Economia Tributária - Estudo de Casos
Economia Tributária - Estudo de Casos
Economia Tributária - Estudo de Casos
CASOS ©
Compilação: Nilton Facci
SUMÁRIO
Introdução
ASPECTOS CONCEITUAIS
Contabilidade
Contabilidade Tributária
Planejamento Tributário
OPÇÕES TRIBUTÁRIAS
Lucro Real
Lucro Presumido
Simples Nacional
CASO 1: Análise dos Impactos das Mudanças no Simples Nacional Provocadas pela
Lei Complementar 155/2016
Autores: Carlos Henrique Marroni e William da Silva Minelli
CASO 2: Análise dos Custos Tributários de Empresa que Atua no Ramo de Prestação
de Serviços no Âmbito da Construção Civil, Especificamente para Grandes Obras
Públicas
Autores: Nilton Facci e Matheus Deganello Afonso
CASO 04: Análise das Opções Tributárias de Empresa que Atua no Ramo de Indústria e
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Comércio de Couros
Autores: Nilton Facci e Guilherme Rotta Matiusso
Email: [email protected]
Esta obra contém análises comparativas, teóricas e práticas, dos regimes de tributação no
Brasil.
Entretanto, observe-se que os casos práticos, e mesmo os regimes de tributação, não são
aplicáveis a todos os contribuintes e situações.
Portanto, cabe ao leitor determinar, entre os cálculos, aqueles que se apresentem viáveis
e aplicáveis à situação fiscal pretendida.
Entretanto, nenhuma garantia é dada quanto aos resultados, pois esta é uma coletânea
teórica/prática cuja utilidade depende de uma gestão adequada dos procedimentos
operacionais, de natureza contábil e fiscal.
Em função da dinâmica da legislação tributária, o conteúdo desta obra poderá ser alterado
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a qualquer momento, sem aviso prévio, para adaptar-se ao novo teor legislativo.
APRESENTAÇÃO
Dado que nem todas empresas possuem um orçamento prévio, elaborado e preciso,
contendo as receitas e despesas projetados para o exercício seguinte, cabe ao gestor reunir
tais informações, questionando-se também das restrições de cada regime e como tomar a
decisão correta sobre uma possível opção neste ou naquele.
Esta decisão não deve ser tomada à esmo, levado pelas “emoções” ou “palpites”, sendo
atribuição do analista elaborar o que chamamos de “estudo de opções”, com conteúdo
embasado em cálculos matemáticos e técnico-legislativo. “Da preguiça jaz o erro”, e os
“chutes” podem levar uma empresa a desperdiçar recursos preciosos em tributos que
poderiam ser evitados.
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Parabéns Nilton Facci e equipe esta segunda obra dirigida a nós, tributaristas e
planejadores fiscais!
INTRODUÇÃO
Essa segunda obra tem base conceitual legislação tributária inicialmente semelhante à
primeira, intitulada “Lucro Real x Lucro Presumido x Simples Nacional”, publicada pelo
site www.portaltributario.com.br, tem como foco a apresentação de casos diferentes dos
apresentados na primeira.
Como forma de destacar a importância das análises destacadas nessa nova obra, deve-se
enfatizar que, praticamente, nenhum contribuinte, seja Pessoa Física ou Pessoa Jurídica,
desconhece aspectos primários do funcionamento de alguns tributos no Brasil, mas nem
sempre (ou quase sempre) desconhece como proceder, de forma legal, a minimizar o
impacto dos respectivos encargos sobre suas atividades ou rendas.
Mesmo quem ainda não chegou a cursos no ensino superior, especialmente nas áreas de
Contabilidade e do Direito, de alguma forma, sabe que o pagamento de impostos, como
mais conhecido popularmente, é tema recorrente entre vários grupos da sociedade.
Seja na conversa de amigos; seja nas relações com colegas de trabalho; seja observando
comentários nos jornais, emissoras de televisão, notícias em sites, redes sociais - as
pessoas estão, cada vez mais, constatando que existem entraves nas relações entre a
sociedade e o Estado, quanto a cobrança e o pagamento de impostos, assim como na
qualidade dos serviços públicos prestados, nas três esferas: municipal, estadual e federal.
Esta percepção quase não existia, com toda essa extensão, no início dos anos de 1980.
Até mesmo entre profissionais da contabilidade, com exceção daqueles que atuavam em
grandes centros econômicos, a expressão Planejamento Tributário era pouco conhecida.
Provavelmente o primeiro livro que trata sobre o assunto, de forma objetiva e prática,
ainda que de forma mais tênue, foi elaborado por Laudio Camargo Fabretti,
“Contabilidade Tributária”, editado em 1994. Essa data é aproximada, considerando que
a terceira edição publicada pela Editora Atlas ocorreu em 1996.
Como fato histórico, é importante destacar que, há pelo menos 30 anos, profissionais da
contabilidade buscavam informações e conhecimentos na área tributária por meio de
revistas técnicas especializadas. As atuais possibilidades tecnológicas ainda não eram
nem sonhadas. Nesse contexto histórico, quase que somente advogados tributaristas
atuavam em procedimentos ligados ao termo Planejamento Tributário. Se alguém desejar
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verificar em bibliotecas universitárias, vai encontrar livros editados nos anos de 1960 e
1970 algumas obras que tratam do tema, inclusive com títulos específicos nesse universo
tributário.
Percebeu-se claramente que ações na ótica do Direito Tributário poderiam ser mais
eficientes, enquanto procedimentos lícitos na busca por, primeiro, pagar corretamente os
tributos de determinado contribuinte, mas também buscar formas de reconhecimento do
fato; mensuração dos efeitos monetários desse fato; correta relação do fato e das
incidências tributárias específicas a determinadas operações comerciais e outras
derivadas da dinâmica patrimonial; elaboração de relatórios específicos na evidenciação
dos registros contábeis e dos efeitos tributários sobre o patrimônio; e das relações
recíprocas entre a Pessoa Jurídica e os investidores.
Os quatro casos abordam empresas que atuam nos seguintes seguimentos ramos:
Prestação de Serviços no âmbito da Construção Civil; Indústria e Comércio de Couros;
Ensino Superior Privado. Também estão apresentados aspectos específicos para quatro
empresas que atuam em ramo industrial, comércio e na prestação de serviços,
especificamente quanto a variações no Simples Nacional. Todas estão situadas no Estado
do Paraná. Os estudos e análises se referem a fatos ocorridos em 2017.
Limitado às permissões legais, as opções tributárias analisadas são Lucro Real, Lucro
Presumido e Simples Nacional. Também foi objeto de análise os resultados contábeis e
tributários identificados para o Simples Nacional, considerando as mudanças para 2018.
Esse aspecto permitiu a identificação de possíveis vantagens ou desvantagens nessa
mudança.
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Esperamos que esses estudos possam contribuir para que mais profissionais da
contabilidade percebam as possibilidades na esfera do Planejamento Tributário, ao
compreender que suas contribuições são muito valiosas para qualquer contribuinte. Que
perceba também que, ao buscar soluções tributárias para qualquer contribuinte no âmbito
do Planejamento Tributário, é preciso que outros profissionais contribuam juntamente, na
foram de equipes, principalmente aqueles que atuam na esfera do Direito Tributário.
Qualquer sugestão, crítica e análises serão extremamente bem recebidas. Para isso,
poderão utilizar o seguinte endereço eletrônico: [email protected].
A obra inicia com essa Introdução, destacando aspectos sobre Planejamento Tributário,
o objetivo principal a que se propôs, bem como as limitações das análises. Em seguida
apresenta aspectos gerais sobre Contabilidade Tributária e Planejamento Tributário. Na
sequência, apresenta os casos estudados. Além da base conceitual e tributária, de forma
genérica, outras foram necessárias, de acordo com as características comerciais, societáris
e tributárias de cada caso apresentado. Conforme a descrição de cada caso, os autores
acrescentaram a legislação pertinente.
ASPECTOS CONCEITUAIS
Antes de iniciar as análises das opções tributárias para os casos em destaque apresentados
nesse estudo, entendemos importante discorrer, mesmo que de forma básica, aspectos
conceituais e dos objetivos de termos relevantes utilizados.
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CONTABILIDADE
Os conhecimentos produzidos pelo homem buscaram soluções para situações vividas pela
sociedade, e assim também ocorre com a Ciência Contábil.
Em seguida, apresentar suas sugestões para que esses patrimônios possam, de acordo com
seus objetivos, atender os objetivos de seus detentores, assim como contribuir para que
objetivos de outros patrimônios, e até de outras pessoas, também sejam atendidos. Nesse
sentido, inclusive patrimônios e objetivos de organizações públicas.
Entre os mecanismos utilizados pela Ciência Contábil para contribuir com os objetivos
de determinados patrimônios, estão as proposições nas construções de relatórios que, em
primeiro momento, consigam, até certo ponto, resumir os fatos econômicos e financeiros
ocorridos na gestão desses determinados patrimônios.
Por meio desses relatórios, a Ciência Contábil compreende que é uma das formas de
comunicação entre esses patrimônios e seus investidores, assim como com a sociedade,
seja esta de determinado país ou de outro.
A Ciência Contábil vai buscar compreender esse patrimônio em seus aspectos legais, isto
é, como a legislação que aborda relações jurídicas entre patrimônios empresariais; (1)
com outros patrimônios empresariais; (3) com seus investidores; e, (4) com entidades
públicas.
Entre tantos aspectos que a Ciência Contábil busca compreender, estão aqueles ligados
às relações entre patrimônios e a legislação tributária.
A seguir, busca conhecer e compreender como essas relações são percebidas pela
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Após conhecer como ocorrem as relações citadas no parágrafo anterior e suas implicações
tributárias, a Ciência Contábil busca identificar, mensurar, registrar, controlar e
evidenciar, por meio de relatórios contábeis específicos, os impactos da legislação
tributária na dinâmica desse determinado patrimônio empresarial.
Nesse relatório é que são descritas as incidências tributárias nas operações comerciais
realizadas pelo patrimônio empresarial, e também sobre os resultados obtidos. Portanto,
é esse relatório que está diretamente ligado a formas definidas para procedimentos
contábeis e as influências tributárias na dinâmica patrimonial. Esse relatório é o que está
em destaque em todos os casos apresentados.
CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA
De acordo com Fabretti (1999), a Contabilidade Tributária pode ser considerada uma
ramificação da Contabilidade, pois visa justamente não somente aplicar procedimentos
conceituais e práticas da Ciência Contábil, mas também identificar, mensurar, registrar,
controlar e evidenciar os impactos da legislação tributária incidente sobre as operações
comerciais, e sobre resultados, identificados na dinâmica dos atos e do patrimônio
empresarial.
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
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Por meio desses objetivos, as práticas definidas como componentes do amplo ambiente
conceitual do que a literatura denomina de Planejamento Tributário, qualquer
contribuinte, especialmente para os casos apresentados nesse texto, poderá elaborar
planos que possam, não somente alcançar economia nos gastos tributários, mas, com
certeza até mais importante, ações que visam de forma mais ampla, a gestão de toda a
empresa.
Não pode ser deixado de ressaltar que, dependendo da proporcionalidade entre tributos
específicos, assim como de toda a carga tributária que exige das empresas a obtenção de
recursos financeiros para o seu pagamento, vários aspectos ligados à gestão empresarial
são afetados.
Apenas focando um exemplo, pode ser considerada a formação do preço de venda. Neste
âmbito, está a incidência do ICMS. Conforme cada um dos 27 estados brasileiros,
dependendo das formas estabelecidas entre vendedor e comprador, a incidência desse
tributo será diferente em cada um desses estados. Nesse ambiente já vastamente
compreendido como completo, com as empresas que realizam operações comerciais para
vários estados deverão agir para definir preço de venda? Entre os fatores que provocam
essa complexidade no ICMS, está a chamada “guerra fiscal” entre os 27 estados.
Para os casos apresentados nesse texto, pode-se considerar que são “irmãs siamesas”, ou
mesmo “gêmeas univitelinas”, dado as grandes relações entre essas duas ciências, quanto
ao procedimentos e objetivos do Planejamento Tributário.
Embora existam grandes relações entre a Ciência Contábil e a Ciência do Direito, os casos
apresentados nesse texto não tem objetivo de colocar em análises qualquer questão
jurídico-tributária. As análises das opções tributárias, das formas apresentadas, estão no
âmbito do Planejamento Tributário Operacional, caracteristicamente elaborados por
profissionais da contabilidade.
OPÇÕES TRIBUTÁRIAS
O regime de tributação é a forma pela qual são identificadas as bases de cálculos dos
tributos sobre o lucro.
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LUCRO REAL
O Lucro Real é o regime de tributação em que a empresa calcula o valor dos tributos
como Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL) com base no lucro líquido apurado durante o exercício, após a dedução
e inclusão dos ajustes no LALUR.
No Lucro Real ainda existe a permissão para que a empresa opte pelo Lucro Real Anual
ou Lucro Real Trimestral, conforme permite a Lei nº 9.430 de 1996.
Os critérios para que empresas sejam obrigadas a apurar o IRPJ e a CSLL pelo Lucro
Real estão dispostos no Artigo 14 da Lei nº 9.718/98. Caso a empresa esteja enquadrada
nessa opção, deverá, obrigatoriamente, elaborar o Livro de Apuração do Lucro Real
(Lalur), atualmente contido na ECF – Escrituração Contábil Fiscal.
O Lalur é um livro de apuração do Lucro Real, que possui uma escrituração fiscal
obrigatória para todas as empresas contribuintes do imposto de Renda com base no Lucro
Real. Esse livro é composto por duas partes: parte A e parte B.
Como Exclusões, poderão ser registrados valores em que é permitido a dedução e não
foram computados durante a apuração do lucro líquido. Também é permitido a exclusão
dos resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração do
lucro líquido que, de acordo com a legislação tributária, não sejam computados na
determinação do Lucro Real.
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Portando, após identificado o Lucro Real no Lalur, será aplicada a alíquota de 15% sobre
o lucro encontrado. Caso esse lucro ultrapasse o montante de R$ 20.000,00 (vinte mil
reais) por mês, a empresa deverá identificar também o chamado Adicional de Imposto de
Renda da Pessoa Jurídica.
LUCRO PRESUMIDO
O Lucro Presumido é forma simplificada de apuração da base de cálculo dos tributos IRPJ
e CSLL, utilizada pelos contribuintes que, conforme parâmetros estabelecidos no Artigo
13 da Lei 9.718 de 1998, não estão obrigados ao regime de tributação com base no Lucro
Real.
Para se realizar o cálculo do IRPJ pelo Lucro Presumido é necessário tomar faturamento
bruto da empresa, compreendendo todas as receitas de venda de mercadorias e de
prestação de serviços.
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Aplica-se então sobre essa base de cálculo a alíquota vigente para o cálculo do tributo
IRPJ e CSLL.
Ressalte-se que, além do lucro identificado pela aplicação das alíquotas descritas no
parágrafo anterior, o artigo 25, Inciso II da Lei 9.430 de 1996, descreve outras receitas
que deverão ser adicionadas ao lucro, na definição da real base de cálculo do IRPJ. Entre
as mais comuns, estão o Ganho de Capital na venda de ativos, e as receitas financeiras.
Conforme o a Lei 9.430 de 1996, em seus artigos. 2 a 3, a alíquota do IRPJ aplicada sobre
o lucro será de quinze por cento, sendo que quando o lucro ultrapassar o montante de R$
20.000,00 (vinte mil reais) por mês o IRPJ está sujeito ao adicional de dez por cento na
sua alíquota sobre o valor ultrapassado.
TRIBUTOS FEDERAIS
Para as Pessoas Jurídica, sendo essa lei um dos dispositivos que regulamenta esse tributo,
ela também determina que sua apuração deve seguir as regras aplicáveis ao regime do
Lucro Real, Lucro Presumido ou Lucro Arbitrado.
Embora o IRPJ seja calculado em várias opções tributárias, sua alíquota é a mesma em
todas, sendo essa o percentual de quinze por cento que incorre sobre a base de cálculo
apurada (Lucro Real, Lucro Presumido) mais dez por cento que sobre montante de lucro
que exceder a R$ 20.000,00 por mês.
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A CSLL tem como alíquota o percentual de nove por cento, que é aplicado sobre a base
apurada nas opções Lucro Real e Lucro Presumido.
O Programa de Integração Social, mais conhecido como PIS, é foi instituído pela Lei
Complementar nº 7/70 e sua arrecadação tem por objetivo integrar os trabalhadores na
vida e no desenvolvimento das empresas (PEGAS, 2013). Sendo esse é um tributo de
competência da União que incidirá sobre o s faturamento da empresa, com alíquotas de
0,65% ou 1,65% dependendo do regime de tributação.
Tanto o PIS como a COFINS incidem sobre o total de receitas auferidas no mês pela
pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil, porem
conforme o art. 1 da Lei 10.637 de 2002, à algumas receitas que podem ser excluídas da
base de cálculo desses dois tributos, sendo essas receitas:
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Quando a empresa está enquadrada no regime tributário do Lucro Real, o PIS e a COFINS
seguirão as mesmas regras estabelecida pela Lei 10.637 de 2002, sendo assim de modo
resumido sua base de cálculo será a receita bruta menos as devoluções de vendas, vendas
canceladas e os descontos incondicionais.
De acordo com o Artigo 13 da Lei 10.925 de 2004, tanto na modalidade cumulativa como
na não-cumulativa, é são permitidas as exclusões da base cálculo do IPI e do ICMS/ST,
quando incluídos na receita.
Desse modo o PIS e a COFINS incidiram sobre a receita bruta menos as devidas
exclusões, aplicando alíquotas de 1,65% e 7,6% respectivamente. Porém a empresa,
quando enquadrada no Lucro Real, tem como vantagem que o PIS e COFINS é no regime
não cumulativo e conforme artigo 3 da Lei 10.637/2002 poderá tomar crédito dos valores
desses tributos sobre os seguintes eventos:
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combustíveis e lubrificantes
• Pagamento de aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa
jurídica, utilizados nas atividades da empresa
• O valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa
jurídica, exceto de optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES.
• Aquisição de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo
imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros ou para utilização
na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços.
• Pagamento de edificações e benfeitorias em imóveis de terceiros, quando o custo,
inclusive de mão-de-obra, tenha sido suportado pela locatária;
• O valor dos bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado
faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei;
• Pagamento de energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor,
consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica;
• Pagamento de vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou
uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades
de prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção;
• O valor dos bens incorporados ao ativo intangível, adquiridos para utilização na
produção de bens destinados a venda ou na prestação de serviços.
É importante salientar que o crédito será determinado conforme alíquota prevista para
cada fato, e que a determinados fatos em não é possível tomar crédito, como por exemplo:
mão de obra, aquisição de produtos tributados à alíquota zero e contratação de serviços
de pessoa física.
Mesmo tais determinações, existem inúmeras ações judiciais discutindo essas vedações
normativas.
De com artigo 22 da Lei nº 8.212 de 1991, a CPS, popularmente conhecida pela sigla
“INSS” (ou ainda, CPP – Contribuição Previdenciária Patronal), tem alíquota de 20%,
aplicada sobre o total da folha de pagamento das empresas. Tal alíquota também incide
sobre o total das remunerações pagas ou creditadas no decorre do mês ao segurado
contribuinte individual.
A Lei 8.212 de 1991 define que, além do INSS patronal, a empresa também deve recolher
outras contribuições que incorrem a sobre a folha de pagamento, sendo essas o RAT
(Risco de acidente de trabalho) com alíquota pode variar de 1, 2 ou 3 % conforme o risco
do trabalho executado e contribuições pagas a terceiros, cujo são entidades mantidas pelas
empresas mediante contribuição obrigatória (SESI, SENAI, SEBRAE, INCRA e salario
obrigação).
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O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é um tributo instituído pela Lei 5.107
de 1966, que tem por objetivo dar proteção ao trabalhador.
De acordo com o art. 15 da Lei 8.036 de 1990, todas as empresas sujeitas à Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT) ficam obrigadas a depositar, até o dia 07 (sete) de cada mês,
em conta bancária vinculada, importância correspondente a 8% (oito por cento) da
remuneração paga no mês anterior a cada empregado, optante ou não, excluídas as
parcelas não mencionadas nos artigos 457 e 458 da Constituição das Leis Trabalhistas.
Desse modo o cálculo do FGTS a ser recolhido pela empresa para um funcionário que
tem o salário de R$ 2.000,00 e recebeu R$500,00 de horas extras, deverá ter o FGTS
depositado pela empresa no valor de R$200,00 (2.500,00 x 8%).
Sua incidência é sobre os produtos industrializados, de acordo com o artigo 153, inciso
IV, a Constituição ainda determina que o imposto será seletivo de acordo com a
necessidade do produto, será não cumulativo, permitindo compensação com montantes
cobrados anteriormente, não terá incidência sobre produtos destinados à exportação e terá
impacto reduzido, para os contribuintes, sobre a compra de bens de capital.
O IPI Tem duas funções extrafiscais, segundo Rezende, Pereira e Alencar (2010),
reguladora: que aplica o imposto de acordo com a utilidade do produto, utilizando
alíquotas menores aos produtos de maior necessidade e maiores aos produtos tidos como
dispensáveis; outra função seria protecionista, que visa aumentar ou desestimular a
produção de determinado produto, por meio de acréscimo ou redução da alíquota aplicada
neste, com intenção de desenvolver uma atividade ou região.
A base de cálculo do IPI definida pela legislação é o valor de venda do produto, acrescido,
caso seja o valor total da nota fiscal seja composto, também, pelo frete e mais despesas
acessórias.
Após efetuar a industrialização de seu produto, sofre a incidência do imposto sobre seu
valor de venda e passa a ter um débito com o fisco. O imposto devido será a diferença
entre o crédito e débito dos impostos calculados. O IPI é um imposto “por fora”, sua
incidência é sobre o valor de venda do produto e é acrescido a ele, sendo repassado para
o comprador.
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Mercosul (NCM).
TRIBUTOS ESTADUAIS
Conforme o Decreto 7.871 de 2017, para o Estado do Paraná, o ICMS incide sobre as
vendas de mercadorias com seguintes alíquotas:
• 12% para vendas de mercadorias com destino nos Estados de Minas Gerais, Rio
Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.
• 7% para vendas de mercadorias com destino nos demais Estados e o Distrito
Federal.
• 18% para vendas à contribuintes com destino no Estado do Paraná. No entanto
nesse tipo de venda ocorre o diferimento parcial da alíquota em 33,33%, desse
modo a alíquota é reduzida para 12%.
• 18% para vendas realizadas à consumidores finais com destino no Estado do
Paraná.
O montante de ICMS a recolher por estabelecimento será calculado através da diferença positiva, no período
considerado, após o confronto entre créditos e débitos do tributo.
TRIBUTOS MUNICIPAIS
Desse modo, como as empresas em estudo estão sediadas no Município de Maringá, no Estado do Paraná, a
Lei que regulamenta o imposto é a Lei Complementar nº 1.072 de 2016 e a Lei Complementar 677 de 2007.
Observe-se que cada município, no Brasil, têm sua respectiva regulamentação do imposto.
Segundo a Lei Complementar 677 de 2007, fato gerador desse tributo será a prestação de serviços que constam
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em seu quinto parágrafo. As alíquotas iniciam com 2%, com o máximo de 5%. Estão dispostas na legislação
de acordo com o tipo de prestação de serviço executado.
SIMPLES NACIONAL
O Simples Nacional trata-se de um regime tributário que tem por objetivo o favorecimento das Microempresas
(ME) e às Empresas de Pequeno Porte (EPP), assim conforme a Lei Complementar nº 123 de 2006, ele
permite:
• Apuração e recolhimento dos impostos e Contribuições da União, dos Estados do Distrito Federal
e dos Municípios, através
• do regime único de arrecadação;
• Realizar a cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias e de suas obrigações
assessórias;
• Ter acesso a crédito e ao mercado.
Ou seja, para as microempresas e pequenas empresas enquadradas nesse regime é possível o recolhimento dos
tributos através de um único documento de arrecadação, assim conforme a art. 13 da Lei Complementar 123
os seguintes tributos fazem parte do Simples Nacional:
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A Lei Complementar 123 de 2016, com alterações determinadas pela Lei Complementar
155 de 2016, define microempresa, como sendo a empresa que auferiu em cada ano
calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil) e
empresa de pequeno porte como sendo a empresa que durante cada ano calendário obteve
a receita bruta superior a R$ R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil) e igual ou inferior
a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
As empresas em análise nesta obra atuam nos seguintes ramos de atividade: indústria,
comércio e serviços.
As alíquotas do Simples Nacional a ser calculado para 2016 é encontrada com base no
anexo I e III da Lei Complementar 139 de 2011, para as operações comerciais realizadas
até 2017. Para as realizadas a partir de 2018, deverão ser utilizadas as tabelas definidas
pela Lei Complementar 155 de 2016. As tabelas utilizadas estão em anexo.
Para elaborar os cálculos do valor a pagar para Simples Nacional em 2016 é necessário
identificar a receita acumulada dos últimos 12 meses e assim determinar alíquota que a
empresa se enquadra. Posteriormente aplica-se a alíquota identificada sobre o
faturamento da empresa deduzido das devoluções de venda.
Exemplo para operações realizadas até 2017: Uma empresa do estado do Paraná possui
receita bruta acumulada nos 12 meses imediatamente anteriores de R$ 1.400.000,00 e no
mês atual obteve receita com vendas de ferramentas no valor de R$ 120.000,00, receita
com prestação de serviços de R$ 40.000,00 e ganho de capital de R$ 3.000,00.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 20
Alíquota do Simples Nacional corrigida = 7,65% (8,45 – 2,87 + 2,07) Venda do período
= 120.000,00
Simples Nacional sobre venda = 9.180,00 (120.000,00 * 7,65%)
Importante destacar que o cálculo efetivo para o Simples Nacional, inclusive para as
mudanças definidas a partir de 2018, é oficialmente realizado somente no site da Receita
Federal do Brasil, no Portal do Simples Nacional. Portanto, os resultados apresentados
como exemplos podem não ser, exatamente, os calculados nesse site, possibilitando assim
diferença de centavos ou pequenos montantes em reais.
No dia 27 de outubro de 2016 foi sancionada a Lei Complementar 155 que reorganizou o
cálculo do Simples Nacional. Desse modo as novas mudanças começam a vigorar a partir
de 2018. Como presente estudo propõe analisar as opções tributaria da empresa, faz se
necessário calcular os resultados a partir da nova Lei utilizando as receitas de 2016,
conforme segue a baixos os quadros utilizadas para estudo e a metodologia de cálculo dos
Simples Nacional de 2018.
O valor encontrado deve ser dividido pela receita bruta acumulada do mês anterior e o
percentual encontrado deve ser aplicado sobre a receita de vendas ou de serviços prestado
do mês em apuração.
Exemplo:
Empresa do Estado do Paraná possui receita bruta acumulada nos 12 meses
imediatamente anteriores de R$ 1.400.000,00 e no mês atual obteve receita com vendas
de mercadorias no valor de R$ 120.000,00, receita com prestação de serviços de R$
40.000,00.
Cálculo:
Simples Nacional para venda sem a redução do ICMS/PR
Base de cálculo = R$ 1.400.000,00 x 10,70% = 148.800,00 – 22.500,00 = 126.300,00
Alíquota = 9,02% ((126.000,00/1.400.000) * 100)
Receita do período = 120.000,00
Simples Nacional sobre venda = 10.824,00 (120.000,00 * 9,02%)
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Redução do ICMS/PR:
Base de cálculo = R$ 1.400.000,00 x 3,5845 = 50.183,00 -14.351,40 = 35.831,60
Alíquota = 2,5594
Receita do período = 120.000,00
Alíquota final do Simples Nacional = 9,02% - 3,0217% + 2,5594% = 8,5577%
Valor total final = 8,5577% x 120.000,00 = 10.269,40
Uma das principais alterações trazidas pela L. C. nº 155/16 se refere à ampliação do teto
de faturamento para enquadramento no regime do Simples Nacional.
Até dezembro de 2017 o limite era de R$ 3,6 milhões, para o ano de 2018 em diante esse
limite conforme o art. 3º da L. C. nº 123/06 alterado pela L. C. nº 155/16 é de R$ 4,8
milhões de reais.
No entanto esse aumento somente para os impostos federais. Para o imposto estadual
(ICMS) e imposto municipal (ISS) ainda prevalece o limite de R$ 3,6 milhões, sendo o
recolhimento desses impostos mediante o regime normal conforme disposto no art. 13-A
da L. C. 123 incluída pela L. C. 155.
Com a L. C. nº 155/16, conforme seu art. 18, para se encontrar o valor devido do Simples
tem-se que analisar o faturamento dos últimos 12 meses a fim de se encontrar a faixa que
a empresa se encontra e assim a alíquota nominal dessa faixa Cada faixa possui uma
parcela a deduzir, como no imposto de renda.
RBT12 x Aliq. N. − PD
RBT12
Onde:
RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de apuração;
Aliq. N.: alíquota nominal constante dos Anexos e
PD: parcela a deduzir constante dos Anexos.
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Encontrado a alíquota efetiva basta multiplicá-la pelo valor da receita bruta mensal para
cálculo do valor devido do Simples. No caso para as prestadoras de serviço o percentual
efetivo máximo destinado ao ISS será de 5%.Caso haja excedente do percentual, o valor
do ISS se fixa em 5% e o percentual superior a esse fixo deve ser transferido de forma
proporcional, aos tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Com a relação
das faixas e dos Anexos, houve redução destes, de 20 faixas de faturamento para somente
6 faixas e de 6 Anexos agora há apenas 5.
Algumas atividades que antes não podiam aderir ao regime, agora com a nova regra foi
permitida sua inclusão. Dentre algumas das atividades se encontram: As micro e pequenas
cervejarias, micro e pequenas vinícolas, produtores de licores e micro e pequenas
destilarias que antigamente não eram permitidas optar pelo regime do Simples.Agora com
a nova lei podem aderir a esse regime tributário; arquitetura e urbanismo; medicina,
inclusive laboratorial, e enfermagem; odontologia e prótese dentária; psicologia,
psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de
nutrição e de vacinação e bancos de leite.
Com as mudanças do Simples Nacional, está a figura do investidor anjo, pessoa física ou
jurídica que realiza investimentos financeiros na empresa não tendo direito a voto em
assembleias e em reuniões de sócios. Conforme art. 61-A da nova lei, a remuneração do
investidor anjo será relativa aos resultados econômicos conforme expresso no contrato de
participação não sendo superior a 50% dos lucros da MPE.
Pesquisas anteriores abordaram tema semelhante ao deste estudo, assim estas pesquisas
foram analisadas. O Quadro 1 a seguir detalha a autoria, ano de publicação, objetivo e
resultados dessas pesquisas:
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O impacto na tributação das
Estudar os impactos na
empresas é negativo. As ME e
tributação causados na
EPP recolherão mais tributos
Microempresas e Empresas de
2017 BRITO praticamente em todos os
Pequeno Porte, advindos pelas
Anexos, excluindo apenas o
mudanças da Lei
Anexo V que sofreu uma redução
Complementar 155/2016.
na tributação.
Após o estudo comparativo entre
a Lei Complementar nº 123, de
Mostrar às empresas, de
14/12/2006 e a Lei
pequeno porte do comércio
Complementar nº 155, de
varejista do ramo de calçados
27/10/2016, nota-se que as
no Estado de São Paulo, a
empresas a partir do dia
importância de fazer um
01/01/2018, irão sofrer aumento
LEITÃO et planejamento tributário, assim
2017 na carga tributária a partir da
al. contribuindo de forma
segunda faixa de faturamento.
significativa para tomada de
Diante do resultado do estudo
decisão, incentivando o poder
comparativo a empresa deve unir
de decidir a melhor opção de
esforços das áreas envolvidas,
regime tributário a ser
juntamente com os profissionais
enquadrada.
qualificados para elaborar o
planejamento tributário.
Verificou-se que, para o ano de
2016, mesmo que se utilizasse a
vigência atual ou fosse realizada
Analisar, com relação às
uma simulação com as alterações
atividades e às alíquotas
que entrarão em vigor em 2018, o
atribuídas ao Anexo VI da Lei
impacto do regime tributário no
Complementar nº 123/2006, e
resultado da empresa seria menor
futuramente ao novo Anexo, se
se ela optasse pelo Lucro
2017 PEGORARO é mais vantajoso, para o
Presumido. Isso demonstra que,
resultado da empresa de
mesmo que o Simples Nacional
pequeno porte estudada, utilizar
seja um sistema simplificado e
o Simples Nacional como
favorecido para microempresas e
método de tributação ao invés
empresas de pequeno porte, ele
do Lucro Presumido.
não é o mais interessante para o
resultado das empresas neste
caso.
Mesmo sofrendo as alterações da
Lei Complementar nº 155/2016,
o Simples Nacional continua
Apresentar as mudanças que
sendo um regime de tributação
estão ainda por vir para o
viável para as micro e pequenas
Simples Nacional, deixando
empresas, pois todas as alterações
2017 SANTOS evidentes os impactos nas
melhoraram o regime de
empresas que optaram por esse
tributação e as mudanças foram
regime de tributação, a partir do
voltadas para beneficiar as
ano de 2018.
empresas adeptas pelo Simples,
abrindo um novo leque de opções
e facilitando o enquadramento.
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A empresa Alfa mostrou um
comportamento positivo, no
sentido de apresentar menor
alíquota e menor imposto em
todos os meses presentes na
coleta de dados, a empresa Gama
expôs estabilidade no primeiro
ano, mas apresentou um
Mensurar qual o (b) ônus em desempenho favorável no
permanecer tributado pelo resultado da empresa no último
Simples Nacional no ano de semestre da análise. Porém, para
2017 SILVA 2018, com essa substituição da a empresa Delta não se pode
Lei Complementar nº 123/2006 responder com clareza se houve
pela a Lei Complementar nº bonificação ou não, visto que em
155/2016. 27,8% do caso em análise,
quando tributada pelo Anexo III,
o cenário da empresa se encontra
favorável, mas em sua maioria a
entidade esteve tributada pelo
Anexo V e analisando os
resultados finais, este quadro se
encontra desvantajoso, ou seja,
haveria oneração.
Verificou-se com os cálculos
comparativos que, dentro do
Verificar as mudanças que
mesmo Anexo e faixa, obteve-se
ocorrerão na tributação do
uma redução e aumento em
2017 SILVA et al. Simples Nacional em 2018,
comparação ao Simples Nacional
desenvolvido através de uma
vigente até 2017, quando
revisão bibliográfica.
comparada com as alterações que
terão vigência a partir de 2018.
Verificar a influência do gasto Com a vigência da Lei
com folha de pagamento na Complementar nº 155, de 2016, o
carga tributária das empresas gasto com a folha de pagamento
2017 TRINDADE optantes pelo Simples Nacional impacta de forma importante na
enquadradas no Anexo V da redução da carga tributária das
Lei Complementar nº 155, de empresas enquadradas no Anexo
2016. V desta Lei Complementar.
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apuração do ISS, foi contatado, segundo comparação com a L. C. nº123, que em alguns
casos a opção pelo Lucro Presumido é a menos onerosa. Ao comparar o Lucro Presumido
com a L. C. nº155, chegou-se àconclusão de que após o limite da faixa de RBA de R$
1.800.000,00 os valores a pagar pelo Simples Nacional possuem uma diferença muito
grande ao comparar com o Lucro Presumido, chegando em alguns casos a representar o
dobro de impostos, tornando assim o Lucro Presumido o regime mais vantajoso.
Um fato curioso levantado pela pesquisadora foi que as EPP's que faturam entre R$
900.000,00 e R$ 1.800.000,00 no ano sofrem um maior aumento da carga tributária do
que as demais.
Foi realizado uma pesquisa por Leitão et al. (2017) comparando o Anexo I - comércio
analisando a L. C. nº 123 e a L. C. nº 155. Através dessapesquisa, foi possível constatar
que as empresas a partir da segunda faixa de faturamento, de acordo com o Anexo, sofrem
um aumento na carga tributária.
O estudo por Pegoraro (2017) foi realizado em uma clínica de saúde em Porto Alegre/RS,
sendo tributado pelo Anexo VI conforme a L. C. nº 123 e pela L. C. nº 155 conforme o
Anexo III ou V, dependendo da razão da folha de pagamentos com a receita bruta. Foram
realizados cálculos de quanto a empresa iria pagar caso optasse pelo Lucro Presumido ou
pelo Simples Nacional seguindo a legislação antiga e a nova legislação.
Assim, mediante os cálculos foi constatado que a empresa pagaria menos impostos caso
optasse pelo Lucro Presumido. Vale destacar que a mudança no Simples Nacional
diminuiu o valor a pagar ao considerar a legislação anterior.Neste caso, a empresa,
segundo a nova regra, foi tributada de acordo com o Anexo V, devido ao fator “R” (folha
de pagamento total sobre receita bruta total) ser inferior a 28%. Caso esse fator fosse
superior a 28%, segundo os cálculos, compensaria para a empresa o Simples Nacional
segundo a nova legislação, haja vista que economizaria em valores a pagar de impostos.
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Silva (2017) realizou sua pesquisa em 3 empresas, sendo em dois dos três ramos de
atividade, sendo eles comércio e serviços. Comparou o valor ocorrido de fato, segundo a
L. C. 123 com a previsão, caso a empresa obtivesse o mesmo resultado, de acordo com a
L. C. 155. No caso da empresa de comércio (alfa), tributada pelo Anexo I da L. C. 123 e
L. C. 155, houve redução do valor a pagar do imposto com a mudança da legislação.
No caso de uma prestadora de serviços (delta), tributada pelo Anexo III da L. C. 123 e
com a mudança, tributada pelo Anexo III ou V dependendo do fator “R”, a situação de
mudança na legislação não foi favorável à empresa. Houve casos em que ela foi tributada
pelo Anexo V, sendo o pagamento do imposto mais oneroso, nos casos em que foi
tributado pelo Anexo III a situação ficou similar quando tributada pelo Anexo III da L.
C. 123. A outra prestadora de serviços (gama) é tributada pelo Anexo III em ambas
legislações, apresentou uma redução do imposto a pagar com a mudança na legislação.
Nesse caso, a empresa pode ser tributada de acordo com o Anexo III ou V, o Anexo é
definido pelo fator “R”. Foi constatado pelos cálculos que há uma economia para a
empresa independentemente se for tributada pelo Anexo III ou V, tendo em vista o
modelo do Simples Nacional segundo a legislação antiga.
Como se pode observar nas pesquisas correlatas a este estudo, os pesquisadores obtiveram
resultados variados quando comparados. Essas pesquisas se utilizaram de simulações,
modelos estatísticos e observação da legislação para avaliar se as mudanças no regime do
Simples Nacional foram positivas ou negativas. O presente estudo avaliará essas
mudanças com uma nova perspectiva, o novo regime já está em vigor, portanto, tem-se
uma base mais sólida para realizar a comparação com o regime antes da mudança, não
precisando de simulações com dados hipotéticos.
Autores:
William da Silva Minelli – Bacharel em Ciências Contábeis – Universidade Estadual de
Maringá.
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RESUMO
A Lei Complementar nº 155 de 2016, intitulada "Crescer Sem Medo" traz alterações na
Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, Lei Complementar nº 123, essas alterações
possuem como objetivo a simplificação de cálculo do simples nacional, além de
incentivos e desburocratização a fim de fortalecer a economia impulsionada pelas
empresas optantes do simples.
O presente artigo possui como objetivo verificar os efeitos dessa mudança da legislação.
Para tal, foi-se analisado em 4 empresas de Maringá-PR dos 3 setores da economia o
período correspondente a um ano, período este onde calculou-se os valores do simples de
acordo com a L. C. nº 123 e 155 através de planilha eletrônica, os dados foram fornecidos
por um escritório de contabilidade.
Enquanto que uma das empresas do setor de serviços apresentou uma redução pequena
no valor do simples nacional a pagar, a outra apresentou um decréscimo significativo,
esta última dependendo do fator “R”, razão da folha dos últimos 12 meses com a receita
bruta dos últimos 12 meses, é tributada de modo com o Anexo III ou V.
Foi constatado que o Anexo III apresentou ser melhor para a empresa do que o Anexo V
- para isso o fator “R” deve ser superior que 28%, um incentivo por parte do governo para
que optantes do simples sujeitos ao fator “R” gerem empregos com o objetivo de redução
do simples.
Nesse cenário, o Simples Nacional ainda é visto como uma ótima oportunidade para o
empreendimento devido a facilidade do regime e uma menor carga tributária. Apesar
dessa tributação ser mais baixa que a de outros regimes, vê-se a necessidade da realização
de um planejamento tributário, uma vez que, segundo Barbosa (2016) “o planejamento
tributário é uma forma preventiva de agir visando escolher, dentre as alternativas, aquela
menos onerosa ao contribuinte”.
Quanto ao objetivo geral para responder tal questionamento, procura-se com esse estudo
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analisar os efeitos para as Microempresas e para as Empresas de Pequeno Porte sobre as
mudanças trazidas pela LC. nº 155/2016. Para tanto os objetivos específicos são: apurar
o valor do Simples Nacional das empresas estudadas relativo ao ano de 2017 conforme a
L. C. nº 123/06; apurar o valor do Simples Nacional das empresas estudadas relativo ao
ano de 2017 conforme a L. C. nº 155/16 e por fim comparar os resultados da L.C. nº
123/06 com a L.C. nº 155/16.
As ME’s e EPP’s vêm a cada dia gerando valor na economia brasileira com a geração de
renda, empregos e arrecadação de impostos. Segundo dados da Receita Federal (2018), a
arrecadação de tributos do Simples em 2014 foi de R$ 61,9 bilhões e em 2017, de R$ 76,9
bilhões, um crescimento de aproximadamente de 15 bilhões de reais aos cofres públicos.
O estudo se delimita em analisar quatro empresas que atuam nos ramos de comércio,
indústria e duas do ramo de serviços, abrangidas por três anexos do regime do Simples
Nacional. O períodode análise da pesquisa se refere ao ano de 2017.
Com o objetivo de organizar o texto está dividido em partes. A primeira apresenta uma
breve contextualização e o objetivo da pesquisa. Na segunda parte estão apresentados os
resultados da pesquisa e a considerações finais das análises.
No que se refere a empresa II, atuante no setor industrial, iniciou suas atividades em
21/11/2011 com a fabricação de artefatos plásticos. Essa empresa possui 17 funcionários
e 2 sócios. É tributada pelo Anexo II do simples em ambas as legislações.
Já a empresa III, do setor de serviços, é tributada pelo Anexo III tanto pela L. C. nº 123 e
L. C. nº155, iniciou suas atividades em 02/08/2004 e presta serviços fotográficos e
tratamento de imagens, possui atualmente 16 funcionários e 2 sócios.
Por fim a empresa IV, também do setor de serviços, tributada pelo Anexo VI de acordo
com a L. C. nº 123 e pelo Anexo III ou V de acordo com o fator “R” conforme a L. C.
nº155. É uma clínica médica e iniciou suas atividades em 29/03/2016 possui 1 funcionário
e 2 donos.
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Paraná. Para o cálculo do simples nacional conforme a legislação antiga bastava saber o
valor do faturamento referente aos últimos 12 meses anteriores ao período de apuração
para se verificar a tabela do Anexo da empresa e sua faixa de enquadramento. De modo
que ao se encontrar tal faixa multiplicava-se o valor do faturamento mensal pelas
alíquotas encontradas na tabela. O cálculo para a legislação vigente foi destacado no
capítulo 2 do presente estudo.
Para a atual legislação o Decreto nº 8.660 traz a tabela com a alíquota nominal do ICMS
e a parcela a deduzir, devendo assim, de modo semelhante com o valor do simples
nacional, calcular a alíquotaefetiva para o Estado do Paraná através da seguinte fórmula:
RBT12 x Aliq. N. − PD
RBT12
Onde:
RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de apuração;
Aliq. N.: Aliq: alíquota nominal constante das Tabelas I e II do Decreto 8.660/2018 e
PD: parcela a deduzir constante das Tabelas I e II do Decreto 8.660/2018.
EMPRESA I
FATURAMENTO SIMPLES PERCENTUAL SIMPLES PERCENTUAL RELAÇÃO
DO SIMPLES EM DO SIMPLES EM SIMPLES CFE
MESES
2017 L. C. nº 123 RELAÇÃO C/ L. C. nº 155 RELAÇÃO C/ L. C. nº 123 C/
FATURAMENTO FATURAMENTO L. C. nº 155
jan/17 129.159,88 12.192,69 9,44% 13.238,45 10,25% 8,58%
fev/17 128.666,25 12.146,09 9,44% 13.211,20 10,27% 8,77%
mar/17 230.958,01 21.802,44 9,44% 23.669,42 10,25% 8,56%
abr/17 262.814,12 25.203,87 9,59% 27.023,40 10,28% 7,22%
mai/17 238.358,11 22.858,54 9,59% 24.951,95 10,47% 9,16%
jun/17 213.221,53 20.447,94 9,59% 22.323,66 10,47% 9,17%
jul/17 210.308,03 20.168,54 9,59% 22.157,08 10,54% 9,86%
ago/17 228.858,06 21.947,49 9,59% 24.164,42 10,56% 10,10%
set/17 196.856,32 18.878,52 9,59% 20.669,68 10,50% 9,49%
out/17 260.035,59 24.937,41 9,59% 27.048,31 10,40% 8,46%
nov/17 357.656,18 34.299,23 9,59% 37.326,48 10,44% 8,83%
dez/17 299.413,19 29.132,90 9,73% 31.836,07 10,63% 9,28%
TOTAL 2.756.305,27 264.015,68 9,58% 287.620,11 10,43% 8,94%
Quadro2 – Empresa I do setor de comércio ref. à valores do simples nacional cfe L.
C. nº 123 e 155 com valores expressos em Reais (R$)
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Fonte: Elaborado pelos autores
Na legislação anterior a empresa teve variações entre a 13ª, 14ª e 15ª faixas de
faturamento, enquanto que na legislação vigente esteve presente apenas na 5ª faixa de
faturamento.
5%
29%
15%
4%
42%
Gráfico 1– Composição dos tributos inclusos no simples nacional cfe LC. nº 123
Fonte: Elaborado pelos autores
3%
43%
Gráfico2– Composição dos tributos inclusos no simples nacional cfe LC. nº 155
Fonte: Elaborado pelos autores
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É possível notar pelos gráficos 1 e 2 que na empresa I tributos como IRPJ, CPP e ICMS
apresentaram um aumento na composição do simples nacional, enquanto houve uma
redução dos tributos CSLL, COFINS e PIS/PASEP.
30.000,00
25.000,00
20.000,00
15.000,00
10.000,00
5.000,00
-
Meses
L. C. nº 123 L. C. nº 155
No gráfico acima a linha azul representa o simples nacional a pagar de acordo com o
cálculo da L. C. nº 155 enquanto que a linha verde se refere ao valor do simples a pagar
de acordo com L. C. nº 123. Percebe-se que a linha azul é superior a verde em todo o
momento.
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EMPRESA II
FATURAMENTO SIMPLES PERCENTUAL SIMPLES PERCENTUAL RELAÇÃO
DO SIMPLES EM DO SIMPLES EM SIMPLES CFE
MESES
2017 L. C. nº 123 RELAÇÃO C/ L. C. nº 155 RELAÇÃO C/ L. C. nº 123 C/
FATURAMENTO FATURAMENTO L. C. nº 155
jan/17 211.426,78 21.015,82 9,94% 22.099,41 10,45% 5,16%
fev/17 194.491,35 19.332,44 9,94% 20.363,71 10,47% 5,33%
mar/17 304.712,29 30.288,40 9,94% 32.048,02 10,52% 5,81%
abr/17 246.837,24 24.535,62 9,94% 26.227,60 10,63% 6,90%
mai/17 226.003,06 22.464,70 9,94% 24.098,10 10,66% 7,27%
jun/17 217.567,40 21.952,55 10,09% 23.379,81 10,75% 6,50%
jul/17 179.441,13 18.105,61 10,09% 19.603,88 10,92% 8,28%
ago/17 284.366,63 28.692,59 10,09% 31.154,52 10,96% 8,58%
set/17 154.070,45 15.761,41 10,23% 17.138,66 11,12% 8,74%
out/17 126.829,95 12.974,70 10,23% 14.088,24 11,11% 8,58%
nov/17 124.672,12 12.579,42 10,09% 13.729,24 11,01% 9,14%
dez/17 80.230,83 8.095,29 10,09% 8.710,78 10,86% 7,60%
TOTAL 2.350.649,23 235.798,56 10,03% 252.641,98 10,75% 7,14%
Quadro 3– Empresa II do setor de indústria ref. à valores do simples nacional cfe
LC. nº 123 e 155 com valores expressos em Reais (R$)
Fonte: Elaborado pelos autores
Na legislação anterior a empresa teve variações entre a 13ª, 14ª e 15ª faixas de
faturamento, enquanto que na legislação vigente esteve presente apenas na 5ª faixa de
faturamento.
40%
Gráfico 4 – Composição dos tributos inclusos no simples nacional cfe LC. nº 123
Fonte: Elaborado pelos autores
Por meio do gráfico 4 observa-se a composição dos tributos do simples nacional de acordo
com a L. C. nº 123.
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39%
Gráfico 5– Composição dos tributos inclusos no simples nacional cfe LC. nº 155
Fonte: Elaborado pelos autores
O gráfico 5 remete a informações sobre a composição dos tributos no simples com base
na legislação vigente.
25.000,00
20.000,00
15.000,00
10.000,00
5.000,00
-
Meses
L. C. nº 123 L. C. nº 155
Através do gráfico 6 é possível visualizar que a linha azul, representada pela L. C. nº 155
é superior a verde, representada pela L. C. nº 123 em todo o momento.
Conforme a pesquisa apresentada por Brito (2017), houve um aumento também para as
empresas tributadas conforme o Anexo II do simples nacional com a alteração do regime
analisado pela pesquisadora, apresentando apenas uma redução, ou seja, uma bonificação
com a mudança quando a empresa apresentava como receita bruta dos últimos 12 meses
R$ 1.980.000,00 com faturamento de R$ 165.000,00.
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Por sua vez a empresa III, com base no quadro abaixo, apresentou oscilações: ora ser
tributada pela L. C. nº 155 ou ora ser tributada pela L. C. nº 123 é mais benéfico.
O que se pode notar também é que a variação do simples nacional a pagar entre a L. C.
nº 123 e 155 foi bem pequena.
EMPRESA III
FATURAMENTO SIMPLES PERCENTUAL SIMPLES PERCENTUAL RELAÇÃO
DO SIMPLES EM DO SIMPLES EM SIMPLES CFE
MESES
2017 L. C. nº 123 RELAÇÃO C/ L. C. nº 155 RELAÇÃO C/ L. C. nº 123 C/
FATURAMENTO FATURAMENTO L. C. nº 155
jan/17 92.875,13 10.504,18 11,31% 10.220,67 11,00% -2,70%
fev/17 62.004,66 7.068,53 11,40% 7.081,77 11,42% 0,19%
mar/17 94.309,71 10.751,31 11,40% 10.854,21 11,51% 0,96%
abr/17 52.236,56 5.954,97 11,40% 6.211,89 11,89% 4,31%
mai/17 61.222,22 6.979,33 11,40% 7.312,91 11,94% 4,78%
jun/17 91.275,32 11.336,39 12,42% 10.992,44 12,04% -3,03%
jul/17 66.825,62 8.299,74 12,42% 8.070,13 12,08% -2,77%
ago/17 74.870,27 9.298,89 12,42% 9.087,98 12,14% -2,27%
set/17 88.844,69 11.034,51 12,42% 10.738,90 12,09% -2,68%
out/17 46.807,50 5.813,49 12,42% 5.721,48 12,22% -1,58%
nov/17 82.756,57 9.434,25 11,40% 9.947,28 12,02% 5,44%
dez/17 72.126,84 8.958,15 12,42% 8.717,28 12,09% -2,69%
TOTAL 886.155,09 105.433,75 11,90% 104.956,94 11,84% -0,45%
Quadro 4 – Empresa III do setor de serviços ref. à valores do simples nacional cfe
LC. nº 123 e 155 com valores expressos em Reais (R$)
Fonte: Elaborado pelos autores
Nessa empresa, conforme demonstrado no quadro apresentou oscilações, que podem ser
devidas à sazonalidade.Nessas oscilações o simples de acordo com a L. C. nº 155 teve um
aumento de em média 0,36% em alguns meses quanto a relação simples e faturamento,
enquanto que em outros meses, apresentou uma redução de 0,28% em média.
Em relação à análise horizontal dos valores a pagar referente ao simples, houve meses em
que ocorreu uma redução chegando a 3,03% e meses que tiveram um aumento chegando
a 5,44%. A diferença entre os totais do simples a pagar foi de R$ 476,81 menor para o
simples referente a LC. nº 155.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 35
34% 14%
3%
39%
Gráfico 7 – Composição dos tributos inclusos no simples nacional cfe LC. nº 123
Fonte: Elaborado pelos autores
Pelo gráfico 7 observa-se a composição dos tributos do simples pago pela empresa III
conforme a LC. nº 123.
43%
Gráfico 8– Composição dos tributos inclusos no simples nacional cfe LC. nº 155
Fonte: Elaborado pelos autores
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 36
10.000,00
Simples Nacional
8.000,00
6.000,00
4.000,00
2.000,00
Meses
L. C. nº 123 L. C. nº 155
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 37
EMPRESA IV
FATURAMENTO SIMPLES PERCENTUAL SIMPLES PERCENTUAL RELAÇÃO
DO SIMPLES EM DO SIMPLES EM SIMPLES CFE
MESES
2018 L. C. nº 123 RELAÇÃO C/ L. C. nº 155 RELAÇÃO C/ L. C. nº 123 C/
FATURAMENTO FATURAMENTO L. C. nº 155
jan/18 2.916,08 493,69 16,93% 174,96 6,00% -64,56%
fev/18 3.774,08 638,95 16,93% 226,44 6,00% -64,56%
mar/18 5.916,08 1.001,59 16,93% 354,96 6,00% -64,56%
abr/18 3.066,08 519,09 16,93% 183,96 6,00% -64,56%
mai/18 6.219,08 1.052,89 16,93% 373,14 6,00% -64,56%
jun/18 5.178,08 876,65 16,93% 310,68 6,00% -64,56%
jul/18 3.061,88 518,38 16,93% 183,71 6,00% -64,56%
ago/18 3.962,78 670,90 16,93% 237,77 6,00% -64,56%
set/18 6.211,88 1.051,67 16,93% 372,71 6,00% -64,56%
out/18 3.219,38 545,04 16,93% 193,16 6,00% -64,56%
nov/18 6.530,03 1.105,53 16,93% 391,80 6,00% -64,56%
dez/18 5.436,98 920,48 16,93% 326,22 6,00% -64,56%
TOTAL 55.492,43 9.394,87 16,93% 3.329,55 6,00% -64,56%
Quadro 5– Empresa IV do setor de serviços ref. à valores do simples nacional cfe
LC. nº 123 e 155 com valores expressos em Reais (R$)
Fonte: Elaborado pelos autores
Na empresa IV é visível o bônus recebido com a L. C. nº 155 tributada pelo Anexo III
com a redução de 64,56% do valor do simples nacional a pagar, representando uma
economia total de R$ 6.065,32. A empresa em questão ficou na primeira faixa de
faturamento em ambas legislações, não transitando por outras faixas.
77%
Gráfico 10 – Composição dos tributos inclusos no simples nacional cfe LC. nº 123
Fonte: Elaborado pelos autores
O gráfico 10 demonstra a composição dos tributos nos valores do simples nacional, nota-
se grande parte do valor do simples da empresa IV é referente a CPP representando 77%.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 38
43%
Gráfico 11 – Composição dos tributos inclusos no simples nacional cfe LC. nº 155
Fonte: Elaborado pelos autores
Já no gráfico 11 que também demonstra a composição dos tributos nos valores do simples
nacional, percebe-se a diminuição da CPP em relação ao valor do simples. Por meio dos
gráficos 10 e 11 visualiza-se uma redução apenas na CPP e aumento nos demais tributos.
1.000,00
Simples Nacional
800,00
600,00
400,00
200,00
Meses
L. C. nº 123 L. C. nº 155
Pelo gráfico 12, percebe-se uma vantagem da L. C. nº 155 representada pela linha azul,
que ficou abaixo significativamente da L. C. nº 123, representada por sua vez pela linha
verde. Ainda sobre a empresa IV foi analisado caso o fator “R” fosse inferior a 28%, ela
por sua vez, seria tributada pelo Anexo V da L. C. nº 155. O quadro a seguir demonstra
essa situação hipotética.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 39
EMPRESA IV
FATURAMENTO SIMPLES PERCENTUAL SIMPLES PERCENTUAL RELAÇÃO
DO SIMPLES EM DO SIMPLES EM SIMPLES CFE
MESES
2018 L. C. nº 123 RELAÇÃO C/ L. C. nº 155 RELAÇÃO C/ L. C. nº 123 C/
FATURAMENTO FATURAMENTO L. C. nº 155
jan/18 2.916,08 493,69 16,93% 451,99 15,50% -8,45%
fev/18 3.774,08 638,95 16,93% 584,98 15,50% -8,45%
mar/18 5.916,08 1.001,59 16,93% 916,99 15,50% -8,45%
abr/18 3.066,08 519,09 16,93% 475,24 15,50% -8,45%
mai/18 6.219,08 1.052,89 16,93% 963,96 15,50% -8,45%
jun/18 5.178,08 876,65 16,93% 802,60 15,50% -8,45%
jul/18 3.061,88 518,38 16,93% 474,59 15,50% -8,45%
ago/18 3.962,78 670,90 16,93% 614,23 15,50% -8,45%
set/18 6.211,88 1.051,67 16,93% 962,84 15,50% -8,45%
out/18 3.219,38 545,04 16,93% 499,00 15,50% -8,45%
nov/18 6.530,03 1.105,53 16,93% 1.012,16 15,50% -8,45%
dez/18 5.436,98 920,48 16,93% 842,73 15,50% -8,45%
TOTAL 55.492,43 9.394,87 16,93% 8.601,33 15,50% -8,45%
Quadro 6 – Empresa IV do setor de serviços ref. à valores do simples nacional cfe
LC. nº 123 e 155 com valores expressos em Reais (R$)
Fonte: Elaborado pelos autores
Comparando-se com o Anexo III, apesar de ocorrer também uma redução no valor do
simples nacional da empresa IV, em menor escala caso tributada pelo Anexo V da L. C.
nº 155, redução esta, de 8,45% sendo que quando, pelo Anexo III essa redução foi de
64,56%. Mesmo assim, ainda ocorreu a economia de R$ 793,54 com a legislação vigente.
14%
25%
29%
15%
3% 14%
Gráfico 13 – Composição dos tributos inclusos no simples nacional cfe LC. nº 155
Fonte: Elaborado pelos autores
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 40
1.000,00
Simples Nacional
800,00
600,00
400,00
200,00
Meses
L. C. nº 123 L. C. nº 155
Pelo gráfico 14 pode-se perceber, ainda que não tão significativa, uma bonificação em ser
tributada pelo Anexo V da L. C. nº 155 quando comparado com a o Anexo VI da L. C. nº
123. Bonificação essa maior quando a empresa ser tributada pelo Anexo III da L. C. nº
155 como visualizado no gráfico 12.
Em suma, com base nos dados obtidos por meio desse estudo, observou-se que a empresa
I, do setor de comércio tributada pelo Anexo I tanto pela L. C. nº 123 e pela L. C. nº 155
um aumento no valor do simples nacional no montante de R$ 23.604,43 representando
assim para a mesma um ônus econômico.
A empresa II, tributada pelo Anexo II em ambas legislações, também, por sua vez
representou um ônus econômico com a mudança da legislação do regime do simples
nacional, apresentando nesse caso um aumento do valor em R$ 16.843,42.
No setor de serviços a empresa III, apresentou oscilações com a alteração com o regime
do simples nacional, ora para a empresa compensava o cálculo de modo com a L. C. nº
123 ora com a L. C. nº 155. Pode-se afirmar que há um bônus econômico com a mudança
no valor de R$ 476,80.
Por fim a empresa IV, também do setor de serviços, possui uma peculiaridade em relação
a L. C. nº 155: é tributada pelo Anexo III, porém caso a razão da folha dos últimos 12
meses com a receita bruta acumulada dos últimos 12 meses for inferior a 28% a empresa
deve ser tributada pelo Anexo V - este mais oneroso que o Anexo III.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 41
Apesar disso ainda esta tributação conforme o Anexo V ao se comparar com a do extinto
Anexo VI da L. C. nº 123 é vantajosa representando uma redução de R$ 793,54. E essa
redução foi expressiva quando a empresa tributada pelo Anexo III da atual lei
representando o valor de R$ 6.065,32.
COMPARATIVO EMPRESAS ANUAL
SIMPLES
PERCENTUAL PERCENTUAL
EMPRESAS/SETOR FATURAMENTO
L. C. nº 123 (a) SIMPLES EM L. C. nº 155 (b) SIMPLES EM DIFERENÇA (b-a)
RELAÇÃO À RECEITA RELAÇÃO À RECEITA
EMPRESA I (comércio) 2.756.305,27 264.015,68 9,58% 287.620,11 10,43% 23.604,43
EMPRESA II (indústria) 2.350.649,23 235.798,56 10,03% 252.641,98 10,75% 16.843,42
EMPRESA III (serviços) 886.155,09 105.433,75 11,90% 104.956,94 11,84% - 476,81
3.329,55 6,00% - 6.065,32
EMPRESA IV (serviços) 55.492,43 9.394,87 16,93%
8.601,33 15,50% - 793,54
Quadro 7 – Comparativo de valores anuais das empresas ref. ao simples nacional
cfe LC. nº 123 e 155 com valores expressos em Reais (R$)
Fonte: Elaborado pelos autores
O quadro acima mostra um resumo com o período referente a um ano dos valores a pagar
do simples nacional conforme a L. C. nº 123 e L. C. nº 155 das empresas analisadas nesse
estudo.
Para a empresa III a diferença foi pequena. Idem, diferença diferença para a empresa IV
quando analisada de modo com o Anexo V da L. C. nº 155, porém destaque-se essa
empresa é tributada pelo Anexo III da legislação vigente pois o seu fator “R” é superior
a 28%. Concluindo: manter-se nessa situação é favorável para esta empresa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio desse estudo buscou-se verificar quais foram os efeitos para as Microempresas
e para as Empresas de Pequeno Porte com as alterações trazidas pela LC.nº155/2016
comparando o resultado do faturamento anual dessas empresas dos três setores da
economia com a legislação antiga a L. C.nº123/2006.
Como resultado da comparação entrea LC.nº 123 e 155 notou-se que tanto as empresas I
e II, do setor de comércio e do setor da indústria, respectivamente, o novo simples
nacional trouxe como efeito um ônus econômico para essas empresas ao que se refere ao
valor do simples nacional a pagar.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 42
mais com a nova lei enquanto a empresa II pagaria a mais o valor de R$ 16.843,42.
Nota-se que diferente das demais empresas apresentadas a diferença apresentada pelas
comparações não foram grandes. Para a empresa IV, também do setor de serviços, de
acordo com a relação folha dos últimos 12 meses sobre a receita dos últimos 12 meses na
L. C. nº 155 pode ser tributada de modo com o Anexo III ou V sendo como destacado na
pesquisa o Anexo V mais oneroso, possuindo uma maior alíquota. No entanto com base
nos cálculos efetuados constatou-se que em ambos os casos o simples conforme a L. C.
nº 123 é oneroso.
Em suma o trabalho atingiu seu objetivo demonstrando através das comparações das
legislações com cálculos conforme a L. C. nº 123 e 155, ao demonstrar casos quem que
ocorreu um ônus para algumas empresas enquanto um bônus para outras no que se refere
à mudança da legislação. Recomenda-se a realização de um planejamento tributário, pois
através do mesmo é possível verificar qual regime é o mais viável para a empresa. Sugere-
se assim para futuras pesquisas, além da análise das LC. nº 123 e 155 referentes ao regime
do simples nacional, uma comparação com os demais regimes tributários, lucro
presumido e lucro real.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 43
REFERÊNCIAS:
FGV. CADERNOS FGV PROJETOS. 10 anos do Simples Nacional. Ano 11, nº 29, dez.
2016. Disponível em: <http://fgvprojetos.fgv.br/publicacao/cadernos-fgv-projetos-no-
29-10-anos-do-simples-nacional>. Acesso em: 12 abr. 2018.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 44
PARANÁ. Decreto N. 8.660. Publicado no DOE 10110 de 17.1.2018.
Disponível em:
<http://www.fazenda.pr.gov.br/arquivos/File/Legislacao/RICMS2017.pdf> Acesso em:
24 out. 2018.
SANTOS, Diego Bezerra dos; CARVALHO, André Gaudie. Simples Nacional: o regime
de tributação que mudou o mercado para as Micro e Pequenas Empresas. Revista Saber
Eletrônico, Jussara, ano 8, n. 03, v. 01, out/dez, 2017
SEBRAE. Boletim Estudos & Pesquisas, nº 36, dez. 2014. Disponível em:
<https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Estudos%20e%20Pesquisas/Boletim
%20Estudos%20e%20Pesquisa_dez%202014.pdf>. Acesso em: 12 abr. 2018
SEBRAE. Boletim Estudos & Pesquisas, nº 61, dez. 2017. Disponível em:
<https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/7836.pdf>. Acesso em: 12
abr. 2018
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 45
Revista FAROL, Rolim de Moura, v. 5, n. 5, p. 73-96, set./2017
SILVA, Karina dos Santos. Qual o (b) ônus de permanecer tributado pelo Simples
Nacionalem 2018? 2017. TCC (Graduação) - Curso de Ciências Contábeis, Universidade
de Santa Catarina, Florianópolis, 2017.
Autores:
Matheus Deganello Afonso – Bacharel em Ciências Contábeis – Universidade Estadual
de Maringá.
RESUMO
A carga tributária nacional imposta aos diversos setores da economia tem afetado
negativamente os empresários, causando um aumento nos custos de produção, transporte,
estocagem, entre outros, e consequentemente diminuindo a parcela de lucro que as
companhias poderiam obter se o somatório total dos impostos não fosse tão elevado.
Dessa forma, uma enorme necessidade de obtenção e gestão de recursos financeiras faz
com que as empresas avaliem com regularidade sua gestão tributária, visando economia
fiscal.
Neste sentido, o objetivo principal deste trabalho é analisar as opções tributárias de uma
empresa prestadora de serviço no ramo da Construção Civil de grande porte, localizada
no município de Maringá, Estado do Paraná.
Foi realizada pesquisa de campo, descritiva, aplicada, qualitativa, como também revisão
bibliográfica e para alcançar os objetivos propostos ao decorrer do estudo, fez-se
necessário compreender a estrutura e funcionamento da empresa em estudo.
Assim, o resultado obtido por meio desta análise, foi a apuração do Imposto Renda
Pessoal Jurídica e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido de forma anual em
comparação com a apuração por estimativa antecipada.
Deste modo, este estudo oportuniza a empresa da qual foram obtidos os dados, a realizar
um comparativo para um melhor fechamento de negócios e um possível tributário para
tomada de decisão. E para os acadêmicos e futuros contadores, oferecer melhor
detalhamento e maior compreensão sobre Planejamento Tributário, além de demonstrar a
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 46
importância do conhecimento sobre tema proposto.
APRESENTAÇÃO DO CASO
No estudo apresenta as análises das opções tributárias para uma empresa prestadora de
serviço, que atua no ramo de construção civil, buscando assim um planejamento tributário
adequado e analisando o regime tributário que melhor se enquadra para a empresa em
questão.
O estudo realizado teve como referência uma empresa sediada no Estado do Paraná, que
possui como atividade principal a prestação de serviços de obras de grande porte, como
a construção de pontes, rodovias e ferrovias no território nacional.
Deste modo, os cálculos realizados englobam a realidade do Lucro Real, não sendo
possível o enquadramento da organização nos regimes do Lucro Presumido e Simples
Nacional, pelo fato de seu faturamento ser superior ao limite de receita bruta para estes
demais modos de tributação.
Os valores constantes nos quadros não apresentam os centavos de forma exata. Esse fato
decorre dos relatórios disponibilizados pela empresa. No entanto, não prejudica os
resultados e análises efetuadas.
1 LUCRO REAL
O faturamento bruto da organização analisada foi composto pelo total dos serviços
executados já faturados e o total dos serviços executados a faturar, que a empresa
considera como parte da receita bruta, em 2017, totalizando um valor de R$
534.498.149,59, sendo R$ 81.683.868,42 de prestação de serviços, R$ 381.116.743,92 de
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 47
prestação de serviços com consórcios, R$ 8.743.351,66 de executados a faturar e R$
62.954.185,59 referente a executados a faturar com consórcios, conforme quadro
demonstrativo:
Em seguida, ocorrem as emissões das notas fiscais de serviços prestados, que por sua vez,
geram as contabilizações de faturamento e I.S.S.Q.N sobre as notas fiscais emitidas,
registradas da seguinte maneira:
Por último, quando há o recebimento em conta por parte dos clientes, geram-se as
contabilizações referentes a entrada dos valores recebidos pelos serviços executados,
como demonstrado abaixo:
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 48
D – CSL Retido sobre a prestação de serviços (Ativo)
D – Provisão de Pis diferido (Passivo)
D – Provisão de Cofins diferido (Passivo)
C – Clientes (Ativo)
C – PIS a recolher (Passivo)
C – COFINS a recolher (Passivo)
As alíquotas utilizadas para esses impostos foram de 0,65%, para o PIS, 3% para a
COFINS e de 3% a 5% para o ISSQN como está demonstrado nos próximos tópicos.
Para cálculo do PIS sobre o faturamento, foi utilizado uma alíquota de 0,65%, de modo
cumulativo, baseando-se no art. 1º da Medida Provisória nº 2.158-35 de 24 de agosto de
2001, incidindo este percentual sobre as notas fiscais de prestação de serviço (faturamento
bruto com os serviços prestados).
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 49
De acordo com a cidade de prestação do serviço, a base de cálculo do ISSQN pode sofrer
uma redução destacada em nota fiscal correspondente a porcentagem dos materiais
aplicados na execução da obra, variando de 35% (trinta e cinco por cento) a 60% (sessenta
por cento) do valor total de cada nota fiscal de prestação de serviços emitida.
Ainda, para efeito de conhecimento, transita atualmente pelo plenário o Projeto de Lei
445/2017, onde se propõe que a alíquota de ISSQN dos municípios tenha uma alíquota
unificada, no entanto, a entidade em analise ainda possui prestação de serviços com
alíquotas e bases variadas.
Assim, visando o município de Maringá, onde a entidade possui sede e presta serviços, a
alíquota incidente de ISSQN é de 3% (três por cento) e a redução de base equivalentes a
materiais foi de 60% (quarenta por cento) de acordo com a Lei Complementar n° 677 de
2007.
Exemplo:
Valor da Medição e Nota Fiscal: R$ 1.000.000,00
Alíquota permitida de redução de materiais no município: 60%
Valor total de materiais aplicados: R$ 600.000,00
Base de cálculo para ISSQN após redução de materiais: R$ 400.000,00
Os custos com serviços prestados envolveram valores desembolsados com mão de obra
aplicada diretamente no canteiro de obras, serviços adquiridos de terceiros, custo com
veículos, máquinas e equipamentos que compõe o imobilizado da entidade, valores gastos
com materiais aplicados na execução dos serviços, custos gerais e entradas dos
ressarcimentos de custos com consórcios, totalizando um montante de R$
136.165.712,25. Nos itens a seguir foram demonstrados tais custos separadamente.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 50
Os custos com mão de obra envolveram valores gastos com salários e encargos, INSS,
FGTS, Férias, 13º salário, vale transporte mais o montante obtido com acordos
trabalhistas dentro do ano de 2017.
O valor obtido com serviços adquiridos de terceiros refere-se ao custo com valores pagos
a empresas terceirizadas para prestarem serviços nas obras em que a empresa analisada
estava executando, como por exemplo, projetos, instalação de cercas, serviços de
engenharia em geral, dentre outros, sendo a quantia total de R$ 34.115.052,48 gasta com
esse custo.
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1.3.1.3 CUSTOS COM VEÍCULOS, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Por sua vez, os custos com veículos, máquinas e equipamentos que totalizam R$
23.565.635,93 do total equivalem a valores pagos pela manutenção destes bens, que
integram o imobilizado da organização, dentro do período estudado, como também,
combustíveis e lubrificantes e custos com materiais para oficina, ou seja, para serem
aplicados nos bens em manutenção.
Por fim, tratando-se de custos com serviços prestados, a organização em estudo obteve
valores classificados como ressarcimento de custos com consórcios, sendo que, tratam-
se de entradas de valores na empresa, reduzindo-se os valores apurados até então.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 52
Essas sociedades são constituídas visando o trabalho de uma obra em específico, podendo
se estender para outros serviços futuros ou sendo desfeita a sociedade ao final do
processo.
Dessa maneira, esse tipo de sociedade pode ser constituído por companhias que possuem
ou não o mesmo controle, não possuindo personalidade jurídica e tendo como
característica o fato de que caso uma das consorciadas entre em falência, isso não se
estenderá as demais, podendo a empresa ser substituída, conforme apresentado no artigo
278 da Lei 6.404 de 1.976.
Os custos com serviços prestados junto a consórcios, referem-se a custos com pessoal,
serviços adquiridos de terceiros, veículos, máquinas e equipamentos e materiais
aplicados, da mesma forma dos valores com serviços prestados unicamente pela empresa,
porém, desembolsados dentro de outras instituições nas quais, a entidade em analise
possui participação.
A organização estudada registra esses valores obtidos em contas específicas para cada
consórcio constituído, tendo uma conta contábil única para cada um deles, isto é, mesmo
que existam custos diversos na organização na qual, a entidade participa, é registrado
apenas uma conta dentro da organização com o montante do período com o nome de cada
sociedade.
Assim, a importância de custos obtidos com serviços prestados com consórcios foi de R$
295.180.465,70 no ano de 2017, sendo que, as tabelas abaixo descrevem o montante por
consórcio obtido no período analisado desta empresa.
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Fonte: Elaborado pelos autores - Valores em R$
Os tributos incidentes sobre a folha de pagamento são o FGTS, Fundo de Garantia por
Tempo de Serviços e o INSS, Instituto Nacional do Seguro Social + encargos de terceiros,
os quais, possuem alíquota de 8% e 28,8% na empresa analisada.
Conforme quadro 16 abaixo, o montante de fundo de garantia por tempo de serviço obtido
foi de R$ 1.613.366,61, sendo R$ 1.180.962,63 sobre o custo com mão de obra, R$
229.631,62 referente a custo com provisão de FGTS sobre férias e décimo terceiro, R$
169.762,90 sobre a despesa com mão de obra e por fim, R$ 33.009,45 que equivalem ao
tributo sobre provisão com férias e décimo terceiro classificados como despesa.
Na apuração do INSS sobre folha de pagamento foi utilizada a alíquota de 28,8% que foi
calculado utilizando como base os valores de salários e ordenados, férias e 13º salário
pagos pela empresa. Deste modo, como detalhado no quadro abaixo, o INSS total do
período analisado foi de R$ 5.808.119,80.
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As despesas operacionais foram divididas em administrativas e tributárias que totalizam
no ano de 2017 o valor de R$ 19.549.618,25, sendo R$ 15.265.605,80 referente a
administrativas e R$ 4.284.012,45 referente a tributárias.
Neste caso, conforme estabelecido pelo Decreto 8.426 de 1º de abril de 2015 existe a
incidência de PIS e COFINS sobre as receitas financeiras obtidas no período, obedecendo
as alíquotas de 0,65% para PIS e 4% para a COFINS.
Dessa forma, o montante dos tributos obtidos sobre receitas financeiras foi de R$
585.782,78 como quadros a seguir:
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Despesas
Total 1.415.653 428.071 1.843.725
Fonte: Elaborado pelos autores - Valores em R$
A organização em análise não possui transações que necessitem de adições, como brindes,
ofertas e multas indedutíveis e exclusões como prejuízos fiscais, dentre outros. Desse
modo, não se fez necessário a elaboração do LALUR para realização do cálculo do
Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL).
Assim, a base de cálculo para estes tributos foi obtida por meio da elaboração da
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) referente ao ano calendário de 2017, no
qual, obteve-se o resultado antes do IRPJ e da CSLL de R$ 30.222.206,49 como quadro
demonstrativo abaixo:
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 56
( - ) DESPESAS OPERACIONAIS (19.549.618) -3,66%
ADMINISTRATIVAS (15.265.606) -2,86%
TRIBUTÁRIAS (4.284.012) -0,80%
(+/-) EFEITOS FINANCEIROS LÍQUIDOS (25.522.350) -4,78%
RECEITAS FINANCEIRAS 12.597.479 2,36%
PIS SOBRE RECEITAS FINANCEIRAS (81.884) -0,02%
COFINS SOBRE RECEITAS FINANCEIRAS (503.899) -0,09%
DESPESAS FINANCEIRAS (37.534.046) -7,02%
(+/-) OUTROS RESULTADOS OPERACIONAIS 1.843.725 0,34%
OUTRAS RECEITAS/DESPESAS OPERACIONAIS 1.843.725 0,34%
RESULTADO ANTES DA CSL E IRPJ 30.222.206 5,65%
Fonte: Elaborado pelos autores.
Deste modo, considerando o resultado obtido por meio da DRE, as apurações de IRPJ e
CSLL foram realizadas da seguinte forma:
IRPJ
CSLL
Base de Cálculo: R$ 30.222.206,49
Valor Apurado com alíquota de 9%:
R$ 30.222.206,49 X 9% = R$ 2.719.998,58.
Total de CSLL calculado = R$ 2.719.998,58.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 57
Portanto, com o enquadramento da organização analisada na tributação pelo Lucro Real,
obteve-se o lucro de R$ 19.970.659,29 no ano calendário de 2017.
Baseando-se nos dados apurados anteriormente nos quadros 04 (Pis sobre faturamento),
05 (Cofins sobre faturamento), 06 (ISSQN sobre serviços), 16 (FGTS sobre folha de
pagamento), 17 (INSS sobre folha de pagamento) e 19 (PIS e COFINS sobre receitas
financeiras) se obtém o total devido de R$ 40.381.750,12 referente aos tributos para o
ano-calendário de 2017, pela opção do lucro real como apresentado abaixo:
Já para obtenção dos valores totais recolhidos de IRPJ existe a compensação a se fazer,
visto que, há destaque de imposto de renda na emissão das notas fiscais de prestação de
serviços, com alíquota de 1,2% (um vírgula dois por cento), o qual, o cliente retém no
momento do pagamento para empresa em análise.
Este total retido no momento dos recebimentos das notas fiscais, são reconhecidos como
a recuperar contabilmente, fazendo com que, haja a compensação deste tributo ao final
do período.
Dessa maneira, o montante recuperável obtido de IRPJ sobre serviços prestados foi de R$
5.553.607,34, calculado com base no total de serviços prestados já faturados, obtido no
quadro 03, como está colocado a seguir:
Assim, esses valores que podem ser recuperados deste imposto, são confrontados com o
valor obtido de imposto de renda a recolher sobre o lucro, calculado no quadro 23,
obtendo-se o total a pagar de R$ 1.977.944,28 após a compensação dos mesmos, como
descrito abaixo:
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 58
Quadro 26 – IRPJ a pagar.
IRPJ sobre o
IRPJ Retido
Ano resultado e Valor a pagar
(1,2%)
Adicional
2017 5.553.607 7.531.551 1.977.944
Total 5.553.607 7.531.551 1.977.944
Fonte: Elaborado pelo autores - Valores em R$
Este mesmo procedimento ocorre para a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, pois,
no momento do faturamento do serviço executado há destaque de 1% (um por cento) de
CSLL, sendo que, o valor correspondente a este tributo, também é retido pelo cliente no
momento do pagamento, contabilizando então, como CSLL a recuperar.
Deste modo, o montante obtido a pagar de CSLL é calculado com base na diferença entre
o total recuperável com o total a recolher, obtido no quadro 23, também utilizando como
base de cálculo, o valor dos serviços prestados já faturados do quadro 03, como descrito
a seguir:
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 59
PIS SOBRE FATURAMENTO 3.474.237
COFINS SOBRE FATURAMENTO 16.034.944
ISSQN 12.865.301
FGTS TOTAL 1.613.366
INSS TOTAL 5.808.119
PIS SOBRE RECEITAS FINANCEIRAS 81.884
COFINS SOBRE RECEITAS FINANCEIRAS 503.899
IRPJ 4.533.330
ADICIONAL DE IRPJ 2.998.220
CSLL 2.719.998
TOTAL RECOLHIDO 50.633.297
Fonte: Elaborado pelos autores
Escolhendo este método de apuração baseada no lucro pela estimativa mensal, a empresa
apuraria o IRPJ e a CSLL sobre uma base de cálculo de 8% (oito por cento) sobre o
faturamento bruto mensal, conforme estabelecido no artigo 15 da Lei 9.249 de 1995.
Deste modo, o quadro 30 a seguir, descreve os valores mensais de apuração destes dois
impostos, conforme segue:
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 60
Uma última comparação a ser feita é se a entidade prestasse seus serviços apenas nos
municípios que possuem a menor alíquota de ISSQN e o maior percentual de deduções
de materiais permitido, como é o caso de Maringá, com a alíquota de 3% (três por cento)
de ISSQN e a possibilidade de dedução de matéria de 60% da base de cálculo.
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ANO Serviços Prestados Valor a deduzir (60%) Base de Cálculo ISSQN (3%)
Total 462.800.612 277.680.367 185.120.245 5.553.607
Fonte: Elaborado pelos autores - Valores em R$
Desta maneira, seria mais vantajosa a prestação de serviços em municípios que possuem
um menor percentual deste imposto e que possibilitam uma maior dedução de materiais,
porém, como a entidade analisada é prestadora de serviços no ramo de construção civil,
incluindo clientes de âmbito público, é necessário a participação desta em licitações em
todo território nacional, não podendo escolher em sua grande parte, o município e os
trechos onde executam as obras.
Então, com a análise comparativa que, a apuração do imposto de renda pessoa jurídica e
contribuição social sobre o lucro líquido de forma anual possui grande vantagem para a
organização pesquisada e que, por sua vez, o imposto sobre serviços de qualquer natureza
é mais vantajoso em municípios com alíquotas incidentes menores, porém, não sendo de
possui escolha da empresa estudada.
CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
Assim, utilizando como base os dados coletados e fornecidos pela entidade, o presente
trabalho atingiu seu principal objetivo, que era analisar a opção tributária de uma empresa
que presta serviços no setor da construção civil no território nacional, avaliando a carga
tributária presente em sua atuação, e também, respondeu as questões de pesquisa
propostas no capitulo 2.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 62
Por meio das análises realizadas, apurou-se os impostos presentes no ramo de atividade
da organização, ou seja, prestação de serviços, obtendo-se o resultado líquido positivo da
entidade no ano calendário de 2017.
RECOMENDAÇÕES
Com uma gestão de impostos por meio planejamento tributário pode-se, para as empresas
optantes pelo Lucro Real, buscar possibilidades de economia tributária. Algumas podem
ser citadas, tais como:
1) Despesas com Juros sobre Capital Próprio: esta despesa pode ser analisada
juntamente com discussões sobre as formas de remuneração dos investidores e
administradores da empresa, como Prolabore e a Distribuição de Lucros. Deve ser
considerada a retenção de 15% de IRFonte para os beneficiários. Os juros, dentro
dos parâmetros legais, são dedutíveis do IRPJ e da CSLL, conforme permissão
prevista no artigo 355 do Decreto 9.580/2018 (RIR), gerando menor pagamento
de tais tributos.
2) Utilização de incentivos fiscais descritos nos artigos 80, 93, 564 e 641 do Decreto
5.980/2018 (RIR): Incentivo à Cultura (Lei Rouanet); Atividades Audiovisuais;
Fundos dos Direitos da Criança e do Adolencente; Fundo do Idoso; Patrocínios e
Doações; e Programa de Alimentação do Trabalhador.
REFERÊNCIAS:
BORGES, Humberto Bonavides. Gerência de Impostos. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2011.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 63
BRASIL. Lei Complementar nº 70, de 30 de dezembro de 1991. [online] Disponível na
internet via WWW. URL: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp70.htm.
Acesso em 21 de outubro de 2018.
BRASIL. Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990. [online] Disponível na internet via WWW.
URL:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8036consol.htm. Acesso em 16 de julho de
2018.
FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade tributária. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
FAVERO, Hamilton Luiz et al. Contabilidade: teoria e prática. 6. ed. São Paulo: Atlas,
2011.
FGTS. Sobre o Fundo de Garantia por tempo de Serviço – FGTS. Disponível em:
http://www.fgts.gov.br/Pages/sobre-fgts/sobre-fgts.aspx. Acesso em 16 de julho de 2018.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 64
Disponível em: https://ibpt.com.br/noticia/2589/78-das-empresas-brasileiras-tiveram-
queda-acentuada-das-suas-receitas-nos-ultimos-2-anos. Acesso em: 28 mai. 2018.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 65
Autores:
Jaqueline Kelly Martins. Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de
Maringá.
RESUMO
Por conta da grande carga tributária no Brasil, as empresas intermediam e pagam valores
significativos de tributos. Porém, há maneiras de diminuir esse ônus tributário do
resultado organizacional de maneira lícita e significativa, usando o Planejamento
Tributário.
Para isso, é extremamente importante o papel do contador que, juntamente com o gestor
auxiliará a empresa a diminuir esse ônus tributário.
Essa contribuição poderá então auxiliar o gestor dessa empresa a escolher a melhor
maneira de constituição, sendo filantrópica ou apenas ofertando os programas
governamentais para utilizar de benefícios e isenções fiscais, mostrando assim, a partir
do Lucro Real, qual a melhor opção.
INTRODUÇÃO
Analisar os tributos que incidem nas operações comerciais realizadas pelas empresas,
compreendidas como procedimento técnico está no âmbito do Planejamento Tributário.
Segundo LATORACA(2000), planejamento tributário é a atividade empresarial que,
desenvolvendo-se de forma estritamente preventiva, projeta os atos e fatos
administrativos com o objetivo de informar quais os ônus tributários em cada uma das
ações legais disponíveis. O objetivo do planejamento tributário é, em última análise, a
economia tributária.
Na esfera de instituições privada de ensino superior, a busca por economia tributária não
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 66
poderia ser diferente de qualquer outra empresa. Para as instituições privadas, mesmo
considerando incentivos fiscais em tributos federais e municipais e isenções quando
constituídas como filantrópicas, é preciso considerar que ainda existem procedimentos
contábeis e tributários que podem contribuir para a economia em gastos tributários.
Busca-se trazer benefícios para alunos, principalmente para aqueles que têm uma situação
socioeconômica menos favorecido. Como contrapartida das instituições de ensino
ofertarem esses programas, o governo oferece alguns incentivos fiscais.
Os programas podem ser de esfera Federal, Estadual ou Municipal. Nesse estudo foram
analisados os programas FIES, PROUNI e PROMUBE, em que os dois primeiros são
federais e o ultimo municipal.
FIES
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 67
vinculado ao ministério da educação, destinado à concessão de financiamento a
estudantes de cursos superiores não gratuitos e com avaliação positiva nos processos
conduzidos pelo Ministério, de acordo com a regulamentação própria.
O § 6° desse mesmo artigo completa que o financiamento beneficia estudantes que ainda
não tenham cursado o ensino superior e que não tenha utilizado do programa de
financiamento estudantil.
O FIES tem como objetivo efetuar o pagamento das mensalidades devidas pelo aluno
diretamente à instituição de ensino superior.
Além disso, contribui para que diminuição relevante na evasão, assim, aumentando a
retenção de alunos.
PROUNI
Conforme o artigo 1°, §1° da Lei 11.096 de 2005, que trata do PRONI, a bolsa integral é
ofertada somente para alunos que ainda não tenham diploma do ensino superior e que
cuja renda familiar mensal per capita não ultrapasse 1(um) salário mínimo e meio.
O §2° completa afirmando que as bolsas parciais de 25% e 50% serão destinadas a
estudantes que ainda não possuam diploma do ensino superior e cuja renda familiar
mensal per capital não ultrapasse 3 salários mínimos definidos pelo Ministério da
Educação.
O artigo 3° da mesma lei expressa que o aluno beneficiado pelo PROUNI será selecionado
pelo resultado no Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, e também outros critérios
definidos pelo Ministério da Educação.
O artigo 5° complementa que a instituição privada de ensino superior, com fins lucrativos
ou sem fins lucrativos não beneficente, poderá aderir ao PROUNI mediante assinatura de
termo de adesão, cumprindo-lhe oferecer, no mínimo, 1 (uma) bolsa integral para o
equivalente a 10,7 (dez inteiros e sete décimos) estudantes regularmente pagantes e
devidamente matriculados ao final do correspondente período letivo anterior, conforme
regulamento a ser estabelecido pelo Ministério da Educação, excluído o número
correspondente a bolsas integrais concedidas pelo PROUNI ou pela própria instituição,
em cursos efetivamente nela instalados.
O § 4o da Lei 11.096 especifica que a instituição privada de ensino superior com fins
lucrativos ou sem fins lucrativos não beneficente poderá, alternativamente, em
substituição ao requisito previsto no caput deste artigo, oferecer 1 (uma) bolsa integral
para cada 22 (vinte e dois) estudantes regularmente pagantes e devidamente matriculados
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 68
em cursos efetivamente nela instalados, conforme regulamento a ser estabelecido pelo
Ministério da Educação, desde que ofereça, adicionalmente, quantidade de bolsas parciais
de 50% (cinquenta por cento) ou de 25% (vinte e cinco por cento) na proporção necessária
para que a soma dos benefícios concedidos na forma desta Lei atinja o equivalente a 8,5%
(oito inteiros e cinco décimos por cento) da receita anual dos períodos letivos que já têm
bolsistas do PROUNI, efetivamente recebida nos termos da Lei no 9.870, de 23 de
novembro de 1999, em cursos de graduação ou sequencial de formação específica.
Proporciona bolsas de estudo parciais ou integrais para alunos de acordo com a situação
social e econômica do estudante. O processo seletivo, assim como o do PROUNI, é feito
pelo ENEM.
De acordo com o Decreto 05, de 03 de Janeiro de 2007, que regulamenta a Lei Municipal
n° 7.359/2006, em seu artigo 9°, o PROMUBE será concedido a estudantes não
portadores de diploma de curso superior e não contemplados na seleção final do PROUNI,
obedecidos os seguintes critérios:
I - bolsa de estudo integral será concedida aos estudantes cuja renda familiar mensal per
capita não exceder a importância de um salário mínimo e meio;
II - bolsa de estudo parcial de cinquenta por cento será concedida aos estudantes cuja
renda familiar mensal per capita não exceder a três salários mínimos;
III - comprovação de que reside no Município de Maringá há pelo menos dois anos;
IV - que tenha cursado o ensino médio completo na rede pública, ou na rede privada, na
condição de bolsista;
V - que se comprometam e se disponibilizem para com o Município, assinando junto à
instituição, no ato da matrícula, termo de adesão para prestação de serviços na condição
de voluntário, em repartições públicas municipais, eventos promovidos pelo Município e
através de instituições de caráter de assistência social ou ambiental, que possuam projetos
de interesse e responsabilidade social, quando forem requisitados.
O programa do Município também não pode ser cumulativo com o PROUNI, sendo
escolhidos inicialmente alunos que não foram aprovados nele.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 69
PROMUBE firmará, em ato de sua mantenedora, termo de adesão junto ao Município.
Em relação aos benefícios para a instituição, ela só poderá ofertar o número de bolsas
correspondente a até 60% do ISSQN devido, pois essa porcentagem será abatida no
pagamento do tributo, ou seja, de todo o ISSQN gerado no período em que ela estiver
participando como ofertadora do PROMUBE, a instituição pagará somente 40% do
imposto.
O art. 7° deste Decreto confirma que o cálculo para previsão do número de bolsas a serem
oferecidas para o ano letivo será elaborado pela instituição de ensino, tendo por base
estimativa do imposto devido ao Município relativo a alíquota de ISSQN incidente sobre
a sua receita do ensino de graduação, na importância relativa ao percentual de 60%
sessenta por cento) do imposto devido.
A diferença a maior do imposto devido em relação ao saldo das bolsas concedidas pelo
PROMUBE, será paga pela instituição ao Município ou compensada em período
posterior.
Para efeito da compensação deve ser considerado o valor da bolsa para pagamento a vista
em 12 (doze) parcelas.
A instituição de ensino superior estudada está constituída como Pessoa Jurídica privada,
tributada pelo Lucro Real.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 70
Foi mantido o sigilo quanto a divulgação de nome, sendo então, os valores informados de
receita e despesas, arredondados para o próximo número inteiro. Na primeira análise, a
instituição está sendo considerada como Entidade Filantrópica.
Já pela oferta do PROMUBE tem isenção de até 60% do Imposto Sobre Serviço de
Qualquer Natureza (ISSQN). A empresa opta pelo Lucro real e as informações a serem
calculadas, serão referentes a 1 ano.
Deve-se levar em consideração que a folha de pagamento de professores não está incluso
no custo dos serviços prestados, por isso, os custo não mudará na condição de filantrópica
por isenção do CPS.
O Quadro 2 mostra as deduções da receita, em que, para o cálculo delas foram calculados
PIS com alíquota de 1,65% e COFINS de 7.6% de acordo com as alíquotas não
cumulativas previstas pela Lei 10.865 de 30 de abril de 2004 e ISSQN de 2% de acordo
com Lei complementar do Município de Maringá/PR nº 1.072 de 2016.
Para cálculo das deduções da receita provenientes de tributos, foi utilizado como Base de
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 71
Cálculo a receita bruta total.
Para 1/3 (um terço) de Abono de Férias foi utilizado o valor das férias calculadas da forma
anteriormente explicitada e dividido por 3 para encontrar a proporção de 1/3.
O 13 ° salário foi obtido com base no montante de salários e dividido por 12.
Já para o CPS, foram somados os valores referentes a salários, férias + 1/3, 13° salário e
aplicado alíquota de 20%, como determinado pelo Art. 22 da Lei n° 9.876/99 - vinte por
cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer
do mês aos assegurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços.
Para o FGTS a mesma base de calculo, porém com alíquota de 8%, como evidenciado no
Quadro 3.
FOLHA DE PAGAMENTO
Folha de pagamento 27.500.000,00
férias 2.291.666,67
1/3 sobre férias 763.888,89
13° salário 2.291.666,67
CPS 6.569.444,44
FGTS 2.627.777,78
Total 42.044.444,44
Quadro 3 – Cálculo da folha de pagamento – Valores em R$
Fonte: Elaborado pelos autores.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 72
Receita operacional bruta 580.000.000,00
(-)Deduções da receita 65.250.000,00
Pis 9.570.000,00
Cofins 44.080.000,00
ISSQN 11.600.000,00
(=)Receita Operacional Liquida 514.750.000,00
(-)Custo do serviço prestado 235.000.000,00
(=)Lucro Bruto 279.750.000,00
(-)Despesas Operacionais 92.058.444,44
Folha de pagaemento 27.500.000,00
Férias + 1/3+ 13° Salário 5.347.222,22
Encargos Sociais 9.197.222,22
Despesa com serviço de terceiros 15.000.000,00
Administrativas gerais 15.000.000,00
Pesquisa e desenvolvimento científico 1.700.000,00
Provisão para crédito de liquidação duvidosa 3.314.000,00
Provisão para processos e contingencias judiciais 15.000.000,00
Resultado antes das receitas e despesas financeiras 187.691.555,56
(+/-) Receitas e despesas financeiras 5.000.000,00
Receitas financeiras 17.000.000,00
Despesas financeiras 12.000.000,00
(=)Lucro antes do IRPJ e CSLL 192.691.555,56
Quadro 4 – Demonstração de resultado, antes dos tributos sobre o lucro – Valores em
R$
Fonte: Elaborado pelos autores.
Para calculo de IRPJ e CSLL, foi adicionado ao Lucro antes do IRPJ e CSLL as despesas
com provisões não permitidas pela legislação, efetuadas pela empresa, obtendo assim, a
nova base de calculo para os tributos sobre o Lucro Real.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 73
De acordo as normas do Imposto de Renda vigentes, o IRPJ a ser pago será de 15% sobre
a base de calculo e a parcela da base de calculo que exceder R$ 20.000 mensais, haverá
a incidência de alíquota de 10% a título de adicional do imposto.
Portanto, a partir do LALUR, foi calculado para IRPJ 15% sobre o lucro real, e depois,
10% sobre o que ultrapassou o limite anual de R$ 240.000,00 (R$ 20.000 do limite mensal
x 12), obtendo assim, o montante de IRPJ.
No cálculo das deduções, foram isentos o pagamento de 60% do ISSQN pela oferta do
programa municipal PROMUBE.
Como pode ser constatado através da tabela abaixo (quadro 6), foi calculado normalmente
o tributo com alíquota de 2%, encontrando o valor de R$ 11.600.00,00 (R$
580.000.000,00 x 0,02).
Depois foi utilizado o valor resultante da alíquota e calculado 40% sobre ela (R$
11.600.000,00 x 0,4), chegando ao valor de R$ 4.640.000,00.
Já para os demais tributos aplicou-se a isenção de acordo com a Lei 11.096 de 2005 que
regulamenta o PROUNI.
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FOLHA DE PAGAMENTO
Folha de pagamento 27.500.000,00
férias 2.291.666,67
1/3 s obre férias 763.888,89
13° s alário 2.291.666,67
CPS 6.569.444,44
FGTS 2.627.777,78
Total 42.044.444,44
Quadro 7 – Folha de pagamento empresa não filantrópica – Valores em R$
Fonte: Elaborado pelos autores.
O lucro dessa forma de constituição da empresa vai ser a ultima conta da Demonstração
de Resultado, pela não necessidade de cálculo dos tributos sobre o lucro.
No cálculo das deduções, foram isentos o pagamento de 60% do ISSQN pela oferta do
programa municipal PROMUBE.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 75
A isenção foi feita a partir do valor total do Tributo calculado. Como pode-se aferir na
tabela abaixo, foi calculado normalmente o tributo com alíquota de 2%, encontrando o
valor de R$ 11.600.00,00 (R$ 580.000.000,00 x 0,02).
Depois foi utilizado o valor resultante da alíquota e calculado 40% sobre ela (R$
11.600.000,00 x 0,4), chega-se ao valor de R$ 4.640.000,00. Os outros tributos foram
considerados isentos de acordo com a Lei 11.096 de 2005 que regulamenta o PROUNI
citada no capitulo 2, como mostra o Quadro 9.
No quadro 10 para, cálculo de folha de pagamento, não foi considerado a CPS de 20%,
pela instituição ser constituída como filantrópica. De acordo com o Art. 1° da Lei Nº
12.101/09.
FOLHA DE PAGAMENTO
Folha de Pagamento 27.500.000,00
férias 2.291.666,67
1/3 s obre férias 763.888,89
13° s alário 2.291.666,67
CPS -
FGTS 2.627.777,78
Total 35.475.000,00
Quadro 10 – Folha de pagamento da empresa filantrópica – Valores em R$
Fonte: Elaborado pelos autores.
Assim como na situação anterior, a Demonstração de Resultado não terá IRPJ e CSLL,
por conta da isenção da filantropia.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 76
Receita operacional bruta 580.000.000,00
(-)Deduções da receita 4.640.000,00
Pis -
Cofins -
ISSQN R$ 4.640.000,00
(=)Receita Operacional Liquida 575.360.000,00
(-)Custo do serviço prestado 235.000.000,00
(=)Lucro Bruto 340.360.000,00
(-)Despesas Operacionais 55.489.000,00
Folha de pagaemento 27.500.000,00
Férias + 1/3+ 13° Salário 5.347.222,22
Encargos Sociais 2.627.777,78
Despesa com serviço de terceiros 15.000.000,00
Administrativas gerais - 15.000.000,00
Pesquisa e desenvolvimento científico 1.700.000,00
Provisão para crédito de liquidação duvidosa 3.314.000,00
Provisão para processos e contingencias judiciais 15.000.000,00
Resultado antes das receitas e despesas financeiras 284.871.000,00
(+/-) Receitas e despesas financeiras 5.000.000,00
Receitas financeiras 17.000.000,00
Despesas financeiras 12.000.000,00
(=)Lucro Líquido do Período 289.871.000,00
Quadro 11 – Demonstração de resultado empresa filantrópica - Valores em R$
Fonte: Elaborado pelos autores.
A última conta desse Demonstrativo será o lucro do período sem os impostos sobre o
lucro.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 77
Não
filantrópica/não Não
utiliza os filantrópica/Utiliza filantrópica/utili
incentivos % os incentivos % za incentivos %
Receita operacional bruta 580.000.000,00 100 580.000.000,00 100,00 580.000.000,00 100,00
(-)Deduções da receita 65.250.000,00 11,25 4.640.000,00 0,80 4.640.000,00 0,80
Pis 9.570.000,00 1,65 0,00 0,00 0,00 0,00
Cofins 44.080.000,00 7,6 0,00 0,00 0,00 0,00
ISSQN 11.600.000,00 2 4.640.000,00 0,80 4.640.000,00 0,80
(=)Receita Operacional Liquida 514.750.000,00 88,75 575.360.000,00 99,20 575.360.000,00 99,20
(-)Custo do serviço prestado 235.000.000,00 40,52 235.000.000,00 40,52 235.000.000,00 40,52
(=)Lucro Bruto 279.750.000,00 48,23 340.360.000,00 58,68 340.360.000,00 58,68
(-)Despesas Operacionais 92.058.444,44 15,87 92.058.444,44 15,87 55.489.000,00 9,57
Folha de pagamento 27.500.000,00 4,74 27.500.000,00 4,74 27.500.000,00 4,74
Férias + 1/3+ 13° Salário 5.347.222,22 0,92 5.347.222,22 0,92 5.347.222,22 0,92
Encargos Sociais 9.197.222,22 1,59 9.197.222,22 1,59 2.627.777,78 0,45
Despesa com serviço de terceiros 15.000.000,00 2,59 15.000.000,00 2,59 15.000.000,00 2,59
Administrativas gerais 15.000.000,00 2,59 15.000.000,00 2,59 -15.000.000,00 -2,59
Pesquisa e desenvolvimento científico 1.700.000,00 0,29 1.700.000,00 0,29 1.700.000,00 0,29
Provisão para crédito de liquidação duvidosa3 .314.000,00 0,57 3.314.000,00 0,57 3.314.000,00 0,57
Provisão para processos e contingencias judiciais
15.000.000,00 2,59 15.000.000,00 2,59 15.000.000,00 2,59
Resultado antes das receitas e despesas financeiras
187.691.555,56 32,36 248.301.555,56 42,81 284.871.000,00 49,12
(+/-) Receitas e despesas financeiras 5.000.000,00 0,86 5.000.000,00 0,86 5.000.000,00 0,86
Receitas financeiras 17.000.000,00 2,93 17.000.000,00 2,93 17.000.000,00 2,93
Despesas financeiras 12.000.000,00 2,07 12.000.000,00 2,07 12.000.000,00 2,07
(=)Lucro Líquido do Período 192.691.555,56 33,22 253.301.555,56 43,67 289.871.000,00 49,98
IRPJ 52.727.388,89 9,09 0,00 0,00 0,00 0,00
CSLL 18.990.500,00 3,27 0,00 0,00 0,00 0,00
(=) Resultado do periodo 120.973.666,67 20,86 253.301.555,56 43,67 289.871.000,00 49,98
Quadro 12 – Demonstrações de resultado comparadas - Valores em R$
Fonte: Elaborados pelos autores.
Desta forma, observa-se a diferença de percentual de lucro sobre a receita das três formas
de constituição dessa empresa, de modo a perceber a diferença muito grande de lucro
entre elas, saindo de 20,86% da primeira para 49,98% da segunda.
Isso deve-se a diferença das deduções da receita, em que a instituição filantrópica que
oferta os programas e a que oferta e não é filantrópica tem redução de 60% do ISSQN
devido (especificamente no município de Maringá/PR), que equivale a menos R$
6.960.000,00 milhões de gastos.
Esse fato não acontece na instituição que não oferta os programas e não é filantrópica.
Além do fato que a filantrópica é isenta de CPS de 20%, totalizando R$ 6.569.444,44
milhões de gastos com encargos sociais nas outras duas situações.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 78
TRIBUTOS Filantrópica que utiliza Não Filantrópica Não Filantrópica que
incentivos que utiliza NÃO utiliza incentivos
incentivos
ISSQN 4.640.000,00 4.640.000,00 116.000,00
CPS -0- 6.569.444,44 6.569.444,44
PIS -0- -0- 9.570.000,00
COFINS -0- -0- 44.080.000,00
TOTAL 4.640.000,00 11.209.444,44 71.819.444,44
DIFERENÇA DA 1ª 6.569.444,44 DIFERENÇA DA 60.610.000,00
PARA 2ª. 2ª PARA A 3ª.
Quadro 13 – Diferenças dos valores tributários – Valores em R$
Fonte: Elaborado pelo autor.
Ao comparar as diferenças de tributação com a receita total no Quadro 13, temos que, R$
6.569.444,44, que é a diferença da primeira situação pra segunda corresponde a
aproximadamente 1,13% da receita bruta total, levando em consideração que a Receita
soma R$ 580.000.000,00.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 79
QUADRO RESUMO DAS DIFERENÇAS
Essa diferença pode trazer uma competitividade de mercado muito grande, pois, quando
os custos são menores, os preços também podem ser ofertados com bastante vantagem
para o cliente, resultado mais atratividade para os alunos atuais e novos da instituição e
que, em tese, aumentariam a receita dela.
CONCLUSÃO
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 80
capacitado que possa ajudar os gestores a escolher um caminho legal para diminuir seu
ônus tributário.
Porém, ser constituída como entidade filantrópica e ofertar bolsas de estudos para ter
acesso aos benefícios fiscais é uma escolha difícil para a instituição, pois traz sim
benefícios, mas também traz responsabilidades, como prestar serviços grátis para a
sociedade, de forma a ajudar e cumprir o papel que a lei de isenção exige. Neste caso,
além da oferta de bolsa na maioria das vezes integral para alunos, ter-se-á gastos
adicionais com controladoria (gestão) dos tributos nesta modalidade e as exigências do
fisco, estabelecidas no Decreto 8.242/2014.
Observe-se então que há exigências específicas para as filantrópicas, tais como: aplicar
seus recursos de forma integral apenas dentro do Pais (Brasil), não podem distribuir lucros
para seus mantenedores ou sócios, não cobrar nenhuma contrapartida pelos serviços
prestados gratuitamente, manter em boa ordem e à disposição da Secretaria da Receita
Federal do Brasil as demonstrações contábeis e financeiras devidamente auditadas por
auditor independente legalmente habilitado nos Conselhos Regionais de Contabilidade,
entre outras exigências.
Tais montantes, depesas e encargos adicionais NÃO foram inclusos nos demonstrativos
de resultados comparados (quadro 14 anteriormente exposto).
A empresa estudada recebe alguns incentivos fiscais pela oferta dos programas de ensino
governamentais, sendo o PROUNI, PROMUBE e FIES. Já a que é constituída como
filantrópica já tem isenção de IRPJ e CSLL, não utilizando esse incentivo do PROUNI,
mas podendo usar os incentivos de PIS e COFINS. O PROUNI isenta a organização do
pagamento de IRPJ, CSLL, COFINS e PIS. O PROMUBE promove uma redução de 60%
do ISSQN devido (este exclusivamente no município de Maringá/PR).
Já o FIES, não proporciona nenhum incentivo no âmbito fiscal, porém, além ele é pago o
valor cheio da mensalidade dos cursos, o de tabela, que é, na maioria dos cursos, um valor
mais alto do que os alunos da instituição que não utilizam do financiamento estudantil
pagam, o que é pode ser vantajoso (em termos financeiros) para a organização, levando
em consideração que são passados valores maiores, que aumentam a receita da empresa
e, consequentemente, o resultado dela.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 81
Com relação aos resultados do período demonstrados no quadro de diferenças, temos uma
diferença de R$ 6.569.444,44 que é a diferença da primeira situação pra segunda
corresponde a aproximadamente 1,13% da receita bruta total, e da 2° pra terceira, no valor
de R$ 60.610.000,00 equivale a 10,45%, o que já é um valor bem considerável em relação
à receita bruta.
É preciso considerar que, ao ser constituida como entidade filantrópica e ofertar bolsas
de estudos, possibilitando condições legais para o acesso aos benefícios fiscais, exige,
ainda, responsabilidades adicionais, como:
Portanto, com relação a instituição de ensino estudada, chega-se a conclusão de que pode
ser muito vantajoso para a organização ofertar os programas governamentais de ensino,
além também de gozar prestígio junto da comunidade por ser constituída como instituição
filantrópica, gerando maiores recursos (pela economia tributária) para reinvestimento na
ampliação de serviços.
REFERÊNCIAS:
BORGES, Humberto Bonavides. Planejamento tributário: IPI, ICMS, ISS e IR. 11. Ed.
São Paulo: Atlas, 2011.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 82
2018.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 83
INEP, MEC MEC e Inep divulgam dados do censo da educação superior em 2016.
Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/artigo/-
/asset_publisher/B4AQV9zFY7Bv/content/mec-e-inep-divulgam-dados-do-censo-da-
educacao-superior-2016/21206> Acesso em 23 de Abril de 2018.
LATORRAKA, Nilton Direito Tributário: imposto de rendadas empresas. 15. ed. São
Paulo: Atlas, 2000.
MARTINS, Eliseu et al. Manual de contabilidade tributária. 2. Ed. São Paulo: Atlas,
2013.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 84
CASO QUATRO: ANÁLISE DAS OPÇÕES TRIBUTÁRIAS DE UMA
EMPRESA QUE ATUA NO RAMO DE INDÚSTRIA DE ARTIGOS DE COURO
Autores:
Guilherme Rotta Matiusso: Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual
de Maringá.
Nilton Facci: Doutor em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas
EAESP/SP. Professor no curso de Bacharel em Ciências Contábeis na Universidade
Estadual de Maringá.
RESUMO:
Os dados utilizados para os cálculos form obtidos junto aos gestores da empresa, com
apoio dos profissionais contábeis que executam serviços para a entidade.
Os resultados apontam que a referida empresa está na opção tributária menos onerosa,
que é o Simples Nacional, na qual foi possível obter lucros proporcionais a 41,31% frente
ao faturamento, e carga tributária de 10,08%.
Nesse sentido, recomenda-se que a empresa continue suas análises tributárias, para que
possa usufruir das permissões legais existentes, sem que incorra em quaisquer formas de
ilícitos tributários.
INTRODUÇÃO:
Esse estudo foca na análise das opções tributárias de empresa que atua no ramo de
indústria de artigos de couro situada no Município de Maringá, Estado do Paraná. Os
resultados e análises estão apresentados a seguir.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 85
indústria e comercio de artigos em couro. Em 21 de Julho de 1994 a empresa realizou a
abertura de uma Filial com o intuito de comercializar as mercadorias industrializadas pela
Matriz, porém a unidade da Filial não realizou operações de compra ou venda de
mercadorias no período de estudo.
A empresa conta com 15 colaboradores no total divididos dentre diversas atividades como
auxiliar de produção, costureira, cortador, auxiliar de montagem e um gerente de
produção, além de duas funcionárias que cuidam do setor administrativo. Até o momento
a empresa conta com dois sócios no quadro societário.
Embasado nos dados fornecidos pela empresa, a seguir está elaborado os cálculos
apresentando a opção tributária que seria menos onerosa em questão de tributos para o
desembolso financeiro.
Primeiro foi realizada análise do Simples Nacional. A segunda opção que foi analisada
foi a do Lucro Presumido e, por fim, a opção do Lucro Real onde foi feita as projeções
relativas ao Lucro Real Anual e o Trimestral.
O Simples Nacional é o regime tributário que a empresa optou a partir do ano de 2007 até
o momento do estudo. Sua característica é que, por ser um regime diferenciado onde o
recolhimento dos tributos é feito de forma unificada através do Documento de
Arrecadação do Simples Nacional, exige menos obrigações acessórias do que demais
regimes, de acordo com a LC 123/2006.
A coluna que demonstra a alíquota no quadro 08 foi feita de acordo com o Anexo II da
Lei Complementar 123/2006 que trata das indústrias, a alíquota variável foi calculada de
acordo com o desconto do percentual do ICMS concedido no Estado do Paraná de acordo
com o Decreto nº 3.822/2012.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 86
Dezembro o que indica a permanência na mesma faixa de tributação no ano inteiro. Faixa
essa que é determinada pelo faturamento dos doze últimos meses ao período de apuração.
A coluna das devoluções evidencia o quanto foi devolvido dos produtos vendidos e a
última coluna representa o valor a ser desembolsado mensalmente referente a apuração
pelo Simples Nacional no período de Janeiro a Dezembro de 2017, totalizando um
montante de R$ 71.806,92.
O Quadro 9 exemplifica como ficaria o cálculo do Simples Nacional caso fosse calculado
com as alterações da Lei Complementar 155/2016, dentro do Anexo II da mesma lei.
Para o Quadro 10, se faz necessário além das tabelas apresentadas no Anexo II aplicar
uma fórmula matemática disponibilizada na Lei Complementar que nos permite chegar a
𝑅𝐵𝑇 12 𝑥 𝐴𝑙𝑖𝑞−𝑃𝐷
alíquota efetiva do tributo. Sendo a alíquota efetiva resultado de: , sendo:
𝑅𝐵𝑇 12
RBT 12: Receita bruta acumulada nos últimos 12 meses anteriores ao de apuração
Aliq: alíquota nominal constante nos Anexos I a V da Lc 155/2016
PD: parcela a deduzir constante nos Anexos I a V da Lc 155/2016
Devido ao fato da receita bruta acumulada nos últimos doze meses anteriores ao de
apuração ser alterada mensalmente é necessário que a fórmula seja aplica mensalmente
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 87
para se chegar na alíquota efetiva para cada período de apuração. A título de exemplo,
para apuração de Janeiro de 2017, a receita bruta acumulada é de R$ 973.607,28, logo
aplicando a fórmula a alíquota efetiva seria de 8,8890%.
A repartição para o ICMS será de 2,8445% e a alíquota do ICMS dentro do Paraná será
de 2,1167% e o percentual de redução de 25,5862%.
Remuneração
ANO Salários 13º Salário 1/3 de Férias
Total
A terceira coluna demonstra o valor do 13º salário e do valor de férias que é feita
mensalmente totalizando R$ 27.073,54. A quarta coluna traz os valores referentes ao 1/3
de férias que em 2017 totalizou R$ 9.024,51.
A última coluna traz a soma dos fatores das colunas anteriores representando o valor pago
pela empresa em cada mês de 2017 que totalizou nesse período R$ 360.980,56.
Por ser optante pelo Simples Nacional, a empresa fica desobrigada quanto ao
recolhimento da Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) e da parte de terceiros, sendo
tais contribuições recolhidas como alíquota do Simples Nacional.
Se voltarmos ao Quadro 02 é possível observar que o CPP está incluso no cálculo mensal
do Simples Nacional. Levando em conta que a CPP da parte dos colaboradores não
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 88
apresenta desembolso por parte da empresa uma vez que já são descontados da folha de
pagamento, ficando a empresa apenas responsável pelo desconto da remuneração e o
recolhimento, o único tributo que incide sobre a folha de pagamento que a empresa é
obrigada a suportar ônus é o FGTS, conforme demonstrado abaixo.
A MOD representa o custo que empresa teve com os funcionários envolvidos diretamente
com o processo de produção. De modo que o cálculo foi feito com base em relatórios
fornecidos pela empresa com os valores referentes a folha de pagamento de cada
funcionário e sua função, onde foi possível separar entre o custo com a mão de obra e as
despesas com folha de pagamento totalizando um total de R$ 136.891,43 com o custo da
mão de obra para a produção.
O CIF corresponde aos custos indiretos de fabricação que foram incorridos no processo
de fabricação, sendo que esses custos devem ser alocados ao custo total do produto. O
CIF do Quadro 13 foi fornecido pela empresa objeto de estudo.
Para o CPV (Custo do Produto Vendido) no regime do Simples Nacional em 2017, está
descrito no Quadro 14.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 89
2017 2.650,00 252.938,76 1.890,00 253.698,76
Quadro 11 – CPV em 2017 no Simples Nacional – Valores em R$
Fonte: Elaborado pelos autores
O CPV para o ano de 2017 foi obtido somando o Estoque Inicial de produtos acabados
para o ano de 2017 e o Custo de Produção obtido no quadro 14 e o resultado dessa
operação foi subtraído do Estoque Final de produtos acabados no ano de 2017, resultando
num valor de R$ 252.424,56.
O Quadro 16 abaixo representa a como ficou a DRE da empresa pela apuração no Simples
Nacional.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 90
O CPV do período foi de R$ 253.698,76 sendo demonstrado no Quadro 14 como foi
obtido. A dedução do CPV pela Receita Liquida resultou em um Lucro Bruto de R$
634.479,83.
Para a base de cálculo do PIS e COFINS foi utilizado o faturamento total da empresa
descontado as devoluções de venda que ocorreram em cada período.
Além desses tributos, a empresa teria que pagar a cada trimestre o IRPJ e a CSLL, que
poderiam ser recolhidos em parcelas mensais (mas com juros SELIC) como opção. Esses
tributos são demonstrados nos quadros 18 e 19.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 91
descontado as devoluções de venda, conforme art. 15º da Lei nº 9.249/1995. Sobre essa
presunção de 8% da receita da empresa se aplica a alíquota do IRPJ de 15%. Ao final do
período de 2017 o valor total de IRPJ seria de R$ 11.519,83 a recolher, visto que, não
houve incidência do adicional de 10% do excedente de R$ 60.000,00 da base de cálculo
do tributo.
Para a CSLL a receita total utilizada seria a mesma do IRPJ alterando a base de cálculo e
a alíquota do tributo.
Base de
Período Receita Total Cálculo Alíquota CSLL a Pagar
12%
1º Trimestre 187.190,28 22.462,83 9% 2.021,66
2º Trimestre 281.316,65 33.758,00 9% 3.038,22
3º Trimestre 197.476,55 23.697,19 9% 2.132,75
4º Trimestre 294.002,03 35.280,24 9% 3.175,22
Total 959.985,51 115.198,26 - 10.367,84
Quadro 16 – Apuração CSLL no Regime de Cumulatividade em 2017 – Valores em R$
Fonte: Elaborado pelos autores
Para realizar o cálculo da CSLL, a base de cálculo é de 12% para a atividade da empresa
e a alíquota do tributo seria de 9%. No final do período o valor total de CSLL seria de R$
10.637,84 a recolher.
Para as vendas destinadas a consumidores finais fora do Paraná são necessárias que sejam
destacados na nota fiscal a mesma alíquota utilizada nas situações acima descritas, porém
se faz necessário o recolhimento do chamado DIFAL (Diferencial de Alíquota), onde se
calcula a diferença entre as alíquotas interestaduais e a alíquota interna do Estado de
Destino. Dessa diferença de alíquotas é aplicado ao valor total da nota fiscal. Após esse
procedimento, no ano de 2017, 40% do valor seria destinado ao Estado de Origem e 60%
do valor seria destinado ao Estado de Destino. Nota: os percentuais alteraram em 2018 e
2019, mas o montante a ser recolhido (custo para a empresa) permanece o mesmo.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 92
Quadro 17 – Apuração do ICMS a Recolher no Regime Não-Cumulativo em 2017
(Região Sul e Sudeste – exceto o ES) para Contribuinte do ICMS – Valores em R$
Fonte: Elaborado pelos autores
Venda da Empresa p/
ANO Alíquota ICMS a Recolher
Contribuinte
Total 302.782,29 - 21.194,76
Quadro 18 - Apuração do ICMS a Recolher no Regime da Não-Cumulatividade em 2017
(Região Norte, Nordeste, Centro-Oeste e ES) para Contribuintes do ICMS – Valores em
R$
Fonte: Elaborado pelos autores
No Quadro 20 é possível observar o total das vendas realizadas para as regiões Norte,
Nordeste, Centro-Oeste e ES e para clientes contribuintes do ICMS em 2017 foi de R$
302.782,29. A alíquota para esses casos é de 7% sobre as vendas totalizando em um
montante de R$ 21.194,76 de ICMS a recolher.
Venda p/ Consumidor
ANO Alíquota ICMS a Recolher
Final - PR
Total Geral 16.546,96 - 2.978,45
Quadro 19 - Apuração de ICMS no Regime da Não-Cumulatividade em 2017 para
Consumidores Finais no Estado do Paraná – Valores em R$
Fonte: Elaborado pelos autores
Venda da Empresa p/
ANO 2017 Consumidores Finais de ICMS Destino ICMS Origem
outros Estados
Total 10.092,63 626,17 417,44
Quadro 20 - Apuração de ICMS DIFAL no Regime de Não-Cumulatividade (Venda a
Consumidores Finais fora do Paraná) – Valores em R$
Fonte: Elaborado pelos autores
O Quadro 22 traz o total das vendas para consumidores finais fora do Estado do Paraná,
ou seja, estão sujeitas a incidência do DIFAL (Diferencial de Alíquota) conforme
explicado anteriormente, é a diferença entre as alíquotas interestaduais e a alíquota interna
do Estado de Destino do produto, e esse valor a ser pago é repartido em 60% para o Estado
de Destino e 40% para o Estado de Origem dos produtos, para o ano de 2017, conforme
a Emenda Constitucional 87/2015. Para o período de 2017, o total de vendas que estão
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 93
inseridas nesse cenário é de R$ 10.092,63. O montante a ser destinado aos Estados de
Destino é de R$ 626,17 e o montante destinado ao Estado de Origem é de R$ 417,44.
O total a recolher de ICMS durante o período de 2017 somando todos os cenários resulta
num montante de R$ 103.012,22, porém esse saldo poderá ser compensado pelos valores
a recuperar do tributo proveniente da compra de matéria prima e das devoluções de venda.
ICMS a Recuperar
Crédito de
ANO Compras Devoluções de Total
ICMS
Venda
Total 97.665,26 840,98 96.273,56 3.993,26
Quadro 21 – Crédito de ICMS sobre as Compras Líquidas – Valores em R$
Fonte: Elaborado pelos autores
O valor total das compras com direito a crédito de ICMS totalizou R$ 97.665,26. Ao se
analisar as compras, de acordo com os relatórios da empresa, foi constatado que quase a
totalidade das compras foram feitas de empresas enquadradas no Simples Nacional,
portanto os créditos passíveis de aproveitamento são aqueles correspondentes a alíquota
paga pelo fornecedor dentro da sua apuração no Simples Nacional. Devido a esse fato, o
total de créditos de ICMS totalizou R$ 3.993,26. Pelo fato da empresa optar pelo crédito
presumido de ICMS concedido pelo estado do Paraná não foi considerado o crédito do
estoque inicial.
Sendo que esse valor dos créditos poderia ser compensado com o saldo a recolher
resultante da venda de mercadorias para que seja apurado o saldo a pagar do ICMS. De
acordo com relatórios da empresa não foi tomado nenhum serviço de frete para que possa
ser adicionado ao valor dos créditos. Nem houve aquisição de energia pela empresa no
período estudado.
ICMS a
ICMS ICMS
Recuperar ICMS a
ANO ICMS a Recolher DIFAL DIFAL
das Pagar/Recuperar
DEST. ORIGEM
Compras
Total 101.968,62 626,17 417,44 3.993,26 97.975,36
Quadro 22 – Valor do ICMS a Pagar em 2017 – Valores em R$
Fonte: Elaborado pelos autores
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 94
Outra forma de efetuar a apuração do ICMS é através do chamado Crédito Presumido que
está previsto no RICMS/PR, mais especificamente no Item 50 do Anexo VII, que abrange
algumas atividades além da atividade de artigos de vestuário.
O montante a ser recolhido nessa modalidade é de R$ 27.595,90, sendo que nessa forma
de apuração a empresa não precisa se preocupar se o cliente é contribuinte ou não do
tributo. Devendo apenas efetuar a verificação da alíquota interna do produto no Estado
em que o cliente está situado.
O mesmo Item 50 do anexo VII do RICMS/PR determina que as empresas que optarem
pela apuração na forma do Crédito Presumido não poderá aproveitar os créditos
provenientes das compras para industrialização, assim como para os fretes tomados e a
aquisição de energia elétrica.
ICMS a
Alíquota do
ICMS a Recuperar pelo
ANO Venda Crédito
Recolher Crédito
Presumido
Presumido
Total 302.782,29 21.194,76 variáveis 989,80
Quadro 24 – Apuração do ICMS a Recolher pelo Crédito Presumido 4,67% - Valores em
R$
Fonte: Elaborado pelos autores
No caso da empresa foco de estudo, compensaria optar pela apuração na forma do Crédito
Presumido porque as compras quase não teriam créditos a recuperar para realizar a
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 95
compensação com o valor a recolher do tributo. No Crédito Presumido a empresa pagaria
R$ 50.174,50 a menos do que na apuração normal do tributo.
Terceiros
ANO Remuneração Total CPS 20% RAT 3% Total
5,8%
Total 324.882,50 64.976,50 18.843,19 9.746,48 418.448,66
Quadro 25 – Folha de Pagamento no Regime de Cumulatividade – Valores em R$
Fonte: Elaborado pelos autores
Estoque Final
ANO Estoque Inicial LP
Compras LP LP MDC LP
Total 3.624,68 92.598,30 2.065,15 94.157,83
Quadro 26 – MDC Ajustado para o Lucro Presumido em 2017 – Valores em R$
Fonte: Elaborado pelos autores
Para se obter o valor do MDC mensal é preciso somar os valores de Estoque Inicial
ajustados para o a apuração do Lucro Presumido com os valores de Compras também
ajustados para o Lucro Presumido e o resultado dessa operação é necessário efetuar a
subtração do saldo de Estoque Final ajustado para o Lucro Presumido.
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O Quadro 33 a seguir demonstra como ficou a DRE da empresa com a apuração do Lucro
Presumido:
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 97
Receita Bruta 193.976,52 281.646,65 197.712,16 295.274,06 968.609,39
(-) Deduções da Receita - - - - -
Bruta
Impostos s/ Vendas 33.860,39
- 39.290,76
- 30.205,12
- 43.319,32
- 146.675,58
-
ICMS s/ Vendas 27.074,15
- 38.960,76
- 29.969,51
- 42.047,29
- 138.051,70
-
PIS s/ Faturamento 20.191,90
- 28.526,50
- 22.389,62
- 30.860,60
- 101.968,62
-
COFINS s/ 1.216,74
- 1.828,56
- 1.283,60
- 1.911,01
- 6.239,91
-
Faturamento
ICMS Difal 5.615,71
- 8.439,50
- 5.924,30
- 8.820,06
- 28.799,57
-
Devoluções de Vendas 49,80
- 166,20
- 372,00
- 455,61
- 1.043,61
-
(=) Receita Líquida 6.786,24 242.355,89
160.116,13 330,00 235,61
167.507,04 1.272,03
251.954,74 8.623,88
821.933,81
(-) CPV - - - - -
(=) Lucro Bruto 68.081,19 73.635,44 75.905,75 76.732,80
92.034,95 168.720,45 91.601,29 175.221,94 294.335,18
527.57864
(-) Despesas Operacionais - - - 86.307,54 - -
(=) Lucro antes do IRPJ 99.555,62
- 88.089,94
80.630,52 5.293,76 91.451,05
83.770,89 365.404,15
162.174,49
e CSLL
(-) IRPJ 7.520,67
- - - - -
(-) CSLL 2.246,28
- 3.375,80
- 2.369,72
- 3.528,02
- 11.519,83
-
(=) Lucro/Prejuízo do 2.021,66 3.038,22
(11.788,61) 74.216,50 2.132,75
791,29 3.175,22
77.067,64 10.367,84
140.286,82
Período30 – DRE em 2017 para o Lucro Presumido – Valores em R$
Quadro
Fonte: Elaborado pelos autores
O Quadro 33 apresenta como ficaria a DRE da empresa caso ela optasse pelo Lucro
Presumido no ano de 2017, lembrando que a opção será manifestada no momento em que
for recolhido a primeira ou única cota do IRPJ correspondente ao primeiro período de
apuração dentro do ano-calendário.
Da segunda coluna até a quinta coluna é apresentado os valores para cada conta nos quatro
trimestres de 2017. A sexta coluna é a soma dos valores dos quatro trimestres, logo,
apresenta a DRE anual para o ano de 2017. Como é possível observar a empresa teria
prejuízos contábeis no primeiro e lucros contábeis no segundo, terceiro e no quarto
trimestre. Ao efetuar a soma dos resultados dos trimestres é possível observar que o
resultado anual da empresa seria de um lucro contábil de R$ 140.286,82.
Caso a empresa optasse pela apuração na modalidade do Lucro Real Trimestral seria
necessário elaborar a DRE da empresa para cada trimestre de 2017, assim como foi feito
para o Lucro Presumido, para apuração do IRPJ e CSLL a recolher.
Na apuração pelo Lucro Real a alíquota do PIS será de 1,65% para o ramo de atividade
da empresa foco do estudo, e a alíquota do COFINS será 7,6% para o ramo de atividade.
O Quadro a seguir demonstra como ficaria a apuração:
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Quadro 31 – PIS e COFINS a Recolher no Regime de Não-Cumulatividade em 2017 –
Valores em R$
Fonte: Elaborado pelos autores
Como pode ser observado no Quadro 35 a empresa teve direito a créditos tributários
referentes às compras líquidas das devoluções de PIS e COFINS. A alíquota do PIS para
a recuperação do tributo é de 1,65%, resultado em total de R$ 1.609,53 de crédito
tributário. E a alíquota para COFINS é de 7,60%, resultando em um total de R$ 7.413,63
do crédito tributário.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 99
65.500,62. Nesses valores já estão considerados as alíquotas de 0,65% para o PIS e 3,00%
para o COFINS referente ao saldo de estoque inicial.
A apuração de ICMS no regime do Lucro Real será a mesma utilizada para o regime
Lucro Presumido, isso ocorre porque a apuração do ICMS tanto para o Lucro Presumido
quanto para o Lucro Real já é na modalidade de Não-Cumulatividade.
A parte da folha de pagamento também será a mesma utilizada para o Lucro Presumido.
Tanto para o Lucro Real quanto para o Lucro Presumido a carga tributária para a folha de
pagamento é a mesma. Os dois regimes são conhecidos como “regimes normais”, para
fins de incidência sobre a folha de pagamento.
O Estoque Inicial está descontado dos tributos recuperáveis para o Lucro Real, ou seja,
12% de ICMS, 0,65% de PIS e 3,00% de COFINS. O MDC ajustado para o Lucro Real
no período de 2017 será de R$ 85.718,18.
Os valores de CIF serão os mesmos para o Lucro Presumido também, pois os valores dos
materiais de consumo não são passíveis de aproveitamento de créditos tributários e não
ocorreu nenhuma aquisição de imobilizado no período que poderia ser aproveitado nos
créditos de PIS e COFINS. Sendo assim, o custo de produção ajustado para o regime do
Lucro Real, ficaria o seguinte:
Para elaboração do Quadro 38 os valores de MDC foi retirado do Quadro 37. A coluna
da MOD permanece a mesa utilizada na apuração do Lucro Presumido. Assim como a do
CIF.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 100
LALUR - PARTE B
Data Histórico Valor R$
31/03/2017 Prejuízo Fiscal 1° Trim. de 2017 - 15.815,88
30/09/2017 Prejuízo Fiscal 3° Trim. de 2017 - 3.597,01
Total -19.412,89
Quadro 38 – Escrituração do LALUR Parte B – Prejuízos do 1° e ° Trimestre de 2017
Fonte: Elaborado pelos autores
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 101
Por não apresentar lucros antes do IRPJ e CSLL, a empresa fica dispensada de recolher
esses tributos, ficando apenas obrigada a efetuar a escrituração dos Prejuízos Fiscais na
Parte B do LALAUR. No segundo trimestre, como houve o Lucro antes do IRPJ e CSLL,
a empresa fica obrigada a escriturar o LALUR na Parte A, conforme é demonstrado no
quadro abaixo.
O Lucro Líquido antes da CSLL para o cálculo da CSLL do 2° Trimestre de 2017 foi de
R$ 66.996.59. Esse mesmo valor será o Lucro Líquido Ajustado, pois não houve nenhuma
adição e nenhuma exclusão. Porém, como há Prejuízo de Exercícios Anteriores é possível
fazer a compensação ficando restrita ao equivalente de 30% do Lucro Líquido. Para o 2°
Trimestre de 2017 esse valor foi de R$ 15.815,88 referente ao prejuízo do primeiro
trimestre.
Para o cálculo do IRPJ, o Lucro Líquido após o CSLL foi de R$ 62.390,33, porém a
parcela referente a CSLL deve ser entrar nas adições para que seja determinado o Lucro
Líquido Ajustado para o cálculo do IRPJ.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 102
correspondente a 30% do Lucro Líquido Ajustado. Para o trimestre não houve parcela
excedente em que incidiria o adicional de 10% de IRPJ. Aplicando a alíquota de 15%
sobre a base de R$ 51.180,71 obtém se que o valor a ser recolhido pela empresa no
trimestre é de R$ 7.677,11.
No quarto trimestre de 2017, o resultado da empresa antes da CSLL e do IRPJ foi positivo,
ficando assim a empresa obrigada a efetuar a escrituração do LALUR Parte A para
determinar qual o valor a ser recolhido de CSLL e IRPJ. Os quadros a seguir
demonstrarão esses cálculos.
O Quadro 44 demonstra como foi obtido a provisão para CSLL para o quarto trimestre
de 2017. Assim como o cálculo do segundo trimestre não houve adições e exclusões,
sendo assim, o Lucro Líquido antes da CSLL o mesmo do Lucro Líquido Ajustado,
sendo R$ 69.276,03.
A adição para o cálculo do IRPJ foi referente a provisão da CSLL do quarto trimestre.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 103
Caso a empresa optasse pelo Lucro Real Anual, teria um lucro líquido de R$ 88.813,39.
A demonstração da base de cálculo da CSLL e do IRPJ anual ficaria como segue:
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 104
Provisão para CSLL 9% 10.517,38
Quadro 44 – Escrituração e-Lacs Parte A – CSLL – Valores em R$
Fonte: Elaborado pelos autores
O quadro seguinte demonstra como ficaria o cálculo do valor a recolher de IRPJ para o
período de 2017:
Após efetuar a apuração de cada opção tributária para a empresa objeto de estudo, foi
levantado um quadro comparativo para demonstrar quanto de tributos a empresa teria
mais ônus, assim como, uma análise vertical para que seja possível analisar o quanto cada
conta representa do faturamento líquido da empresa.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 105
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 106
Analisando apenas os tributos a opção que pagaria mais tributos seria o Lucro Real Trimestral e o Lucro Real
Anual sendo que esses tributos representariam 28% do faturamento líquido da empresa.
O Simples Nacional nesse quesito seria a melhor opção pois os tributos representariam 9,71% nas duas
apurações.
Ao se analisar o CPV a melhor opção continua sendo o Simples Nacional. Pois, para o cálculo do CPV para
as empresas de regime normal de apuração um dos fatores para cálculo do Custo de Produção está a Mão de
Obra Direta, e inserida nesse valor se encontra a CPP. No regime do Simples Nacional a CPP é calculada
sobre o faturamento, o que resulta numa diminuição do custo de produção.
Ao se analisar as Despesas Operacionais nota-se que para os regimes normais de apuração a despesa aumenta,
pois foi acrescido do valor a CPP de 20% sobre a folha de pagamento e o pró-labore dos sócios – neste caso
foi rateado o valor entre despesa e custo de acordo com o número de funcionários em cada função. Além da
CPP de 20% sobre as remunerações, foram acrescidos 5,8% da parte de terceiros e mais 3% do RAT.
O regime que teve o maior Lucro Contábil foi no Simples Nacional em comparação com os outros regimes de
apuração - representando cerca de 41,31% do faturamento.
O menor Lucro Contábil se daria caso ela estivesse enquadrada no Lucro Real Trimestral, representando
9,19% do faturamento líquido.
CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
Elaborar um Planejamento Tributário é uma ferramenta importante para que o Contador junto com o
Empresário escolha o melhor regime tributário para a empresa, de forma que, não apenas escolha o regime
tributário que a empresa teria menor ônus fiscal, mas também permitir a opção em que incorreria menos
obrigações acessórias. Desta forma pode-se potencializar o tempo da contabilidade para usos gerenciais, ao
invés de atividades somentes fiscais.
Para este estudo, por exemplo, foi apresentado a apuração do ICMS pela Crédito Presumido e a apuração do
ICMS normalmente.
Após efetuar as comparações foi possível constatar que, caso não houvesse a opção pelo Simples Nacional,
recolher o ICMS pela forma do Crédito Presumido admitido no Paraná seria menos oneroso para a empresa
gerando uma economia de R$ 50.174,50.
Outro detalhe a ser destacado é que para a empresa enquadrada no regime normal de apuração (Lucro
Presumido ou Lucro Real), há o recolhimento da CPP sobre as remunerações.
No regime normal há duas opções para essa contribuição. A primeira é o recolhimento de 20% sobre o valor
da folha de pagamento e o pró-labore dos sócios, além da parte de terceiros e o RAT.
A segunda modalidade é, para alguns ramos de atividade de indústria e para algumas NCM, os 20% passam a
ser recolhidos com alíquota diferenciada sobre o faturamento, conhecido também como desoneração da folha
de pagamento.
No caso da empresa foco do estudo, nem pelo ramo de atividade e nem pela NCM de seus produtos há esta
segunda possibilidade, ficando ela fica obrigada a recolher a CPP sobre a folha, caso optasse pelo regime
normal de apuração.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 107
Ao se analisar o Lucro Presumido de uma forma geral, a empresa fica obrigado ao recolhimento do IRPJ e da
CSLL independente de gerar lucro ou prejuízo. Tal situação não ocorre para o Lucro Real Trimestral onde a
obrigatoriedade de recolhimento fica restrita ao Lucro Contábil da empresa que ocorreria no 2° e no 4°
trimestres.
Diante das informações demonstradas é possível concluir que o Simples Nacional é o regime mais vantajoso
para a empresa. Observe-se ainda que Simples Nacional foi o regime em que o Lucro Contábil foi maior se
comparado com os outros regimes de apuração. Essa é a opção que a empresa estava enquadrada no período
do estudo.
Uma vantagem de enquadrar uma empresa no Simples Nacional é que, compara ao Lucro Presumido e o Lucro
Real, não haveria a obrigatoriedade de algumas declarações acessórias que são obrigatórias para os outros
regimes, como por exemplo, EFD-Contribuições, LALUR, DCTF, entre outras.
Outro ponto importante a se destacar é que a empresa esteja disposta a oferecer as melhores condições para
que seus funcionários se mantenham atualizados quanto a legislação que envolve as atividades da empresa e
é importante que os próprios funcionários estejam dispostos a se manterem atualizados através de boletins
tributários, cursos, palestras, obras eletrônicas atualizáveis ou qualquer outro meio confiável de aprendizado.
REFERÊNCIAS:
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 108
Lei Complementar nº 123/2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte;
altera dispositivos das Leis no 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, da Lei no 10.189, de 14 de
fevereiro de 2001, da Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis no 9.317, de 5 de
dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999.14 de dezembro de 2006. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp123.htm>. Acesso em: 15 de junho de 2018.
Lei-Complementar 155/2016. Altera a Lei Complementar no 123, de 14 de
dezembro de 2006, para reorganizar esimplificar a metodologia de apuração do imposto devido por
optantes pelo SimplesNacional; altera as Leis nos 9.613, de 3 de março de 1998, 12.512, de 14 de
outubro de 2011, e 7.998, de 11 de janeiro de 1990; e revoga dispositivo da Leino 8.212, de
24 de julho de 1991.28 de dezembro de 2016. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp155.htm>. Acesso em: 30 de junho de 2018.
Lei nº 4.506/1964. Dispõe sôbre o impôsto que recai sôbre as rendas e proventos de qualquer natureza.30 de
novembro de 1964. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/Leis/L4506.htm>. Acesso em: 26
de junho de 2018.
Lei nº 7.689/1988. Institui contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas e dá outras providências.15
de dezembro de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/Leis/L7689.htm>. Acesso em:
25 de junho de 2018.
Lei nº 8.036/1990. Dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, e dá outras providências.11 de
maio de 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8036consol.htm>. Acesso em:
1 de julho de 2018.
Lei nº 8.212/1991. Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras
providências.24 de julho de 1991. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8212cons.htm>. Acesso em: 16 de junho de 2018.
Lei nº 8.541/1992. Altera a legislação do Imposto de Renda e dá outras providências.23 de dezembro de 1992.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8541.htm>. Acesso em: 29 de junho de 2018.
Lei nº 8.981/1995. Altera a legislação tributária Federal e dá outras providências.20 de janeiro de 1995.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8981.htm. Acesso em: 26 de junho de 2018.
Lei nº 9.249/1995. Altera a legislação do imposto de renda das pessoas jurídicas, bem como da contribuição
social sobre o lucro líquido, e dá outras providências.26 de dezembro de 1995. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9249.htm>. Acesso em: 28 de junho de 2018.
Lei n° 9.430/1996. Dispõe sobre a legislação tributária federal, as contribuições para a seguridade social, o
processo administrativo de consulta e dá outras providências.27 de novembro de 1996. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9430.htm. Acesso em: 20 de junho de 2018.
Lei nº 9.715/1998. Dispõe sobre as contribuições para os Programas de Integração Social e de Formação do
Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP, e dá outras providências.25 de novembro de 1998. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9715.htm>. Acesso em: 06 de junho de 2018.
Lei nº 9.718/1998. Altera a Legislação Tributária Federal.27 de novembro de 1998. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9718.htm>. Acesso em: 14 de junho de 2018.
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Economia Tributária – Estudos Práticos de Casos © - 109
Lei n° 10.684/2003. Altera a legislação tributária, dispõe sobre parcelamento de débitos junto à Secretaria da
Receita Federal, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e ao Instituto Nacional do Seguro Social e dá
outras providências.30 de maio de 2003. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.684.htm>. Acesso em: 29 de junho de 2018.
Lei 11.933/2009. Altera a Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, as Leis nos 10.637, de 30
de dezembro de 2002, 10.833, de 29 de dezembro de 2003, 8.383, de 30 de dezembro de 1991, 11.196, de 21
de novembro de 2005, 8.212, de 24 de julho de 1991, 10.666, de 8 de maio de 2003, e 11.907, de 2 de fevereiro
de 2009; revoga dispositivos das Leis nos 11.033, de 21 de dezembro de 2004, 11.488, de 15 de junho de 2007,
e 8.850, de 28 de janeiro de 1994, para alterar o prazo de pagamento dos impostos e contribuições federais
que especifica, reduzir a base de cálculo da contribuição do produtor rural na venda dos produtos que
especifica e efetuar ajustes na tributação do cigarro; e dá outras providências. 28 de abril de 2009. Disponível
em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L11933.htm>. Acesso em: 17 de junho
de 2018.
Fabretti, Laudio Camargo. Contabilidade Tributária. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.
HIGUSHI, Hiromi. Imposto de Renda das Empresas: Interpretação e Prática. 36ª ed. São Paulo: Atlas, 2011.
PORTAL DOS AUDITORES FISCAIS. Atual Modelo Tributário Brasileiro Beneficia o Governo e
Empobrece os Menos Favorecidos. 30 de março de 2018. Disponível em:
<http://www.auditoresfiscais.org.br/curitiba/?area=ver_entrevista&id=71>.
SILVA, Marcos Almeida da. Análise das Opções Tributárias de uma Empresa do Ramo do Vestuário. 1ª ed.
– Maringá, 2015.
Assim como na obra “Lucro Real x Lucro Presumido x Simples Nacional” publicado pelo site
www.portaltributario.combr” em 2018, e até como forma de continuidade do coordenador de ambas, o
principal objetivo dos autores foi aprimorar os estudos na busca de aumentar as perspectivas do conhecimento
contábil, juntamente com o tributário, com vistas ao desenvolvimento de procedimentos técnicos e análises
que possam contribuir, cada vez mais, para a gestão empresarial e tributária.
Evidente que o ambiente acadêmico e profissional inerente a diversos aspectos da gestão empresarial são
impactados, principalmente, pelo intenso desenvolvimento tecnológico, em todos os campos do conhecimento
humano. Mas, esse mesmo desenvolvimento tecnológico exige, intensamente, as capacidades humanas de
perceber aspectos inerentes e por vezes subjetivos.
Evidente que a tecnologia da informação, já a algum tempo, é ferramenta importante, e até vital, para várias
atividades empreendedoras. Mas é preciso sempre ressaltar que conecções sistêmicas que somente o cérebro
humano é capaz ainda estão longe de qualquer desenvolvimento tecnológico.
Entre as capacidades humanas, estão aquelas que derivam da definição de procedimentos contábeis, muitas
vezes subjetivos, assim como os reflexos desses procedimentos frente a mudanças na legislação tributária.
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Exemplo forte desse aspecto são as discussões sobre novas formas de administração de recursos financeiros
que as chamadas “Fintecs” trazem.
Diante desse nova forma de relações financeiras, a Ciência Contábil busca compreender, primeiro, as forma
de relações comerciais entre os fornecedores de capitais e os clientes desse tipo de empreendimento comercial.
Em segundo, como os governos municipais, estaduais e federais passam a tentar definir o chamado Campo de
Incidência tributária que possa estar abrangendo essas operações comerciais, para, ao final, definir o Fato
Gerador e formas de identificação tributária.
Mesmo que essa obra não trate das “Fintecs”, no contexto desses desafios, buscamos retratar estudos e análises
que destacam impactos contábeis e tributários, de acordo com características dos ramos estudados, no objetivo
de, cada vez mais, contribuir para que o Planejamento Tributário seja útil à Gestão Empresarial.
E isto não somente na identificação dos tributos, mas, sobretudo, compreender como esses tributos impactam
os resultados contábeis e financeiros das empresas analisadas. Observamos que cada empresa analisada é caso
específico, portanto, os resultados e análises não podem ser automaticamente expandidos para outras
empresas.
Renova-se que, como uma das fases do Planejamento Tributário, está a Análise das Opções Tributárias, foco
das análises apresentadas, o que contribui para, primeiro, que os gestores possam compreender aspectos
contábeis e tributários acerca das operações comerciais e de relações trabalhistas efetuadas pela empresa.
Ao conhecer esses aspectos, em segundo momento, os gestores poderão buscar outros procedimentos no
âmbito do Planejamento Tributário, que são, por exemplo: (1) Analisar as possibilidades de gestão sobre a
formação de preço de venda; (2) Analisar perspectivas de investimentos que proporcionem condições para
aumentar e melhorar a competitividade da empresa no ambiente comercial que atua; (3) Analisar
possibilidades realistas sobre o retorno dos investimentos, em curto, médio e longo prazo; (4) Compreender
que é preciso acompanhar a legislação tributária acerca dos tributos que incidem sobre as operações comerciais
e nas relações trabalhistas existentes na empresa, portanto, não sendo responsabilidade única do Contador, na
maioria das vezes, terceirizado na forma de Empresa Prestadora de Serviços Contábeis; (5) Compreender que
são necessárias, algumas vezes, não ficar sozinho em suas dificuldades, mas caminhar para atuar juntamente
com organizações associativas municipais, estadual e até, se possível, federal, na busca de promover ações
que possam influenciar decisões políticas que, em primeiro momento, evitem dificuldades para sua empresa.
Em segundo momento, que essas decisões políticas possam “abrir portas” para a construção de maiores
condições de competitividade.
Novamente, caso qualquer leitor queira apresentar suas sugestões, críticas e análises, as quais serão muito bem
vindas, poderão enviá-las para o email do Professor Nilton Facci: [email protected], coordenador desta obra.
Também é preciso agradecer aos profissionais que construiram essa obra em parceria com o coordenador.
Uma frase relembrada: “Diga-me com quem andas e direi quem tú és”. Assim, a parceria com essas pessoas,
cada vez mais, tornou a coordenação dessa obra algo que possa ser útil a outras pessoas. Esse é o principal
objetivo.
Finalmente, é preciso, novamente, agradecer as sempre positivas contribuições apresentadas pelo Contador
Júlio César Zanluca, assim como pela gentileza e confiança em aceitar a publicação dessa obra.
Sugestões e apreciações: os leitores que desejarem remeter comentários sobre o conteúdo desta obra
poderão fazê-lo através de nossa central de atendimento.
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