Resumos Intervenção Psicológica
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EUGENISMO
Traz experimento que defendia o conjunto de conhecimentos e práticas que visavam a
melhoria das características genéticas de uma população. Para conseguir isso, adeptos
da eugenia acreditavam que era preciso excluir grupos indesejáveis e impedir a sua
reprodução.
A ideia foi disseminada por Francis Galton, responsável por criar o termo, em 1883. Ele
imaginava que o conceito de seleção natural de Charles Darwin – que, por sinal, era
seu primo - também se aplicava aos seres humanos.
Seu projeto pretendia comprovar que a capacidade intelectual era hereditária, ou seja,
passava de membro para membro da família e, assim, justificar a exclusão de negros,
imigrantes asiáticos e deficientes de todos os tipos.
Assim, apenas os brancos de descendência europeia povoariam o que eles entendiam
como ‘nação do futuro’.
Acreditava-se que a m melhoria racial só seria possível com um amplo projeto que
favorecesse o predomínio da raça branca no país.
DEFINIÇÃO DO ANORMAL
Definir o anormal por meio do que é de mais ou menos é reconhecer o caráter
normativo do estado dito normal. Esse estado normal ou fisiológico deixa de ser
apenas uma disposição detectável e explicável como um fato para ser a manifestação
do apego a algum valor (CANGUILHEM, 2012. P. 24).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nessa visão, pode-se abstrair que a norma, não sendo uma média estatística, é algo
individual, ou seja, uma noção que define as capacidades máximas de uma pessoa.
Assim, cada indivíduo teria sua concepção do que é normal para si, já que a média não
tolera desvios individuais que não podem ser considerados como patológicos.
SAÚDE MENTAL, GÊNERO E DISPOSITIVOS: Cultura e processos de subjetivação
O discurso do sujeito em sofrimento passou a ser traduzido em termos de
presença/ausência de sintomas (identificados pelo especialista), tais como os descritos
nos manuais, caracterizando-se por uma lógica binária.
Homem=racionalidade
Mulher=insanidade, loucura, essência feminina.
SINTOMATOLOGIAS
Para perfazer um transtorno, o paciente deveria apresentar um número mínimo de
sintomas, por certo período de tempo. No entanto essa compilação de sintomas, tal
como descrita nos manuais, apresenta limitações, sob uma perspectiva de gênero.
Seria à toa que índices epidemiológicos desse transtorno sejam mundialmente bem
maiores em mulheres? Ao definir os sintomas que compõem certo transtorno, sem
uma crítica de gênero, pode-se criar um olhar enviesado que hiper diagnostique
transtornos em certo grupo e invisibilize-os em outros.
SOBRE A LOUCURA
Em outras palavras, a loucura tem sido a etiqueta histórica para o protesto feminino e
a revolução. A loucura poderia ser compreendida como uma comunicação
desesperada de falta de poder, interpretada sob um prisma gendrado/moral acrítico.
Em outras palavras, os transtornos mentais são criações culturais que possuem efeitos
performativos: prescrevem formas de sofrimento que são passiveis de serem
reconhecidas, validades e amenizadas com terapêuticas também culturais.
Não se trata de negar a biologia, mas de pensar em uma interface complexa entre
mente, cérebro, corpo e cultura. Como apontam Gone e Kirmayer “os transtornos
psiquiátricos refletem o resultado de interações, entre os processos biológicos e o
meio social, mediadas por mecanismos psicológicos sobre a trajetória de
desenvolvimento de uma vida humana”.
A metáfora que criei para isso foi a da prateleira do amor. Essa prateleira é mediada
por um ideal estético profundamente perverso, moldado do começo do século
passado para cá: ele é branco, louro, magro e jovem. Quanto mais distante desse ideal,
maior o possível impacto sobre a autoestima das mulheres e a sensação de ser
encalhada.
OS INFAMES DA HISTÓRIA
A chegada do trem de ferro marcou esse período na cidade de montes claros. A linha
ligava Rio de Janeiro, BH e o norte de Minas à Bahia. Considerando essa chegada um
marco do progresso e do desenvolvimento de uma região, o trem de ferro também foi
usado para transportar aqueles que impediam o seu crescimento. O trem transpassava
os ‘doentes mentais’ de todo o estado de MG para hospícios, como o de Barbacena,
excluindo-os do convívio social.
FARMACOLOGIA
É o estudo e p uso cientifico de substancia química que alteram o funcionamento do
ser vivo com o objetivo de tratar alguma desordem. Do ponto de vista psicológico
temos a Psicofarmacologia, que é uma prática na área da saúde relativamente recente,
seu nascimento remonta principalmente para o final da década de 1940, quando se
deu a invenção de substancias que prometiam alterar o funcionamento
neuropsicológico do sujeito tido como doente mental.
OS PSICOFÁRMACOS
São medicamentos que auxiliam no alivio do sofrimento menta, podendo ser
indispensáveis para o tratamento de algumas psicopatologias. São substancias que
interferem em funções do sistema nervoso central proporcionando a redução do
desconforto causado pela sintomatologia dos transtornos mentais.
A decisão do uso da medicação exige um cuidado meticuloso, pois a decisão pode ser
influenciada pelos próprios conflitos e desejos inconscientes do psiquiatra. Trata-se de
um assunto polemico e multifacetado, uma vez que, provavelmente, existem
psicólogos concordantes com o uso e a eficácia dos psicoterápicos paralelamente à
psicoterapia e outros discordantes. Este conflito é possível ser observado nos casos em
que os psiquiatras favorecem apenas o uso dos psicofármacos e os psicólogos
preconizam apenas a psicoterapia.
A MEDICALIZAÇÃO DA VIDA
A ação de medicalizar é intitulada como medicalização do social, isto é; ela funciona
como um controle social que atinge toda a vida do sujeito, pois legitima e empossa-o
do papel de doente. Nesse viés, é preciso questionar a respeito da eficácia
psicoterápica dos seus efeitos colaterais e, principalmente, acerca da serventia para
pacientes portadores de sofrimentos psicológicos; pois aparentemente a tristeza, o
medo da morte, o desamparo, a solidão, a inquietude, o receio, a insegurança, o vazio
existencial ou até mesmo a falta de felicidade são ocorrência constante na vida do ser
humano.
PATOLOGIA E SUBJETIVIDADE
A patologia pode ser considerada objetiva pelo medico na sua pratica. No entanto,
essa percepção do patologista não faz com que seu paciente seja desprovido de
subjetividade. Adentrando assim, a necessidade de que este, provavelmente, terá de
ser visto além do fator biológico. Diante dessa colocação, abre-se espaço à
psicoterapia.
SUBJETIVIDADE
O ser humano, que neste caso se apresenta como paciente, é um ser subjetivo, sendo
que um método que é eficaz para um paciente pode não ser para outro. Por isso, da
necessidade de se examinar os aspectos subjetivos do paciente, usando não só dos
seus conteúdos manifestos, mas das associações transferenciais e contratransferência
também.
CENÁRIO ATUAL
A partir de 2016, com a aprovação da emenda constitucional 95, o poder congelou
investimentos em saúde até 2036, gerando um prejuízo estimado de bilhões para a
área. Além disso, uma serie de politicas fundamentais vem sendo alternadas sem o
aval so controle social, fragilizando a atuação do CNS. Por esse motivo, conselheiros e
conselheiras, junto à população brasileira veem se esforçando para a realização da 16°
conferencia nacional de saúde, também história em contexto de desfinanciamento e
fragilização do SUS.
CONCLUSÃO
Através dos dados e da articulação teórica, foi possível compreender que a maioria dos
psi percebem os psicofármacos como auxiliares no processo psicoterápicos e que
concordam que alguns pacientes necessitam utilizar os psicofármacos durante este
processo. Contudo, foi observado que muitos dos psi pesquisadores ainda tem
dificuldades quanto à relação com os psiquiatras, havendo assim, certo distanciamento
entre eles.