Implantação de Sistema de Gerenciamento Diário - Revista Produção
Implantação de Sistema de Gerenciamento Diário - Revista Produção
Implantação de Sistema de Gerenciamento Diário - Revista Produção
Resumo
O presente trabalho apresenta uma metodologia para a implantação do sistema de gerenciamento
diário no processo de fabricação de tubos de cobre de sistemas de refrigeração de ar-condicionado
residencial. A origem que motivou o desenvolvimento deste trabalho decorre da observação por
parte do pesquisador o qual vislumbrou que era necessário sistematizar as ações com a finalidade
de orientar qualquer profissional da empresa através de uma ferramenta de gestão visual
nivelando os diferentes níveis de informações referentes ao processo de fabricação. O trabalho foi
realizado a partir de uma fundamentação teórica que serviu de base para o desenvolvimento
empírico no campo. O objetivo principal do trabalho é apresentar o modelo de ferramenta, para
posterior implantação. No entanto, a partir das análises empíricas, acredita-se que vários
benefícios podem ser obtidos com sua implantação, sendo estes apresentados no trabalho, dos
quais se destaca o gerenciamento das atividades consideradas críticas para o alcance dos objetivos
estratégicos da empresa. Finalmente conclui-se que, a metodologia desenvolvida facilitará o
trabalho daqueles pesquisadores ou profissionais que por ventura tem o interesse de utilizar a
ferramenta DMS.
Palavras-chave: sistema de gestão; sistema de gerenciamento diário; administração da produção.
1. Introdução
2. Metodologia
Quanto aos objetivos, esta pesquisa classifica-se como uma pesquisa descritiva, já que irá
partir da observação e análise para descrever uma implantação e execução de uma ferramenta
gerencial, sem influência do pesquisador sobre o mesmo. Ainda, a pesquisa será de caráter
exploratório, já que visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a torná-lo
explícito ou a construir hipóteses. Quanto aos procedimentos técnicos, trata-se de uma pesquisa
documental, bibliográfica e de estudo de caso. A revisão bibliográfica realizada está embasada em
materiais já existentes na literatura, constituído principalmente de livros, artigos, teses e
monografias, relacionados a assuntos ligados ao Sistema Toyota de Produção, e Daily Management
System.
184
Revista Gestão Industrial
Esses conceitos fundamentais e sua relação devem ser compreendidos a fim da
concretização das melhorias efetivas na produção. Desse modo, para atingir satisfação na gestão da
produção e operações, faz-se necessário o entendimento das ferramentas adequadas para cada
empresa, as quais possam fazem com que elas alcancem os resultados esperados. É fundamental
para as organizações compreendam esse sistema, uma vez que almejam a excelência nos processos
produtivos.
Intrinsecamente ligado as 4 regras em uso (termo utilizado para diferenciar das normas
pregadas na parede) está o modo como a melhoria deve acontecer. Para o TPS, cada melhoria deve
nascer do trabalho de uma equipe que formulou e testou hipóteses e não fruto do esforço aleatório e
individual, desconectado dos requisitos de negócio da empresa. O foco no modo como a resolução
de problemas acontece é tão forte que o TPS é conhecido como um sistema que resolve problemas.
185
Revista Gestão Industrial
5. Estratégia do Negócio
Conforme Quinn apud Ghobad (2003), estratégia é como um padrão ou plano que integra as
principais metas, políticas e sequencia de ações de uma organização em um todo coerente. Portanto,
uma estratégia bem formulada ajuda com que os recursos de uma organização sejam ordenados e
alocados, para uma postura singular e viável, com base em suas competências e deficiências
internas relativas, mudanças antecipadas no ambiente e eventual providência realizadas por
concorrentes.
A administração estratégica é, em um contexto geral, a forma como é visto o processo como
um todo da estratégia, e conforme Wright apud Ghobad (2003), em sentido mais amplo, ela consiste
em decisões e ações administrativas que auxiliam a assegurar que a organização formula e mantém
adaptações benéficas com seu ambiente. Formular estratégias envolve determinar cursos de ação
apropriados para alcançar os objetivos. Isso inclui atividades como análise, planejamento e seleção
de estratégias que aumentem as chances de que os objetivos de uma organização possam ser
alcançados.
Após a definição das estratégias, a empresa deve elaborar planos de ação, com as atividades
necessárias para por em prática tais decisões, considerando para isto, todas as análises de ambiente
externo e interno. No entanto, para atingir seus objetivos, uma organização deve não somente
formular, mas também implementar efetivamente suas estratégias, já que se uma dessas tarefas for
malfeita, é provável que o resultado seja uma falha na estratégia global.
Segundo Thompson et al apud Ghobad (2003) , a função de implementação da estratégia
consiste em ver o que é necessário para fazer uma estratégia funcionar e atingir o desempenho
programado dentro do prazo estipulado. Assim, a implementação das estratégias consiste em
[23]
colocá-las em ação. Para Kotler (2006) , à medida que a empresa implementa sua estratégia, ela
precisa acompanhar os resultados e monitorar os novos acontecimentos nos ambientes interno e
externo. O Planejamento Estratégico de unidades de negócio consiste em etapas, conforme vistas na
figura abaixo:
186
Revista Gestão Industrial
Figura 1: O Processo de Planejamento estratégico de negócios
Segundo Liker (2005)], a tarefa mais crítica quando implementamos a padronização é achar
o meio termo entre prover aos funcionários rígidos procedimentos a serem seguidos e ao mesmo
tempo dar a liberdade para que eles possam inovar e ser criativos para contribuir com os objetivos
de custo, qualidade e entrega.
O autor ressalta que os primeiros padrões e instruções devem ser específicos o suficiente
para serem guias úteis, e ainda generalistas o suficiente para permitir a flexibilidade e o fácil
entendimento para qualquer pessoa que irá usá-lo. É importante utilizar as idéias dos próprios
funcionários para aprimorar as instruções de trabalho, dando a oportunidade para que eles possam
contribuir para a melhoria contínua no processo.
As pessoas desejam poder assumir a responsabilidade por seus próprios recursos. Querem
sentir que estão dando uma contribuição pessoal para algo importante. É assim que se consegue a
verdadeira motivação e a verdadeira administração participativa. As variações, erros ou desvios
devem ser corrigidos para que as operações sejam normalizadas.
187
Revista Gestão Industrial
A padronização visa manter o desempenho dentro do nível pré-estabelecido e também
assegurar que tudo seja feito exatamente de acordo com o que se pretendia fazer (LIKER, 2005).
Segundo Liker (2005), O controle visual é qualquer meio de comunicação usado no
ambiente de trabalho que mostra rapidamente como o trabalho deve ser ou está desviado do padrão
ou meta estabelecida. Também ajuda os funcionários a fazer o trabalho de forma correta e igual ao
procedimento padrão a ser seguido no processo de trabalho. Para Liker (2005), os controles visuais
também incluem os desvios entre a meta e o realizado exibidos sob forma gráfica, onde são fixados
em local publico e de fácil visualização.
A grande questão a ser observada é possibilidade de andar pela empresa e reconhecer que o
padrão de trabalho, procedimentos e metas estão sendo seguidos e alcançados. O autor ressalta que
nas linhas de produção, o uso dos controles visuais, ou gerenciamento pela visão, torna-se
obrigatório. Portanto, é necessário estabelecer um processo padronizado pelos quais as condições
atuais se tornam rapidamente visíveis no local de trabalho permitindo que todos os funcionários
visualizem imediatamente a situação normal ou anormal, bem como reconheçam a situação e
tomem ações para retornar à condição padrão.
188
Revista Gestão Industrial
Assim, se faz necessário uma compreensão compartilhada de todos do grupo, desde o nível
operacional até o gerente, sobre as metas, padrões e problemas.
De acordo com Dennis (2008), Michael Greif definiu um triângulo de gerenciamento visual,
no qual todos da equipe deveriam enxergar conhecer e agir como um grupo, conforme a figura
abaixo:
Figura 2: A Fábrica Visual
189
Revista Gestão Industrial
Esta melhoria dos negócios é conduzida através da solução de problemas, já que somente reconhecer
um problema por meio da identificação que um padrão pré-especificado não foi atingido, não é suficiente.
Assim, conhecer claramente quando um problema ocorreu é essencial, mas é apenas o primeiro passo para a
melhoria, já que não procurar a causa do problema tornará o DMS inútil.
Desta maneira, o DMS deve ter um claro e ativo componente de solução de problemas embutido em
sua estrutura, que precisará estar claro para todos os envolvidos.
Além disso, devem estar claros os problemas que surgiram, os que estão sendo trabalhados e os que
já foram solucionados. Sendo que estes últimos devem estar ligados às melhorias da produção padrão e estas
devem ser quantificadas para que qualquer pessoa possa entender seu progresso.
O DMS é montado sob a forma de um quadro visual na área onde seu acompanhamento é
realizado, de forma que todos possam enxergar e gerenciar o andamento da atividade. A figura
abaixo mostra como um quadro DMS pode ser estruturado, levando-se em consideração os itens
necessários para o seu acompanhamento.
Figura 3: Modelo de Quadro de DMS
Por meio da figura é possível observar que, definido os requisitos do negócio, é necessário
vinculá-los com indicadores específicos, que direcionam o foco em ações importantes e em
resultados, desdobrando as estratégias e estes indicadores para todos os níveis, através de controles
visuais, para poder então, gerenciar a programação da produção.
190
Revista Gestão Industrial
Desta forma, as atividades devem seguir o ritmo da produção, baseado na demanda do
mercado, ou seja, o tempo de ciclo da atividade, que é o intervalo de tempo entre unidades
sucessivas que saem de um processo, deve ser menor ou igual ao takt time, que é o tempo máximo
necessário para fornecimento de uma peça, conforme a demanda do cliente. Assim, os projetos,
operações e processos, devem ser orientados, utilizando-se para isto as quatro regras em uso (RIU),
de maneira a especificar a forma de realização das atividades, através de uma conexão simples e
binária, contando com um fluxo simplificado durante o processo de fabricação e, buscando a
melhoria constantemente.
Ainda, é importante haver um formulário, daily check, onde as lideranças registram o tipo de
visita feita à frente de serviço, já que a demonstração de comprometimento da liderança com a
sistemática aplicada é imprescindível para seu funcionamento.
Como forma de garantir que o método mais eficaz de execução da atividade seja seguido,
dados os requisitos de segurança, ergonomia e meio ambiente, qualidade e volume de produção,
este deve ser padronizado e estar visível.
De acordo com Dennis (2008), mesmo os melhores processos estão repletos de perdas,
portanto, o trabalho padronizado se modifica constantemente, em busca da melhoria. Uma vez
detectado um problema que possa vir a comprometer a programação da produção, esse deve ser
arduamente combatido.
A lógica deste princípio envolve identificação, contramedida imediata para a retomada do
fluxo, análise da causa e plano de ação para eliminação da causa.
Portanto, após a identificação do problema, uma cadeia de ajuda é contatada, devendo essa,
através da adoção de contramedidas que irão atenuar os efeitos deste problema, re-conectar o
processo e o fluxo da atividade.
De acordo com Kamada (2008) , a cadeia de ajuda é uma rotina de interação e envolvimento
entre as pessoas, que se inicia pelo operador da atividade e envolve as lideranças imediatas e os
responsáveis de todas as áreas de apoio, e tem o objetivo de resolver um problema, quando esse
surge, e eliminar as instabilidades do processo.
Assim, os pontos de causa dos problemas identificados são quantificados em uma tabela,
para que sejam estratificados em um diagrama de Pareto e posteriormente, identificados os mais
críticos, que necessitam ser primeiramente tratados.
Para isto, aplica-se a regra 80/20, concentrando 80% da energia sobre os 20% de problemas
que produziram 80% do benefício total. O processo de solução de problemas é feito através da
ferramenta “A3” de solução de problemas, assim denominado por descrever a apresentação destas
atividades em uma única página de papel tamanho “A3” (27,5 cm X 42,5 cm).
191
Revista Gestão Industrial
Conforme Liker et al (2007), o desenvolvimento do “A3” deve seguir a sequencia mostrada
abaixo: 1. Desenvolvimento de uma completa compreensão da situação presente e definição do
problema;
2. Realização de uma análise completa da raiz do problema;
3. Total consideração de soluções alternativas enquanto se constrói o consenso;
4. Planejar – Fazer – Verificar - Agir (PDCA);
5. Reflexão e aprendizagem com o processo.
A etapa 4 citada acima, referente ao ciclo PDCA de solução de problemas pode ser melhor
analisado através da figura abaixo:
Figura 4: Ciclo PDCA de Solução de Problema
Fonte : Do Autor
192
Revista Gestão Industrial
Quadro 1: Ciclo PDCA de Solução de Problema
Após a resolução do problema através do “A3”, este deve ser “fechado”, ou seja, arquivado
para ser usado no caso de sua re-ocorrência. No entanto, todas estas re-ocorrências devem ser
registradas em um quadro para quantificação e priorização das ações corretivas, já que indicam que
a resolução do problema pode não ter ocorrido na sua causa raiz ou este pode ter múltiplas causas.
193
Revista Gestão Industrial
9. Atividades essenciais do Daily Management System
A implantação da ferramenta DMS deve ser coordenada por uma equipe multidisciplinar,
composta por representantes de todas as áreas da unidade, os quais serão os responsáveis por
“desdobrar” as decisões para todos os empregados de suas respectivas áreas. Esta equipe é
denominada de Equipe Líder, sendo definida pela alta direção, é a responsável pelo apoio às demais
áreas da Unidade. A equipe líder é responsável por coordenar a implantação do sistema de gestão o
Planejamento Estratégico da Unidade e Plano Operacional das áreas, além de realizar análises
críticas de indicadores, ministrar treinamentos, coordenar auto auditorias de excelência operacional,
e desenvolver processos de melhoria contínua. Assim, após definidos os responsáveis pela
implantação do DMS, par te-se para a preparação do plano de implantação.
Para o desenvolvimento deste plano, deve-se tomar como base o conceito do ciclo PDCA
como método para identificar e controlar, de forma lógica, as etapas da implantação, a criação de
controles com foco na melhoria dos processos, além de evitar erros lógicos de análise
194
Revista Gestão Industrial
11. Execução do Daily Management System
Nota-se na figura acima, que na execução do DMS, o planejamento (Plan) se inicia com a
definição das expectativas do negócio que irão servir como indicadores de desempenho.
Estes indicadores são dispostos visualmente no quadro, em forma de gráficos, fazendo com
que os funcionários conheçam o desempenho padrão necessário para o alcance de suas metas e
195
Revista Gestão Industrial
consequentemente dos objetivos do negócio. O indicador de entrega é utilizado para realizar o
acompanhamento da entrega aos clientes. Desta forma, para que a atividade obtenha seu
desempenho padrão, esta deve garantir 100% da entrega a seu cliente, seja ele interno ou externo.
Tendo-se como base o processo, onde as pessoas sustentam o sistema, a segurança não deve
ser deixada em segundo plano em detrimento da produção.
Desta forma, não deve haver incidentes, tanto aos funcionários quanto ao meio ambiente na
realização da atividade e, portanto, o indicador de EHS deve ter 0% de ocorrência de incidentes.
Através do vetor qualidade, a empresa efetua o acompanhamento de retrabalhos durante a
execução das atividades, já que este é considerado uma perda e deve, portanto, ser eliminado.
Já o indicador de custo, mede o valor adicional para a realização da atividade, sendo assim,
este valor não deve ultrapassar o estabelecido para sua execução.
Ainda na etapa de planejamento são determinados o takt time e o tempo de ciclo para
realização da atividade. A partir desta definição o plano de produção necessário para o atendimento
da demanda do cliente é definido, pré-especificando tempos e necessidade de produção para o
atingimento das metas.
Tendo como objetivo garantir que o método mais eficaz de execução da atividade seja
seguido, dados os requisitos de segurança, ergonomia e meio ambiente, qualidade e volume de
produção, este deve ser planejado e padronizado e estar disposto visivelmente no quadro.
Este padrão poderá ser feito por meio de prática padrão, fluxo ou procedimentos
operacionais. A definição da cadeia de ajuda é uma atividade realizada dentro do planejamento da
execução do DMS, devendo esta promover a interação e o envolvimento entre as pessoas para a
solução de um problema, quando este surgir.
Esta cadeia é iniciada pelo operador da produção e envolve as lideranças imediatas e os
responsáveis de todas as áreas de apoio, conforme a figura abaixo:
196
Revista Gestão Industrial
Nesta cadeia de ajuda é necessário definir o tempo em que cada nível deverá ser acionado,
de maneira que takt time determinado seja atendido. Além do tempo, as contramedidas necessárias
para a re-conexão do fluxo devem ser apontadas. Após a etapa de planejamento, inicia-se a etapa de
fazer (Do), com execução da atividade, que será realizada conforme o padrão definido
anteriormente.
Para verificar se a execução da atividade está de acordo com a programação, etapa Check, a
liderança deve estar presente no local onde a atividade é realizada (Genchi Genbutsu), para assim,
obter um completo entendimento de sua execução. Esta presença deve ser registrada em
formulários, denominados daily check, contendo o tipo de visita feita ao local.
Desta forma, através do quadro planejado x realizado, mostrado a seguir, pode-se
acompanhar a execução da produção com a programação, acionando, sempre que problemas forem
detectados, a cadeia de ajuda e aplicando as contramedidas para que o fluxo produtivo seja re-
conectado. Assim que o fluxo produtivo for restabelecido, todos os pontos de causa dos problemas
encontrados são estratificados em um quadro de acordo com sua freqüência.
Desta forma é possível desenvolver um gráfico de Pareto para determinar quais os principais
problemas. A solução destes problemas é realizada por meio do “A3” de solução de problemas, que
deve conter o tema e o contexto do problema, a condição atual que o produziu, uma análise de sua
causa raiz, o estado futuro, ou condição alvo que se deseja, e ainda, o plano de implantação, os
indicadores de desempenho e as melhorias futuras.
O propósito desta pesquisa foi registrar uma metodologia para a implantação do sistema de
gerenciamento diário no processo produtivo de tudo de cobre. O estudo foi desenvolvido a partir de
investigações empíricas, efetuadas durante a elaboração do plano de implantação. Para o alcance do
objetivo proposto, seguiu-se um processo de investigação acadêmico científico em três etapas: a
fundamentação teórica referente a Sistema Toyota de Produção, Estratégia de Negócio e Daily
Management System, definição dos procedimentos metodológicos, elaboração do estudo de caso na
empresa, ou seja, na fábrica PIM e, a análise da implantação e descrição da execução do Daily
Management System. Finalmente, apresentou-se em destaque alguns dos prováveis benefícios que
podem ser obtidos com o uso da ferramenta. A partir da metodologia apresentada, foi possível
levantar uma série de informações que ajudaram a atingir os objetivos específicos e responder a
principal questão que permeia este trabalho, a qual foi destacada na introdução, sendo a seguinte:
Como criar a estratégia (metodologia) para a implantação do sistema de gerenciamento na empresa
estudada.
197
Revista Gestão Industrial
Abstract
This paper presents a methodology for the implementation of the daily management system in the
manufacturing of residential air conditioning cooling systems copper tubes process.The origin that
motivated the development of this work stems from the observation by the researcher who saw that
it was necessary to systematize the actions in order to guide any professional company through a
visual management tool leveling the different levels of information for the process manufacturing.
The study was conducted from a theoretical framework that formed the basis for the empirical
development in the field. The main objective of this work is to present the tool model for further
deployment. However, as of empirical analysis, it is believed that many benefits can be obtained
with its implementation, which are presented in the study, among which the management of
activities considered critical to achieving the company's strategic objectives. Finally it is concluded
that this methodology will facilitate the work of those researchers or professionals who perchance
have interest using the DMS tool.
Keywords: Management System; Daily Management System; Production Administration.
Referências
ANTUNES JUNIOR, J. A. V. Em Direção a uma Teoria Geral do Processo na Administração: uma discussão sobre
a possibilidade de unificação da teoria das restrições e da teoria que sustenta a construção dos sistemas de produção
com estoque zero. 1998. Tese (doutorado em Administração), Escola de Administração. Universidade Federal do Rio
Grande do Sul. Porto Alegre.
CARVALHO, E.L.C. N. Implantação de um sistema de gestão por medidas de desempenho. 2003. Universidade
Estadual de Campinas, Campinas.
CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C.A. Administração de produção e operações, manufatura e serviços: uma abordagem
estratégica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
DIEHL, A.L. Mudança de Layout para melhoria de produtividade no setor de costura em uma indústria
calçadista. Dissertação de Mestrado, Mestrado Profissionalizante em Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, 2005.
DINIZ, M.V.; TÁVORA JÚNIOR, J.L. Avaliação da implementação do STP/TPM: estudo de caso em uma empresa
multinacional. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO – ENEGEP, 24., 2004,
Florianópolis. Anais do XXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. Florianópolis,
2004.
FUJIMOTO, T. The Evolution of Manufacturing System at Toyota. London:Oxford University Press, 1999
GHINATO, P. Sistema Toyota de Produção: mais do que simplesmente just-in-time, autonomação e zero defeitos.
1996. Dissertação (mestrado em Engenharia de Produção), Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, Caxias do Sul.
GHOBAD, C. Administração estratégica nas Organizações: o caso de uma empresa Monopsônica no Paraná. 2003.
Dissertação (mestrado em Engenharia de Produção). Universidade Federal de Santa Catarina, Paraná.
HENDERSON, B.A.; LARCO, J.L. Lean Transformation: how to change your business into a lean enterprise. The
Oaklea Press, 1999.
KOTLER, P.; KELLER, K.L. Administração de Marketing. 12 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
LIKER, J.K. O modelo Toyota: 14 princípios de gestão do maior fabricante do mundo. Porto Alegre: Bookman, 2005.
MOREIRA, D.A. Administração da produção e operações. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1996.
198
Revista Gestão Industrial
MÜLLER, C.J. A Evolução dos Sistemas de Manufatura e a Necessidade de Mudanças nos Sistemas de Controle e
Custeio. Porto Alegre, 1996. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção), Escola de Engenharia. Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.
OHNO, T.: Toyota Production System: beyond large-scale production. Productivity Press, 1988.
OHNO, T. O Sistema Toyota de Produção: além da produção em larga escala. Porto Alegre: Bookman, 1997.
RAGO, S.F.T. et al. Atualidades na gestão da manufatura. São Paulo: IMAM, 2003.
REIS, A.C.C.. Implementação da manufatura enxuta na General Motors do Brasil: avaliação do “desdobramento”
do plano de negócios na planta s-10. 2004. Dissertação (mestrado), Universidade de Taubaté, Taubaté.
SHINGO, S. O sistema Toyota de produção: do ponto de vista da engenharia de produção. 2. ed. Porto Alegre:
Bookman, 1996.
SHINGO, S. O Sistema de Produção com estoque Zero: o sistema Shingo para melhorias contínuas. Porto Alegre:
Bookman, 1996.
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2002.
SPEAR, S., BOWEN, H. B. Decodificando o DNA do Sistema Toyota de Produção. Harvard Business Review, pp.97-
106, September-October, 1999.
Submissão: 16/11/2015
Aceito: 06/03/2016
199
Revista Gestão Industrial