Manual de Exemplos para Licenciamento de Estações Terrenas

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MANUAL DE EXEMPLOS PARA

LICENCIAMENTO DE ESTAÇÕES
TERRENAS
Prefácio

Este Manual foi escrito com o objetivo de prover alguns exemplos de


cálculos para verificar o atendimento aos limites de densidade de
e.i.r.p. previstos na Norma das Condições de Operação de Satélites
Geoestacionários em Banda Ku com Cobertura sobre o Território
Brasileiro (Norma de 2 graus da Banda Ku), na Norma das Condições
de Operação de Satélites Geoestacionários em Banda Ka com
Cobertura sobre o Território Brasileiro (Norma de 2 graus da Banda
Ka) e na Norma para Licenciamento de Estações Terrenas, bem como
de auxiliar no cadastramento das informações referentes às estações
terrenas para fins de licenciamento. Para tanto, é detalhado o
significado dos campos do sistema informatizado para cadastramento,
com o propósito de dirimir dúvidas e facilitar o preenchimento desses
campos.

Além disso, este Manual apresenta os critérios para formação da


designação de emissão, em conformidade com o Apêndice 1 do
Regulamento de Radiocomunicações da União Internacional de
Telecomunicações – UIT.
Índice

I. Banda Equivalente à Taxa de Transmissão de Símbolos................. 1


II. Cálculos para Verificar o Atendimento à Norma de 2 Graus da
Banda Ku, à Norma de 2 Graus da Banda Ka e à Norma de
Licenciamento de Estações Terrenas ............................................... 5
II. 1. No Enlace de Subida ................................................................ 5
III. Verificação de Consistência dos Dados Informados ....................... 30
IV. Transmissão de Multiportadoras ..................................................... 33
V. Formação da Designação de Emissão ............................................... 36
V. 1. Largura de faixa necessária ................................................... 36
V. 2. Classe de emissão .................................................................. 38
VI. Significado dos Campos Existentes no Sistema de Cadastramento
de Estações Terrenas do STEL ....................................................... 47
VI.1. Tela “Características da Estação Terrena”............................ 47
VI.2. Tela “Designação Emissão” .................................................. 47
VI.3. Tela “Frequência Estações Terrenas” ................................... 52
Anexo 1 .................................................................................................. 57
Anexo 2 .................................................................................................. 59
I. Banda Equivalente à Taxa de Transmissão de Símbolos

Para calcular a Banda Equivalente à Taxa de Transmissão de


Símbolos, devemos utilizar a seguinte expressão1:

Ti nformação
Btx _ S =
FEC × Código Concatenado × Nbps

Onde,

Btx_S: BTaxa transmissão de símbolos = Banda Equivalente à Taxa de


Transmissão de Símbolos, em Hertz;

Tinformação: Taxa de bits (rb) = Taxa em bits por segundo equivalente à


informação a ser transmitida, englobando o overhead
aplicável;

FEC: Forward Error Correction = Taxa do código corretor de


erro (valor adimensional);

1
É importante ressaltar que o cálculo da Banda Equivalente à Taxa de Transmissão de
Símbolos não engloba o fator de roll off. O fator de roll off é utilizado para o cálculo das
bandas ocupada e alocada das portadoras e não tem nenhuma relação com a Norma de 2
graus da banda Ku aprovada pela Resolução n° 288, de 21 de janeiro de 2002, com a Norma
de 2 graus da banda Ka aprovada pela Resolução n° 599, de 30 de outubro de 2012 e com a
Norma de Licenciamento de Estações Terrenas aprovada pela Resolução nº 593, de 27 de
junho de 2012.
1
Nbps: Para as modulações convencionais (BPSK, QPSK, 8-PSK,
16-QAM, 16-APSK e 32-APSK) é o número de bits por
símbolo (valor adimensional). Para as modulações não
convencionais, ele será um número encontrado por
comparação do espectro gerado por essa modulação com o
espectro de uma modulação convencional conhecida
referente à Banda Equivalente à Taxa de Transmissão de
Símbolos.

Exemplos:
Nbps = 1 para a modulação BPSK
Nbps = 2 para as modulações QPSK e OQPSK
Nbps = 3 para a modulação 8-PSK
Nbps = 4 para a modulação 16-QAM e 16-APSK
Nbps = 5 para a modulação 32-APSK
Nbpsequivalente = 1,33 para as modulações MSK e GMSK

Código Concatenado: Taxa do código corretor de erro concatenado


(valor adimensional). Os códigos concatenados
mais usuais são o Reed Solomon e o Turbo
Code. No caso do Reed Solomon os códigos
são independentes e, portanto, temos acesso às
taxas do FEC e do código concatenado
isoladamente. No caso do Turbo Code, os
códigos não são independentes e, portanto, a

2
taxa do código concatenado já está englobada
na taxa do FEC, devendo-se assumir, neste
caso, código concatenado igual a 1;

Caso seja utilizada uma emissão DVB-S2, a Banda Equivalente à


Taxa de Transmissão de Símbolos seria dada pela seguinte expressão:
Ti nformação
Btx _ S =
Eficiência ⋅ Espectral
Onde a Eficiência Espectral2 é um valor típico obtido a partir do tipo
de modulação e o FEC.

Exemplo de cálculo da Banda Equivalente à Taxa de Transmissão de


Símbolos:

Tinformação = 48,4 Mbps


FEC = ¾ = 0,75
Código Concatenado = 188/204 = 0,92157 (Reed Solomon)
Modulação QPSK → Nbps = 2

48.400.000
Btx _ S = = 35.012.765 Hz = 35.012,765kHz
0,75 × 0,92157 × 2

2
A Eficiência Espectral é dada por FEC x Código Concatenado x Nbps. Dessa forma, o cálculo da Banda
Equivalente à Taxa de Transmissão de Símbolos (Btx_s) realizando-se a substituição, permanece a mesma. No
entanto, para o caso de uma emissão DVB-S2, o FEC associado ao tipo de modulação é suficiente para o cálculo
da Eficiência Espectral, não sendo possível realizar o cálculo FEC x Código Concatenado x Nbps para este caso.

3
Caso uma emissão DVB-S2 fosse utilizada:

Tinformação = 48,4 Mbps


FEC = ¾ = 0,75
Modulação QPSK
Eficiência Espectral = 1,487473

48.400.000
Btx _ S = = 32.538.406 Hz = 32.538,406kHz
1,487473

A Banda Equivalente à Taxa de Transmissão de Símbolos é utilizada


nos cálculos de densidade de e.i.r.p fora do eixo do enlace de subida e
de densidade de e.i.r.p. do enlace descida, estabelecidos na Norma das
Condições de Operação de Satélites Geoestacionários em Banda Ku
com Cobertura sobre o Território Brasileiro (Norma de 2 graus da
banda Ku), aprovada pela Resolução n° 288, de 21 de janeiro de 2002,
na Norma das Condições de Operação de Satélites Geoestacionários
em Banda Ka com Cobertura sobre o Território Brasileiro (Norma de
2 graus da banda Ka), aprovada pela Resolução n° 599, de 30 de
outubro de 2012 e na Norma de Licenciamento de Estações Terrenas,
aprovada pela Resolução nº 593, de 27 de junho de 2012.

4
II. Cálculos para Verificar o Atendimento à Norma de 2 Graus da
Banda Ku, à Norma de 2 Graus da Banda Ka e à Norma de
Licenciamento de Estações Terrenas

II. 1. No Enlace de Subida


a) No que concerne à banda Ku, o limite de densidade de e.i.r.p. fora
do eixo no enlace de subida é dado pela expressão, conforme item
4.1.1, VII, da Norma de 2 graus da Banda Ku,

De.i.r.p.(tx)(θ) = – 19 – 25 × log10(θ) dBW/Hz, 2,17° ≤ θ < 36°

b) Para a banda Ka, o limite de densidade de e.i.r.p. fora do eixo no


enlace de subida é dado pela expressão, conforme item 4.2.1, III, da
Norma de 2 graus da Banda Ka,

b1) Quando se tratar de estação terrena de acesso:

De.i.r.p.(tx)(θ) = – 35 – 25 × log10(θ) dBW/Hz, 2,17° ≤ θ < 48°

b2) Quando se tratar de estação terrena do usuário:

De.i.r.p.(tx)(θ) = – 29 – 25 × log10(θ) dBW/Hz, 2,17° ≤ θ < 48°

c) Em relação à banda C, o limite de densidade de e.i.r.p. fora do eixo


no enlace de subida, para uma antena não inferior a 1,8m é dado pela

5
expressão, conforme item 3.7, II, da Norma de Licenciamento de
Estações Terrenas,

De.i.r.p.(tx)(θ) = – 16 – 25 × log10(θ) dBW/Hz, 2,17° ≤ θ < 36°

Onde θ é o ângulo topocêntrico de separação entre os dois satélites. A


separação geocêntrica de 1,9 graus corresponde a um ângulo
topocêntrico de 2,17 graus3.

Portanto, para uma separação topocêntrica de 2,17 graus, o limite de


densidade de e.i.r.p. fora do eixo do enlace de subida é:

• Para a Banda Ku:

De.i.r.p.(tx)(2,17) = – 19 – 25 × log10(2,17) = – 27,4 dBW/Hz

• Para a Banda Ka, quando se tratar de estação terrena de acesso:

De.i.r.p.(tx)(2,17) = – 35 – 25 × log10(2,17) = – 43,4 dBW/Hz

• Para a Banda Ka, quando se tratar de estação terrena do usuário:

De.i.r.p.(tx)(2,17) = – 29 – 25 × log10(2,17) = – 37,41 dBW/Hz


3
No território brasileiro, o ângulo topocêntrico pode ser aproximado pelo valor do ângulo
geocêntrico multiplicado pela constante 1,14.

6
• Para a banda C:

De.i.r.p.(tx)(2,17) = – 16 – 25 × log10(2,17) = – 24,4 dBW/Hz

Quando do licenciamento de uma estação terrena transmissora, o


atendimento ao limite de densidade de e.i.r.p. fora do eixo
estabelecido no item 4.1.1, VII, da Norma de 2 graus da Banda Ku, no
item 4.2.1, III da Norma de 2 graus da Banda Ka, ou no item 3.7, II,
da Norma de Licenciamento de Estações Terrenas, será verificado nos
seguintes ângulos: θ = ±2,1º, ±2,2º, ±3,3º, ±4,4º e ±4,5º no(s) plano(s)
medido(s) correspondente(s) à(s) polarização(ões) a ser(em)
utilizada(s)4. Assim:

• Para a Banda Ku:

De.i.r.p.(tx)(±2,1) = – 19 – 25 × log10(∣±2,1∣) = – 27,06 dBW/Hz

De.i.r.p.(tx)(±2,2) = – 19 – 25 × log10(∣±2,2∣) = – 27,56 dBW/Hz

De.i.r.p.(tx)(±3,3) = – 19 – 25 × log10(∣±3,3∣) = – 31,96 dBW/Hz

De.i.r.p.(tx)(±4,4) = – 19 – 25 × log10(∣±4,4∣) = – 35,09 dBW/Hz

De.i.r.p.(tx)(±4,5) = – 19 – 25 × log10(∣±4,5∣) = – 35,33 dBW/Hz

4
Em certos casos, o atendimento aos limites da norma poderá ser verificado no plano médio,
1 N
utilizando-se a expressão: g f (θ ) = ∑ g n (θ ) , onde N é o número de planos e gn(θ) é o
N n =1
ganho nos planos correspondentes às polarizações a serem utilizadas. Esse cálculo será
realizado pela Anatel.
7
• Para a Banda Ka, quando se tratar de estação terrena de acesso:

De.i.r.p.(tx)(±2,1) = – 35 – 25 × log10(∣±2,1∣) = – 43,06 dBW/Hz

De.i.r.p.(tx)(±2,2) = – 35 – 25 × log10(∣±2,2∣) = – 43,56 dBW/Hz

De.i.r.p.(tx)(±3,3) = – 35 – 25 × log10(∣±3,3∣) = – 47,96 dBW/Hz

De.i.r.p.(tx)(±4,4) = – 35 – 25 × log10(∣±4,4∣) = – 51,09 dBW/Hz

De.i.r.p.(tx)(±4,5) = – 35 – 25 × log10(∣±4,5∣) = – 51,33 dBW/Hz

• Para a Banda Ka, quando se tratar de estação terrena do usuário:

De.i.r.p.(tx)(±2,1) = – 29 – 25 × log10(∣±2,1∣) = – 37,06 dBW/Hz

De.i.r.p.(tx)(±2,2) = – 29 – 25 × log10(∣±2,2∣) = – 37,56 dBW/Hz

De.i.r.p.(tx)(±3,3) = – 29 – 25 × log10(∣±3,3∣) = – 41,96 dBW/Hz

De.i.r.p.(tx)(±4,4) = – 29 – 25 × log10(∣±4,4∣) = – 45,09 dBW/Hz


De.i.r.p.(tx)(±4,5) = – 29 – 25 × log10(|±4,5|) = – 45,33 dBW/Hz

• Para a banda C:

De.i.r.p.(tx)(±2,1) = – 16 – 25 × log10(∣±2,1∣) = – 24,06 dBW/Hz

De.i.r.p.(tx)(±2,2) = – 16 – 25 × log10(∣±2,2∣) = – 24,56 dBW/Hz

De.i.r.p.(tx)(±3,3) = – 16 – 25 × log10(∣±3,3∣) = – 28,96 dBW/Hz

De.i.r.p.(tx)(±4,4) = – 16 – 25 × log10(∣±4,4∣) = – 32,09 dBW/Hz

De.i.r.p.(tx)(±4,5) = – 16 – 25 × log10(∣±4,5∣) = – 32,33 dBW/Hz

8
Para saber qual é o ganho da antena na direção θ, geralmente é
necessário conhecer o diagrama de radiação dessa antena5.
Nesse sentido, o item 4.1.1, V, da Norma de 2 graus da Banda Ku,
determina que o ganho fora do eixo, na polarização principal das
antenas das estações terrenas transmissoras, não deve exceder a
seguinte envoltória:

Get(θ) = 29 – 25 × log10(θ) dBi, 2,17° ≤ θ < 36°

Similarmente, para a Banda Ka, o ganho da antena da estação terrena


deve ser calculado utilizando a seguinte expressão, conforme item
4.2.1, II da Norma de 2 graus da banda Ka:

Get(θ) = 29 – 25 × log10(θ) dBi, 2,17° ≤ θ < 48°

Portanto, o ganho fora do eixo de uma antena que atende à Norma de


2 graus da banda Ku e à Norma de 2 graus da banda Ka, com θ =
±2,1º, ±2,2º, ±3,3º, ±4,4º e ±4,5º é:

Get(±2,1) = 29 – 25 × log10(∣±2,1∣) = 20,94 dBi

5
De acordo com a Norma para Certificação e Homologação de Antenas para Estações
Terrenas Operando com Satélites Geoestacionários, aprovada pela Resolução n° 572, de 28
de setembro de 2011, para θ entre 0º e 20º, são verificados todos os pontos discretizados
com granularidade de 0,1º, totalizando uma quantidade de 201 pontos do diagrama de
radiação. Dessa medição, serão obtidos os valores dos ganhos nos ângulos ±2,1º, ±2,2º,
±3,3º, ±4,4º e ±4,5º.

9
Get(±2,2) = 29 – 25 × log10(∣±2,2∣) = 20,44 dBi

Get(±3,3) = 29 – 25 × log10(∣±3,3∣) = 16,04 dBi

Get(±4,4) = 29 – 25 × log10(∣±4,4∣) = 12,91 dBi

Get(±4,5) = 29 – 25 × log10(∣±4,5∣) = 12,67 dBi

Caso o ganho da antena exceda essa envoltória para quaisquer desses


ângulos θ e considerando os diagramas traçados para os diversos
planos considerados, a potência de operação da estação terrena deverá
ser reduzida correspondentemente de modo a garantir o atendimento
aos limites de densidade de e.i.r.p. fora do eixo estabelecidos para a
Norma de 2 graus da Banda Ku e para a Norma de 2 graus da Banda
Ka6.

Para calcular a densidade de e.i.r.p. fora do eixo para uma estação


terrena transmissora, deve-se primeiramente obter o valor da maior
potência de transmissão da estação por meio da expressão:

P(tx) = 10 × log10(maior potência na saída do HPA, em Watts) – L

Onde,

6
No que concerne à banda C, não há um diagrama de radiação de referência para as antenas
das estações terrenas, devendo ser atendida a apenas a envoltória de densidade de e.i.r.p. fora
do eixo das antenas dessas estações.
10
P(tx): maior potência transmitida, para uma dada emissão, pela
estação terrena, em dBW;

L: perda devido à atenuação do sinal entre a saída do HPA e a


entrada da antena da estação terrena.

Com o valor da potência de transmissão, pode-se então calcular a


densidade de e.i.r.p. fora do eixo utilizando a seguinte expressão7:

De.i.r.p.(tx)(θ) = P(tx) + Get(θ) – 10 × log10(Btx_S) dBW/Hz

Onde,

De.i.r.p.(tx)(θ): densidade de e.i.r.p. do enlace de subida da estação


terrena transmissora, na direção dada pelo ângulo θ, em
dBW/Hz;

P(tx): maior potência transmitida, para uma dada emissão, pela


estação terrena, em dBW;

Get(θ): ganho da antena da estação terrena na direção dada pelo


ângulo θ, em dBi;

7
No caso de licenciamento em bloco de estações terrenas, esse cálculo é efetuado para a
estação terrena típica.
11
Btx_S: Banda Equivalente à Taxa de Transmissão de Símbolos, em
Hertz.

• Exemplo 1 - Banda Ku:

Considerando uma estação terrena transmissora utilizando uma antena


de 96 cm de diâmetro, certificada pela Anatel, um amplificador de
potência de 2 W e uma perda de 1 dB entre a saída do HPA e a entrada
da antena, têm-se os seguintes valores de potência transmitida, em
dBW, e de ganho da antena no plano de elevação, para uma
polarização vertical, em dBi8:

P(tx) = 10 × log10(2W) – 1 dB
P(tx) = 2 dBW

Get(+2,1) = 14,822 dBi


Get(–2,1) = 13,336 dBi
Get(+2,2) = 11,467 dBi
Get(–2,2) = 15,930 dBi
Get(+3,3) = 14,684 dBi
Get(–3,3) = 8,048 dBi
Get(+4,4) = 2,340 dBi
Get(–4,4) = 2,628 dBi

8
Uma análise idêntica deverá ser feita para os demais planos e para as demais polarizações,
caso existam.
12
Get(+4,5) = 5,395 dBi
Get(–4,5) = 3,209 dBi

Considerando ainda uma taxa de informação de 128 kbps, um FEC de


2/3, um código concatenado do tipo Turbo Code e uma modulação
MSK, têm-se o seguinte valor para a Banda Equivalente à Taxa de
Transmissão de Símbolos:

Tinformação = 128 kbps


FEC = 2/3 = 0,6667
Código Concatenado = 1 (por ser Turbo Code)
Modulação MSK → Nbpsequivalente = 1,33

128.000
Btx _ S = = 144.360 Hz = 144,360kHz
0,6667 × 1 × 1,33

Desse modo, a densidade de e.i.r.p. fora do eixo para θ = ±2,1º, ±2,2º,


±3,3º, ±4,4º e ±4,5º é:

De.i.r.p.(tx)(+2,1) = 2 + 14,822 – 10 × log10(144.360) = – 34,77 dBW/Hz


De.i.r.p.(tx)(–2,1) = 2 + 13,336 – 10 × log10(144.360) = – 36,26 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+2,2) = 2 + 11,467 – 10 × log10(144.360) = – 38,13 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–2,2) = 2 + 15,930 – 10 × log10(144.360) = – 33,66 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+3,3) = 2 + 14,684 – 10 × log10(144.360) = – 34,91 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–3,3) = 2 + 8,048 – 10 × log10(144.360) = – 41,55 dBW/Hz

13
De.i.r.p.(tx)(+4,4) = 2 + 2,340 – 10 × log10(144.360) = – 47,25 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–4,4) = 2 + 2,628 – 10 × log10(144.360) = – 46,97 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+4,5) = 2 + 5,395 – 10 × log10(144.360) = – 44,20 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–4,5) = 2 + 3,209 – 10 × log10(144.360) = – 46,39 dBW/Hz

Para este exemplo, o limite de densidade da Norma de 2 graus da


Banda Ku é atendido, considerando que a densidade de e.i.r.p. fora do
eixo calculada para o enlace de subida é menor do que a estabelecida
na Norma mencionada.
De.i.r.p.(tx)(+2,1) = – 34,77 dBW/Hz ≤ – 27,06 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–2,1) = – 36,26 dBW/Hz ≤ – 27,06 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+2,2) = – 38,13 dBW/Hz ≤ – 27,56 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–2,2) = – 33,66 dBW/Hz ≤ – 27,56 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+3,3) = – 34,91 dBW/Hz ≤ – 31,96 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–3,3) = – 41,55 dBW/Hz ≤ – 31,96 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+4,4) = – 47,25 dBW/Hz ≤ – 35,09 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–4,4) = – 46,97 dBW/Hz ≤ – 35,09 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+4,5) = – 44,20 dBW/Hz ≤ – 35,33 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–4,5) = – 46,39 dBW/Hz ≤ – 35,33 dBW/Hz

• Exemplo 2 - Banda Ka, estação terrena de acesso:

Considerando uma estação terrena de acesso transmitindo com uma


antena de 7,4m de diâmetro, certificada pela Anatel, um amplificador

14
de potência de 20 W e uma perda de 2 dB entre a saída do HPA e a
entrada da antena, têm-se os seguintes valores de potência transmitida,
em dBW, e de ganho da antena obtidos em campo no plano de
elevação, para uma polarização vertical, em dBi9:

P(tx) = 10 × log10(20W) – 2 dB
P(tx) = 11 dBW

Get(+2,1) = 2,5 dBi


Get(–2,1) = 3,7 dBi
Get(+2,2) = 1,4 dBi
Get(–2,2) = 5,5 dBi
Get(+3,3) = 1,4 dBi
Get(–3,3) = 9,5 dBi
Get(+4,4) = 0,5 dBi
Get(–4,4) = 3,5 dBi
Get(+4,5) = -18,5 dBi
Get(–4,5) = 1,5 dBi

Considerando ainda uma taxa de informação de 1 Gbps, um FEC de


¾, um código concatenado do tipo Reed Solomon 188/204 e uma
modulação 16APSK, têm-se o seguinte valor para a Banda
Equivalente à Taxa de Transmissão de Símbolos:

9
Uma análise idêntica deverá ser feita para os demais planos e para as demais polarizações,
caso existam.
15
Tinformação = 1 Gbps
FEC = ¾ = 0,75
Código Concatenado = 188/204 = 0,9216 (por ser Reed Solomon)
Modulação 16APSK → Nbps = 4

1.000.000.000
Btx _ S = = 361.702.127 Hz
0,9216 × 0,75 × 4

Desse modo, a densidade de e.i.r.p. fora do eixo para θ = ±2,1º, ±2,2º,


±3,3º, ±4,4º e ±4,5º é:

De.i.r.p.(tx)(+2,1) = 11 + 2,5 – 10 × log10(361.702.127) = – 72,08 dBW/Hz


De.i.r.p.(tx)(–2,1) = 11 + 3,7 – 10 × log10(361.702.127) = – 70,88 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+2,2) = 11 + 1,4 – 10 × log10(361.702.127) = – 73,18 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–2,2) = 11 + 5,5 – 10 × log10(361.702.127) = – 69,08 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+3,3) = 11 + 1,4 – 10 × log10(361.702.127) = – 73,18 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–3,3) = 11 + 9,5 – 10 × log10(361.702.127) = – 65,08 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+4,4) = 11 + 0,5 – 10 × log10(361.702.127) = – 74,08 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–4,4) = 11 + 3,5 – 10 × log10(361.702.127) = – 71,08 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+4,5) = 11 – 18,5 – 10 × log10(361.702.127) = – 93,08 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–4,5) = 11 + 1,5 – 10 × log10(361.702.127) = – 73,08 dBW/Hz

Para este exemplo, o limite de densidade da Norma de 2 graus da


Banda Ka é atendido, considerando que a densidade de e.i.r.p. fora do

16
eixo calculada para o enlace de subida é menor do que a estabelecida
na Norma mencionada.

De.i.r.p.(tx)(+2,1) = – 72,08 dBW/Hz ≤ – 43,06 dBW/Hz


De.i.r.p.(tx)(–2,1) = – 70,88 dBW/Hz ≤ – 43,06 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+2,2) = – 73,18 dBW/Hz ≤ – 43,56 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–2,2) = – 69,08 dBW/Hz ≤ – 43,45 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+3,3) = – 73,18 dBW/Hz ≤ – 47,96 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–3,3) = – 65,08 dBW/Hz ≤ – 47,96 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+4,4) = – 74,08 dBW/Hz ≤ – 51,08 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–4,4) = – 71,08 dBW/Hz ≤ – 51,08 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+4,5) = – 93,08 dBW/Hz ≤ – 51,33 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–4,5) = – 73,08 dBW/Hz ≤ – 51,33 dBW/Hz

• Exemplo 3 – Banda Ka, estação terrena do usuário:

Considerando uma estação terrena do usuário transmitindo com uma


antena de 74 cm de diâmetro, certificada pela Anatel, um amplificador
de potência de 4 W e uma perda de 0,5 dB entre a saída do HPA e a
entrada da antena, têm-se os seguintes valores de potência transmitida,
em dBW, e de ganho da antena obtidos em campo no plano de
elevação, para uma polarização vertical, em dBi10:

10
Uma análise idêntica deverá ser feita para os demais planos e para as demais polarizações,
caso existam.
17
P(tx) = 10 × log10(4W) – 0,5 dB
P(tx) = 5,52 dBW

Get(+2,1) = 11,39 dBi


Get(–2,1) = 9,49 dBi
Get(+2,2) = 11,49 dBi
Get(–2,2) = 10,49 dBi
Get(+3,3) = 2,49 dBi
Get(–3,3) = 7,39 dBi
Get(+4,4) = -8,51 dBi
Get(–4,4) = -2,51 dBi
Get(+4,5) = -7,51 dBi
Get(–4,5) = -2,01 dBi

Considerando ainda uma taxa de informação de 512 kbps, um FEC de


¾, um código concatenado do tipo Turbo Code e uma modulação 8-
PSK, têm-se o seguinte valor para a Banda Equivalente à Taxa de
Transmissão de Símbolos:

Tinformação = 512 kbps


FEC = ¾ = 0,75
Código Concatenado = 1 (por ser Turbo Code)
Modulação 8-PSK → Nbps = 3

18
512.000
Btx _ S = = 227.555 Hz
0,75 × 1 × 3

Desse modo, a densidade de e.i.r.p. fora do eixo para θ = ±2,1º, ±2,2º,


±3,3º, ±4,4º e ±4,5º é:

De.i.r.p.(tx)(+2,1) = 5,52 + 11,39 – 10 × log10(227.555) = – 36,66 dBW/Hz


De.i.r.p.(tx)(–2,1) = 5,52 + 9,49 – 10 × log10(227.555) = – 38,56 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+2,2) = 5,52 + 11,49 – 10 × log10(227.555) = – 36,56 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–2,2) = 5,52 + 10,49 – 10 × log10(227.555) = – 37,56 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+3,3) = 5,52 + 2,49 – 10 × log10(227.555) = – 45,56 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–3,3) = 5,52 + 7,39 – 10 × log10(227.555) = – 40,66 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+4,4) = 5,52 – 8,51 – 10 × log10(227.555) = – 56,56 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–4,4) = 5,52 – 2,51 – 10 × log10(227.555) = – 50,56 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+4,5) = 5,52 – 7,51 – 10 × log10(227.555) = – 55,56 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–4,5) = 5,52 – 2,01 – 10 × log10(227.555) = – 50,06 dBW/Hz

Para este exemplo, o limite de densidade da Norma não é atendido,


considerando que a densidade de e.i.r.p. fora do eixo calculada para o
enlace de subida para θ = +2,1º, +2,2º, –3,3º é maior do que a
estabelecida na Norma mencionada.

De.i.r.p.(tx)(+2,1) = – 36,66 dBW/Hz ≥ – 37,06 dBW/Hz


De.i.r.p.(tx)(–2,1) = – 38,56 dBW/Hz ≤ – 37,06 dBW/Hz

19
De.i.r.p.(tx)(+2,2) = – 36,56 dBW/Hz ≥ – 37,56 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–2,2) = – 37,56 dBW/Hz ≤ – 37,56 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+3,3) = – 45,56 dBW/Hz ≤ – 41,96 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–3,3) = – 40,66 dBW/Hz ≥ – 41,96 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+4,4) = – 56,56 dBW/Hz ≤ – 45,09 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–4,4) = – 50,56 dBW/Hz ≤ – 45,09 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+4,5) = – 55,56 dBW/Hz ≤ – 45,33 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–4,5) = – 50,06 dBW/Hz ≤ – 45,33 dBW/Hz

Observe-se que para θ = +2,1º há um excesso de 0,4 dB, para θ =


+2,2º há um excesso de 1 dB e para θ = –3,3º há um excesso de 1,3
dB.
Dessa forma, deve ser reduzida a potência de transmissão da estação,
alteradas as características da portadora ou utilizada outra antena mais
diretiva para que seja atendida a densidade de e.i.r.p. estabelecida na
Norma de 2 graus da Banda Ka.
Neste exemplo, para que possa ser utilizada a mesma antena e não seja
necessário alterar as caraterísticas técnicas da portadora, a potência de
transmissão da estação deve ser reduzida de 4W para 2,95W (redução
de 1,3 dB) visando atender o limite de densidade da Norma.

• Exemplo 4 – Banda C:

Considerando uma estação terrena transmissora utilizando uma antena


de 2 m de diâmetro com frequência central em 6.000 MHz, certificada

20
pela Anatel, um amplificador de potência de 5 W e uma perda de 2 dB
entre a saída do HPA e a entrada da antena, têm-se os seguintes
valores de potência transmitida, em dBW, e de ganho da antena no
plano de elevação, para uma polarização vertical, em dBi11:

P(tx) = 10 × log10(5W) – 2 dB
P(tx) = 5 dBW

Get(+2,1) = 12,822 dBi


Get(–2,1) = 11,336 dBi
Get(+2,2) = 9,467 dBi
Get(–2,2) = 13,930 dBi
Get(+3,3) = 12,684 dBi
Get(–3,3) = 6,048 dBi
Get(+4,4) = 0,340 dBi
Get(–4,4) = 0,628 dBi
Get(+4,5) = 3,395 dBi
Get(–4,5) = 1,209 dBi

Considerando ainda uma taxa de informação de 256 kbps, um FEC de


1/2, um código concatenado do tipo Turbo Code e uma modulação
GMSK, têm-se o seguinte valor para a Banda Equivalente à Taxa de
Transmissão de Símbolos:

11
Uma análise idêntica deverá ser feita para os demais planos e para as demais polarizações,
caso existam.
21
Tinformação = 256 kbps
FEC = 1/2 = 0,5
Código Concatenado = 1 (por ser Turbo Code)
Modulação GMSK → Nbpsequivalente = 1,33

256.000
Btx _ S = = 384.962,41Hz = 384,962kHz
0,5 × 1×1,33

Desse modo, a densidade de e.i.r.p. fora do eixo para θ = ±2,1º, ±2,2º,


±3,3º, ±4,4º e ±4,5º é:

De.i.r.p.(tx)(+2,1) = 5 + 12,822 – 10 × log10(384.962,41) = – 38,03 dBW/Hz


De.i.r.p.(tx)(–2,1) = 5 + 11,336 – 10 × log10(384.962,41) = – 39,52 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+2,2) = 5 + 9,467 – 10 × log10(384.962,41) = – 41,39 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–2,2) = 5 + 13,930 – 10 × log10(384.962,41) = – 36,92 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+3,3) = 5 + 12,684 – 10 × log10(384.962,41) = – 38,17 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–3,3) = 5 + 6,048 – 10 × log10(384.962,41) = – 44,81 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+4,4) = 5 + 0,340 – 10 × log10(384.962,41) = – 50,51 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–4,4) = 5 + 0,628 – 10 × log10(384.962,41) = – 50,23 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+4,5) = 5 + 3,395 – 10 × log10(384.962,41) = – 47,46 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–4,5) = 5 + 1,209 – 10 × log10(384.962,41) = – 49,65 dBW/Hz

Para este exemplo, o limite de densidade para a banda C da Norma de


Licenciamento de Estações Terrenas é atendido, considerando que a

22
densidade de e.i.r.p. fora do eixo calculada para o enlace de subida é
menor do que a estabelecida na Norma mencionada.

De.i.r.p.(tx)(+2,1) = – 38,03 dBW/Hz ≤ – 24,06 dBW/Hz


De.i.r.p.(tx)(–2,1) = – 39,52 dBW/Hz ≤ – 24,06 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+2,2) = – 41,39 dBW/Hz ≤ – 24,56 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–2,2) = – 36,92 dBW/Hz ≤ – 24,56 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+3,3) = – 38,17 dBW/Hz ≤ – 28,96 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–3,3) = – 44,81 dBW/Hz ≤ – 28,96 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+4,4) = – 50,51 dBW/Hz ≤ – 32,09 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–4,4) = – 50,23 dBW/Hz ≤ – 32,09 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(+4,5) = – 47,46 dBW/Hz ≤ – 32,33 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–4,5) = – 49,65 dBW/Hz ≤ – 32,33 dBW/Hz

No caso de licenciamento de Estações Terrenas a Bordo de


Embarcações – ESVs, os mesmos cálculos exemplificados
anteriormente devem ser realizados.

Contudo, além desses cálculos, são consideradas condições


complementares estabelecidas no Regulamento de
Radiocomunicações da UIT, conforme item 6.4.1 da Norma para o
Licenciamento de Estações Terrenas.

Essas condições complementares abarcam dois cálculos adicionais:

23
• Máxima densidade de e.i.r.p. da ESV na direção do horizonte:

Aplica-se neste caso a mesma expressão utilizada para calcular a


densidade de e.i.r.p. fora do eixo, levando em consideração o ganho da
antena da ESV na direção do horizonte (o ângulo θ corresponde ao
ângulo de elevação da antena):

De.i.r.p.(tx)(θhorizonte) = P(tx) + Get(θhorizonte) – 10 × log10(Btx_S) dBW/MHz

Para ESVs operando na banda C, o limite para a densidade de e.i.r.p.


na direção do horizonte é De.i.r.p.(tx)(θhorizonte) = 17 dBW/MHz, que
corresponde a – 43 dBW/Hz. Para a banda Ku, o limite é
De.i.r.p.(tx)(θhorizonte) = 12,5 dBW/MHz, que corresponde a – 47,6
dBW/Hz.

Assim, para uma ESV em banda Ku com as mesmas características


técnicas descritas no Exemplo 1 (vide página [12]), cujo ângulo de
elevação da antena seja de 54º e os ganhos para esse ângulo sejam
Get(+54º) = – 7,51 dBi e Get(–54º) = – 8,42 dBi, a maior densidade de
e.i.r.p. da ESV na direção do horizonte é o maior valor entre:
De.i.r.p.(tx)(+54) = 2 + (–7,51) – 10 × log10(144.360) = –57,10 dBW/Hz
De.i.r.p.(tx)(–54) = 2 + (–8,42) – 10 × log10(144.360) = –58,01 dBW/Hz

Para este exemplo, a maior densidade de e.i.r.p. da ESV na direção do


horizonte é – 57,10 dBW/Hz, inferior ao limite de – 47,6 dBW/Hz.

24
• Máxima e.i.r.p. da ESV na direção do horizonte:

Para esse cálculo, vale a expressão utilizada para calcular a densidade


de e.i.r.p. na direção do horizonte, eliminando-se o elemento referente
à banda:

e.i.r.p.(tx)(θhorizonte) = P(tx) + Get(θhorizonte) dBW

Para ESVs operando na banda C, o limite para a e.i.r.p. na direção do


horizonte é e.i.r.p.(tx)(θhorizonte) = 20,8 dBW. Para a banda Ku, o limite é
e.i.r.p.(tx)(θhorizonte) = 16,3 dBW.

Assim, para a ESV descrita acima, a maior e.i.r.p. na direção do


horizonte é o maior valor entre:

e.i.r.p.(tx)(+54) = 2 + (– 7,51) = – 5,51 dBW


e.i.r.p.(tx)(–54) = 2 + (– 8,42) = – 6,42 dBW

Para este exemplo, a maior densidade de e.i.r.p. da ESV na direção do


horizonte é – 5,51 dBW/Hz, inferior ao limite de 16,3 dBW para a
banda Ku.

25
II. 2. No Enlace de Descida12 (para fins de coordenação entre redes de
satélites)

Para a Banda Ku, o limite de densidade de e.i.r.p. estabelecido na


Norma para o enlace de descida é – 22 dBW/Hz.

Para a Banda Ka, o limite de densidade de e.i.r.p. estabelecido na


Norma para o enlace de descida é – 16,5 dBW/Hz.

Para calcular a densidade de e.i.r.p. no enlace de descida da rede de


satélite analisada, deve-se utilizar a seguinte expressão:

De.i.r.p.(sat) = Pmax(sat) + Gsat – 10 × log10(Btx_S)


= e.i.r.p.max(sat) – 10 × log10(Btx_S)

Onde,

De.i.r.p.(sat): densidade máxima de e.i.r.p. por emissão, calculada no


enlace de descida, em dBW/Hz;

Pmax(sat): potência máxima transmitida pelo satélite, por emissão, em


dBW;

12
Como a Norma de Licenciamento de Estações Terrenas, aprovada pela Resolução nº 593,
de 27 de junho de 2012, estabelece limites de densidade de e.i.r.p. fora do eixo apenas para
as estações terrenas transmissoras (enlace de subida), não haverá referência a esta Norma
nos cálculos do enlace de descida.
26
Gsat : ganho da antena do satélite, em sua direção de máxima
radiação, em dBi;
e.i.r.p.13max(sat): produto da potência máxima transmitida pelo satélite
pelo ganho da antena do satélite, em sua direção de
máxima radiação, em dBW;

Btx_S: Banda Equivalente à Taxa de Transmissão de Símbolos, em


Hertz.

• Exemplo 1 - Banda Ku:

Pmax(sat) = 17 dBW
Gsat = 35 dBi
e.i.r.p.max(sat) = Pmax(sat) + Gsat = 52 dBW
Btx_S = 35.012,765 kHz

De.i.r.p.(sat) = 17 + 35 – 10 × log10(35.012.765) = – 23,44 dBW/Hz

Para este exemplo, o limite de densidade de e.i.r.p. da Norma de 2


graus da Banda Ku é atendido, considerando que a densidade de
e.i.r.p. calculada para o enlace de descida é menor do que a
estabelecida na Norma mencionada, ou seja,

13
Esse parâmetro é o usualmente fornecido pelos operadores de satélites e utilizado para o
cálculo da densidade de e.i.r.p. do satélite uma vez que engloba a potência máxima
transmitida pelo satélite (Pmax(sat)) e o ganho da antena do satélite (Gsat).

27
De.i.r.p.(sat) = – 23,44 dBW/Hz ≤ – 22 dBW/Hz.

Cabe destacar que o limite de – 22 dBW/Hz, estabelecido no inciso II,


item 4.3.1, da Norma de 2 graus da Banda Ku, está relacionado ao
valor de pico da cobertura de descida do satélite (centro do feixe),
devendo ser atendido para todas as designações de emissão de
recepção de cada estação terrena.

• Exemplo 2 - Banda Ka:

Pmax(sat) = 20 dBW
Gsat = 45 dBi
e.i.r.p.max(sat) = Pmax(sat) + Gsat = 65 dBW
Btx_S = 450 MHz

De.i.r.p.(sat) = 20 + 45 – 10 × log10(450.000.000) = – 21,53 dBW/Hz

Para este exemplo, o limite de densidade de e.i.r.p. da Norma de 2


graus da Banda Ka é atendido, considerando que a densidade de
e.i.r.p. calculada para o enlace de descida é menor do que a
estabelecida na Norma mencionada, ou seja,

De.i.r.p.(sat) = – 21,53 dBW/Hz ≤ – 16,5 dBW/Hz.

28
Assim como ocorre para a banda Ku, ressalte-se que o limite de – 16,5
dBW/Hz, estabelecido no inciso III, item 4.2.1, da Norma de 2 graus
da Banda Ka, também está relacionado ao valor de pico da cobertura
de descida do satélite (centro do feixe), devendo ser atendido para
todas as designações de emissão de recepção de cada estação terrena.

29
III. Verificação de Consistência dos Dados Informados

A razão Portadora/Ruído deve corresponder ao valor do C/N mínimo


ou limiar requerido para o sistema atender ao desempenho de
qualidade, em termos de taxa de erro de bit (BER) especificado, sem
englobar nenhuma margem de enlace adicional.

Como a razão Portadora/Ruído deve estar relacionada a uma certa


banda (largura de faixa) e a fim de que os termos e as sistemáticas de
cálculos estejam padronizadas, definiu-se que a banda associada a essa
razão Portadora/Ruído é a Banda Equivalente à Taxa de Transmissão
de Símbolos, em Hz.

Para verificar a consistência do valor da razão Portadora/Ruído (C/N)


informada, deve-se primeiramente conhecer qual é a taxa de erro de
bit (BER) típica da emissão. Com esse valor, pode-se encontrar a
razão energia de bit por densidade de ruído térmico (Eb/N0).

Esse parâmetro (Eb/N0) é importante, pois para cada tipo de modem,


modulação, FEC e código concatenado, há um conjunto de valores de
BER associado a um conjunto de valores de Eb/N0. Portanto, o Eb/N0
é o parâmetro que relaciona a BER com a razão Portadora/Ruído.

Um modem certificado pela Anatel possui uma tabela que informa o


valor do Eb/N0 correspondente a uma dada BER, dependendo da

30
modulação, do FEC e do código concatenado. Portanto, especificada
uma BER, tem-se um valor de Eb/N0.

Com o valor do Eb/N0 pode-se calcular a razão Portadora/Ruído (C/N)


pela expressão:

C/N14 = Eb/N0 + 10 × log10(Tinformação) – 10 × log10(Btx_S)

Como os valores da taxa de informação (Tinformação) e da Banda


Equivalente à Taxa de Transmissão de Símbolos (Btx_S) são
conhecidos, obtém-se o valor da razão Portadora/Ruído. Caso esse
valor seja menor que a razão Portadora/Ruído informada, o sistema
não está garantindo a proteção adequada. Caso esse valor seja maior
que a razão Portadora/Ruído informada, o sistema estará
contemplando margens adicionais, o que não é desejável, nem correto,
uma vez que isto onerará não só o próprio sistema como os demais
sistemas que compartilham o espectro de frequências os quais também
terão de dispor de margens de enlaces adicionais para tanto.

As tabelas contidas nos Anexos 1 e 2 apresentam valores típicos de


Eb/N0 em função da modulação, do FEC, do código concatenado, para
uma BER típica de 10-7. Estas tabelas podem ser consideradas como
referência para verificar a consistência dos dados do requerente ao

14
A Relação Portadora/Ruído = C/N = C/N0 - 10 × log10(Btx_S) onde C/N0 = Eb/N0 + 10
× log10(Tinformação).
31
licenciamento de uma dada estação terrena. Como estes valores
variam em função do fabricante do modem, tolerâncias de 1 dB para
mais ou para menos podem ser admitidas.

Exemplo:
Uma emissão DVB-S com modulação QPSK (Nbps = 2), FEC de ¾ e
código concatenado do tipo Reed Solomon possui um Eb/N0 típico de
5,5 dB, para uma BER de 10-7 (ver Anexo 1).

Considerando ainda que Tinformação = 48,4 Mbps e Btx_S = 35.012,765


kHz, tem-se:

C/N = 5,5 + 10 × log10(48.400.000) – 10 × log10(35.012.765) = 6,9 dB

Caso a emissão fosse DVB-S2, o Eb/N0 típico seria 2,31.


Considerando a Tinformação = 48,4 Mbps e Btx_S = 32.538,406 kHz, tem-
se:

C/N = 2,31+ 10 × log10(48.400.000) – 10 × log10(32.538,406) = 4 dB

Neste exemplo, tanto para o DVB-S quanto para o DVB-S2, caso seja
cadastrado um valor de C/N de 7,5 dB, o sistema não está garantindo a
proteção adequada. Se for cadastrado um valor de C/N de 5,8 dB, para
o caso do DVB-S, ou um valor de C/N de 3,5 dB para o caso do DVB-
S2, o sistema estará contemplando margens adicionais, o que não é
desejável, nem correto, conforme já apresentado.

32
IV. Transmissão de Multiportadoras

Define-se como transmissão de multiportadoras a transmissão de mais


de uma portadora, através de um mesmo amplificador. A transmissão
de multiportadoras gera produtos de intermodulação que consomem
parte da potência disponível no HPA (High Power Amplifier) da
estação terrena. A escolha do ponto de operação do HPA (recuo
(back-off) com relação à saturação) depende do tipo do HPA (SSPA,
TWTA ou Klystron) e do número de portadoras que serão transmitidas
por esse amplificador.

Exemplo: HPA (tipo SSPA) de 100W

Considerando um valor de back off ou recuo típico para o modo


multiportadoras de 4,8 dB, para um HPA de 100W:

Potência do HPA (dBW) = 10 log 100 = 20 dBW

Potência útil do HPA = 20 – 4,8 = 15,2 dBW, equivalente a 33,1 W

a) A potência correspondente à transmissão de cada portadora,


assumindo portadoras de mesmo nível de potência, será:

P(tx) de cada portadora = Potência útil do HPA (dBW) – L – 10 log n

33
Sendo n o número de portadoras e L a perda entre a saída do HPA e a
entrada da antena.

b) Para o caso de transmissão de multiportadoras com níveis de


potência diferenciados, o modo prático de dimensionamento da
potência do HPA baseia-se na definição da e.i.r.p. das portadoras que
subirão através deste mesmo HPA. O valor da e.i.r.p. das portadoras é
obtido através do cálculo de enlace. Considere o exemplo a seguir:

e.i.r.p. da portadora 1 = 43,2 dBW


e.i.r.p. da portadora 2 = 45,0 dBW
e.i.r.p. da portadora 3 = 44,0 dBW
Gtx = 52,4 dBi (ganho de transmissão de uma antena offset de 3,6m
de uma estação terrena operando em banda Ku)
L = 1 dB (perda entre a saída do HPA e a entrada da antena)

A soma das e.i.r.p. das portadoras 1, 2 e 3 é dada pela seguinte


equação:

 e.i .10r . p .1 e .i .r . p .2 e.i .r . p .3



∑ e.i.r . p. = 10 × log 
 10 + 10 10
+ 10 10 

 

 4310, 2 45, 0 44 , 0

∑ e.i.r . p. = 10 × log 
 10 + 10 10
+ 10 10 
 = 48,9dBW
 

34
A potência na saída do HPA então seria:

48,9 dBW – 52,4 dBi + L = – 2,5 dBW.

Considerando um recuo de saída no HPA de 4,8 dB, a potência


necessária na saída do HPA seria de:

– 2,5 dBW + 4,8 dB = 2,3 dBW, equivalente a 1,7 W.

Tendo em vista que o valor da potência do HPA é pequena (menor


que 10W), mostra-se mais adequado a utilização de um PA (Power
Amplifier). Neste caso, o valor do recuo pode ser menor, algo em
torno de 3 dB, o que resultaria em uma potência:

– 2,5 dBW + 3 dB = 0,5 dBW, equivalente a 1,12 W.

c) Para o caso das VSATs esta análise não é apropriada, pois cada
VSAT somente transmite uma única portadora Inbound.

35
V. Formação da Designação de Emissão

A designação de emissão é composta por duas partes distintas. A


primeira parte é constituída de quatro símbolos que representam a
largura de faixa necessária da emissão. A segunda parte é constituída
de cinco símbolos que representam as características da emissão.

V. 1. Largura de faixa necessária

A largura de faixa necessária é expressa por três algarismos e uma


letra. A letra ocupa a posição da casa decimal e representa a unidade
da largura de faixa. O primeiro caractere não poderá ser nem zero nem
K, M ou G.

A largura de faixa necessária deverá ser expressa em uma unidade


determinada, conforme descrito abaixo:

entre 0,001 e 999 Hz será expressa em Hz (letra H);


entre 1,00 e 999 kHz será expressa em kHz (letra K);
entre 1,00 e 999 MHz será expressa em MHz (letra M);
entre 1,00 e 999 GHz será expressa em GHz (letra G).

36
Exemplo:

Primeiros 4
Largura de faixa símbolos da
necessária Designação de
Emissão
0,002 Hz H 0 0 2
0,1 Hz H 1 0 0
25,3 Hz 2 5 H 3
400 Hz 4 0 0 H
2,4 kHz 2 K 4 0
6 kHz 6 K 0 0
12,5 kHz 1 2 K 5
180,4 kHz 1 8 0 K
180,5 kHz 1 8 1 K
180,7 kHz 1 8 1 K
1,25 MHz 1 M 2 5
2 MHz 2 M 0 0
10 MHz 1 0 M 0
202 MHz 2 0 2 M
5,65 GHz 5 G 6 5

37
V. 2. Classe de emissão

A classe de emissão é o conjunto de características básicas e quaisquer


características adicionais opcionais, conforme descrito a seguir.

As características básicas são descritas por três símbolos:

1) Primeiro símbolo – tipo de modulação da portadora principal. Cada


modulação está associada a uma determinada letra:

1.1) Emissão de uma portadora não modulada – N

1.2) Emissão na qual a portadora principal é modulada em


amplitude (incluindo os casos em que as subportadoras tenham
modulação angular):

1.2.1) Faixa lateral dupla – A

1.2.2) Faixa lateral única, portadora completa – H

1.2.3) Faixa lateral única, portadora de nível reduzido ou


variável – R
38
1.2.4) Faixa lateral única, portadora suprimida – J

1.2.5) Faixas laterais independentes – B

1.2.6) Faixa lateral residual ou vestigial – C

1.3) Emissão cuja portadora principal é modulada em ângulo.

1.3.1) Modulação de frequência – F

1.3.2) Modulação de fase – G

1.4) Emissão cuja portadora principal é modulada em amplitude e


em ângulo, quer simultaneamente ou em uma seqüência pré-
estabelecida – D

1.5) Emissão de impulsos15

1.5.1) Sequência de impulsos não modulados – P

1.5.2) Uma sequência de impulsos

1.5.2.1) modulada em amplitude – K

1.5.2.2) modulada em largura/duração – L

1.5.2.3) modulada em posição/fase – M

1.5.2.4) na qual a portadora é modulada em ângulo


durante o período angular do impulso – Q
15
Emissões em que a portadora principal é diretamente modulada por um sinal que foi
codificado em forma quantizada – modulação por código de pulsos.

39
1.5.2.5) que é uma combinação das anteriores ou é
produzida por outros meios – V

1.6) Casos não cobertos pelos itens acima, nos quais uma emissão
consiste da portadora principal modulada, quer
simultaneamente ou em uma sequência pré-estabelecida, em
uma combinação de dois ou mais dos seguintes modos: em
amplitude, em ângulo, ou por impulso – W

1.7) Outros casos não cobertos – X

2) Segundo símbolo – natureza do(s) sinal(ais) que modula(m) a


portadora principal. Cada natureza do sinal modulante está
associada a um determinado número:

2.1) Ausência de sinal modulador – 0

2.2) Um único canal contendo informação quantificada ou digital,


sem a utilização de uma subportadora16 moduladora – 1

2.3) Um único canal contendo informação quantificada ou digital,


com a utilização de uma subportadora17 moduladora – 2

2.4) Um único canal contendo informação analógica – 3

16
Excluindo-se a multiplexação por divisão no tempo.
17
Excluindo-se a multiplexação por divisão no tempo.
40
2.5) Dois ou mais canais contendo informação quantificada ou
digital – 7

2.6) Dois ou mais canais contendo informação analógica - 8

2.7) Sistema composto por um ou mais canais contendo


informação quantificada ou digital, e um ou mais canais
contendo informação analógica – 9

2.8) Outros casos não cobertos – X

3) Terceiro símbolo – tipo de informação a ser transmitida18. Cada


tipo de informação é associado a uma determinada letra:

3.1) Nenhuma informação transmitida – N

3.2) Telegrafia - para recepção acústica – A

3.3) Telegrafia - para recepção automática – B

3.4) Fac-símile – C

3.5) Transmissão de dados, telemetria, telecomando – D

3.6) Telefonia (incluindo radiodifusão sonora) – E

18
Nesse contexto, a palavra “informação” não inclui informação de natureza constante,
invariável, como a provida por emissões de frequências padrões, radares de ondas contínuas
e de pulso, etc.
41
3.7) Televisão (vídeo) – F

3.8) Combinação dos referidos anteriormente – W

3.9) Outros casos não cobertos – X

Adicionalmente, dois símbolos opcionais podem ser acrescentados


para uma descrição mais completa de uma emissão. São eles o quarto
e o quinto símbolos.

4) Quarto símbolo – Detalhes do(s) sinal(ais). Esse detalhamento está


associado a uma determinada letra:

4.1) Código de duas condições com elementos que diferem em


número e/ou duração – A

4.2) Código de duas condições com elementos de mesmo número e


duração sem correção de erros – B

4.3) Código de duas condições com elementos de mesmo número e


duração com correção de erros – C

4.4) Código de quatro condições em que cada condição representa


um elemento de sinal (de um ou mais bits) – D

42
4.5) Código de múltiplas condições, em que cada condição
representa um elemento de sinal (de um ou mais bits) – E

4.6) Código de múltiplas condições, em que cada condição ou


combinação de condições representa um caractere – F

4.7) Som de qualidade radiofônica (monofônico) – G

4.8) Som de qualidade radiofônica (estereofônico ou quadrifônico)


–H

4.9) Som de qualidade comercial (excluindo as categorias


apresentadas nos itens 4.10 e 4.11) – J

4.10) Som de qualidade comercial com utilização de inversão de


frequência ou divisão de faixa – K

4.11) Som de qualidade comercial com sinais separados


modulados em frequência para controlar o nível de sinal
demodulado – L

4.12) Sinal de preto e branco (Monocrômico) – M

4.13) Sinal de Cor – N

4.14) Combinação dos casos referidos anteriormente – W

4.15) Outros casos não cobertos – X

43
5) Quinto símbolo – Natureza da multiplexação. Essa especificação
está associada a uma determinada letra:

5.1) Nenhuma – N

5.2) Multiplexação por divisão de código19 – C

5.3) Multiplexação por divisão de frequência – F

5.4) Multiplexação por divisão de tempo – T

5.5) Combinação de multiplexação por divisão de frequência e de


multiplexação por divisão de tempo – W

5.6) Outros tipos de multiplexação – X

Sempre que o quarto ou o quinto símbolo não for utilizado, a


respectiva posição deverá ser preenchida com um traço.

Exemplo a):

a1) Uma emissão com largura de faixa necessária de 36 MHz – Os


4 caracteres que compõe a primeira parte da emissão são:
36M0;

19
Inclui técnicas de espalhamento de banda.

44
a2) Modulada em frequência – O primeiro caractere da segunda
parte da emissão é F;

a3) Em um sistema composto por um ou mais canais contendo


informação quantificada ou digital, e um ou mais canais
contendo informação analógica – O segundo caractere da
segunda parte da emissão é 9;

a4) Combinando vários tipos de informação diferentes – O terceiro


caractere da segunda parte da emissão é W;

a5) Sem outros detalhamentos – O quarto e o quinto caracteres da


segunda parte da emissão devem ser preenchidos com um traço
cada;

a6) A emissão completa será 36M0F9W--

Exemplo b):

b1) Uma emissão com largura de faixa necessária de 5 MHz – Os 4


caracteres que compõe a primeira parte da emissão são: 5M00;

b2) Modulada em fase – O primeiro caractere da segunda parte da


emissão é G;

b3) Transmitida em um único canal contendo informação


quantificada ou digital, sem a utilização de uma subportadora
modulada – O segundo caractere da segunda parte da emissão é
1;
45
b4) Contendo tipos de informação não contemplados pelos casos
descritos – O terceiro caractere da segunda parte da emissão é
X;

b5) Sem outros detalhamentos – O quarto e o quinto caracteres da


segunda parte da emissão devem ser preenchidos com um traço
cada;

b6) A emissão completa será 5M00G1X--

46
VI. Significado dos Campos Existentes no Sistema de
Cadastramento de Estações Terrenas do STEL

VI.1. Tela “Características da Estação Terrena”

a) Dados Adicionais

Perda (dB) – Esse campo deve ser preenchido com o valor


correspondente à perda devido à atenuação do sinal entre a saída do
HPA e a entrada da antena da estação terrena.

b) Dados do Amplificador de Potência (HPA)

Potência Nominal – Valor da potência nominal do HPA em Watts,


obtido diretamente da certificação do equipamento20. Poderá ser
cadastrado mais de um HPA para cada antena.

VI.2. Tela “Designação Emissão”

a) Dados da Designação de Emissão – Transmissão (No sentido


ETN – Satélite)

20
O “back off” ou recuo do sistema pode ser obtido pela Potência Nominal do HPA,
conforme cadastrado, menos o somatório das potências de operação para cada frequência,
menos o atenuador (caso exista).
47
Designação Emissão – Esse campo deve ser preenchido com a
designação da emissão a ser transmitida, observando-se os critérios
de formação previamente apresentados (item V deste Manual).

Polarização – Esse campo apresenta as opções de polarização para


a emissão transmitida.

Transmissão Simultânea – Transmissão de mais de uma emissão


pela estação terrena ao mesmo tempo (quando a estação terrena
transmite simultaneamente mais de uma emissão).

Modulação – Esse campo dispõe de uma lista contendo todos os


tipos de modulação previstos pela Anatel. Ao final dessa lista há a
opção “outra”. Ao escolher a opção “outra”, um campo texto
aparecerá ao lado para que a modulação seja informada
manualmente pelo usuário. Para cada tipo de modulação prevista
pela Anatel há um número de bits por símbolo associado para que
se realize o cálculo da “Banda Equivalente à Taxa de Transmissão
de Símbolos”. Quando a opção “outra” for selecionada, a
modulação deverá ser informada manualmente. Neste caso, a
entidade interessada na obtenção da licença deverá encaminhar à
área da Anatel responsável pelo licenciamento documento
apresentando as comparações pelo espectro, bem como a memória
de cálculo, que demonstre o número de bits por símbolo a ser

48
associado à nova modulação. Caberá a Anatel incluir os novos
dados à lista de modulações.

Taxa Informação (kbps) – Taxa em bits por segundo equivalente


à informação a ser transmitida, englobando o overhead aplicável.

FEC – É a taxa do código corretor de erro (valor adimensional)

Código Concatenado – Nesse campo, deve ser selecionado o


código corretor de erro do tipo Reed Solomon ou Turbo Code. Caso
seja escolhido Reed Solomon um novo campo será criado para que
seja inserido o valor adequado. Caso seja escolhido Turbo Code,
não será necessário prover informação, pois o sistema considerará
internamente o valor 1 (um) para os cálculos.

Banda Equivalente à Taxa Tx de Símbolos (kHz) – Esta


informação será calculada automaticamente pelo sistema,
utilizando os dados cadastrados para a transmissão (Modulação,
Taxa Informação, FEC e Código Concatenado) (item I deste
Manual).

Maior Potência de Transmissão (dBW) – Este campo será


preenchido automaticamente pelo sistema com o maior valor de
“Potência de Transmissão” cadastrado na tela “Frequências”.
49
Maior Densidade de Potência de Transmissão (dBW/Hz) – Esta
informação será calculada automaticamente pelo sistema,
utilizando o valor da “Maior Potência de Transmissão” menos 10 ×
log10(“Banda Equivalente à Taxa Tx de Símbolos”).

b) Dados da Designação de Emissão – Recepção (No sentido


Satélite – ETN)

Designação Emissão – Esse campo deve ser preenchido com a


Designação da Emissão a ser recebida, observando-se os critérios
de formação previamente apresentados (item V deste Manual).

Polarização – Esse campo apresenta as opções de polarização para


a emissão recebida.

Recepção Simultânea – Recepção de mais de uma emissão pela


estação terrena ao mesmo tempo.

Modulação – Esse campo dispõe de uma lista contendo todos os


tipos de modulação previstos pela Anatel. Ao final dessa lista há a
opção “outra”. Ao escolher a opção “outra”, um campo texto
aparecerá ao lado para que a modulação seja informada
manualmente pelo usuário. Para cada tipo de modulação prevista

50
pela Anatel há um número de bits por símbolo associado para que
se realize o cálculo da “Banda Equivalente à Taxa de Transmissão
de Símbolos”. Quando a opção “outra” for selecionada, a
modulação deverá ser informada manualmente. Neste caso, a
entidade interessada na obtenção da licença deverá encaminhar à
área da Anatel responsável pelo licenciamento documento
apresentando as comparações pelo espectro, bem como a memória
de cálculo, que demonstre o número de bits por símbolo a ser
associado à nova modulação. Caberá à Anatel incluir os novos
dados à lista de modulações.

Taxa Informação (kbps) – Taxa em bits por segundo equivalente


à informação a ser recebida, englobando o overhead aplicável.

FEC – É a taxa do código corretor de erro (valor adimensional)

Código Concatenado – Nesse campo, deve ser selecionado o


código corretor de erro do tipo Reed Solomon ou Turbo Code. Caso
seja escolhido Reed Solomon um novo campo será criado para que
seja inserido o valor adequado. Caso seja escolhido Turbo Code,
não será necessário prover informação, pois o sistema considerará
internamente o valor 1 (um) para os cálculos.

Banda Equivalente à Taxa Tx de Símbolos (kHz) – Esta


informação será calculada automaticamente pelo sistema,

51
utilizando os dados cadastrados para a recepção (Modulação, Taxa
Informação, FEC e Código Concatenado) (item I deste Manual).

Maior Potência de Recepção (dBm) – Este campo será


preenchido automaticamente pelo sistema com o maior valor de
“Potência de Recepção” cadastrado na tela “Frequências”.

Maior Razão Portadora/Ruído (dB) – Este campo será


preenchido automaticamente pelo sistema com o maior valor de
“Razão Portadora/Ruído” cadastrado na tela “Frequências”.

VI.3. Tela “Frequência Estações Terrenas”

a) Frequência(s) TX

Frequência – Nesse campo deve(m) ser informada(s) a(s)


frequência(s) central(is) a ser(em) transmitida(s). Para uma mesma
emissão, podem ser cadastradas mais de uma frequência central.

Potência de Transmissão (dBW) – É a potência entregue à antena


por emissão, sendo definida como a e.i.r.p. de transmissão da
estação terrena por emissão menos o ganho de transmissão da
antena da estação terrena (figura 1). Pode ser cadastrado um valor

52
de potência de transmissão diferente para cada frequência
cadastrada.

53
54
Figura 1 – Diagrama de um enlace de subida típico
b) Frequência(s) RX

Frequência – Nesse campo deve(m) ser informada(s) a(s)


frequência(s) central(is) a ser(em) recebida(s). Para uma mesma
emissão podem ser cadastradas mais de uma frequência central.

Potência de Recepção (dBm) – É a potência de transmissão do


satélite na direção da estação terrena receptora menos a atenuação
espaço livre (figura 2). Pode ser cadastrado um valor de potência de
recepção diferente para cada frequência cadastrada.

Razão Portadora/Ruído (dB) – É o valor do C/N mínimo ou


limiar requerido para o sistema atender ao desempenho de
qualidade, em termos de taxa de erro de bit (BER) especificado,
sem englobar nenhuma margem de enlace adicional.

55
56
Figura 2 – Diagrama de um enlace de descida típico
Anexo 1
Valores típicos de Eb/N0 em função da modulação, do FEC, do
código concatenado, para uma BER típica de 10-7

Código Eb/N0Típico
Modulação FEC Concatenado
Tipo (dB)
BPSK 1/2 Não 6.5
BPSK 2/3 Não 7.0
BPSK 3/4 Não 7.5
BPSK 4/5 Não 7.8
BPSK 5/6 Não 8.0
BPSK 7/8 Não 8.5
BPSK 1/2 Sim – Reed Solomon 4.5
BPSK 2/3 Sim – Reed Solomon 5.0
BPSK 3/4 Sim – Reed Solomon 5.5
BPSK 4/5 Sim – Reed Solomon 5.8
BPSK 5/6 Sim – Reed Solomon 6.0
BPSK 7/8 Sim – Reed Solomon 6.5
BPSK 1/2 Sim – Turbo Code 4.0
BPSK 2/3 Sim – Turbo Code 4.5
BPSK 3/4 Sim – Turbo Code 5.0
BPSK 4/5 Sim – Turbo Code 5.2
BPSK 5/6 Sim – Turbo Code 5.5
BPSK 7/8 Sim – Turbo Code 6.0
QPSK 1/2 Não 6.5
QPSK 2/3 Não 7.0
QPSK 3/4 Não 7.5
QPSK 4/5 Não 7.8
QPSK 5/6 Não 8.0
QPSK 7/8 Não 8.5
QPSK 1/2 Sim – Reed Solomon 4.5
QPSK 2/3 Sim – Reed Solomon 5.0
QPSK 3/4 Sim – Reed Solomon 5.5
QPSK 4/5 Sim – Reed Solomon 5.8
QPSK 5/6 Sim – Reed Solomon 6.0
QPSK 7/8 Sim – Reed Solomon 6.5
QPSK 1/2 Sim – Turbo Code 4.0
QPSK 2/3 Sim – Turbo Code 4.5
QPSK 3/4 Sim – Turbo Code 5.0
QPSK 4/5 Sim – Turbo Code 5.2
QPSK 5/6 Sim – Turbo Code 5.5
QPSK 7/8 Sim – Turbo Code 6.0
57
Valores típicos de Eb/N0 em função da modulação, do FEC, do
código concatenado, para uma BER típica de 10-7 (continuação)

Código Eb/N0Típico
Modulação FEC Concatenado
Tipo (dB)
8PSK 1/2 Não 9.0
8PSK 2/3 Não 9.5
8PSK 3/4 Não 10.0
8PSK 4/5 Não 10.3
8PSK 5/6 Não 10.5
8PSK 7/8 Não 11.0
8PSK 1/2 Sim – Reed Solomon 6.0
8PSK 2/3 Sim – Reed Solomon 6.5
8PSK 3/4 Sim – Reed Solomon 7.0
8PSK 4/5 Sim – Reed Solomon 7.2
8PSK 5/6 Sim – Reed Solomon 7.5
8PSK 7/8 Sim – Reed Solomon 8.0
8PSK 1/2 Sim – Turbo Code 5.5
8PSK 2/3 Sim – Turbo Code 6.0
8PSK 3/4 Sim – Turbo Code 6.5
8PSK 4/5 Sim – Turbo Code 6.8
8PSK 5/6 Sim – Turbo Code 7.0
8PSK 7/8 Sim – Turbo Code 7.5
16QAM 1/2 Não 10.5
16QAM 2/3 Não 11.0
16QAM 3/4 Não 11.5
16QAM 4/5 Não 11.8
16QAM 5/6 Não 12.0
16QAM 7/8 Não 12.5
16QAM 1/2 Sim – Reed Solomon 8.5
16QAM 2/3 Sim – Reed Solomon 9.0
16QAM 3/4 Sim – Reed Solomon 9.5
16QAM 4/5 Sim – Reed Solomon 9.8
16QAM 5/6 Sim – Reed Solomon 10.0
16QAM 7/8 Sim – Reed Solomon 10.5
16QAM 1/2 Sim – Turbo Code 7.0
16QAM 2/3 Sim – Turbo Code 7.5
16QAM 3/4 Sim – Turbo Code 8.0
16QAM 4/5 Sim – Turbo Code 8.2
16QAM 5/6 Sim – Turbo Code 8.5
16QAM 7/8 Sim – Turbo Code 9.0
58
Anexo 2
Valores típicos de Eb/N0 em função da modulação e do FEC, para
uma BER típica de 10-7, utilizando-se DVB-S2

Eficiência Eb/N0Típico
Modulação FEC
Espectral (dB)
QPSK 1/2 0,988858 1,1
QPSK 3/5 1,188304 1,5
QPSK 2/3 1,322253 1,9
QPSK 3/4 1,487473 2,3
QPSK 4/5 1,587196 2,7
QPSK 5/6 1,654663 3,0
QPSK 8/9 1,766451 3,7
QPSK 9/10 1,788612 3,9
8PSK 3/5 1,779991 3,0
8PSK 2/3 1,980636 3,7
8PSK 3/4 2,228124 4,4
8PSK 5/6 2,478562 5,4
8PSK 8/9 2,646012 6,5
8PSK 9/10 2,679207 6,7
16APSK 2/3 2,637201 4,8
16APSK 3/4 2,966728 5,5
16APSK 4/5 3,165623 6,0
16APSK 5/6 3,300184 6,4
16APSK 8/9 3,523143 7,4
16APSK 9/10 3,567342 7,6
32APSK 3/4 3,703295 7,0
32APSK 4/5 3,951571 7,7
32APSK 5/6 4,11954 8,1
32APSK 8/9 4,397854 9,3
32APSK 9/10 4,453027 9,6

Nota: Os valores apresentados neste Anexo 2 são os valores da Norma DVBS-2, e não levam
em conta a margem de implementação dos modems, que variam de acordo com o fabricante
dos equipamentos.

59
60
Edição revisada em Abril de 2013

SUPERINTENDENTE DE SERVIÇOS PRIVADOS


Bruno de Carvalho Ramos

GERENTE GERAL DE SATÉLITES E SERVIÇOS GLOBAIS


João Carlos Fagundes Albernaz

GERENTE DE REGULAMENTAÇÃO
Vania Maria da Silva

RESPONSÁVEIS PELA REVISÃO


Vania Maria da Silva – Anatel
Marcos Vinícius Ramos da Cruz – Anatel
Luciana Rabelo Novato Ferreira – Anatel
Antonio Paolino Iannelli – Star One
María Cristina García de Miguel – Hispamar

61
Primeira Edição: Junho de 2006

SUPERINTENDENTE DE SERVIÇOS PRIVADOS


Jarbas José Valente

GERENTE GERAL DE SATÉLITES E SERVIÇOS GLOBAIS


Sueli Matos de Araújo

GERENTE DE REGULAMENTAÇÃO
Vania Maria da Silva

RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO


Vania Maria da Silva – Anatel
Marcos Vinícius Ramos da Cruz – Anatel
Antonio Paolino Iannelli – Star One
Flávio Bartolomeu da Silva – Loral Skynet do Brasil

62
Agência Nacional de Telecomunicações
SAUS Quadra 6 – Ed. Ministro Sérgio Motta
Brasília DF – 70070-940
Tel: 61 2312-2000
Fax: 61 2312-2002
Central de Atendimento: 1331
Internet: www.anatel.gov.br

Publicação original – Junho de 2006


Revisão – Abril de 2013

63

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