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Manual: SNQC/FD

CERTIFICAÇÃO E REGISTRO DE
INSPETORES DE FAIXA DE DOMÍNIO Página: 1 de 10
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1. OBJETIVO

Esta Norma estabelece a sistemática adotada pela Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e
Inspeção – Abendi, através do Sistema Nacional de Qualificação e Certificação de Pessoas, para a certificação
e registro de profissionais que atuam na inspeção, comunicação e fiscalização de serviços relacionados à
manutenção de faixas de domínio.

2. SIGLAS E DEFINIÇÕES
Para os efeitos desta Norma são adotadas as seguintes siglas e definições:

2.1 Siglas

2.1.1 ABENDI: Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção


2.1.2 BC: Bureau de Certificação
2.1.3 CC: Conselho de Certificação
2.1.4 SNQC: Sistema Abendi de Certificação de Pessoas
2.1.5 ANP: Agência Nacional do Petróleo
2.1.6 NR-18: Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

2.2 Definições

2.2.1 Ações antrópicas

Intervenções realizadas pelo homem em determinada região, alterando as condições naturais do local.

2.2.2 Acessórios

Designação de todos os componentes intrínsecos à malha dutoviária.

2.2.3 Certificação

Procedimento usado pela Abendi para atestar que as exigências de qualificação para um escopo foram
atendidas resultando na emissão de um Certificado.

2.2.4 Certificado

Documento emitido pela Abendi sob as condições desta norma, indicando que a pessoa identificada
demonstrou competências definidas no certificado.

2.2.5 Experiência Profissional

Experiência prévia necessária para adquirir a habilidade e conhecimento para cumprir as exigências da
qualificação.

2.2.6 Faixa de Dutos

Faixa de terreno de largura definida destinada à instalação, inspeção e operação e manutenção de dutos.

2.2.7 Faixa não edificante

Área de terreno contígua à faixa de servidão com restrições a construções definidas pelo licenciamento
ambiental dos dutos.

2.2.8 Faixas de domínio

Área de terreno de largura definida, ao longo da diretriz de uma instalação, legalmente destinada à sua
construção, montagem, operação e manutenção, compreendida entre as cercas limítrofes das áreas industriais
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de origem/destino. Tem por função garantir o isolamento físico, o afastamento mínimo das comunidades
adjacentes e acesso para manutenção.

2.2.9 Lindeiros

População residente nas áreas circunvizinhas à faixa de dutos.

2.2.10 Obras adjacentes

Obra ou serviço que venha a ser executado em área cuja totalidade ou fração esteja situada a uma distância
de até 15 metros, medida a partir dos limites da faixa de domínio dos dutos.

2.2.10 Ocorrências geológica-geotécnicas

Qualquer processo relativo a alterações no solo e/ou subsolo, motivadas por fenômenos naturais ou antrópicos,
bem como interferências de obras de qualquer natureza com o solo e/ou subsolo que possa trazer
consequências danosas aos dutos, instalações e acessórios.

2.2.11 Validação

Ação de demonstrar que o procedimento verificado atende as funções pretendidas.

3. NORMAS DE REFERÊNCIA

 RTDT-ANP – Regulamento Técnico n. 2/2011, de 07/02/11 – Regulamento Técnico de Dutos Terrestres


para Movimentação de Petróleo, Derivados e Gás Natural, da Agência Nacional do Petróleo
 Portaria ANP 125/2002 - Dispõe sobre a execução de Obras com Interferência em dutos de petróleo e
derivados
 ABNT 15280-1 – Dutos Terrestres – Projeto
 ABNT 15280-2 – Dutos Terrestres – Construção e Montagem
 ABNT NBR 16049 - Dutos terrestres - Qualificação e Certificação de pessoas - Inspetores
 ABNT NBR 12266 - Projeto e execução de valas para assentamento de tubulação de água esgoto ou
drenagem urbana - Procedimento
- API RP 1162 – AMERICAN PETROLEUM INSTITUTE - PUBLIC AWARENESS PROGRAMS FOR
PIPELINE OPERATORS.
 NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
 NR-18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
 NR-33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
 NR-20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis

4. CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO (ESCOPO DE INSPEÇÃO DE


FAIXA DE DUTOS)

4.1 Inspetor de Faixa 1

O inspetor certificado como Nível 1 deve demonstrar competência para a identificação e registro de ocorrências
nas faixas que incorram em risco para a integridade dos dutos instalados. Para tanto, deve conhecer bem a
região de atuação, ter conhecimento da sinalização das instalações, ter bom relacionamento interpessoal e
identificar eventos que possam gerar incidentes imediatos aos equipamentos. Dentro do escopo de
competências definido no certificado, o inspetor Nível 1 pode ser autorizado pelo empregador para:

a) Observar ocorrências indevidas na faixa e próximas a ela, tais como: esgoto, escoamento de água servida a
céu aberto, estacionamentos, plantios não indicados, trânsito sistemático de veículos, sem prévia autorização
do responsável pela área. Considerar também danos à sinalização da faixa.
b) Verificar a ocorrência de queimadas na faixa e proximidades.
c) Identificar invasões na faixa e áreas não edificantes (quando existente), tais como loteamentos e
construções, mesmo que provisórias.
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d) Verificar a mobilização de quaisquer intervenções na faixa e obras adjacentes. Incluem-se escavações,


aterros, estaqueamentos, sondagens, detonações e outros que tenham potencial de dano aos dutos.
e) Observar a ocorrência de dragagens de rios e/ou quaisquer evidências de que o leito dos rios e córregos
possa estar sofrendo algum tipo de variação.
f) Observar indícios de ocorrências de natureza geológica ou geotécnica, tais como: trincas, erosões,
abatimentos do solo, entre outros.
g) Verificar possíveis indicações de vazamentos de produtos na faixa através da observação dos seguintes
aspectos: ruído estranho, odor característico de produtos transportados, congelamento do solo, alteração de
coloração da vegetação, borbulhamento, poças etc. Deverá também verificar tais ocorrências junto às áreas de
válvulas.
h) Identificar a ocorrência de descarte de materiais sobre a faixa, tais como lixo, entulho ou sucata,
identificando se possível o local de origem dos mesmos.
i) Identificar indícios de ações voluntárias de terceiro, inclusive a ocorrência de desvio de produtos ou ativos
(ex. galpões próximos à faixa, mudança da coloração da vegetação/solo, escavações recentes não
autorizadas, ligações clandestinas, vandalismo, tráfego de caminhões ou outros veículos pesados não
autorizados, movimento anormal de pessoas no entorno da faixa).
j) Manter contatos regulares com proprietários e lindeiros com o intuito de estabelecer um relacionamento
institucional com terceiros visando à preservação da faixa.
k) Observar condições da vegetação na faixa, registrar eventual necessidade de manutenção e os tipos de
cultivo sobre a faixa.
l) Observar alterações nos cruzamentos das vias com as faixas de dutos, em particular, ocorrências de
alteração de cobertura (exemplo: motonivelamento, abertura de valetas de drenagem, pavimentação, etc.).
m) Identificar eventos de outra natureza que possam impactar as instalações.
n) Relatar e registrar as ocorrências identificadas conforme procedimento específico do empregador.

4.2 Inspetor de Faixa 2

Um inspetor certificado como Nível 2 deve demonstrar, além das competências apresentadas no nível anterior,
noções básicas de geotecnia, de legislação patrimonial e ambiental, funcionamento dos sistemas de drenagem,
cálculos de volume e área, tanto como sistemas de coordenadas geográficas e noções de
georreferenciamento. Apresentar domínio em operação de válvulas de bloqueio. Deve apresentar também
habilidade quanto à comunicação com terceiros, resultando numa abordagem clara e eficaz. Deve avaliar
também as condições físicas de instalações de oleodutos e gasodutos. Dentro do escopo de competências
definido no certificado, o inspetor Nível 2 pode ser autorizado pelo empregador para:

a) Verificar erosões, zonas de afloramento ou falta de cobertura do(s) duto(s), desmoronamentos, rompimentos
de muros de contenção e escorregamento de taludes, causados pela natureza, pela falta de apropriada
cobertura vegetal, pela ação antrópica, nas faixas de dutos e em suas proximidades.
b) Observar a limpeza e integridade das canaletas, caixas de dissipação, “espinhas de peixe” ou leiras
existentes, barbacãs e drenos subhorizontais profundos na faixa e próximo a ela, apontando necessidades de
intervenção e reparo. Verificar a eficiência do sistema de drenagem existente, incluindo a indicação da
necessidade de dispositivos adicionais.
c) Verificar a existência e condições do sistema de sinalização da faixa, conforme norma e/ou procedimento
interno do empregador. Relatar necessidades de reparo e reforço.
d) Verificar visualmente as condições físicas gerais das instalações do sistema de proteção catódica.
e) Verificar as condições dos dutos em trechos aéreos, as estruturas de apoio, cercas, portões, condições do
revestimento e pintura do duto, gaxetas, válvulas, flanges, lançadores/recebedores de PIG, inclusive quanto a
vazamentos, etc.
f) Movimentar válvulas de bloqueio e válvula de by pass, considerando abertura e fechamento completo.
g) Verificar as condições físicas dos acessos aos pontos notáveis da faixa que devem ser mantidas em
condições de acessibilidade.
h) Verificar as condições físicas quanto às condições de inviolabilidade, integridade de equipamentos,
sinalização e limpeza de unidades industriais cercadas.
i) Fiscalizar e acompanhar obras de interferência devidamente autorizadas.
j) Notificar obras adjacentes, interferências não autorizadas e invasões.
k) Registrar a ocorrência de frentes de trabalho, verificando se estão devidamente autorizadas a trabalhar na
faixa e pontos notáveis.
l) Avaliar as condições da vegetação na faixa e eventual necessidade de manutenção, quantificando áreas,
tipo e altura da vegetação encontrada. Registrar e quantificar os tipos de cultivo não permitidos sobre a faixa.
m) Verificar atividades de mineradoras ou empresas correlatas situadas nas proximidades da Faixa de Dutos.
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n) Interagir junto às partes interessadas (proprietários, lindeiros, comunidades, órgãos públicos, interferentes
ou escavadores), visando à preservação da Faixa de Dutos.
o) Analisar, executar ou propor, caso necessário, soluções técnicas compatíveis com as atribuições designadas
pelo empregador.
p) Orientar e acompanhar escavações, de acordo com NR-18;
q) Conhecer legislações e condicionantes ambientais aplicáveis, tais como: Resolução CONAMA 237
(licenciamento ambiental), e a Lei n. 6938/91 – Política Nacional do Meio Ambiente.

4.3 Inspetor de Faixa 3

Um inspetor certificado como Nível 3 deve demonstrar, além das competências apresentadas no nível anterior,
habilidades de planejamento e gestão de processos e equipes. Dentro do escopo de competências definido no
certificado, o inspetor Nível 3 pode ser autorizado pelo empregador para:

a) Elaborar croquis de projetos básicos, propor soluções e participar na elaboração de projetos geotécnicos de
maior complexidade.
b) Responsabilizar-se pelo programa de prevenção de ações de terceiros incluindo o relacionamento com as
partes interessadas.
c) Realizar análise de possíveis interferências e, caso necessário, encaminhar para emissão de parecer
técnico.
d) Atestar a estabilidade de escavação, conforme orientações da NR-18.
e) Assegurar o cumprimento das legislações e condicionantes ambientais aplicáveis, tais como: Resolução
CONAMA 237 (licenciamento ambiental), e a Lei n. 6938/91 – Política Nacional do Meio Ambiente.
f) Gestão das atividades relacionadas à inspeção de faixa, contempladas nos níveis anteriores.

5. SISTEMÁTICA PARA CERTIFICAÇÃO

5.1 Generalidades

A certificação é obtida pelo candidato por meio do aproveitamento satisfatório nos exames descritos no item 7,
aplicados pela Abendi.

A certificação em qualquer dos três níveis de qualificação pressupõe o preenchimento de pré-requisitos


relacionados com grau de escolaridade, aptidão física, treinamento e experiência profissional, em concordância
com a presente Norma.

5.2 Empregador

Quanto à certificação dos profissionais sob seu controle, o empregador deve:

a) ser totalmente responsável por tudo que envolve a autorização de trabalho;


b) assegurar que a exigência anual quanto à aptidão física seja cumprida.
c) verificar a continuidade da execução das atividades.

O profissional que não possui vínculo empregatício pode ser considerado empregador próprio, individual e
deve assumir toda a responsabilidade descrita para o empregador.

6. PRÉ-REQUISITOS PARA CANDIDATOS À QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO

Para poder prestar o exame, o candidato deve atender os requisitos mínimos de escolaridade, aptidão física,
experiência profissional e treinamento especificados nesta seção.

6.1 Escolaridade

6.1.1 O candidato a Nível 1 deve ter concluído o ensino fundamental.


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6.1.2 O candidato a Nível 2 deve ter concluído curso técnico de nível médio com registro no CREA.

6.1.3 O candidato a Nível 3 deve ter concluído curso técnico de nível médio com registro no CREA.

Nota: As formações técnicas aceitáveis são aquelas conforme Anexo B. A aceitação de outros cursos técnicos,
que não elencados no anexo, ficará condicionada à análise da Abendi.

6.2 Treinamento

O candidato deve comprovar, formalmente, ter obtido aproveitamento mínimo de 70% em treinamento,
atendendo aos requisitos mínimos de conteúdo e carga horária definidos no Anexo A. Os tempos de
treinamento são acumulativos, conforme tabela no Anexo A.

6.3 Experiência Profissional

6.3.1 Requisitos mínimos de experiência profissional prévia devem ser os seguintes.

Experiência profissional – para progressão de Nível:

a) Nível 1: 6 meses comprovadosé em atividades correspondentes ao Nível 1, conforme item 4.1.


b) Nível 2: 12 meses comprovados em atividades correspondentes ao Nível 1, conforme item 4.1.
c) Nível 3: 24 meses comprovados em atividades correspondentes ao Nível 2, conforme item 4.2.

Experiência profissional - para acesso direto:

Nível 2: 12 meses comprovados em atividades correspondentes ao Nível 2, conforme item 4.2.


Nível 3: 36 meses comprovados em atividades correspondentes ao Nível 3, conforme item 4.3.

6.3.2 Para a certificação no Nível 3, por acesso direto, pela presente norma, o candidato pode apresentar até
50% de sua experiência profissional como um Nível 2.

6.3.3 Evidências documentadas da experiência profissional devem ser confirmadas pelo empregador e
submetidas à Abendi para avaliação.

6.3.4 Experiência profissional é baseada em uma semana de 40 horas ou a semana legal de trabalho. Quando
uma pessoa trabalha mais que 40 horas por semana, a experiência profissional deve ser calculada pelo
número de horas, entretanto deve ser exigida uma evidência dessa carga horária.

7. EXAMES DE QUALIFICAÇÃO

7.1 Tipos de Exames

Os candidatos a Nível 1 devem ser submetidos aos seguintes exames de qualificação:

a) Exame teórico geral (questões de múltipla escolha)


b) Exame teórico específico (questões dissertativas: preenchimento de relatório)

Os candidatos a Nível 2 devem ser submetidos aos seguintes exames de qualificação:

a) Exame teórico geral (questões de múltipla escolha)


b) Exame teórico específico (questões dissertativas: análise de imagens e estudo de caso)

Os candidatos a Nível 3 devem ser submetidos aos seguintes exames de qualificação:

a) Exame teórico geral (questões de múltipla escolha)


b) Exame teórico específico (questões dissertativas: situação problema e estudo de caso)
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7.2 Conteúdo dos Exames

7.2.1 Exame teórico

7.2.1.1 Teórico geral – Níveis 1, 2 e 3

7.2.1.1.1 O exame teórico geral abrange os tópicos referentes aos conhecimentos fundamentais para a
execução das atividades conforme item 4 e Anexo A (Programa de Treinamento).

7.2.1.2.2 Este exame consta de questões de múltipla escolha, conforme Tabela 1. O tempo utilizado pelo
candidato para completar cada exame deve ser baseado no número de questões.

Tabela 1 – Número mínimo requerido de questões – Exame teórico geral

Nível Número de questões Tempo de Prova


1 40 2 horas
2 30 1 hora e 30 minutos
3 20 1 hora

7.2.1.2 Teórico específico – Níveis 1, 2 e 3

7.2.2.1.1 O exame teórico específico abrange conhecimentos e habilidades para elaboração de documentos,
análise de problemas e tomada de decisão.

7.2.2.2.2 Este exame consta de questões dissertativas, conforme Tabela 2. O tempo utilizado pelo candidato
para completar cada exame deve ser baseado no número de questões.

Tabela 2 – Número mínimo requerido de questões – Exame específico

Nível Estrutura da Prova Tempo de Prova


Preenchimento de relatório a partir de simulações de
1 1 hora
problemas
Análise de imagens e estudo de casos com propostas 1 hora e 30
2
de soluções minutos
Análise e solução de problemas, inclusive com
3 2 horas
elaboração de croqui e cálculos básicos de projeto

7.3 Atribuição de Graus

7.3.1 Nível 1, 2 e 3

O candidato, para ser certificado, deve obter grau mínimo de 70% em cada exame teórico (Geral e Específico).

7.4 Realização dos Exames

7.4.1 Exames teóricos

Os exames teóricos devem ser conduzidos pelo Setor de Certificação da Abendi e supervisionados por meio de
examinadores indicados pelo BC.

7.5 Habilitação para Exames de Qualificação

Para habilitarem-se a exames de qualificação, os candidatos devem apresentar à Abendi solicitação formal
acompanhada de toda documentação comprobatória requerida para demonstrar o cumprimento dos pré-
requisitos exigidos.
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7.6 Reexame

7.6.1 O candidato que não obtiver grau suficiente para passar no exame de qualificação deve aguardar, no
mínimo, 10 dias para realizar outro exame.

7.6.2 Se o candidato não tiver obtido grau satisfatório em algum exame, pode refazer por duas vezes as partes
dos exames que o reprovaram, desde que o faça não antes de 10 dias e antes de completar 12 meses do
primeiro exame.

7.6.3 O candidato reprovado em uma terceira tentativa, em qualquer exame, só pode realizar um novo exame,
decorrido o prazo mínimo de 30 dias e deve fazer o exame em sua totalidade.

7.6.4 Os resultados referentes à correção dos exames são encaminhados aos candidatos reprovados de modo
a orientar o retreinamento.

7.7 Revisão dos Exames

Ocorrendo a apresentação pelo candidato de evidências comprobatórias de erros ou condução imprópria nos
exames de qualificação, cabe ao Bureau de Certificação a análise dos fatos e a decisão sobre a repetição ou
não dos exames, ou o encaminhamento das evidências e fatos ao Conselho de Certificação, para decisão em
última instância.

8. CERTIFICAÇÃO

8.1 Emissão do Certificado

Baseado nos resultados dos exames de qualificação, a Abendi emite um certificado explicitando o nome da
pessoa certificada e um número de certificação único, escopo da certificação e data efetiva da certificação e
data de expiração.

8.2 Responsabilidade Técnica

8.2.1 A certificação do SNQC atesta que todos os requisitos deste documento foram atendidos
satisfatoriamente; todavia o SNQC não confere autoridade ou licença para que o profissional execute suas
atividades.

8.2.2 O empregador deve verificar a validade da certificação e a adequação desta às condições específicas do
trabalho.

8.2.3 O empregador é o único responsável pela autorização de trabalho.

8.3 Validade da Certificação

8.3.1 A certificação de pessoas em qualquer dos três níveis tem um prazo de validade de 36 meses, a contar
da data de emissão do certificado.

8.3.2 A suspensão da certificação torna nula a atuação do inspetor como certificado para as atividades-objeto
da suspensão. Findo o prazo da suspensão e atendidas às exigências estabelecidas pela Abendi, o inspetor
readquire o direito de exercer suas atividades. A autorização de trabalho é dada pelo empregador, conforme
definido no item 5.2.

8.3.3 A certificação pode ser suspensa:

a) por desempenho insatisfatório comprovado através de avaliação formal, até que o inspetor seja
aprovado em um exame de recertificação ou apresente evidências de retreinamento, conforme
decisão do Bureau de Certificação;
b) se o inspetor não atender aos requisitos de aptidão física.
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8.3.4 O cancelamento da certificação torna nula a certificação do inspetor, de forma definitiva. O nome do
inspetor cuja certificação foi cancelada deve ser retirado da lista de inspetores certificados. O inspetor pode
realizar um novo exame de qualificação após o tempo mínimo estipulado pela Abendi.

8.3.5 A certificação só pode ser cancelada após análise e decisão do Conselho de Certificação conforme
definido no DC-027 – Medidas Punitivas.

8.4 Renovação

Antes do término do primeiro período de validade da certificação, esta pode ser renovada pela Abendi por meio
do Setor de Certificação para igual período, após o inspetor atender satisfatoriamente aos seguintes requisitos:

a) apresentar atestado de aptidão física (ASO) ou Atestado Médico referente ao último período de 12
meses,
b) comprovar atividade profissional dentro do escopo da certificação por, pelo menos, 24 meses.

Se o critério “b” não for atendido, o inspetor deve seguir as mesmas regras para a recertificação.

8.5 Recertificação

8.5.1 Antes do término de cada segundo período de validade da certificação, o inspetor deve ser recertificado
pela Abendi para igual período, desde que seja aprovado no exame teórico Específico – referente aos
respectivos níveis de certificação.

8.5.2 Se o inspetor não obtiver uma nota de no mínimo 70%, dois reexames de recertificação serão permitidos
dentro de 12 meses contados a partir do primeiro exame de recertificação.

8.5.3 No caso de reprovação nos dois reexames permitidos, o inspetor não é recertificado e, para obter nova
certificação, o candidato deve iniciar um novo processo de certificação.

8.6 Ações Fraudulentas

Qualquer candidato que, durante o processo de qualificação, não se ater às regras do exame ou praticar, ou for
cúmplice, de conduta fraudulenta deve ser proibido de prosseguir com sua participação e este deve ser
excluído do processo de qualificação devendo aguardar mais 1 ano para reiniciá-lo. O examinador deve
comunicar o fato à Abendi para registro e providências.

8.7 Arquivos

A Abendi deve manter:

1. uma lista atualizada de todos os certificados individuais classificados de acordo com o nível, método de
ensaio e setor;
2. um arquivo individual, em condições de segurança e sigilo adequados, para cada pessoa certificada e para
cada pessoa cujo certificado tenha expirado, ou sido cancelado ou recolhido. Esse arquivo deve conter:

a) ficha de inscrição com foto 3x4 do candidato;


b) documentos de exame, incluindo provas, descrição de corpos de prova, relatórios e resultados de
ensaios, lista de verificação, resultados de exames;
c) documentos da renovação e recertificação, incluindo evidências da acuidade visual e atividade
profissional contínua.
d) motivos por eventual cancelamento da certificação e detalhes de outras penalidades.

3. Um arquivo individual para cada candidato que não tenha sido certificado, por um período de cinco anos, a
partir do primeiro exame;

Os arquivos devem ser mantidos em condições adequadas de segurança e confidencialidade pelo prazo de
validade da certificação e depois por pelo menos um ciclo completo da certificação após o cancelamento da
certificação.
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ANEXO A
Programa de treinamento

Inspetores de Faixa de Dutos - Programa de Treinamento


Assunto Horas de Treinamento
Nível 1 Nível 2 Nível 3
Aspectos Gerais - Faixa de Dutos
T P T P T P
1) Conceituação de Faixa de Domínio. 2 - - - - -

2) Conceitos básicos de Metrologia, Sistema Internacional de Medidas (SI)


2 - - - - -
e conversão de unidades.
3) Descrição e execução de medidas comuns: temperatura; umidade;
1 - - - - -
pressão; torque; força; massa; tensão; corrente; resistência.

4) Introdução ao Sistema de Gestão da Qualidade. 2 - - - - -

5) Segurança - Equipamentos de Proteção Individual. 1 - - - - -

6) Legislação sobre ocupação de solo, Servidão de Passagem, Áreas Não


2 - 2 - 2 -
Edificantes e Faixa de Domínio e Sinalização.

8) Fluidos transportados em dutos - principais caracteristicas. 2 - 2 - 2 -

9) Conceitos básicos de Proteção Catódica. 4 - 4 - 4 -

10) Elaboração de Relatórios - Gramática e Fotografia. 4 - - - - -

11) Legislação Ambiental. - - 3 - 3 -

7) Introdução à Topografia. 2 - 2 - - -

7) Introdução à Hidráulica. 2 - 2 - - -

12) Noções sobre as características de espécies vegetais. 2 - 2 - 2 -

13) Características de instalações de superfície. 2 - 2 - - -

Subtotal 28 0 19 0 13 0

Nível 1 Nível 2 Nível 3


B - Prevenção de Ação de Terceiros
T P T P T P
1) Relacionamento com comunidades. 4 - 2 - 2 -

2) Invasões - Identificação de situações através de fotos. - 2 - 2 - -

3) Projetos de Interferência - portaria ANP 125/2002. - - 2 - 2 -

4) Fiscalização de obras e serviços em Faixa de Dutos. - - 3 - 3 -

Subtotal 4 2 7 2 7 0

Nível 1 Nível 2 Nível 3


C - Geotecnia
T P T P T P
Introdução à Geotecnia. 4 - 4 - - -

Principais ocorrências de natureza geotécnica. - 2 - 2 - -

Fiscalização de obras geotécnicas e de movimentação de solo (escavação


- - 2 - - -
e aterro).

Projetos de Geotecnia e de movimentação de solo (escavação e aterro). - - - - 4 -

Subtotal 4 2 6 2 4 0

Total Horas de Treinamento 36 4 32 4 24 0


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ANEXO B
Lista de Cursos Técnicos

• Técnico em Controle Ambiental


• Técnico em Meio Ambiente
• Técnico em Segurança do Trabalho
• Técnico em Orientação Comunitária
• Técnico em Análises Químicas
• Técnico em Automação Industrial
• Técnico em Eletroeletrônica
• Técnico em Eletromecânica
• Técnico em Eletrônica
• Técnico em Eletrotécnica
• Técnico em Manutenção Automotiva
• Técnico em Máquinas Navais
• Técnico em Mecânica
• Técnico em Mecatrônica
• Técnico em Metalurgia
• Técnico em Petroquímica
• Técnico em Química
• Técnico em Refrigeração e Climatização
• Técnico em Sistemas a Gás
• Técnico em Administração
• Técnico em Cooperativismo
• Técnico em Qualidade
• Técnico em Serviços de Condomínio
• Técnico Aeroportuário
• Técnico em Agrimensura
• Técnico em Carpintaria
• Técnico em Desenho de Construção Civil
• Técnico em Edificações
• Técnico em Estradas
• Técnico em Geodésia e Cartografia
• Técnico em Geoprocessamento
• Técnico em Hidrologia
• Técnico em Manutenção de Aeronaves
• Técnico em Portos
• Técnico em Saneamento
• Técnico em Trânsito
• Técnico em Transporte Aquaviário
• Técnico em Transporte de Cargas
• Técnico em Transporte Dutoviário
• Técnico em Transporte Ferroviário
• Técnico em Transporte Rodoviário
• Técnico em Desenho Militar
• Técnico em Eletricidade e Instrumentos Aeronáuticos
• Técnico em Equipamentos de Voo
• Técnico em Estrutura e Pintura de Aeronaves
• Técnico em Guarda e Segurança
• Técnico em Operações de Engenharia Militar
• Técnico em Açúcar e Álcool
• Técnico em Biocombustíveis
• Técnico em Celulose e Papel
• Técnico em Cerâmica
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