Declaração Doutrinária Da Convenção Batista Brasileira
Declaração Doutrinária Da Convenção Batista Brasileira
Declaração Doutrinária Da Convenção Batista Brasileira
Doutrinária da
convenção
Batista
brasileira
01
Através dos tempos, os batistas se têm notabilizados pela
defesa destes princípios:
1º - A aceitação das Escrituras Sagradas como única regra de fé
e conduta.
2º- O conceito de igreja como sendo uma comunidade local
democrática e autônoma, formada de pessoas regeneradas e
biblicamente batizadas.
3º- A separação entre Igreja e Estado.
4º- A absoluta liberdade de consciência.
5º- A responsabilidade individual diante de Deus.
6º- A autenticidade e apostolicidade das igrejas.
Caracterizam-se também os batistas pela intensa e ativa
cooperação entre suas igrejas. Não havendo nenhum poder que
possa constranger a igreja local, a não ser a vontade de Deus,
manifestada através de seu Santo Espírito, os batistas, baseados
neste principio da cooperação voluntária das igrejas, realizam uma
obra geral de missões, em que foram pioneiros entre os
evangélicos nos tempos modernos; de evangelização, de educação
teológica, religiosa e secular; de ação social e de beneficência.
Para a execução desses fins, organizam associações regionais e
convenções estaduais e nacionais, não tendo estas, no entanto,
autoridade sobre as igrejas; devendo suas resoluções ser
entendidas como sugestões ou apelos. Para os batistas, as
Escrituras Sagradas, em particular o Novo Testamento, constituem
a única regra de fé e conduta, mas, de quando em quando, as
circunstancias exigem que sejam feitas declarações doutrinárias
que esclareçam os espíritos, dissipem dúvidas e reafirmem
posições.
Cremos estar vivendo um momento assim no Brasil, quando
uma declaração desse tipo deve ser formulada, com a exigência
insubstituível de ser rigorosamente fundamentada na Palavra de
Deus. É o que faz agora a Convenção Batista Brasileira, nos XIX
itens que se seguem:
02
I - ESCRITURAS SAGRADAS
A Bíblia é a palavra de Deus em linguagem humana. É o
registro da revelação que Deus fez de si mesmo aos
homens. Sendo Deus seu verdadeiro autor, foi escrita por
homens inspirados e dirigidos pelo Espírito Santo. Tem por
finalidade revelar os propósitos de Deus, levar os
pecadores à salvação, edificar os crentes, e promover a
glória de Deus. Seu conteúdo é a verdade, sem mescla de
erro, e por isso é um perfeito tesouro de instrução divina.
Revela o destino final do mundo e os critérios pelos quais
Deus julgará todos os homens. A Bíblia é a autoridade única
em matéria de religião, fiel padrão pelo qual devem ser
aferidas a doutrina e a conduta dos homens. Ela deve ser
interpretada sempre à luz da pessoa e dos ensinos de Jesus
Cristo.
Sal. 119:89; Heb. 1:1; Is. 40:8; Mat. 24: 35; Luc. 24: 44,45; João 10:
35; Rom. 3: 2;1 Ped. 1:25; II Ped. 1:21
Is. 40:8; Mat. 22: 29; Heb. 1:1, 2; Mat. 24:35; Luc. 24: 44, 45; 16: 29;
Rom. 16:25, 26; I Ped. 1:25; Êx. 24:4; II Sam. 23:2; At. 2: 21; II Ped.
1:21
Luc.16:29; Rom. 1:16; II Tim. 3: 16,17; I Ped. 2:2; Heb.4:12; Ef. 6: 17;
Rom.15:4; Sal.197-9; Sal. 119:105; Prov. 30:5; João 10: 35; 17:17;
Rom. 3:4; 15:4; II Tim. 3: 15-17; João 12: 47; 48; Rom.2: 12, 13;
II Crôn. 24: 19; Sal.19:7-9; Is. 34: 16; Mat. 5: 17, 18; Is. 8: 20; At.17:
11; Gál. 6: 16; Fil. 3: 16; II Tim. 1:13; Luc. 24: 44; 45;
Mat. 5:22, 28, 32, 34, 39, 17:5; 11:29; 30, João 5:39, 40; Heb. 1: 1,2;
João 1:1,2 14; Mat. 23:9; João 1: 12,13; Rom. 8:14-17; Gál. 3: 26; 4:4-
7; Heb. 12:6-11
03
II – DEUS
O único Deus vivo e verdadeiro é Espírito pessoal,
eterno, infinito e imutável; é onipotente, onisciente e
onipresente; é perfeito em santidade, justiça, verdade e
amor. Ele é criador, sustentador, redentor, juiz e senhor da
história e do universo, que governa pelo seu poder,
dispondo de todas as coisas, de acordo com o seu eterno
propósito e graça. Deus é infinito em santidade e em todas
as demais perfeições. Por isso, a ele devemos todo o amor,
culto e obediência.
Em sua triunidade, o eterno Deus se revela como Pai,
Filho e Espírito Santo, pessoas distintas más sem divisão
em sua essência.
Deut. 6:4; Jr. 10:1; Sal.139; I Cor. 8:6; I Tim. 2:5, 6; Êx. 3: 14; 6:2, 3; Is. 43: 15;
Mat. 6:9; João 4: 24; I Tim. 1: 17; Mat. 3:6; Tiago 1: 17; I Ped. 1: 16, 17
Gên. 1:1; 17:1; Êx. 15: 11-18; Is. 43: 3; At. 17: 24-26;
Ef. 3: 11; I Ped. 1: 17
Êx. 15: 11; Is. 6:2; 57: 15; Jó 34:10
Mat. 22: 37; João 4: 23, 24; I Ped. 1:15, 16
Mat. 28: 19; Mar. 1:9-11; I João 5:7; Rom. 15: 30;
II Cor. 13: 13; Fil. 3:3
1 – Deus Pai
Deus, como Criador, manifesta disposição paternal para com
todos os homens. Historicamente ele se revelou primeiro como pai
ao povo de Israel, que escolheu consoante os propósitos de sua
graça. Ele é o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem enviou a
este mundo para salvar os pecadores e deles fazer filhos por
adoção. Aqueles que aceitam a Jesus Cristo e nele crêem são feitos
filhos de Deus, nascidos pelo seu Espírito, e assim, passam a tê-lo
como Pai celestial, dele recebendo proteção e disciplina.
Is. 6:4:8; Mat. 6:9; 7: 11; At. 17:26-29; I Cor. 8:6; Heb. 12:9; Êx. 4: 22, 23;
Deut. 32: 6-18; Is. 1: 2,3; 63:16; Jer. 31:9; Sal. 2:7; Mat. 3:17; 17:5; Luc. 1: 35;
João 1: 12; Mat. 23:9; João 1:12, 13; Rom. 8:14-17; Gal. 3:26; 4:4-7;
Hb. 12:6-11
04
2. Deus Filho
Jesus Cristo, um em essência com o Pai, é o eterno Filho
de Deus. Nele, por ele e para ele, foram criadas todas as
coisas. Na plenitude dos tempos ele se fez carne, na pessoa
real e histórica de Jesus Cristo, gerado pelo Espírito Santo
e nascido da virgem Maria, sendo, em sua pessoa,
verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Jesus é a imagem
expressa do seu Pai, a revelação suprema de Deus ao
homem. Ele honrou e cumpriu plenamente a lei divina e
revelou e obedeceu toda a vontade de Deus. Identificou-se
perfeitamente com os homens, sofrendo o castigo e
expiando a culpa de nossos pecados, conquanto ele mesmo
não tivesse pecado.
Para salvar-nos do pecado, morreu na cruz, foi sepultado
e ao terceiro dia ressurgiu dentre os mortos e, depois de
aparecer muitas vezes a seus discípulos, ascendeu aos
céus, onde está â destra do Pai, exerce o seu eterno sumo
sacerdócio. Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e
os homens e o único suficiente Salvador e Senhor. Pelo seu
Espírito ele está presente e habita no coração de cada
crente e na igreja. Ele voltará visivelmente a este mundo em
grande poder e glória, para julgar os homens e consumar a
sua obra redentora.
Sal. 2:7; 110:1; Mat. 1: 18-23; 3:17; 8:29; 14:33; 16:16, 27; 17:5; Mar.
1:1; Luc. 4: 41; 22:27; João 1:1,2; 11:27; 14:7-11; 16:28
João 1:3; I Cor. 8:6; Col.1: 16, 17; Is. 7: 14; Luc. 1: 35; João 1: 14;
Gál. 4:4, 5; João 14:7-9; Mat. 11: 27; João 10: 30,38; 12: 44-50;
Col. 1: 15, 19; 2:9; Heb. 1:3; Is. 53; Mat. 5: 17; Heb. 5: 7-10; Rom.8:1-
3; Fil. 2:1-11; Heb. 4: 14, 15; I Ped. 2: 21-25; At. 1: 6-14; João 19:
30,35; Mat. 28:1-6; Luc. 24: 46; João 20: 1-20; At. 2: 22-24;
I Cor. 15:4-8; João 14:6; At.4: 12; I Tim. 2: 4,5; At. 7: 55, 56;
Heb.4: 14; 10:19-23
Mat. 28: 20; João 14: 16,17; 15: 26; 16:7; I Cor. 6: 19
At.1: 11; I Cor. 15: 24-28; I Tess.4:14-18; Tito 2:13
05
3 – Deus Espírito Santo
06
III – O HOMEM
07
IV- O PECADO
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V – SALVAÇÃO
A salvação é outorgada por Deus pela sua graça,
mediante arrependimento do pecador e da sua fé em Jesus
Cristo como único Salvador e Senhor. O preço da redenção
eterna do crente foi pago de uma vez por Jesus Cristo, pelo
derramamento do seu sangue na cruz. A salvação é
individual e significa a redenção do homem na inteireza que
do seu ser é um dom gratuito que Deus oferece a todos os
homens que compreende a regeneração, a justificação, a
santificação e a glorificação.
Sal. 37: 39; Is. 44: 5; Sof. 3: 17; Tito 2:9-11; Ef. 2: 8,9, At.15: 11; 4: 12
Is. 53: 4-6; Mat. 16: 24; Rom. 10: 13; I Tess. 5: 23, 24; Rom. 5: 10
Rom. 6: 23; Heb. 2:1-4; João 3: 14; I Cor. 1: 30; At. 11: 18
A regeneração é o ato inicial da salvação em que Deus
faz nascer de novo o pecador perdido, dele fazendo uma
nova criatura em Cristo Jesus. É obra do Espírito Santo em
que o pecador recebe o perdão, a justificação, a adoção
como filho de Deus, a vida eterna e o dom do Espírito
Santo. Nesse ato o novo crente é batizado no Espírito
Santo, é por ele selado para o dia da redenção final, e é
liberto do castigo eterno dos seus pecados. Há duas
condições para o pecador ser regenerado; arrependimento
e fé. O arrependimento implica em mudança radical do
homem interior, por força do que ele se afasta do pecado e
se volta para Deus. A fé é a confiança e aceitação de Jesus
Cristo como Salvador e a total entrega da personalidade a
ele por parte do salvador. Nessa experiência de conversão o
homem perdido é conciliado com Deus, que lhe concede
perdão, justiça e paz.
Deut. 30:6; Ez. 36: 26; João 3:3-5; I Ped. 1:3; Tiago 1: 18; II Cor. 5: 17;
Ef. 4: 20-24; Tito 3: 5; Rom. 8:2; João 1: 11-13; Ef. 4: 32; At. 11: 17
II Cor. 1: 21, 22; Ef. 4: 30; Rom. 8:1; 6: 22
09
A justificação que ocorre simultaneamente com a
regeneração, é o ato pelo qual Deus considerando os
méritos do sacrifício de Cristo, absorve, no perdão, o
homem dos seus pecados e o declara justo, capacitando-o
para uma vida de retidão diante de Deus e de correção
diante dos homens. Essa graça é concedida não por causa
de qualquer obras meritórias praticadas pelo homem mas
por meio de sua fé em Cristo.
Is. 53: 11; Rom. 8:33; 3:24
Rom. 5: 1; At. 13: 39; Mat. 9:6; II Cor. 5:31; I Cor. 1:30
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VI – ELEIÇÃO
11
VII – REINO DE DEUS
VIII – IGREJA
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IX - O BATISMO E A CEIA DO SENHOR
14
X – O DIA DO SENHOR
Gên. 2:3; Ex: 20:8-11; 31:14-17; Is. 58:13, 14; Mat. 12:12; Heb. 4:4
João 20:1, 19, 26:7; Apoc. 1:10; I Cor. 16:1, 2
Heb. 4:9-11; Apoc. 14, 13; Ex. 20:8-11; 31:15; Jer. 17: 21, 22, 27;
Ex. 22:8; Mat. 12:12
XI – MINISTÉRIO DA PALAVRA
15
Entretanto Deus escolhe, chama e separa certos homens
de maneira especial, para o serviço distinto, definido e
singular do ministério da sua palavra. O pregador da
Palavra é um porta-voz de Deus entre os homens. Cabe-lhe
missão semelhante àquela realizada pelos profetas do
Velho Testamento e pelos apóstolos do Novo Testamento
tendo o propósito Jesus como exemplo e padrão supremo.
A obra do porta-voz de Deus tem uma finalidade dupla: a de
proclamar as boas-novas aos perdidos e a de apresentar os
salvos. Quando um homem convertido dá evidencia de ter
sido chamado e separado por Deus para esse ministério, e
de possuir as qualificações estipuladas nas Escrituras para
o seu exercício, cabe à igreja local a responsabilidade de
separá-lo, formal e publicamente, em reconhecimento da
vocação divina já existente e verificada em sua experiência
cristã.
Esse ato solene de consagração é consumado quando
os membros de um presbitério ou concílio de pastores,
convocados pela igreja, impõe as mãos sobre o
vocacionado. O ministério da Palavra deve dedica-se
totalmente à obra para qual foi chamado, dependendo em
tudo do próprio Deus. O pregador do evangelho deve viver
do evangelho. Às igrejas cabe a responsabilidade de cuidar
e sustentar adequadamente e dignamente seus pastores.
Mat. 28:19, 20; At. 1:8; Rom. 1:6,7; 8:28-30; Ef. 4:1,4; II Tim.1:9; Heb. 9:15;
I Ped. 1:15; Apoc. 17:14; Mar. 3:13,14; Luc. 1:2; At. 6:1-4; 13:2,3; 26:16-18;
Rom. 1:1; I Cor. 12:28; II Cor.2:17; Gál. 1:15-17; Ef. 4:11,12; Col. 1:21-26;
Ex. 4:11, 12; Is. 6:5-9; Jer.1:5-10; At. 20:24-28; At. 26:19,20; João 13:12-15;
Ef. 4:11-17; Mat. 28:19,20; João 21:15-17; At.20:24-28; I Cor. 1:21; Ef. 4:12-16;
At. 13:1-3; I Tim.3:1-7; At. 13:3; I Tim. 4:14; At. 6:1-4; I Tim. 4:11-16;
II Tim. 2:3,4; 4:2,5; I Ped. 5:1-3; Mat. 10:9, 10; Luc. 10:7; I Cor. 9:13,14;
I Tim. 5:17,18; II Cor.8:1-7; Gál. 6:6; Fil. 4:14-18
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XII – MORDOMIA
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XIII – EVANGELIZAÇÃO E EMISSÕES
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XVI – ORDEM SOCIAL
Como o sal da terra e a luz do mundo, o cristão tem
o dever de participar com todo esforço que tende ao
bem comum da sociedade em que vive. Entretanto, o
maior benefício que pode prestar é anunciar a
mensagem do evangelho; o bem-estar social e o
estabelecimento da justiça entre os homens
dependem basicamente da regeneração de cada
pessoa e da prática dos princípios do evangelho na
vida individual e coletiva.
Todavia, como cristãos, devemos estender a mão
de ajuda aos órfãos, às viúvas, aos anciãos, aos
enfermos e a outros necessitados, bem como a todos
aqueles que forem vitimadas de quaisquer injustiças
e opressões.
Isso faremos no espírito de amor, jamais apelando
para quaisquer meios de violência ou discordantes
das normas de vida expostas no Novo Testamento.
Mat. 5:13-16; João 12:35, 36; Fil. 2:15
Mat. 6:33; 25:31-35; Mar. 6:37; Luc. 10:29-37; 19:8, 9; João 6:26-29;
At. 16:31-35; Mat. 28:19
Êx. 22:21, 22; Sal. 82:3, 4; Ecl. 11:1, 2; Miq. 6:8; Zac. 7:10
Is. 1:16-20; Miq. 6:8; Mat. 5:9; Luc. 3:10-14;
At. 4:32-35; II Tim. 2:24; Filem.; Tiago 1:27
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XVII – FAMILIA
A família, criada por Deus para o bem do homem, é
a primeira instituição da sociedade. Sua base é o
casamento monogâmico e duradouro, por toda a vida,
só podendo ser desfeito pela morte ou pela
infidelidade conjugal. O propósito imediato da família
é glorificar a Deus e prover a satisfação das
necessidades humanas de comunhão, educação,
companheirismo, segurança, preservação da espécie
e bem assim o perfeito ajustamento da pessoa
humana em todas as suas dimensões. Caída em
virtude do pecado, Deus provê para ela, mediante a fé
em Cristo, a benção da salvação temporal e eterna, e
quando salva poderá cumprir seus fins temporais e
promover a glória de Deus.
Gên. 1:27; 2:18-25; Jos. 25:15; I Reis 2:1-3; Mal. 2:15; Mar. 10:7-9, 13-16; Ef.
5:22-33; 6:1-4; Col. 3:18-25; I Tim. 3:4-8; Heb. 13:4; 1 Ped. 3:1-7;
Gên. 1:28; 2:18-25; Sal. 127:1-5; Ecl. 4:9-13; At. 16:31, 34
XVIII – MORTE
21
XIX – JUSTOS E ÍMPIOS
22
23
1ª IGREJA BATISTA EM
PINDAMONHANGABA
Travessa Marques do Herval, 96 CEP 12.400-000 (Próximo à Praça do
Cruzeiro) Centro Pindamonhangaba/SP.
CDD – 286.181
286.1
230.6
Coordenação Editorial
Josemar de Souza Pinto
Edição de Arte
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Capas
Valter Karllis
convenção
Batista
brasileira