Resumo Cardio
Resumo Cardio
Resumo Cardio
CONDUTA
SEM SINTOMAS acompanhamento clinico com ECG/ holter 24 h - descartar uso
de medicações bradicardizantes que possam ser substituídas e
investigar hipotireoidismo.
SINTOMÁTICO devemos certificar que os sintomas estão correlacionados com
a bradicardia. Se não houver causa tratável/modificável, indicar
implantação do marca-passo.
SINTOMAS AGUDOS intervenção medicamentosa com atropina, dopamina,
RELACIONADOS A dobutamina e/ou isoproterenol; e pela implantação de um
BRADICARDIA SINUSAL marca-passo transcutâneo e transvenoso termporário se
(BAIXO DEBITO/SÍNCOPES) disponível, até que se esclareça a etiologia e se resolva sobre a
implantação de um marca-passo definitivo.
6) BLOQUEIO AV 3º GRAU OU TOTAL (BAVT): não há relação entre o ritmo atrial (onda P) e
o ventricular (QRS), o ritmo ventricular é usualmente regular, o que varia nesse tipo de
disfunção é principalmente o ritmo atrial (ondas P).
No ECG: intervalos PR muito distintos um do outro, e ondas P em maior número do que os
complexos QRS.
ritmo atrial (frequencia onda P) ≠ do ventricular (frequencia onda QRS)
CONDUTAS
BAV 1º GRAU E BAV DE 2º GRAU (TIPO I)
Assintomáticos acompanhamento clínico - ECG/ Holter - 24 h descartar uso de medicações
bradicardizantes que possam ser substituídas e investigar hipotireoidismo.
Sintomáticos BAV de 1º grau - raramente este bloqueio causa algum sintoma. Porém, ele pode
indicar que algo mais grave pode está ocorrendo no sistema de condução. Por esse
motivo é necessário seguir com investigação;
BAV de 2º grau tipo I - se relacionado a baixo débito ou sintomas de pré-síncope ou
síncope e não tiver causa que possa ser modificada / tratada indicação de
marcapasso;
BAV DE 2º GRAU TIPO II, BAV DE 2º GRAU AVANÇADO E 2:1 E BAVT- 3º GRAU
Assintomáticos De forma geral, indicamos marca-passo independente de sintomas, após
Sintomáticos descartarmos uso de medicações bradicardizantes que possam ser substituídas. Em
todos esses casos também investigamos a presença de hipotireoidismo.
TAQUIARRITMIAS SUPRAVENTRICULARES
2) TAQUICARDIA ATRIAL
Presença de falsas ondas P
Átrio contrai numa frequência muito alta e o ventrículo contrai numa frequência normal.
ECG é semelhante ao bloqueio AV 2:1 ou 3:1, PORÉM a frequência atrial é alta (máximo
250 bpm).
Ex.: ECG com padrão de bloqueio AV 2:1, com mais ondas P do que QRS, mas com
frequencia atrial de 180 bpm e frequencia ventricular de 65 bpm = trata-se de taquicardia
atrial.
3) FLUTTER ATRIAL
Frequencia ventrículo normal, frequencia átrio muito elevada (>250 bpm).
ECG: QRS estreito com aspecto serrilhado entre os QRS
Ao invés de ondas P temos ondas F
Flutter típico do tipo 1:
Aspecto serrilhado;
Ondas F negativas na parede inferior D1, D2 e aVF;
Sentido da despolarização é anti-horário.
Flutter típico do tipo 2:
Aspecto serrilhado;
Sentido da despolarização é horário;
Ondas F positivas na parede inferior D1, D2 e aVF;
FLUTTER: Frequencia ventrículo normal, frequencia átrio muito elevada (>250 bpm).
ECG: QRS estreito com aspecto serrilhado entre os QRS
Ao invés de ondas P temos ondas F
** IMPORTANTE: Se o flutter estiver com FC normal (60 – 100 bpm) geralmente ele não
manifestará sintomas. Portanto, se o paciente tiver algum sintoma, é indicado que o médico
procure uma outra causa para ele, ou seja, investigue uma possível doença associada a um
baixo DC (sepse, febre, desidratação, IC prévia...). Assim, mesmo que exista instabilidade, não
recomendamos cardioversão para esse paciente. Só a fazemos se realmente não houver outro
motivo que explique os sintomas apresentados.
4) FIBRILAÇÃO ATRIAL
Ondas P ausentes
Intervalo RR irregular
QRS estreito
FC: muito alta, alta e baixa.
Conduta:
Paciente instável com– fazemos sedação e cardioversão 100/150 J ou mais;
Paciente estável com taquiarritmia <48h – reverter com amiodarona EV – se cardiopata/ ou
propafenona VO se não cardiopata.
Se >48h – baixar a frequência cardíaca/anticoagular se possível e posteriormente reverter
(depois de 30 dias);
** Se ECO esofágico estiver disponível podemos cardioverter na ausência de trombo.
Fibrilação atrial com bradicardia: instituir medidas anti-bradiarrítmicas como administração de
atropina, dopamina e até mesmo a implantação de marcapasso.
** Fibrilação atrial com FC normal de 60 – 100 bpm geralmente não causa sintoma. Dessa forma
devemos pensar em alguma doença associada que esteja causando baixo débito cardíaco. Não
fazemos cardioversão imediata, pois o problema pode ser crônico;
5) TAQUICARDIA PAROXÍSTICA SUPRAVENTRICULAR
INICIO SÚBITO
QRS estreito e RR regular
Presença ou não de onda P retrógrada (aquela q aparece depois do QRS indicando q a
despolarização atrial e ventricular está ocorrendo no mesmo momento)
CONDUTA
SE INSTÁVEL Sedação e cardioversão
SE ESTÁVEL Manobras de reversão: manobra de
valsava, manobra vagal, manobras de
estimulação de vômito.
TAQUIARRITMIAS VENTRICULARES
QRS alargados (>120ms)
1) EXTRASSÍSTOLE VENTRICULAR
Batimentos precoces com morfologia diferente dos demais, QRS da extrassístole alargado
2) TAQUICARDIA VENTRICULAR
FC elevada
Intervalos RR regulares
QRS alargado (>120)
Difícil identificar presença de ondas P
CONDUTA
Se estável: amiodarona 30/400 mg IV em 10 min;
Se instável: sedação/cardioversão.
Sem pulso: desfibrilação pois é uma situação de parada cardíaca.
3) FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
Paciente SEM PULSO – inconsciente, em parada cardíaca.
ECG totalmente desorganizado
CONDUTA: desfibrilação 200J/bifásico sem sedar o paciente.