Cronologia Feminista No Brasil

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CRONOLOGIA FEMINISTA NO BRASIL

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1827 - Surge a primeira legislação relativa à educação de mulheres; a lei admitia meninas apenas
para as escolas elementares, não para instituições de ensino mais adiantado.

1838 - Nísia Floresta defendeu, no Rio Grande do Norte, investimentos em educação para as
mulheres e conseguiu a primeira escola exclusiva para meninas, o Colégio Augusto.

1852 - A argentina Joana Paula Manso de Noronha, funda, no Rio de Janeiro, "O Jornal das
Senhoras" para discutir sobre o melhoramento social e da emancipação moral da mulher.

1858 - Publicado o jornal O Sexo Feminino.

1879 - O governo brasileiro abriu as instituições de ensino superior do país às mulheres; mas as
jovens que seguiam esse caminho eram sujeitas a pressões e à desaprovação social.

1887 - Rita Lobato Velho Lopes tornou -se a primeira mulher a receber o grau de médica, no
Brasil.

1906 - O Rio de Janeiro sediou o I Congresso Operário Brasileiro, que percebeu a necessidade de
um maior engajamento das mulheres em sindicatos.

1907 - Uma greve das costureiras deflagrou uma série de movimentos em favor da jornada de
trabalho de 8 horas.

1917 - As mulheres ganharam o direito de ingressar no serviço público.

1919 - A Conferência do Conselho Feminino da OIT aprovou o salário igual para trabalho igual,
destacando -se a participação de duas brasileiras no evento: Bertha Lutz e Olga de Paiva Meira.

1920 - As mulheres chegam ao movimento sindical.

1921 - É realizada a primeira partida de futebol feminino em São Paulo.

1922 - O movimento feminista brasileiro teve como sua principal líder a bióloga e zoóloga Berta
Lutz, que fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino.

1932 - O governo de Getúlio Vargas promulgou o novo Código Eleitoral pelo Decreto nº 21.076,
de 24 de fevereiro, garantindo finalmente o direito de voto às mulheres brasileiras. É neste ano
também que a nadadora Maria Lenk, 17 anos, embarca para Los Angeles como única mulher e
mascote da delegação olímpica. Foi a primeira atleta brasileira a participar de uma Olimpíada.

1934 - A Assembléia Constituinte assegurou o princípio da igualdade entre os sexos, o direito ao


voto feminino, a regulamentação do trabalho feminino e a equiparação salarial entre homens e
mulheres.

1949 - É criada, no Rio de Janeiro, a Federação de Mulheres do Brasil.

Década de 50 - A mulher marca presença efetiva nos movimentos políticos.

1962 -Suprimiu -se do Código Civil o Código da Mulher Casada, que a considerava relativamente
incapaz, comparada a menores de idade.
1964 - O Conselho Nacional de Desportos - CND proíbe a prática do futebol feminino no Brasil. A
decisão só foi revogada em 1981.

1966 - O Congresso Nacional incluiu o sistema de cotas na legislação eleitoral, obrigando os


partidos políticos a inscreverem, no mínimo, 20% de mulheres em suas chapas proporcionais.

Década de 70 - Retomado o processo de reorganização dos movimentos feministas no País.

1974 - Izabel Peróntorna -se a primeira mulher presidente na Argentina

1975 - Cria -se, em São Paulo, o Movimento Feminino pela Anistia. Um grupo feminista instituiu o
Ano Internacional da Mulher, que culminou a fundação do Centro da Mulher Brasileira, primeira
organização do novo feminismo, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

1977 - É aprovada a lei do divórcio.

Década de 80 - É marcada pelos movimentos que tinham como bandeira o tema "violência contra
a mulher".

1980 - Acontece o Encontro Feminista de Valinhos, São Paulo, que recomenda a criação de
centros de autodefesa, para coibir a violência contra a mulher. Surge o lema: "Quem ama não
mata, não humilha, não maltrata". Ganha fôlego o SOS -Mulher, que se traduziria, em seguida, na
criação de delegacias especiais de atendimento à mulher.

1980 - Instituído, pela Lei nº 6.971, de 9 de junho de 1980, o Dia Nacional da Mulher comemorado
em 30 de abril.

1981 - Cai o veto à prática do futebol feminino no país.

1985 - A Câmara dos Deputados aprova o Projeto de Lei nº 7353, que criou o Conselho Nacional
dos Direitos da Mulher.

1985 - As mulheres conquistam a criação do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. Nesse
ano também surge a primeira Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (DEAM), em São
Paulo.

1986 - Presença importante de 26 mulheres, eleitas deputadas constituintes, que atuaram na


defesa dos direitos reprodutivos e no combate à violência contra as mulheres. A atuação ficou
conhecida como "lobby do batom".

Década de 90 - Os debates sobre o movimento feminista e as questões de gênero se intensificam


e são criadas redes temáticas, como a Rede Nacional de Direitos Reprodutivos.

1990 - Júnia Marise é a primeira eleita para o cargo de Senadora, pelo PDT/MG.

1995 - É aprovada a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência


Contra a Mulher, conhecida como a Convenção de Belém do Pará.

1995 - Inicia -se a articulação das mulheres brasileiras para a redação do documento
reivindicatório para a IV Conferência Mundial das Nações Unidas sobre a Mulher, realizada em
Beijing, China, no ano seguinte. Foram realizados 91 eventos, envolvendo mais de 800 grupos
femininos em todo o País.

1996 - O Congresso Nacional incluiu o sistema de cotas, na Legislação Eleitoral, obrigando os


partidos políticos a inscreverem, no mínimo, 20% de mulheres em suas chapas proporcionais (Lei
nº 9.100/95 - § 3º, art. 11), e a Lei 9504/97 eleva para 30%.
Anos 2000 - A luta feminista continua conquistando grandes vitórias e lutando pela igualdade de
direitos e contra a violência de gênero.

2002 - O novo Código Civil acabou com o direito do homem de mover ação para anular o
casamento se descobrir que a mulher não era virgem, termo presente no antigo Código Civil, de
1916.

2004 - Extinção da expressão "mulher honesta" no Código Penal, em vigor desde 1940. Os artigos
205, 206 e 207 do código exigiam que a mulher deveria provar ser honesta, ou seja, virgem para
poder processar seu agressor.

PARTICIPAÇÃO FEMININA DA POLÍTICA BRASILEIRA

1927 - Na cidade de Mossoró (RN), Celina Guimarães torna -se a primeira eleitora brasileira.

1928 - Alzira Soriano é eleita a primeira prefeita do Brasil e da América Latina, no município de
Lages (RN).

1932 - As mulheres ganham o direito ao voto em todo o Brasil com a promulgação do novo
Código Eleitoral.

1933 - A paulista Carlota Pereira Queirós torna -se a primeira deputada federal.

1979 - Eunice Michillis torna -se a primeira senadora brasileira, defendendo, sobretudo, a
cidadania feminina.

1988 - As mulheres brasileiras obtêm importantes avanços na Constituição Federal, como a


ampliação da licença -maternidade de 90 para 120 dias.

1990 - Júnia Marise é a primeira senadora da República eleita.

1994 - O Maranhão torna -se o primeiro estado brasileiro a ser governado por uma mulher:
Roseana Sarney.

1994 - Benedita da Silva elegeu -se a primeira senadora negra. É considerada também a mulher
negra que atingiu os mais altos cargos na história política do País.

2003 - A Secretaria dos Direitos da Mulher é transformada na Secretaria de Políticas para as


Mulheres, agora com status de ministério.

2004 - Instituído por lei como o Ano Nacional da Mulher.

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