TCC Klyvia
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INTRODUÇÃO
Vivenciamos atualmente, um fenômeno que consiste no crescimento
quantitativo da população mundial e, com ele, o aumento da população idosa.
Dados do Censo IBGE 2010 apontam uma população de 190.732.694 pessoas
no Brasil, na qual idosos representam 12,1% da população brasileira. Com uma
ampliação média anual em torno de 100 mil novos indivíduos, a faixa etária que
mais cresce consiste naqueles que tem mais de 60 anos (Gutierrez, Silva,
Guimarães, & Campino, 2014).
Diante desse cenário e com o aumento da expectativa de vida, que
ocorre principalmente em países desenvolvidos, há um aumento, também, na
prevalência da Doença de Alzheimer (DA), que consiste na síndrome
demencial mais comum e que acomete indivíduos principalmente nessa
população. Cerca de 50% dos casos de demência nos Estados Unidos e na
Grã-Bretanha são atribuídos à Doença de Alzheimer, estimando-se que
correspondam a um quarto dos óbitos de idosos nesses países (FERNANDES;
ANDRADE, 2017).
Demência é uma síndrome degenerativa neuronal, de natureza crônica e
progressiva, na qual há um comprometimento de funções corticais incluindo
memória, raciocínio, orientação, compreensão, cálculo, capacidade de
aprendizagem, linguagem e julgamento. A demência pode trazer modificações
na qualidade de vida e na capacidade funcional dos indivíduos que apresentam
essa doença (ALZHEIMER’S ASSOCIATION, 2018).
Comumente, a Doença de Alzheimer progride de forma lenta e pode
afetar o indivíduo de diferentes maneiras. O padrão mais comum de sintomas
começa de forma insidiosa, com a piora gradual da memória, acompanhada de
dificuldades na apreensão de novas informações e perda da habilidade de
realizar tarefas da vida diária. À medida que a doença evolui, a deterioração é
progressiva e as pessoas experimentam dificuldades cada vez mais limitantes.
Na fase avançada, além do comprometimento da memória remota, ocorre a
necessidade de supervisão para atividades básicas de manutenção da higiene
pessoal, além de alterações comportamentais como irritabilidade,
agressividade e alucinações. Na fase final da doença, o indivíduo perde a
capacidade de se comunicar, deixa de reconhecer seus familiares e amigos,
fica restrito ao leito e dependente de cuidados permanentes em horário integral
(GUIMARÃES et al., 2020).
METODOLOGIA
A metodologia empregada foi de abordagem qualitativa, de natureza
descritiva, fundamentado numa revisão bibliográfica, a partir de busca virtual
nas Bibliotecas Virtuais em Saúde, livros e teses usando combinação entre
palavras: Doença de Alzheimer, Neuropsicologia, Terapias neuropsicológicas,
Reabilitação Neuropsicológica, Cuidado e Terapia Ocupacional.
Inicialmente, foi feita uma pesquisa por abrangência procurando na
plataforma SciELO por as palavras-chave uma de cada vez. A partir do
resultado dessa pesquisa inicial, foi feita uma análise parcial que serviu para
descarte dos artigos que, de pronto, não se prestavam ao estudo. Após essa
análise repetiu-se o processo desta vez com a combinação das palavras-
chave, chegando à seleção final de 10 artigos.
RESULTADOS
A Doença de Alzheimer é enquadrada num grupo de doenças chamadas
demências, que podem ser caracterizadas como degenerativas ou primárias e
não-degenerativas ou secundárias. Enquanto as demências secundárias
podem ser resultantes das mais diversas enfermidades, tal como também
acidentes vasculares, traumatismos, tumores e infecções; as demências
primárias são de natureza cortical ou subcortical, sendo sua classificação
determinada pelo local da lesão da disfunção. A Doença de Alzheimer é uma
demência primária de natureza cortical (GORZONI; PIRES, 2006).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer deste trabalho, foi possível caracterizar a Doença de
Alzheimer e o seu diagnóstico, executado pelo profissional de neuropsicologia.
Observa-se, ao final da pesquisa, que o arsenal do profissional de
neuropsicologia atuante no Brasil para alcançar o diagnóstico da Doença de
Alzheimer ainda é relativamente limitado, existindo poucos testes adaptados à
língua portuguesa. Por fim, pontuamos a necessidade de pesquisa futura a fim
de adaptar mais ferramentas de diagnóstico à nossa população, ou
desenvolver novas ferramentas com a população brasileira em mente, para que
assim os profissionais de saúde e neuropsicologia disponham de um arsenal
maior de opções, aumentando assim a eficácia do diagnóstico clínico da
Doença de Alzheimer.
REFERÊNCIAS
ABRAZ, Associação Brasileira de Alzheimer. Demência. 2019.
Disponível:<http://abraz.org.br/web/ >. Acesso em: 20 de maio de 2019.