Laudo Técnico Curtume
Laudo Técnico Curtume
Laudo Técnico Curtume
I - EMPRESA VISTORIADA.
1.1 – CURTUME IDEAL
1.2 – CNPJ: 04.333.952/0001-88
1.3 - LOTE 8, QUADRA 8, SETOR D/E – CAMPINA DE ICOARACI
II - PROFISSIONAL RESPONSÁVEL PELA VISTORIA E LAUDO.
2.1 – ENGENHEIRO ELÉTRICISTA: JOSÉ ANTÔNIO LIMA
2.2 – CREA PA:151317345-6
2.3 - E-MAIL: [email protected]
2.4 - FONE: (91) 993-657727(sapp)/ 982-181847/ 985-238048
III - REFERÊNCIAS NORMATIVAS.
3.1 - NT.31.002, DA CELPA (Fornecimento de energia elétrica em média tensão de 15 e 36,2 kV)
3.2 – NBR 5410, DA ABNT (Instalações elétricas em baixa tensão até 1000 V)
3.3 - NBR 5419, DA ABNT (Proteção contra descarga atmosférica)
3.4 - NR -10, DO MTE (Segurança pra serviço com eletricidade).
4.2- A distribuição em baixa tensão em 380/220 V para a área fabril e em 220/127 V para a
administrativa é feita através de ramais aéreos com cabos isolados para 0,6/1 kV e multiplexa nas
bitolas adequadas à carga que irá atender, saindo do amontoados de disjuntores aos QD’S de cada
área da empresa onde se distribuirá circuitos terminais para máquinas, e equipamentos. Veja figuras nº
21,22,23,24,25,26,27.
4.3- A geração própria é feito através de um grupo motor gerador à diesel de 550 KVA, com entrada
automática quando da falta de energia da CELPA. Veja figuras nº 77,78.
4.4- O sistema de ‘TI’ é composto por um NO BREAK de 1,8 KVA que distribui rede estabilizada em
220/127 V para aproximadamente trinta (30) pontos de força e dados.
V - RECOMENDAÇÕES E ADAPTAÇÕES.
* OBSERVAÇÃO: Senhores faço questão em prefaciar este item por esta preocupado com o
que ví, foram poucos pontos observados das instalações elétricas, norma-
tizados, não querendo colocar pânico, mas a área da subestação de 1000
KVA considero uma BOMBA RELÓGIO, portanto as recomendações a-
baixo são de suma importância para as providencias cabíveis, não esque-
ça de observar as figuras dos anexos, são 10 anexos.
5.1 - QGBT/QT/QF/QD
° A subestação de 1000 KVA ao tempo esta totalmente em desacordo com a NT.31.002 da CELPA,
em relação a localização, área, distancia das partes vivas, zona de risco, malha de aterramento, etc.
Sugiro contratar um profissional habilitado para fazer um projeto de uma nova subestação em outra
área a luz das normas técnicas pertinentes. Veja figuras nº 16,17,18,19,20.
° As subestações são as fontes de energia da industria, os ‘QUADROS GERAIS DE BAIXA
TENSÃO’, conhecidos como ‘QGBT’S, são considerados os corações da distribuição dos circuitos
elétricos das instalações elétricas. Isso não existe na subestação de 1000 KVA, na realidade existe
um amontoado de disjuntores, não se sabe quem é quem, numa área impropria e úmida, totalmente
fora de norma, considero essa área com grandes probabilidades de acontecimentos de acidentes,
como choque elétrico, arco elétrico, incêndio, etc. Recomendo a mesma sugestão do item anterior, no
novo projeto da subestação se projeta um ‘QGBT’ dentro das normas. Veja figuras nº 21,22,23,24.
ENGENHEIRO JOSÉ ANTÔNIO LIMA
° As calhas metálicas que servem de leito para a distribuição dos cabeamentos elétricos, que sai da
subestação de 1000 KVA, estão enferrujadas os seus suportes também o que pode cair a qualquer
momento e provocar um acidente grave. As mesmas que estão abaixo do telhado fixadas nas estruturas
dos galpões, também precisam de troca ou manutenção. Veja figuras nº 25,26,33,3437,38,39,40.
° Sugerimos colocar aterramento em todos os motores ligados nas maquinas, equipamentos, bomba
d’agua, maquina de solda, compressores, quadros e distribuição metálicos (QD’S), bebedouros
metálicos, calhas metálicas, etc. Veja figuras nº 31,49,54,55,56,57,58,59,60,61,63,64.
° Sugerimos cobrir todos os cabos que estão fora de eletroduto, calhas metálicas, fixados
diretamente na madeira, soltos (pendurados) próximo a estrutura do telhado, treliças, passando por
cima de telhado,etc. Veja figuras nº 34,37,38,39,44,50,53,69,70,71.
° Sugerimos levar aterramento para o ‘QD’ do refeitorio, aterrar as tomadas, bebedouros e colocar
disjuntor DR no circuito das tomadas, colocar DR no circuito do bebedouro da área de produção.
Veja figura nº 28.
º Sugerimos levar aterramento para todas as maquinas da área de oficina, assim como adequar
todos os cabeamentos soltos, nas paredes, treliças do telhado e abaixo das bancadas. Veja figuras nº
59,60,61,62,63,64.
º Todos os QUADROS DE COMANDO (QC) DOS FULÕES, precisam de manutenção o risco de
choque elétrico e abertura de arco é muito grande, por estarem numa área muito úmida e cercados
por suportes de ferro, instalar botoeira tipo liga/desliga/trava, para acionamento no caso de
emergência. Esse tipo de manutenção tem que ser rotineira e preventiva. Veja figuras nº 29,35.
° Os circuito que alimentam as DESCARNADEIRAS precisam ser bem dimensionados em relação
aos cabeamentos e proteção, essas maquinas por terem 2 motores de 70 HP e 2 de 30 HP, passam a ser
os pontos do sistema elétrico da indústria com maior influencia no sistema. Instalar também botoeira
liga/desliga/trava, para acionamento no caso de emergência. Veja figura nº 72
° Retirar todo e qualquer chave de comando, quadros de distribuição, quadros de comando e
disjuntores, que estão usando madeira como suporte. Veja figuras nº 44. 62.
° Instalar para raios nas buchas de saída de baixa tensão dos transformadores assim como
instalar supressores de surto nos quadros de distribuição, principalmente no escritório.
° Revisar as instalações (fiação) soltas em cima do escritório da segurança do trabalho, assim como
corrigir a ligação do ar condicionado (colocar proteção no cabeamento) pois esta dando choque na
parede. Veja figuras nº 73,74
5.2 - SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGA ATMOSFERICA(SPDA)
ENGENHEIRO JOSÉ ANTÔNIO LIMA
° Sugerimos colocar pelo menos mais três (03) para raios, tipo Franklim em poste, distribuídos nas
áreas do escritório, caldeira, oficina e produção.
5.3 - MALHA DE ATERRAMENTO
° Sugerimos adequar as malhas de aterramento das subestações, quadros de distribuição e a resistência
de aterramento não deve ser maior que 5 ohm.
5.4– SISTEMA DE ‘TI’
° Instalar um quadro de distribuição (QD) exclusivo para o NO BREAK de 1,8 KVA, que passará a
ser um quadro estabilizado e isolado da rede de energia suja e atender os pontos necessários no
escritório. Da mesma forma esse sistema ‘no break’ e ‘quadro de distribuição estabilizado’ precisa
de uma malha de aterramento exclusivo, tipo TNS, com resistência ôhmica menor que 5 ohm.
VI – OBSERVAÇÃO GERAL
- Sugiro instalar instalar um analisador de energia, no sistema de distribuição de baixa tensão,
pelo menos por 72 horas, para verificarmos o nível de Fator de potencia (FP), Harmônicas, variação de
tensão, etc, só assim vamos descobrir as causas de queima sucessivas do elo fusível da fase B na
entrada das subestações, não tem como responsabilizar a CELPA se não tivermos um diagnostico de
funcionamento do sistema elétrico interno da indústria, mesmo porque a área onde deveria ter
um’QGBT’ esta precária e perigosa. Veja figuras nº 17,18,19,20,21,22,23,24.
- Sugiro fazer medição da resistência ohmica das malhas de aterramentos existentes, através
de terrometro, o valor de referencia é 5 ohm.
- ART DO LAUDO TÉCNICO PA 2019 0370460
CONCLUSÃO
º É comum que toda indústria de grande porte possua politica de manutenção preventiva e corretiva,
porém dependendo da periodicidade alguns pontos das instalações elétricas são mais exigidos e aqui na
nossa região a questão do choque térmico ( Temperatura média x chuvas dirias ) e umidade, agride
com maior potencial matérias e equipamentos, portanto algumas sugestões que estou dando tem caráter
de ‘URGÊNCIA’, que deverão ser implementadas de imediato, ao preço de trazer prejuízo à empresa e
não posso também esquecer o lado da segurança das instalações elétricas para usuários e profissionais
que trabalham diretamente próximo aos pontos energizados ou fazem manutenções conforme
prescreve as normas técnicas ou regulamentadora.
ENGENHEIRO JOSÉ ANTÔNIO LIMA
INTRODUÇÃO