Anteprojeto de João Augusto de Mattos Pimenta para Construção de Brasília - Wikipédia, A Enciclopédia Livre

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Anteprojeto de João Augusto de Mattos

Pimenta para construção de Brasília


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O  anteprojeto de João Augusto de Mattos Pimenta para construção de Brasília  foi


elaborado pelo mesmo que é médico, jornalista e fundador da Bolsa de Imóveis do Rio de Janeiro.
Devido a ausência de material, o ano e o conteúdo do esboço não é reconhecido. No entanto, é
reconhecido pela sua experiência urbana, devido a inspiração de franceses, ingleses e alemães.

Profissional no ramo imobiliário do Rio de Janeiro desde a década de 1920, Mattos Pimenta foi um
crítico em relação a então capital federal, questionando o problema do morro nas favelas. De
acordo com seu neto, J. D'Ávila Pompéia, o anteprojeto seria projetado entre circulação de
pedestres e veículos, ou seja, pedestres estariam próximo de edifícios, enquanto os veículos
estariam abaixo deles, organizando a concentração entre um e outro.

Índice
Uma Cidade sem Palácios, sem Favelas e sobre Pilotis
História
Carreira urbana
Suposições do anteprojeto
Referências
Bibliografia

Uma Cidade sem Palácios, sem Favelas e sobre Pilotis


O anteprojeto de Mattos Pimenta propõe uma cidade construída sobre pilotis, ou seja, a partir da
superfície do terreno, oferecendo à construção um ar de leveza, além de evitar problemas com
umidade. Uma cidade em dois níveis: o primeiro, baseado no solo, para o tráfego de veículos. E o
segundo, sustentado pela base, onde os pedestres transitam. A locomoção entre um nível e outro
acontece através de elevadores dos prédios e escadas públicas nas esquinas. [1]

Um exemplo de pilotis é a fachada do Palácio do Planalto, obra de Oscar Niemeyer.

História

Carreira urbana

João Augusto de Mattos Pimenta, fundador da Bolsa de Imóveis do Rio de Janeiro, esteve no ramo
imobiliário do Rio de Janeiro, até então capital federal, desde a década de 1920.[2] Apesar de ter as
profissões de médico e jornalista no currículo, sua maior atuação foi na Bolsa de Imóveis da Capital
Federal, fundada em 1939.[2]

Embora não se saiba o período de elaboração deste anteprojeto, há indícios de que Mattos Pimenta
tenha apresentado soluções sobre a experiência imobiliária, uma vez que o mesmo se articulava
com referências da  França,  Inglaterra  e  Alemanha  sobre urbanismo, paisagismo e
planejamento.[2][3] Suas palestras no Rio de Janeiro, realizadas na década de 1920, criticava a falta
de beleza na cidade, questionando a situação de  morros  e
das  favelas. A ideia de Mattos Pimenta era trazer todo o
conhecimento da Europa para criar um plano urbano.[2]

Em 1926, Mattos Pimenta publicou um artigo composto por


três pronunciamentos sobre o meio urbano da então capital
federal. Primeiro, propôs solucionar o morro próximo das
favelas: sugeriu ser nomeado para uma Comissão especial ao
lado de José Mariano, Archimedes Memoria e Francisco
Oliveira Passos e contribuiu com os deficientes, velhos e
crianças moradores de morro, doando uma propriedade para
que possa construir um asilo para eles.[2][4]  Segundo, ele
abordou o problema das favelas, questionando e criticando a O projeto do Plano Piloto de
ausência de infraestrutura que poderia ser resolvida com um Brasíliajá foi pauta de esboços
planejamento urbano, consequência da invasão dos morros antes do concurso oficial em 1956.
pelos barracos.[4]

No seu último pronunciamento, com a presença do prefeito Antônio da Silva Prado Júnior, Mattos
Pimenta demonstra enfatiza suas referências para a realização de um projeto ao Rio de
Janeiro.[4]Devido ao seu conhecimento internacional na área do urbanismo, exigiu uma posição
das autoridades públicas quanto ao planejamento da cidade.[4]

Suposições do anteprojeto

Segundo as declarações de J. D'Ávila Pompéia, neto de João Augusto de Mattos Pimenta, o


anteprojeto para a construção de uma nova capital federal seria definido entre uma circulação de
pedestres e automóveis, ou seja, os pedestres estariam localizados em contato direto com os
edifícios, ponto do comércio e serviços; enquanto os automóveis estaria abaixo do passeio dos
pedestres, para não incomodá-los.[4]  O único contanto entre ambos seria por um meio de
circulação vertical semelhante a escada rolante.[4] Além disso, com os edifícios envidraçados seria
considerado a principal imagem da cidade, o subsolo estaria voltado para os veículos, enquanto que
as atividades dos pedestres estariam concentrados em sua área de circulação.[4]

Mattos Pimenta teria apresentado um plano com ideias menos conservadoras para o plano da
cidade, aliando-se ao pragmatismo do mercado imobiliário e de seus conhecimentos urbanísticos
do anteprojeto.[5]  Ele não hesitou de participar das discussões imobiliárias para a construção da
Nova Capital – que até então era o Rio de Janeiro, esclarecendo a importância do empreendimento
imobiliário para o anteprojeto de uma nova cidade.[5]

Referências
Universitário de Brasília (CEUB). Agência
1. Revista Manchete de 16/02/1957, Edição Ceub. Consultado em 24 de julho de 2020
252, página 38 e 39.
4. Tavares 2004, p. 154.
2. Tavares 2004, p. 153.
5. Tavares 2004, p. 155.
3. Goularte, Bruna (19 de abril de 2015). «As
Brasílias que não saíram do papel». Centro

Bibliografia
Tavares, Jefferson (2004). Projetos para Brasília  (PDF) (Dissertação de Mestrado). São
Paulo: Universidade de São Paulo. pp. 153–155. 546 páginas. Consultado em 24 de julho de
2020

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