Ebook Aromaterapia em AnimaisRaralumemin
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com - HP10116258545144
AROMATERAPIA
EM ANIMAIS
Como usar a Aromaterapia com
segurança e eficácia para cuidar da
saúde e bem estar dos animais.
1ª EDIÇÃO
AROMATERAPIA
EM ANIMAIS
Como usar a aromaterapia com
segurança e eficácia para cuidar da
saúde e bem estar dos animais.
Publicado em 2020
Licensed to Célia Regina Cabrino - [email protected] - HP10116258545144
NOTAS IMPORTANTES
Este livro não tem a intenção de aprofundar e/ ou esgotar o assunto. Nenhuma informação
presente neste livro substitui o papel do profissional habilitado nas instruções, procedimentos,
atendimentos clínicos e acompanhamento no cuidado terapêutico dos animais.
É proibida a reprodução parcial ou total deste livro sem o prévio consentimento escrito e legal da
autora.
Este é um trabalho feito com muito carinho e dedicação, portanto esperamos o respeito da parte
do leitor ao não fazer envios não autorizados do arquivo deste e-book a outras pessoas. O e-book
estará disponibilizado, para quem queira adquiri-lo, através dos canais oficiais da Raralume ou da
autora Gioconda Assumpção.
Estamos abertos para receber sugestões, críticas e pontos de melhoria, ou qualquer outra
necessidade de contato através do e-mail: [email protected].
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A autora
Gioconda Assumpção é mineira, mãe de dois Em 2017, idealizou e fundou a empresa
filhos, professora e terapeuta integrativa com Raralume, que significa “luz rara” e remete à
ênfase em Aromaterapia. Possui mais de 20 ideia dessa luz interior que cada ser vivo tem e,
anos de experiência acadêmica e 11 anos em às vezes, precisa ser trabalhada para estar em
docência em curso superior. equilíbrio.
A autora
APRESENTAÇÃO
O uso de plantas aromáticas faz parte da prática médica veterinária há milênios. Nos últimos
anos, a procura pelas terapias naturais e aromaterapia para animais tem aumentado
significativamente. Este guia surgiu da necessidade de apresentar possibilidades, benefícios e
segurança do uso de óleos essenciais e hidrolatos em animais aos tutores, médicos veterinários e
todos que amam os animais e sentem o desejo de cuidar desses de forma menos invasiva, mais
respeitosa e integral.
Procurei abordar o tema com um texto simples, direto e conciso baseado nos trabalhos dos
profissionais que tenho como referência na aromatologia e aromaterapia em animais, no Brasil e
no mundo.
APRESENTAÇÃO
Agradeço à Érika pela parceria, que nos permite a concretização de antigos projetos da Raralume
e a criação de novos, a partir do seu trabalho apaixonado e focado, que busca a perfeição em
detalhes.
Agradeço à Alessandra Almeida, amiga linda que enriqueceu esse livro com conselhos, correção
técnica e apoio imprescindíveis para a sua concretização.
Espero que você encontre nas páginas seguintes conteúdo confiável sobre o uso da aromaterapia
em animais e, principalmente, a vontade de conhecer mais sobre o mundo da aromaterapia e o
encantamento que as plantas trazem a nossa vida e a vida dos animais.
O respeito ao indivíduo, o amor e o conhecimento devem andar juntos, em equilíbrio para fazer-
mos nossa parte para criar um mundo melhor.
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ÍNDICE
Introdução 09
Conhecendo a aromaterapia
Capítulo 1 - O que é Aromaterapia ? 11
Extração das moléculas voláteis de plantas aromáticas 13
Óleos essenciais 14
Hidrolatos 15
Óleos vegetais 16
Capítulo 2 - Qualidade, conservação e cuidados na manipulação 17
Aromaterapia e os animais
Capítulo 3 - Zoofarmacognosia 18
Capítulo 4 - Olfato nos animais 20
Capítulo 5 - Óleos essenciais e coerência cardíaca: potencializando o 23
equilíbrio emocional
Capítulo 6 - Como usar aromaterapia nos animais? 24
Facilitando a autosseleção pelo animal 24
Definindo e calculando as concentrações e diluições 26
Diluindo os óleos essenciais 27
Realizando o tratamento 28
Via inalatória 29
Via dérmica 29
Via oral 30
Capítulo 7 - Toxicidade e cuidados 32
Capítulo 8 - Aromaterapia para gatos 33
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Formulações Naturais
Capítulo 13 - Formulações práticas 48
Solução gel de aloe vera para uso geral 48
Solução de limpeza de patinhas para cães 49
Óleo de massagem para uso geral em cães e equinos 49
Pomada para uso geral 49
Solução spray leve e refrescante com efeito repelente leve 50
Concluindo 51
Referências 52
Anexo 1 - Ficha prática de utilização segura de aromaterapia em seu animal 55
Anexo 2 - Índice de óleos essenciais citados neste livro 56
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Introdução
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Assim, a cura não ocorre por imposição e sim por meio da transformação e da busca ativa e responsável
pela saúde, fornecendo autonomia, segurança e resultados eficazes e duradouros. O tutor participa
desse processo e se torna parte responsável pelo processo de cura e pela transformação que ocorre em
todo o sistema.
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Conhecendo a Aromaterapia
Capítulo 1
O que é a aromaterapia?
“As plantas transmitem os impulsos vitais e emocionais, a
força vital que está oculta na luz. Esse é o presente, a graça, o
poder das plantas...a existência das plantas é uma grande
oferenda, um sacrifício. Elas nos oferecem não apenas seu
valor nutritivo como também a verdadeira luz e o amor das
estrelas e do cosmo, das quais elas são mensageiras. ” (LAD
apud HOZZEL, 2019, p. 14)
A aromaterapia também é um processo e uma experiência, que surgem com a interação das
moléculas químicas do vegetal com o nosso corpo. Traz clareza e luz interna, permitindo um
caminhar pela vida com mais lucidez e propósito, reencontrando a liberdade de “ser por inteiro”,
tão necessária à vida dos animais e das pessoas.
A palavra aromaterapia foi cunhada pelo químico francês René Maurice Gattefossé, que
publicou o primeiro livro sobre aromaterapia "Gattefossé Aromatherapy" em 1937. Gattefossé
não foi o primeiro a usar óleo essencial de forma terapêutica ou mesmo escrever sobre sua
aplicabilidade – segundo Tisserand (2017), há registros de que a aromaterapia começou nas
antigas civilizações. Contudo, nenhum dos seus antecessores, desde os primórdios da destilação,
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registrou a aplicação terapêutica dos óleos essenciais como uma disciplina, tendo sido, portanto,
seu entusiasmo, visão e dedicação que o inspirou a marcar a história da aromaterapia¹.
O uso da aromaterapia em animais foi registrado pelo Nicholas Culpepper no século XVII e pelo
Dr. Louis Sevelinge na década de 40, na França. Atualmente possuímos outras referências como
Nelly Grosjean, Melissa Shelton, Nancy Brandt, Carolina Ingraham, Nayana Morag e Kelly
Holland.
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D iversos métodos são utilizados para obtenção das moléculas químicas presentes nas
plantas aromáticas, entre eles temos a extração a vapor, extração por hidrodestilação,
extração supercrítica, extração por prensagem, extração por enfloração, extração por solvente
e extração por óleo.
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Óleos essenciais
O s óleos essenciais são misturas complexas de substâncias químicas voláteis extraídas das
plantas por processo de destilação ou processo mecânico de prensagem. Esses extratos
podem ser derivados de diversas partes das plantas como flores, folhas, cascas, sementes,
rizomas e raízes.
As moléculas químicas voláteis presentes nos óleos essenciais apresentam estrutura química
de terpenóides e fenilpropanóides. Possuem diversos grupos funcionais, entre eles, álcoois,
cetonas, aldeídos, ácidos carboxílicos, ésteres, óxidos, acetatos que interagem com as células
do organismo do animal promovendo atividade farmacológica.
Essas moléculas estão presentes nas plantas aromáticas em quantidades bem pequenas; cada
planta possui uma concentração diferente. O capim limão e a citronela, por exemplo, possuem
1% de óleo essencial em sua matéria vegetal, enquanto precisamos de 3.500 Kg de pétalas de
rosa para extrair apenas 1 litro do seu óleo essencial. Por serem moléculas tão preciosas,
devemos prezar pelo uso responsável de cada gota de óleo essencial, reverenciando a
natureza e nosso planeta.
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Hidrolatos
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Óleos vegetais
Devemos sempre priorizar o uso de óleos vegetais extravirgem e prensados a frio. São usados
na aromaterapia como veículos para diluição de óleos essenciais. Nutrem a pele pois são ricos
em ácidos graxos, vitaminas e sais minerais.
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Capítulo 2
Qualidade, conservação e
cuidados na manipulação
A busca pela qualidade e conservação adequada do óleo essencial é imprescindível para
mantermos sua eficiência terapêutica e evitar intoxicações. As moléculas químicas presentes
nos óleos essenciais são propensas à auto-oxidação quando expostos à luz, calor e contato
com ar ou material inadequado.
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Aromaterapia e os ANIMAIS
Capítulo 3
Zoofarmacognosia
Z oofarmacognosia é um nome derivado das palavras gregas antigas "zoo" (animal),
"pharmaco" (remédio) e "gnose" (conhecimento).
Os animais têm a capacidade adaptativa de saber o que precisam para a sua saúde e bem-
estar. Uma vez inseridos em um ambiente com liberdade e autonomia, livre de estressores,
eles podem selecionar, ingerir e aplicar topicamente plantas, solos, insetos e drogas
psicoativas presentes no seu habitat natural para tratar ou prevenir doenças. Esse
comportamento é uma resposta hedônica, isto é, o animal percebe como agradável e saboroso
aquilo que o seu corpo precisa para se equilibrar.
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Carolina Ingraham criou e introduziu na prática da aromaterapia em animais, há mais de três
décadas, a zoofarmacognosia aplicada, utilizando óleos essenciais e extratos vegetais em
diversas espécies animais desde animais de companhia até cangurus, ursos polares, ursos
pardos, elefantes, tigres, rinocerontes e primatas.
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Segundo a zoofarmacognosia aplicada, os animais sabem qual o melhor óleo essencial e qual a
quantidade e quanto tempo eles precisam daquele óleo essencial. Permitir e respeitar essa
escolha, removendo ou reduzindo os estressores ambientais, como dieta inadequada ou falta
de liberdade de movimento, fornecemos a autonomia ao animal, tão importante para a cura.
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Capítulo 4
Olfato nos animais
O nariz tem um papel significativo na experiência sensorial dos animais. Os cães e gatos são
animais macrosmáticos, isto é, possui grande acuidade olfativa, e dependem do olfato para
detectar informações ambientais relevantes para a sobrevivência. Para exemplificar, o epitélio
olfativo dos cães possui uma área de superfície de 150-170 cm² comparados a 5 cm² em
humanos, o que, por si só, é um indicativo de atenção no uso da aromaterapia.
Cada espécie animal tem particularidades anatômicas, fisiológicas e genéticas que determinam
como coletam e processam as informações vindas das moléculas odorantes.
Os cães usam o ato de farejar para acentuar a discriminação olfatória. Quando fareja, as
moléculas odorantes são transportadas para o epitélio olfativo por meio de padrões únicos de
fluxo de ar, criando um fluxo aerodinâmico exclusivo nesses animais que permite uma maior
exposição do ar inspirado às células receptoras olfativas. O comportamento de farejar segue um
padrão rítmico de inspirações e expirações curtas com uma frequência de até 20 vezes por
minuto ou 4-7 Hz, podendo variar de acordo com a dificuldade da tarefa.
O fluxo de ar utilizado para respiração é separado do fluxo de ar para o farejar; além disso o ar
que entra nas narinas passa por um caminho diferente do ar que sai, permitindo uma captação
maior das moléculas odorantes.
O cão consegue reconhecer a direção de origem do odor, pois cada narina coleta o ar de regiões
separadas que são enviados para vias separadas no sistema olfativo.
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Estima-se que os humanos tenham cerca de 5 milhões e algumas raças de cães têm 200-300
milhões. A densidade das células receptoras no epitélio nasal de um cão é 100 vezes maior do
que em humanos. Quanto maior o número de células receptores, maior é a capacidade de
discriminar os cheiros. O treinamento e exposição à moléculas odorantes é capaz de moldar
essa sensibilidade olfativa. Alguns cães treinados conseguem detectar concentrações de
moléculas odorantes em valores de 1-2 partes por trilhão.
As células olfativas possuem cílios; humanos e ovelhas podem ter 4-25 por célula, enquanto o
cão pode ter 20-100 cílios por célula. Cada célula olfativa expressa um tipo de proteína
receptora na sua superfície. Esse receptor é capaz de reconhecer as moléculas odorantes. O
número de genes olfativos funcionais que expressam esses receptores em humanos foi
estimado em cerca de 450, em comparação ao cão que possui 800 e rato com 1.500 genes.
O sinal enviado pelos receptores ativados, após a ligação com a molécula odorante, chega até
o bulbo olfatório e posteriormente ao sistema límbico presente no cérebro do cão. Essas vias
olfativas estão relacionadas ao órgão vomeronasal do animal, que respondem a feromônios,
sendo essenciais em funções primitivas como determinação do status reprodutivo,
comportamentos sexuais e comunicações específicas da espécie, como o reconhecimento de
membros e filhos, estados de domínio e território.
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O ato de farejar envolve áreas anatômicas diferentes no córtex olfativo comparado ao ato de
cheirar. Quando uma pessoa fareja, são ativados neurônios do córtex piriforme no lobo
temporal e dos giros orbito-frontal medial e posterior do lobo frontal. Em contraste, um
cheiro, independentemente do farejar, induz ativação principalmente nos giros orbito-frontal
laterais e anteriores do lobo frontal. Quando associamos tarefas com a percepção do odor,
áreas diferentes do cérebro são recrutadas de maneira paralela e hierárquica.
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Capítulo 5
Óleos essenciais e coerência
cardíaca: potencializando o
equilíbrio emocional
A saúde não é apenas um estado de ausência de doenças, e sim um estado em que o animal
está em coerência no seu interior, com os seus sistemas fisiológicos em equilíbrio e seu corpo
interagindo em sinergia com o ambiente ao redor.
O estado de coerência cardíaca pode ser alcançado com práticas simples na qual o tutor
direciona a mente conscientemente para o momento presente, focando em sentimentos e
emoções de gratidão, alegria e compaixão, se soltando para o “ser livre”. Os animais percebem,
refletem e compartilham esses sentimentos, criando um estado de interação harmoniosa
entre tutor e animal. Ao permitir com que os animais vivam com autonomia e liberdade de
escolha do seu alimento, abrigo e relações sociais, mantendo o contato com a natureza
também favorecemos a coerência e bem-estar.
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Capítulo 6
Como usar aromaterapia nos
animais?
Q uando oferecemos um óleo essencial ao animal estamos iniciando um processo único que
permite que o animal seja o protagonista da sua própria cura. É um momento especial e
delicado que requer respeito, paciência e coração aberto.
Deve ser feito inicialmente um teste olfativo ou processo de autosseleção pelo animal,
seguindo o princípio da zoofarmacognosia aplicada, situação em que o animal identifica e
seleciona a melhor substância para ele naquele momento.
Desta forma, apresentamos alguns óleos essenciais ao animal, conforme os passos descritos a
seguir, e então, ficamos atentos para observar as respostas comportamentais.
Essa observação, passiva e intuitiva, permite uma aproximação verdadeira do tutor ou médico
veterinário com o animal. O tempo e espaço devem ser livres, variando para cada indivíduo,
podendo levar segundos até horas para conseguirmos obter uma resposta de escolha.
Alguns animais respondem de forma aberta, aproximando-se e, até mesmo, querendo lamber
ou pegar o frasco. Mas muitos deles, simplesmente olham para o óleo essencial sem manifestar
qualquer outro movimento ou aproximação; e precisam de tempo para interagir com o aroma,
apresentando assim, respostas mais discretas.
A interpretação das respostas de cada animal é intuitiva e deve ser feita considerando a
espécie, características individuais e personalidade de cada animal.
Em caso de dúvidas sobre o tipo de resposta ou interesse do animal pelo aroma oferecido,
retire o óleo essencial e reapresente-o em um momento posterior.
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A escolha da base para diluição e as concentrações usadas devem ser adaptadas para cada
óleo essencial escolhido e para cada animal em seu momento único.
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Realizando o tratamento
P ara iniciarmos o uso dos óleos essenciais devemos seguir o princípio: “Primeiro, não fazer
mal”. Algumas regras devem sempre ser seguidas:
Uma vez que você já selecionou os óleos para a indicação terapêutica e o animal já fez a
autosseleção, é necessário definir como, quanto tempo e quando os óleos serão aplicados. Os
óleos essenciais e extratos vegetais podem ser usados por diversas vias de administração,
como a inalatória, dérmica e oral (abaixo, apresento algumas características das respectivas
vias).
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Via inalatória
A inalação é a principal via de uso de óleos essenciais. Ela atua diretamente no sistema
nervoso central, modulando emoções e comportamentos. Além de agir no animal, ela permite
a interação e efeito em todos no ambiente: animais e pessoas. Pela inalação, o animal sente o
cheiro que deflagra uma resposta comportamental imediata que modula os
neurotransmissores e hormônios e equilibra o sistema imunológico diretamente.
Via dérmica
A via dérmica é bem eficaz, pois permite a associação de técnicas de massagem com
aplicação de óleos essenciais, além do efeito olfativo. Essa forma de utilização é perfeita, pois
permite a interação do tutor com o animal, transformando uma técnica de massagem em um
momento de prazer e entrega. A escolha e preferências do animal sempre devem ser
respeitadas, a cada aplicação.
A via tópica dérmica pode ser utilizada para tratamento de pequenas feridas, dermatites,
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Os óleos essenciais podem ser diluídos em óleos ou manteigas vegetais que fornecem
nutrientes à pele, ou serem dispersos em gel de aloe vera, hidrolatos e argilas formando
suspensões com efeitos anti-inflamatórios e reparadores.
Via oral
A lguns animais lambem os óleos essenciais aplicados; quando isso ocorre de forma
espontânea, no momento que você os oferecem diluídos ao animal, não há motivo para se
preocupar. Pequenas e isoladas lambidas em um óleo seguro e diluído não é o problema.
Devemos ter cuidado para não disponibilizar o óleo essencial concentrado ou em volumes
maiores e nunca forçar a ingestão de nenhum óleo essencial.
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Os hidrolatos podem ser diluídos em água para ingestão. As diluições, quantidades e escolha
das plantas deve respeitar todo o contexto do animal.
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Capítulo 7
Toxicidade e cuidados
A s moléculas químicas presentes nos óleos essenciais podem causar intoxicações nos
animais. O uso de óleos essenciais contraindicados, bem como a via de administração, doses,
diluição e frequências de utilização inadequadas podem causar intoxicação leves a graves em
todos os animais.
Os sinais e sintomas agudos podem incluir irritação da pele, manchas, prurido, queimadura,
salivação excessiva, hipotermia, desidratação, hipotensão, estresse ou depressão respiratória,
agitação, tremores, ataxia, letargia, crises convulsivas, inconsciência, entre outros. Qualquer
suspeita de intoxicação deve ser
avaliada e o animal deve ser
encaminhado para tratamento de
suporte com um médico veterinário
habilitado.
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Capítulo 8
Aromaterapia para gatos
C ada espécie animal possui particularidades na forma como lida com substâncias químicas
provenientes de fonte natural ou não. Todas as substâncias que ingerimos nos alimentos, que
inalamos no ar ou recebemos em produtos passados na pele no dia a dia ou até mesmo os
hormônios que produzimos, devem ser metabolizados para então serem eliminados do corpo.
Esses processos são imprescindíveis para não acumularmos essas substâncias, o que poderia
causar intoxicação.
O uso indevido de grandes quantidades de óleos essenciais de forma forçada deve ser evitado
sempre, pois dessa forma o risco de intoxicação passa a ser existente em todas as espécies.
Evitamos alguns óleos essenciais como o tea tree e outros que possuem compostos com anéis
benzênicos, compostos fenólicos, cetonas e óxidos devido a maior predisposição de
intoxicação. Respeitamos o princípio de nunca aplicar um óleo essencial no pelo do animal e
sempre, quando utilizar aromas difundidos em ambientes na presença de gatos, certificar que
esses têm liberdade de movimento para se retirarem quando assim o desejar. Os aromas
nunca podem ser forçados ao animal e quando usados, respeitar os intervalos de tempo e
exposição máxima para cada caso individual.
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Os hidrolatos são recebidos pelo corpo com mais segurança por possuírem substâncias
hidrofílicas; e, mesmo assim, devem ser usados sob a luz do conhecimento de suas
características, respeitando concentrações e forma de uso. Os óleos vegetais também podem
ser fornecidos com mais segurança.
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Muitos cosméticos e produtos de limpeza diária disponíveis no mercado para animais possuem
produtos químicos sintéticos que podem danificar a saúde e integridade da pele e equilíbrio
hormonal dos animais. Alguns desses produtos, como fragrâncias sintéticas, petrolatos e
parabenos podem predispor a desequilíbrios hormonais, alergias e até mesmo câncer.
Assim, a escolha de produtos para cuidados diários livre de agentes nocivos é fundamental
para uma abordagem integral buscando o bem-estar e saúde dos animais. Ao escolher um pro-
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Buscar o conhecimento para esses cuidados naturais diários feitos no seu lar é imprescindível
para manter a segurança e bem-estar do seu animal. Em casos de doenças, o tutor deve
procurar um médico veterinário habilitado para tratamento de forma integral e natural.
Capítulo 10
O uso da aromaterapia como
coadjuvante em cuidados e
tratamentos em animais
M uitos óleos essenciais possuem atividade anti-inflamatória, analgésica, antioxidante,
hepatoprotetora, imunomoduladora e antimicrobiana auxiliando na manutenção da
homeostasia do corpo dos animais. Quando utilizamos óleos essenciais em combinação com
óleos vegetais e outros extratos que potencializam a resposta interna do animal, estamos
fortalecendo o organismo do animal como um todo, de dentro para fora, permitindo a
manutenção do seu equilíbrio fisiológico.
A aplicação de aromaterapia
para o tratamento de
doenças deve sempre ser
realizada por um profissional
médico veterinário
habilitado, respeitando a
legislação vigente no nosso
país.
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Bergamota
O óleo essencial de bergamota (Citrus bergamia) possui aroma fresco, cítrico e floral. É
extraído da casca do fruto por processo de prensagem a frio. O óleo essencial prensado possui
limoneno, acetato de linalila, linalol, sabineno, g-terpineno, b-pinene, a-pinene, b-mircene e
acetato de nerila, entre outros. A concentração máxima deste óleo essencial prensado para
uso dérmico deve ser de 0,4%, devido a presença de moléculas cumarínicas.
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Camomilas
A s duas camomilas mais conhecidas são a camomila azul ou alemã (Chamomilla recutita,
Matricaria chamomilla ou Matricaria recutita) e a camomila romana (Anthemis nobilis ou
Chamaemelum nobile). O óleo essencial é extraído das partes aéreas das plantas com flores.
O óleo essencial de camomila azul possui aroma doce, herbáceo e amargo. Possui em sua
composição a-bisabolol óxido, (E)-b-farneseno, a-bisabolol, camazuleno, germacreno D, entre
outros.
Esse óleo essencial possui forte ação antiespasmódica, analgésica e carminativa. Também é
muito utilizada em processos dermatológicos com manifestações de prurido. A camomila é
usada ancestralmente para afecções femininas relacionadas a desequilíbrios do útero.
O óleo essencial de camomila romana possui aroma herbáceo e frutado. É extraída das flores.
Possui em sua composição angelatos, esters de butirato, canfeno, borneol, a-pineno, a-
terpineno, camazuleno, (E)-pinocarveol, a-tujona, terpinoleno, antemol, g-terpineno, d-3-
careno, b-felandreno, entre outros. É usada para apaziguar as emoções e reações exageradas
diante das adversidades da vida.
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Ambos os óleos de camomila, são usados para relaxar o sistema nervoso, amenizando
espasmos musculares e dor. Possuem efeito calmante, digestivo e analgésico. Promovem
liberação de calor reduzindo a inflamação. São perfeitos para animais com manifestações
somáticas de dores emocionais.
Promovem a liberação de ideias fixas, abre a mente e traz satisfação com uma disposição
calorosa. É usado pela medicina egípcia antiga para restaurar a integridade do Eu.
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Gerânio
O óleo essencial de gerânio (Pelargonium graveolens) é extraído das folhas. Possui aroma
floral, exótico e levemente picante. Possui em sua composição citronelol, geraniol, linalol,
isomentona, 10-epi-g-eudesmol, butirato de geranila, b-cariofileno, germacreno D, entre
outros.
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Hortelã pimenta
O óleo essencial de hortelã pimenta (Mentha piperita) possui aroma fresco, mentolado,
herbal, e pungente. Possui em sua composição mentol, mentona, acetato de metila, 1,8-cineol,
mentofurano, Isomentona, pulegona, limoneno, b-cariofileno, sabineno, entre outros.
Esse óleo essencial é refrescante e restaurador. Promove fluxo do Qi, libera calor e fleuma com
atividade estimulante, analgésica e expectorante. Auxilia na recuperação em desequilíbrios de
sistema nervoso, respiratório, digestivo e locomotor promovendo livre circulação e
movimento de forma geral.
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Lavanda -verdadeira
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Vetiver
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Capítulo 12
Sugestões de óleos essenciais
de acordo com as indicações
terapêuticas
Físico
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Psique e emocional
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47
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Formulações Naturais
Capítulo 12
Formulações práticas
S egue abaixo, algumas formulações práticas criadas para serem usadas como base para
diluição de óleos essenciais. A escolha dos óleos essenciais e hidrolatos devem ser feitas para
cada caso individual. O tempo de validade de cada formulação varia de acordo com as práticas
de manipulação e conservação do produto. Mantenha as formulações conservadas em
geladeira e use em até 7-10 dias ou acrescente algum conservante natural.
Misture os óleos essenciais no óleo vegetal e em seguida no gel de aloe vera, adicione o
hidrolato a essa mistura e agite bem. Forma-se uma suspensão que deve ser agitada sempre
antes do uso. A consistência depende do gel de aloe vera usado, se desejar uma formulação
mais líquida para usar como spray, basta adicionar mais hidrolato até atingir a consistência
desejada.
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Misture os óleos essenciais no gel de aloe vera, adicione o hidrolato e os outros componentes
a essa mistura e agite bem. Forma-se uma suspensão que deve ser agitada sempre antes do
uso. Envasar em um frasco com tampa spray, borrifar pequena quantidade em um papel toalha
para limpeza das patinhas do cão. Se necessário, em seguida, usar papel toalha ligeiramente
úmido com água pura. Para uso em gatos, não adicione óleos essenciais.
Misture os óleos essenciais no óleo vegetal escolhido. Envasar em um frasco de vidro âmbar
esterilizado. Utilizar quantidade suficiente para a massagem.
Misture a cera de abelha com a manteiga de karité e deixe em banho maria até derreter
misturando-os de forma homogênea. Retire do banho maria e adicione o óleo vegetal
misturando bem. Envase em vidros de abertura larga. Deixe esfriar. Caso necessário, pode-se
adicionar os óleos essenciais ao óleo vegetal antes da mistura, respeitando a concentração
para o objetivo de uso.
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Misture todos os ingredientes. Envasar em um frasco com tampa spray. Não borrife na região
dos olhos e mucosas.
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Concluindo
O uso de óleos essenciais em animais traz muitos benefícios à saúde dos animais. A
aromaterapia faz parte de uma abordagem terapêutica integral, podendo ser aplicada
dentro do embasamento vitalista ou biomédico. Ambas as abordagens, devem se basear na
responsabilidade com o cuidado do bem-estar e saúde dos animais e no compromisso e
dedicação de aperfeiçoamento contínuo teórico e prático da aromaterapia pelos tutores e
profissionais.
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Referências
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3.Sempre diluir o óleo essencial. Nunca oferecer ou mostrar ao animal óleos essenciais
puros em frascos abertos. Para o teste olfativo, oferecer o frasco fechado ou diluir o óleo
essencial antes.
4.Observe primeiro, a resposta do animal a uma certa distância, para então aproximar o
frasco ao focinho do animal. A distância ideal varia entre os animais.
5.Respeitar a escolha do animal. Nunca force nenhum óleo essencial ou sinergia sem a
aprovação do animal.
6.Use somente óleos essenciais de boa qualidade e armazenados em local fresco e escuro.
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