Alteridade
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Alteridade
A Alteridade e Cidadania
“Olhe para os dedos de sua mão. Eles são diferentes. Ainda bem. Exatamente
por serem diferentes eles são harmoniosos quando vistos em conjunto. Já
imaginou se eles fossem todos iguais?
Certamente teríamos dificuldade de fazer o que fazemos de maneira tão natural.
A humanidade, pode-se dizer, é semelhante a uma mão. Somos diferentes
numa família. Somos diferentes numa região. Somos diferentes numa nação. A
diferença é inerente, portanto, à natureza humana. Que bom que assim
seja.”(Carlos Pereira).
Não há princípios de alteridade naqueles que não aceitam a dissidência de
antigos companheiro, que não aceitam a oposição deliberada, a opinião, o ponto
de vista diferente e adota-se uma postura de discriminação, trata o diferente com
a indiferença não adota a tolerância como princípio básico de mediação das
relações interpessoais. Não é um cidadão alteritário quem não consegue amar a
natureza, os seres vivos e aos outros, que repudia o seu irmão simplesmente
por ele possuir uma visão diferente de enxergar o mundo, de ver a mesma
realidade.
Alteridade é uma palavra que vem ganhando uso acentuado nos meios sociais
do século XXI, entretanto a palavra em si não serve para nada, se não for
acompanha da praticada em si mesma. De nada adianta falar em alteridade, se
tivermos em nosso interior o estado de alteridade. Esse vocábulo alteridade é
relativamente novo, tanto é que nem os dicionários o registra, mas a ação que
ele descreve nasceu com a humanidade e atualmente seu significado denomina
uma nova mentalidade holística, que deverá vigorar na civilização deste século,
certamente, irá transformar a Terra num mundo de regeneração porque se
refere à aceitação das diferenças; também significa a não-indiferença, o
aprender com os diferentes, o amar ou ser responsável pelo outro, aceitando e
respeitando as suas diferenças.
“Nunca deixo de pensar naqueles que sofrem, e junto com eles caminho
solidário”
(Oscar Neimayer).