Aula 01 - A Concepção Humanista em Psicologia
Aula 01 - A Concepção Humanista em Psicologia
Aula 01 - A Concepção Humanista em Psicologia
em Psicologia - Existencial
LUIZ CICOTTE
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A concepção humanista em
psicologia:
• A intencionalidade, a construção
permanente: o ser em movimento
• Concepção humanista:
Sejam todas(os)
características, pressupostos
teóricos e filosóficos
Dúvidas
até aqui,
pessoal?
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O movimento da psicologia humanista
A psicologia humanista foi gestada durante a década de
1930 nos EUA e teve seus primeiros trabalhos publicados
a partir dos anos 1940.
Entretanto, foi na década seguinte que esse movimento
obteve seu reconhecimento. Os autores que podem ser
apontados como iniciadores do movimento humanista
em psicologia são ABRAHAM MASLOW, GARDNER
MURPHY, GORDON W. ALLPORT e CARL ROGERS.
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Abraham Harold Gardner Murphy
Maslow (1908-1970) (1895-1979)
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Gordon Allport Carl Rogers
(1897-1967) (1902-1987)
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O movimento da psicologia humanista
Estes foram os autores que começaram um movimento
que veio a ser conhecido como “terceira força em
psicologia”, pois se postulava como uma alternativa a
dois outros movimentos muito fortes nos Estados Unidos
da época, o behaviorismo de John Watson e a psicanálise
de Sigmund Freud
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O movimento da psicologia humanista
O que é comum aos autores da psicologia humanista é a
busca de novos modelos em relação ao ser humano pelo
desacordo com aqueles então vigentes e com o
determinismo a eles intrínseco.
Neste sentido, Maslow critica o determinismo em
psicologia e afirma que a pessoa sadia é capaz de
transcender a cultura e as condições da sociedade e
renovar valores
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O movimento da psicologia humanista
Murphy fala de um “determinismo frouxo” em oposição a
um “determinismo estrito”, que para ele seria fatalismo.
Entende que “quanto mais plenamente desenvolvemos a
compreensão de nossa situação como pessoa, mais
provável é atingirmos um tipo de liberdade que significa
alguma coisa, que seja uma consideração inteligente e
ponderada de opções e uma seleção de opções que seja
realista” (Murphy, citado por Frick, 1975: 77)
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O movimento da psicologia humanista
Allport, por seu lado, propôs o conceito de “autonomia
funcional dos motivos”, segundo o qual o homem não é
um ser reativo, mas ativo. Assim, são os motivos atuais, e
entendidos estes do ponto de vista psicológico, que
determinam o comportamento humano, e não qualquer
fator passado
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O movimento da psicologia humanista
Rogers, por sua vez, concordou com os autores citados acima
e afirmou a liberdade essencial do indivíduo em face de
qualquer forma de determinação, seja social, biológica ou
histórica.
Para esse autor, a liberdade e a possibilidade de
transcendência de condições desfavoráveis de qualquer
natureza são dadas por relações pessoais favoráveis.
Porém, tais relações são somente facilitadoras e não
determinantes
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O movimento da psicologia humanista
Um conceito comum e fundamental aos autores citados e
que sustenta a condição de independência com relação às
determinações é o de autorrealização, que pressupõe um
potencial a ser realizado e uma tendência à sua realização.
Rogers denominou “tendência atualizante” esse postulado
em sua teoria. Pode-se questionar, todavia, se tal conceito
não encerra em si o que ele procura criticar: não será, ele
mesmo, um determinante biológico?
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O movimento da psicologia humanista
A resposta é parcialmente afirmativa: ele é biológico no que
diz respeito ao desenvolvimento físico do organismo, o que
possibilita o desenvolvimento psicológico, mas não o
determina. O desenvolvimento nesse nível é possibilitado
pelas relações interpessoais vividas.
Consoante seus princípios, Rogers propõe uma forma de
psicoterapia que, atualmente, pela sua amplitude, é chamada
abordagem centrada na pessoa, na qual dá relevo à
autonomia da pessoa, e não ao papel do psicoterapeuta.
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O movimento da psicologia humanista
É neste ponto que essa abordagem se distancia da
concepção de transferência psicanalítica (cf. capítulos 22
a 24). Além da psicoterapia, ela abrange também o
ensino, o “ensino centrado no aluno”; o trabalho com
organizações, usando o “grupo de encontro”; e o
trabalho com comunidades, usando o que ficou
convencionado chamar de “grupão” – grupos de
encontro com mais de cem ou duzentas pessoas, como já
foram realizados aqui no Brasil
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Dúvidas,
pessoal?
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