Projeto Caldeira Aquatubular Na Indústria
Projeto Caldeira Aquatubular Na Indústria
Projeto Caldeira Aquatubular Na Indústria
RESUMO
As empresas devem buscar fontes alternativas de energia e equipamentos para atenderem suas
demandas operacionais. Tais alternativas devem ser rigorosamente avaliadas tecnicamente
para a garantia de êxito da implantação o projeto. Este estudo foi realizado em uma unidade
industrial de produção de atomatados, da empresa Predilecta Alimentos, no distrito de São
Lourenço do Turno, Matão, SP. O objetivo foi relatar a implantação e vantagens de uma
unidade de produção de energia térmica em sistema aquatubular. Os resultados indicaram que
a implantação de caldeira aquatubular propiciou uma eficiência na realização dos diferentes
processos da empresa, e a geração de excedente de energia adicional com qualidade ambiental
assegurada.
ABSTRACT
Companies should seek alternative sources of energy and equipment to meet their operational
demands. Such alternatives must be rigorously evaluated technically to ensure the successful
implementation of the project. This study was carried out in an industrial plant for the
production of atomatados, from the company Predilecta Alimentos, in the district of São
Lourenço do Turno, Matão, SP. The objective was to report the implantation and advantages
of a unit of production of thermal energy in aquatubular system. The results indicated that the
aquatubular boiler implantation provided an efficiency in the accomplishment of the different
processes of the company, and the generation of surplus of additional energy with guaranteed
environmental quality.
Key-words: Cogeneration of energy. Thermal energy. Boiler installation project.
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1 INTRODUÇÃO
Segundo Pera (1996), o gerador de vapor é todo o equipamento que produz vapor a
partir de combustão de equipamentos específicos integrados. A definição colocada pelo autor
compreende todos os tipos de geradores de vapor, os que vaporizam água, mercúrio ou fluidos
térmicos, onde as geradoras de vapor de água são denominadas caldeiras de vapor.
Fundamentalmente um gerador de vapor é constituído por um equipamento fechado de
pressão, tubos para introdução de água e aplicação externa de calor, transformando a água em
vapor. Caldeiras aquatubulares onde os tubos compreendem toda a caldeira preenchidos por
água e externamente por calor produzido pela queima do combustível gerando vapor. (PERA,
1996).
A capacidade de produção do vapor de um equipamento instalado é medida em
quilogramas de vapor por hora (kg/h) e/ou seus múltiplos (kg/s, ton/h). Mas, para valores
distintos de temperatura e pressão, o vapor possui quantidades diferentes de energia, por isso,
manifesta-se a capacidade de uma caldeira em forma de calor total transmitido por unidade de
tempo (kcal/h). As caldeiras aquatubulares possuem os mesmos objetivos de outros modelos
de caldeira, isto é, custo reduzido, ser acessível, tubos com formas simples, boa circulação,
coeficiente de transmissão de calor elevado e alta capacidade de produção de vapor. Este
modelo possui variadas aplicações industriais, podem ser utilizadas também como caldeiras
de reaproveitamento (MARTINELLI, 2002).
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Ao fornecer calor à água, a sua energia interna e estado físico são variadas. Quanto
maior o calor, maior a temperatura e, consequentemente, a diminuição da densidade,
tornando-se mais “leve”. Com o fornecimento do calor ao líquido, as moléculas vão somando
energia até quebrar a ligação que mantem em forma líquida, a rapidez da formação de vapor é
de acordo com a intensidade do calor (MARTINELLI, 2002).
Segundo Martinelli (2002) Está descrito na NR-13 que Caldeiras a vapor são
equipamentos utilizados para produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica,
fazendo uso de qualquer fonte de energia. Permite-se utilizar o vapor nas indústrias em
diversas condições tais como: baixa pressão, alta pressão, saturado e superaquecido. O vapor
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poder ser produzido por diversos equipamentos dentre eles as caldeiras aquatubulares que são
divididas em três tipos, caldeiras de tubos retos, caldeiras de tubos curvos e caldeiras de
circulação forçada.
As caldeiras de tubos retos podem possuir tambor transversal ou longitudinal, as
mesmas são muito utilizadas devido, fácil acesso aos tubos para limpeza ou troca, menor
perda de cargas e pequenas chaminés. As caldeiras de tubos curvos são utilizadas para
exigências de grande capacidade de produção de vapor devido sua grande capacidade de
produção. Caldeiras são equipamentos compostos por tubos curvos, ligados à tambores, de tal
sorte que suas concepções iniciais possuíam quatro e até cinco tambores (MARTINELLI,
2002).
3 DESENVOLVIMENTO
A empresa sob estudo, a Predileta Alimentos, tem como fonte principal de vapor para
atendimento dos processos, o sistema de caldeira fogotubular, o qual está em funcionamento
desde 2001. Devido ao tempo extenso de uso, gerou um número elevado de intervenções e
inevitavelmente decidiu-se na sua futura substituição. A caldeira atual (fogotubular) só
permite o uso de um tipo de biomassa e um número elevado de mão de obra como operadores,
e uma capacidade de produção que não atende o pico de demanda do consumo de vapor. Em
virtude de se modernizar quanto ao uso mais eficiente de matérias-primas na produção de
energia, houve a busca por alternativas técnicas na produção de energia.
O modelo de caldeira escolhido, além da alta capacidade de produção, disponibiliza
vapor e energia que são essenciais para atender a demanda industrial da fábrica. A caldeira
aquatubular modelo contêiner é composta por diversos componentes em sua estrutura, as
quais são fundamentais para o seu funcionamento.
A estrutura da caldeira é adequada a necessidade de produção utilizando maior ou
menor número de componentes, a utilização de biomassa (cavaco) é de extrema importância
devido ao elevado valor do petróleo nos dias atuais, e ao grande impacto ao meio ambiente
causado pela queima de combustíveis fósseis. O presente estudo tem como objetivo explorar o
projeto instalado na indústria alimentícia Predilecta Alimentos Ltda., explanando as principais
informações, utilizando como motivação o constante crescimento do mercado por energia
renovável e os resultados operacionais propiciados pelo equipamento.
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3.2 Funcionamento
A água é vaporizada nos tubos que constituem a parede mais interna da fornalha.
Recebendo calor primeiro, vaporiza e sobe até o tambor superior, dando lugar à nova
quantidade de água fria que será vaporizada, e assim constantemente. Essa circulação de água,
provocada apenas pela diferença de peso específico entre a água ascendente e descendente, é
característica das chamadas caldeiras com circulação natural. Quanto maior a capacidade da
caldeira, aumentam também seu tamanho, a quantidade de tubos e, por consequência, é
necessário o uso de bombas hidráulicas. (NOGUEIRA, 2005).
Os tubos que conectam o tubulão superior ao inferior são expostos à radiação da
queima e ao calor dos gases de combustão dentro da fornalha, nos tubos mais aquecidos, uma
parte da água em contato com a parede evapora e sobe. A circulação da água facilita a
liberação do vapor e aumenta a eficiência da troca térmica nos tubos, o vapor saturado
coletado pelo tubulão vai para a tubulação de saída.
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A água dos tanques é destinada ao desaerador através de bombas e logo após para o
tubulão inferior alimentando os canos dentro da fornalha. O Vapor gerado pelo aquecimento
sobe para o tubulão superior ocorrendo a separação de vapor do restante de água que retorna
para o tubulão inferior, dando sequência no ciclo constante. O vapor coletado no tubulão
superior é destinado ao economizador depois ao superaquecedor e por fim para a turbina de
geração de energia (ciclo fechado do vapor).
Figura 4 - Componentes
Figura 5 - Componentes
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Vale lembrar ainda que será possível atender plenamente a demanda por energia
térmica nos períodos de pico da unidade industrial, uma vez que este trabalho com três turnos
e, um aspecto econômico importante é a possibilidade de gerar receita com o excedente de
energia propiciado pela implantação de caldeira do tipo aquatubular, auxiliando na
amortização dos custos de estabelecimento do projeto.
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, D.. Análise de operação de caldeiras de acordo com a nr-13. Rio Verde:
Goiás, 2014. Disponível em:
<http://www.unirv.edu.br/conteudos/fckfiles/files/An%C3%A1lise%20de%20opera%C3%A7
%C3%A3o%20de%20caldeiras%20de%20acordo%20com%20a%20NR-13.pdf>. Acesso em:
04 abril. 2019.
PERA, H. Geradores de Vapor. São Paulo, 1996.