Metodologia e Conteúdos Básicos de História
Metodologia e Conteúdos Básicos de História
Metodologia e Conteúdos Básicos de História
Conteúdos Básicos de
História
Prof.ª Tania Cordova
2010
Copyright © UNIASSELVI 2010
Elaboração:
Prof.ª Tania Cordova
109
C796mCordova, Tânia.
Metodologia e Conteúdos Básicos de História/ Tânia
Cordova. Centro Universitário Leonardo da Vinci –
Indaial:Grupo UNIASSELVI,2010.x ; 183. p.: il
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7830-302-0
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – A HISTÓRIA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO ........... 1
VII
6 MEMÓRIA .......................................................................................................................................... 51
7 IDENTIDADE .................................................................................................................................... 51
RESUMO DO TÓPICO 4 .................................................................................................................... 52
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 53
VIII
3 A HISTÓRIA E O LIVRO DIDÁTICO ......................................................................................... 110
RESUMO DO TÓPICO 4 ................................................................................................................... 114
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................. 115
IX
X
UNIDADE 1
A HISTÓRIA E A PRODUÇÃO DO
CONHECIMENTO HISTÓRICO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No final de cada um deles, você
encontrará atividades que o(a) ajudarão a refletir e fixar os conhecimentos
abordados.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
O QUE É HISTÓRIA?
1 INTRODUÇÃO
É importante que as crianças, durante os anos escolares (Educação Infantil
e Ensino Fundamental), acessem as informações necessárias para a construção de
conhecimento sobre a história da cultura humana. Nesse processo, o professor
deve conduzir o desenvolvimento de um conhecimento que considere e reconheça
o valor de cada expressão de cultura humana particular e das inter-relações entre
as diferentes culturas.
2 OBJETIVOS DA HISTÓRIA
Você provavelmente já estudou, pesquisou ou ouviu falar da História,
dessa ciência, em algum momento de sua vida. Entretanto, você sabe o que é
História? Qual sua importância? Tente escrever algo a respeito dessas reflexões.
Sua experiência é importantíssima. Responda tentando se lembrar das coisas que
você sabe, viu e aprendeu. Antes que você dê sua resposta, vamos alinhar um
conceito de História que lhe auxiliará em suas reflexões.
E
IMPORTANT
4
TÓPICO 1 | O QUE É HISTÓRIA?
memorize, assimile o que foi escolhido para ser estudado e o professor deve
ensinar o que deve ser ensinado. Na ciência denominada História, essa concepção
foi aceita e difundida pelos grupos interessados em deixar a sociedade sempre
voltada a privilegiar os mais poderosos economicamente, militarmente e aqueles
que se mantêm no poder de forma autoritária.
5
UNIDADE 1 | A HISTÓRIA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
Mas, existe alguma outra maneira de ver as coisas? Existiria outra teoria,
que implicasse outra cosmovisão, outra maneira de ser, entender e explicar o
mundo? Pensamos que sim, apesar de ser pouco divulgada, pois ela é muito
perigosa, principalmente em nossa sociedade.
Que nomes a gente poderia dar a essa teoria? Um dos melhores nomes é o
de teoria da história e vamos ver por quê. Quando se fala em história, a primeira
coisa que vem à mente da gente é algo que passa, de algo transitório. História é
o que tem a ver com antes, durante ou depois. Mas qual é o pressuposto desta
teoria? O pressuposto é que tudo que é criado é histórico. O que é criado não
é eterno, apareceu e vai desaparecer, por isso mesmo é precário, transitório,
isto é, histórico [...]. Outro nome muito bom para essa teoria é o de teoria
crítica. Crítica vem do grego kritein, que significa julgar. Pois bem, possui uma
visão crítica aquela pessoa que, de antemão, antes mesmo de ver, ouvir ou
ler qualquer coisa, tem essa convicção íntima e profunda de que tudo o que é
histórico possui ao menos dois lados; que nada é absoluto, total; que é preciso
ver os dois lados da coisa. Essa teoria tem também mais alguns nomes. Um deles
é teoria utópica, utópico ou acrônico, é algo que não existiu ainda no tempo,
mas poderia existir. A realidade, portanto, não se restringe ao aqui e agora,
mas também a tudo o que existirá. [...] As pessoas de mentalidade histórico-
crítica são pessoas que incorporam na definição de realidade o futuro e a
esperança. A mudança faz parte da própria teoria. Para essa teoria, a mudança
é sempre possível, na medida em que a coisa se completa. Sendo que as coisas
não estão nunca prontas e acabadas, elas vão mudando na medida em que vão
se aperfeiçoando, em que vão superando a contradição interna que existe em
todas as coisas, pelo fato mesmo de não serem totais e acabadas. Agora você
mesmo pode responder a uma pergunta bem simples: a quem interessa uma
teoria histórico-crítica? É evidente que interessa a toda pessoa que deseja ver
a coisa global, a toda pessoa que não está contente com o que está aí apenas, a
toda pessoa que deseja algo diferente, de melhor. Nós, que lutamos por algo
melhor, só poderíamos nos guiar com uma teoria que incorpore a mudança e
a esperança de algo diferente. Quem deseja um mundo novo, encontra, nesta
cosmovisão, elementos necessários para um trabalho e uma luta de renovação
e transformação. Dentro do presente, já estão em gestão as sementes de uma
nova sociedade.
FONTE: Guareschi (1990, p. 23-25).
7
UNIDADE 1 | A HISTÓRIA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
DICAS
Este filme foi premiado com o Urso de Prata para melhor diretor no
Festival de Berlim em 1990; indicado para o Globo de Ouro de melhor
filme estrangeiro; indicado para o Oscar de melhor filme estrangeiro.
Neste filme alemão, uma mulher tenta pesquisar o passado de sua
cidade quanto a possíveis envolvimentos com o Nazismo de outrora.
Ela enfrenta uma forte oposição de um povo que errou no passado
e procurava esconder a todo custo seu passado. Uma demonstração
de que errar é ruim, mas esconder os erros como nunca tivessem
acontecido pode ser muito pior.
8
TÓPICO 1 | O QUE É HISTÓRIA?
TUROS
ESTUDOS FU
9
UNIDADE 1 | A HISTÓRIA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
A história se coloca hoje em dia cada vez mais próxima às outras áreas do
conhecimento que estudam o homem (a sociologia, a antropologia, a economia, a
geografia, a psicologia, a demografia, etc.), procurando explicar a dimensão que o
homem tem em sociedade. Cada uma dessas áreas tem seu enfoque específico. Uma
visão mais ampla e mais completa, entretanto, exige a cooperação entre as diversas
áreas. Isso tem sido tentado pelos estudiosos com maior ou menor êxito, no chamado
trabalho interdisciplinar, pois inclui diferentes disciplinas. A história é, hoje, entre as
ciências humanas, uma ciência bastante fecunda, sobretudo devido a isso.
Economia
Geografia
Antropologia
10
TÓPICO 1 | O QUE É HISTÓRIA?
Sociologia
Arqueologia
11
UNIDADE 1 | A HISTÓRIA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
E
IMPORTANT
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TÓPICO 1 | O QUE É HISTÓRIA?
13
UNIDADE 1 | A HISTÓRIA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
LEITURA COMPLEMENTAR
14
TÓPICO 1 | O QUE É HISTÓRIA?
15
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
16
AUTOATIVIDADE
17
18
UNIDADE 1
TÓPICO 2
CAMINHOS DA HISTÓRIA
1 INTRODUÇÃO
A História, como as outras formas de conhecimento da realidade, está
sempre se constituindo: o conhecimento que ela produz nunca é perfeito ou
acabado. Se o conhecimento é inacabado, não está pronto. Por sua vez, o próprio
ser humano, que depende dele para sua construção enquanto ser, também é
inacabado, incompleto. Precisamos buscar o conhecimento para a construção
humana. Para Freire (1999, p. 58-59) seria o mesmo que dizer:
Gosto de ser homem, de ser gente, porque sei que minha passagem pelo
mundo não é premeditada, preestabelecida. Que o meu destino não é
um dado, mas algo que precisa ser feito e de cuja responsabilidade
não posso me eximir. Gosto de ser gente porque a história em que
me faço com os outros e de cuja feitura tomo parte é um tempo de
possibilidades e não de determinismo.
2 A PRÉ-HISTÓRIA
O período que vai do aparecimento dos seres humanos ao surgimento
dos primeiros códigos sistematizados de escrita (mais ou menos 4.000 a.C), está
dividido em dois períodos: o Paleolítico e o Neolítico.
19
UNIDADE 1 | A HISTÓRIA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
E
IMPORTANT
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TÓPICO 2 | CAMINHOS DA HISTÓRIA
21
UNIDADE 1 | A HISTÓRIA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
DICAS
Caro(a) acadêmico(a), se possível, assista aos filmes sugeridos, eles o(a) auxiliarão
na percepção e na ressignificação de elementos culturais desses períodos da Pré-História.
22
TÓPICO 2 | CAMINHOS DA HISTÓRIA
23
UNIDADE 1 | A HISTÓRIA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
O homem da região de Lagoa Santa (MG) viveu há pelo menos 12.000 mil
anos atrás. Os primeiros fósseis foram encontrados por Peter Lund, em 1838, na
Lapa Vermelha (Lagoa Santa). Eram seminômades e seus principais hábitos eram
a prática da caça, pesca e coleta de vegetais.
DICAS
Na Grécia, por volta do primeiro milênio antes da era cristã, o mito começa a
ter uma conotação diferente: vamos encontrá-lo na poesia, por exemplo, na Ilíada,
poema épico atribuído a Homero. A explicação mítica não vai, evidentemente,
desaparecer, continuando até hoje em quase todas as manifestações culturais.
Ao recontar essas explicações em certo momento, os seres humanos passam a
refletir sobre elas. É especialmente um estudioso dos mitos, Hecateu de Mileto,
que analisa os mitos e lendas do mundo grego e resolve escrever aquilo que ele
considera verdadeiro nessas narrações. A História, como forma de explicações,
nasce unida à Filosofia e desde o início elas são bastante ligadas. Heródoto, de
acordo com Hecateu, propõe-se a fazer investigações, a procurar a verdade.
Assim, Heródoto é considerado o pai da História, sendo o primeiro a empregar
a palavra no sentido de investigação, pesquisa. Ele e os primeiros historiadores
gregos vão fazer indagações entre seus contemporâneos, aproveitando para
escrever a história, bem como, as tradições orais e os registros escritos.
25
UNIDADE 1 | A HISTÓRIA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
DICAS
O NOME DA ROSA (1986 – 130 min.), dirigido por Jean Jacques Annaud.
Estranhas mortes começam a ocorrer num mosteiro beneditino localizado
na Itália durante a baixa Idade Média, onde as vítimas aparecem sempre
com os dedos e a língua roxos. O mosteiro guarda uma imensa biblioteca,
onde poucos monges têm acesso às publicações sacras e profanas.
A chegada de um monge franciscano (Sean Conery), incumbido de
investigar os casos, irá mostrar o verdadeiro motivo dos crimes, resultando
na instalação do tribunal da Santa Inquisição. No filme, o monge franciscano
representa o intelectual renascentista, que, com uma postura humanista e racional, consegue
desvendar a verdade por trás dos crimes cometidos no mosteiro.
FONTE: Disponível em: <http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=93>.
Acesso em: 8 maio 2010.
26
TÓPICO 2 | CAMINHOS DA HISTÓRIA
27
UNIDADE 1 | A HISTÓRIA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
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TÓPICO 2 | CAMINHOS DA HISTÓRIA
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UNIDADE 1 | A HISTÓRIA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
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TÓPICO 2 | CAMINHOS DA HISTÓRIA
UNI
31
UNIDADE 1 | A HISTÓRIA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
Não se pensa mais a história dos seres humanos como algo absoluto,
objetivo, que está tudo pronto e basta buscar o assunto para compor a história, a
partir do que determinado objeto ficou representado; o historiador, por sua vez,
elabora sua própria representação, a história se faz com documentos e fontes,
imaginação e ideias.
32
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
● A História Cultural considera tudo aquilo que o homem produz como fonte
para a escrita da história.
33
● Não se pensa mais a História como algo inerte, sem vida, pelo contrário, as
novas tendências historiográficas vêm apontando para uma história dinâmica.
34
AUTOATIVIDADE
35
36
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Cultura é um termo que designa práticas e ações sociais que seguem padrões
determinados no espaço e no tempo. Diz respeito a crenças, comportamentos,
valores, leis, linguagem, instituições, regras morais que permeiam e caracterizam
uma determinada sociedade. Em linhas gerais, o termo cultura designa a
identidade própria de um grupo humano em um determinado território e num
determinado período.
37
UNIDADE 1 | A HISTÓRIA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
E
IMPORTANT
38
TÓPICO 3 | REFLEXÕES SOBRE HISTÓRIA E CULTURA
A família é o primeiro grupo social que o sujeito faz parte. Isso torna a
família uma temática importante na disciplina de História. Assim, vamos conhecer
alguns tipos de famílias em momentos históricos diferentes.
40
TÓPICO 3 | REFLEXÕES SOBRE HISTÓRIA E CULTURA
41
UNIDADE 1 | A HISTÓRIA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
42
TÓPICO 3 | REFLEXÕES SOBRE HISTÓRIA E CULTURA
DICAS
43
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:
● Cultura é um termo que designa práticas e ações sociais que seguem padrões
determinados no espaço e no tempo.
44
AUTOATIVIDADE
45
46
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Ao ensinar história, muitas vezes nos deparamos com algumas categorias
básicas. Categorias como civilização, sociedade, poder, economia, tempo, relações
sociais, relações de produção, cotidiano, imaginário, memória e identidade, que
estão presentes nos textos, nos materiais didáticos.
2 TEMPO
O tempo é uma medida de movimento e as formas de mensurá-lo
se modificam de acordo com os referenciais adotados. Estudar as categorias
temporais e aplicá-las no contexto da sala de aula é de suma importância para o
indivíduo, uma vez que o ajuda a entender a trajetória da sociedade, assim, como,
a sua própria. No entanto, o tempo estudado pela história é um tempo específico
e, para compreendê-lo, vamos, caro(a) acadêmico(a), ler o texto a seguir:
47
UNIDADE 1 | A HISTÓRIA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
48
TÓPICO 4 | CATEGORIAS BÁSICAS NO ESTUDO DE HISTÓRIA
3 RELAÇÕES DE PRODUÇÃO
Relações de Produção é um conceito elaborado por Karl Marx, no século
XIX, e que recebeu muitas definições e utilizações posteriores. Resumidamente,
as relações de produção são as formas como os seres humanos desenvolvem
suas relações de trabalho e distribuição no processo de produção e reprodução
da vida material.
4 COTIDIANO
É comum o cotidiano ser entendido como o dia a dia, como algo que
envolve monotonia e repetição. Entretanto, cotidiano é mais do que o dia a dia e,
além disso, ele pode ser o lugar da mudança (SILVA; SILVA, 2010).
49
UNIDADE 1 | A HISTÓRIA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO
5 IMAGINÁRIO
Imaginário é uma palavra que desde as últimas décadas do século XX
invadiu a produção da História no mundo ocidental. Intrinsecamente, envolvido
com a chamada Nova História francesa e com a produção de uma História
das Mentalidades, seu estudo, no entanto, ultrapassa as fronteiras da História,
atingindo a Antropologia e a Filosofia.
6 MEMÓRIA
A memória é a presença do passado. É uma construção psíquica e intelectual,
que implica numa representação seletiva do passado, que nunca é somente aquela
do indivíduo, mas a de um indivíduo inserido num contexto familiar, social,
nacional. Nesse sentido, podemos dizer que a memória também é coletiva, pois
“seu atributo mais imediato é garantir a continuidade do tempo e permitir resistir
à alteridade, ‘ao que muda’, as rupturas que são o destino de toda a vida humana;
em suma, ela constitui – eis uma banalidade – um elemento essencial da identidade
da percepção de si e dos outros” (ROUSSO, 1998, p. 94-95).
7 IDENTIDADE
O conceito de identidade vem levantando muitas questões nas ciências
humanas, gerando vários conceitos, como: identidade nacional, identidade étnica,
identidade histórica, identidade social, cada uma com seus significados e métodos
de análise próprios. O conceito de identidade vem sendo trabalhado pela disciplina
de História dentro dos novos interesses gerados pela interdisciplinaridade.
51
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você viu que:
● O cotidiano é mais do que o dia a dia e deve ser entendido como o lugar da
mudança.
52
AUTOATIVIDADE
53
54
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos e em cada um deles você encon-
trará atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
55
56
UNIDADE 2
TÓPICO 1
O ENSINO DE HISTÓRIA
1 INTRODUÇÃO
A História é parte integrante do currículo da Educação Básica. O
conhecimento produzido pela história possibilita a formação de um sujeito capaz
de se reconhecer como parte integrante da sociedade em que está inserido.
2 TENDÊNCIAS HISTÓRICAS
A História como disciplina escolar nem sempre se manteve fiel à
estrutura de organização como a conhecemos hoje. Na verdade, o próprio
estatuto da História enquanto campo do conhecimento mudou com o tempo,
conforme suas relações com o debate científico de uma forma geral e com
as ciências humanas em particular. Somente a partir do século XVIII é que a
História ganhou contornos mais precisos, como saber objetivamente elaborado
e teoricamente fundamentado (FONSECA, 2003).
58
TÓPICO 1 | O ENSINO DE HISTÓRIA
59
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
DICAS
FIGURA 5 – TIRADENTES
61
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
5 ESTUDOS SOCIAIS
Nos anos 30 do século passado, começaram a surgir as propostas de
Estudos Sociais em substituição à História, à Geografia e ao Civismo para as
escolas primárias.
DICAS
Caro(a) acadêmico(a), fica a dica para você entender um pouco mais a Lei
mencionada anteriormente.
BRASIL. Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e
2º graus, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/
L5692.htm>. Acesso em: 20 maio 2010.
62
TÓPICO 1 | O ENSINO DE HISTÓRIA
DICAS
63
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
ATENCAO
64
TÓPICO 1 | O ENSINO DE HISTÓRIA
7 FORMAR O CIDADÃO
Atualmente, os discursos em âmbito educacional tendem a evidenciar
a formação de sujeitos capazes de lidar com a complexidade da vida social e
dos problemas que se apresentam no tempo presente. A natureza complexa da
sociedade atual exige que se leve em conta, na análise e solução, um maior número
de pontos de vistas, o que pressupõe a formação de visões mais globalizadoras e
estruturas mentais de raciocínio mais flexíveis.
65
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
LEITURA COMPLEMENTAR
OS SUPERBRASILEIROS
Renilson Rosa Ribeiro
O que isso tem a ver com o ensino de História no Brasil? Muito. Ele
também traz em suas narrativas a presença de heróis e líderes que se destacaram
em determinadas situações ou eventos. Por muito tempo, as lições de História do
Brasil se notabilizaram pelo relato de datas e feitos de grandes, geralmente homens
de Estado ou políticos, responsáveis pela construção ou defesa da narração em
diferentes contextos. No livro Por que estudar História?, voltado para alunos do
Ensino Médio, o historiador Caio César Boschi afirma que essa concepção de
História esteve em voga no século XIX, consagrada pelo escritor escocês Thomas
Carlyle (1795-1881). Na obra Os heróis: o culto dos heróis e o heroico na História,
escrita em 1841, Carlyle defendia que a História da humanidade era fruto dos
grandes homens. Eles seriam os símbolos de todas as lutas e conquistas. Em
muitas dessas narrativas, a exagerada glorificação dos personagens era envolvida
por um discurso ficcional e místico-religioso.
Em seu famoso livro História do Brasil (Curso superior), Rocha Pombo (1875-
1933), professor do Colégio Pedro II e da Escola Normal, destacou nos anos 1920 a
figura dos bandeirantes paulistas, representados por Raposo Tavares, Domingos
Jorge Velho e Anhangüera.
66
TÓPICO 1 | O ENSINO DE HISTÓRIA
Escrevendo nos anos de 1940 sua História do Brasil para a primeira série ginasial,
livro amplamente adotado até o período militar pós-1964, Joaquim Silva, professor
dos colégios Andrews e São Luiz, na cidade de São Paulo, também ajudou a exaltar
os heróis nacionais. Embora crítico da colonização portuguesa, acusando-a de
responsável pelo atraso do país, Silva não poupava elogios aos jesuítas. Os padres
José Anchieta e Antônio Vieira são celebrados como responsáveis pela manutenção
da unidade da Colônia por meio da evangelização: salvavam os índios bárbaros
pela catequese e os colonos pela vigilância da moral e dos bons costumes cristãos.
Os perigos e privações enfrentados pelos virtuosos jesuítas no sertão em busca do
indígena completam o relato épico produzido pelo autor.
67
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
O próprio Tiradentes não perdeu seu lugar no Olimpo. Mas nos anos de
1980 ele mudou de cara. Afinal, não fazia mais sentido lembrar a imagem do
militar instituída pelos livros didáticos produzidos pós-golpe de 1964. O alferes se
torna um herói popular, símbolo da abertura e da redemocratização, traduzindo
a esperança de um novo tempo para o povo. Em História & Vida, o lado heroico
de Tiradentes é contraposto à figura patética do rei D. João VI, retratado como
um homem medroso e despreparado, e a um oportunista D. Pedro I, visto como
herdeiro de uma Coroa responsável pela exploração do Brasil – ou seja: a tradição
de crítica ao passado colonial leva os Piletti a diminuir a imagem do agente do
grito de independência do Brasil.
De uns tempos para cá, os heróis brasileiros estão todos em xeque. Não os
personagens em si, mas a forma como são rememorados. As produções didáticas
recentes, inspiradas nas propostas dos Parâmetros Curriculares (PCN/MEC,
1997) e na literatura acadêmica contemporânea, procuraram trabalhar com os
alunos a ideia de como os heróis e mitos são historicamente construídos. Bom
exemplo é a coleção História Temática (2007), volume “Diversidade Cultural e
Conflitos”, escrito pelos professores Andréa Montellato, Conceição Cabrini e
Roberto Catteli Junior. Os autores enfatizam as relações entre a criação de mitos
e a memória coletiva, destacando os usos políticos e ideológicos das figuras
heroicas nos diferentes contextos históricos. O caso de Tiradentes, por exemplo,
ganha uma nova roupagem. O livro analisa sua imagem a partir do contexto da
Inconfidência Mineira, mas também como uma invenção do panteão nacional
da nascente República. Sobre Zumbi dos Palmares, os professores tiveram a
preocupação de demonstrar como sua história foi apropriada pelo movimento
negro como símbolo da luta contra o racismo. Embora relativizando o papel
desses personagens, os autores da coleção História Temática reconhecem a força
das figuras heroicas para o país, presentes em nosso cotidiano ao nomear ruas,
praças, bairros e monumentos. Parece ser impossível narrar a História do Brasil
sem eles.
Mesmo sabendo que o Brasil não existiria sem seus heróis, a reflexão sobre
a forma como são construídos os mitos e símbolos nacionais nos ajuda a repensar o
papel dos indivíduos na História. As tramas históricas não podem ser entendidas
como dependentes do destino de poucos, de façanhas ou vontades individuais,
em que quase não se destaca a dimensão coletiva das lutas por mudanças ou a
resistência exercida por grupos em defesa de seus direitos.
68
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você viu que:
69
AUTOATIVIDADE
70
UNIDADE 2 TÓPICO 2
A INVENÇÃO DO BRASIL
1 INTRODUÇÃO
Na primeira unidade deste caderno, buscamos perceber o homem como
sujeito histórico, no sentido de percebê-lo enquanto agente que modifica a
sociedade e, em consequência, também é modificado por ela. Refletimos também
que a alteração na maneira de escrever a história vem dando visibilidade a sujeitos
e grupos sociais que, por um longo período, ficaram à margem da historiografia,
sujeitos que foram apagados, excluídos do processo de construção histórica e,
consequentemente, excluídos do ensino de História.
71
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
DICAS
Você deve estar se perguntando: o que esse conteúdo tem a ver com o ensino
de História na Educação Infantil e nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental?
Partindo desse processo, podemos pensar que a constituição étnica brasileira é
formada por diversas nacionalidades. No final do século XIX, essa composição,
72
TÓPICO 2 | A INVENÇÃO DO BRASIL
UNI
73
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
UNI
NOTA
75
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
76
TÓPICO 2 | A INVENÇÃO DO BRASIL
De acordo com Boulos Júnior (2004), três blocos conceituais devem ser
levados em conta para abordar a temática indígena em sala de aula: as diferenças
entre as sociedades indígenas; mudanças e permanências; dominação e resistência.
Art. 1º O art. 26-A da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio,
públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-
brasileira e indígena.
§ 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos
aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população
brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história
da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a
cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade
nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e
política, pertinentes à história do Brasil.
§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos
indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar,
em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.”
(NR)
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
FONTE: BRASIL. Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, modificada pela Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece
as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino
a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/lei/L11645.htm>. Acesso em: 20
maio 2010.
DICAS
78
TÓPICO 2 | A INVENÇÃO DO BRASIL
Até que ponto a imagem retratada do negro nos livros didáticos, de forma
mascarada, contribuiu para a formação de uma cultura que discrimina e exclui?
Esse questionamento está presente nas discussões que envolvem a produção do
livro didático no Brasil e vem colocando esse importante veículo de difusão de
saberes e conhecimentos como um dos agentes responsáveis pelo processo que
retirou os africanos e afro-brasileiros da construção da história do Brasil.
79
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
[...]
[...]
FONTE: BRASIL. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo
oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá
outras providências.Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.639.
htm>. Acesso em: 22 abr. 2010.
80
TÓPICO 2 | A INVENÇÃO DO BRASIL
81
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu que:
● Três blocos conceituais devem ser levados em conta para abordar a temática
indígena em sala de aula: as diferenças entre as sociedades indígenas; mudanças
e permanências; dominação e resistência.
● Em 2008, o Governo Federal aprovou a Lei nº 11.645 que altera a Lei nº 9.394,
de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de
2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no
currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e
Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
82
AUTOATIVIDADE
5 Até que ponto a imagem retratada do negro nos livros didáticos, de forma
mascarada, contribuiu para a formação de uma cultura que discrimina e exclui?
Reflita sobre isso.
83
84
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, as transformações ocorridas na sociedade,
especialmente no cotidiano escolar, aliadas às mudanças na escrita da História
e à introdução de novas concepções do ensino-aprendizagem, conferiram uma
nova regulamentação dos sistemas educativos a partir da nova Lei de Diretrizes
e Bases da Educação (Lei nº 9.394/96) e dos Parâmetros Curriculares Nacionais
(BRASIL, 1997).
DICAS
85
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
E
IMPORTANT
Com isso, pretende criar condições, nas escolas, que permitam aos
nossos jovens ter acesso ao conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e
reconhecidos como necessários ao exercício da cidadania. Essa regulamentação,
segundo seus defensores, não teve a intenção de produzir um currículo único em
todo país, mas servir como referência em conteúdos e metodologias de ensino,
numa tentativa de diminuir as diferenças encontradas no ensino brasileiro. É
importante frisar que os PCN não se configuram numa proposta curricular
fechada a ser seguida por todos.
86
TÓPICO 3 | PROPOSTAS TEÓRICAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA
ATENCAO
87
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
88
TÓPICO 3 | PROPOSTAS TEÓRICAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA
89
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
90
TÓPICO 3 | PROPOSTAS TEÓRICAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA
91
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
92
TÓPICO 3 | PROPOSTAS TEÓRICAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA
93
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
3 AS RENOVAÇÕES CURRICULARES
A questão central que serve de pano de fundo para qualquer teoria
do currículo é a de saber qual o conhecimento que deve ser ensinado. Nas
discussões que envolvem currículo, a pergunta “o que” nunca está separada de
uma pergunta importante, “o que eles ou elas devem ser”, ou melhor, “o que
eles ou elas devem se tornar”.
94
TÓPICO 3 | PROPOSTAS TEÓRICAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA
95
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
Ainda de acordo com Silva (2002), é preciso fazer uma distinção entre as
teorizações críticas mais gerais como, por exemplo, o ensaio de Althusser sobre
a ideologia, ou o livro de Bourdieu e Passeron, “A Reprodução” e, de outro lado,
aquelas teorizações centradas de forma mais localizada em questões de currículo,
como, por exemplo, a nova sociologia da educação.
96
TÓPICO 3 | PROPOSTAS TEÓRICAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA
A escola atua por meio de seu currículo, seja de forma mais direta, por
meio das matérias mais suscetíveis ao transporte das crenças explícitas sobre
a desejabilidade das estruturas sociais existentes, como História, Geografia,
por exemplo, seja de uma forma mais indireta, por meio de disciplinas mais
técnicas. Além disso, a ideologia atua de forma discriminatória, ela inclina
as pessoas das classes subordinadas à submissão e à obediência, enquanto as
pessoas das classes dominantes aprendem a comandar e a controlar, ou seja, a
escola contribui para a reprodução da sociedade capitalista ao transmitir, por
meio das matérias escolares, as crenças que nos fazem ver os arranjos sociais
existentes, como bons e desejáveis.
97
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
Para essas perspectivas não havia nada de errado com o currículo, que
deixava de ser problematizado. Foi apenas a partir de uma segunda fase que o
próprio currículo começou a ser problematizado como sendo racialmente enviesado.
98
TÓPICO 3 | PROPOSTAS TEÓRICAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA
DICAS
99
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
100
TÓPICO 3 | PROPOSTAS TEÓRICAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA
DICAS
101
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
LEITURA COMPLEMENTAR
Uma pequena amostra desse espírito renovador pode ser colhida nas
comunicações referentes a currículos. Professores e pesquisadores propõem um
“novo olhar sobre o conhecimento”, pois “a cognição envolve todo o processo
de vida”. Destacam a necessidade de se relacionar os “saberes adquiridos no
espaço escolar com os saberes adquiridos (no) cotidiano”, o que permitiria aos
alunos interpretar “sua ação na sociedade”. Os currículos tradicionais, segundo
102
TÓPICO 3 | PROPOSTAS TEÓRICAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA
103
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
FONTE: RIBEIRO, Marcus Venicio Toledo. Os novos caminhos do Ensino de História. In: Revista
Nossa História. São Paulo, ano 1, n. 11, p. 80-82, set. 2004.
104
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu que:
105
AUTOATIVIDADE
106
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Os novos métodos e concepções em história, que se configuram a partir
de discussões, sobretudo abordando as temáticas de etnias, culturas e questões
ambientais, tiveram origem nos movimentos sociais (feministas, homossexuais,
negros, jovens e pobres) da década de 1950 em diante, dentro do cenário político,
cultural, econômico das nações denominadas ricas do hemisfério norte.
107
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
Para Raimond Williams (apud SILVA, 2002) a cultura deveria ser entendida
como modo de vida global de uma sociedade, como experiências humanas. Nessa
abordagem, não há diferenças qualitativas entre as grandes obras e as variadas
formas pelas quais qualquer grupo humano resolve suas necessidades básicas
de sobrevivência. Ele aponta e se opõe a certo etnocentrismo dominante, que
descarta todas as expressões e realizações humanas não submetidas à expressão
escrita e à tradição letrada. Podemos observar, desde o início, que o combate das
posições elitistas significou que a cultura nos estudos culturais está ligada ao
domínio político.
108
TÓPICO 4 | A HISTÓRIA NO SÉCULO XXI
109
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
110
TÓPICO 4 | A HISTÓRIA NO SÉCULO XXI
111
UNIDADE 2 | QUE HISTÓRIA QUEREMOS ENSINAR?
112
TÓPICO 4 | A HISTÓRIA NO SÉCULO XXI
DICAS
Para aprofundar sua discussão em torno do livro didático e sua ideologia, sugerimos
que acesse o portal do MEC para observar os títulos aprovados e reprovados pelo Ministério
da Educação, ou seja, os títulos recomendados e não recomendados para o ensino. <http://
portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12392&Itemid=670>.
Sugerimos, ainda, a leitura do texto: O livro didático de História hoje: um panorama a partir do
PNLD, escrito por Sonia Regina Miranda e Tania Regina de Luca, disponível no sítio da Scileo:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-01882004000200006&script=sci_arttext>.
113
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você viu que:
● Quando o professor utiliza o livro didático como única fonte de dados verdadeiros
(em específico para a disciplina de História) e não permite questionamentos ou
reflexões, ele está excluindo esse aluno de sua própria história, ou seja, o aluno
fica impossibilitado de perceber sua própria construção histórica.
114
AUTOATIVIDADE
115
116
UNIDADE 3
ATIVIDADES EDUCATIVAS:
POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Está unidade está dividida em quatro tópicos. Ao final de cada um deles, são
encontradas atividades que o(a) auxiliarão a ressignificar os conhecimentos
abordados.
117
118
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
No final do século XIX, quando a História recebeu o estatuto de ciência,
a fonte de pesquisa preferida de quem escrevia a História era o documento
escrito, principalmente, o documento com caráter oficial, o documento emanado
do Estado, produzido pelas instituições governamentais. Tudo aquilo que era
produzido pelo Estado era autêntico e adquiria um valor que era inquestionável.
Portanto, certidões de nascimento, casamento e óbito, biografias, relatórios dos
mais diversos tipos eram fontes de pesquisa para a História.
Dessa forma, pode-se dizer que a História acontece a partir de tudo que
“pertence ao homem, depende do homem, serve o homem, exprime o homem,
demonstra a sua presença, os seus gostos, as suas atividades e a sua maneira de
ser” (FEBVRE, apud VIEIRA, 1991, p.15).
119
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
120
TÓPICO 1 | AS FONTES HISTÓRICAS E O ENSINO DE HISTÓRIA
121
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
Outro exemplo de fonte escrita é o jornal. Esse tipo de fonte nos revela
informações políticas, sociais, culturais, ou seja, maneiras de uma sociedade se
organizar em um determinado momento.
122
TÓPICO 1 | AS FONTES HISTÓRICAS E O ENSINO DE HISTÓRIA
123
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
124
TÓPICO 1 | AS FONTES HISTÓRICAS E O ENSINO DE HISTÓRIA
E
IMPORTANT
125
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
Antes que essa visão crítica desanime o professor, é bom deixar claro: o
fato de a linguagem audiovisual não retratar a realidade histórica como ela teria
acontecido não viabiliza de forma alguma sua utilização em sala de aula. Se o
cinema atual mantivesse fidelidade total às características das personagens que
retrata, dificilmente seria capaz de seduzir os espectadores de hoje. Talvez, aos
nossos olhos, os verdadeiros Aquiles, Commodus e Olga parecessem bastante
tediosos. Essa licença poética praticada pelo cinema, que permite ao diretor
trazer esses personagens históricos para perto dos espectadores, é, então,
muito bem-vinda. É também, como vimos, inerente à linguagem audiovisual.
Mesmo aquele diretor que deseja ser absolutamente fiel à realidade histórica
representada terá de lidar com esse procedimento de criação de personagens e
adequação da forma narrativa.
126
TÓPICO 1 | AS FONTES HISTÓRICAS E O ENSINO DE HISTÓRIA
127
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
Como nos alerta o historiador Eric Hobsbawm em sua obra Sobre História,
a tendência de relativizar a história precisa de um limite: “Ou Elvis Presley
está morto ou não”. Encontraremos muitas dificuldades se acreditarmos que
todos os acontecimentos são incertos e passíveis de infinitas interpretações. Os
historiadores estabelecem algumas datas e acontecimentos por unanimidade.
Olga, por exemplo, foi deportada do Brasil em 1936. Essa informação, ao
contrário do caráter romântico/militante da personagem, não pode ser
relativizada. Assim foi, e ponto final, até que alguém traga à tona novos fatos
históricos e, com sua pesquisa, prove o contrário.
128
TÓPICO 1 | AS FONTES HISTÓRICAS E O ENSINO DE HISTÓRIA
DICAS
129
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
3 MÚSICA E HISTÓRIA
Desde a década de 1980, quando ocorreram importantes transformações
nas práticas e nos instrumentos didático-pedagógicos, o uso de fontes
diferenciadas, entre elas a música, tornou-se um recurso no ensino de História.
130
TÓPICO 1 | AS FONTES HISTÓRICAS E O ENSINO DE HISTÓRIA
131
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
FIGURA 16 – HIROSHIMA
132
RESUMO DO TÓPICO 1
● Tudo aquilo que o homem produz pode ser objeto de investigação da História.
133
AUTOATIVIDADE
134
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
As tendências na escrita da História, que reconhecem o sujeito comum como
agente dos processos históricos, buscaram novas abordagens para a interpretação
da História e, consequentemente, a produção desse conhecimento. Novos
métodos vêm sendo trabalhados e novas ressignificações surgiram no cenário
da historiografia brasileira. Nessa perspectiva, esse tópico tem como objetivo
apresentar três abordagens importantes da História: a oral, a local e do cotidiano.
2 HISTÓRIA ORAL
Há uma forte tendência, que perdurou durante muito tempo, de excluir
os povos não europeus das narrativas do campo da história. Tal exclusão foi
justificada por uma ideia da inexistência de fatos notáveis nas sociedades não
europeias, antes do contato com os brancos. Percebe-se que, mesmo no início do
século XIX, a problemática do eurocentrismo (pensar que a cultura europeia é a
melhor e superior às outras) permanece atual e muito presente.
135
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
No Brasil, surgiu nos anos 70, mas somente nos anos 90 a história oral
expandiu-se no país. Em 1994, foi criada a Associação Brasileira de História
Oral. Diversos temas são pesquisados na história oral, que variam do mundo do
trabalho e dos fenômenos migratórios à análise da evolução das representações
e discursos. A história oral, enquanto estudo da memória coletiva, é reveladora
de mentalidades. Porém, nem todos concordam com determinada concepção de
fonte histórica. Existem algumas críticas. Conforme os historiadores tradicionais,
a memória não é digna de crédito como fonte histórica, isso porque é distorcida
pela deterioração física na velhice, pela nostalgia, pela pretensão do entrevistado
e do entrevistador e pela influência de versões coletivas.
136
TÓPICO 2 | HISTÓRIA ORAL, HISTÓRIA DO COTIDIANO E HISTÓRIA LOCAL
DICAS
Como fazer uma boa pesquisa oral? Seguem alguns passos importantes
para o futuro pesquisador. Obs.: Ao fazer uma entrevista (gravada, escrita, fotos) para
ser publicada, devemos ter por escrito uma autorização assinada pelo entrevistado, para
evitar problemas futuros.
A ENTREVISTA
PASSOS
Ligue o gravador.
Peça ao entrevistado que responda as seguintes questões:
Nome?
Idade?
Endereço?
Profissão?
137
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
NÃO ESQUEÇA
MUITO IMPORTANTE
139
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
Ferreira Gullar
140
TÓPICO 2 | HISTÓRIA ORAL, HISTÓRIA DO COTIDIANO E HISTÓRIA LOCAL
A história local tem sido indicada como necessária para o ensino, por
possibilitar a compreensão do entorno do aluno, identificando o passado sempre
presente nos vários espaços de convivência, escola, casa, comunidade, trabalho e
lazer, e, igualmente, por situar os problemas significativos da história presente.
Para Bittencourt (2004, p. 168-169), a história local, quanto à sua elaboração, pode
se apresentar de diversas maneiras:
141
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
Outro cuidado que se deve ter com o estudo da história local é a identificação
do conceito de espaço. É comum falar em história local como história do entorno,
do mais próximo, do bairro ou cidade. Ainda de acordo com Bittencourt (2004),
a reflexão sobre o espaço é imprescindível para os estudos da história da região
ou da história local. O geógrafo Milton Santos apresentou, em várias de suas
obras, importantes reflexões sobre o espaço geográfico, com uma contribuição
preciosa sobre o conceito de lugar. Cada lugar tem suas especificidades e precisa
ser entendido por meio da série de elementos que o compõem e de suas funções.
(BITTENCOURT, 2004).
A História local no ensino não deve ser tratada apenas como um conteúdo
a ser ensinado, mas se constituir em uma estratégia pedagógica, que trate
metodologicamente os conteúdos a partir da realidade local. Enquanto estratégia
de aprendizagem, pode garantir o domínio do conhecimento histórico, ademais,
o trabalho com a História local no ensino possibilita a construção de uma História
mais plural, que não silencia as multiplicidades das realidades.
142
RESUMO DO TÓPICO 2
● A História local no ensino não deve ser tratada apenas como um conteúdo
a ser ensinado, mas se constituir em uma estratégia pedagógica, que trate
metodologicamente os conteúdos a partir da realidade local, enquanto estratégia
de aprendizagem pode garantir o domínio do conhecimento histórico.
143
AUTOATIVIDADE
a) ( ) História Local.
b) ( ) História Tradicional.
c) ( ) História do Cotidiano.
d) ( ) História Oral.
144
145
146
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
A palavra museu vem do latim museum, que é uma palavra derivada do
grego mouseion. Na sua origem, um museu era um espaço dedicado às deusas da
memória. Na contemporaneidade, um museu é uma instituição com finalidade de
recolher, conservar, pesquisar e valorizar, de diversas maneiras, as manifestações
culturais dos seres humanos.
147
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
Por uma série de razões, os professores levam seus alunos aos museus.
Às vezes, o fazem, porque pretendem estudar algum movimento artístico ou
porque querem aprofundar o conhecimento sobre os procedimentos acumulados
historicamente. E, às vezes, simplesmente não sabem muito bem o que querem,
mas acreditam que a experiência pode ser positiva. E realmente é.
Todavia, para garantir não apenas a “simpatia” pelo museu, mas também
a aprendizagem dos conteúdos planejados para uma visita, é necessário que os
alunos sejam preparados previamente, para saberem o que vão encontrar no museu
e como serão todas as etapas da “saída da escola”, incluindo aspectos que parecem
menos relevantes, tais como: quem lhes acompanhará, além dos professores, como
irão se distribuir no ônibus, se haverá um monitor para lhes acolher.
148
TÓPICO 3 | O MUSEU E O ENSINO DE HISTÓRIA
Sendo assim, as visitas aos museus devem ser orientadas e devem ter
uma finalidade que vise à aprendizagem em História e nas outras áreas do
conhecimento. As atividades em museus devem buscar manter a memória de
um povo. Segundo o historiador francês Pierre Nora (1993), a memória está em
permanente evolução, suscetível à dinâmica da lembrança e do esquecimento,
inconsciente de suas sucessivas deformações, vulnerável à manipulação. Em
contrapartida, a história é o registro, a crítica, a reflexão.
149
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
LEITURA COMPLEMENTAR
Denise C. Studart
150
TÓPICO 3 | O MUSEU E O ENSINO DE HISTÓRIA
151
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
152
TÓPICO 3 | O MUSEU E O ENSINO DE HISTÓRIA
153
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
DICAS
154
RESUMO DO TÓPICO 3
155
AUTOATIVIDADE
156
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, as discussões sobre o ensino de História foram
ampliadas, considerando, sobretudo, a realidade educacional brasileira. Diversos
aspectos do ensino e da aprendizagem na disciplina de História passaram a
ser temas de estudo, tais como: história do ensino de História, livros didáticos,
produção do conhecimento, currículos, linguagens, novas tecnologias, saberes,
diversidade, entre outros. Como se percebe, há um conjunto de horizontes que
emergiram, visando tornar o ensino de História mais participativo e interpretativo.
Tendo em vista essas implicações, o presente tópico tem como objetivo refletir
sobre o papel das atividades que norteiam o processo de ensino e aprendizagem em
história, alinhar atividades que sejam significativas a essa ciência e refletir sobre a
pesquisa em História e os métodos avaliativos para essa disciplina.
157
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
158
TÓPICO 4 | PERSPECTIVAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA: ATIVIDADES, PESQUISA E AVALIAÇÃO
159
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
160
TÓPICO 4 | PERSPECTIVAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA: ATIVIDADES, PESQUISA E AVALIAÇÃO
161
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
162
TÓPICO 4 | PERSPECTIVAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA: ATIVIDADES, PESQUISA E AVALIAÇÃO
163
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
164
TÓPICO 4 | PERSPECTIVAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA: ATIVIDADES, PESQUISA E AVALIAÇÃO
165
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
Determinar um tema.
Estabelecer uma data para entrega.
Os alunos copiam o que acharem mais importante. Ou ainda: copiarem tudo
o que acharem sobre o tema, pois quanto mais conteúdo, maior a nota.
O professor passar um olhar por cima do que os alunos entregam.
Fim: o professor atribui uma nota pelos critérios do capricho estético, dos
erros de ortografia ou da quantidade de cópia.
FONTE: A autora
166
TÓPICO 4 | PERSPECTIVAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA: ATIVIDADES, PESQUISA E AVALIAÇÃO
Para que os caminhos da pesquisa fiquem claros para o aluno, eles devem
ser orientados pelo professor, isto é, o professor deve acompanhar os objetivos
da pesquisa com os alunos. Precisamos nos afastar da concepção de pesquisa que
determina temas e que sugerem a cópia de um texto de alguma referência.
Pré-requisito
Justificativa
Como fazer
167
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
segunda deverá ser uma fotografia mais recente. A intenção é que o aluno
perceba as mudanças e as permanências na sua História.
Para realizar esta etapa, poderá estar fazendo entrevistas com seus
familiares e pesquisas em fontes históricas relacionadas ao seu passado (fotos e
documentos). As perguntas a seguir podem servir de roteiro para a entrevista,
podendo ser acrescentadas outras, se necessário.
Problemas centrais:
Problemas secundários:
Secundariamente, definem-se questões mais pontuais, que servirão de
base para responder às questões centrais:
168
TÓPICO 4 | PERSPECTIVAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA: ATIVIDADES, PESQUISA E AVALIAÇÃO
3. Justificativa:
169
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
4. Metodologia/avaliação:
Neste item, você responderá como vai organizar o trabalho. Aí vai uma
sugestão:
b) Fontes: Como você vai obter documentos e depoimentos que serão seus
documentos históricos? Para o nosso projeto, dentre muitas, podem ser
estabelecidas as seguintes:
1) Entrevistas.
170
TÓPICO 4 | PERSPECTIVAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA: ATIVIDADES, PESQUISA E AVALIAÇÃO
De acordo com Ranzi (2005), a pesquisa deve se tornar uma tarefa, uma
atitude cotidiana no ensino-aprendizagem não só da disciplina de História, mas,
de toda a escola, porque a pesquisa é a forma que distingue a educação escolar
dos demais espaços de aprendizagem, que podem ser a própria sociedade, a vida,
a família etc. A aula copiada forma alunos apenas receptivos. A cópia consagra a
subalternidade. Assim, imaginamos que pesquisar é sinônimo de aprendizagem
em História e deve ser uma atitude que começa na Educação Infantil e – assim
o desejamos – não termina nunca. É dessa maneira que formaremos estudantes
com capacidade de operar com ideias, símbolos, imagens, valores, representações,
preparados para interagir com qualquer instância da sociedade.
5 AVALIAÇÃO EM HISTÓRIA
Nos últimos anos, a Educação vem passando por transformações significativas.
O currículo escolar, a abordagem metodológica, o planejamento de ações, a formação
docente, enfim, os elementos que compõem o universo escolar vêm passando por
alterações que privilegiam a aprendizagem significativa do aluno.
171
UNIDADE 3 | ATIVIDADES EDUCATIVAS: POSSIBILIDADES DE AÇÃO DOCENTE
172
TÓPICO 4 | PERSPECTIVAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA: ATIVIDADES, PESQUISA E AVALIAÇÃO
173
RESUMO DO TÓPICO 4
174
AUTOATIVIDADE
175
176
REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, C. M. F. Ensino de história: fundamentos e métodos. São
Paulo: Cortez, 2004.
BORGES, Vavy Pacheco. O que é história. 2. ed. Ver. São Paulo: Brasiliense,
1993. (Coleção Primeiros Passos).
177
CARDOSO, Oldimar. Já viu este Filme? In: Revista de História da Biblioteca
Nacional, Rio de Janeiro, ano 3, n. 37, p. 80-83, out. 2008.
JECUPÉ, Kaka Werá. A terra dos mil povos. História indígena do Brasil contada
por um índio. 2. ed. São Paulo: Petrópolis, 1998.
178
LAGO, Benjamin Marcos. Curso de sociologia e política. Petrópolis: Vozes,
1996.
MACEDO, Jose Rivair. Brasil: uma história em construção. São Paulo: Editora
do Brasil, 1999.
ROUSSO, Henry. A memória não é mais o que era. In: AMADO, Janaina;
FERREIRA, Marieta (Coords). Usos e abusos da História Oral. Rio de Janeiro:
FGV, 1998. p. 93-101. Disponível em: <http://www.fja.edu.br/proj_acad/praxis/
praxis_02/documentos/ensaio_2.pdf>. Acesso em: 25 maio 2010.
179
SILVA, Tomas Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias
do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
180
ANOTAÇÕES
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