O texto descreve a opinião de Virginia Woolf sobre "O Leitor Comum", citando Thomas Gray e Samuel Johnson. Woolf defende que o leitor comum, diferente do erudito, lê por prazer e não para transmitir conhecimento, construindo estruturas sobre o que lê. Apesar de superficial, o leitor comum tem voz ativa na distribuição de honrarias poéticas, segundo Johnson.
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O texto descreve a opinião de Virginia Woolf sobre "O Leitor Comum", citando Thomas Gray e Samuel Johnson. Woolf defende que o leitor comum, diferente do erudito, lê por prazer e não para transmitir conhecimento, construindo estruturas sobre o que lê. Apesar de superficial, o leitor comum tem voz ativa na distribuição de honrarias poéticas, segundo Johnson.
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“O Leitor Comum”
Neste trabalho, procura-se realizar o resumo do texto “O Leitor Comum”, que
faz parte do livro “O Valor do Riso”, de Virginia Woolf. Segundo Woolf, temos uma frase deixada por Thomas Gray (1716-71), citada no livro “Lives of the English Poets” (1779-1881), de Samuel Johnson (1709-84 ), que poderia ser colocada nas bibliotecas: “Folgo em concordar com o leitor comum; pois pelo bom senso dos leitores, não corrompido pelos preconceitos literários, que decorrem dos refinamentos da sutileza e do dogmatismo da erudição, deve ser finalmente decidida toda pretensão a honrarias poéticas.” (WOOLF, 2014, p.83) Woolf continua sua explicação, defendendo que “Isso define suas características; dignifica seus objetivos; aplica-se a uma atividade que consome grande parte do tempo e no entanto tende a deixar atrás de si nada de muito substancial, a sanção de aprovação do grande homem.” (WOOLF, 2014, p.83) Para Woolf, o leitor comum, conforme citado por dr. Johnson, diferencia-se do erudito e do crítico. “Não é tão instruído (...) Ele lê por prazer, não para transmitir conhecimentos ou corrigir opiniões alheias. Acima de tudo, é guiado pelo instinto de criar para si, com base em eventuais fragmentos dos quais venha a aproximar-se, algum tipo de todo – o retrato de um homem, um esboço de uma época, uma teoria sobre a arte da escrita. Nunca deixa, enquanto lê, de construir alguma estrutura frágil e desengonçada que lhe dará a satisfação provisória de ser bastante parecida com o objeto real para admitir emoções, risos, argumentação.” (WOOLF, 2014, p.83) Ainda caracterizando o leitor comum, WOOLF continua: “Apressado, superficial e inexato, ora se agarrando a tal poema, ora a tais restos de elementos antigos, sem se importar onde os encontra ou qual a natureza que tenham, desde que sirvam a seu propósito e lhe arrematem a estrutura, suas deficiências como crítico são por demais óbvias para serem assinaladas” (WOOLF, 2014, p.83) Concluindo, WOOLF afirma: “mas se ele tem voz ativa, como sustentava o dr. Johnson, na distribuição final das honrarias poéticas, então talvez valha a pena dar por escrito algumas das ideias e opiniões que, insignificantes em si mesmas, contribuem porém para um resultado assim tão considerável.” (WOOLF, 2014, p.83) Este texto de Woolf foi escrito para ser utilizado como texto de abertura da “The Common Reader” (sua coleção de ensaios, de 1925), onde foi publicado pela primeira vez.