias parra o ensino bem como uma proposta de trilha de
aprendizagem virtual que pode ser usada com os alunos no período de pandemia ou
com alunos que são atendidos na modalidade EAD, como também com alunos em sala
de aula fazendo uma atividade temática com os mesmos, sempre buscando o
aprimoramento de ideias e a soma de aprendizados para os alunos sobre a importância
da inclusão.

Palavras-chave: Proposta. Abordagem. Inclusão .

1 INTRODUÇÃO

O vigente trabalho tem como proposta um ensino para alunos ouvintes sobre a
Libras, sendo esse conteúdo apenas um básico da língua pois os alunos ouvintes muita
das vezes nem sabem o que é a Libras, sendo assim eles demostram diversas reações
sobre a língua sendo a assim o vigente trabalhos tem como fundamentação o ensino de
Libras não como uma língua estrangeira mais sim como sua L2 uma língua onde se ele
demostrar interesse em aprender lá, pois a chance de ele encontrar um sujeito surdo e
bem maior do que encontrar um estrangeiro usuário de línguas como inglês, francês
entre outras, por meio do programa de extensão Acessibilidade e inclusão educacional,
bem como o projeto de Praticas pedagógicas na educação básica e educação especial em
tempos de educação a distância, trazendo o produto virtual de uma trilha pedagógica
onde o professor regente das aulas de libras poderá usar de base para trabalhar a língua
com os alunos ouvintes bem como poderá adaptar a mesma para outros temas da língua
de sinais (LIBRAS), visando o aprimoramento de conteúdos e aprendizados para os
alunos no caso 4º Ano do fundamental I.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

O ensino de Libras tem que romper algumas barreiras a principal e o


entendimento dos ouvintes por uma língua diferente da sua o que esses consideram
como língua estrangeira que segundo (Gesser, 2006: 67) podemos entender que uma
“língua estrangeira” é em seu sentido mais amplo como uma língua diferente da usada
pela maioria, pois sabemos que a comunidade majoritária ouvinte pertence a uma
tradição oral que concebe a língua no sentido vocal-auditivo e não espaço-visual. Ao
tratar a relação dos ouvintes com a Libras como “estrangeira” não estou levando em
consideração somente questões de modalidades distintas, bem como o fato de que a
Libras pertencer a uma minoria linguística “invisível”, e que não é falada e entendida na
sociedade brasileira (cf. Cavalcanti, 1999a). Afinal, seria um paradoxo chamar de
“estrangeira” a língua Brasileira de sinais (LIBRAS), língua esta que está contemplada
na constituição brasileira como língua oficial do país.

Sendo assim o primeiro passo para se trabalhar com os alunos ouvintes Libras
é a explicação do que é Libras e para que ela serve e onde usamos ela, depois disso
podemos nos voltar a uma comparação de línguas como o Português e a Libras
mostrando aspectos igualitários entre elas e fazendo comparações ai entra o ensino do
alfabeto de sinais pois é o primeiro contato dos ouvintes com a Libras assim a
abordagem não fica muito extrema como acontece com o ensino regular de línguas
como inglês e espanhol nas escolas estaduais onde o aluno que nunca teve contato com
a língua é apresentado a uma nova perspectiva onde os professores querem que eles já
traduzam frases e falem o idioma, coisa que os amedronta. Podemos analisar o dito por
(Audrei Gesser 2010) sobre o ensino tradicional de línguas com base na língua inglesa

“Nesta onda, o argumento era de que parte gramatical usada era


inapropriada para a aprendizagem efetiva da língua inglesa, além do
que muita ênfase era dada em aprender sobre a língua e não em como
usar a língua (Audrei Gesser 2010 p.13)

Tendo em base o explanado o ensino de línguas tem sido muito “engessada”


pois mantem nas escolas tradicionais o ensino onde o aluno é passivo e o professor é o
detentor do conhecimento, mesmo sabendo que algumas das vezes os professores que
assumem estas aulas não são em sua totalidade fluente no idioma, e se com a língua
inglesa já encontramos problemas imagine com uma língua “nova” no caso da Libras
que em comparação ao inglês é nova no nosso cotidiano, pois temos a todo momento
uma pequena parcela de inglês no dia a dia mais a libras como fica ? , sendo que temos
no Brasil cerca de 10,7 milhões de surdos e D.A( deficientes auditivos), a probabilidade
é bem clara é mais fácil encontrarmos um surdo no nosso dia a dia do que encontrar um
falante de inglês, por isso o ensino de Libras deve ser mais divulgado que da mesma
forma que precisamos do inglês para alguns cargos e trabalhos também precisamos
aprender a língua de sinais LIBRAS pois os surdos estão em conjunto conosco nos
meios de ensino, transporte público, sistema de saúde entre outros locais que podemos
encontrar um sujeito surdo, sendo assim, sabemos da importância de ensinar e
aprendermos no mínimo o básico da língua para facilitar e evitar constrangimentos de
ambas as partes.

Sempre que se ensina uma língua, também se ensina um sistema complexo de


costumes culturais, valores, e formas de pensar, sentir e agir. (Brown,1994:
25).

Neste sentido o tema apresentado no programa de extensão Acessibilidade e


Inclusão educacional e o projeto de extensão Práticas pedagógicas na educação básica e
educação especial em tempos de ensino a distância onde o produto virtual é uma trilha
pedagógica e o que mais se encaixa no perfil do estudo realizado e mencionado acima
pois as práticas de ensino de Libras devem ser repensadas para não se enquadrar nos
critérios tradicionais como acontece com as línguas estrangeiras nas escolas para que o
ensino da mesma não se torne monótono e cansativo por parte dos alunos e que o
mesmo instigue a curiosidade dos mesmos sobre a língua, e cabe ao professor regente
da aula a adaptação sobre os materiais usados na aula condescendo com a faixa etária
dos alunos e seu nível de escolaridade, pois não adianta nada irmos até uma sala de
educação infantil e ensinar a eles de uma forma totalmente teórica que os mesmos não
vão absorver o conteúdo e não vão gostar da aula, já por outro lado se o professor fizer
com eles uma brincadeira e uma explicação breve sobre o assunto com material que os
atraiam, vão captar muito mais do assunto e vão gostar e ficar curioso sobre o tema, em
contra partida os alunos do fundamental I e II que condizem com faixa etárias de 6 a 15
anos isso á compromete o ensino muito lúdico que pode acontecer com as serie iniciais
mais com os mais “velhos” não vai resultar em bons resultados devendo ter outra
abordagem por meio do professor .
3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

Devido ao momento que nos encontramos não foi possível estar em sala de
aula com os alunos, sendo assim a abordagem dos conteúdos na parte pratica em sala de
aula não ocorreu. No entanto tivemos uma abordagem por meio de plataformas virtuais
com alguns alunos que tiveram acesso a elas e por maio das redes sociais para a
interação com os mesmos.
Mais a partir do momento que tivemos contato com os alunos, podemos
analisar tamanha eram suas dúvida e sua curiosidade dos mesmos sobre o tema e que o
produto virtual usado com os mesmos a Trilha pedagógica foi muito bem aceita de
acordo com o tema e que eles gostaram da experiencia e até pediram mais aulas de
Libras pois queriam aprender mais, devido ao momento fica difícil saber como seria a
aceitação de toda a classe já que de 20 alunos que estudam na turma somente 12
puderam participar das aulas que foram realizadas por meio de plataformas pela
professora com os mesmos, por um período de uma aula por semana durante 3 semanas.
.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

Devido ao momento de pandemia da COVID-19 em que nos encontramos e


muito difícil sabermos ao certo o que, pois a abordagem usada para se ter o “ contato”
com os educando é por meio de plataformas virtuais e redes sociais, o que dificulta em
parte a abrangência das mesmas pois acaba não atingindo a todos os alunos algo que
acaba por ser falha, mais aos restantes que puderam participar das aulas foi muito
agradável ter este contato com eles e poder desenvolver o ensino da Libras para
ouvintes como L2, pois nós apenas estamos concentrados em o ensino da Libras como
L1 para surdos e acabamos por deixar de lado um pouco as abordagens do ensino da
língua aos ouvintes, deste modo o estágio contribui para que esta abordagem acabe por
ser praticada e analisada por meio de metodologias e didáticas que resultem em formas
claras de ensinar a Libras como língua pois se não pudermos ensinar os ouvintes como é
que os surdos vão ter acesso aos interpretes, e como será a convivência em uma nação
onde a maioria dos cidadãos são ouvintes e nenhum deles sabe Libras pois não tivemos
profissionais para este meio.
Deste modo acabamos por designar quase todas a atenção na inclusão dos surdos
e do ensino para eles que acabamos por deixar um pouco de lado a abordagem real da
inclusão onde não é só o aluno surdo que tem que aprender o português mais sim todos
os ouvintes que estudam na mesma classe saber se comunicar, e assim poder aprender a
língua de sinais brasileira a LIBRAS de forma a ambos poderem se comunicar e
fazerem atividades em conjunto nem precisar o tempo todo de um TILS ao lado do
aluno para quando ele for falar, brincar, praticar algum esporte e ir a lojas mercados em
fim ter uma vida sem precisar depender de alguém que fale por ele.

REFERÊNCIAS
Audrei Gesser. Metodologia de Ensino em LIBRAS como L2, Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis 2010. Disponível em
https://www.libras.ufsc.br/colecaoLetrasLibras/eixoFormacaoPedagogico/metodologia
DeEnsinoEmLibrasComoL2/assets/629/TEXTOBASE_MEN_L2.pdf acesso em: 09
dec. 2020.

(Brown,1994: p.25). Metodologia de Ensino em LIBRAS como L2, Universidade


Federal de Santa Catarina, Florianópolis 2010. Disponível em
https://www.libras.ufsc.br/colecaoLetrasLibras/eixoFormacaoPedagogico/metodologia
DeEnsinoEmLibrasComoL2/assets/629/TEXTOBASE_MEN_L2.pdf acesso em: 20
nov. 2020.

Gesser, 2006: p.67) e (cf. Cavalcanti, 1999). Metodologia de Ensino em LIBRAS como
L2, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis 2010. Disponível em
https://www.libras.ufsc.br/colecaoLetrasLibras/eixoFormacaoPedagogico/metodologia
DeEnsinoEmLibrasComoL2/assets/629/TEXTOBASE_MEN_L2.pdf acesso em: 03
dec. 2020.
ANEXO I

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