Apostila - Historiografia Ana Paula Ribeiro Freitas 2012
Apostila - Historiografia Ana Paula Ribeiro Freitas 2012
Apostila - Historiografia Ana Paula Ribeiro Freitas 2012
Aberta e a Distância
HISTORIOGRAFIA
Ana Paula Ribeiro Freitas
Universidade
Federal
de Viçosa
Coordenadoria de Educação
Aberta e a Distância
Reitora
Nilda de Fátima Ferreira Soares
Vice-Reitor
Demetrius David da Silva
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Historiografia
Diretor
Frederico Vieira Passos
3
Historiografia
Sumário
5 Apresentação
6 Considerações gerais sobre os estudos historiográficos
12 Historiografia brasileira: mitos e revisões
4
Historiografia
Apresentação
Esta apostila da disciplina de Historiografia trata da maneira pela qual uma
vertente historiográfica brasileira se constituiu e se desenvolveu nas últimas
décadas: a historiografia da escravidão. Faremos, inicialmente, algumas
considerações mais gerais sobre os estudos historiográficos, baseados no
primeiro capítulo do livro História da Historiografia, de Rogério Forastieri1.
Em seguida, passaremos a analisar alguns textos produzidos ao longo do
século XX sobre o tema da escravidão, a partir dos quais discutiremos as
questões relativas ao processo de produção do conhecimento histórico.
Partimos da concepção de que existe um processo cumulativo, ou seja,
que determinada vertente historiográfica se constitui paulatinamente,
à medida que as pesquisas vão sendo realizadas e divulgadas. Cada
trabalho representa, assim, um estágio da discussão, e suas interpretações
podem ser reelaboradas ou revistas nos trabalhos subsequentes. Não
compartilhamos, porém, da ideia de que se trata de um processo progressivo
e linear, por meio do qual “verdades parciais” são corrigidas, transformadas
em versões mais completas e, portanto, definitivas ou verdadeiras.2
Nesse sentido, procuraremos assinalar não apenas continuidades, como
também rupturas e mudanças de rumo. A análise terá por base os textos em
si, além de informações relativas aos seus autores e ao contexto em que
produziram seus trabalhos. Em todos os capítulos serão apresentadas também
sugestões de leituras complementares. O critério que norteou a escolha
dos textos foi o de sua representatividade, embora nem todos eles possam
ser considerados referências obrigatórias para o entendimento da questão.
1 SILVA, Rogério Forastieri da. Estudos historiográficos gerais: passado e presente. In:
História da Historiografia. Capítulos para uma história das histórias da historiografia. Bauru, SP:
EDUSC, 2001. p. 17-168.
2 Discordamos, portanto, da afirmação de Henri-Irénée Marrou de que o conhecimento
é um processo cumulativo em que verdades parciais são continuamente reelaboradas. Acredita-
mos que, embora exista um processo de revisão crítica do conhecimento produzido, nem todas
as interpretações se apresentam como uma reelaboração aperfeiçoada da produção anterior.
Henri-Irénée Marrou apud SILVA, Rogério Forastieri da. Ibidem. p. 18.
5
1 Capítulo Historiografia
Considerações gerais
sobre os estudos
historiográficos
A história da historiografia é um gênero relativamente novo, sobretudo
no Brasil, cuja produção de conhecimento nesta área teve início apenas no
século XIX. Apesar disso, é possível uma tipologia desta produção, conforme
estabeleceu Rogério Forastieri.3
6
Historiografia
Podemos, então, com base nas considerações feitas até aqui definir o que
entendemos por historiografia e em que consistem os estudos historiográficos.
!
Historiografia é conjunto dos escritos de um ou mais estudiosos
acerca da história. Dissemos estudiosos, porque, muitas vezes, o
autor de uma obra de história não possui formação acadêmica
nesta área, mas é reconhecido como tal pela comunidade dos
historiadores. Já os estudos historiográficos, por sua vez, podem ser
definidos como uma análise crítica daquela produção. Essa análise
pode levar em consideração um ou mais aspectos: seus métodos,
concepções teóricas, interpretações, a maneira como produziram
suas narrativas etc.
7
Historiografia
O historiador britânico George Peabody Gooch, autor de History and Historians in the
nineteenth century9
8
Historiografia Aula
são importantes por ressaltar o papel que a crítica passou a exercer nas análises
de cunho historiográfico. Críticas estas que, muitas vezes, nos informavam muito
mais sobre as concepções do autor do que sobre o objeto em estudo.
Na esteira de Eduard Fueter, outra história da historiografia destacada por
Rogério Forastieri da Silva é aquela produzida pelo italiano Benedetto Croce
(1866-1952). Influenciado pela filosofia idealista hegeliana, mais precisamente
pela concepção do Estado como uma totalidade e como um fim último ao
qual todos os indivíduos deviam se submeter, Benedetto Croce compartilha da
preocupação do estudioso suíço em assinalar a contribuição de cada estudioso
para a formação de historiografias nacionais.
Entretanto, o pensamento de Benedetto Croce se distancia
significativamente dos anteriores por considerar que a produção
!
histórica era sempre contemporânea e, portanto, até certo
ponto autobiográfica. Esta concepção, chamada por alguns de
“presentismo”, contribuiu para que fosse estabelecida uma distinção
importante entre história e historiografia. Assim, enquanto os
historiadores metódicos franceses e os historicistas alemães se
preocupavam com a objetividade do conhecimento, Benedetto
Croce caminhava na direção contrária ao assinalar que toda época
impunha ao historiador certo horizonte de perspectivas e que,
portanto, a subjetividade era inerente ao processo de produção do
conhecimento histórico.11
9
Historiografia Aula
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Historiografia
11
2 Capítulo Historiografia
Historiografia brasileira:
mitos e revisões
De acordo com o autor, um texto pioneiro foi Teoria da História do Brasil, de
autoria de José Honório Rodrigues (1913-1987), publicado em 1949.21 Fruto
de curso ministrado pelo autor no Instituto Rio Branco, em 1946, a obra foi
bastante utilizada em cursos superiores e denotava influência das concepções
de Benedetto Croce e Robin Colingwood (1889 - 1943) nas suas análises.
!
José Honório Rodrigues dividiu o discurso histórico em grandes
fases:
- a “história narrativa”, que teria em Heródoto seu grande expoente;
- a “história pragmática”, que se estenderia de Tucídides até o
Iluminismo; e
- a “história genética ou científica”, que teria prevalecido a partir do
século XIX.
Entre 1943 e 1944, José Honório Rodrigues morou nos Estados Unidos, onde,
sob orientação do professor Frank Tannembaum (1893-1969) e com bolsa da
Fundação Rockfeller, frequentou cursos e conheceu arquivos, bibliotecas e vários
historiadores norte-americanos. Ao retornar ao Brasil, teve a ideia de publicar
uma obra de síntese sobre a historiografia brasileira, abordando aspectos
teóricos e metodológicos22.
Nascia, assim, a ideia que resultou no livro Teoria da História do Brasil,
complementado posteriormente - após viagens pela Inglaterra, Holanda,
Alemanha Ocidental, Itália e Portugal, nas quais travou contatos com importantes
historiadores e coletou documentos - pelos livros: As Fontes da História do Brasil
na Europa, publicado em 1950, e A Pesquisa Histórica no Brasil, em 195223. Algumas
décadas mais tarde, publicaria o primeiro volume da História da História do Brasil,
dedicado à historiografia colonial. Após a sua morte, foram publicados ainda
os dois tomos que compõem o segundo volume desta obra, sendo o primeiro
dedicado à “historiografia conservadora” e o segundo sobre Oliveira Vianna.
As análises historiográficas de José Honório Rodrigues procuravam pôr em
evidência as premissas teóricas e os compromissos sociais e político-ideológicos
dos autores estudados. Esta era uma concepção comum entre os estudiosos da
historiografia nas décadas de 1960 e 1970: uma dada obra historiográfica devia
ser compreendida não apenas a partir do contexto ideológico e político em que
foi produzida, mas também das concepções teóricas e metodológicas do seu
autor.
Esta orientação refletia a crescente profissionalização do ofício do historiador
no país, fruto da criação de cursos superiores de graduação e pós-graduação. Na
Universidade de São Paulo (USP), este processo teve o reforço da contribuição
de professores europeus, com José Van Den Besselaar, cuja obra - Introdução aos
Estudos Históricos - publicada em 195624, apresentava uma síntese da história
geral da historiografia desde a antiguidade clássica até o século XX, na qual
se notava a influência de Eduard Fueter25. O livro fazia parte de uma coleção
patrocinada pela Revista de História, fundada por Eurípides Simões de Paula, na
década de 1950, também vinculada à Universidade de São Paulo.
21 SILVA, Rogério Forastieri da. Ibidem. p. 88.
22 UHIARA, Érika. “Ensaios historiográficos de José Honório Rodrigues: reflexões sobre a
possibilidade de uma historiografia brasileira.” In: 6º Seminário Nacional de História da Historiogra-
fia. Ouro Preto: UFOP, 2012. Disponível em: <http://www.seminariodehistoria.ufop.br/ocs/index.
php/snhh/2012/paper/view/1242/705.> Acesso em 17/09/2013.
23 Ibidem.
24 VAN DEN BESSELAAR, José. Introdução aos Estudos Históricos. São Paulo: Herder, 1956.
25 SILVA, Rogério Forastieri da. Ibidem. p. 93.
12
Historiografia
Em seu livro Iniciação aos Estudos Históricos (no qual se notava, a exemplo do
anterior, grande influência da obra de Eduard Fueter), Jean Glénisson apresentou
um amplo panorama dos estudos históricos combinado com noções de caráter
teórico e metodológico. Publicado em 1961, o livro de Jean Glénisson cedia não
só mais espaço para as produções do século XX, como também um capítulo
dedicado à historiografia brasileira, escrito por Pedro Moacyr de Campos e Emília
Viotti da Costa, ambos professores da Universidade de São Paulo.
Outro estrangeiro colaborador da USP foi o português Joaquim Barradas
de Carvalho (1920-1980), autor do livro Da História-Crónica à História Ciência.26
Segundo Rogério Forastieri da Silva, o livro oferece um panorama da história da
história cujo objetivo era especificar o estatuto científico da história.27 Entretanto,
diferentemente dos anteriores, dedicou espaço à historiografia marxista e,
sobretudo, à historiografia portuguesa.
!
A influência de historiadores estrangeiros - notadamente franceses
- no curso de História da USP, principalmente nas primeiras décadas
após a sua criação, em 1934, contribuiu para que a instituição
se destacasse com produção historiográfica de qualidade. Tal
produção foi marcada pela busca da erudição, rigor metodológico,
interdisciplinaridade e, sobretudo, pelo esforço em repensar a
história do país.28
Até então, parte expressiva da produção historiográfica brasileira ainda
estava a cargo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, fundado no Rio de
Janeiro em 1838, e suas seções regionais.
O IHGB fora o responsável pela formulação de um projeto de história
nacional, em clara sintonia com as concepções de história vigentes no cenário
europeu desde o início do século XIX29. Conforme assinalou Manoel Luis Salgado
Guimarães, esta produção - herdeira da tradição iluminista - apresentava uma
profunda marca elitista, uma vez que exaltava o papel dos colonizadores
portugueses no processo de construção da nação, ao mesmo tempo em que
dele excluíam índios e negros.
!
“A leitura da história empreendida pelo IHGB está, assim, marcada
por um duplo projeto: dar conta de uma gênese da Nação brasileira,
inserindo-a, contudo, numa tradição de civilização e progresso,
ideias tão caras ao Iluminismo. A nação, cujo retrato o instituto se
propõe a traçar, deve, portanto, surgir como o desdobramento nos
trópicos, de uma civilização branca e europeia. Tarefa, sem dúvida,
a exigir esforços imensos, devido à realidade social brasileira, muito
diversa daquela que se tem como modelo” 30
Apesar de surgirem num momento em que o projeto de história nacional do
IHGB já sofria fortes contestações, algumas das primeiras teses produzidas na
USP voltaram-se, na sua temática, a aspectos da história europeia. Assim, por
exemplo, a tese de doutorado de Eurípides Simões de Paula teve como título O
13
Historiografia
Raça de Gigantes: A referência completa da obra, na ortografia da época, é: ELLIS JUNIOR, Alfredo.
Raça de Gigantes: a civilização no planalto paulista. Estudo da evolução racial, anthroposocial e
psychologica do paulista dos séculos XVI, XVII, XVIII e XIX, e das mesologias physica e social do
planalto paulista. São Paulo: Helios, 1925.
Afonso d’Escranolle Taunay, que era graduado em engenharia civil pela Escola
Politécnica do Rio de Janeiro (1900), foi professor da Escola Politécnica de São
Paulo e exerceu inúmeros cargos. Dentre eles, os de diretor do Museu Paulista
(a partir de 1917), e dos Museus do Estado de São Paulo (a partir de 1923);
encarregado do governo federal para reorganizar, em comissão, a Biblioteca e o
Arquivo do Ministério das Relações Exteriores (1930). Na Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras, da USP foi professor de 1934 a 1937. Além disso, foi membro
do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Instituto Histórico de São Paulo,
da Academia Paulista de Letras, da Academia Portuguesa de História e sócio
correspondente de Institutos Históricos estaduais.32
Entende-se, assim, porque a revisão da historiografia produzida pelo IHGB
no século XIX foi um processo lento. Afonso Taunay e Alfredo Ellis Junior não
eram uma exceção. Além deles, vários outros sócios daquela instituição foram
recrutados pelas universidades para compor seus quadros docentes. Não
surpreende, portanto, que a primeira proposta de revisão mais profunda da
historiografia brasileira tenha vindo de um estudioso pouco afeito aos meios
universitários. Trata-se de Caio Prado Júnior (1907-1990), graduado em Direito
pela Faculdade do Largo São Francisco, em 1928, e que em 1942 publicou sua
obra mais importante, intitulada Formação do Brasil Contemporâneo.
Caio Prado Junior chegou a lecionar Economia Política na Faculdade de Direito do Largo São
Francisco, porém, não era propriamente professor. De tradicional família de cafeicultores paulistas,
ingressou muito jovem na vida política, participando de várias legislaturas e agremiações
partidárias, inclusive do Partido Comunista Brasileiro. Atuou também no mercado editorial,
fundando a Editora Brasiliense, em 1943, uma das mais importantes do país até a década de 1980.
(Disponível em: <http://www.ieb.usp.br/guia-ieb/detalhe/99.> Acesso em 15/09/2013).
31 CAPELATO, Maria Helena Rolim; GLEZER, Raquel e FERLINI, Vera Lúcia Amaral. “A Escola
Uspiana de História.” Estudos Avançados, v. 22, 1994. p. 351.
32 Disponível em: <http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.
htm?infoid=35&sid=88.> Acesso em 20/09/2013.
14
Historiografia
Entre outros, merece destaque a influência exercida por Sérgio Buarque de Holanda, sobretudo
por suas análises psicossociológicas, herdeiras da sociologia weberiana. Há quem o considere
um criador da história das mentalidades, ao lado de alguns dos historiadores da Escola dos
Annales, mas há também quem discorde desta interpretação. Ver, no primeiro caso, MELLO E
SOUZA, Laura de. “Aspectos da Historiografia da Cultura sobre o Brasil Colonial.” In: FREITAS,
Marcos Cezar (org.). Historiografia Brasileira em Perspectiva. São Paulo: Contexto, 1998, p. 23-24.
No segundo caso está: VAINFAS, Ronaldo. “História Cultural e Historiografia Brasileira.” História:
Questões & Debates, Curitiba, n. 50, p. 21-235, jan./jun. 2009. Disponível em: http://ojs.c3sl.ufpr.
br/ojs2/index.php/historia/article/view/15676. Acesso em 20/09/2013.
+
de obra que se tornou clássica: Casa-Grande & Senzala.
33 COSTA, Emília Viotti da. “O Mito da Democracia Racial no Brasil.” In: Da Monarquia à Re-
pública. Momentos decisivos. 9ª. ed. São Paulo: Editora da Unesp, 2010. p. 427. Este texto é fruto
de palestra proferida pela autora nos Estados Unidos em 1975.
15
Historiografia
Apesar de longo, este trecho tem o mérito de sintetizar aquilo que seria, no
entendimento de Emília Viotti da Costa, o pensamento de Gilberto Freyre sobre
a suposta democracia racial brasileira. Após fazer esta síntese, a historiadora
contrapôs às afirmações do sociólogo pernambucano os resultados de pesquisas
realizadas por vários sociólogos - entre eles, os uspianos Florestan Fernandes,
Fernando Henrique Cardoso e Octavio Ianni. De acordo com a autora, estas
pesquisas demonstravam que os brancos no Brasil foram preconceituosos e que
os negros, apesar de não terem sido legalmente discriminados, foram segregados.
Além disso, tais pesquisas, segundo ela, revelavam que a maioria da população
negra permanecia numa posição subalterna, sem nenhuma chance de ascender
na escala social, e que as possibilidades de mobilidade social eram severamente
limitadas aos negros. As pesquisas demonstravam, ainda, que sempre que os
negros competiam com os brancos eram discriminados.35
As críticas a Gilberto Freyre tinham várias motivações. Em primeiro lugar, estava
o fato de que sua obra era extremamente polêmica: discutia abertamente temas
considerados tabus na cultura brasileira e suas opiniões contrastavam com as de
importantes setores da sociedade do país, como o da Igreja Católica. Além disso,
Casa-Grande & Senzala teve grande repercussão, equiparável talvez à obra de
Jorge Amado, e o autor esteve à frente de várias atividades culturais e políticas,
notadamente algumas ligadas aos regimes ditatoriais do Brasil e de Portugal.36
Assim sendo, a polêmica criada em torno do chamado mito da democracia racial
pôde ser considerada como parte de um processo mais amplo de crítica às raízes
do autoritarismo no Brasil, que ganhou fôlego principalmente após o golpe de 31
de março de 1964.
Coube, sobretudo, a Emília Viotti da Costa estabelecer esta crítica no que se
refere à análise do passado escravista, já que a maioria das análises sociológicas se
concentrou no período pós-abolição. Professora do Departamento de História da
USP entre 1955 e 1969, Emília Viotti da Costa foi aposentada compulsoriamente
pelo AI-5. Seguiu, então, para os Estados Unidos, onde prosseguiu sua carreira,
como professora de várias universidades - a principal delas a de Yale. Em 1999,
recebeu o título de professora emérita da USP, tendo igual título da Universidade
de Yale.
AI-5: Ato Institucional criado, em 1968, durante o período mais repressor da Ditadura Civil-Militar.
34 COSTA, Emília Viotti da. “O Mito da Democracia Racial no Brasil.” In: Da Monarquia à
República. Momentos decisivos. 9ª. ed. São Paulo: Editora da Unesp, 2010. p. 367-368. Este texto é
fruto de palestra proferida pela autora nos Estados Unidos em 1975.
35 COSTA, Emília Viotti da. Ibidem. p. 368
36 MOTA, Carlos Guilherme. Ideologia da Cultura Brasileira. Pontos de Partida para uma
revisão histórica. 9ª. ed., São Paulo: Ática, 1994.
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Historiografia
37 QUEIROZ, Suely Robles Reis de. “Escravidão Negra em Debate.” In: FREITAS, Marcos Cezar
(org.). Historiografia Brasileira em Perspectiva. São Paulo: Contexto, 1998, p. 106.
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