1° Semana - Semiologia - Exame Fisico Dos Membros Superiores

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Exame Físico dos Membros Superiores Psoríase, espondilite anquilosante, gota,

osteoporose, nódulos Heberden e Bouchard.


Semiologia – 1° Semana – Módulo 1B
7° Hábitos de vida:
1. Elaborar anamnese dirigida para sintomas • Bebida alcóolica: gota (acumulo de acido úrico
nas articulações)
dos membros superiores (ombro, cotovelo,
• Tabaco: osteoporose
mão e punho)
• Artrite Reumatoide e Espondilite: atividade física
x sedentarismo.
1° Identificação
Idade: 8° Exame físico dos membros superiores:
Infância: febre reumática ( dor na articulação • INSPEÇÃO: postura, comparar as articulações
ou articulações inchadas) homólogas, assimetria, forma, volume,
Idosos: osteoartrite (desgaste ósseo) alinhamento e desníveis, pele, deformidades,
hipotrofias musculares;
Sexo: • PALPAÇÃO: tumefações (aumento do volume),
Feminino → lúpus eritematoso sistêmico (LES), calor articular ( dorso das falanges médias do
artrite reumatoide (AR) 2° e 3° quirodáctilos), crepitações, derrames
Masculino → gota, espondilite articulares, pontos dolorosos;
• AVALIAÇÃO DA MOBILIDADE ARTICULAR:
Profissão: digitador → síndrome túnel carpo aumento ou redução da mobilidade, limitações,
Pedreiro → lombalgia movimentos passivos e ativos e contra
resistência.
2° Queixa principal:
• AMPLITUDE DE MOVIMENTO ARTICULAR ( ADM):
O que levou o paciente a consulta? Paciente observacional, medida por goniômetro.
prolixo e poliqueixoso (sente dor em muitos
locais distintos). 2. Realizar exame físico do ombro
• INSPEÇÃO: forma, volume, trofismo, desníveis, etc
3° Dor:
• PALPAÇÃO: crepitações (perda articular ou
• Localização fratura óssea), pontos dolorosos, espasmos
• Tempo de início musculares.
• Intensidade • Manguito rotador: conjunto de músculos
• Evolução organizados na cintura escapular que ajudam e
• Fator desencadeante: TRAUMA? estabilizam a articulação gleno umeral= m.
• Fatores que melhoram supraespinhal, m. infraespinhal, m subescapular e
• Fatores que pioram m. redondo menor.
• Ritmo da dor • Movimentos normais: ativos (possui ajuda) e
- Inflamatória: pior no repouso, melhor no passivos (paciente por se só).
movimento • Testes especiais: movimento de amplitude do
- Mecânica: pior ao movimento movimento= paciente faz uma rotação de 180°.
- Protocinética: pior ao iniciar o movimento,
depois melhora. 3. Realizar testes especiais no exame físico
• Sintomas associados do ombro
MANOBRA DE NEER: avalia o impacto do
→ Sintomas específicos: musculo supraespinhoso.
Dor, rigidez, edema, deformidade, fraqueza,
instabilidade, perda de função e crepitação.
 Sinais de alarme: febre, perda de peso,
perda de sensibilidade ou perda da função
motora.

4° Interrogatório sintomatológico
• Mucocutâneo: nódulos reumatoides: AR
• Espessamento cutâneo: esclerodermia
• Rash: LES → Semiotécnica:
1. O paciente sentado enquanto o examinador
5° Antecedentes pessoais: fica em pé ao lado do ombro envolvido.
• Histórico de aborto/tromboses: SAF 2. O examinador levanta o braço do paciente
• Idade menopausa: osteoporose em flexão com uma mão, enquanto a outra
• Litíase renal: gota (calculo renal formado por estabiliza a escápula.
acumulo de ácido úrico). 3. O examinador aplica flexão forçada até a
amplitude máxima em uma tentativa de
6° Antecedentes familiares: reproduzir a dor no ombro.
4. Se a dor no ombro concordante estiver → Semiotécnica:
presente, o teste é positivo 1. O paciente está em pé com os braços
abduzidos a 90°.
MANOBRA DE HAWKINS-KENNEDY: avalia o 2. O paciente roda medialmente o ombro até o
impacto do músculo supraespinhoso. extremo de movimento do úmero.
3. O examinador aplica uma força inferior aos
cotovelos do paciente enquanto o paciente
resiste ao movimento.
4. Um teste positivo é indicado pela reprodução
de dor ou fraqueza ou incapacidade de
realizar o teste.

MANOBRA DE PATTE: avalia lesão no músculo


infraespinhoso.
→ Semiotécnica:
1. O paciente está sentado enquanto o
examinador fica em pé anteriormente ao ombro
envolvido.
2. O examinador levanta o braço do paciente
em aproximadamente 90° de flexão ou
abdução do ombro com uma mão, enquanto a
outra mão estabiliza a escápula (em geral,
superiormente).
3. O examinador aplica uma rotação medial
forçada ao úmero, em uma tentativa de
reproduzir a dor concordante do ombro. Se a → Semiotécnica:
dor concordante do ombro estiver O paciente é instruído a realizar uma abdução
4. presente, o teste é positivo. de braço a 90º, flexão do cotovelo à 90º e,
rotação externa do braço contra a resistência
MANOBRA DE YOKUN: avalia quadro de do terapeuta imposta na altura do punho do
tendinite do supraespinhoso (devido ao paciente. Esse teste será mais direcionado para
impacto subacromial) como no caso de uma o tendão do músculo infraespinhoso. Sugere-se
artrite acromioclavicular o paciente manifestará que o movimento inicie com o braço ainda em
dor no ápice do ombro. rotação interna e após realize o movimento de
rotação externa contra resistência gradual do
terapeuta.
OBS: Se o teste for positivo, (lesão no tendão
do músculo infraespinhoso). O paciente sentirá
uma dor na altura do ombro, que poderá
descer pela face ântero-lateral do braço, ou
ainda uma impotência funcional do membro
superior em casos de ruptura do manguito
→ Semiotécnica: rotador.
1. Posição do paciente: de pé com o braço
acometido em flexão e adução, cotovelo a 90º MANOBRA DE GERBER ou TESTE DA RETIRADA:
e mão apoiada no ombro oposto. avalia o músculo subescapular.
2. O terapeuta, em frente ao paciente, instrui
para que o mesmo realize uma flexão do braço
até o cotovelo tocar a testa. O terapeuta
poderá auxiliar o paciente a elevar ainda mais
o cotovelo, isso irá exacerbar os sintomas de
uma tendinite do supraespinhoso ou alguma
lesão na articulação acromioclavicular.

MANOBRA DE JOBE: avaliação do músculo → Semiotécnica:


infraespinhoso. 1.O examinador instrui ao paciente que realize
uma adução e rotação interna do membro
superior a ser avaliado e pede ao paciente
que coloque o dorso da mão na altura da
região lombar. Após o terapeuta pede para
que o paciente afaste o dorso da mão da
lombar. Caso o paciente não consiga levar o
braço até a posição ou não consiga afastá-lo
da região lombar indica inflamação ou até
mesmo ruptura do tendão do músculo → Semiotécnica:
subescapular. 1.Com o paciente sentado ou em pé, o
2. O paciente apresentará dificuldade para examinador palpa o epicôndilo lateral com o
rodar internamente o braço e não conseguirá seu polegar. O paciente fecha a mão com o
afastar o dorso da mão da região lombar caso antebraço em pronação e o punho em desvio
esteja com inflamação ou ruptura do músculo radial.
subescapular. 2. O paciente estende o punho contra uma
força aplicada pelo examinador com desvio
4. Realizar testes especiais para exame radial.
físico do bíceps. 3. O teste positivo consiste na reprodução de
dor ao longo do epicôndilo lateral.
MANOBRA DE SPEED: avalia todos os estágios
de impacto subacromial, qualquer lesão do TESTE DO GOLFISTA – (EPICONDILITE MEDIAL)
lábio glenoidal e doença do bíceps braquial)

→ Semiotécnica: o paciente, que deve estar


→ Semiotécnica: sentado, deve estender o cotovelo e
1.O paciente assume uma posição ortostática e supinar a mão. Instruir o paciente a flexionar
é instruído a estender seu cotovelo e supinar o punho contra a resistência.
completamente o antebraço.
2. O examinador, em pé em frente ao paciente, 6. Realizar exame físico do punho
resiste à flexão de zero a 60°. É constituído pela articulação radiocárpica e
3. Se o paciente localiza dor concordante no cubitocárpica, pelo carpo respetivos tecidos
sulco bicipital, o teste é positivo. moles.

MANOBRA DE YERGASON: avalia o impacto SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO: é a


subacromial, qualquer lesão do lábio glenoidal compressão dolorosa (pinçamento) do
e doença da cabeça longa do bíceps braquial
nervo mediano, quando este passa pelo
túnel do carpo no pulso.

SINAL DE TINEL
→ Semiotécnica:
1.O punho do paciente é colocado em
uma posição neutra. O examinador usa seu
dedo ou um martelo de reflexos (foto) para
→ Semiotécnica: tocar o nervo mediano no ponto em que
1.O paciente pode se sentar ou ficar em pé. O ele adentra o túnel do carpo.
examinador fica em pé, ao lado do paciente. 2. Um teste positivo reproduz os sintomas de
2. O cotovelo do paciente é flexionado a 90° e parestesia ao longo da distribuição do
o antebraço é posicionado em pronação,
nervo mediano.
mantendo o braço na lateral do corpo.
3. O paciente é instruído a supinar seu
antebraço, enquanto o examinador, MANOBRA DE PHALEN
simultaneamente, resiste à supinação do → Semiotécnica:
antebraço no punho. 1.Solicita-se ao paciente que mantenha os
4. Se o paciente localiza dor concordante no antebraços na vertical e permita que
sulco bicipital, o teste é positivo ambas as mãos caiam em flexão completa
de punho por aproximadamente 60
5. Realizar exame físico do cotovelo segundos.
2. O teste positivo consiste na reprodução
TESTE DO TENISTA – COZEN (EPICONDILITE dos sintomas ao longo da distribuição do
LATERAL) nervo mediano.
TESTE DE FILKELSTEIN – para avaliar a o nervo espinhal dominante responsável por sua
síndrome de Quervan inervação.
→ Semiotécnica:
1.O paciente fecha a mão com o polegar Conceitos:
internamente aos dedos. FLEXÃO: curvatura ou diminuição do ângulo entre os
ossos ou partes do corpo. Nas articulações acima do
2. O examinador estabiliza o antebraço e joelho, a flexão refere-se ao movimento em direção
desvia o punho no sentido ulnar. anterior.
3. O teste positivo é indicado pela dor ao EXTENSÃO: retificação ou aumento do ângulo entre os
longo dos tendões do abdutor longo do ossos ou as partes do corpo. A extensão geralmente
ocorre em direção posterior.
polegar e extensor curto do polegar no
OBS: A articulação do joelho, que apresenta rotação de
punho, e é indicativo de paratendinite. 180° em relação às articulações mais superiores, é
excepcional, porque a flexão do joelho envolve o
SÍNDROME DE DE-QUERVAIN é uma movimento posterior, e a extensão envolve movimento
inflamação que afeta os tendões do punho anterior.
ABDUÇÃO: significa afastamento do plano mediano (p.
que se dirigem para o polegar,
ex., o afastamento lateral do membro superior em relação
nomeadamente os tendões do abdutor ao corpo).
longo e extensor curto do polegar, na zona ADUÇÃO: significa a aproximação do plano mediano.
onde atravessam uma bainha fibrosa OBS: abdução dos dedos (das mãos ou dos pés)–
espessa, que constitui o primeiro movimento de afastamento dos dedos da mão em
relação ao 3 o dedo (médio). A adução dos dedos é o
compartimento extensor do punho. oposto – a aproximação dos dedos, das mãos ou dos
pés, em direção ao 3 o dedo da mão ou ao 2 o dedo
7. Realizar exame físico da mão. do pé, em posição neutra.
• Avaliar as articulações interfalangeanas distais CIRCUNDUÇÃO: é um movimento circular que consiste em
e proximais; uma sequência de flexão, abdução, extensão e adução
• Realizar a palpação das articulações (ou na ordem inversa), de tal forma que a extremidade
distal da parte se move em círculo (p. ex., as articulações
metacarpofalangeanas;
do ombro e do quadril).
• Avaliar a amplitude de movimento de todos os ROTAÇÃO: é o giro ou a revolução de uma parte do
dedos. corpo ao redor de seu eixo longitudinal, como ao virar a
cabeça para o lado. A rotação medial (interna) aproxima
SÍNDROME DE DUPUYTREM: É uma doença que a face anterior de um membro do plano mediano, ao
se caracteriza por um progressivo espessamento passo que a rotação lateral (externa) afasta a face
e encurtamento da fáscia palmar e digital da anterior do plano mediano.
mão, conduzindo a contraturas particularmente PRONAÇÃO: causa a rotação medial do rádio, de modo
incapacitantes nos dedos, ao nível das suas que a palma da mão fique voltada posteriormente e o
dorso, anteriormente. Quando a articulação do cotovelo
articulações (metacarpofalângicas e/ou é fletida, a pronação move a mão de forma que a palma
interfalângicas). fica voltada inferiormente (p. ex., ao apoiar as palmas das
mãos sobre uma mesa).
 Baqueteamento digital: ligado a doença SUPINAÇÃO: é o movimento inverso de rotação que gira
sistêmica, devido ao processo circulatório e o rádio lateralmente e o descruza em relação à ulna,
oxigenação do corpo. Começa com edema recolocando o antebraço em pronação na posição
nas pontas dos dedos. anatômica.
EVERSÃO: afasta a planta do pé do plano mediano,
girando-a lateralmente. O pé em eversão completa
também está em flexão dorsal.
INVERSÃO: move a planta do pé em direção ao plano
mediano (girando a planta medialmente). O pé em
inversão completa também está em flexão plantar.
OPOSIÇÃO: é o movimento no qual a polpa do polegar
(1 o dedo) é aproximada da polpa de outro dedo.
REPOSIÇÃO: descreve o movimento de retorno do
polegar da posição de oposição para sua posição
 Fenômeno de Raynoud: a vascularização
anatômica.
periférica apresenta espasmos de forma PROTRUSÃO: é um movimento anterior (para a frente)
intermitente, o sangue pouco oxigenado como na protrusão da mandíbula, dos lábios ou da
começa a acumular na periferia quando língua.
exposta ao frio. Mãos com coloração roxa, RETRUSÃO: é um movimento posterior (para trás) como na
depois avermelhada, depois amarelada e retrusão da mandíbula, lábios ou língua.
enfim volta ao normal. ELEVAÇÃO: desloca uma parte para cima, como na
elevação dos ombros ao “dar de ombros”, da pálpebra
8. Identificar os dermátomos de MMSS. superior ao abrir o olho, ou da língua ao ser comprimida
contra o palato.
Dermátomo = são áreas teóricas específicas do DEPRESSÃO: desloca uma parte para baixo, como na
corpo humano, que são derivadas de células de um depressão dos ombros em posição relaxada, da
certo somito (estruturas segmentadas derivadas do pálpebra superior ao fechar o olho, ou do afastamento
mesoderma). As áreas se espalham de acordo com da língua do palato.

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