Destilacao
Destilacao
Destilacao
Destilação é uma operação unitária que visa separar os componentes de uma fase líquida
através de sua vaporização parcial. Os vapores produzidos são, normalmente, mais ricos nos
componentes mais voláteis do que no líquido, o que possibilita a separação de frações enriquecidas
nos componentes desejáveis.
energia
PA = yA PT
A Lei de Henry fornece uma relação simples para a pressão desenvolvida por um soluto
líquido A em um solvente líquido B, da forma:
PA = H xA,
onde H é a constante de Henry. Segundo esta lei, a pressão parcial é diretamente proporcional à
fração molar de xA no soluto no solvente. Isto é válido unicamente para soluções diluídas.
A pressão parcial se relaciona com a concentração na fase líquida por meio da Lei de
Raoult, que se escreve da forma:
onde PA° é a pressão parcial de A puro, na mesma temperatura. Assim, para uma solução ideal, a
pressão parcial de um componente a uma dada temperatura é igual ao produto de sua pressão de
vapor quando puro, nesta temperatura, e sua fração molar no líquido.
Relacionando as Leis de Raoult e Dalton teremos:
1
PT = Ptotal = PA + PB = PA° x + PB° (1 – x), onde x é a fração molar do componente mais volátil.
PA = PT y … y = PA / PT = (PA° x) / PT
Pressão Pressão
PT.y PA° PA°
PB°
PB° PB.xB
PA.xA
x y
x=0 Fração molar x=1 Fração molar
São os mais importantes para os cálculos térmicos. Neste diagrama, temperatura = f (fração
molar), há uma curva que se estende desde o ponto de ebulição do componente A puro até o ponto
de ebulição do componnte B puro. A curva superior deste diagrama representa a relação entre a
temperatura e a composição do vapor, enquanto que a curva inferior relaciona a temperatura e
composição do líquido. No diagrama abaixo, uma mistura líquida binária é aquecida de TC até TG.
Com base no FOUST p.27 e 30, complete as lacunas.
G
Temperatura
F
TB°
LL E V
D TA°
x y
xA=0 xA=0,4 xA=1
Quando a mistura se encontra no ponto C o sistema é considerado um ……………………. A curva
inferior (azul) é denominada …………………………………………………..No ponto D, sobre
esta curva, ocorre a formação da primeira bolha de vapor. O ponto E, entre as duas curvas, constitui
uma mistura de líquido saturado de composição ……… e vapor saturado de composição………….
Em F, a última gota de líquido foi vaporizada. Esta curva superior (vermelha) é
denominada………………………….…….……………….. Acima desta curva, ponto G, o sistema
será um …………………………………..Assim, quando um líquido de composição inicial xA=0,40
2
for aquecido até a temperatura TE, ele produzirá uma vapor V de composição yA>0,40 e um líquido
L de composição xA<0,40. A relação entre as quantidades das fases em equilíbrio estão relacionadas
pela regra da alavanca:
Moles de L
=
Moles de V
Como se pode perceber, a vaporização de uma mistura líquida ocorre numa faixa de
temperaturas (entre TD e TF, por exemplo) e não numa única temperatura como ocorre com as
substâncias puras. Por isto o termo ponto de ebulição não tem significado para uma mistura.
VOLATILIDADE RELATIVA => Num diagrama x = f (y), quanto maior a distância entre a
curva de equilíbrio e a diagonal maior será a diferença entre as composições do líquido e do vapor,
o que significa maior facilidade de separação. Uma medida numérica desta separação é chamada de
fator de separação ou volatilidade relativa (α). A volatilidade relativa é definida como a razão entre
a concentração de A e B na fase vapor e a razão entre a concentração destes componentes na fase
líquida. A volatilidade expressa uma medida da facilidade de separação (quanto maior α maior é a
facilidade de separação).
Ponto de Bolha: para o vapor no ponto de bolha: Σ yi = 1,0, ou seja, KAxA + KBxB +….= 1,0 (*)
3
A composição do vapor em equilíbrio, na temperatura do ponto de bolha, é dada por :
yi = (αi,J xi) / (Σαi,J xi). Se a composição do líquido e a pressão total forem fixadas, o cálculo da
temperatura é feito por tentativas satisfazendo a equação (*).
Exemplo 1: Seja um líquido com a seguinte composição molar: 35% de n-butano (C4), 20% de n-
hexano (C6), 30% de n-heptano (C7) e 15% de n-octano (C8), a 20 psia. Determine a temperatura de
bolha da mistura.
Resolução:
1) Com a pressão de 20 psi entre no Apêndice D-1 (Foust) e encontre as temperaturas de ebulição
para cada um dos componentes (pressão linha correspondente ao componente lê-se a
temperatura correspondente na abcissa).
2) Arbitre uma temperatura entre a maior e a menor.
3) Com a pressão de 20 psi e a temperatura arbitrada, vá ao Apêndice 21 ou 22 (constantes de
equilíbrio) e retire os valores de K para cada um dos componentes. Observe que esta figura é um
ábaco, assim você terá que ligar a pressão e a temperatura como uma reta para poder ler os
valores de K quando esta reta interceptar as linhas correspondentes a cada componente.
4) Observe se a equação abaixo é satisfeita:
K4 x4 + K6 x6 + K7 x7 + K8 x8 = 1,0
Exemplo 3: Uma mistura de propano e isobutano está em equilíbrio a 40 °F e 44,7 psia. Calcular a
volatilidade relativa de propano em relação ao isobutano nestas condições, bem como a composição
do líquido e do vapor usando:
a) As Leis de Raoult e Dalton.
4
b) As constantes de equilíbrio.
b) Constantes de equilíbrio: Com a temperatura entre no Apêndice D-2 (Foust) e encontre (na
ordenada) os valores de K correspondentes a cada componente. Calcule a volatilidade relativa
através destas constantes (última parcela da primeira equação deste exemplo). Compare o valor
com o obtido no ítem (a), qual deve ser o mais preciso?
Agora relacione as composições e as constantes: KA = yA / xA yA = KA xA
KB = yB / xB. Assim, KB = (1-yA) / (1-xA) (1-yA) = KB (1-xA)
Com os valores de K obtidos e com as duas equações acima calcule a composição do líquido
(xA e xB). Com a primeira destas duas equações calcule a composição do vapor (yA e yB).
5
6
7
Exemplo 4: Construa a curva de equilíbrio líquido-vapor (yA = f (xA)), à pressão constante de 1
atm absoluta (14,7 psia), para a mistura n-heptano e n-octano supondo que formam uma solução
ideal.
Resolução: com esta pressão determine, pelo Apêndice D-1 (Foust), as temperaturas de
ebulição destes componentes. Arbitre várias temperaturas dentro destes limites de temperaturas
encontrados. Para cada temperatura arbitrada entre no mesmo diagrama e determine as pressões
parciais dos componentes puros (P7° e P8°). Agora calcule as composições das fases líquido e
vapor através das Leis de Raoult e Dalton:
xA = (PT-PB°) / (PA°-PB°) e yA = (PA° xA) / PT
Diagramadeequilíbrioparaosisteman-heptanoen-octanoa1atm
1
0.9
0.8
0.7
0.6
ya
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
xa
8
DESTILAÇÃO FLASH
F la s h D is tilla tio n
Vapor D
É uma operação realizada em um único estágio.
xD
HD
F
Válvula de
xF ou zF expansão
hF Q
Líquido W
Balanço Material
xw
W y − xF
F = D +W F .z F = D. y D + W .x w → − = D hw
D xw − xF
Balanço Entálpico
W H D − (hF + Q / F ) y − xF
F .hF + Q = D.H D + W .hw − = = D
D hw − (hF + Q / F ) xw − xF
No diagrama H x y ⇒ reta que passa pelos pontos: D (yD, HD), W (xw, hw) e F (xF, hF +
Q/F)
9
Pela Lei de Dalton e de Raoult temos:
o
y P P .x P o
K= = = 1 =
x PT .x PT .x PT
Assim podemos rescrever a equação anterior em relação ao K: F .x F = W .x w + D. y D
y F .z F F .x F K .F . z F
F .x F = . y D + W D yD = = =
W D.K + W D.K + W F K .x F
K y = .
D + D
D K + W
K K D
K .x
F
Determina-se a composição do vapor: y aD = . a aF
W W
y = − x + xF + 1
D D
D
H, h
A inclinação é obtida pela L.A. que, quando
prolongada passa por F W
x, y
y F
–W/D
Exemplo: Uma mistura líquida contendo 50 kgmois de heptano e 50 kgmois de octano à 30ºC, é
submetida a uma destilação em um único estágio, a 1 atm, para vaporizar 60% (molar) da
alimentação. No vaporizador a temperatura da mistura é acrescida de 83ºC. Deseja-se saber qual a
composição do líquido e do vapor obtidos
10
DESTILAÇÃO DIFERENCIAL (RAYLEIGH, SIMPLES)
Neste tipo de destilação a carga líquida é aquecida até sua temperatura de ebulição e, imediatamente
depois de produzido, o vapor formado é removido através do condensador.
y
dD –Q
Resfriamento
Aquecimento
Fervedor
Os cálculos relativos a este tipo de operação visam relacionar a quantidade de líquido que se
encontra no fervedor, num dado instante, com a sua composição. Como a operação é realizada em
batelada, o regime é transiente. O Balanço Material para esta operação será:
11
A integral poderá ser obtida analiticamente ou por método gráfico. Para que se possa utilizar
o método analítico a relação de equilíbrio y = f(x) terá que ser conhecida sob a forma de uma
relação algébrica. Quando a curva de equilíbrio é uma reta y = mx + b, no intervalo de concentração
considerado, o resultado será:
1 /( n −1)
F yF − xF
=
W y − x
12
Exemplo 1: A água produzida numa indústria acha-se saturada com benzeno a 20ºC, o qual será
removido por destilação diferencial a 1 atm. A carga do destilador encerra 99,75 % (molar) de água,
devendo ser destilada de modo a reduzir a composição do benzeno a um milésimo do valor inicial.
Calcular a quantidade percentual da carga a ser vaporizada para se conseguir este resultado.
0,9
y (fração molar de benzeno no vapor)
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
x (fração molar de benzeno no líquido)
Dados do equilíbrio:
x 0,50 0,46 0,40 0,36 0,30
y 0,67 0,64 0,59 0,55 0,49
1 / (y-x)
13
DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO PARA O SISTEMA C7 - C8
0,9
y (fração molar de n-heptano no vapor)
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
x (fração molar de n-heptano no líquido)
4
1 / (y - x)
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
x
14
DESTILAÇÃO FRACIONADA – COLUNA DE PRATOS
15
16
Cálculo do nº de pratos pelo Método McCabe-Thiele
O método supõe:
Fluxo molar constante (L e V = ctes.)
Os calores latentes molares das substâncias considerados iguais e constantes.
O calor de solução, as perdas de calor nos estágios e as variações do calor sensível do
líquido e do vapor são considerados desprezíveis.
V1
Seção de enriquecimento
1 Lo, xo D, xD
Ln Vn
Ln Vn
n xn-1 yn
Ln Vn
xn yn + 1
O líquido L que sai de cada prato (Ln) e o vapor V que chega a cada prato (Vn) são
constantes
As correntes que saem dos estágios estão em equilíbrio ⇒ (xn, yn) deve estar sobre a
C.E.
O condensador remove todo o calor latente do vapor no topo, mas não resfria o líquido
resultante. O refluxo e o destilado são, portanto, líquidos no ponto de bolha, e tem-se
que y1 = xo = xn.
Balanço Material Vn = Ln + D
Vn
Do B.M.G. tira-se V n = L n + D = D.( R + 1) .... D=
R +1
R x
que substituindo na expressão anterior y n +1 = .x n + D dará:
R +1 R +1
Ln D
y n +1 = .x n + . x D
Vn Vn Equação da Linha de
Operação Superior (L.O.S.)
Considerando xn = xD obtém-se yn+1 = xD. Logo esta reta passará pelo ponto (xD = xD)
17
Seção de esgotamento
Lm Vm
xm ym+1
m+1
Lm Vm
xm-1 ym+2
m+2
Lm Vm
xm+ yr
2
Vm, ym
r
Lm
xr Vm
W
Lm, xr xw
Balanço Material Lm = Vm + W
Balanço Material para o componente mais volátil L m .x m = V m . y m +1 + W .x w
Assim teremos:
L W
y m +1 = m .x m + .x w Equação da Linha de
Vm Vm Operação Inferior (L.O.I.)
Lm W
y n +1 = .x m − .x w
Lm − W Lm − W
Quando xm = xw, obtém-se ym+1 = xw. Logo esta reta passará pelo ponto (xw = xw).
18
A equação anterior poderá ser escrita: ( Lm − Ln ).h L = (V m − V n ).H v + F .h F
(V m − V n ). y q = ( L m − L n ).x q − (W .x w + D.x D
Do B.M. no sistema para o componente volátil dará: F .x F = D.x D + W .x w
q x (xF, xF )
yq = .x q − F Equação da reta q
Pontos
(0, – xF /(q – 1))
q −1 q −1
q=
1 q>
1
q=
xF 0
q<
0
xF
xD,
1
2 “A mudança na inclinação na
L.O. linha de operação (L.O.S. ∩
3 L.O.I. (e q)) se dá no estágio
L.O. ótimo para a introdução na
alimentação.”
xD
R+
xw xF xD
19
Razão de Refluxo
L
R= o
D
D ≅ 0 ⇒ NP = mínimo
L.O.S. e L.O.I. coincidem com a diagonal.
20
Condições Térmicas da Alimentação
Condição da F HF HV − H F q
q=
Alimentação (móis/tempo) (energia/mol) H V − hL q −1
Líquido frio
y
Ln Vn
F
f LF hF < hL q>1
Lm Vm
xF x
Líquido saturado
Ln Vn y
F
f LF hF = hL q=1
Lm Vm
xF x
Mistura Líquido - Vapor
y
Ln Vn
F
f VF + LF hL < hF <HV 0<q<1
Lm Vm
xF x
Vapor Saturado
y
Ln Vn
F
f VF h F = Hv q=0
Lm Vm
xF x
Vapor Superaquecido
y
Ln Vn
F
f VF h F > HV q<0
Lm Vm
xF x
q x
L m = L n + q.F y m = V n + F .(q − 1) yq = .x q − F
q −1 q −1
21
MÉTODO McCABE-THIELE - PROCEDIMENTO
1°) Determinar as correntes F, D e W, bem como suas respectivas composições xF, xD e xW.
Devem ser conhecidos: a razão de refluxo no condensador (R), a entalpia da alimentação (hF) e a
volatilidade relativa.
2°) Traçar a Linha de Operação Superior (LOS). A reta deverá passar pelos pontos: (xD, xD) e
(0, xD/(R+1)) yn+1 = (R/(R+1)) xn + xD/(R+1) = (Ln/Vn) xn + (D/Vn) xD
3°) Calcular q e traçar a linha q. Esta linha representará a introdução da alimentação. A linha q
deverá passar pelos pontos: (xF, xF) e (0, - xF/(q-1))
q = (Hv – hF) / (Hv – hL) = (Lm – Ln) / F Hv – hL = λ
yq = (q/(q-1)) xq – xF / (q-1) = (Lm/Vm) xq – (W/Vm) xW
4°) Traçar a Linha de Operação Inferior (LOI). Esta linha deverá passar pelos pontos (xW, xW) e
pelo ponto onde a LOS intercepta a linha q.
ym+1 = (Lm/Vm) xm – (W/Vm) xW = (Lm/(Lm-W)) xm – (W/(Lm-W)) xW
“A mudança da inclinação da linha de operação ocorre no estágio ótimo para a introdução da
alimentação, que permitirá a obtenção do menor número possível de estágios teóricos necessários
para efetuar a operação”.
5°) Traçar os estágios teóricos. (“degraus” entre a LO e a CE, partindo de (xD, xD) até (xW, xW).
INFLUÊNCIA DA RAZÃO DE REFLUXO
A) RAZÃO DE REFLUXO TOTAL => D = 0, ou seja, não há retirada de produto de topo. Todo o
vapor produzido é condensado e retorna na coluna como corrente de refluxo. Nesta situação a
LOS e a LOI coincidem com a diagonal, e o número de estágios teóricos traçados será o
mínimo.
B) RAZÃO DE REFLUXO MÍNIMA => D é muito grande, assim a corrente de refluxo (Lo) que
retorna à coluna é muito pequena. Então a razão de refluxo R = Lo/D terá um valor mínimo.
Quando isto ocorre a LOS e a LOI interceptam a reta q sobre a curva de equilíbrio (CE), e seria
necessário um número infinito de estágios para efetuar a separação.
EXEMPLO 1: Uma coluna de pratos para fracionamento contínuo é utilizada para separar uma
mistura 0,695 (fração molar) de n-heptano e 0,305 de n-octano, em produtos com 95% (molar) de
pureza. A coluna opera a uma pressão de 1 atm, com uma alimentação de 5.000 Kg/h.
c. Determinar o número de pratos teóricos necessários, bem como o estágio onde deve ser
introduzida a alimentação (líquido saturado) quando a razão de refluxo para o sistema é o dobro
da razão mínima.
22
DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO PARA O SISTEMA C7 - C8
0,9
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
x (fração molar de n-heptano no líquido)
0,9
y (fração molar de n-heptano no vapor)
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
x (fração molar de n-heptano no líquido)
0,9
y (fração molar de n-heptano no vapor)
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
x (fração molar de n-heptano no líquido)
23
Método M c C a b e – T h i e l e - D u p l a Al i m e n t a ç ã o
Cond.
D
B. M. em I
F1 + Vi +1 = D + Li
Ln Vn+1 I
Lo F1.xF + Vi +1. yi +1 = D.xD + Li .xi
F1
Li Vi+1
Li D.x D − F1 .x F 1
yi +1 = . xi +
F2 Vi +1 Vi +1
Vm+1
L Vm+1
II
B. M. em II
Ref.
W Li F . x − W .x w
yi + 1 = .xi + 2 F 2
Vi + 1 Vi + 1
(2) Li = Ln + Vi +1 + F1 − Vn +1
Substituindo ( 3 ) em ( 2 ) teremos:
Ln + q1 .F1 = Ln + Vi +1 + F1 − Vn +1
Vi +1 = Vn+1 + q1 .F1 − F1
Vi +1 = Vn +1 + (q1 − 1).F1 (4)
Método McCabe-Thiele – Dupla Alimentação - Exemplo
Dois componentes A e B (sistema genérico) são fracionados sob pressão constante numa coluna de
destilação equipada com um condensador e um refervedor total. A alimentação I é de 50 kgmois,
24
contendo 50% molar de cada componente, que entram na coluna na forma de líquido saturado. A
alimentação II é de 100 kgmois, contendo 35% molar do componente A, que entra na forma de
vapor saturado. As composições do destilado e do resíduo são 0,90 e 0,05 fração molar de A. A
volatilidade relativa é igual a 4 e a razão de refluxo é 1,5. Determine o número de estágios
teóricos.
1) Traçar a curva de equilíbrio (x = f (y)). Com os limites da composição do líquido para as corrente W e D,
arbitra-se valores intermediários de x, calculando-se o y pela volatilidade relativa:
y = ( α x ) / ( 1 + (α-1)x )
x 0,05 0,90
y
2) Pelo balanço material global e para o componente mais volátil na coluna, determine as taxas das
correntes D e W.
4) Localize no gráfico os pontos (XW, XW), (XD, XD), e trace as retas q1 e q2 que
representam a alimentação I e II, respectivamente. Lembre-se que elas tem origem no
ponto (XF1, XF1) e (XF2, XF2), e dependem das condições de cada alimentação.
7) A partir do ponto (Xw, Xw) e do ponto de intersecção da LOInt com a reta q2 trace a LOI (linha de
operação inferior).
8) Com as três linhas de operação traçadas, comece a contar os estágios a partir do ponto (XD, XD) até o
ponto (Xw, Xw) da mesma forma como foi procedido em exercícios anteriores.
25
DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO A/B
0,9
0,8
0,7
y (fração molar no vapor)
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
x (fração molar no líquido)
26
DESTILAÇÃO – EFICIÊNCIA DE ESTÁGIO
2) Fatores de operação
- Agitação.
- Manutenção da capacidade de projeto.
- Constância das composições, temperaturas e vazões.
- Controle de processo.
- Condições de operação: temperatura, pressão.
27
EFICIÊNCIA GLOBAL DA COLUNA
Uma coluna de pratos para fracionamento contínuo operando a 1 atm é usada para separar uma
mistura heptano/octano contendo 0,65 (fração molar) de n-heptano, em produtos com 95% de
pureza. A carga é introduzida na coluna a 4.000 kg/h na forma de líquido saturado. Considerando
que a coluna opera com razão de refluxo igual ao dobro da razão mínima de refluxo, determine:
29
DIAGRAMA DE EQUILÍBRIO PARA O SISTEMA C7 - C8
0,9
y (fração molar de n-heptano no vapor)
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
x (fração molar de n-heptano no líquido)
0,9
y (fração molar de n-heptano no vapor)
0,8
0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
x (fração molar de n-heptano no líquido)
30
Relação entre as vazões de operação do líquido e vapor
1. Arraste
É a transferência de gotículas de líquido de um prato para o prato superior por intermédio do vapor.
Assim, o líquido do prato inferior contaminará o prato superior com compostos mais pesados,
prejudicando o fracionamento.
3. Pulsação
O vapor do prato inferior não tem pressão suficiente para vencer continuamente a resistência
oferecida pelos borbulhadores ou válvulas e pelo líquido do prato superior. O vapor, então, cessa de
passar até que sua pressão aumente e seja suficiente, quando então a passagem se dará bruscamente.
4. Gotejamento
Passagem do líquido ou queda do líquido de um prato superior para o prato inferior através dos
orifícios destinados à passagem do vapor é baixa e a vazão do líquido é excessivamente alta. Para
isto ser evitado utiliza-se muitos vasos vertedores de entrada.
5. Espuma
Alguns tipos de líquidos tendem a se expandir formando bolhas que retêm vapores no seu interior.
O acúmulo destas bolhas na superfície do líquido ocasiona a formação de espuma. Se ocorrer a
formação de uma grande quantidade de espuma, esta se transferirá para o prato superior carregando
consigo algumas porções de líquido, contaminando o prato.
6. Incrustações
Quando o líquido possui sólidos em suspensão ou quando possuem sais que, pela ação do calor,
originam precipitados, pode ocorrer problemas de incrustações.
7. Inundação
Diz-se que uma coluna de pratos está inundada quando o nível de líquido nos dutos da queda chega
até o prato superior. Isto ocorre quando o líquido é aumentado sobre a bandeja com maior rapidez
do que pode fluir para o prato inferior
Causas da inundação:
- aumento na velocidade do líquido
- aumento de sujeira e incrustações
- aumento da velocidade do vapor.
31
Conseqüências da inundação:
- empobrecimento da qualidade do produto
- diminuição do gradiente térmico na seção inundada
- aumento da perda de carga
- flutuações de pressão
Soluções:
- reduzir a vazão de vapor
- reduzir a vazão do líquido
- velocidade do vapor = 50 – 60 % da velocidade do líquido
- adição de substâncias que quebrem a espuma
Gotejamento
Inundação
Vazão de liquido
Velocidade
Região
limite do
de
operação
satisfatór
Arraste
excessivo
Cone de vapor
Esvaziamento
Vazão de vapor
32
DESTILAÇÃO FRACIONADA - COLUNAS DE RECHEIO
33
Correlações para determinação de HEPT (altura equivalente a um prato téorico)
Z = HETP x N (1)
onde: Z = altura do enchimento
HETP = AEPT = altura equivalente a um prato teórico
N = número de pratos.
Correlação de Hands e Whitt: propuseram um método aproximado para prever a HETP para anéis
de Rasching pequenos e operação à pressão atmosférica dado por :
1
HETP = ___________________ (2)
(1/ dp) . (L/ρ)1/2
onde:
HETP = altura equivalente a um prato teórico (ft)
dp = diâmetro do recheio (ft)
L = velocidade do líquido ( lb/h.ft)
ρ = viscosidade do líquido ( lb/ft.h)
Correlação de Murch: apresentou a seguinte expressão para HETP em condições de refluxo total:
Correlação de Fenske: deduziu uma equação para calcular o número de pratos, correspondentes ao
refluxo total. Esta equação pode ser usada para calcular o número mínimo de estágios teóricos
(Nmin) quando um condensador total é usado:
34
x 1 − xW
log( D )
1 − xD xW
N min = (4)
logα av
y2
dy
N OG = ∫y , cuja integração, assumindo refluxo total e volatilidade relativa constante
y1
*
−y
1 x 1 − xW
dará: N OG = (ln D + α ln )
α − 1 xW 1 − xD
A relação entre o número de unidades de transferência e o número de pratos é dada pela correlação
de Coull e Tsung por:
NTU 2.α - (α - 1 ) . 1
____ = ____ ________ __ (5)
N α+1 α+1 K
sendo
1 + ln [ ( 1- Kw)/(1-KD)]
K = 1/2. _______________________ (6)
ln ( KD/Kw)
1 y (1 − xW ) 1 − xW
N OG = ln D + ln
α − 1 xW (1 − y D ) 1 − yD
No uso desta equação α é assumido como um valor constante entre as condições do topo e da base
da coluna. Esta atambém se aplica a razão de refluxo total.
yD
NTU = ∫ dy (7)
yW ( y* - y)
35
Destilação em Colunas Recheadas – Exemplo
Deseja-se projetar uma coluna recheada para separar uma mistura equimolar de benzeno e tolueno,
em um destilado que contenha 98% (molar) de benzeno e um resíduo com igual percentagem de
tolueno. A alimentação entra na forma de líquido na temperatura de ebulição. Para o recheio
empregado foi determinado experimentalmente que a altura da unidade de transmissão em
condições análogas as de projeto (HOG) é de 35 cm. Calcular a altura do recheio total para a coluna
operando com uma razão L/V igual a 0,80.
dy
Z = HOG . NOG N OG = ∫
( y * − y)
Determine a perda de carga para esta coluna se ela for recheada com selas de Berl cerâmicas de 1”.
Assuma 50% da vazão de inundação para esta coluna.
0,9
0,8
0,7
0,6
0,5
Y
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
X
36