Plano Diretor Monte Alto
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DR. MAURÍCIO DE MATTOS PIOVEZAN, Prefeito do Município de Monte Alto, Estado de São Paulo, no uso das atribuições conferidas pelo
inciso VI, do artigo 71, da Lei Orgânica Municipal, FAÇO SABER que a Câmara Municipal, em sessão ordinária realizada no dia 03 de
Dezembro de 2007, aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte, LEI COMPLEMENTAR:
Capítulo I
DA ESTRUTURA URBANA DA CIDADE DE MONTE ALTO
Art. 1º Para os efeitos desta lei, as seguintes expressões ficam assim definidas:
I - Alinhamento. Limite entre um lote ou terreno, público ou particular, e a faixa de domínio do logradouro;
II - Área edificada ou construída. É a soma das áreas de todos os pavimentos de uma edificação.
III - Área útil. Superfície utilizável da área construída, de uma parte ou de toda uma edificação excluídas as partes correspondentes às paredes
e pilares;
IV - Coeficiente de aproveitamento. É a relação entre a área total construída da edificação ou edificações e a área do lote ou gleba;
V - Demanda habitacional prioritária. É a parcela de demanda por Habitação de Interesse Social que deverá ser atendida com prioridades pelos
programas municipais, mediante subsídios específicos, envolvendo famílias situadas em áreas de risco, favelas, cortiços e outras situadas em
condições de habitabilidade precária ou que tenham renda igual ou inferior a cinco vezes o salário mínimo ou seu sucedâneo legal;
VI - Edificação secundária. É aquela isolada da edificação principal, e pelo menos 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetro), acessória ao uso
principal não podendo constituir domicílio independente;
VII - Faixa "non aedificandi". É a área que não deve, em nenhuma hipótese, receber edificação, por ser reservada para proteção ambiental ou
instalação de infra-estrutura urbana;
VIII - Habitação de interesse social. É aquela destinada a população que vive em condições de habitabilidade precária ou aufere renda inferior
a 5 (cinco) salários mínimos ou seu sucedâneo legal;
IX - Índice de áreas verdes. É a relação entre a parte do lote ou gleba coberta por vegetação e a área total do mesmo;
X - Potencial construtivo de um lote ou gleba. É o produto da sua área pelo coeficiente de aproveitamento da zona onde estiver localizado;
XI - Taxa de ocupação. É a relação entre a área de projeção horizontal da edificação ou edificações e a área do lote ou gleba;
XII - Taxa de permeabilidade. É a relação entre a parte do lote ou gleba que permite a infiltração de água, permanecendo totalmente livre de
qualquer edificação, e a área total do mesmo;
XIII - Uso misto. É a utilização do mesmo lote ou mesma edificação por mais de uma categoria de uso;
XIV - Zonas. São porções do território do Município delimitadas por lei e caracterizadas por sua função social diferenciada;
XV - Recuo. É a distância entre o limite externo da projeção horizontal da edificação e a divisa do lote.
Capítulo II
DA DIVISÃO TERRITORIAL DOS MUNICÍPIOS EM ÁREAS INTEGRADAS
Art. 2º Para possibilitar o planejamento adequado dos componentes de desenvolvimento físico do Município de Monte Alto e facilitar a
execução de obras e serviços, seu território ficará dividido em três (03) áreas distintas e integradas entre si:
I - Área urbana;
Art. 3º A área urbana compreende os terrenos diretamente servidos pelos seguintes melhoramentos:
I - Rede de abastecimento de água potável, aprovada diretamente pela Prefeitura Municipal ou através de autorização, permissão ou
concessão.
II - Rede de esgotos sanitários, aprovada diretamente pela Prefeitura Municipal ou através de autorização, permissão ou concessão.
§ 1º São consideradas áreas urbanas o resultado do parcelamento do solo destinado a sítio de recreio.
§ 2º Incluem-se na área urbana os terrenos e parcelamentos do solo já cadastrados na Prefeitura, mesmo que não possuam na data de
promulgação desta Lei, melhoramentos constantes do "caput" deste artigo, cuja descrição é constante do anexo 1 que é parte desta lei.
Art. 4ºA área de expansão urbana compreende os terrenos não parcelados, destinado ao crescimento normal dos aglomerados urbanos,
limitados a uma distância de 500 (quinhentos) metros da área urbana.
§ 1º Excetuam-se da prescrição deste artigo limite estabelecido pela rodovia SP 323, que não poderá ser ultrapassado pela área urbana e de
expansão urbana.
§ 2º A lei poderá estabelecer autorização para parcelamento do solo além dos limites estabelecidos pelo "caput" deste artigo unicamente para
uso industrial.
Art. 6ºA delimitação da área urbana, de expansão urbana e rural será automaticamente revista sempre que ocorrer a provisão dos
melhoramentos previstos no artigo 2º, assegurada a continuidade e a contigüidade a área urbana dos novos parcelamentos.
Capítulo III
DO USO DO SOLO
SEÇÃO I
DO PERÍMETRO URBANO
Art. 7ºA zona urbana, para os fins desta lei, é a demarcada no mapa do Anexo 1., que faz parte integrante desta lei, como perímetro formado
por uma linha imaginária definida pela Lei nº 1279 de 13 de dezembro de 1985, com as alterações dadas pelas Leis nº 1282, de 14 de janeiro
de 1986 e nº 1.647, de 22 de agosto de 1991, que instituíram as medidas e confrontações do perímetro urbano da sede do Município.
Art. 8º Ficam fazendo parte integrante desta Lei a planta do perímetro urbano, planta de zoneamento, o sistema viário principal e a área de
edificação compulsória, devidamente autenticados pela Secretaria de Planejamento, Obras e Serviços de Monte Alto, a saber:
SEÇÃO II
DAS MACRO-ZONAS
Art. 9ºDA MACRO-ZONA CONSOLIDADA. Fazem parte da Macro-Zona Consolidada os bairros: Jardim Real Paraíso, Jardim Pizarro, Novo
Paraíso, Paraíso, Residencial Primavera, Jardim Califórnia, Jardim São Cristóvão, Vila Aero Clube, Jardim Paulista, Parque Cosmo, Vila São
Francisco, Jardim São Marcos, Jardim Folador, Jardim Tangará, Jardim Esperança, Jardim Bom Retiro, Jardim Santa Rita, Jardim Lagoinha,
Jardim Santana, Jardim Santana II, Conjuntos Habitacionais Bandeirantes, Centenário e vale Dos Sonhos, Residencial Laranjeiras, Jardim
Canaã, Jardim Jaqueline, Bela Vista do Mirante, Jardim Das Nações, Jardim São Dimas, Vila São Guilherme, Vila Gadine e Área Central.
Art. 10 DA MACRO-ZONA DE OCUPAÇÃO PRIORITÁRIA. Fazem parte da Macro-Zona de Ocupação Prioritária os bairros: Jardim Bela Vista,
Novo Jardim Bela Vista, Jardim Vera Cruz, Jardim Alvorada e Área Rural em continuação ao Norte do mesmo e Área Rural ao Sul do Distrito
Industrial I.
Art. 11 DA MACRO-ZONA DE OCUPAÇÃO CONTROLADA. Fazem parte da Macro-Zona de Ocupação Controlada as áreas situadas ao sul
da cidade, tendo como bairros confrontantes: 1ª - Jardim Real Paraíso, Jardim Pizarro, Paraíso, Residencial Primavera, Jardim Califórnia,
Jardim São Cristóvão, Vila Aero Clube e Jardim Paulista até os limites do córrego do Gambá. 2ª - Jardim Paulista, Parque Cosmo, Jardim
Folador, Jardim Bom Retiro, Jardim Santa Rita, Jardim Lagoinha, Residencial Laranjeiras, Jardim Canaã, Jardim Jaqueline, Conjunto
Habitacional Vale Dos Sonhos e Bela Vista do Mirante.
Art. 12 DA MACRO-ZONA DE RECUPERAÇÃO. Fazem parte da Macro-Zona de Recuperação os bairros: Vila Municipal, Vila Gadine, Vila
São Guilherme, Jardim São Dimas e Jardim Das Nações.
Art. 13DA MACRO-ZONA RURAL. Fazem parte da Macro-Zona Rural todos os terrenos remanescente do território delimitado pelo Perímetro
Urbano do Município.
SEÇÃO III
DA ZONA URBANA
Art. 15 As construções, reformas e ampliações nos terrenos localizados dentro do Município de Monte Alto ficam sujeitos às disposições de
uso, ocupação, utilização, recuos e alturas estabelecidas por esta Lei, sem prejuízo das demais normas estabelecidas na legislação vigente.
SEÇÃO IV
DA CLASSIFICAÇÃO DAS ZONAS
Art. 16 As zonas de uso receberão as seguintes classificações, representadas por siglas e com as respectivas características básicas:
I - ZR - ZONA DE USO RESIDENCIAL UNIDOMICILIAR, de baixa densidade, admitindo-se usos comerciais, serviços e institucionais
complementares ao uso residencial, excetuando-se os que possam constituir conflitos ao uso residencial. Enquadram-se nesta zona as
seguintes áreas:
a) ZR.1. Início no cruzamento da Rua Dos Lírios com rua das Acácias, seguindo por esta até a Rua Antonio Coghi, seguindo por esta até a Rua
Yolanda Pholio Branco, seguindo por esta até a Rua Alan Kardec, seguindo por esta até a Rua Maria Deamo Tarrega, seguindo por esta até a
Rua Francisco Penhalber, seguindo por esta até a Rua José Avelino de Lima Filho, seguindo por esta até a Rua Silvio Sergio do Amaral,
seguindo por esta até a Rua Vicente Coghi, seguindo por esta até a Rua Antonio Plugliesi, seguindo por esta até a rua João Faria da Silva,
seguindo por esta até a Avenida Fugita, seguindo por esta até a Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, seguindo por esta até a Avenida
Marcos Salvador, seguindo por esta até a Rua José Domingos Miranda, seguindo por esta até a rua Sertaneja, seguindo por esta até a rua
Jeremias de Paula Eduardo, seguindo por esta até a Rua Umuarama, seguindo por esta até a Rua CICA, seguindo por esta até a Rua dos
Lírios, seguindo por esta até o ponto de partida;
b) ZR.2. Início no cruzamento da Rua Arthur Esteves de Lima com Pedro Penhalber Molina, seguindo por esta até a Avenida João Ulian,
seguindo por esta até a Rua Guerino Navarro, seguindo por esta até a Rua Moisés Bahdur, seguindo por esta até a Avenida Engº Willian
Cestari, seguindo por esta até o seu final, seguindo em linha imaginária até a Rua 13, seguindo por esta até a Rua Nilton Silva, seguindo por
esta até a Rua José Oliver Filho, seguindo por esta até a Rua Arthur Esteves de Lima.
II - ZPR - ZONA DE USO PREDOMINANTE RESIDENCIAL, de média densidade, pluridomiciliar, admitindo-se usos comerciais, serviços e
outros diversificados, compatíveis com o uso residencial. Enquadram-se nesta zona as seguintes áreas:
a) ZPR.1. Início no cruzamento da Rua 21 de Abril com Rua Rui Barbosa, seguindo por esta até a Rua 23 de Maio, por esta até seu final, a
partir deste ponto contorna o bairro Jardim Paulista em toda sua extensão, segue contornando os bairros Vila Aero Clube, Jardim São
Cristóvão Jardim Califórnia e Jardim Primavera, segue pela Rua das Acácias até Rua Carlos Kiellander, por esta até Rua 21 de Abril, seguindo
por esta até o cruzamento com a Rua Rui Barbosa, que é o ponto inicial;
b) ZPR.2. Início no cruzamento da Rua Herculano Livramento com Rua Florindo Cestari, segue por esta até a Rua 07 de Setembro, por esta até
Rua São Marcos, seguindo por esta até Rua Dona Francisca, por esta até Rua John F. Kennedy, continuando pela Rua Dona Áurea até Rua
Pedro Vital, seguindo por esta até Avenida Antonio Inforçatti, por esta até Rua Antonio Bernardes da Fonseca, seguindo por esta até seu final,
contorna o Jardim Bela Vista do Mirante, conjuntos Centenário e Vale dos Sonhos, Jardim Jaqueline, Jardim Canaã, Residencial Jardim
Laranjeiras, Jardim Lagoinha, Jardim Santa Rita, Jardim Bom Retiro, Jardim Esperança, Jardim Folador, Parque Cosmo até o cruzamento das
ruas Herculano do Livramento e Florindo Cestari que é o ponto inicial;
c) ZPR.3. Início no cruzamento da Avenida Comendador Castro Ribeiro com a Rua Ananias de Carvalho, seguindo por esta até a Marginal Ítalo
Lanfredi, seguindo por esta até a Avenida Castelo Branco, seguindo pela Rodovia SP 305 até a via de acesso Fioravante José Canalli,
seguindo por esta até a Travessa Tarcisio Donegá, seguindo por esta até a Avenida Comendador Castro Ribeiro, seguindo por esta até o ponto
de partida;
d) ZPR.4. Início no cruzamento da Avenida João Ulian com a Rua Pedra Penhalber Molina, seguindo por esta até a Rua João Batista Vrechi,
segue contornando o Jardim Vera Cruz até encontrar com a Avenida Engº William Cestari, seguindo por esta até a Rua Moisés Bahdur,
seguindo por esta até encontrar a Rua Guerino Navarro, seguindo por esta até encontrar a Avenida João Ulian, seguindo por esta até o ponto
de partida;
e) ZPR.5. Compreende todo o bairro Jardim Erina;
f) ZPR.6. Início no extremo sul do Residencial Santa Júlia e segue em linha reta, rumo sudeste, no sentido do prolongamento da Rua Geraldo
Martins, até encontrar a linha imaginária do perímetro urbano, daí, segue por esta, em linha reta, até o ponto de encontro com a linha imaginária
que nasce do alinhamento da divisa de fundos dos lotes com frente para a Rua José Branco, no Jardim Bela Vista do Mirante, paralelamente a
esta via pública. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 334/2012)
III - ZC - ZONA CENTRAL COM PREDOMINÂNCIAS DE COMÉRCIO E SERVIÇOS (Centro comercial principal), de média e alta densidade,
desde que compatibilizadas com a intensidade de tráfego gerado. Enquadram-se nesta zona as quadras contidas no perímetro e as faces das
quadras que confrontam com as vias que definem o perímetro que tem início na confluência da Rua Cica com a Rua Dos Lírios, seguindo pela
Rua Nhonhô do Livramento até a Rua Rui Barbosa, seguindo por esta até a Avenida 15 de Maio, seguindo por esta até a Rua Fioravante José
Canalli, seguindo por esta até a Rua Comendador Castro Ribeiro, seguindo por esta até a Rua Ananias de Carvalho, seguindo por esta até a
Rua Bahia, seguindo por esta até a Marginal Ítalo Lanfredi, seguindo por esta até a Rua Jeremias de Paula Eduardo, seguindo por esta até a
Rua Espanha, seguindo por esta até a Rua Pedro Vital, voltando a Rua Jeremias de Paula Eduardo até a Rua 7 de Setembro, até a Rua
Florindo Cestari, seguindo até a Rua Herculano Livramento, seguindo até a Rua 21 de Abril, segeuindo até a Rua Carlos Kielander, seguindo
até a Rua das Begônias, chegando até a Rua dos Lírios e seguindo por essa até o ponto de partida.
IV - ZCC - ZONA DE CORREDOR COMERCIAL COM PREDOMINÂNCIA DE COMÉRCIOS E SERVIÇOS (Centro Comercial Secundário) de
média densidade. Enquadram-se nesta zona as faces de quadras que confrontam com as seguintes vias públicas:
a) ZCC.1. Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, no trecho compreendido entre os cruzamentos da Rua Herculano do Livramento com a Rua
dos Lírios;
b) ZCC.2. Rua Cica em toda sua extensão;
c) ZCC.3. Rua dos Lírios em toda sua extensão;
V - ZUM - ZONA DE USO MISTO, DE BAIXA A MÉDIA DENSIDADE, admitindo-se usos comerciais, serviços e institucionais. Enquadram-se
nesta zona as quadras e faces contidas nos seguintes perímetros:
a) ZUM.1. Início no cruzamento da Rua Espanha com a Rua Jeremias de Paula Eduardo, seguindo por esta até a Marginal Ítalo Lanfredi,
seguindo por esta até a rotatória da Avenida José de Paula Eduardo com a Avenida Antonio Inforçatti.
b) ZUM.2. Avenida Nelly Bahdur Cano e Rua Antonio Sudano em toda extensão, bem como suas transversais: Rua Silvio Serafim, Rua Luzia
Barsanelli, Rua Pe. Nelson Antonino, Rua Pe. Alfredo Aloisio, Rua Aurélio Pelloso, Rua Evaristo Pelloso, Rua Sílvio Govoni, Rua Vitor Maida e
Rua Anselmo Geraldini;
c) ZUM.3. Faixa ao longo das avenidas marginais à Rodovia SP 305;
d) ZUM.4. Faixa ao longo da Avenida marginal a Rodovia SP 323 até a rotatória de acesso a Indústria Cestari - Industrial e Comercial S/A.
e) ZUM.5. Tem início no cruzamento da Rua Dona Áurea com a Rua Itália seguindo por esta até o cruzamento da Avenida Raposo Tavares.
f) ZUM.6. Faixas marginais dos dois lados da rodovia SP-323, a partir da Avenida Fugita, no sentido de Monte Alto a Taquaritinga, até
encontrar, no rumo sul e no lado oeste, a linha imaginária de demarcação do perímetro urbano. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 334/2012)
VI - ZUD - ZONA DE USO DIVERSIFICADO, DE BAIXA E MÉDIA DENSIDADE, admitindo-se usos comerciais, serviços, institucionais e
industriais. Enquadram-se nesta zona:
a) ZUD.1. Distritos Industriais I, II e IV, III, V e VI, além das áreas onde estão localizadas as Industrias Cestari - Industrial S/A, Ilasa - Lanfredi,
Hutchinson fábrica I, II e IV e Diafrag.
b) ZUD.2. As áreas do lado noroeste da Avenida Fugita, desde o seu início, na altura do Km 18,2 da rodovia SP-305, até alcançar a rodovia SP-
323, seguindo por esta em linha curva, no sentido norte, contornando o dispositivo de acesso à Monte Alto e seguindo pela rodovia SP-305, até
atingir o ponto de início desta descrição. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 334/2012)
c) ZUD.3. As áreas do lado norte do Distrito Industrial V e dos lados nordeste e leste dos Distritos Industriais VI e III, abrangidas a partir do
primeiro afluente do Córrego do Tijuco, do lado noroeste, seguindo por este, à jusante, pela margem direita, dos lados norte e nordeste, até
alcançar o Córrego do Tijuco, do lado leste, e seguindo por este, rumo sul, à jusante, pela margem direita, até alcançar a rodovia SP-305, no
sentido de Monte Alto a Jaboticabal, retornando por esta até atingir o limite divisório do Distrito Industrial III. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 334/2012)
d) ZUD.4. As áreas do lado sul dos Distritos Industriais I, II e IV, abrangidas a partir do ponto de encontro dos fundos do Distrito Industrial I com
os fundos dos lotes com frente para a Rua José Branco, no Jardim Bela Vista do Mirante, daí, segue em linha reta, paralelamente ao
prolongamento dessa via pública, rumo sudeste, até alcançar a linha imaginária do perímetro urbano e, seguindo por esta, até alcançar o
Córrego do Tijuco e, seguindo por este, à montante, pela margem esquerda, até alcançar a rodovia SP-305, no sentido de Monte Alto a
Jaboticabal, retornando por esta até encontrar o limite divisório do Distrito Industrial IV. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 334/2012)
VII - ZUI - ZONA DE USO INSTITUCIONAL, DE BAIXA DENSIDADE, admitindo-se usos residenciais, comércio e serviços de apoio a atividade
de lazer e institucional. Enquadram-se nesta zona as quadras contidas no seguinte perímetro:
a) ZUI.1. Início no cruzamento da rua Luiz Cestari com a Avenida 15 de Maio, seguindo por esta até a Rua Oswaldo Cruz, seguindo por esta
até a Rua José Rodrigues de Arruda Junior, seguindo por esta até a Rua Dos Diamantes, seguindo por esta até a Rodovia SP 305, seguindo
por esta até o ponto de partida.
VIII - ZPA - ZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL PERMANENTE, DE BAIXA DENSIDADE. Enquadram-se nesta zona as áreas e edifícios de
interesse histórico, cultural e paisagístico, praças públicas, bem como as áreas protegidas não urbanizadas, contidas no perímetro urbano, e
ainda as faixas "non aedificandi" de primeira categoria ao longo das margens do Córrego Rico, do Gambá, Rio Turvo e seus afluentes.
§ 1º Ao longo das margens dos Córregos Rico, Gambá, Rio Turvo e seus afluentes, deverão ser mantidas as faixas de 30,00 m (trinta metros)
de cada lado dos leitos dos Córregos, consideradas de preservação permanente, "non aedificandi".
§ 1º Ao longo das margens dos Córregos: Rico, Gambá, Rio Turvo e seus afluentes, deverão ser respeitados as faixas marginais, de no mínimo
30 metros, para esses cursos de água, com largura inferior a 10 metros, cabendo aos empreendedores imobiliários, interessados no
parcelamento do solo para fins urbanos, a obrigação de providenciar, previamente, o reflorestamento das margens e sua preservação
permanente. (Redação dada pela Lei Complementar nº 300/2011)
§ 2º As áreas que compreendem as bacias dos Córregos do Gambá e Rico poderão ser loteadas desde que sejam destinadas para chácaras
de recreio, ou sejam, com lotes acima de 1.000 metros quadrados, Os Condomínios Villa Real, Clube Vila Real, Jardim Boa Vista, Condomínio
Primavera, Condomínio Santa Irene e Laura Pizarro estão contidos nesta zona.
§ 2º As áreas que compreendem as bacias dos Córregos do Gambá e Rico poderão ser parceladas para fins urbanos, desde que: (Redação
dada pela Lei Complementar nº 300/2011)
§ 2º As áreas que compreendem as bacias dos Córregos do Gambá e Rico, e do Rio Turvo e seus afluentes, poderão ser parceladas para fins
urbanos, desde que: (Redação dada pela Lei Complementar nº 324/2012)
I - os projetos de loteamento atendam os requisitos urbanísticos previstos na Lei federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1.979, combinados
com a Lei municipal nº 1.353, de 6 de maio de 1.987, ambas com suas modificações posteriores;
II - as chácaras ou sítios de recreio possuam lotes somente acima de 1.000 metros quadrados; e,
III - sejam feitas, às custas do loteador, projeto de sondagens de reconhecimento da natureza do terreno e do nível do lençol freático da área do
pretenso parcelamento, em atendimento às normas técnicas específicas, com apresentação prévia de laudos investigatórios geológico-
geotécnicas, assinados por profissional habilitado com registro no CREA. (Redação dada pela Lei Complementar nº 300/2011)
§ 3º A medida das faixas marginais de no mínimo 30 metros, para os cursos de água com largura inferior a 10 metros, identificados no § 1º,
deste artigo, será definida por ocasião da fixação de diretrizes pela Prefeitura Municipal, antes da elaboração do projeto de loteamento, nos
termos dos artigos 6º e 7º, da Lei federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1.979. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 300/2011)
§ 4º Para os fins do disposto no § 1º, deste artigo, os empreendedores imobiliários deverão atender às exigências da Lei municipal nº 2.672, de
19 de maio de 2.010, cabendo-lhes a obrigação de reflorestar as marginais dos cursos de água, dentro dos primeiros dois anos do prazo
máximo de execução das obras de implantação de equipamentos urbanos. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 300/2011)
Capítulo IV
DA DEFINIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DAS CATEGORIAS DE USO
SEÇÃO I
DO USO RESIDENCIAL
Art. 17 Para efeitos desta Lei, são estabelecidas as categorias de uso residencial, a seguir individualizadas e caracterizadas:
I - RES.1. Residencial Unidomiciliar - Edificações destinadas a habitação permanente, correspondendo a uma habitação por lote
II - RES.2. Pluridomicilar Horizontal - Conjunto de unidades residenciais agrupadas horizontalmente, todas com frente para a via oficial ou
particular, obedecendo as seguintes disposições:
IV - RES. 4. Unidomiciliar Misto - Unidades unifamiliares conjugadas com outro uso não residencial.
SEÇÃO II
DO USO COMERCIAL E DE SERVIÇOS
Art. 18 Para efeitos de uso e ocupação do solo, os estabelecimentos comerciais e/ou de prestação de serviços cuja instalação e
funcionamento são permitidos na sede do Município de Monte Alto, enquadram-se numa das quatro categorias a seguir definidas:
I - CS.1: COMÉRCIO E SERVIÇO DE NÍVEL I - Estabelecimentos de venda direta ao consumidor de produtos complementares ao uso
residencial, prestação de serviços e/ou cursos livres:
a) Do Comércio. Serão permitidos, desde que enquadrados no padrão no loteamento: bar/botequim, padaria/casa comercial na venda de leite e
laticínios/confeitaria, empório/mercearias, quitanda/frutaria, açougue, comércio de doces e frutas, farmácia/drogaria, bancas de jornais e
revistas, floricultura, armarinho, bazar, armazém de secos e molhados, mercado, comércio de aves e ovos (sem abate), peixaria,
papelaria/livraria, comércio de artigos para vestuário em geral, pastelaria, sorveteria, lanchonete, doceria, casa de chá;
b) Dos Serviços: escritório, consultório, estúdios de profissionais autônomos, liberais qualificados; serviços pessoais de higiene e saúde
(barbeiro, cabeleireiro, manicura, instituto de beleza; cursos livres em geral (idiomas, supletivo, pintura, artesanato, etc); escolas de dança,
ginástica, natação; aprendizagem profissional (cabeleireira, computação, etc); arte/corte e costura; auto-escola; saunas/massagens, serviços
pessoais de saúde (ambulatórios, bancos de sangue, clínicas médicas e odontológicas, clínicas veterinárias).
I.1 - CS.1 - COMÉRCIOS E SERVIÇOS DE NÍVEL I - PASSÍVEIS DE LOCALIZAÇÃO NA ZONAS RESIDENCIAIS (ZR).
a) Do Comércio: padaria/casa comercial na venda de leite e laticínios/confeitos, comércio de doces e frutas, farmácias e drogarias, banca de
jornais e revistas, floricultura, doceria, casa de chá;
b) Dos Serviços: escritório, consultório, estúdios de profissionais autônomos, liberais classificados; serviços pessoais de higiene e saúde
(barbeiro, cabeleireiro, manicura, instituto de beleza).
II - CS.2: COMÉRCIO E SERVIÇO DE NÍVEL II - Estabelecimentos de venda direta ao consumidor de produtos compatíveis com o uso
a) Do Comércio: antiquário/especiarias/importados; galerias de arte; artigos de decoração; discos; artigos esportivos e recreativos; materiais
elétricos; móveis; presentes; magazines; tecidos, vestuários; artigos para piscinas, vidros, máquinas e equipamentos de escritório; impressos
(papelaria); fios testeis; instrumentos musicais; instrumentos médicos/dentários; elétricos e eletrônicos; materiais para desenho e pintura;
preparados químicos; choperia/drinks; restaurante/churrascaria; buffet/rotisserie;
b) Dos Serviços: estúdio; laboratório e oficinas técnicas: copiadoras, fotografias, fotocópias, gravação de filmes e sons, óticas, relojoarias;
serviços de escritório e negócios: assessoria e consultoria, administração de imóveis, agências bancárias, bancos de emprego, de propaganda,
despachantes, financeiras, cartórios, tabelionatos; serviços de arrendamento, distribuição e guarda de bens móveis, aluguel de equipamentos
de som, filmes, louças, móveis, vestimentas, veículos; alojamentos/pensão/pousada/hotel.
III - CS.3: COMÉRCIO E SERVIÇO DE NÍVEL III - Estabelecimentos de venda direta ao consumidor de produtos não conflitantes com o uso
residencial, prestação de serviços e/ou cursos livres, que implicam na fixação de padrões específicos referentes às características de ocupação
dos lotes, de acessos, de localização, de tráfego, de serviços urbanos e aos níveis de ruídos, de vibrações e de poluição ambiental, tais como:
carpintaria, oficinas mecânicas e de reparos em geral:
a) Do Comércio: materiais para construção; agências de carros; produtos agropecuários e extrativos; papel e derivados; pneus e acessórios
para veículos; matérias primas (exceto explosivos e inflamáveis); posto de abastecimento e lavagem de automóveis; combustíveis e
lubrificantes; gás encanado; tintas e solventes; produtos químicos diversos; equipamentos para combate ao fogo; drive-in/auto-cine.
b) Dos Serviços: borracheiro, vidraceiro, funilaria/pintura; oficina mecânica/elétrica para automóveis; oficinas de bicicletas e motos; oficinas de
máquinas e equipamentos.
IV - CS.4: COMÉRCIO DE SERVIÇO DE NÍVEL IV - Estabelecimentos de comércio atacadista e/ou varejista de produtos conflitantes com o
uso residencial, que implicam a fixação de padrões específicos relacionados no item anterior:
Parágrafo único. Para as atividades de comércio e serviços já existentes será respeitado o direito adquirido, devendo os próximos
empreendimentos, necessariamente, apresentar o Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança, conforme prevê os artigos 42 e seguintes desta
lei.
SEÇÃO III
DO USO INDUSTRIAL
Art. 19Para fins de uso e ocupação do solo, os estabelecimentos industriais, cuja instalação e funcionamento são permitidos no Município,
enquadram-se numa das duas categorias, a seguir definidas:
I - INDÚSTRIA DE NÍVEL I - Indústrias não incômodas, que podem adequar-se aos mesmos padrões de usos não industriais, no que diz
respeito às características de ocupação dos lotes, de acessos, de localização, de tráfego, de serviços urbanos e aos níveis de ruídos, de
vibrações e de poluição ambiental.
a) Enquadram-se nesta categoria as micro-indústrias: fabricação de sabões, detergentes e velas; condimentos; refeições embaladas,
conservadas; concentrado alimentício; bebidas alcoólicas; vinagre; gelo; confecções.
II - INDÚSTRIA DE NÍVEL II - Indústrias especiais, cujo funcionamento possa causar prejuízo à saúde, à segurança, ao bem-estar público e à
integridade da flora e da fauna regionais. Indústrias poluentes:
a) Enquadram-se nesta categoria: fabricação de artigos de cimento, fibrocimento e gesso; lãs e pós metálicos; motores elétricos, forjaria;
banhos e impregnações protetoras; papel; beneficiamento de borracha natural; borracha sintética; vulcanização; recuperação de resíduos
têxteis; alvejamento e lavagem de tecidos; moagem e trituração; lixas, rebolos e abrasivos; caldeiraria; motores elétricos; veículos; óleos
vegetais; torrefação; rações; cigarros, charutos, fumo; beneficiamento de minerais; desdobro de madeiras e seu processamento; curtição de
couros e peles; químicos em geral; refinação de petróleo; abate de animais.
Parágrafo único. As indústrias de nível II somente poderão instalar-se nas zonas de uso estritamente industrial, devendo ainda usar
equipamentos, processos e dispositivos para minimizar seus efeitos prejudiciais, seguindo para tanto, as restrições maiores pré-determinadas
pela CETESB.
SEÇÃO IV
DO USO INSTITUCIONAL
Art. 20Para fins de uso e ocupação do solo, estabelecimentos institucionais cuja instalação e funcionamento são permitidos no Município,
enquadram-se numa das duas categorias a seguir definidas:
I - INST. 1: EQUIPAMENTOS INSTITUCIONAIS DE NÍVEL I - Equipamentos ou instalações compatíveis com o uso residencial, destinados à
educação, saúde, lazer, cultura, assistência médica, culto religioso e prestação de serviços à população, tais como: biblioteca, igreja, agência
de correio, ambulatório médico, etc. São eles: creches/maternal/jardim de infância/pré-escola; escola de ensino fundamental e médio;
playground/parque infantil; jardim público/praça; posto de saúde/ambulatório médico; biblioteca; quadra de esporte; templo/igreja; delegacia de
polícia; agência de correio e telégrafo; centro comunitário; pronto-socorro/hospitais; orfanatos/asilos/sanatórios; museus.
II - INST. 2: EQUIPAMENTOS INSTITUCIONAIS DE NÍVEL II - Estabelecimentos ou instalações conflitantes com o uso residencial, destinados
à educação, saúde, lazer, cultura, administrações públicas, associações, federações e organizações cívicas, políticas e religiosas, que
implicam grande concentração de pessoas ou veículos, níveis altos de ruídos em vários padrões especiais, tais como: Câmara Municipal; Posto
Policial; Corpo de Bombeiro; posto telefônico/posto de correio; empresas administrativas; empresas e repartições de órgãos dos Governos
Municipal, Estadual e Federal; Cooperativas, associações, sindicatos; organizações cívicas e políticas; federações e instituições culturais,
científicas e educacionais; clínicas de saúde.
SEÇÃO V
Art. 21Nos terrenos com frente para as vias interceptadas pela linha divisória das zonas, pode-se aplicar as regulamentações de uso previsto
para qualquer uma das zonas lindeiras.
SEÇÃO VI
Art. 22 De acordo com a zona em que se situa, o uso de um lote ou de uma edificação, será classificado como:
I - Uso conforme - em qualquer zona, o uso que adequando-se às características estabelecidas para esta zona, seja nela permitida e
incentivado;
II - Uso não conforme - em qualquer zona, o uso, ocupação ou aproveitamento dos lotes que sejam inadequados em relação às características
estabelecidas para essa zona;
Parágrafo único. O uso não conforme poderá ser tolerado a título precário, desde que sua existência regular, anteriormente à data de
publicação desta lei, seja comprovado mediante documento expedido por órgão da Prefeitura, obedecendo as seguintes disposições:
a) Não será admitida a substituição do uso não conforme que agrave a desconformidade com relação às exigências desta lei;
b) Não serão admitidas quaisquer ampliações na ocupação ou aproveitamento do solo, admitindo-se apenas as reformas essenciais à
segurança e a higiene das edificações e instalações;
c) O uso não conforme adequar-se-á aos níveis de ruídos e de poluição ambiental exigíveis para zona em que esteja localizado, bem como
obedecerá aos horários de funcionamento disciplinado pela legislação pertinente.
SEÇÃO VII
DA CLASSIFICAÇÃO DOS USOS
Art. 23 Os usos definidos nesta lei têm sua classificação descrita conforme Tabela I, que faz parte integrante desta lei.
LEGENDAS:
__________________________________________________
| RES 1 | Residencial Unidomiciliar |
|=========|========================================|
|RES 2 |Residencial Pluridomiciliar Horizontal |
|---------|----------------------------------------|
|RES 3 |Residencial Pluridomiciliar Vertical |
|---------|----------------------------------------|
|RES 4 |Unidomiciliar Misto |
|---------|----------------------------------------|
|RES 5 |Pluridomiciliar Misto |
|---------|----------------------------------------|
|CS 1 |Comércio e Serviço Nível 1 |
|---------|----------------------------------------|
|CS 2 |Comércio e Serviço Nível 2 |
|---------|----------------------------------------|
|CS 3 |Comércio e Serviço Nível 3 |
|---------|----------------------------------------|
|CS 4 |Comércio e Serviço Nível 4 |
|---------|----------------------------------------|
|IND 1 |Indústria de Nível 1 |
|---------|----------------------------------------|
|IND 2 |Indústria de Nível 2 |
|---------|----------------------------------------|
|INST 1 |Equipamento Institucional de Nível 1 |
|---------|----------------------------------------|
|INST 2 |Equipamento Institucional de Nível 2 |
|_________|________________________________________|
Capítulo V
DA OCUPAÇÃO DO SOLO
SEÇÃO I
LEGENDAS UTILIZADA
A fim de determinar as áreas dos terrenos a serem ocupados pelas áreas edificadas e a posição destas com respeito às divisas dos
Art. 24
mesmos, as construções deverão respeitar as disposições constantes deste artigo.
a) As áreas edificadas não destinadas à habitação que fique sob o nível da via pública (sub-solo);
b) As áreas de edificação que se destine à portaria, guaritas, cabines de força, gás e áreas de lazer descobertas.
Art. 25 As construções destinadas totalmente ao uso residencial ficam sujeitas a seguinte taxa de ocupação:
a) Área edificada até 70% (setenta por cento) da área total do terreno, inclusive edículas e usos acessórios.
Art. 26 As construções comerciais, em prestação de serviços e as parcialmente residenciais ficam sujeitas a uma taxa de ocupação de área
edificada até 80% (oitenta por cento) da área total do terreno.
Art. 27 As construções industriais ficam sujeitas a uma taxa de ocupação de área edificada até 70% (setenta por cento) da área total do
terreno.
Art. 28 As edificações residenciais deverão observar recuo mínimo de frente de 4,00 m. (quatro metros).
§ 1º Nos terrenos de esquina, os recuos mínimos serão de 4,00 m. (quatro metros) para a frente principal e 1,50 m. (um metro e cinqüenta
centímetros) para a frente secundária da via e ou logradouro.
§ 2º As edificações residenciais existentes até a data de promulgação desta lei, edificadas no alinhamento da via pública, poderão permanecer
e serem reformadas mantendo o alinhamento, respeitadas a demais disposições da legislação vigente.
Art. 29 As edificações comerciais deverão observar recuo mínimo de frente de 5,00 m (cinco metros).
§ 1º Nos terrenos de esquina, os recuos mínimos serão de 5,00 m. (cinco metros) para a frente principal e 1,50 m. (um metro e cinqüenta
centímetros) para a frente secundária da via e ou logradouro.
§ 2º As edificações comerciais existentes até a data de promulgação desta lei, edificadas no alinhamento da via pública, poderão permanecer e
serem reformadas mantendo o alinhamento, respeitadas a demais disposições da legislação vigente.
Art. 30 As edificações industriais deverão observar recuo mínimo de frente de 5,00 m. (cinco metros).
§ 1º Nos terrenos de esquina, os recuos mínimos serão de 5,00 m. (cinco metros) para a frente principal e 1,50 m. (um metro e cinqüenta
centímetros) para a frente secundária da via e ou logradouro.
§ 2º A divisa de fundos e umas das laterais deverão ter recuo mínimo de 1,50 m. (um metro e cinqüenta centímetros).
Art. 31 Deverá ser respeitado o recuo de qualquer outra divisa do terreno as edificações com mais de 03 (três) pavimentos, com altura (H)
superior a 10,00 m (dez metros), correspondente a um sexto da altura (H) menos dois {1/6 x (H - 2)}, observado o afastamento mínimo de 3,00
m. (três metros).
§ 1º As edificações de qualquer tipo com 03 (três) pavimentos deverão obedecer a recuo lateral mínimo de 2,00 m. (dois metros).
Art. 32 Ao longo dos cursos de água lindeiros ao terreno, toda e qualquer construção deverá respeitar recuo mínimo de 30,00 m. (trinta
metros), a partir das margens.
Art. 33 Para todas as zonas, o índice básico do coeficiente de aproveitamento é de 1,0 (um).
Parágrafo único. O índice básico referido no "caput" deste artigo poderá ser alterado, mediante licença especial, nos termos do artigo vigésimo
oitavo.
Art. 34 O coeficiente de aproveitamento previsto no artigo trigésimo terceiro poderá chegar até o índice 3,5 (três e meio).
Art. 35 O deferimento de pedido a que se refere o parágrafo único do artigo trigésimo terceiro, com a conseqüente expedição de licença
especial, dependerá do pagamento, à Prefeitura, de importância a ser apurada consoante a seguinte formula:
Art. 36 O recolhimento dos valores mencionados no artigo anterior será efetuado quando da retirada da correspondente licença de construção.
Art. 37 Quando se tratar de edificação destinadas exclusivamente à garagem para estacionamento de veículos, o coeficiente máximo de
aproveitamento do lote, será acrescido de 0,5 (zero vírgula cinco) do coeficiente fixado nesta lei.
SEÇÃO II
Art. 38 Toda edificação deverá reservar área para estacionamento de veículos, no mínimo com os critérios abaixo relacionados e quando
destinada:
III - Ao comércio e/ou prestação de serviços, além de uma para cada unidade, deverá observar 01 (uma) vaga para cada 50,00 m² (cinqüenta
metros quadrados) de área construída, exceto aquelas edificações inferiores a 30,00 m² (trinta metros quadrados) de área construída;
VI - Bancos, supermercados, hipermercados, "Shopping-Centers" e similares, 01 (uma) vaga para cada 25,00 m² (vinte e cinco metros
quadrados) de construção;
VII - À indústria, na proporção de 01 (uma) vaga para automóvel a cada 90,00 m² (noventa metros quadrados) de área construída e, 01 (uma)
vaga de tamanho mínimo de 40,00 m² (quarenta metros quadrados) destinada a carga e descarga, para cada 1.000 m² (um mil metros
quadrados) de área construída;
VIII - Estabelecimentos comerciais, tais como: supermercados, varejões, bancos, depósitos para materiais de construções, indústrias,
"Shopping-Centers" e grandes lojas deverão possuir estacionamento próprio para carga e descarga.
Art. 39Em qualquer projeto de edificação que possua estacionamento, deverá ser demonstrada graficamente a viabilidade da previsão quanto
ao acesso e movimentação de veículo, distribuição e dimensionamento das vagas e cálculo de capacidade de lotação.
Art. 40
Art. 40Junto às vias ou logradouros públicos deverão ser colocados avisos de entrada e saída de veículos, bem como sinalização luminosa
excetuando-se desta exigência, somente as residências unifamiliares e garagens com até 03 (três) vagas.
Art. 41 As edificações localizadas nas quadras lindeiras às vias públicas pedestrianizadas, independente do seu uso, são dispensadas das
exigências desta lei quanto a área para estacionamento de veículos.
Tabela II
Taxas, coeficientes, recuos, garagens
___________________________________________________________________________________
| Usos | Taxa de | Coef. De | Frente| Recuo | Fundo | Número de|
| | Ocupação | Ocupação | | Lateral | | Vagas |
|==============|============|============|=======|============|==========|==========|
|Residência | 70%| 1|4,00 m.|1,50 m. |1,50 m. | 1|
|--------------|------------|------------|-------|------------|----------|----------|
|Comércio e| 80%| 1| |1,50 m. |1,50 m. |(1) |
|Serviço | | | | | | |
|--------------|------------|------------|-------|------------|----------|----------|
|Indústria | 70%| 1|5,00 m.|1,50 m. |1,50 m. |(2) |
|--------------|------------|------------|-------|------------|----------|----------|
|Edificação c/| 70%| 3,5|4,00 m.|1/6 x (H-2)|1/6 x|1 para|
|H > 10 m.| | | |mínimo de|(H-2) |cada |
|Residencial | | | |3,00 m. |mínimo de|unidade |
| | | | | |3,00 m. | |
|--------------|------------|------------|-------|------------|----------|----------|
|Edificação c/| 80%| 3,5| |1/6 x (H-2)|1/6 x|1 por|
|H > 10 m.| | | |mínimo de|(H-2) |unidade +|
|Comércio e Uso| | | |3,00 m. |mínimo de|1 por 50|
|Misto | | | | |3,00 m. |m2 |
|--------------|------------|------------|-------|------------|----------|----------|
|Edificações | 80%| 4| |1/6 x (H-2)|1/6 x|-- |
|para garagens | | | |mínimo de|(H-2) | |
| | | | |3,00 m. |mínimo de| |
| | | | | |3,00 m. | |
|______________|____________|____________|_______|____________|__________|__________|
a) Comércio e Serviços:
- Uma vaga para cada 50 m²;
- Hotel/Motel, uma vaga para cada quarto;
- Hospitais, uma vaga para cada 04 leitos;
- Bancos, supermercados, hipermercados, Shopping Center e similares, uma vaga para cada 25 m² de construção, além de prever
estacionamento próprio para carga e descarga;
b) Indústria:
- Uma vaga de carro para cada 90 m² construídos;
- Uma vaga de 40 m² para cada 1.000 m² construídos.
SEÇÃO III
Art. 42 Os empreendimentos que causam impacto urbanístico e ambiental, adicionalmente ao cumprimento dos demais dispositivos previstos
na legislação urbanística, terão sua aprovação condicionada à elaboração e à aprovação de Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV), a
ser apreciado pelos órgãos competentes da Administração Municipal e aprovados pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano, criado
pela Lei Complementar Municipal nº 230/2006.
Art. 43O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (EIV) deverá contemplar os aspectos positivos e negativos do empreendimento sobre a
qualidade de vida da população residente ou usuária da área em questão e seu entorno de forma a promover o controle desta qualidade,
devendo incluir, no que couber, a análise e proposição de solução para as seguintes questões:
I - adensamento populacional;
V - equipamentos urbanos, incluindo consumo de água e de energia elétrica, bem como geração de resíduos sólidos, líquidos e efluentes de
drenagem de águas pluviais;
VII - sistema de circulação e transportes, incluindo, entre outros, tráfego gerado, acessibilidade, estacionamento, carga e descarga, embarque
e desembarque;
VIII - poluição ambiental e poluição urbana, incluindo as formas de poluição sonora, atmosférica e hídrica;
IX - vibração e trepidação;
Art. 44 O Poder Executivo Municipal juntamente com o Conselho Municipal de Desenvolvimento, para eliminar ou minimizar impactos
negativos a serem gerados pelo empreendimento, deverá solicitar como condição para aprovação do projeto, alterações e complementações
no mesmo, bem como a execução de melhorias na infra-estrutura urbana e de equipamentos comunitários, tais como:
II - área de terreno ou área edificada para instalação de equipamentos comunitários em percentual compatível com o necessário para o
atendimento da demanda a ser gerada pelo empreendimento;
III - ampliação e adequação do sistema viário, faixas de desaceleração, ponto de ônibus, faixa de pedestres, semaforização;
IV - proteção acústica, uso de filtros e outros procedimentos que minimizem incômodos da atividade;
V - manutenção de imóveis, fachadas ou outros elementos arquitetônicos ou naturais considerados de interesse paisagístico, histórico, artístico
ou cultural, bem como recuperação ambiental da área;
§ 1º As exigências previstas nos incisos anteriores deverão ser proporcionais ao porte e ao impacto do empreendimento.
§ 2º A aprovação do empreendimento ficará condicionada à assinatura de Termo de Compromisso pelo interessado, em que este se
compromete a arcar integralmente com as despesas decorrentes das obras e serviços necessários à minimização dos impactos decorrentes
da implantação do empreendimento e demais exigências apontadas pelo Poder Executivo Municipal, antes da finalização do empreendimento.
Art. 45 A elaboração do EIV não substitui o licenciamento ambiental requerido nos termos da legislação ambiental.
Art. 46Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que ficarão disponíveis para consulta, no órgão municipal competente, por
qualquer interessado.
§ 1º Serão fornecidas cópias do EIV, quando solicitadas pelos moradores da área afetada ou suas associações.
§ 2º O órgão público responsável pelo exame do EIV deverá realizar audiência pública, antes da decisão sobre o projeto, sempre que sugerida,
SEÇÃO IV
DAS PENALIDADES
I - Proprietários;
II - Compromissários compradores;
III - Locatários;
Art. 48Consideram-se infrações específicas a presente Lei, com aplicação de penalidade, as edificações que excedem os coeficientes
estabelecidos.
§ 1º A multa será de 04 (quatro) salários mínimos vigente para cada 20,00 m² (vinte metros quadrados) ou fração de área construída além da
máxima permitida.
§ 2º Após a aplicação de multa deverá a obra ser embargada sendo liberada após atendimento da exigência legal.
§ 3º Será igualmente penalizado o uso que não estiver de acordo com o permitido na presente Lei, na forma abaixo disposta:
I - Para 100,00 m² (cem metros quadrados) ou fração de área edificada, a multa será de 10 (dez) salários mínimos vigente.
§ 4º Após a aplicação de multa deverá o estabelecimento ser lacrado sendo liberado após o atendimento da exigência.
§ 5º Caberá defesa às penalidades previstas neste capítulo, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da respectiva ciência, observados os
procedimentos estipulados pela legislação municipal.
Capítulo VI
DO SISTEMA VIÁRIO
Art. 49 O sistema viário do Município de Monte Alto tem como referência o que está disposto no Anexo 7., com as seguintes considerações:
I - Nas áreas de expansão urbana, onde serão implantados os novos loteamentos, as vias principais deverão assumir as seguintes funções:
II - Nas marginais das Rodovias SP 305 e SP 323 será obrigatório a implantação de vias paralelas em toda a extensão urbana, com exceção
da Avenida Ítalo Lanfredi já implantada.
III - Nos trechos considerados vetores de crescimento do Município deverão ser implantados as seguintes vias estruturais:
a) A partir do Trevo da Cica, na Avenida Engenheiro Willian Cestari, no sentido Jardim Belo Vista, Jardim Vera Cruz e Bairros rurais;
b) No final da Avenida Nely Bahdur Cano, sentido povoado de Ibitirama;
c) A partir do Trevo do Distrito Industrial (entre as empresas Hutchitson - Fundição BB), implantação de via marginal que é um vetor de
crescimento industrial.
Parágrafo único. As Implantações das vias citadas nos incisos II e III deste artigo serão executadas no prazo máximo de 10 (dez) anos a contar
da publicação desta Lei Complementar, cujas diretrizes, objetivos, metas e custos das obras deverão estar incluídas no Plano Plurianual (PPA)
e nas respectivas Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sob pena de responsabilidade do administrador público.
Art. 50
Art. 50 Das vias principais. Deverão ser implantadas as seguintes vias principais:
a) Complementação da segunda pista das ruas Rui Barbosa (Jardim Paulista), Antonio Inforçatti (Conjunto Centenário) e Bela Vista (Jardim
Bela Vista);
b) Implantação do Anel Viário Jardim Jaqueline, Vila Real e Jardim Paulista;
c) Prolongamento das ruas das Palmas (Jardim Primavera) até a Rodovia SP 323 e Marcos Salvador (Jardim Novo Paraíso);
d) Prolongamento da rua Otaviano Zucarato (Conjunto Centenário).
Parágrafo único. As Implantações das vias citadas nas letras a), b), c) e d) deste artigo serão executadas no prazo máximo de 10 (dez) anos a
contar da publicação desta Lei Complementar, cujas diretrizes, objetivos, metas e custos das obras deverão estar incluídas no Plano Plurianual
(PPA) e nas respectivas Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sob pena de responsabilidade do administrador público.
Art. 51 Das vias secundárias ou coletoras. Essas vias compreendem as vias já existentes, ou que serão implantadas com os novos
loteamentos e deverão fazer a ligação direta entre o centro e os bairros e/ou entre os bairros e abrigar atividades de comércio, serviços e
pequenas indústrias, além de vias de tráfego para ônibus.
Capítulo VII
SEÇÃO I
DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIA
Art. 52 Ficam definidas como áreas passíveis de edificação compulsória, nos termos do Artigo 182, Parágrafo 4º da Constituição Federal,
aquelas contidas no perímetro definido pelo Anexo 6., que fazem parte integrante desta Lei, dotadas de água potável, esgotamento sanitário,
energia elétrica e pavimentação.
§ 1º Para o previsto no "caput" excetuam-se os imóveis que sejam o único bem imóvel de seu proprietário.
Art. 53 O parcelamento, a edificação e a utilização compulsória do solo urbano visam garantir o cumprimento da função social da cidade e da
propriedade, por meio da indução da ocupação de áreas vazias ou subutilizadas, onde o Plano Diretor considerar prioritário.
Art. 54 A utilização do parcelamento, da edificação e da utilização compulsória do solo urbano tem por objetivo:
I - otimizar a ocupação de regiões da cidade dotadas de infra-estrutura e equipamentos urbanos, inibindo a expansão urbana de Monte Alto na
direção de áreas não servidas de infra-estrutura, bem como nas áreas ambientalmente frágeis;
II - aumentar a oferta de lotes urbanizados nas regiões já consolidadas da malha urbana de Monte Alto;
IV - combater a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua sub-utilização ou não utilização.
Art. 55 O Poder Público Municipal exigirá do proprietário do imóvel urbano não edificado, sub-utilizado, utilizado inadequadamente ou não
utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena de parcelamento, edificação ou utilização compulsória, nos termos das
disposições contidas nos Artigos 5º e 6º da Lei Federal nº 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.
I - o imóvel urbano com área igual ou superior a 1.500 m² (um mil metros quadrados), com coeficiente de aproveitamento igual a zero;
II - o conjunto de imóveis urbanos contíguos de um único proprietário registrado, com coeficiente de aproveitamento igual a zero, cuja
somatória das áreas registradas seja superior a 3.000 m² (três mil metros quadrados);
I - Macrozona Consolidada;
IV - Macrozona de Recuperação;
§ 1º Fica facultado aos proprietários dos imóveis de que trata este artigo propor ao Poder Executivo o estabelecimento de Consórcio
Imobiliário, conforme disposições do Artigo 46, da Lei federal nº 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.
§ 2º Ficam excluídos da obrigação estabelecida no caput deste artigo, após comprovação técnica pelo órgão municipal competente e
aprovação pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano de Monte Alto, os imóveis:
a) estações aduaneiras;
b) terminais de logística;
c) transportadoras;
d) garagem de veículos de transporte de passageiros.
V - utilizados como estacionamento na Macrozona Consolidada, com área inferior a 750 m² (setecentos e cinqüenta metros quadrados) e
distância mínima de 100 m (cem metros) entre os imóveis destinados a este uso, medida a partir de suas divisas;
VII - com produção agrícola familiar sem o uso de agroquímicos, cujo proprietário resida no local e não possua outra propriedade na área
urbana do município.
Art. 58 Os imóveis nas condições a que se refere o Artigo 56, desta Lei serão identificados e seus proprietários notificados.
§ 1º A notificação far-se-á:
I - por funcionário do órgão competente do Poder Executivo, dirigida ao proprietário do imóvel ou, no caso de este ser pessoa jurídica, a quem
tenha poderes de gerência geral ou administrativa;
II - por edital, quando frustrada, por três vezes, a tentativa de notificação na forma prevista no inciso anterior.
§ 2º Os proprietários notificados deverão, no prazo máximo de um ano a partir do recebimento da notificação, protocolar pedido de aprovação e
execução de parcelamento ou edificação.
§ 3º Somente será admitida uma única reapresentação de pedido de aprovação de projeto para o mesmo lote.
§ 4º Os parcelamentos e edificações deverão ser iniciados e concluídos no prazo máximo de dois anos, contados da primeira aprovação do
projeto.
§ 5º As edificações enquadradas no inciso III, do Artigo 56 desta Lei deverão estar ocupadas no prazo máximo de 01 (um) ano, contado do
recebimento da notificação.
§ 6º A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior à data da notificação, transfere ao novo adquirente as obrigações do
parcelamento, edificação ou utilização prevista neste artigo, sem interrupção de quaisquer prazos.
§ 7º Somente será aprovado projeto de parcelamento de imóvel enquadrado nos incisos I ou II do Artigo 56, desta Lei, se o mesmo estiver
condicionado à aprovação de projeto de construção pelo órgão competente do Poder Público Municipal.
SEÇÃO II
DO IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO
Art. 59 Em caso de descumprimento do Artigo 52, desta Lei, deverá o Poder Público Municipal exigir do proprietário do solo urbano não
edificado, sub-utilizado, utilizado inadequadamente ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena de sobre o mesmo
ser instituído o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana Progressivo no Tempo - IPTU Progressivo, conforme previsão contida
na Lei federal nº 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.
§ 1º A alíquota a ser aplicada a cada ano sobre o valor do imóvel dobrará na incidência, não excedendo a duas vezes o correspondente ao ano
anterior, respeitada a alíquota máxima de 15% (quinze por cento).
§ 2º É vedada a concessão de isenções ou anistias relativas à tributação progressiva de que trata este artigo.
I - o cumprimento da função social da cidade e da propriedade, por meio da indução da ocupação de áreas vazias ou sub-utilizadas, onde o
Plano Diretor considerar prioritário;
II - fazer cumprir o disposto na Seção que trata do parcelamento, edificação ou utilização compulsória;
III - aumentar a oferta de lotes urbanizados nas regiões já consolidadas da malha urbana de Monte Alto;
V - inibir o processo de retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua sub-utilização ou não utilização.
Art. 61 O IPTU Progressivo no Tempo poderá ser aplicado nas seguintes macrozonas:
I - Macrozona Consolidada;
IV - Macrozona de Recuperação;
SEÇÃO III
DA DESAPROPRIAÇÃO COM TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA
Art. 62 É facultado ao Poder Público Municipal, decorridos cinco anos de cobrança do IPTU progressivo, sem que o proprietário tenha
cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização adequada, proceder a desapropriação do imóvel, com pagamento de títulos da
dívida pública, os quais deverão ter sua emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais de 6% (seis por cento) ao ano.
Art. 63 A desapropriação com títulos da dívida pública visam aplicar uma sanção ao proprietário do imóvel urbano, para garantir o cumprimento
da função social da cidade e da propriedade urbana, nos termos deste Plano Diretor.
Art. 64 O instrumento da Desapropriação com Títulos da Dívida Pública tem como objetivos:
II - fazer cumprir a função social da propriedade urbana e da cidade, a que o imóvel se destina;
IV - inibir o processo de retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização;
Art. 65 A Desapropriação com Títulos da Dívida Pública poderá ser aplicada nas seguintes macrozonas:
I - Macrozona Consolidada;
IV - Macrozona de Recuperação;
I - corresponde ao valor venal estabelecido na planta genérica de valores na data da primeira notificação, conforme previsto no Art. 58, desta
Lei.
§ 2º Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para pagamento de tributos.
§ 3º O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao
patrimônio público.
§ 4º O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público Municipal ou por meio de alienação ou concessão a
terceiros, observando-se, nestes casos, o devido procedimento licitatório.
§ 5º Ficam mantidas para o novo adquirente de imóvel as mesmas obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas no Artigo 52
desta Lei.
SEÇÃO IV
DO DIREITO DE PREEMPÇÃO
Art. 66 O Direito de Preempção confere ao Poder Público Municipal a preferência para a aquisição de imóvel urbano objeto de alienação
onerosa entre particulares, no caso deste necessitar de áreas para realização de programas e projetos municipais.
Art. 67 O Direito de Preempção será exercido nos termos das disposições contidas nos artigos 25, 26 e 27 da Lei Federal nº 10.257/2001 -
Estatuto da Cidade.
Art. 68 O Conselho de Desenvolvimento Urbano juntamente com a Secretaria de Planejamento, Obras e Infra-estrutura do Município, por meio
de lei Municipal específica, poderá delimitar as áreas em que incidirá o Direito de Preempção, definir procedimentos e fixar prazos de vigência.
Parágrafo único. A Lei Municipal descrita no caput deste artigo deverá enquadrar cada área em uma ou mais das finalidades enumeradas no
Capítulo VIII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 69 A Prefeitura reserva-se o direito de exigir quaisquer esclarecimentos relativos às características, operações, matérias primas e outros
detalhes ligados as atividades dos estabelecimentos e bem assim determinar:
I - Apresentação do projeto aprovado por órgão Estadual e/ou Federal, na forma prevista em legislação específica, bem como o RIMA -
Relatório de Impacto Ambiental da Atividade e análise do COMDEMA - Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente;
II - Medidas excepcionais de precaução que visem anular ou diminuir a periculosidade, nocividade ou incômodos, avaliado pelos órgãos
competentes;
Art. 70 Fica proibida a instalação de estabelecimentos comerciais e/ou industriais, que envolvam mecânica, inclusive fundições, e todas
aquelas que produzem ruídos, próximos a instituição de ensino, hospitais, numa distância mínima de raio de 100 m. (cem metros), medidos a
partir da divisa do imóvel.
Art. 71 A edificação de residências na frente e no fundo de um mesmo terreno deverá observar o seguinte:
I - Os terrenos correspondentes a cada edificação deverão ser nitidamente delimitados, de modo a resultar um terreno mínimo de 125,00 m²
(cento e vinte e cinco metros quadrados);
II - As residências de fundo de lote deverão ter acesso livre e independente para a via ou logradouro público, sendo este acesso "área em
condomínio" delas, e não computável para efeitos do cálculo do coeficiente de ocupação;
III - A largura do acesso a que se refere o inciso anterior deverá ter, no mínimo, 2,00 m. (dois metros);
IV - As residências de fundo de lote, em hipótese alguma, poderão ser superiores a 03 (três) unidades.
Parágrafo único. As residências a que se refere o "caput" deste artigo deverão ser unifamiliares, e no máximo, assobradadas.
Art. 72 Fica proibida a instalação de estabelecimentos comerciais que envolvam consumo de bebidas alcoólicas próximas à instituição de
ensino numa distância mínima de raio de 100 m. (cem metros), medidos a partir da divisa do imóvel.
Art. 73 Caberá ao Conselho Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico estabelecer critérios para a preservação dos elementos constitutivos
da estrutura urbana e dos imóveis considerados como patrimônio cultural do município por suas características históricas, artísticas, culturais e
paisagísticas.
Art. 74 Para os efeitos desta Lei ficam estabelecidos dois graus diferenciados de proteção para os imóveis e logradouros de preservação a
que se refere o artigo anterior, de acordo com os seguintes teores e aplicabilidade.
I - Grau de Proteção 1 (GP1), aplicável às edificações ou logradouros de alto interesse histórico, arquitetônico e ambiental, determinando que:
c.1) A preservação das edificações se aterá à conservação das fachadas, componentes arquitetônicos externos e cobertura;
c.2) As edificações poderão sofrer alterações internas desde que respeitado o disposto no item anterior.
Art. 75O enquadramento nos graus descritos no artigo anterior dos imóveis e logradouros a serem preservados, serão objetos de deliberação
do Conselho Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico.
Art. 76 Compete ao Conselho Municipal de Trânsito, ou ao órgão que venha substituir, opinar sobre projetos que envolvam assuntos de suas
atribuições.
Art. 77 Esta lei não prejudicará a destinação atual dos imóveis de uso residencial, comercial, serviços e industrial, já construídos, em
funcionamento, ou vagos.
Art. 78 Essa Lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficam revogadas as disposições em contrário.
Formalizado em livro próprio, e na mesma data, afixado nos átrios da Prefeitura e da Câmara Municipal, e, publicado no Jornal "O Imparcial",
na data da circulação do semanário, nos termos do artigo 98 "caput", e seu parágrafo 1º, da Lei Orgânica do Município.